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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREIRO DA .....

VARA
CIVEL DA COMARCA DE XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.

XXXXXXXXXXXXXXX, brasileiro, solteiro, serviços gerais,


portador do CPF nº XXXXXXXXXXX, RG nº. XXXXXXXXXX, residente e
domiciliado na Rua XXXXXXXXXXXXXXX, nesta e Cidade e Comarca de
XXXXXXXXXXXX-SP, por seu procurador e advogadi, com escritório
profissional situado à Rua XXXXXXXXXXXXXXX, Cidade, conforme
instrumento de mandato em anexo, vem, respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE C/C


RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL

em face da menor XXXXXXXXXXXXXXXX, brasileira,


menor, devidamente representado por sua genitora XXXXXXXXXXXXXXX,
brasileira, solteira, do lar, portadora do RG nº. XXXXXXXX, residente e
domiciliada à Rua XXXXXXXXXXXXX, nesta Cidade e Comarca de XXXXXX-
SP e também na condição de litisconsorte passivo, XXXXXXXXXXXXXX,
brasileiro, solteiro, residente e domiciliado à Rua XXXXXXXXXXXXXXXXXX-
SP, demais qualificações desconhecidas, consoante os fatos e motivos a
seguir declinados.

I. DA JUSTIÇA GRATUITA

PRELIMINARMENTE, cumpre salientar que o Requerente


não possui condições financeiras de arcar com custas processuais e
honorários advocatícios, sem prejuízo de seu sustento (declaração de pobreza
em anexo), requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita como amparo
na Lei 1.060/50 e consoante ao artigo 98, caput, do novo CPC, in verbis:

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou


estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na
forma da lei.

II - DOS FATOS
Em XXXXXXXXXX houve o nascimento da menor
XXXXXXXXXXXXXXXXX, registrada na Certidão de Nascimento como filha de
XXXXXXXXXXXXXX.

Acontece que o Autor teve um relacionamento com a Sra.


XXXXXXXXX no ano de xxxxxx, quando no momento da ruptura da relação
alegou estar voltando com o ex marido o Sr. XXXXXX, e não lhe comunicou a
gravidez.

Cumpre ressaltar que, após XXmeses, a Sra. XXX procurou


o requerente para informar sobre a paternidade da menor, haja vista a Sra XXX
havia se separado novamente do Sr. XXXXX e esse nunca nutriu nenhum
sentimento pela menor.

Assim, os três envolvidos quais sejam: XXXXXXXX,


XXXXXXX e acordaram em realizar um exame de DNA para comprovar que o
Requerente era o pai da criança.

Este exame foi realizado no Laboratório xxxxxx, cujo


resultado ocorreu xxxxxxxxx, tento como conclusão do laudo Técnico Pericial
que o Sr. xxxxx, ora Autor, é o pai biológico de xxxxxxxxxx.

Desde este resultado, o Autor tenta manter uma relação de


“pai e filha” com a menor, que atualmente se encontra com 01 (um) e meio.

Inclusive, após a constatação da paternidade, o requerente


tenta ajudar financeiramente a menor, passando inclusive alguns momentos ao
lado da filha, já estabelecendo um laço de amor com a menor.

Nesta senda, com o fito de constar na Certidão de


Nascimento da menor o nome do pai biológico, não restou alternativa ao Autor
senão ingressar com a presente ação.

O direito do Autor encontra guarida na legislação vigente.

VALE DESTACAR QUE O PAI REGISTRAL E A


GENITORA NÃO SE OPÔEM AO RECONHECIMENTO DA PATERNIDADE E
A RETIFICAÇÕ DO REGISTRO CIVIL.

Inicialmente, destaca-se que se existindo conflitos de


interesses, deverá o Poder Judiciário intervir, de forma a por fim no litígio.
Principio este da “inafastabilidade da Jurisdição”, esculpido no art. 5°, inciso
XXXV da Constituição Federal.

Observando a legislação infraconstitucional, destaca-se a


Lei n° 6.015 de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre os registros
públicos, notadamente em seu art. 109, que assim dispõe:

Art. 109. Quem pretender que se restaure, supra ou retifique


assentamento no Registro Civil, requererá, em petição fundamentada e
instruída com documentos ou com indicação de testemunhas, que o Juiz o
ordene, ouvido o órgão do Ministério Público e os interessados, no prazo de
cinco dias, que correrá em cartório.

Em ato contínuo, também podemos destacar a Lei nº


10.406/2002, em seu artigo 1.605, o qual destaca as provas da filiação, in
verbis:

“Art. 1605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento,


poderá provar-se a filiação por qualquer modo admissível em direito:

I – quando houver começo de prova por escrito, proveniente


dos pais, conjunta ou separadamente;

II – quando existirem veementes presunções resultantes de


fatos já certos

Neste passo, resta claro que o direito do Autor está


amparado pelos dispositivos acima elencados, mormente quando existe pedido
específico, bem como a ação está devidamente fundamentada e com todos os
documentos necessários para instruir o feito.

III. DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE

No que tange à prova da paternidade, merece destaque a


norma do artigo 1605 do Código Civil, segundo o qual “na falta, ou defeito, do
termo de nascimento, poderá provar-se a filiação por qualquer modo
admissível em direito: I – quando houver começo de prova por escrito,
proveniente dos pais, conjunta ou separadamente; II – quando existirem
veementes presunções resultantes de fatos já certos”.

Sendo assim, o Autor tem direito ao reconhecimento do


vínculo de paternidade, visto exame de DNA acostado aos autos.

Dispõe expressamente o artigo 1616 do Código Civil que a


declaração de paternidade decorrente da sentença tem os mesmos efeitos do
reconhecimento da paternidade.

Desta forma, requer que seja reconhecida a paternidade da


menor e seja expedido por este Juízo, MANDADO DE RETIFICAÇÃO AO
CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL para fazer constar todas as qualificações
pertinentes à filiação da menor.

IV- DOS PEDIDOS.

Diante de todo o exposto, requer-se:


a) o benefício da Assistência Judiciária, por serem
juridicamente pobres, nos moldes dos artigos 98 a 102, do CPC;

b) a intimação do ilustre representante do Ministério Público,


nos termos da lei;

c) a designação de audiência prévia de conciliação, nos


termos do art. 319, VII, do CPC;

d) determinar a citação dos requerido, inicialmente pelo


correio e, sendo esta infrutífera, por oficial de justiça, ou, ainda, por meio
eletrônico, tudo nos termos do art. 246, incisos. I, II e V, do CPC;

e) a procedência de todos os pedidos, declarando-se, por


sentença, que o Autor é pai da menor, com a consequente expedição do
mandado de retificação ao cartório de registro civil para fazer constar todas as
qualificações pertinentes à filiação da menor;

Protesta-se provar o alegado por todos os meios de prova


permitidos em lei, especialmente depoimento pessoal dos requeridos; prova
testemunhal e, principalmente, prova documental (exame DNA anexo);

Dá-se a causa o valor de R$ xxxxxxxx para efeitos


meramente fiscais.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

Cidade, data.

Advogado

OAB/SP

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