Você está na página 1de 60

Quarta de manhã - Direito Civil V - Família.

O advogado que presta serviços a questão de família, deve ser colaborativo e não combativo.

Usar biografia na parte indicada pelo professor. Cristiano Farias e Chaves Rosenvald. Curso de
Direito Civil: famílias. Conrado Paulino da Rosa - Curso de direito de família contemporâneo.
Venosa.

2 de Outubro é a primeira prova.

27 de Novembro, segunda prova.

Conteúdo começa no artigo 1511.

Parentesco.
1) Tipos de parentesco:

a) Sanguíneo ou Biológico.

b) Civil - É aquele que é constituído pelo vínculo não biológico. Exemplo: adoção. Se fala em
civil pois se trata de uma sentença de adoção.

• Inseminação Artificial Heteróloga - quando se utiliza um doador anônimo. Não há vinculo


de parentesco nenhum com esse doador anônimo.

Porquê que não é homóloga? pois essa pega os materiais do casal e os utiliza, sendo que
heteróloga é de um doador anônimo.

c) Socioafetivo - foi criado pelo padrasto, o vínculo não é biológico, não é civil, mas sim
socioafetivo.

Ainda sobre esses três ramificações: PRINCÍPIO DA IGUALDADE - não importa se o filho é
biológico ou adotivos, para todos os efeitos são iguais.

d) Por Afinidade - é o parentesco com os parentes do cônjuge ou companheiro.

2) Contagem de parentesco:

———-> Linha: São duas as linhas: Reta e Colateral ou Transversal.

———-> Grau: Até 4 Grau.


Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de
gerações, e, na colateral, também pelo número delas, subindo de um dos parentes
até ao ascendente comum, e descendo até encontrar o outro parente.
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo
vínculo da afinidade.

Aula 2, dia 7 de agosto de 2019.

FILIAÇÃO.

1) Fundamentos.
a) Constituição Federal - art. 227 par 6. Este que trata sobre igualdade dos
filhos.

ECA - Art. 26 e 27 que basicamente é uma cópia da CF.

CC - 1596 a 1617

Igualdade.
Art. 1.596. Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção,
terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações
discriminatórias relativas à filiação.

Aqui não se fala de união estável, o problema é que a constituição no 226 igualou
casamento e união estável, no entanto, igualou no quesito família, tanto que se
pegar o art da CF, o constituinte deixa claro que a preferência é pelo casamento,
e isso significa que se o casal vive em união estável e quer casar, deve ser
facilitado isso.

A problemática dessa questão é que não fala da união estável, ai se entende que
esse artigo 1.596 também se aplica na união estável. TEXTO DE LEI É SÓ
CASAMENTO. Mas, na prática é para os dois.

2) Presunção legal de paternidade.


Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:
FILIAÇÃO ——> DURANTE A UNIÃO —-> PRESUNÇÃO.
—-> FORA DA UNIÃO —> RECONHECIMENTO EXTRA. JUD.
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a
convivência conjugal; - PARA SER PRESUMIDO DO CASAL, É
NECESSÁRIO ESSES 180 DIAS, OU SEJA, SEIS MESES.
Este inciso não tem mais aplicabilidade na prática.
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade
conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento; -

Como faz o registro dessa criança aqui? se o pai está vivo ele mesmo registra e
aplica a presunção ou não registra e faz o DNA (resultado positivo ou negativo)
ou outro assume o lugar de pai.
O pai socioafetivo pode sim registrar como pai da criança.
No mais, é uma escolha da mulher quem irá registrar ou até mesmo não registrar
ninguém como pai da criança.
Supondo que o pai socioafetivo registre o JR como seu filho, e o pai biológico
também quer ser pai, ele pode propor RECONHECIMENTO DE
PATERNIDADE ou até mesmo uma INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE.
Pai Biológico nesse artigo seria beneficiado, pois ele teria a questão do divórcio e
até os 300 dias subsequentes.

III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o


marido;
Fecundação Homóloga - é quando se utilizam os gametas do casal, homem ou
mulher podem fazer isso.
mesmo que falecido o marido - aqui é necessário que após feito a fecundação
artificial homóloga, o marido ainda em vida tenha assinado uma
AUTORIZAÇÃO DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL POST MORTEM,
autorizando que a mulher tenha essa certa gravidez, aí tem filiação presumida.
Ainda sobre este assunto, o problema disso tudo é a SUCESSÃO.
1.798 do CC. - Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já
concebidas no momento da abertura da sucessão.
Aqui neste artigo o problema reside no fato de o filho ser concebido depois da
morte do pai, através de inseminação. Por esse artigo o filho concebido post
mortem não teria direito a herança.
Se for pela LETRA DA LEI o filho não é herdeiro, no entanto, se for para uma
lado mais constitucional e levar em considerações princípios da igualdade, ou
seja, de uma forma mais ampliada, poderia ser.
PRAZO PARA FAZER A POST MORTEM É DOIS ANOS. 1800 PAR. 4.

IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários,


decorrentes de concepção artificial homóloga;
A lógica que também são filhos os depois concebidos com um processo de
embriões excendetários, ou seja, que partem da segunda ou posterior tentativa de
fecundação.

V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia


autorização do marido.
Inseminação artificial heteróloga - precisa de um doador anônimo + autorização
do marido.

OBS: Não temos normas da legislação que regulamente a questão de


inseminação e outros, é apenas estes artigos, logo é necessário recorrer da
Resolução CFM 2168 de 2017.

PROVIMENTO 63 DE 2017 DO CNJ - será passado no portal da IMED.

3) O que ilide ou não a paternidade.


ilide = afasta, nesse caso a presunção.
art. 1599, 1600 e 1602.

Art. 1.599. A prova da impotência do cônjuge para gerar, à época da


concepção, ilide a presunção da paternidade.

Regra Geral - Presunção da paternidade.


Exceção da regra - este próprio artigo, pois há impotência para gerar na época da
concepção.
OBS: Impotência pro ato é diferença de impotência para gerar, pois a primeira
pode ser resolvida com métodos de inseminação.

Essa aqui NÃO PRESUME PATERNIDADE.

1600 e 1602 - Presumem a paternidade.

Art. 1.600. Não basta o adultério da mulher, ainda que confessado, para ilidir a
presunção legal da paternidade.
Art. 1.602. Não basta a confissão materna para excluir a paternidade. - A
MULHER EM ALGUM MOMENTO A MULHER DIZ QUE O FILHO NÃO É
DE TAL PAI, NÃO AFASTA A PRESUNÇÃO DE PATERNIDADE.

Nestes dois casos para afastar a presunção é necessário ações.

4) Prova da filiação.
Artigos: 1603 - Prova de filiação se faz com certidão de nascimento.
1605 - Outros meios de provar a filiação. Trata da falta de registro.

Art. 1.603. A filiação prova-se pela certidão do termo de nascimento registrada


no Registro Civil.
Art. 1.605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a
filiação por qualquer modo admissível em direito:
I - quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou
separadamente; -
II - quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos.
Qualquer tipo de provas.

PROVIMENTO 63 DE 2017 DO CNJ - regras para o registro de filhos:


• Inclusão obrigatória do CPF, quem nasce hoje já terá CPF.
• Não vai constar qualquer identificação sobre o tipo de vínculo, biológico ou
adotivo
• O número da declaração de nascido vivo vai constar na certidão de
nascimento.
SOBRE PROVA DE FILIAÇÃO SE APLICA LEI DE REGISTROS
PÚBLICOS. Lei N. 6015 de 73. Art. 50 a 66.
- Art. 50 diz que há um prazo para registrar os filhos, até 15 dias após o parto.

Consolidação Normativa Notarial e Registral. Artigos 95-A a 133-F.

Nascimento de Crianças Filhas de Transgêneros. Artigo 98-A.

5) Ação negatória.
Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos
nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível.

Ação Negatória é quando houve a presunção de paternidade, ou seja, decorrente


de um casamento.

Não tem prazo para propor essa ação negatória, ela é IMPRESCRITÍVEL.
Aula dia 14 de agosto.

Continuação da filiação.

6) Filiação fora do casamento.


Art. 1607 em diante. 1607 + 98, CNNR.

Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais,
conjunta ou separadamente.
Conciliação Normativa Notarial e Registral (CNNR).
Nesse caso da filiação fora do casamento, estamos falando de: situações em que
os pais não são casados entre si ou não possuem união estável formalizada, não
dependendo o registro do vínculo conjugal.
Art. 98 da CNNR:
a) Comparecimento de ambos os genitores ou procurador.

b) Comparecimento do pai com seu documento de identidade, declaração de


nascido vivo, documento da mãe (esse tem que ser um documento que conste
o nomes dos pais dessa mãe).

c) Comparecimento da genitora apenas com declaração de nascido vivo,


documento de identidade e declaração de reconhecimento ou anuência do pai
(essa anuência pode ser feita por documento público ou particular, este
particular apenas se tiver registrado firma).

Obs: para reconhecer um filho, o relativamente incapaz não precisa assistência


dos pais.

4) Reconhecimento Voluntário.
Art. 1609 do CC.

Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável


e será feito: OS FILHOS DENTRO DO CASAMENTO TAMBÉM SÃO
IRREVOGÁVEIS.
I - no registro do nascimento;
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o
reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser
posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes.
Explicação:
a) Reconhecimento dos filhos é irrevogável. Isso significa que não
posso registrar hoje, e amanhã depois querer revogar, isso não é possível,
tanto fora como dentro do casamento. Não se pode voltar atrás.
exemplo: cara que casa com uma miss e assume o filho dela, 10 anos se passam,
o casamento acaba e ele quer revogar essa filiação, não pode. é questionável
perante jurisdição? É. Pode revogar? Não.
b) Como é feito o Registro?
• Registro de Nascimento;
• Escritura, documento particular —-> Levado pela mãe (na hora do registro).
• Testamento - aberto após a morte, podendo ser: público, particular ou cerrado.
Testamento Público - feito diretamente no cartório, e tenho acesso ao conteúdo
pois é lido em voz alta para as testemunhas pois ele é lido em voz alta para as
testemunhas.
Testamento Particular - idem o público, a única diferença é que esse é guardado
pelo cartorário.
Testamento Cerrado - ninguém sabe.
- Manifestação do juiz ——> juiz registra em ata (se for em uma audiência) e
encaminha para o registro civil.
Exemplo: durante uma audiência, o rapaz confessa que tal pessoa é filho dele.
* Art. 1.610. O reconhecimento não pode ser revogado, nem mesmo quando
feito em testamento.

OBSERVAÇÕES SOBRE O ASSUNTO: Mesmo feito em testamento o


reconhecimento é irrevogável, em qualquer que seja as formas.
* Art. 1.613. São ineficazes a condição e o termo apostos ao ato de
reconhecimento do filho. CONDIÇÕES E TERMOS = VEDADOS.
c) Quando fazer o reconhecimento?
• Em vida do filho;
• Antes do nascimento: feita através de declaração, via de regra, escritura,
documento particular e testamento.
Exemplo: homem em doença terminal. Homem que trabalha em transnacional é
transferido de país, e de lá faz uma declaração para a genitora registrar o filho.
• Após a morte do filho - SE DEIXAR DESCENDENTES. Lembrar exemplo
da Sandy, só poderia registrar essa paternidade se ela tivesse herdeiros, pois se
assim não fosse, esse pai seria primeiro herdeiro junto com a mãe.

4.1 - Reconhecimento de Paternidade Socioafetiva no Registro Civil.


Provimento 63 de 2017 do CNJ. Observações:
a) Para qualquer idade.
b) Não pode servir para burlar o processo de adoção.
c) Diferença de pelo menos dezesseis anos entre pretenso pai ou mãe e o filho.
d) Filho maior de 12 anos, deve consentir com o registro.
e) Pai e mãe devem consentir também - MULTIPARENTALIDADE PODE
SER POSSÍVEL DE RECONHECIMENTO NO REGISTRO CIVIL,
DESDE QUE HAJA PROVA CABAL. - Posicionamento majoritário
conforme artigos 11 e 14 do provimento.
Nesse caso o registrador deverá realizar dois atos se estiver se tratando de
reconhecimento de pai socioafetivo e mãe socioafetiva.
Pode ser reconhecido duas socioatividades, no entanto, é necessário dois atos,
nem que isso seja feito judicialmente.

6) Reconhecimento Judicial.

Serve para quando não há reconhecimento voluntário da filiação (nesse caso vale
para maternidade e paternidade, biológica ou socioafetiva).

O que se aplica no reconhecimento judicial?

• Reconhecimento Voluntário em Juízo.

• Exame Genético.

• Presunção de Paternidade.
Lei n. 8560 de 1992 e Súmula 301 do STJ. Aqui se trata da recusa da realização
do DNA.
A presunção da paternidade não acontece de plano, ou seja, automaticamente
com a recusa ao DNA, devendo ocorrer produção de prova.

7) Efeitos.

Dos efeitos:

• Parentescos - relacionado a guarda.

- Patrimonial - relacionado a herança e sucessão.

8) Ações relativas à filiação.


Duas últimas aulas copiar.

Aula dia 12 de Setembro de 2019.

Acolhimento familiar - Lei n. 4844 de 2011. Passo Fundo.

Quem pode ser família acolhedora? Entre 21 e 65 anos.

Necessário firmar uma declaração de desinteresse na adoção.

Comprovar a concordância de todos os membros da família.

Obrigatoriamente residir no município de Passo Fundo.

Ter disponibilidade de tempo e interesse.

Apresentar um parecer psicológico e social.


Pode ser acolhida entre 7 e 17 anos e 11 meses.

A Família fica ligada a SEITAS

Recebe uma bolsa-auxílio. 1 salário mínimo vigente por criança acolhida.

Programas em Passo Fundo, além destes, há:

Guarda Subsidiada - é a guarda de criança ou adolescente por família extensa


ou ampliada, podendo excepcionalmente participar pessoas sem relação de
parentesco com a criança ou adolescente.

Lei municipal N. 5148 de 2015. Famílias também recebem um salário mínimo


por criança. Caso a criança tenha doença grave ou alguma forma de deficiência, a
família recebe + 50%.

Residência Inclusiva - acolhimento institucional para pessoas entre 18 e 59 anos


com deficiência.
Programa EGRÉGORA - basicamente, um programa encampado pelo
ministério público juntamente com a prefeitura e câmera dos vereadores, para dar
auxilio e suporte para as casas de acolhimentos em forma de serviços.

Visa aproximar pessoas da estrutura de atendimento das crianças com auxílio na


prestação de serviços ou material.

• PLS 439 de 2018 - Se chama de Marco Regulatório Nacional Para o


Acolhimento de Crianças e Adolescentes.

Este projeto tem críticas, apresentados pela Marta Suplicy e trás bastante coisa do
ECA, ou seja, mais do mesmo. Estabelece algumas questões referenciais ao
acolhimento dessas crianças e o vínculo com a família biológica, no sentido que
as famílias também tenham apoio quando as crianças são acolhidas.

• PLS 190 de 2017 - Trata basicamente da profissionalização do adolescente


acolhido e dá algumas preferências para SENAC e PRONATEC.

- P. Lei - 1535 de 2019 - possibilita o nome social da pessoa que será adotada,
enquanto estiver na guarda provisória.

Continuidade no atendimento que recebia quando estava acolhido e garantia de


matrícula em escola próxima da sua residência.

Entrega Voluntária para Adoção (entrega legal para a adoção) - Art. 19 - A


do ECA.

Possibilidade que foi concedida a gestante para que faça a entrega do seu filho
para a adoção na hora do parto.

19-A do ECA:
• Manifesta vontade (ver se não está em estado puerperal);

• Estudo processual com a gestante (avaliar o estado puerperal ou a ciência);

• Encaminhar a gestante ou a mãe para um sistema público para o


acompanhamento daquela decisão.

• Caso esse último não seja possível, irá prosseguir com a busca à família
externa. (Ver se algum familiar pode ficar com a guarda da criança). Prazo de
90 dias.
• Busca pelo genitor. (Se a mulher indicar o genitor, busca-se por ele).

• Audiência para confirmar e notificar a vontade.

• § 6º Na hipótese de não comparecerem à audiência nem o genitor nem


representante da família extensa para confirmar a intenção de exercer o poder
familiar ou a guarda, a autoridade judiciária suspenderá o poder familiar da
mãe, e a criança será colocada sob a guarda provisória de quem esteja
habilitado a adotá-la. SUSPENDE PODER FAMILIAR E VAI PARA A
GUARDA PROVISÓRIA DOS ADOTANTES (PESSOAS NA FILA DE
ADOÇÃO).

• Esses adotantes tem que propor a adoção em 15 dias no fim do estágio de


convivência. Estágio de Convivência é a questão da habituar a criança com
aquele casal.

• Depois de proposto, haverá a Sentença.

OBS: Enquanto está suspensa, a mãe pode requerer a criança até antes da
sentença, porém, se no estágio do § 6º tiver sido destituído o poder da mãe sobre
aquela criança, já era.

ADOÇÃO.
Habilitação
Adoção.

1) Acolhimento - acolhimento e processo de destituição podem ocorrer


conjuntamente.
2) Processo de destituição do poder familiar.
3) Processo de habilitação - via de regra o primeiro processo para quem desejo
de adoção.
4) Processo de Adoção.

HABILITAÇÃO - Art’s. 197-A até o 197-F.

X e Y (casal) - querem adotar.


- 197-A ——> Direto na Vara Infância ou por Petição Inicial.

Necessário constar:
a) Dados Pessoais.
b) Dados Familiares.
c) Estado Civil - C.N, C.C, D.U.E
d) RG e CPF.
e) Renda + domicílio - condições de fornecer o básico para a criança.

f) Atestados de sanidade física e mental - Emitido por médico, o problema é


que algumas pessoas tem tido dificuldade de conseguir esse atestado, pois os
médicos tem receio a dar esse atestado sem conhecer bem.

g) Certidão negativa de antecedentes criminais. - Impedidos seriam


relacionados a criança e o que pode transtorna-la, exemplo o cometimento de
crimes sexuais por parte de um dos possíveis adotantes.

h) Negativa de certidão cível - se certificar que a pessoa não quer adotar


somente para obter alguma vantagem de herança ou algo do gênero.

Feito tudo isso, vamos para o Art. 197-B.

Ministério Público pode na manifestação pedir mais documentos. Ou até mesmo


apresentar quesitos para resolver com a assistência social e ver se está regular.

Superada essa fase, vamos para o Art. 197-C.

Estudo psicossocial. Feito pela assistente social ou o psicólogo da vara da


infância.

Parágrafos 1 e 2: Participar Programa de Preparação à Adoção (Curso).


É estimulado o contato com crianças e adolescentes acolhidos. Processo de
Aproximação.

Próxima Fase. 197-D.

Audiência.

197-E.

Sentença.

C.N.A - via n.
não ser habilitado.

Uma vez as pessoas habilitadas, ocorre a renovação da habilitação a cada três


anos. Necessário renovar durante o período de vigência. 197-E.

Isso ocorre pois a pessoa que queria adotar até 5 anos, nesse meio tempo pode
aceitar uma de idade mais avançada.

Todo esse processo até a sentença, tem que durar no máximo até 120 dias,
podendo ser prorrogável por igual período. 197-F.

Passado essas etapas.

——> Ligação para informar sobre criança apta a ser adotada.

——> Aproximação entre adotantes e a criança. ——-> Convivência


—> Visitas
—> Passeios.

====> Relatório.

Obs: considerada a parte mais crítica, pois é onde os possíveis adotantes passam
tempo com a criança, mas ainda precisam devolvê-la a casa de acolhimento.

——-> Estágio de Convivência - prazo máximo de 90 dias. Art. 46 do ECA.

Pode ser prorrogado pelo mesmo período.

Prazo de adoção internacional é de I - 30 a 45 dias. Principalmente por causa do


idioma.
A guarda de fato não dispensa o estágio de convivência. Tem que formalizar o
estagio de convivência, verificar judicialmente se está tudo bem e então fazer a
adoção.

46 parágrafo segundo.

O estágio de convivência pode ser dispensado se a criança ou a adolescente já


estiverem na guarda legal ou tutela dos adotantes. 46 parágrafo primeiro.

Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo
máximo de 90 (noventa) dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as peculiaridades do caso.
§ 1 O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal
o

do adotante durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do
vínculo.

§ 2 A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de
o

convivência.

Guarda legal - já passou de um processo judicial de guarda, já está legalizado.

Guarda de fato - só estou criando, porém não formalizei nada.

Findado o estágio de convivência, vamos para próxima fase.

Se ainda não houve o processo de destituição do poder familiar, pode haver uma
audiência.

——> Audiência.

Consentimento dos pais biológicos se não teve a destituição do poder familiar


ainda.

Ou ainda ver o consentimento do adolescente para ver se ele concorda.

45 e 166 ECA são importantes para o processo de adoção.

——> Sentença. 41 a 47.

EFEITOS DA ADOÇÃO.

41 e 47 do ECA.

Sentença de adoção é constitutiva. Art. 47, par 7.

Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no registro civil mediante
mandado do qual não se fornecerá certidão.

§ 7 A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na
o

hipótese prevista no § 6 do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa à data do óbito.
o

Adoção póstuma é quando um dos adotantes falece durante o processo de


adoção.

E a sentença (exceção) tem efeito a partir da data do óbito. Efeito Retroativo, art.
42, par. 6.

Regra: a partir do trânsito em julgado.


Exceção: efeito a partir da data do óbito.

Terceiro efeito: Nome. Art. 47, par 5.

§ 5 A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá


o

determinar a modificação do prenome.

Pode ser alterado o prenome, devendo ser considerado o desejo do adotando


conforme a sua idade. A partir dos 12 anos de idade tem que ser ouvida.

Sempre irá haver a alteração do sobrenome.

Um mandado de registro da adoção cancelará o registro original. Isso significa


que todos nós podemos ser filhos adotivos, pois no registro não conta nenhuma
averbação.

No caso da adoção, cancela o original, e se faz um novo.

Quarto efeito: 48 do ECA.

Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao
processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18 (dezoito) anos.

Regra Final: A adoção é irrevogável e irretratável.

Prazo do processo de adoção também é 120 dias.

Aula dia 18 de setembro de 2019.

Adoção Intuito Persona.


É a possibilidade de adotar sem estar no cadastro nacional de adoção. Prevista no
Art. 50, par 13 do ECA.
Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um registro de crianças e
adolescentes em condições de serem adotados e outro de pessoas interessadas na adoção.

§ 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil não
cadastrado previamente nos termos desta Lei quando:

I - se tratar de pedido de adoção unilateral;

II - for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de
afinidade e afetividade;

III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três) anos
ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços de afinidade e
afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237
ou 238 desta Lei.

Possibilidades:

a) Adoção Unilateral - quando um cônjuge adota o filho do outro. Exemplo:


quando o padrasto adota filho do outro cônjuge.

b) Parente que tenha vínculos de afinidade e afetividade com a criança -


tios, avós, primos e sobrinho neto. (até 4 grau).

Quem não pode adotar: irmãos e avós ascendentes. Art. 42, par 1. Isso significa
que todos os outros podem adotar, normalmente é tio que adota sobrinho.

Obs: Se avó fica com o neto é guarda ou no pior dos casos tutela, mas adoção
não.

c) Por pessoa que tenha tutela ou guarda legal de criança maior de três anos
e tenha afinidade e afetividade.

Se a mãe não quer ficar com a criança e ela entrega ao tio, a pessoa não pode
simplesmente ficar com a criança, se ela quer ficar com a criança é necessário
formalizar (por meio de uma guarda legal) e há toda a burocracia por trás
disso.

Quando eu estou só criando: Guarda Fática.

Quando eu formalizo: Guarda Legal.

PRAZOS NOS PROCESSOS DE ADOÇÃO.


Art. 152 do ECA.

Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei aplicam-se subsidiariamente as normas gerais
previstas na legislação processual pertinente.
§ 1º É assegurada, sob pena de responsabilidade, prioridade absoluta na tramitação dos processos
e procedimentos previstos nesta Lei, assim como na execução dos atos e diligências judiciais a eles
referentes. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

§ 2º Os prazos estabelecidos nesta Lei e aplicáveis aos seus procedimentos são contados em dias
corridos, excluído o dia do começo e incluído o dia do vencimento, vedado o prazo em dobro para a
Fazenda Pública e o Ministério Público.

—-> Todos os prazos são contados em dias corridos. 10 dias de prazo (para
qualquer procedimento, pois estamos falando de crianças).

—-> Prioridade para crianças com deficiência ou doença crônica. Art. 47,
par 9 do ECA.

Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no registro civil mediante
mandado do qual não se fornecerá certidão.

§ 9º Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança ou adolescente
com deficiência ou com doença crônica.

—-> Devolução da Criança - 197-E, par 5.

Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante será inscrito nos cadastros referidos no art. 50 desta Lei,
sendo a sua convocação para a adoção feita de acordo com ordem cronológica de habilitação e conforme
a disponibilidade de crianças ou adolescentes adotáveis.

§ 5o A desistência do pretendente em relação à guarda para fins de adoção ou a devolução da criança ou


do adolescente depois do trânsito em julgado da sentença de adoção importará na sua exclusão dos
cadastros de adoção e na vedação de renovação da habilitação, salvo decisão judicial fundamentada, sem
prejuízo das demais sanções previstas na legislação vigente.

Tira-se as pessoas do cadastro, e civilmente:


a) Indenização por dano moral.
b) Pagamento de tratamento psicológico.
c) Pagamento de pensão alimentícia.

Normalmente as mais comuns são as pensões e o tratamento psicológico.

Eu posso devolver uma criança durante o estágio de convivência? Sim, não é


uma devolução propriamente dita, é uma não adaptação, pois é justamente um
período de adaptação.

Adoção Internacional.
É exceção e só vai acontecer quando não tiver uma família no Brasil para colocar
essa criança e se for um adolescente e este concordar com a adoção internacional.

Regras:
a) Preferência para brasileiros que moram no exterior.
b) Estrangeiros.

Habilitação dessas pessoas:

1) Habilitação nos países onde moram, em um órgão que se chama de


Autoridade Central.

Haverá todo o processo de documento e entrevista psicológica, feito isso os


documentos serão encaminhados ao Brasil.

Vem para Autoridade Central Estadual, ou seja, o Tribunal de Justiça.

2)

Aula dia 25 de setembro de 2019.


Guarda alternada, ou a criança fica só com um dos pais e teoricamente não tem
contato com o outro.

Guarda alternada não tem previsão legal no Brasil.

PROTEÇÃO DA PESSOA DOS FILHOS (GUARDA) - (1583 a


1590), CC.

1 - Compartilhada X Unilateral.

Conceito: art. 1583, par 1.

Guarda Unilateral é aquela atribuída a um só dos genitores ou outra pessoa


(parente, ou qualquer outra pessoa que estiver na guarda).

Só irei por sob a tutela de um terceiro, se os pais não puderem exercer.

Conceito: Guarda Compartilhada. (Mesmo artigo).

É a responsabilização conjunta dos pais em relação aos filhos. Não significa


divisão exata e igualitária de tempo (porque isso seria guarda alternada).

Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. (Redação dada pela Lei nº
11.698, de 2008).

§ 1o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a


alguém que o substitua (art. 1.584, § 5o) e, por guarda compartilhada a
responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe
que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos
comuns.

Nirdo S2 Camila M. —— Conjugalidade.

Nasce: Nerso, Nirso e Tonho Lagarto.

Divórcio: Continua a parentalidade.

1) Mora com 01 dos pais.

Critérios:
A) Condições dos genitores - uma pessoa que não tem tempo, exemplo: pai
caminhoneiro. Fica prejudicado para fixar a guarda unilateral para este pai,
pois ele pouco está em casa.
B) Idade dos filhos - idade só é fator limitador quando a criança for muito
pequena, bebê, e que esteja em período de amamentação. IMPORTANTE
lembrar que, isso não impede a guarda, no entanto, impede a pernoite.

2) Direito de Convivência

Mãe: Responsabilidades —-> Guardião ——-> Convivência maior.

Pai: Lazer e Diversão

Esse é um exemplo, não necessariamente a mãe será a guardiã.

Na unilateral você tem que ampliar a convivência e não dividi-la. Exemplo: 9


dias para o pai e 21 dias para a mãe, dias alternados é claro.

1583 - § 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a


supervisionar os interesses dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão, qualquer
dos genitores sempre será parte legítima para solicitar informações e/ou prestação
de contas, objetivas ou subjetivas, em assuntos ou situações que direta ou
indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a educação de seus filhos.

Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-
los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou
for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação.
Parágrafo único. O direito de visita estende-se a qualquer dos avós, a critério do
juiz, observados os interesses da criança ou do adolescente.

O direito de convivência não é absoluto, ele pode ser restringido


ou findado.
Art. 1.586. Havendo motivos graves, poderá o juiz, em qualquer caso, a bem dos
filhos, regular de maneira diferente da estabelecida nos artigos antecedentes a
situação deles para com os pais.

Direito de convivência é extendido para os avós. (1.589, parágrafo único).


Checklist do plano de convivência: são questões e discussões que vão
na guarda, vale para compartilhada e unilateral, apesar da última ser mais
comum.
1) Definição dos finais de semana: pode ser primeira ou terceira semana, tanto
faz a escolha.
2) Definição da convivência durante a semana;
3) Feriados;
4) Natal e Ano Novo;
5) Férias Escolares: pode ser alternada.
6) Aniversário da Criança;
7) Aniversário dos Genitores;
8) Dia das mães e dos pais;
9) Contatos virtuais: estabelecer chamadas de vídeos ou de áudio.
Claro que isso são questões a serem discutidas, não são obrigatórias, no
entanto, se já estiverem estabelecidas, trás mais facilidade para o dia a dia.

Guarda Compartilhada: 1583, parágrafo primeiro e segundo.


§ 2 Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma
o

equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses
dos filhos:

—-> Equilíbrio é a palavra chave da guarda compartilhada.


—-> Guarda compartilhada é a regra, ainda que tenha-se falado bastante da
guarda unilateral.
—-> Art. 1584, parágrafo segundo.
Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:

§ 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho,
encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a
guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a
guarda do menor.

A guarda compartilhada só não irá ser fixada se houver alguma situação grave ou que
impossibilite o compartilhamento.
Se houver conflito entre os pais?

——> Convivência Livre - lembrar do checklist que anteriormente foi


estabelecido. Aqui os filhos tem liberdade para conviver com os pais no
momento que foi mais apropriado para eles. Não é qualquer conflito, ou 11 horas
da noite eu vou para a casa do outrem. Convivência livre é necessário ter (algo
que na compartilhada faz muito sentido) é a RESIDÊNCIA DE BASE.

Residência de base - lugar onde a criança mora, a residência dela. Significa que a
criança não vai ficar indo e vindo como se fosse mala de loco.

Essa convivência livre significa que não tem dias fixados para ficar com o que
não é guardião.

Significa que o filho tem uma residência de base e poderá conviver livremente
com o outro genitor, conforme for melhor para seu desenvolvimento e a sua
rotina. Ainda assim, poderão ser estabelecidos dias fixos para convivência.
Uma vez que a guarda compartilhada pressupõe divisão de responsabilidades
dos pais.

GUARDA COMPARTILHADA E UNILATERAL CAI NA


PROVA. A questão dos conflitos provavelmente vai cair também, logo estude.
Questões dos conflitos - que tipo de conflito?

Se eu tenho briga com a ex-esposa, o juiz fixa a guarda compartilhada, o que


importa é a questão de crianças.

Se o conflito for insuperável no momento, eu posso estabelecer a unilateral.


(ah, não quero deixar o filho com a esposa pois ela tem o hábito de beber).

Se for estabelecido a unilateral, os pais terão que se submeter a terapia,


tratamento psicológico, oficinas de parentalidade, constelação familiar ou fazer
mediação.

Oficinas de parentalidade - mini palestra para os pais que ao romper a


conjugabilidade, porém não se rompe a parentalidade.

2) CONVIVER NO CÁRCERE.

Art. 19, par 4.

Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e,
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente
que garanta seu desenvolvimento integral.

§ 4 Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de


o

liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de
acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização
judicial.

A questão dos alimentos, se o pai ou a mãe estive preso, eu posso entrar com uma
ação de alimentos dos meus avós.
A prisão não é sobre o não pagamento dos alimentos, o pai já estava preso por
outro motivo.

Gestantes tem direito a prisão familiar. Nesse assunto estamos mais voltados ao
cárcere do pai.

Mesmo no cárcere o direito é garantido, se ele é eficaz ou não, ai já é outra


história…

3) POBREZA.

O fato de uma família ser pobre não é motivo para que ocorra a perda da guarda
ou a destituição do poder familiar. Art. 23 do ECA.

Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda
ou a suspensão do pátrio poder poder familiar.

4) INFORMAÇÕES + PRESTAÇÃO DE CONTAS.


Art. 1584, parágrafo sexto.

Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:

§ 6o Qualquer estabelecimento público ou privado é obrigado a prestar informações a qualquer


dos genitores sobre os filhos destes, sob pena de multa de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$
500,00 (quinhentos reais) por dia pelo não atendimento da solicitação.

O fato de eu não ter o meu filho na minha companhia, não deve inviabilizar de eu ter
informações dele, até porque se eu peço informação e não sou atendido, não posso ser culpado
pelo desinteresse e não se configura abandono efetivo.

Esse artigo vale para qualquer lugar. No entanto, para quem vai a multa? Segundo a doutrina
deve direciona-la para alguma entidade.

Art. 1583, parágrafo quinto. PRESTAÇÃO DE CONTAS.

Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.


§ 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a
supervisionar os interesses dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão,
qualquer dos genitores sempre será parte legítima para solicitar informações e/ou
prestação de contas, objetivas ou subjetivas, em assuntos ou situações que direta
ou indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a educação de seus filhos.

Este artigo trouxe uma possibilidade que é:

Pai X Mãe ———-> Alimentos.


Aquela história que a mãe utiliza o dinheiro dos alimentos para comprar coisas
supérfluas.

Aqui o pai quer que a mãe comprove o que a mãe compra, nota por nota.

Prestação de contas se usa para encher o saco de um contra o outro. Pois bastaria
uma revisão de alimentos ou alteração de guarda.

Tomar cuidado com a prestação de contas. Decisão do STJ, diz que não é
cabível prestação de contas nas questões alimentares, pois os
alimentos são para garantir o bem estar da criança e não são uma
negociação mercantil.

• Mesmo na guarda compartilhada existe pagamento de


alimentos.

5) Alienação Parental.
Lei n. 12.318 de 2010.

Atos X Punições.

Dica: A morte inventada.

Se ficar constatado a alienação parental, se percebe no poder judiciário que esta é


pouco levado a sério.

Um pai ficar falando mal da mãe, e instigando a criança a acreditar que essa é
ruim.

6) Multa Parental.

É a possibilidade de fixação de uma multa para o descumprimento de uma


obrigação. Arts. 536 e 537 do CPC ou do CC, não lembro bem.

É possível praticar a multa para o genitor que impede o direito de convivência.


Agora não pode multar por exemplo um pai que não quer ver o filho.

7) Abandono Afetivo.

Não tem previsão legal.

Art. 927 do CC.

Nosso TJ-RS, entende que nos casos levados a julgamentos não foi comprovado
nexo causal que a conduta do pai gerou prejuízo nos filhos. No entanto, outros
tribunais tem concebido, inclusive o STJ.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.

8) Família Multiespécie.
Está basicamente relacionada a guarda dos animais de estimação.

Cabe ação de alimentos do animal e até mesmo guarda compartilhada.

Aula dia 09 de outubro de 2019. Pós Primeira prova.


Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade no
União Estável. (Arts. 1723 ao 1727).
Perguntas e Respostas:
1 - O que se entende por união estável?

A) Gravar data em alianças? Isso aqui simplesmente não serve para


prova de que eles queriam constituir namoro, pois isso pode ser
justamente o inicio da data de namoro. E até mesmo qual mão foi
usada.

B) Noivado é uma união estável? Será considerado quando cumprir


todos os requisitos do 1723 = ok. Como comprovo? Terá que se virar,
pois não foi formalizado.

C) Coabitação. A coabitação não é requisito para a união estável.


Exemplos: casos em que os namoradinhos moram juntos para estudar
em tal cidade, tem vários requisitos que caracterizam a união estável,
porém, não possuem o objetivo de constituir família, logo não é união
estável. Segundo Exemplo: período de preparação para o casamento e
compras, não são considerados união estável. Isso envolve tudo, até
mesmo pensão por morte (nesse segundo exemplo). Terceiro exemplo:
se eu estiver morando separado não necessariamente não é uma união
estável, pode ser que seja.

Morar junto pode não ser considerado união estável se faltar o objetivo de
constituir família. Morar separado pode ser união estável se estiverem
presentes os requisitos do Art. 1723 do CC.

Requisitos:
1) Diversidade dos sexos.

• ADI 4277 - União homoafetivas = família.


• Provimento 52 de 16 - CNJ.
• Provimento 175 de 2013 - CNJ —> U.E.H —> CAS.

2) Estabilidade/Continuidade.
• Tempo? Na questão de união estável, não há previsão de tempo na lei. É
necessário uma continuidade para considerar estável. Antigamente era 5
anos morando junto para ser considerado união estável, hoje em dia isso
não é mais necessário.

3) Publicidade.

• x ‘’amante’’ ——> Famílias Paralelas. Considera nula, pois não há a


publicização.

4) Constituir Família = Objetivo Principal.

• Formalização da união estável - documento, pois fica mais objetivo de


entender que vocês querem constituir família. Feito através de: Escritura
Pública ou Contrato de Convivência.

• Escritura Pública: feita no tabelionato. Contrato de Convivência:


particular, depois só reconhece as assinaturas.

• Sem formalização, como que faz? costuma cair em prova.


Exemplos: - Fotos - Natal ou datas comemorativas. + Fotos compra de
imóveis.
- Conta Conjunta.

Se você só tiver fotos e nenhum outro requisito, dificilmente vai conseguir


provar.
- Status Facebook. Se por em uma união estável ou morando
junto com… é uma prova.

- Dependência em clube.
- Compras em conjunto/Contas em loja.
- Responsável Financeiro.
- Correspondência no mesmo endereço.
- Testemunhas, irão falar se é público e se era estável, por
quanto tempo, e que de fato o objetivo era constituir uma família.
- Filhos.

OBS: Se você não formalização, você precisa buscar o máximo de coisas


que possam caracterizar uma união estável. Pois tudo o que foi citado
acima são provas relativas.
3) As pessoas impedidas de casar podem constituir união estável?
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o
seu consorte.

Casamentos com parentes? Até o terceiro grau colateral, primos e até mesmo tios e
sobrinhos. O resto não pode.

• Salvo (exceção) - Art. 1723, par 1, 2 parte + 1521, VI.

Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem
e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e
estabelecida com o objetivo de constituição de família.

§ 1 A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art.


o

1.521 ; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se


achar separada de fato ou judicialmente.

• Casado ——> Divorciar ——> Casar.


• Casar ——-> Separado de fato ——-> Permitida União Estável.

Separado de fato? Não convivo mais com meu ex. Exemplo: moro em santo
expedito e ela em caxias.

Modalidades:

As causas suspensivas não se aplicam a união estável, art. 1723, par 2 +


11523.

§ 2 As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união


o

estável.

Causas suspensivas - impedimentos que as pessoas escolham devido regime de


bens.

(arts 1523 + 1723 estão mais acima).


5) Alimentos.
——> Entre companheiros

Transitórios.

b) Regime de bens - 1725 + 1639 a 1688.

Comunhão Parcial de Bens - O que eles tem antes, não será dividido depois,
apenas o que eles conquistarem depois da união. Esse é o regime legal.

Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros,


aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial
de bens.

Se você quer outro regime que não o parcial de bens, é necessário fazer um Pacto
Antenupcial do Casamento.

Comunhão Universal de Bens - Divide tudo.

c) Sucessões.

Art. 1.990. Se o testador tiver distribuído toda a herança em legados,


exercerá o testamenteiro as funções de inventariante.

Considerado inconstitucional esse artigo.

Casados: 1) descendentes 2) Ascendentes 3) Cônjuges 4) Parentes 4


grau.
União Estável: 1) descendentes 2) ascendentes 3) com.. parentes 4)
parentes

Como se formaliza a união estável?

Escritura pública ou contrato de convivência.

1725.

7) Como se dissolve uma união estável?


Regra; união estável não se faz divórcio, se faz dissolução. Podendo ser:

Judicial ou extrajudicial

Tabelionato: Sempre que não tiver filhos menores e ouvir consenso.

Nos outros casos precisa judicializar.

Com formalização ——> Ação de Dissolução + Partilha + Alimentos +


Guarda + Convivência.

Sem formalização ——-> Ação de Reconhecimento e Dissolução +


Guarda + Convivência.

8) É possível a conversão de união estável em casamento?

Art. 1.726. A união estável poderá converter-se em casamento, mediante pedido


dos companheiros ao juiz e assento no Registro Civil.

Pedido judicial ou extrajudicial.

9) O que são famílias paralelas ou simultâneas.

Famílias paralelas ou simultâneas - Se forma nos moldes da família principal, é


como se essa família paralela tivesse o mesmo reconhecimento da principal.

Amante - relação de concubinato. Pessoa dos encontros velados ou escondidos.

NÃO SE TRATA DO CRIME DE BIGAMIA E NEM ESTAMOS FALANDO


DE AMANTES.

Nirdão é casado com Camila Mânica, e tem uma família paralela com a Aline do
Friska.

Morre o Nirdão por causa do álcool.

Ele vivia como casado com a Mânica e tinha união estável com a menina do
Friska (publicidade, continuidade e intenção de constituir família).

—-> Patrimônio -

—-> Pensão por morte - INSS tem reconhecido pensão por morte para cônjuge
e companheira, tem reconhecido meio a meio.
Recurso extraordinário - 1045273. Trata de uma relação paralela afetiva.

Se leva muito o PRINCÍPIO DA BOA-FÉ, exemplo: uma mulher não sabe da


outra.

9) Poliamor - é a possibilidade de uma união estável entre três pessoas.

22 de Outubro de 2019. Terça Feira.

TUTELA (- 18), CURATELA (+18) E TOMADA DE


DECISÃO APOIADA (+18 + deficiência) (1728 a 1783-A).
1) Tutela.

Conceito: É um direito/dever que alguém tem de cuidar de pessoas menores de


18 anos prestando auxilio e proteção e gerindo seu patrimônio. Não tem para
maiores de 18 anos.

Quem está sujeito à tutela? Art. 1728.

Art. 1.728. Os filhos menores são postos em tutela:


I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes;
II - em caso de os pais decaírem do poder familiar.

Como identifico quando é tutela ou quando é guarda? Na guarda ainda há poder


familiar, mas um exerce a guarda, se é compartilhada os dois exercem e tem
poder familiar, se é para terceiros ainda há poder familiar, NO ENTANTO, na
TUTELA, há órfãos e pais destituídos.

Caso de tutela são as crianças que foram acolhidas.

Formas de tutela: Previstas a partir do 1729.


A) Tutela Testamentária: Possibilidade que o pai ou a mãe, ou ambos,
nomeiem alguém para tutela de seus filhos por testamento ou documento
autêntico.

Art. 1.729. O direito de nomear tutor compete aos pais, em conjunto.


Parágrafo único. A nomeação deve constar de testamento ou de qualquer outro
documento autêntico.

Trabalha-se em conjunto (pai e mãe), e se um nomeia A e o outro não nomeia


ninguém, há conflito e o juiz terá que analisar o caso.

Art. 1.730. É nula a nomeação de tutor pelo pai ou pela mãe que, ao tempo de
sua morte, não tinha o poder familiar.

B) Tutela Legítima: a mais comum de acontecer. Os parentes da criança ou do


adolescente se tornam tutores. Via de regra é designada para os parentes e tem
uma ordem preferencial.

Ascendentes (avós, bisavós e assim por diante, sempre o mais próximo) e


colaterais até terceiro grau (irmãos da criança, sobrinhos da criança ou
adolescente e tios).

Se a família for muito pequena, há chance de os primos (que são quarto grau)
podem tornar-se tutores. Há uma flexibilização nessa questão.

Art. 1.731. Em falta de tutor nomeado pelos pais incumbe a tutela aos parentes
consangüíneos do menor, por esta ordem:
I - aos ascendentes, preferindo o de grau mais próximo ao mais remoto;
II - aos colaterais até o terceiro grau, preferindo os mais próximos aos mais
remotos, e, no mesmo grau, os mais velhos aos mais moços; em qualquer dos
casos, o juiz escolherá entre eles o mais apto a exercer a tutela em benefício do
menor.

C) Tutela Dativa: 1732. Só vai acontecer se não houver na testamenteira e


ninguém na legítima para ficar com a criança ou adolescente. Na dativa é uma
pessoa designada pelo juiz, via de regra pode ser qualquer pessoa que não se
enquadre na tutela legítima ou testamentária. Exemplos: padrinho, vizinho,
representante legal da instituição.

—-> Terceira pessoa designada pelo juiz.


—-> Padrinho, vizinho, representante legal da instituição.

Necessário:
——-> Sem os anteriores.
——-> Exclusão, escusa ou remoção. Aqui eu tiro um tutor, e nomeio outro.
INCAPAZES DE EXERCER A TUTELA.

Seção II Dos Incapazes de Exercer a Tutela


Art. 1.735. Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a
exerçam:
I - aqueles que não tiverem a livre administração de seus bens;
II - aqueles que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem
constituídos em obrigação para com o menor, ou tiverem que fazer valer direitos
contra este, e aqueles cujos pais, filhos ou cônjuges tiverem demanda contra o
menor;
III - os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes
expressamente excluídos da tutela;
IV - os condenados por crime de furto, roubo, estelionato, falsidade, contra a
família ou os costumes, tenham ou não cumprido pena;
V - as pessoas de mau procedimento, ou falhas em probidade, e as culpadas
de abuso em tutorias anteriores;
VI - aqueles que exercerem função pública incompatível com a boa
administração da tutela.

Pessoas proibidas ou vedadas por lei, pois podem prejudicar a criança ou


adolescente.

• I - Quem não tem livre administração dos bens - pessoa interditada ou


que tenha patrimônio bloqueado.

• II - Quem estiver, no deferimento da tutela, com obrigação contra o


menor. Típico caso de dívidas, exemplo é a pessoa que vai ser nomeada tutor,
seria credor ou devedor do menor, os pais faleceram e passou para o
patrimônio da herança, se há alguma dívida essa pessoa não pode ser tutor,
pois poderia usufruir do patrimônio da criança.

• III - Quem for expressamente excluído da tutela ou inimigos do menor ou


dos pais - Os pais que excluem essas pessoas por documento. Via de regra
inimigos do menor ou dos pais, seria as famílias que já brigaram ou tiveram
relações conflituosas, essa avaliação será feita pelo juiz.

• IV - Condenados por: furto, roubo, estelionato, falsidade, crimes contra a


família ou contra os costumes. Exceção: enunciado 636 da jornada de
direito civil que diz que essas incapacidades podem ser flexibilizadas se
atingirem o princípio do melhor interesse.

• V - Pessoas de mau procedimento, falhas em probidade e culpadas por


abuso em tutorias anteriores. - esse mau procedimento tem que ter um impacto
para criança, quem vai decidir é o juiz, seria um caso de um vadio, aquele que
não faz absolutamente nada.

• VI - Quem exerce função pública incompatível com a administração da


tutela. Seria um caso de um diplomata, presidente ou algo do gênero que pelas
viagens não teria tempo, claro, mais uma vez seria analisado pelo juiz.

ESCUSAS.

Da Escusa dos Tutores


Art. 1.736. Podem escusar-se da tutela:
I - mulheres casadas;
II - maiores de sessenta anos;
III - aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de três filhos;
IV - os impossibilitados por enfermidade;
V - aqueles que habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a tutela;
VI - aqueles que já exercerem tutela ou curatela;
VII - militares em serviço.

Como se fosse pedir desculpas, mas eu não posso assumir essa tutela.
Legítimo: Pode, mas não quer.

É a possibilidade de alguém quando nomeado tutor, tem de abrir mão da


tutela ou recusar.

I - Não se aplica mais, código era de 40, pois nessa época a mulher tinha que
pedir permissão para o marido, hoje isso não existe ou pelo menos não devia
mais existir.

II - maiores de 60 anos, por questões do pique e da saúde para criar uma


criança.

III - Quem tiver mais de três filhos. Lógica também pela questão financeira.

IV - Enfermos, doentes.

V - Quem mora longe do lugar do exercício da tutela.

VI - Quem já for tutor ou curador. Questão da prestação de contas.

VII - Militares em serviço. Questão da criança não ficar desamparada.

Prazos para apresentar a escusa: Art. 1738. 10 dias após a


designação.
Art. 1.738. A escusa apresentar-se-á nos dez dias subseqüentes à designação, sob
pena de entender-se renunciado o direito de alegá-la; se o motivo escusatório
ocorrer depois de aceita a tutela, os dez dias contar-se-ão do em que ele
sobrevier.

Deixou passar o prazo, significa que você abriu mão de apresentar a escusa. No
entanto, no caso dos enfermos, se passou os 10 dias e não apresentou a escusa,
pode utilizar-se da escusa 10 dias depois de descobrir a enfermidade.

Irmãos.
Regra: um só tutor para os irmãos.

Art. 1.733. Aos irmãos órfãos dar-se-á um só tutor.


§ 1 No caso de ser nomeado mais de um tutor por disposição testamentária sem
o

indicação de precedência, entende-se que a tutela foi cometida ao primeiro, e


que os outros lhe sucederão pela ordem de nomeação, se ocorrer morte,
incapacidade, escusa ou qualquer outro impedimento.
§ 2 Quem institui um menor herdeiro, ou legatário seu, poderá nomear-lhe
o

curador especial para os bens deixados, ainda que o beneficiário se encontre sob
o poder familiar, ou tutela.

Se for nomeado mais de um tutor, quem for nomeado primeiro tem a


preferência.

Exercício da tutela - 1740.


Art. 1.740. Incumbe ao tutor, quanto à pessoa do menor:
I - dirigir-lhe a educação, defendê-lo e prestar-lhe alimentos, conforme os seus
haveres e condição;
II - reclamar do juiz que providencie, como houver por bem, quando o menor
haja mister correção;
III - adimplir os demais deveres que normalmente cabem aos pais, ouvida a
opinião do menor, se este já contar doze anos de idade.

I - Educação, alimentos e demais deveres da criança e adolescente.

Há mais o art. 1747 nessa questão.

Art. 1.747. Compete mais ao tutor:


I - representar o menor, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo,
após essa idade, nos atos em que for parte;
II - receber as rendas e pensões do menor, e as quantias a ele devidas;
III - fazer-lhe as despesas de subsistência e educação, bem como as de
administração, conservação e melhoramentos de seus bens;
IV - alienar os bens do menor destinados a venda;
V - promover-lhe, mediante preço conveniente, o arrendamento de bens de raiz.

II - Receber rendas e pensões.

III - Fazer as despesas de subsistência;

IV - Alienar os bens para a venda.

V - Arrendar bens de raiz. (pode com a autorização do juiz).

Art. 1.748. Compete também ao tutor, com autorização do juiz:


I - pagar as dívidas do menor;
II - aceitar por ele heranças, legados ou doações, ainda que com encargos;
III - transigir;
IV - vender-lhe os bens móveis, cuja conservação não convier, e os imóveis nos
casos em que for permitido;
V - propor em juízo as ações, ou nelas assistir o menor, e promover todas as
diligências a bem deste, assim como defendê-lo nos pleitos contra ele movidos.
Parágrafo único. No caso de falta de autorização, a eficácia de ato do tutor
depende da aprovação ulterior do juiz.

Atos que envolvem disposição patrimonial (venda, acordo, pagar dívida, tudo
que saia do patrimônio do tutelado e vá para o patrimônio de outra pessoa é
disposição patrimonial).

Último ato não pode mesmo com autorização judicial:

Art. 1.749. Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor, sob pena de
nulidade:
I - adquirir por si, ou por interposta pessoa, mediante contrato particular, bens
móveis ou imóveis pertencentes ao menor;
II - dispor dos bens do menor a título gratuito;
III - constituir-se cessionário de crédito ou de direito, contra o menor.
Atos que o tutor possa vir a se beneficiar dos bens do menor tutelado.

PROTUTOR - Art. 1742. Função deste é fiscalizar o tutor, tipo um tutor


reserva.

Art. 1.742. Para fiscalização dos atos do tutor, pode o juiz nomear um protutor.

REMUNERAÇÃO DO TUTOR E PROTUTOR: O tutor e protutor não


recebem uma remuneração mensal, mas tem o direito de ser ressarcido pelas
despesas do tutelado.

• Direito de ressarcimento pelas despesas que tiveram e remuneração se houver


bens.

Arts.

Art. 1.755. Os tutores, embora o contrário tivessem disposto os pais dos


tutelados, são obrigados a prestar contas da sua administração.

Art. 1.756. No fim de cada ano de administração, os tutores submeterão ao juiz o


balanço respectivo, que, depois de aprovado, se anexará aos autos do inventário.

Art. 1.765. O tutor é obrigado a servir por espaço de dois anos.


Parágrafo único. Pode o tutor continuar no exercício da tutela, além do prazo
previsto neste artigo, se o quiser e o juiz julgar conveniente ao menor.

——-> Os tutores são obrigados a prestar contas a cada dois anos. Significa
dizer que mesmo dispensados por quem destituiu a tutela, eles SÃO
OBRIGADOS a prestar contas. Pois, se assim não o fosse, poderiam fazer o que
bem entender com o dinheiro. A CADA DOIS ANOS.

——-> Balanço anual. Levantamento de tudo que foi feito durante o ano e se
junta no processo. Aqui vai constar também o balanceamento de bens - se tiver
três apartamentos gerando lucro. FEITO ANUALMENTE, OU SEJA, TODOS
OS ANOS.
Art. 1.759. Nos casos de morte, ausência, ou interdição do tutor, as contas serão
prestadas por seus herdeiros ou representantes.

Obs: Mesmo que o tutor faleça ou seja interditado, os seus herdeiros tem que
prestar contas.

Esse 1.759 sempre cai em concurso, prestar atenção.

Da Cessação da Tutela. 1763 a 1766


Da Cessação da Tutela
Art. 1.763. Cessa a condição de tutelado:
I - com a maioridade ou a emancipação do menor;
II - ao cair o menor sob o poder familiar, no caso de reconhecimento ou
adoção.

Para o tutelado.
Art. 1.764. Cessam as funções do tutor:
I - ao expirar o termo, em que era obrigado a servir; PRAZO DA TUTELA
É DE DOIS ANOS.
II - ao sobrevir escusa legítima;
III - ao ser removido. CONFORME O 1.766.

Para o tutor.

Art. 1.765. O tutor é obrigado a servir por espaço de dois anos.


Parágrafo único. Pode o tutor continuar no exercício da tutela, além do prazo
previsto neste artigo, se o quiser e o juiz julgar conveniente ao menor.

Art. 1.766. Será destituído o tutor, quando negligente, prevaricador ou


incurso em incapacidade.

CURATELA.
Conceito: É a proteção da pessoa maior de idade quando não estão em
plenas condições de manifestar vontade.

Sujeitos da curatela - pessoas que não conseguem exprimir vontade.


Ébrios habituais e viciados em tóxicos.

Pródigos.

Seção I Dos Interditos


Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir
sua vontade;
III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
V - os pródigos.

Necessário juntar este artigo 1767 com o artigo 4 do CC. Significa dizer
que Absolutamente em capaz é somente menores de 16 anos.

Todas as pessoas que tem deficiências, pela lei, são absolutamente


capazes.

No entanto, podem ter sua capacidade relativizada, dependendo de sua


doença, exemplo: doença mental que a impossibilita de exprimir sua vontade.

Menor de 16 anos - absolutamente incapaz.


Maior de 16 anos - no máximo relativamente incapaz, não existe mais
absolutamente incapaz praticamente para maiores de 16 anos, independentemente
da doença que a pessoa tiver.

PROCEDIMENTOS DA CURATELA - 1747 em diante.

Quem pode promover a curatela? 747 do CPC.


• Cônjuge ou companheiro
• Parentes ou tutores.
• Representante de entidade do abrigado.
• Ministério público.

Art. 747. A interdição pode ser promovida:


I - pelo cônjuge ou companheiro;
II - pelos parentes ou tutores;
III - pelo representante da entidade em que se
encontra abrigado o interditando;
IV - pelo Ministério Público.
Parágrafo único. A legitimidade deverá ser
comprovada por documentação que acompanhe a
petição inicial.
Passos:
1) Petição inicial (fatos) - 2017 - E.P.D
2) Citação para entrevista - Juiz. Juiz pode ir até o local da
pessoa se esta não puder.
3) Prazo para impugnação da entrevista, que é de 15 dias.
4) Perícia. Feito via de regra com médico.
5) Sentença. Vai limitar os efeitos da curatela. Se é para
todos os atos da vida civil ou patrimônio. O ébrio
habitual ou o pródigo precisa de autorização para as
questões patrimoniais.

755, par 3 do CPC.

Art. 755. Na sentença que decretar a interdição, o juiz:


§ 3o A sentença de interdição será inscrita no registro
de pessoas naturais e imediatamente publicada na
rede mundial de computadores, no sítio do tribunal a
que estiver vinculado o juízo e na plataforma de editais
do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá
por 6 (seis) meses, na imprensa local, 1 (uma) vez, e no
órgão oficial, por 3 (três) vezes, com intervalo de 10
(dez) dias, constando do edital os nomes do interdito e
do curador, a causa da interdição, os limites da
curatela e, não sendo total a interdição, os atos que o
interdito poderá praticar autonomamente.

Levantamento da curatela (ainda nos procedimentos).

756 do CPC - é quando terminam os motivos dos quais


ela foi curatelada.

Art. 756. Levantar-se-á a curatela quando cessar a


causa que a determinou.
§ 1o O pedido de levantamento da curatela poderá ser
feito pelo interdito, pelo curador ou pelo Ministério
Público e será apensado aos autos da interdição.
§ 2o O juiz nomeará perito ou equipe multidisciplinar
para proceder ao exame do interdito e designará
audiência de instrução e julgamento após a
apresentação do laudo.
§ 3o Acolhido o pedido, o juiz decretará o
levantamento da interdição e determinará a
publicação da sentença, após o trânsito em julgado, na
forma do art. 755, § 3o, ou, não sendo possível, na
imprensa local e no órgão oficial, por 3 (três) vezes,
com intervalo de 10 (dez) dias, seguindo-se a
averbação no registro de pessoas naturais.
§ 4o A interdição poderá ser levantada parcialmente
quando demonstrada a capacidade do interdito para
praticar alguns atos da vida civil.
Prestação de contas na curatela.
1781 e 1783 - EXATAMENTE IGUAL A TUTELA.

Decisão Apoiada - 1783-A. É um processo para a


pessoa com deficiência escolher duas pessoas
idôneas para apoia-la na tomada de decisões. Tem que
ser aprovado pelo juiz, vai ter avaliação de equipe
profissional (médica e psiquiátrica) e ministério
público.

Serve para casos em que pessoas com deficiência que


não leva a incapacidade que não leve a curatela, mas
você com deficiência pede auxílio a duas pessoas e as
escolhe para lhe dar apoio em alguma decisão que vá
tomar.

Os apoiadores podem ser destituídos se forem


negligentes por exemplo, e também podem solicitar
sua exclusão do apoio. TUDO JUDICIALMENTE.
Aula dia 23 de outubro de 2019.

Alimentos —-> 1694 a 1710.


—-> Lei 5478 de 68.

Conceitos: é tudo aquilo que uma pessoa necessita


para a sua subsistência e para manter seu padrão de
vida. Alimentos é diferente de comida, envolve
educação, vestuário, lazer, saúde e entre outros.
Basicamente todos os direitos da criança e do
adolescente.
Padrão de vida é manter o status social, que seja
compatível para manter a qualidade de vida que ela
vinha tendo antes.

Espécies:
1) Natureza.

a) Naturais - alimentos Naturais, são basicamente


para a subsistência da pessoa. São aqueles comuns
entre 30% do salário mínimo ou 20% do que o cara
ganha. Não tem previsão na lei o que foi dito
anteriormente, no entanto foi o que se construiu na
jurisprudência.

b) Civis - manter o status social, basicamente entre


cônjuges.

Novas definições que vem ganhando espaço:

**** Intuitu Personae - Fixados individualmente para


cada filhos. Exemplo: tem 4 filhos, 2 irão ganhar 100
reais e os outros dois 50 reais.

Exonerar - parar de pagar.

Supondo que um desses quatro filhos faça 18 anos,


trabalha, sustenta-se sozinho e não necessita mais
desse auxílio, logo o pai pode propor uma Exoneração
de Alimentos, nesse caso de Intuitu Personae seria
muito mais fácil, pois já estaria individualizado esse
pagamento.
**** Intuitu Familiae - quem recebe é quem faz a
administração. Entrego todo o valor, quem faz a
questão de quanto para cada filho, via de regra é a
mãe.

Exoneração: Vamos imaginar que ele pague 30% e um


dos quatro filhos faça 18 anos, o pai nesse caso não
tem muita noção de quanto ele tem que pagar. No caso
do Intuitu Familiae é possível que esse quantum seja
redimensionado, significa dizer que tal pessoa não tem
mais direito de receber, mas continua o valor para os
outros três filhos.

Os alimentos intuito familiae não há individualização


de valor para cada filho sendo administrado conforme
as necessidades do mês e na exoneração o percentual
ou o valor pode ser mantido.

Obs: O grande drama dos alimentos é a adequação


social, pois há muitos casos de pessoas que ganham
salário mínimo ou até menos que isso.

3) Causa.

Legítimos: decorrem do parentesco ou de relação


conjugal. Art. 1694.

SUBTÍTULO III Dos Alimentos


Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos
outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua
condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1 Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do
o

reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.


§ 2 Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a
o

situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.

Voluntários: são fixados em testamentos. Art. 1920.

Art. 1.920. O legado de alimentos abrange o sustento, a cura, o vestuário


e a casa, enquanto o legatário viver, além da educação, se ele for menor.

Legado é uma pequena parte que uma pessoa deixa para outro, e esse
valor deve ser convertido em alimentos. Exemplos: deixo de herança 15
mil reais, e converto isso em alimentos e deixo outra pessoa como
legatário para prestar esses alimentos.

Não é muito comum, mas acontece. É uma disposição que depois de


minha morte alguém receba esses alimentos.

Indenizatórios: decorrem de atos ilícitos. Casos mais


clássicos: acidente de trânsito onde eu sou o culpado,
e a pessoa que morreu pagava alimentos para tal
pessoa. Arts. 186 e 927 do CC.

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187 ), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos
de outrem.

4) Finalidade -

Definitivos - são aqueles após sentenças ou acordo.


São pós trânsito em julgado.
Provisórios - propositura da ação até o trânsito em
julgado. São alimentos fixados quando há prova do
parentesco ou caso de cônjuge. NÃO HÁ PROVA DE
PARENTESCO.

Provisionais - propositura da ação até o trânsito em


julgado. NÃO HÁ PROVA INICIAL DE PARENTESCO.
Investigação de paternidade com alimentos.

5) Momento - momento em que eles são fixados.

Pretéritos: anteriores a fixação.

Atuais: propositura até trânsito em julgado.


Futuros: após trânsito em julgado.

Pretérito: 2017 nasce a criança.


Inicial e acordo em 2019.
Atuais: provisórios ou provisionais. ATRASO.
Trânsito em julgado - futuros. definitivos.

Até 2018 tudo ok, 2018 a 2019 o pai não pagou mais
nada, posso cobrar esse valor de 2018 até de 2019?

Se cobraria por: Cumprimento de Sentença ou


Execução de Alimentos (nesse caso da execução é
necessário TÍTULO EXECUTIVO). Só consigo cobrar
depois da data de uma sentença, liminar ou
extrajudicial se for um acordo. Não se pode cobrar
algo que não está pelo menos fixado. IMPORTANTE.

Importante pois as vezes o pai pagava 200 no mês,


outra 500 e assim ia, é necessária a fixação dos
alimentos. O que não foi fixado é perdido, bobeou pois
não entrou com pedido de regularizar ou formalizar os
alimentos, pois se assim não o fizer, se a outra pessoa
parar de pagar, você não consegue cobrar.

Características da obrigação.

1) Transmissibilidade - 1700 e 1792 CC.

Art. 1.700. A obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do


devedor, na forma do art. 1.694 .

Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da


herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver inventário que
a escuse, demostrando o valor dos bens herdados.

2) Divisibilidade - 1698, 2 parte.

Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em
condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de
grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas
devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra
uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.

Via de regra se aplica para os avós. Se meu pai não me paga alimentos, eu posso
fazer os avós paternos pagar ou até mesmo os maternos.

Essa obrigação não é solidária.


Obrigação solidária - todos respondem pela dívida inteira e depois eles se
ressarcem.
Só será solidário no direito do idoso.

3) Condicionalidade.
IMPORTANTE.

Considerada a mais importante de todas. 1694, par 1.

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros
os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua
condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1 Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do
o

reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.

Diz respeito a binômio necessidade (recebe) e possibilidade (paga).

Necessidades presumidas da criança ou adolescente.

Exemplo: mãe recebe 7 mil e tem a guarda da criança,


pai recebe 2 mil. Na questão de alimentos deve se
levar em conta o binômio da necessidade e
possibilidade, pois não se pode onerar tanto um lado
em detrimento do outro.

4) Reciprocidade - art. 1696.

Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e


extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em
grau, uns em falta de outros.

Pagam alimentos que:


ascendentes/descendentes/irmão + 1697.
Se meu pai tem que pagar 30% para minha pessoa e
ele não o faz, você pode voltar uma ação específica de
alimentos direcionados a seu irmão, pois eles tem
direito de defesa.
Princípio da Solidariedade Familiar.

Você como filho pode receber alimentos de seus pais,


mas também pode ser você o obrigado a pagar.

Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada
a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como
unilaterais.

5) Mutabilidade.

É a possibilidade do valor dos alimentos serem


revistos a qualquer tempo.

Alteração no binômio necessidade possibilidade.

Exemplos: ação revisional de alimentos.

Nova família. Novo filho. Doença (de quem paga ou


quem recebe). Desemprego. Mudança de emprego.

DESEMPREGO - NÃO AFASTA O DEVER DE PAGAR


ALIMENTOS.

Características do Direito.

Art. 1.707. Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar o direito a
alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão, compensação ou
penhora.

1) Personalíssimo - o direito de receber alimentos é de


quem tem a necessidade, ou seja, só a pessoa que
pode cobrar, propor ação e dar andamento a alguma
divida de alimentos.

As mães só representam as crianças, mas a ação é em


nome dos menores.

2) Incessível - art. 1707. Você não pode ceder seu


direito para outrem.

3) Impenhorável - o seu direito de receber alimentos


não pode ser penhorável para pagar outra dívida.
1707.
4) Incompensável - o direito de receber alimentos não
pode ser compensado com outros direitos. Exemplo:
pedi dinheiro emprestado do meu pai para comprar
uma moto, esse valor não pode ser compensado nos
alimentos. 1707. Só pode compensar quando a
ordem for da mesma natureza.

5) Intransacionável - art. 841 do CC. Significa dizer que


não posso fazer um acordo sob meu direito de
alimentos, posso fazer um acordo de parcelamento
do valor que está sendo pago. Exemplo: transaciono
o valor, em 6 parcelas, mas do percentual não
posso abrir mão.

6) Irrepetível - significa dizer que uma vez pagos, não


são devolvidos. Salvo má-fé.

7) Irrenunciável - 1707. Enquanto menor de idade eu


não posso abrir mão dos direitos. Aqui o valor tem
que ser pago integralmente, no entanto, se você for
maior de idade, pode abrir mão dos alimentos sim,
menor de idade, esse direito é irrenunciável.
8) Imprescritível - Art. 206, par 2 + 197, II + 198, I do
CC. A partir da data em que se vencerem.

Regra: enquanto menor de idade (poder familiar), não


há prescrição. IMPORTANTE.

A partir dos 16 anos começa correr a prescrição.

Ocorre a prescrição depois que passou o poder


familiar.

Dia 30 de Outubro de 2019.

1 - Ação de Alimentos ——-> Contra pais.


——-> Contra avós.
——-> Gravídicos.

Gravídicos - mulher gestante que entra com ação


contra possível pai. Lei 11.804 de 2008. Necessário:
indícios de paternidade.

Alimentos Avoengos (Avós) - tem que demonstrar os


fatos que o pai não tem condições de pagar, ou ainda
que todo valor que o pai tem condição de pagar não é
suficiente para as necessidades do filho (nesse caso o
pai paga um pouco, e os avós complementam).
Para os alimentos não pagos cabe Cumprimento de
Sentença (para cobrar alimentos atrasados). Art. 528
do CPC.

Para Cumprimento de Sentença eu preciso


necessariamente de valores atrasados.

1) Título Executivo do Cumprimento de Sentença ——-


> Sentença.
——->
Termo Audiência.
——->
Alimentos Prov.

2) Quanto tempo de atraso.


• Até 3 meses (recentes) - Prisão. Tem gente que fica
até um ano sem receber e entra com o pedido pelo
todo, mas pode somente pelos três, pois o legislador
presume que são os mais importantes.

• Com 1 mês de atraso, entrar com pedido de


pagamento e pedir prisão.

• Meses + antigos - só posso pedir penhora.

• Todo o período - penhora.

• Pedidos Separados: 3 últimos meses posso pedir


prisão, os outros meses mais antigos posso pedir
penhora. O que não posso é pedir todo o período de
prisão, mas posso pedir todo o período de penhora.

Vai Cair na Prova - Pai recebeu a citação e não pagou.


Foi preso. 30 dias. Saiu em Dezembro. Eu não tenho a
possibilidade de pagar só os últimos 3 meses, mas
pagar também as vencidas e as vincendas (as que irão
vencer durante o processo).

Ele não pode ser preso pelo mesmo período, exemplo


não pagou outubro, novembro e dezembro de 2019 e
acabou preso. Cumpriu, passou o tempo e ele ainda
não pagou, ele não pode ser preso por esses mesmos
meses, tem que ser outros.

Atenção: No valor devido deve ser incluído as vencidas


e a vincendas (no pedido de prisão).

Não tem vincendas na penhora, na penhora são só


vencidas.

Se a pessoa for presa e não pagar o valor não poderá


ser preso novamente. Esse valor entra no cálculo da
penhora. Par. 5, 6 e 7 do 528 do CPC.

3) Prazos de prisão: 3 dias. ——— > Pagar.


———> Provar
Pagamento.
———>
Justificação.

Se não fizer nada daqueles 3 itens, irá sair o Mandato


de Prisão.

Penhora: 15 dias. Art. 523 do CPC.

4) Protesto: 528, par 1.

É cumulativo, o cara pode ser preso e pode ter a


sentença protestada.
Esse é de ofício.

5) SPC - Cadastro de Inadimplentes. 782, par 3 do


CPC.

Advogado tem que fazer o pedido.

Questão do artigo 529, par 3 CPC. Desconto Em Renda.

A soma não pode ultrapassar 50% da renda.


Desconto em Renda - é a possibilidade de desconto
nos vencimentos do devedor dos valores atrasados de
forma parcelada, ou seja, é um desconto adicional em
relação as parcelas devidas.

a) Endereçamento.

Vara de Família (se a tiver, caso não, Judicial).

b) Qualificação das partes.


Autor e réu, autor e requerido.

Só vai ser representante o assistido.

Autor: filho. Representado ou Assistido.

Cuidado: a ação de alimentos pode estar cumulada


com outros pedidos, exemplo:

Divórcio com guarda, alimentos, visitas (direito de


convivência) + partilha de bens. (ordem está toda
errada, divórcio deveria estar juntamente com partilha
de bens).

No caso do divórcio, poderei ter como autor: pai ou


mãe que está entrando com a ação.
Requerido: quem paga os alimentos R$. Pode ser pai,
mãe e até mesmo os avós, ou seja, tanto faz.

c) Nome Ação + Fundamento.

Nome: Ação de alimentos cumulada com alimentos


provisórios.

Fundamentos: lei n. 5478 de 68) + Art. 1694.

d) Dos Fatos.

1) Vínculo de Parentesco. (Certidão de


nascimento).

2) Necessidades do autor - Documentos e Provas:


Criança saudável ou não (exames). Educação
(transporte, material escolar, uniforme).
Alimentação (nada impede que você junte notas de
mercado).

• Lazer.

• Vestuário.

• Moradia - Adolescente mora em outra cidade e


precisa pagar aluguel.

3) Possibilidades Requerido.

Renda - Se a pessoa recebe carteira assinada (Função


Pública ou Empresarial).
Carteira assinada ou Sem-Renda Fixa. (Para poder fixar
o valor lá no final).

Pensão - se recebe renda de apartamentos ou


arrendamento.

Obs: para funcionários públicos, portal de


transparência posso checar os rendimentos da pessoa.
No caso de funcionário empresarial, os contracheques.

4) Renda Genitora (mãe).

• Comprovante de renda: para dizer que é de fato se a


pessoa tem condição ou não de manter os filhos
sozinha, e caso não a tem, é obrigação que o pai tem
para com os filhos.

5) Percentual ou Valor.
• Valor - 1.000,00

• Percentual: tem que considerar o que você tem de


necessidade e as possibilidades.

Carteira Assinada ou for funcionário público - Posso


pedir que o percentual seja sobre o Salário Líquido,
isso é óbvio, se souber quanto a pessoa ganha.

Sem Renda Fixa - Posso fazer o pedido sobre o Salário


Mínimo. Pode ser (70% do Salário Mínimo ou até
mesmo 3 salários mínimos). Esse é o famoso cara que
faz bico ou até mesmo um advogado que trabalhe em
cima dos honorários.

30% é um padrão mais ou menos razoável, mas, isso


pode variar para mais, ou para menos.
e) Fundamentos (Do Direito).

Lei Alimentos N. 5478 de 68.

Arts.1694 em diante.

f) Pedidos.

1) Recebimento (da petição).


2) AJG.
3) Citação - Para defesa / Comparecer em audiência
de conciliação com documento de renda atualizado.

4) Provisórios - posso pedir um valor, e nos definitivos


outro. Nesse caso: 1 Salário Mínimo/ 70% do S.M.

Eu tenho conhecimento que ele tem emprego, mas não


sei o valor do salário, posso pedir uma porcentagem
desse salário e a empresa irá fazer o Percentual
Desconto na Folha.

5) Procedimentos.

Valores diferentes dos provisórios. Porque lá no início


da ação, posso não ter conhecimento, e durante o
andamento da ação posso saber quanto ele ganha.

6) Ministério Público - Intervenção obrigatória na


questão de alimentos, pois tratamos de criança e
adolescente.
7) Honorários + despesas processuais.

8) Provas - Todas: documentais, testemunhais e


periciais.
9) Valor da causa: Art. 292, III, CPC.

12 vezes o valor pretendido. (vezes provisórios ou


vezes definitivos).

h) Datas.

Adendo: Obs: Sobre quais rendas é fixado? Sobre


todas as verbas remuneratórias, isso significa dizer,
inclusive férias, recisão.

Como se calcula renda líquida? É o valor bruto tirando


os descontos legais (imposto de renda,
previdência/INSS).
Aula dia 06 de Novembro de 2019.

Revisional de Alimentos - 1699. Binômio.


Necessidade. Possibilidade.

Majoração

Minoração (provas) doença, faculdade +alimento


renda.

Minoração ——> Renda, doença —— Outro filho ——


Desemprego.

Exoneração (parar de pagar):

Menores: não cabe.

Maiores de idade: cabe.

Estudante + ou - 22 anos a 24 anos. Pode continuar


pagando a faculdade pois é questão de função
profissional.
Pode aumentar para uma pós ou mestrado, mas isso
deve ser discutido, pois já não é mais obrigatório, a
menos que seja um futuro muito promissor.

NÃO HÁ EXONERAÇÃO AUTOMÁTICA COM A


MAIORIDADE. IMPORTANTE.

358 STJ. - O filho tem direito ao contraditório, ele pode


provar que ainda precisa dos alimentos.

Obs: minoração, majoração e exoneração serve para


cônjuges também.

Oferta de Alimentos. Art. 24 da lei 5478 de


1968.

Art. 24. A parte responsável pelo sustento da família, e


que deixar a residência comum por motivo, que não
necessitará declarar, poderá tomar a iniciativa de
comunicar ao juízo os rendimentos de que dispõe e de
pedir a citação do credor, para comparecer à
audiência de conciliação e julgamento destinada à
fixação dos alimento a que está obrigado.

Binômio, Necessidade e Possibilidade.

Você também pode gostar