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PRELIMINARMENTE
DA JUSTIÇA GRATUITA
Excelência, como consta em anexo, o requerente tem uma renda superior a três salários
mínimos. Todavia, foi juntado aos autos, comprovantes de gastos juntamente com suas
declarações de imposto de renda, das quais se extrai que o mesmo não pode suportar a
demanda sem prejuízo de seu sustendo e de sua família.
Desta feita, o requerente declara (declaração em anexo de renda e seu contra cheque) não ter
condições de suportar o pagamento das custas sem prejuízo de seu próprio sustento e pleiteia
a concessão da gratuidade processual, prevista no inciso V do art. 3º da Lei nº 1.060/1950 c/c
art. 5º, LXXIV da CF/88.
I-DOS FATOS
O requerente é casado com a senhora xxxxxxxxxxxx, como consta certidão em anexo, desde
xxxxxxx, e conviveu sob a égide da união estável, desde meados de xxxxxx. Sempre cuidou da
filha de sua esposa, como se dele fosse. Tratando com muito amor e carinho da mesma forma
que dispensado a um filho biológico.
Sempre houve o desejo, tanto por parte da mãe, quanto por parte da filha de que o
requerente pudesse ter seu nome, como pai socioafetivo da menor XXXXXXXXXX.
Quando conheceu a mãe da requerida, a criança estava com pouco mais de xxxxx, e de lá pra
cá, vem custeando sua criação, além de ter criado um forte laço que pode ser comprovado
com testemunhas e com o depoimento da própria criança. O autor tem muito amor pela
criança e a mesma também. Sendo mutua a vontade de ser concretizar a paternidade
sócioafetiva, de ambos e inclusive de sua esposa.
Sua preocupação com o bem estar da criança é latente, como pode ver, nos autos existem
gastos que ele tem com a referida, como: escola particular, médico, natação, dentista,
transporte e entre outros, todos pagos pelo requerente, que somados, chegam a três mil reais
ao mês, enquanto o pai biológico, paga cento e cinquenta reais de pensão. Quem tem mais
dedicação na criação da criança?
O amor do autor pela criança é visível na sociedade onde convive, tanto é que poucas pessoas
sabem quem a mesma não é filha biológica do requerente. Além do que, a mesma tem muita
vontade de ter o nome do requerido como pai, já que, desde pequena, tem a figura do
requerente como sendo seu pai, já que o pai biológico, passa anos sem ver a criança.
Devo pontuar que no caso em tela, o pai biológico, apesar de contribuir com a pensão, viu a
criança pela ultima vez, quando ela tinha cinco anos de idade e hoje ela já conta com quase
dez anos. Não existe afetividade entre eles. Ela nunca passou férias ou qualquer data junto ao
pai ou a família dele.
Pois bem. O pai biológico é caminhoneiro, reside em São Paulo e cotidianamente viaja a
trabalho, ficando sem tempo disponível para visitar a filha, razão pela qual está de acordo com
a filiação de sua biológica e o requerente, o Sr. XXXXXXX, podendo inclusive ser intimado para
reafirmar tal interesse, caso V. Exa entenda ser necessário.
Criou-se um laço muito forte entre a criança e autor que vai além do sangue, pois, como todos
nos sabemos, PAI é quem cria e dá amor. Se observar nos documentos acostados nos autos, há
uma vasta prova sobre o alegado são fotos de viagens, aniversários e inclusive do seu
casamento, onde a criança participa sendo dama de honra do casamento do autor com sua
mãe.
Amor é o que uni o ser humano. Ele que nos protege, nos orienta, nos consola é nosso porto
seguro.
Muito orgulho o homem deve ter de assumir seus sentimentos e mostrar que ama seu
próximo, independente de laço sanguíneo, assim como fez Jesus. Por essa razão, por questão
de direito e de dignidade da pessoa humana que se pede o reconhecimento voluntario de
paternidade socioafetivo.
É importante ressaltar que apesar do pai biológico, nada contribuir afetivamente, não se busca
destituir seu poder familiar. Tal pedido ficará ao futuro para decisão da criança.
II-DO MÉRITO:
Antes de adentrar no mérito da questão, gostaria de regressar a tempos primórdios, com o fito
de demonstrar que a socioaftividade, apesar de ser recente no ordenamento jurídico pátrio, já
existe há muitos e muitos séculos atrás. Se observar nos escritos bíblicos, Moisés foi filho
afetivo, assim como Jesus Cristo, conforme relata Lucas na Bíblia sagrada 1:1-23 ao capitulo
1;52_80. Ele foi concebido pelo espírito santo. Contudo, foi José de Nazaré, seu pai afetivo.
Inclusive o registrou como filho, devido o decreto de Cesar Augusto, como constam nas
sagradas escrituras.
Voltando aos tempos atuais e no caso concreto, uma iniciativa tão bonita como essa, que já
deveria de existir no mundo extrajudicial, em casos específicos, onde a criança já tem registro
com o nome do pai biológico, sem a necessidade de estimular o judiciário.
Não distante nossa constituição, já veio retirando certos estigmas que afligiram nossa
sociedade por décadas.
Observa-se, V.ª Ex.ª, na legislação pátria uma constante evolução na proteção da família. A
Constituição Federal de 1988 acabou, por exemplo, com a diferença de tratamento entre os
filhos havidos dentro e fora do casamento, vedando quaisquer discriminações relativas à
origem da filiação, como era feito na legislação civil (a qual utilizava as expressões ilegítimas,
espúrias, incestuosas ou adulterinas).
Art. 227. § 6º: Os filhos havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção terão os
mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à
filiação.
Outra situação frequente na realidade nacional é o registro de uma criança por pessoa que não
é (são) sua (seus) genitor (es), que de tão comum, originou a expressão “adoção à brasileira”.
O Código Civil, inclusive, protege os filhos fruto de fecundação artificial (art. 1597). A
legislação, portanto, apenas regulamentou oficialmente tais situações que já ocorriam de fato
e corriqueiramente no cotidiano de muitos brasileiros. Hoje, filhos são apenas filhos,
independentemente de terem sido concebidos dentro ou fora do matrimônio, o que está em
absoluta consonância com o princípio constitucional da dignidade humana.
Da mesma forma, hoje não são poucos os casos em que, sem que haja uma formalização
(guarda, curatela, tutela, adoção), pessoas “adotam” crianças e as criam como se seus próprios
filhos fossem.
Até que veio a lei 11.424/09, criada pelo então deputado e já falecido Clodovil Hernandes, que
criou e foi sancionada pelo ex. presidente Luiz Inácio Da Silva Da Silva.
Que expressa:****
“Art. 57.
No caso em tela entendemos ser possível a aplicação do disposto de forma análoga. Ou seja: o
padrasto ou madrasta, com consentimento dos enteados, também requerer o que dispõe na
lei.
Devido o grande clamor da sociedade evoluída, como exemplo as várias decisões judiciais em
que se reconhece o laço afetivo superior ao laço biológico em ações de investigação de
paternidade (jurisprudência acrescentada ao final). Assim, o interessado em ver reconhecido o
laço socioafetivo, ou tenta fazê-lo de forma voluntária ou recorre ao Poder Judiciário. No
presente caso, o pai socioafetivo requer de forma voluntaria o reconhecimento de sua
paternidade.
Não obstante as dificuldades existentes pode-se observar no Código Civil um amparo para que
seja observado o laço afetivo como elemento configurador do estado de filiação: Dispõe o art.
1593:
Art. 1.605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação por
qualquer modo admissível em direito: (...)
Depreende-se, portanto, que a lei privilegia situações de fatos já certos, como o presente caso,
segundo se comprova com a documentação coligida com esta inicial e as demais provas a
serem produzidas no decorrer da instrução.
Entende-se por verdade sociológica, a constatação de que ser pai ou mãe, não se pauta apenas
no vínculo genético com a criança, mas naquela pessoa que cria, educa, dá amor, carinho,
dignidade e condição de vida, realmente exercendo a função de pai ou de mãe levando em
consideração o melhor interesse da criança.
Nota-se que muitas vezes os laços de afetividade que unem pai e filho, são mais fortes que os
vínculos consanguíneos que, porventura, possam existir. “(Idem) Das características da posse
do estado de filho Doutrinariamente, são três elementos que caracterizam o estado de filho:
nome, trato e fama”.
Com relação ao trato, deve ser observado se a pessoa que criou o filho de criação, o tratava
como filho; em outras palavras, se dispensava os mesmos cuidados com o filho de criação que
dispensava aos filhos biológicos, dando as mesmas condições, carinho, afeto. Que nesse caso,
é bem claro.
Por fim, com relação à fama, deve ser atentado se a pessoa que “adotou” outra externava sua
atitude de pai ou mãe, de modo que a sociedade e o círculo de relacionamentos do “adotante”
reconheça este tratamento, o que será devidamente comprovado no momento adequado.
Não obstante as provas as serem produzidas no momento oportuno, o requerente junta aos
autos, testemunhas que comprovam o relacionamento ora alegado e suas assertivas,
demonstrando que tem muito amor pela requerida.
Ademais, o requerido sempre foi o responsável pela educação da requerida e esta sempre
esteve ao seu lado, ele que a acompanha na escola, medico passeios de fim de semana,
reuniões escolares.
O Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Dr. José Carlos Teixeira Giorgis
– no julgamento da Apelação Civil 70008795775 explanou que“ a paternidade sociológica é um
ato de opção, fundando-se na liberdade de escolha de quem ama e tem afeto, o que não
acontece, às vezes, com quem apenas é a fonte geratriz. Embora o ideal seja a concentração
entre as paternidades jurídica, biológica e socioafetiva, o reconhecimento da última não
significa o desapreço à biologização, mas atenção aos novos paradigmas oriundos da
instituição das entidades familiares. Uma de suas formas é a “posse do estado de filho‟, que é
a exteriorização da condição filial, seja por levar o nome, seja por ser aceito como tal pela
sociedade, com visibilidade notória e pública. Liga-se ao princípio da aparência, que
corresponde a uma situação que se associa a um direito ou estado, e que dá segurança
jurídica, imprimindo um caráter de seriedade à relação aparente. Isso ainda ocorre com o
„estado de filho afetivo‟, que além do nome, que não é decisivo, ressalta o tratamento e a
reputação, eis que a pessoa é amparada, cuidada e atendida pelo indigitado pai, como se filho
fosse”.
Citem-se os seguintes julgados anteriores a vigência da lei 11.924/09, que já vislumbravam que
o vínculo socioafetivo não é tema novo nem alheio aos tribunais pátrios:
(TJ-RS - AI: 70053581245 RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Data de Julgamento:
11/03/2013, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 15/03/2013)
Para a Ministra Nancy Andrighi, paternidade sócio-afetiva e biológica são conceitos diversos e
a ausência de uma não afasta a possibilidade de se reconhecer a outra.
No recurso especial ajuizado no STJ, A.C.M.B. sustentou que, enquanto o TJDF reconheceu a
ausência de paternidade biológica como causa suficiente para a anulação do registro civil,
outros Tribunais teriam considerado tal fato irrelevante quando ausentes quaisquer vícios do
ato jurídico, como erro, dolo, simulação, coação e fraude, mas presente a filiação sócio-afetiva.
Observou, ainda, que, com a manutenção do acórdão recorrido, os bens que lhe foram
deixados como legítima seriam herdados pela tia.
Em seu voto, a relatora detalhou a evolução legislativa e jurídica do conceito de filiação e citou
jurisprudência e precedentes que permitiram o amplo reconhecimento dos filhos ilegítimos.
Nancy Andrighi reconheceu que o STJ vem dando prioridade ao critério biológico para o
reconhecimento da filiação nas circunstâncias em que há dissenso familiar, em que a relação
sócio-afetiva desapareceu ou nunca existiu.
Não se podem impor os deveres de cuidado, de carinho e de sustento a alguém que, não
sendo o pai biológico, também não deseja ser pai sócio-afetivo. Mas, se o afeto persiste de
forma que pais e filhos constroem uma relação de mútuo auxílio, respeito e amparo, é
acertado desconsiderar o vínculo meramente sanguíneo, para reconhecer a existência de
filiação jurídica”, ressaltou a ministra em seu voto.
De acordo com os autos, mesmo ciente de que não era o pai biológico de A.C.M.B., M.S.B.
criou-a como filha desde o seu nascimento, em 1980, e optou por reconhecê-la como tal,
muito embora não fosse seu genitor. Segundo a ministra, o que existe no caso julgado é um
pai que quis reconhecer a filha como se sua fosse e uma filha que aceitou tal filiação. “Não
houve dissenso entre pai e filha que conviveram, juntamente com a mãe, até o falecimento.
Ao contrário, a longa relação de criação se consolidou no reconhecimento de paternidade ora
questionada em juízo.”
Assim, por unanimidade, a Turma deu provimento ao recurso especial para cassar o acórdão
recorrido, julgar improcedente a ação declaratória de inexistência de parentesco ajuizada pela
tia e inverter os ônus pelo pagamento de todos os gastos decorrentes da atividade processual.
O STJ também reformou a decisão do TJDF que impôs à recorrente o pagamento de multa pela
interposição de embargos de declaração com intuito procrastinatório. Para o STJ, os embargos
tinham nítido caráter de prequestionamento.
O modelo de família atual, não mais se coaduna com a antiga família romana, a qual perdeu a
força com o decorrer do tempo, tirando do pater famílias o poder de decidir sobre a vida de
seus familiares. O ideal de igualdade entre os pais e os filhos aparece como novo conceito de
família, baseado na dignidade humana, na afetividade, com uma convivência voluntária
garantindo a harmonia, passando de um caráter natural para o cultural.
“A entidade familiar deve ser entendida, hoje, como grupo social fundado, essencialmente, em
laços de afetividade, pois a outra conclusão não se pode chegar à luz do Texto Constitucional,
especialmente do artigo 1º, III, que preconiza a dignidade da pessoa humana como princípio
vetor da República Federativa do Brasil”. (FARIAS, Cristiano Chaves de. Direito Constitucional à
família: Um bosquejo para uma aproximação conceitual à luz da legalidade Constitucional.
Revista Brasileira de Direito de Família. Porto Alegre: IBDFAM, p.15, 2004. v.23).
De acordo com Maria Berenice Dias, a filiação socioafetiva corresponde à verdade aparente e
decorre do direito à filiação. O filho é titular do estado de filiação, que se consolida na
afetividade. Não obstante, o art. 1.593 evidencia a possibilidade de diversos tipos de filiação,
quando menciona que o parentesco pode derivar do laço de sangue, da adoção ou de outra
origem, cabendo assim à hermenêutica a interpretação da amplitude normativa previsto pelo
CC de 2002 (DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito de Família. São Paulo, Revista dos
Tribunais, 2007, p. 334).
É dever do pai dar assistência criação e educação aos filhos menores e, inversamente, os filhos
maiores têm o dever de ajudar os pais na velhice. Sendo assim, a família existe enquanto local
onde persiste a reciprocidade.
Trata-se da paternidade responsável, positivada pela CF/88, em seu artigo 226, parágrafo 7º. O
presente artigo prevê a paternidade responsável fundada no princípio da dignidade da pessoa
humana.
“Pai é alguém que, por causa do filho, tem sua vida inteira mudada de forma inexorável. Isso
não é verdadeiro do pai biológico. É fácil demais ser pai biológico. Pai biológico não precisa ter
alma. Um pai biológico se faz num momento. Mas há um pai que é um ser da eternidade:
aquele cujo coração caminha por caminhos fora do seu corpo. Pulsa, secretamente, no corpo
do seu filho (muito embora o filho não saiba disso).”
Continua:
(…)
O artigo 22 do ECA, dispõe que: “aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos
filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer
cumprir as determinações judiciais”.
E finaliza:
A função do pai socioafetivo difere do pai meramente biológico, não atuante, do ponto de
vista afetivo.
A doutrina majoritária colaciona sobre o tema diversas vertentes, apontando para prevalência
da paternidade socioafetiva, através de sua essência, que é o afeto, presente nas relações,
cada vez mais plúrimas e complexas. As teses apresentadas corroboram para o entendimento
pleno de que o afeto possui um valor jurídico, unindo pai e filho, independentemente de
existir ou não, vínculo biológico.
É através do afeto que todo o círculo jurídico encontra embasamento para efetivação do
direito à socioafetividade, vislumbrado do ponto de vista fático, devendo ser aplicado, pelo
legislador brasileiro, caso a caso. A realidade jurídica deste tipo de perfilhação, ainda em
construção no ordenamento pátrio, encontra divergências no plano concreto, em virtude das
repercussões quanto ao reconhecimento da paternidade no âmbito patrimonial.
“Todo laço revestido de afeto poderá ser chamado de laço familiar. Não é um espermatozoide
que define o que é um pai e nem o fato de uma mãe gestar um filho em seu ventre que
garante a maternidade. Também não veremos brotar da letra fria da lei, um pai, uma mãe, ou
uma família para um filho [...].(”BARROS, Fernanda Otoni de. Sobre o melhor interesse da
criança. Disponível em: < http://www.ibdfam.org.br/?artigos&artigo).
“O verdadeiro sentido nas relações pai-mãe-filho transcende a lei e o sangue, não podendo ser
determinadas de forma escrita nem comprovadas cientificamente, pois tais vínculos são mais
sólidos e mais profundos, são invisíveis aos olhos científicos, mas são visíveis para aqueles que
não têm os olhos limitados, que podem enxergar os verdadeiros laços que fazem de alguém
um pai: os laços afetivos, de tal forma que os verdadeiros pais são os que amam e dedicam sua
vida a uma criança, pois o amor depende de tê-lo e de dispor a dá-lo. Pais, conforto, sendo
estes para os sentidos dela o seu “porto seguro”. Esse vínculo, por certo, nem a lei nem o
sangue garantem.(NOGUEIRA, Jaqueline Filgueiras. A Filiação que se constrói: O
reconhecimento do afeto como valor jurídico. São Paulo: Memória Jurídica, 2001, p.84 e 85).
Com veemência que o afeto não é fruto da biologia. Os laços de afeto, carinho e de
solidariedade derivam da convivência e não do sangue. A filiação socioafetiva pode até nascer
de indício, mas toma expressão na prova; nem sempre se apresenta desde o nascimento vindo
a florescer com o tempo.
Não poderia de citar a bela explanação de nossa ilustre mestra no âmbito de família,
Diante da abastada jurisprudência e doutrina, para que não fique duvida a cerca do direito e
da vontade das partes é que se pede por questão de JUSTIÇA, Vossa Excelência, em seu douto
conhecimento libado, vem a sua presença requerer humildemente a procedência do pedido.
III-DO PEDIDO,
b) Que a ação seja julgada procedente para declarar a paternidade socioafetiva da requerida,
em relação ao autor e, consequentemente seja reconhecida como filha para todos os efeitos
legais, sem distinção, com a devida inclusão no registro de nascimento, passando a se Chamar :
xxxxxxxxx.
c) A citação da requerida, por meio de seus representantes legais, no endereço citado, para
que venha compor o polo passivo da presente ação, apresentando, defesa, com os efeitos da
revelia e confissão previstos no CPC.
d) Cite o Ilustre representante do Ministério Público, para tomar ciência da presente ação e se
manifestar sobre a mesma,
e) Requer provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito, pelos
documentos juntados com a inicial, outros documentos necessários a contrapor eventuais
argumentos da defesa, testemunhais, periciais que sejam precisos para o deslinde completo da
lide.
Dá-se a causa o valor de R$ 880,00 (oitocentos e oitenta reais), apenas para efeito de alçada,
visto que o objeto do pedido não tem conteúdo econômico.
Nestes termos,
OAB-ES 23.403
Testemunhas:
1º
2º