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ADVOGADA xxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxx
TURMA MATRÍCULA
02. Maria Luíza, moradora da cidade Guanabara/PB, foi casada com Lucas, por
mais de cinco décadas, tendo tido apenas uma filha, Luna, moradora de
Tambáu/PB, dona de rede de restaurantes. Com o falecimento do esposo, Maria
Luíza deixou de trabalhar em razão de profunda tristeza que a acometeu. Já com
76 anos, Luíza começou a passar por dificuldades financeiras, sobrevivendo da
ajuda de vizinhos e alguns parentes, como Cláudia, sua sobrinha-neta. A jovem,
que acabara de ingressar no curso de graduação em Direito, relatando aos colegas
de curso o desapontamento com o abandono que sua tia sofrera, foi informada de
que a Constituição Federal assegura que os filhos maiores têm o dever de amparar
os pais na velhice, carência ou enfermidade. De posse de tal informação, sugere a
sua tia-avó que busque o Poder Judiciário a fim de que lhe seja garantido o direito
de receber suporte financeiro mínimo de sua filha. Maria Luíza procura, então, você
como advogado (a). Indique a peça processual e os pedidos cabíveis para a
propositura da referente ação.
03. Lorena é casada com Caleb e, por algum tempo, manteve um relacionamento
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extraconjugal com Antônio, desse DE
CADERNO modo,
CASESengravidou. Nasceu Luna, que fora
registrada em nome de Caleb, pois, este a tinha como filha. Contudo, em razão de
sua enorme semelhança física com Antônio, este ajuizou um pedido de
reconhecimento de paternidade, tendo o teste de DNA comprovado o vínculo
biológico. Entretanto, Caleb ama a sua filha e quer manter-se como pai de Luna.
Ante o caso em tela, apresente a melhor solução, de acordo com as
jurisprudências.
R. O casamento nulo está previsto no artigo 1.548 do Código Civil e ocorre quando
o casamento é celebrado por um cônjuge que tenha impedimento legal. As causas
de impedimento ao casamento estão descritas no artigo 1.521 do mencionado
código.
No caso do casamento nulo o vício que contamina o ato é grave e tem como
consequência a inexistência de seus efeitos. Neste sentido, a perícia médico-legal,
terá como objetivo avaliar quanto à possibilidade de exprimir à vontade, o estado
de Henrique ao tempo da celebração do casamento. A nova legislação estabelece
que o casamento pode ser anulado por vício de vontade de um dos nubentes, se
houver, por parte deste, ao consentir erro essencial quanto à pessoa do outro
cônjuge. O novo Código traduz a regra subseqüente o que é erro essencial.
05. No tocante ao Código Civil, discorra sobre o casamento, quando anulado por
culpa de um dos cônjuges.
06. Fabiana, muito doente, às vésperas de seu casamento, não possui tempo
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suficiente para se submeter às formalidades
CADERNO DE CASES preliminares ordinariamente exigidas,
nem para aguardar o comparecimento da autoridade celebrante. Sendo assim, o seu
casamento com Xandym pe realizado ante uma situação de urgência, ou, como pode-se
visualizar, “iminente perigo de vida”, em face ao estado demasiadamente grave de saúde de
um dos nubentes. Diante tal caso, qual a nomenclatura dada a esse tipo de casamento e
quais os requisitos fundamentais, ante a doutrina e jurisprudência vigente? Discorra.
07. Tróia foi casado com Sandy, durante 08 anos, resultando um fruto desse amor,
chamado Wesley, de apenas 03 anos. Em face de inúmeros desentendimentos
conjugais, ambos decidem ingressar com uma ação de divórcio consensual, tendo
em vista possuírem uma relação pacífica e amigável, fora do casamento. Tróia, um
pai muito dedicado e participativo na vida de Wesley, ingressa com uma ação a fim
de contribuir com as despesas do menor. De acordo com o caso acima descrito,
você fora contratado (a) como advogado (a) para ingressar com a ação judicial.
Qual a peça processual e os requisitos cabíveis?
08. Joyce, moveu uma ação de interdição em face de sua mãe Johana, na qual
solicitou a curatela em razão de doença constatada. O processo tramitou, e, ao
final, o juiz prolatou a decisão, a qual apresentou a fundamentação deferindo o
pedido de curatela à autora. Ocorre que não houve citação dos demais filhos a
respeito da ação, sabendo apenas a família pela própria autora, com a curatela já
pronunciada nos autos do processo. Enquanto advogado (a) dos demais filhos,
informe a orientação jurídica cabível.
11 .Gabriela, após sair uma noite com João, um conhecido, engravida. Buscando
João para informar o ocorrido, este diz para ela se virar, pois não arcaria com
nenhum gasto referente àquela criança, que nem mesmo sabia se era o genitor.
Gabriela, desesperada com a situação, procura você como Advogado (a). Qual a
ação cabível para o devido caso? E os fundamentos jurídicos?
R. No caso de Gabriela, em primeiro momento a ação cabível é ALIMENTOS
GRAVÍDICOS, baseada na Lei n. 11.804/08, pois no início da gravidez a mulher
tem a necessidade de cuidados e idas ao obstetra e alguns remédios no pré-natal.
Ainda, na fixação do pensionamento mensal, deverá ser levado em conta os
elementos trazidos na referida norma, porém, no tocante as despesas de
internação e parto, por exemplo, salvo ajuste das partes, é temerário impor ao
suposto pai, principalmente de forma liminar, tais custos quando já são arcados
pelo SUS ou convênio médico que a genitora talvez possua. João como quer fugir
da responsabilidade, poderá Gabriela requerer ação citada. Para este tipo de ação
é necessário ter como provas, fotos, conversas de aplicativos, e testemunhas que
comprovem a relação amorosa. Posteriormente, quando a criança nascer, poderá
ser solicitado pelo juiz uma Ação de Invetigação de Paternidade. Que através de
um exame de DNA, dando positivo, determinará que o genitor, João, registre a
criança e faça pagamento de pensão alimentícia.
R. Para que Clarice, possam não possui mais a obrigação com Maike, é necessário
ingressar com a EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS, a ação encontra amparo na Lei
n.º 5.478/68-Lei de Alimentos e no art. 1.699 do Código Civil. A parte autora deve
provar que não mais estão presentes os motivos para a obrigação alimentar. Nesta
ação será necessário a demonstração que Maike já possui 22 anos e não está
possui provas que está estudando em faculdade, cursos técnicos ou até mesmo
vestibular ou outros. Assim sendo, também poderão ser usadas como provas de
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que o alimentado não faz mais jus DE
CADERNO ao CASES
recebimento da pensão, depoimentos de
testemunhas, fotos de redes sociais, entre outros meios de prova.
PROCESSSO N. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
I- DA JUSTIÇA GRATUITA
A Autora não tem condições de arcar com as despesas do processo, uma vez que
são insuficientes seus recursos financeiros para pagar todas as despesas processuais,
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inclusive o recolhimento dasCADERNO
custas iniciais.
DE CASES
Desta forma, formula pleito de gratuidade da justiça, o que faz por declaração de
seu patrono, sob a égide do art. 99, § 4º c/c 105, in fine, ambos do CPC, quando tal
prerrogativa se encontra inserta no instrumento procuratório acostado.
III- DO DIREITO
a) Da possibilidade de exoneração
Cumpre analisar o disposto nos arts. 1.694 e 1. 699 do Código Civil, no
pertine à obrigação alimentar:
“Art. 1699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na
situação financeira de quem os supre, ou na de quem os
recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as
circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do
encargo.”
“Art. 1694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros
pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para
viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive
para atender às necessidades de sua educação.
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das
necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa
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obrigada.
CADERNO DE CASES
§ 2º Os alimentos serão apenas os indispensáveis à
subsistência, quando a situação de necessidade resultar de
culpa de quem os pleiteia.”
Desta feita, sendo o REQUERIDO tendo atingido a maior idade, e não tendo
comprovando problemas de saúde, condição financeira desfavorável ou qualquer
comprovante de matrícula de algum vínculo educacional, deve ser exonerada a
REQUERIDA da obrigação.
b) Da jurisprudência
A possibilidade do alimentante ser exonerado do pagamento da pensão
alimentícia quando o alimentando completa maioridade, não mais existindo
necessidade do recebimentos dos alimentos, vem consagrada pela Jurisprudência
de nossos Tribunais, conforme se pode verificar pelos exemplos transcritos:
“TJRJ – Acórdão: AC 1336/97 – Registro: 040997 – Código: 97.001.01336 –
Comarca: RJ – Câmara: 5ª C.Cív. – Relator: Des. Humberto Manes – Data de
Julgamento: J. 07/08/1997
Ementa:
ALIMENTOS – EXONERAÇÃO DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR – MAIORIDADE DO
ALIMENTANDO – Alimentos. Adquirindo as filhas a maioridade, incide a regra do
art. 392, III, do Código Civil, ficando o pai desobrigado dos deveres previstos no art.
384 do mesmo ordenamento. Confirmação, por isso, da sentença que julgou
procedente o pedido, formulado pelo pai, de exoneração da prestação alimentícia
em favor das duas filhas, agora maiores e com formação universitária. A eventual
pretensão a alimentos somente poderá ser deduzida em outra ação e observados os
parâmetros dos art.s 396 a 2405 do ordenamento Civilístico. Provada com a petição
inicial a extinção, com a aquisição da maioridade, do pátrio-poder, dispensável
afigura-se a realização de audiência, ante a inutilidade da produção de outras
provas. (TJRJ – AC 1336/97 – (Reg. 040997) – Cód. 97.001.01336 – RJ – 5ª C.Cív.
– Rel. Des. Humberto Manes – J. 07.08.1997)” (Informa Jurídico. Prolink
Publicações. Ed. 31, Vol. I)
2. Com o alcance da maioridade, não há mais o dever de
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sustento decorrente
CADERNO do poder familiar, mas poderá perdurar a
DE CASES
obrigação alimentar como resultado do parentesco (art. 1694
do Código Civil). 3. A maioridade civil, por si só, não conduz à
extinção do dever alimentar do genitor, em especial quando
persistir a necessidade em decorrência da impossibilidade do
alimentando de prover o próprio sustento.”
Acórdão 1245726, 07212336520188070016, Relatora:
SIMONE LUCINDO, Primeira Turma Cível, data de julgamento:
29/4/2020, publicado no DJE: 12/5/2020.
Desta feita, conforme se pode facilmente perceber, a REQUERENTE faz jus à
exoneração da obrigação alimentar, mediante a maioridade do REQUERIDO.
Termos que,
Pede deferimento.
(Local data e ano).
(Nome e assinatura do advogado).
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