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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO


ESTÁGIO SUPERVISIONADO III
ADVOGADA ORIENTADORA: xxxxxxxxxxxxxxx
CADERNO DE CASES
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
ALUNO (A)

DISCIPLINA ESTÁGIO SUPERVISIONADO III

ADVOGADA xxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxx
TURMA MATRÍCULA

01. Carlos e Mariana, constituíram União Estável, no regime tradicional de


comunhão parcial de bens. Enquanto conviviam nesta União, Mariana recebeu um
apartamento a título de doação, e, alguns meses depois, ela faleceu. De acordo
com a situação apresentada e à luz do entendimento jurisprudencial, para fins de
partilha, discorra sobre os bens adquiridos na constância da União Estável.

R. Na união Estável, de acordo com a lei é um tipo de relacionamento público, no


qual se entende ser contínuo e duradouro, que são estabelecido entre duas
pessoascom uma real intenção de ter uma família. Desta forma, este tipo de
instituto está previsto no Art. 226 da CF/88 que tem com o regulamentação os Arts.
1723 a 1727 do CC.

A união prolongada entre o homem e a mulher, sem casamento, caracterizada pela


“união livre”, foi chamada, durante longo período histórico, de concubinato. Para os
efeitos legais, não apenas eram concubinos os que mantinham vida marital sem
serem casados, senão também os que haviam contraído matrimônio não
reconhecido legalmente, por mais respeitável que fosse perante a consciência dos
contraentes, como sucede com o casamento religioso, por exemplo.
(GONÇALVES, 2014, p. 125).

Desta forma, Mariana recebeu essa doação e seu companheior, Carlos,


sobrevivente como herdeiro necessário do de cujus, passou a ter, de pleno direito,
a metade dos bens da herança, ou seja, a legítima. Na sucessão legítima, são os
herdeiros segundo a ordem legal de vocação hereditária, partindo-se sempre do
princípio de que uma classe só será chamada quando inexistirem herdeiros da
classe procedente, obedecendo à hierarquia estipulada no artigo 1.829 do Código
Civil.
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02. Maria Luíza, moradora da cidade Guanabara/PB, foi casada com Lucas, por
mais de cinco décadas, tendo tido apenas uma filha, Luna, moradora de
Tambáu/PB, dona de rede de restaurantes. Com o falecimento do esposo, Maria
Luíza deixou de trabalhar em razão de profunda tristeza que a acometeu. Já com
76 anos, Luíza começou a passar por dificuldades financeiras, sobrevivendo da
ajuda de vizinhos e alguns parentes, como Cláudia, sua sobrinha-neta. A jovem,
que acabara de ingressar no curso de graduação em Direito, relatando aos colegas
de curso o desapontamento com o abandono que sua tia sofrera, foi informada de
que a Constituição Federal assegura que os filhos maiores têm o dever de amparar
os pais na velhice, carência ou enfermidade. De posse de tal informação, sugere a
sua tia-avó que busque o Poder Judiciário a fim de que lhe seja garantido o direito
de receber suporte financeiro mínimo de sua filha. Maria Luíza procura, então, você
como advogado (a). Indique a peça processual e os pedidos cabíveis para a
propositura da referente ação.

Peça Processual: AÇÃO DE ALIMENTOS

Da Fundamentação Jurídica: A ação de alimentos é regida pelo rito espeical no art.


1° da Lei n. 5.478/68, no qual independe da ´revia distribuição e de anterior
concessão do benefíciode gratutidade.

Dos Pedidos Cabíveis: Devido à prioridade na tramitação, baseada na Lei n.


10.471/2003, a autora por ser uma pessoa idosa, possuindo mais de 60 anos de
idade, faz jus a prioridade nessa tramitação. Assim, devido ao Estatatuto do Idoso,
exije a prioridade na tramitação que abrange os processos e procedimentos e na
execução dos atos e diligências judiciais, em qualquer instância.

Os pedidos diante da ação são:

a) A concessão do benefício da justiça gratutita com fundamento da lei


5.478/68;
b) A intimação do Ministério Público para sua intervenção obrigatória;
c) A antecipação a concessão initio litis de alimentos provisórios;
d) No mérito, condenação da ré ao pagmento das custas dos alimentos
definitivos;
e) A condenação da ré em custas e honorários advocatícios.

03. Lorena é casada com Caleb e, por algum tempo, manteve um relacionamento
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extraconjugal com Antônio, desse DE
CADERNO modo,
CASESengravidou. Nasceu Luna, que fora
registrada em nome de Caleb, pois, este a tinha como filha. Contudo, em razão de
sua enorme semelhança física com Antônio, este ajuizou um pedido de
reconhecimento de paternidade, tendo o teste de DNA comprovado o vínculo

biológico. Entretanto, Caleb ama a sua filha e quer manter-se como pai de Luna.
Ante o caso em tela, apresente a melhor solução, de acordo com as
jurisprudências.

R. O nome de Antônio deverá constar como pai no registro de nascimento, para os


efeitos jurídicos próprios, Desse modo, os direitos e garantias constitucionais
inerentes a ambas as famílias persistem em detrimento de quaisquer conflitos que
possam haver, não sendo recomendado submeter a criança ou o adolescente à
escolha entre as duas famílias, para se evitar prejuízos a eles nessa relação,
considerando-se comportamento irresponsável e inconstitucional a tentativa de fazer
prevalecer a parentalidade biológica em detrimento da socioafetiva.

Destaca-se que o reconhecimento da parentalidade genética ou socioafetiva é direito


da personalidade, indisponível, imprescritível, intangível e fundamental à existência
humana. A certidão de nascimento é o documento que demonstra a
multiparentalidade, pois inclui os nomes dos pais biológicos e dos pais socioafetivos
no registro civil do filho.

De acordo com o acórdão 1066380, Relatora: Maria de Lourdes Abreu, houve o


entendimento do Supremo Tribunal Federal, que ao conceder repercussão geral
ao tema n. 622, no leading case do RE 898060/SC, entendeu que a
paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o
reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica,
com efeitos jurídicos próprios. (...). Assim, por tais motivos, as situações de
pluriparentalidade não podem ficar sem proteção, e, ainda que haja vínculo biológico
reconhecido, a filiação socioafetiva também deve ser tutelada juridicamente,
admitindo-se a possibilidade de coexistência simultânea entre os dois vínculos,
biológico e socioafetivo, para todos os fins de direito, a fim de prover a mais completa
e adequada tutela aos sujeitos envolvidos, ante os princípios constitucionais
da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III) e da paternidade responsável (art. 226,
§ 7º).
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04. Patrícia casou-se com Henrique, vindo-se a saber, todavia, que ele é surdo-
mudo e não poderia exprimir sua vontade, sendo o casamento anulável. No
tocante ao caso em apreço, em ação de anulação de casamento, qual o objeto da
perícia médico-legal? Discorra de acordo com a doutrina e legislação vigente.

R. O casamento nulo está previsto no artigo 1.548 do Código Civil e ocorre quando
o casamento é celebrado por um cônjuge que tenha impedimento legal. As causas
de impedimento ao casamento estão descritas no artigo 1.521 do mencionado
código.

No caso do casamento nulo o vício que contamina o ato é grave e tem como
consequência a inexistência de seus efeitos. Neste sentido, a perícia médico-legal,
terá como objetivo avaliar quanto à possibilidade de exprimir à vontade, o estado
de Henrique ao tempo da celebração do casamento. A nova legislação estabelece
que o casamento pode ser anulado por vício de vontade de um dos nubentes, se
houver, por parte deste, ao consentir erro essencial quanto à pessoa do outro
cônjuge. O novo Código traduz a regra subseqüente o que é erro essencial.

05. No tocante ao Código Civil, discorra sobre o casamento, quando anulado por
culpa de um dos cônjuges.

R. O casamento, quando celebrado fica estabelecido uam união com igualdade de


direitos e deveres entre os cônjuges. Porém, é considerado erro essencial sobre a
pessoa do cônjuge são passíveis de anulação tais como: o que diz respeito à sua
identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento
ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado; a ignorância de
crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida
conjugal; a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que
não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou
por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua
descendência.

06. Fabiana, muito doente, às vésperas de seu casamento, não possui tempo
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suficiente para se submeter às formalidades
CADERNO DE CASES preliminares ordinariamente exigidas,
nem para aguardar o comparecimento da autoridade celebrante. Sendo assim, o seu
casamento com Xandym pe realizado ante uma situação de urgência, ou, como pode-se
visualizar, “iminente perigo de vida”, em face ao estado demasiadamente grave de saúde de
um dos nubentes. Diante tal caso, qual a nomenclatura dada a esse tipo de casamento e
quais os requisitos fundamentais, ante a doutrina e jurisprudência vigente? Discorra.

R. Para esta situação, o nome deste tipo de casameto é o Casamento Nuncupativo,


que tem como características em que os nubentes não deram entrada na
documentação e um deles está correndo iminente risco de vida. E assim, perante 6
testemunhas que não são parentes dos nubentes estes declaram a sua vontade de
casar. Essas 6 testemunhas devem ser ouvidas em juízo, no prazo de 10 dias, após
o evento. Assim, para o STJ ao reformar acórdão que negou o registro de casamento
nuncupativo – no qual um dos noivos corre perigo de morte –, por desrespeito ao prazo legal
para as testemunhas comparecerem em juízo, a Terceira Turma do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), por unanimidade, entendeu que é possível a flexibilização dessa regra,
considerando que ela não é essencial para a validade do matrimônio.

07. Tróia foi casado com Sandy, durante 08 anos, resultando um fruto desse amor,
chamado Wesley, de apenas 03 anos. Em face de inúmeros desentendimentos
conjugais, ambos decidem ingressar com uma ação de divórcio consensual, tendo
em vista possuírem uma relação pacífica e amigável, fora do casamento. Tróia, um
pai muito dedicado e participativo na vida de Wesley, ingressa com uma ação a fim
de contribuir com as despesas do menor. De acordo com o caso acima descrito,
você fora contratado (a) como advogado (a) para ingressar com a ação judicial.
Qual a peça processual e os requisitos cabíveis?

Peça Processual: AÇÃO DE DIVÓRCIO C/C ALIMENTOS

R. Após ambos decidirem sobre o divórcio consensual, colocando fim ao vínculo


conjugal e homologando em juízo a vontade expressa na ação, ressalta-se que,
mesmocom o rompimentoda relação entre os genitores não poderá comprometer a
continuidade do vínculo familiar de Wesley possui com a mãe e com o pai, comq
uem convive desde o nascimento. Caberá a guarda compartilhada para quem
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ambos possam dividir a CADERNO
responsablidade sobre Wesley, com isso Tróia cumprirá
DE CASES
com a obrigação contribuindo para a manutenção do mínimo necessário para que a
crinaça tenha uma melhor qualidade de vida.

08. Joyce, moveu uma ação de interdição em face de sua mãe Johana, na qual
solicitou a curatela em razão de doença constatada. O processo tramitou, e, ao
final, o juiz prolatou a decisão, a qual apresentou a fundamentação deferindo o
pedido de curatela à autora. Ocorre que não houve citação dos demais filhos a
respeito da ação, sabendo apenas a família pela própria autora, com a curatela já
pronunciada nos autos do processo. Enquanto advogado (a) dos demais filhos,
informe a orientação jurídica cabível.

R. Para os demais filhos, deve ser estabelecido a Curatela Compartilhada, no qual,


para decidir sobre a concessão da curatela compartilhada, o juízo deve levar em
conta algumas circunstâncias, como o interesse e a aptidão dos candidatos a
exercê-la e a constatação de que a medida é a que melhor resguarda os interesses
do curatelado.

Assim, embora a doutrina defenda que, na ausência de detalhamento legal


sobre a curatela compartilhada, poderiam ser-lhe aplicadas as normas relativas à
guarda compartilhada, a ministra lembrou que a redação do artigo 1.584 do Código
Civil prevê que o regime compartilhado deve ser aplicado. Com isso, o
compartilhamento foi desenvolvido pela jurisprudência para facilitar o desempenho
da curatela, ao atribuí-la simultaneamente a mais de um curador. É importante saber
que Johana, por possuir uma doença, que já foi constatada é bastante comum o pedido
de interdição, ressaltando que nenhum idoso pode ser interditado apenas por possuir
idade avançada. É necessário provar a incapacidade de gerir seus atos, lembrando
que todo interditado passa antes por uma perícia médica.

09 .Marcos mantém um relacionamento público e duradouro com Jacqueline. Após


alguns anos, decidem se casar mediante o Cartório de Registro Civil da comarca
onde habitam. Alguns meses após o casamento, Jacqueline, em ascensão
profissional, recebe um bom valor de um serviço prestado e decide por comprar um
bem imóvel. Pouco tempo depois, ambos se mudam para a nossa residência, a qual
Marcos não contribuiu financeiramente para a compra, entretanto, paga os custos
atuais de energia, água, feira, ou seja, a manutenção da casa. Ocorre que, devido a
uma discussão, com os nervos aflorados, decidem pelo divórcio. Jacqueline,
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afirmando que comprou oCADERNO
imóvel sozinha e Marcos não contribuíra financeiramente,
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nega qualquer tipo de acordo. Você, contratado (a) como advogado (a) de Marcos,
solucione o conflito, discorrendo à luz do Código Civil, bem como as doutrinas e
jurisprudências vigentes.
R. Na partilha de bens, o que fica estabelecido é de acordo com o regime de bens
adotado, é possível que seja realizada a partilha dos bens durante ou em momento
posterior, conforme prevê o artigo 1.581 do Código Civil. Marcos, apesar de não ter
contribuído com o valor para a compra do imóvel em que Jackeline comprou com o
valor que recebeu, adquiriu o imóvel depois do casamento e os bens adquiridos por
cada um após o casamento são considerados comuns ao casal e, no caso de

separação, serão partilhados de forma igualitária entre os dois, independente de


quem contribuiu para sua aquisição. O que cada um possuía antes da união
permanece de posse exclusiva das partes. Essa é modalidade adotada como padrão
para as relações de união estável.

10. Fabrício e Nara, casaram-se em 02.05.19, permanecendo juntos desde então,


sob o regime de comunhão parcial de bens. Ocorre que a permanência entre os
cônjuges tornou-se impossível. Como fruto do casamento, nasceu Kauê, com
apenas 04 meses, atualmente. O casal possui um imóvel e um carro de luxo. Diante
a situação, ambos conversaram e entraram em um consenso, ficando um com o
imóvel e o outro com o carro de luxo. Ademais, no que diz respeito à pensão, o casal
concordou que Fabrício pagará o valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais),
mensalmente, para contribuir com a manutenção do filho. Fabrício e Nara, procuram
o seu escritório. Informe qual a orientação jurídica que melhor salvaguarde os direito
do casal, bem como do menor.

R. Mediante a situação exposta, já que ambos estão em um consenso foca mais


fácil resolver o problema. Poderá ser realizado a ação de divórcio de Fabrício e
Nara e posteriormente, o cartório poderá fazer os divórcios extrajudiciais desde que
as questões relativas à guarda, ao regime de convivência e aos alimentos dos filhos
menores tenham sido resolvidas judicialmente previamente e com auxílio de
advogado. Quanto aos bens, poderá ser resolvido no acordo, já a questão do menor,
apenas após a homologação realizada pelo juiz. O art. 701, §8º, do novo código
autoriza divórcio ou dissolução de união estável extrajudicial, mesmo na hipótese de
existirem filhos incapazes, desde que já tenham sido regulamentadas judicialmente
suas necessidades.
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11 .Gabriela, após sair uma noite com João, um conhecido, engravida. Buscando
João para informar o ocorrido, este diz para ela se virar, pois não arcaria com
nenhum gasto referente àquela criança, que nem mesmo sabia se era o genitor.
Gabriela, desesperada com a situação, procura você como Advogado (a). Qual a
ação cabível para o devido caso? E os fundamentos jurídicos?
R. No caso de Gabriela, em primeiro momento a ação cabível é ALIMENTOS
GRAVÍDICOS, baseada na Lei n. 11.804/08, pois no início da gravidez a mulher
tem a necessidade de cuidados e idas ao obstetra e alguns remédios no pré-natal.
Ainda, na fixação do pensionamento mensal, deverá ser levado em conta os
elementos trazidos na referida norma, porém, no tocante as despesas de
internação e parto, por exemplo, salvo ajuste das partes, é temerário impor ao
suposto pai, principalmente de forma liminar, tais custos quando já são arcados
pelo SUS ou convênio médico que a genitora talvez possua. João como quer fugir
da responsabilidade, poderá Gabriela requerer ação citada. Para este tipo de ação
é necessário ter como provas, fotos, conversas de aplicativos, e testemunhas que
comprovem a relação amorosa. Posteriormente, quando a criança nascer, poderá
ser solicitado pelo juiz uma Ação de Invetigação de Paternidade. Que através de
um exame de DNA, dando positivo, determinará que o genitor, João, registre a
criança e faça pagamento de pensão alimentícia.

12 .Clarice, promotora de justiça, decide por parar de pagar os alimentos ao seu


filho, Maike, 22 anos, tendo em vista o rapaz não estudar e viver procrastinando,
sem querer obter, nem mesmo, um vínculo empregatício. Sabendo que, precisa de
um advogado para ingressar com o pedido judicial, tendo em vista já pagar os
alimentos, indique a peça processual cabível e os requisitos fundamentais para tal.

Ação Cabível: EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS

R. Para que Clarice, possam não possui mais a obrigação com Maike, é necessário
ingressar com a EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS, a ação encontra amparo na Lei
n.º 5.478/68-Lei de Alimentos e no art. 1.699 do Código Civil. A parte autora deve
provar que não mais estão presentes os motivos para a obrigação alimentar. Nesta
ação será necessário a demonstração que Maike já possui 22 anos e não está
possui provas que está estudando em faculdade, cursos técnicos ou até mesmo
vestibular ou outros. Assim sendo, também poderão ser usadas como provas de
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que o alimentado não faz mais jus DE
CADERNO ao CASES
recebimento da pensão, depoimentos de
testemunhas, fotos de redes sociais, entre outros meios de prova.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXXX VARA DE


FAMÍLIA DA COMARCA XXXXX.

PROCESSSO N. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

CLARICE, Promotora de Justiça, residente e domiciliado na Rua Y, nº. 0000,


em Cidade (xx) – CEP xxxxxx-xxx, inscrito no CPF (xx) sob o nº. Xxx.xxx.xxx-xx,
com endereço eletrônico xxxxxxxxxxxxxx, vem, com o devido respeito a Vossa
Excelência, por intermédio de seu patrono que abaixo assina – instrumento de
procuração (anexo), indica o endereço constante na procuração para os fins de
intimações necessárias, para, com supedâneo no art. 13, da Lei nº. 5.478/68, art. 5º,
art. 1.595, art. 1.696, art. 1.699, do Código Civil c/c art. 229 da Constituição Federal,
ajuizar a presente: AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS, em desfavor de
Maike, 22 anos, residente e domiciliado na Rua X, nº. 0000, em Cidade (xx) – CEP
000000-000, inscrita no CPF (xx) sob o nº. Xxx.xxx.xxx-xx, endereço eletrônico
desconhecido; em face das razões de fato e de direito a seguir expostas.

I- DA JUSTIÇA GRATUITA

A Autora não tem condições de arcar com as despesas do processo, uma vez que
são insuficientes seus recursos financeiros para pagar todas as despesas processuais,
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inclusive o recolhimento dasCADERNO
custas iniciais.
DE CASES

Desta forma, formula pleito de gratuidade da justiça, o que faz por declaração de
seu patrono, sob a égide do art. 99, § 4º c/c 105, in fine, ambos do CPC, quando tal
prerrogativa se encontra inserta no instrumento procuratório acostado.

II- DOS FATOS


Necessário anotar-se, que até a presente data, a REQUERENTE encontra-se
em dia no que pertine ao cumprimento de sua obrigação alimentícia, mediante o
pagamento pontual da pensão devida ao REQUERIDO.
Entretanto, há de se verificar, que o REQUERIDO já atingiu a maioridade civil,
aos 22 anos e conforme é demonstrado por cópia da certidão de nascimento inclusa,
e ademais, não frequenta estabelecimento de ensino superior. Desta feita, não faz
jus ao percebimento da pensão alimentícia, não devendo ser mantido na condição
de credora de alimentos de sua genitora.

III- DO DIREITO
a) Da possibilidade de exoneração
Cumpre analisar o disposto nos arts. 1.694 e 1. 699 do Código Civil, no
pertine à obrigação alimentar:
“Art. 1699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na
situação financeira de quem os supre, ou na de quem os
recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as
circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do
encargo.”
“Art. 1694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros
pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para
viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive
para atender às necessidades de sua educação.
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das
necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa
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obrigada.
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§ 2º Os alimentos serão apenas os indispensáveis à
subsistência, quando a situação de necessidade resultar de
culpa de quem os pleiteia.”
Desta feita, sendo o REQUERIDO tendo atingido a maior idade, e não tendo
comprovando problemas de saúde, condição financeira desfavorável ou qualquer
comprovante de matrícula de algum vínculo educacional, deve ser exonerada a
REQUERIDA da obrigação.

b) Da jurisprudência
A possibilidade do alimentante ser exonerado do pagamento da pensão
alimentícia quando o alimentando completa maioridade, não mais existindo
necessidade do recebimentos dos alimentos, vem consagrada pela Jurisprudência
de nossos Tribunais, conforme se pode verificar pelos exemplos transcritos:
“TJRJ – Acórdão: AC 1336/97 – Registro: 040997 – Código: 97.001.01336 –
Comarca: RJ – Câmara: 5ª C.Cív. – Relator: Des. Humberto Manes – Data de
Julgamento: J. 07/08/1997
Ementa:
ALIMENTOS – EXONERAÇÃO DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR – MAIORIDADE DO
ALIMENTANDO – Alimentos. Adquirindo as filhas a maioridade, incide a regra do
art. 392, III, do Código Civil, ficando o pai desobrigado dos deveres previstos no art.
384 do mesmo ordenamento. Confirmação, por isso, da sentença que julgou
procedente o pedido, formulado pelo pai, de exoneração da prestação alimentícia
em favor das duas filhas, agora maiores e com formação universitária. A eventual
pretensão a alimentos somente poderá ser deduzida em outra ação e observados os
parâmetros dos art.s 396 a 2405 do ordenamento Civilístico. Provada com a petição
inicial a extinção, com a aquisição da maioridade, do pátrio-poder, dispensável
afigura-se a realização de audiência, ante a inutilidade da produção de outras
provas. (TJRJ – AC 1336/97 – (Reg. 040997) – Cód. 97.001.01336 – RJ – 5ª C.Cív.
– Rel. Des. Humberto Manes – J. 07.08.1997)” (Informa Jurídico. Prolink
Publicações. Ed. 31, Vol. I)
2. Com o alcance da maioridade, não há mais o dever de
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sustento decorrente
CADERNO do poder familiar, mas poderá perdurar a
DE CASES
obrigação alimentar como resultado do parentesco (art. 1694
do Código Civil). 3. A maioridade civil, por si só, não conduz à
extinção do dever alimentar do genitor, em especial quando
persistir a necessidade em decorrência da impossibilidade do
alimentando de prover o próprio sustento.”
Acórdão 1245726, 07212336520188070016, Relatora:
SIMONE LUCINDO, Primeira Turma Cível, data de julgamento:
29/4/2020, publicado no DJE: 12/5/2020.
Desta feita, conforme se pode facilmente perceber, a REQUERENTE faz jus à
exoneração da obrigação alimentar, mediante a maioridade do REQUERIDO.

IV- Dos Pedidos


Pelo exposto, REQUER:
a) A citação do REQUERIDO para, querendo, contestar a presente ação, sob pena
de serem reputados como verdadeiros os fatos ora alegados, consoante
determinação do art. 319 do código de Processo Civil;
b) A oitiva do Ministério Público;
c) A procedência in totum do pedido, sendo a autora exonerada de sua obrigação de
prestar alimentos ao REQUERIDO.
d) A condenação do REQUERIDO ao pagamento de custas e honorários
advocatícios.
Pretende provar alegado mediante prova documental, testemunhal, depoimento
pessoal do REQUERIDO, sob pena de confissão, e demais meios de prova em
Direito admitidas, nos termos do art. 332 do Código de Processo Civil.
Dá-se à causa o valor de R$(xxx) (xxxxxxxx).

Termos que,
Pede deferimento.
(Local data e ano).
(Nome e assinatura do advogado).
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