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EXCELENTISSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA

____ ª VARA DE FAMILIA DO FORO DA COMARCA DE .

(10 linhas)

Processo nº

MATEUS, nacionalidade..., menor impúbere, com 10 anos de idade, portador do RG


nº ..., inscrito no CPF nº..., neste ato devidamente representada por sua genitora
ELIANE, brasileira, estado civil..., profissão, portadora do RG nº ..., inscrito no CPF
nº..., todos residentes e domiciliados na Rua... nº ..., Bairro de ..., Cidade..., CEP..., por
sua advogada que ao final subscreve (procuração anexa), vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, com amparo na Lei 8.560/92 , com fulcro no artigo 1.606
e seguintes, do Código Civil, propor o presente

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE

em face de ALEXSANDRO, brasileiro, casado, professor universitário, portador do RG


nº ..., inscrito no CPF nº..., residente e domiciliado na Rua ..., nº ..., Bairro de ...,
Salvador/BA, CEP ..., pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:

1. DA JUSTIÇA GRATUITA

Conforme o disposto na Lei 1060/50, bem como o art.98 do CPC, requer que seja
concedido os benefícios da gratuidade de justiça, visto que a requerente não tem
condições financeiras de arcar com as custas processuais, já que cumprindo estão os
seus requisitos.

2. BREVE RESUMO DOS FATOS

A genitora, ELIANE, aqui representando o seu filho MATEUS havia conhecido


ALEXSANDRO na formatura de um primo dele. Ao se conhecerem surgiu naquele
momento um amor arrebatador, o que os levou a amaram-se loucamente embaixo do pé
de jaqueira que existia no quintal do salão de festa.

Logo, consequentemente após todo esse envolvimento no dia da formatura, ambos não
se encontram mais, por conta da agenda deles. Porém, o que Alexsandro não imagina é
que daquele envolvimento resultou na gravidez de Eliane, que deu à luz a Mateus.
A genitora nunca falou a Mateus sobre o seu pai, mas por hoje já está com 10 anos de
idade o mesmo a questionou e pediu o contato dele, descobrindo que se refere a um
famoso professor universitário, querendo dessa forma o reconhecimento de seu vínculo.

3. DO DIREITO

A investigação de paternidade é o meio pelo qual o filho, representado por sua mãe ou
até mesmo pelo suposto pai, busca comprovar e registrar o vínculo sanguíneo entre eles.
O direito do autor vem inicialmente garantido na Constituição Federal com fulcro no
artigo 227 em consonância com o art. 27 do Estatuto da Criança e do Adolescente, no
Código Civil no artigo 1.606 e seguintes e mais precisamente a Lei 8.560/92, art. 2º - A.

Tratando de um direito indisponível do autor temos como previsão legal o art. 27 do


Estatuto da Criança e do Adolescente, que diz que: O reconhecimento do estado de
filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado
contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça.

Sendo um direito personalíssimo de Marcelo o reconhecimento de filiação.

Em consonância com artigo mencionado anteriormente temos com fundamento o art.


227, § 6º, sendo que: Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção,
terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações
discriminatórias relativas à filiação. da Constituição Federal,

Como previsto na CF e visando a convivência familiar e o reconhecimento da


paternidade é que se requer a presente ação, já que possui os mesmos direitos, podendo
a qualquer tempo requerer, por se tratar da imprescritibilidade, conforme art. 1.606 do
CC, “A ação de prova de filiação compete ao filho, enquanto viver, passando aos
herdeiros, se ele morrer menor ou incapaz. Parágrafo único. Se iniciada a ação pelo
filho, os herdeiros poderão continuá-la, salvo se julgado extinto o processo.”

Logo, a Lei 8.560/92, consoante no seu art. 2º - A, dispõe que a maneira mais eficaz de
descobrir se há vínculo de paternidade entre o suposto pai e o filho é realizando o exame
de DNA. In verbis:

Art. 2o-A. Na ação de investigação de paternidade, todos


os meios legais, bem como os moralmente legítimos, serão
hábeis para provar a verdade dos fatos. (Incluído pela Lei
nº 12.004, de 2009).
§ 1º. A recusa do réu em se submeter ao exame de código
genético - DNA gerará a presunção da paternidade, a ser
apreciada em conjunto com o contexto probatório.
(Incluído pela Lei nº 12.004, de 2009). (Renumerado do
parágrafo único, pela Lei nº 14.138, de 2021)
Desta maneira, a prova de filiação deve ser por meio de DNA, visto que não é
obrigatório.

Com o objetivo da necessária retificação do registro civil após o devido reconhecimento


da paternidade em questão é que trazemos como base legal a Lei nº 6.015/73, art. 109,
sendo possível a retificação.

4. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

a) Que seja concedido os benefícios da Justiça Gratuita, pelo fato de não possuir
condições de arcar com as custas do processo, art. 98 do CPC;
b) Que seja determinado a citação do réu, para que possa realizar o exame de DNA;
c) Pela concessão da necessária ratificação do registro de nascimento, após o
devido reconhecimento da paternidade.
d) Ao final, que a presente ação seja julgada totalmente procedente, para que possa
comprovar a paternidade e seja declarado pai.

Pretende-se provar o alegado usando de todos os meios de provas admitidas e previstos


em direitos, especialmente depoimento pessoal do requerido, prova documental e
pericial através do teste de DNA.

Dá-se à presente causa o valor de R$... para efeito de custas fiscais.

Nestes termos, pede deferimento.

Local..., data...,

Advogada...
OAB...

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