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TUTELA ORAL E GUARDA NOVA.

TRIBUNAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA

SOCIAL E FAMÍLIA DO DEPARTAMENTO DE ELPROGRESO

WILLIAM OSWALDO ESPINO , trinta e quatro anos de idade, casado, estudante,

guatemalteco, deste endereço, compareço sinceramente diante de vocês e:

EXPONGO:

1.- Que atuo sob a direção e procuração profissional do Advogado JOBITO

SANDOVAL GUERRA; e indico como local para receber notificações o escritório do

referido profissional localizado no BARRIO LA DEMOCRACIA DO MUNICÍPIO

DE GUASTATOYA DEPARTAMENTO DE EL PROGRESO "ESCRITÓRIO


JURÍDICO PROFISSIONAL" SANDOVAL & GALVEZ ASOCIADOS"; 2.- Que
compareço para instaurar JULGAMENTO ORAL DE TUTELA E CUSTÓDIA contra

minha esposa, a Sra. LONDY MARIBEL ORELLANA MOSCOSO de quem

desconheço o local de sua residência, mas que pode ser notificada em: Barrio Vista Bella,

Município de El Jícaro Departamento de El Progreso, (como referência para notificar

meia quadra da Polícia Nacional Civil). O acima exposto baseia-se no seguinte:

FATOS:

I.- no dia doze de junho de mil novecentos e noventa e nove, contrai casamento civil no

município de El Jícaro, departamento de El Progreso, perante os gabinetes do Prefeito

Municipal Hugo René Arriaza Pensamiento, com o réu, conforme consta da certidão de

casamento emitida pelo Registro Civil do Registro Nacional de Pessoas, datado de

catorze de janeiro de dois mil e quatorze

que acompanho o presente memorial;

II.- Procriamos, durante a nossa vida juntos, três crianças que respondem aos nomes
WILLIAM DANIEL ESPINO ORELLANA, JOSÉ MIGUEL ESPINO ORELLANA E

KAROLAYN AZUCENA SOFIA ESPINO ORELLANA, de treze anos, doze e cinco

anos de idade, respectivamente, que recreponho com as Certidões de suas certidões de

nascimento, expedidas pelo Registro Civil do Registro Nacional de Pessoas do Município

de Guastatoya, que acompanho o presente memorial;

III.- com o réu estamos separados dos corpos, por incompatibilidade de caracteres e por

ser insuportável a vida em comum em ação separada também estou requerendo o

divórcio por determinada causa. Devido ao mau caráter do processo que tem tratado mal

nossos filhos no sentido de que grita com eles, ofende-os com palavras obscenas afetou

psicologicamente nossos filhos, é até descuidado em dar comida para crianças porque em

várias ocasiões as crianças me disseram que o réu não se importa minimamente em

cuidar de sua comida. n, tendo meus filhos manifestado a mim seu firme desejo de

permanecer sob minha custódia, praticamente eles me imploraram para por favor fazer

alguma coisa, que eles não podem mais suportar, que eles querem estar comigo o mais

rápido possível porque eles estão sofrendo muito onde eu estou,

IV.- No dia primeiro de janeiro de dois mil e quatorze, a ré LONDY MARIBEL

ORELLANA MOSCOSO, sem consulta prévia a mim, enviou as crianças para a Capital

da Guatemala, presumivelmente para morar com seus parentes, mas como é evidente a

capital é um lugar muito perigoso e com muita criminalidade, situação que como pai de

menores me deixa muito preocupado, não só pelo clima de violência que impera na

capital, mas porque meus dois filhos já são quase adolescentes e sendo essa uma etapa da

vida bastante complicada para todo ser humano, sentindo-os praticamente sozinhos sem a

supervisão e cuidados de nenhum de seus pais, É muito provável que se envolvam no

mundo das drogas, do álcool e de tantos detratores que existem hoje em detrimento da

juventude; Portanto, é evidente que a vida dos meus filhos mais novos está em perigo.
V.- Pelas razões expostas, Sr. Juiz, é que vejo a necessidade de iniciar o presente

Julgamento, para obter a guarda dos meus filhos menores, uma vez que é evidente e vou

prová-lo, que posso proporcionar-lhes um melhor ambiente social, moral e econômico,

além de que eles preferem estar comigo. Minha alegação repousa nos seguintes

fundamentos: A) Que os menores procriados durante o casamento permaneçam sob

minha guarda e guarda, podendo a mãe se relacionar com eles da seguinte forma:

Durante a Semana: A mãe poderá interagir com seus filhos menores nas segundas-feiras

de cada semana das oito horas às quinze horas; Finais de semana: Primeiro fim de

semana de cada mês, das nove horas no sábado às dezessete horas no domingo;

Feriados: Dia das Mães: das nove às dezoito horas do mesmo dia; Semana Santa: da

Quarta-feira Santa das oito horas até o Domingo de Páscoa às dezessete horas, alternando

cada vez uma Semana Santa com a mãe e outra com o pai, correspondendo à primeira

Semana Santa com o pai; Natal: das dezoito horas do vigésimo quarto dia às doze horas

do vigésimo quinto dia ambos do mês de dezembro de cada ano, alternando-se cada vez

um Natal com a mãe e outro com o pai, correspondendo ao primeiro Natal com a mãe;

Ano Novo: de treze horas do vigésimo nono dia do mês de dezembro de um ano a doze

horas do segundo dia do mês de janeiro do ano seguinte, alternando-se cada vez um Ano

Novo com a mãe e outro com o pai, correspondendo ao primeiro Ano Novo com o pai;

Dias de folga (feriados oficiais): Os demais dias de folga estabelecidos pelas leis da

República da Guatemala, não contemplados acima, serão alternativos um dia com a mãe

e outro dia com o pai das oito horas às dezessete horas do dia correspondente,

começando pela mãe; Viagens ao Exterior: No caso de viagens ao exterior com os

menores procriados quando a mãe desejar realizar a viagem, ela deverá ter previamente a

autorização expressa por escrito com assinatura autenticada por um tabelião do pai e no

caso de os menores não viajarem com nenhum dos pais, é preciso ter antes da viagem a
ser feita com a autorização expressa por escrito com assinatura autenticada por tabelião

do pai; B) O pai, tendo a guarda dos menores procriados durante o casamento, será

diretamente responsável pela manutenção dos mesmos por sua parte, de modo que não se

fixam alimentos a esse respeito. A mãe deve passar uma pensão de MIL QUETZALES

(Q. 1.000,00) mensalmente para cada um dos menores procriados durante o casamento,

pagáveis nos primeiros 5 (cinco) dias de cada mês civil, mediante depósito na conta de

depósito monetário do Banco, conforme indicação do pai.

BASE JURÍDICA:

O artigo 252 do Código Civil estipula em sua parte pertinente: "O poder paternal é

exercido sobre os filhos menores, conjuntamente pelo pai e pela mãe no casamento e na

união de fato; e pelo pai ou pela mãe, em cuja guarda a criança se encontra, em qualquer

outro caso".

O artigo 256 da mesma lei estipula: "Sempre que houver conflito de direitos e interesses

entre o pai e a mãe, no exercício do poder paternal, a respectiva autoridade judiciária

deve decidir o que é melhor para o bem-estar da criança".

O artigo 283 da mesma pessoa jurídica diz em suas partes pertinentes: "Os cônjuges,

ascendentes, descendentes e irmãos são mutuamente obrigados a prestar alimentos".

O artigo 12 da Convenção sobre os Direitos da Criança afirma: "1. Os Estados-Partes

assegurarão à criança que seja capaz de formar seus próprios pontos de vista o direito de

expressar livremente seus pontos de vista em todos os assuntos que afetem a criança,

tendo em devida conta os pontos de vista da criança, de acordo com a idade e a

maturidade da criança. 2. Para o efeito, deve ser dada à criança, em especial, a

oportunidade de ser ouvida, em qualquer processo judicial ou administrativo que a afete,

diretamente ou através de um representante ou de um organismo adequado, em

conformidade com as regras processuais do direito nacional."


Por sua vez, o artigo 199 do Código de Processo Civil e Comercial dispõe: "Processam-

se em processo oral: (...) 3º.- Questões relativas à obrigação de prestar alimentos; ... 7º.-

As matérias que, por disposição da lei ou por acordo das partes, devam ser seguidas desta

forma".

O artigo 8º da Lei das Varas de Família diz: "Nas matérias de competência exclusiva das

Varas de Família, rege-se o processo oral, que é regulado no Capítulo II do Título II do

Livro II do Código de Processo Civil e Comercial. Nas questões relativas ao direito de

alimentos, as Varas de Família também utilizarão o procedimento regulado no Capítulo

IV do Título II do Livro II do Código de Processo Civil e Comercial."

MEIOS DE PROVA:

Ofereço, como tal, o seguinte:

1.- DECLARAÇÃO DE PARTE: Que o réu deve prestar pessoalmente e não por

procuração com base na declaração de posições que em depósito acompanhou este

memorando de demanda.

2.- DOCUMENTOS: Que acompanham este memorando de demanda:

a) Certidão da Certidão de Casamento, expedida pelo Registro Civil desta capital;

B) Certidão da Certidão de Nascimento de minha filha caçula ELIZA MICHELLE

CACERES RIVERA, expedida pelo Registro Civil desta capital;

C) Certidão da Certidão de Nascimento do meu filho menor HECTOR HUGO

CACERES RIVERA, expedida pelo Registro Civil desta capital;

D) Fotocópia simples do Extrato de Conta do COLÉGIO LEHNSEN, datado de quatro

de novembro de dois mil e cinco, que gera saldo pendente de cancelamento de TRÊS

MIL OITOCENTOS E OITENTA E SETE VÍRGULA CINQUENTA E OITO

QUETZALS (Q. 3.887,58) da aluna ELIZA MICHELLE CACERES RIVERA;

E) Fotocópia simples do Extrato de Conta do COLÉGIO LEHNSEN, datado de quatro de


novembro de dois mil e cinco, que gera saldo pendente de cancelamento de DOIS MIL

QUATROCENTOS E TRINTA E TRÊS VÍRGULA VINTE E SEIS QUETZALS (Q.

2.433,26) do aluno HECTOR HUGO CACERES RIVERA;

3.- RELATÓRIOS: Que devem ser solicitados aos locais que indicarei no momento

processual adequado, momento em que indicarei também os pontos sobre os quais

deverão tratar;

4.- TESTEMUNHAS: Que deponham de acordo com o seguinte interrogatório: ......

a) ELIZA MICHELLE CACERES RIVERA, menor, filha do réu e do réu. Habilitado a

testemunhar com base no Artigo 12 da Convenção sobre os Direitos da Criança.

b) HECTOR HUCO CACERES RIVERA, menor, filho do réu e do réu. Habilitado a

testemunhar com base no Artigo 12 da Convenção sobre os Direitos da Criança.

c) ROMEO ALEXANDER LEMUS LAINEZ, Cédula de Vecindad número de ordem A

dash One (A-1), e registro dezoito mil oitocentos e treze (18813), emitido pelo Prefeito

de San Miguel Petapa do Departamento de Guatemala;

d) DOUGLAS ALBERTO MEZA FAJARDO, Certificado de Ordem de Bairro Número

A (A-1), e matrícula nº 36571 (trinta e seis mil quinhentos e setenta e um), expedida pelo

Prefeito Municipal de Chinautla do Departamento de Guatemala; e

e) EDWIN GILBERTO GALINDO CASTILLO, Cédula de Vecindad número A (A-1), e

matrícula 67136 (sessenta e sete mil, cento e trinta e seis), expedida pelo Prefeito

Municipal de Mixco do Departamento de Guatemala;

f) MONICA CLEVES GUTIERREZ, Cédula de Vecindad número A (A-1), e matrícula

número novecentos e noventa e quatro mil cento e sessenta e quatro (994164), emitida

pelo Prefeito Municipal de Guatemala do Departamento de Guatemala;

5.- RECONHECIMENTO JUDICIAL: Nos seguintes locais que interessam ao

processo: .... verificar os seguintes pontos: .....;


6.- OPINIÃO DE ESPECIALISTAS:

a) Assistente social junto deste Tribunal: Realizar um estudo socioeconómico e informar

sobre os seguintes pontos: ....

7.- PRESUNÇÕES JURÍDICAS E HUMANAS: Que os fatos provados são derivados.

Com base no exposto, ao Sr. Juiz respeitosamente,

SOLICITO QUE:

PROCEDIMENTO:

1.- Com este memorial e documentos anexos, inicia-se a formação do respectivo

expediente;

2.- Anotar a Gestão e Compras do profissional proposto; bem como o local designado

para receber as notificações;

3.- Ter como promovido de minha parte e aceitar para processamento o presente

JULGAMENTO ORAL DE TUTELA E GUARDA E FIXAÇÃO DE PENSÃO

ALIMENTÍCIA contra a Sra. IRMA RAQUEL RIVERA ZEA ou IRMA RAQUEL

RIVERA;

4.- Ter oferecido os meios de prova individualizados na respectiva seção;

5.- Como medidas cautelares e decreto de urgência: a) Tutela e guarda provisória dos

menores ELIZA MICHELLE CACERES RIVERA e HECTOR HUGO CACERES

RIVERA, em favor do pai, que será diretamente responsável pela manutenção dos

mesmos por sua parte, liberando para esse fim o respectivo Gabinete à Diretoria Geral da

Polícia Nacional Civil para prestar assistência necessário para cumprir a ordem do Juiz;

(b) Pensão alimentícia para menores ELIZA MICHELLE CACERES RIVERA e

HECTOR HUGO CACERES RIVERA à razão de MIL QUETZALES (Q. 1.000,00)

mensalmente para cada menor, a ser pago pelo réu mediante depósito na Fazenda Pública

do Poder Judiciário no dia 30 (trinta) de cada mês civil;


6.- Indicar dia e hora para as partes comparecerem ao julgamento oral, impedindo-as de

apresentarem as suas provas na audiência, sob aviso de prosseguirem o julgamento à

revelia de que não comparecem;

ANTECEDENTES:

7.- Esgotado o trâmite processual, expedir a sentença que corresponda em lei

DECLARANDO: COM CABIMENTO o presente pedido de JULGAMENTO ORAL

DE TUTELA E GUARDA E FIXAÇÃO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA promovido pelo

apresentado contra a Sra. IRMA RAQUEL RIVERA ZEA ou IRMA RAQUEL RIVERA

com base nos extremos indicados na seção dos fatos deste memorando de demanda e

consequentemente: A) Que os menores procriados durante o casamento: ELIZA

MICHELLE CACERES RIVERA e HECTOR HUGO CACERES RIVERA

permaneçam sob a guarda e guarda do pai, podendo a mãe relacionar-se com eles da

seguinte forma: Durante a Semana: A mãe poderá interagir com seus filhos menores nas

quartas-feiras de cada semana das quinze horas às vinte horas; Finais de semana: Quarto

final de semana de cada mês, das nove horas de sábado às dezoito horas de domingo;

Feriados: Dia das Mães: das nove às dezenove horas do mesmo dia; Semana Santa: da

Quarta-feira Santa das oito horas ao Domingo de Páscoa às dezenove horas, alternando

cada vez uma Semana Santa com a mãe e outra com o pai, correspondendo à primeira

Semana Santa com o pai; Natal: das dezoito horas do vigésimo quarto dia às doze horas

do vigésimo quinto dia ambos do mês de dezembro de cada ano, alternando-se cada vez

um Natal com a mãe e outro com o pai, correspondendo ao primeiro Natal com a mãe;

Ano Novo: de treze horas do vigésimo nono dia do mês de dezembro de um ano a doze

horas do segundo dia do mês de janeiro do ano seguinte, alternando-se cada vez um Ano

Novo com a mãe e outro com o pai, correspondendo ao primeiro Ano Novo com o pai;

Dias de folga (feriados oficiais): Os demais dias de folga estabelecidos pelas leis da
República da Guatemala, não contemplados acima, serão alternativos um dia com a mãe

e outro dia com o pai das oito horas às dezessete horas do dia correspondente,

começando pela mãe; Viagens ao Exterior: No caso de viagens ao exterior com os

menores procriados quando a mãe desejar realizar a viagem, ela deverá ter previamente a

autorização expressa por escrito com assinatura autenticada por um tabelião do pai e no

caso de os menores não viajarem com nenhum dos pais, é preciso ter antes da viagem a

ser feita com a autorização expressa por escrito com assinatura autenticada por tabelião

do pai; B) O pai, tendo a guarda dos menores procriados durante o casamento, será

diretamente responsável pela manutenção dos mesmos por sua parte, de modo que não se

fixam alimentos a esse respeito. A mãe deve passar uma pensão de MIL QUETZALES

(Q. 1.000,00) mensalmente para cada um dos menores procriados durante o casamento,

pagáveis nos primeiros 5 (cinco) dias de cada mês civil, mediante depósito na conta de

depósito monetário do Banco, conforme indicação do pai; e, C) Quando a sentença

transitar em julgado, são certificadas 3 (três) certidões da mesma.

CITAÇÃO DAS LEIS: Artigos citados e seguintes: 126-153-159-162-164-166-167-

169-171 do Código Civil; 11-25-26-29-44-50-51-55-61-63-66 a 79-96 a 198-427-431-

432-433-434-516-5 30- do Código de Processo Civil e Comercial; Artigo 46 da

Constituição Política da República.

ANEXO DUAS CÓPIAS DESTE MEMORIAL E DOCUMENTOS ANEXOS.-

Guatemala, 15 de novembro de 2.005.-

A PEDIDO DO PRESENTE QUE NO MOMENTO NÃO PODE ASSINAR E EM

SEU AUXÍLIO:

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