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Reconhecimento de paternidade

• Reconhecimento voluntário:
• Registro de nascimento

• Escritura pública ou escrito particular » arquivado em cartório


• Testamento
• Manifestação expressa perante o juiz
(art. 1.609 CC e Lei 8.560/1992)

Reconhecimento de paternidade» ATO IRREVOGÁVEL!


• Ineficazes condições e termos em ato de reconhecimento. 3
Reconhecimento de paternidade

• Averiguação oficiosa de paternidade


• Reconhecimento judicial
• Ação de Investigação de Paternidade
• Enquanto o suposto pai é vivo
• Após o falecimento do suposto pai
Lei 8.560/1992 4
Reconhecimento de paternidade


• Ação de Investigação de Paternidade suposto pai é vivo:
• Recusa de exame de DNA ➔ presunção da paternidade
(art. 2º-A §1º Lei 8.560/1992 alterado pela Lei 12.004/2009)

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Reconhecimento de paternidade
• Lei 14.138/2021 (16/04/2021)
• Ação de Investigação de Paternidade após o falecimento do
suposto pai ou desconhecido o paradeiro:

• Art. 2º-A § 2º Lei 8.560/1992 alterado para: “Se o suposto pai


houver falecido ou não existir notícia de seu paradeiro, o juiz
determinará, a expensas do autor da ação, a realização do exame
de pareamento do código genético (DNA) em parentes
consanguíneos, preferindo-se os de grau mais próximo aos mais
distantes, importando a recusa em presunção da paternidade, a
ser apreciada em conjunto com o contexto probatório.”
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Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-BA
Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz de Direito Substituto

Com relação ao reconhecimento voluntário de filhos tidos fora do casamento,


julgue os seguintes itens.
I) O Código Civil admite o reconhecimento voluntário de paternidade por declaração
direta e expressa perante o juiz, desde que manifestada em ação própria,
denominada ação declaratória de paternidade. Nesse caso, o ato jurídico é
irrevogável. INCORRETO – ART. 1.609, IV CC

II) De acordo com o Código Civil, o reconhecimento voluntário de paternidade por


meio do testamento é revogável pelo testador, por constituir ato de última vontade,
mutável a qualquer tempo antes do falecimento do testador. INCORRETO – ART. 1.609, III CC

III) O reconhecimento de filiação pode preceder o nascimento do filho e, até mesmo,


ser posterior ao falecimento deste. Nesse último caso, admite-se o reconhecimento
post mortem se o filho deixar descendentes. CORRETO – ART. 1.609 CC 7
Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-BA
Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA - Juiz de Direito Substituto

Assinale a opção correta.

A) Apenas o item II está certo.


B) Apenas o item III está certo.
C) Apenas os itens I e II estão certos.
D) Apenas os itens I e III estão certos.
E) Todos os itens estão certos.

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Adoção

• CC 1916:
• Efeitos diferenciados à filiação proveniente da adoção;

• Instituía de modo inseguro;


• Só podia adotar quem não tivesse filhos;
• Por escritura pública;
• Não se estendia o parentesco do adotante em relação ao
adotado (vínculo de parentesco apenas entre adotante e
adotado).
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Adoção

• Código de Menores (Lei 6.6971979)



• Adoção simples e a adoção plena. Nesta última hipótese, extinguiam-se
os vínculos originários de parentesco do adotado e se atingiam os
parentes do adotante. Já na adoção simples, não se promovia toda a
ruptura.
• Constituição Federal 1988
• Eliminou qualquer distinção entre adoção e filiação
• Estatuto da Criança e do Adolescente
• Código Civil de 2002 4
Adoção

• Ato jurídico em sentido estrito


• Solene e condicionado à chancela judicial


• Consensual (acima de 12 anos consentimento art. 28, §2º ECA)

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Adoção: Requisitos objetivos

• Adotante maior de 18 anos;


• No mínimo, 16 anos de diferença de idade em relação ao adotando;

• Possibilidade de flexibilização quanto à diferença de idade. Por exemplo, em caso


de adoção conjunta basta apenas que um dos adotantes detenha a diferença.
• Precedência de estágio de convivência por prazo determinado por juiz;
• Se conjunta a adoção, devem ser casados ou conviventes os adotantes;
• Prévio cadastramento dos adotantes em cadastro de adoção;
• Consentimento dos pais ou dos representantes legais, salvo quando
destituídos do poder familiar ou desconhecidos.
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Adoção: Requisitos subjetivos

• Idoneidade do adotante;
• Motivos legítimos;

• Reais vantagens para o adotando.


• Crítica autores = preconceito na escolha dos pais x desenvolvimento criança em
situação de abandono.

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Adoção: Requisitos subjetivos

• Não podem, ascendente e irmãos do adotando, adotá-lo,


nem tutor ou curador enquanto não der conta de sua administração.

• Por ser ato personalíssimo, a adoção não pode se dar por procuração.
• Rompem-se todos os vínculos com a família de origem, exceto os
impedimentos matrimoniais.
• É considerada medida excepcional, com preferência pela família extensa
enunciada pelo sistema, e constituída por sentença.
• A competência para o julgamento é da Vara da Infância e da Juventude,
com exceção dos maiores de 18 anos, cuja adoção depende de guarda ou
de tutela anterior entre as partes. 8
Lei 12.010 de 2009

• Institucionalização se apresenta de modo ainda mais


subsidiário.

• Reavaliação semestral da criança e do adolescente inserido em programa


de acolhimento para avaliar a reintegração familiar e a recolocação em
família substituta.
• Preocupação em estimular a adoção inter-racial; de crianças mais velhas e
de adolescentes; de adotandos com problemas de saúde ou com
deficiência; em não se desagregar grupo de irmãos.
• Tempo máximo previsto para a institucionalização de 02 anos.
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Espécies:

• Adoção Unilateral
• • Possibilidade de companheiro(a) adotar prole do(a) cônjuge.
• Adoção Internacional
• Só se procede após esgotadas as possibilidades de colocação em família substituta
brasileira, havendo preferência em relação aos brasileiros que moram no exterior.
• Antes do trânsito em julgado da sentença, não é permitido ao adotando sair do
território nacional. A Autoridade Central Brasileira pode, a qualquer momento,
solicitar informações a respeito as crianças e os adolescentes adotados.
• Adoção homoparental
• Casais homoafetivos.
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Espécies:

• Adoção póstuma
• • Em regra, a sentença de adoção possui eficácia constitutiva e efeitos “ex nunc”. Mas
o falecimento do adotante do longo do processo pode implicar que se retroajam os
efeitos à data do falecimento.

Adoção póstuma. Prova inequívoca. O reconhecimento da filiação na certidão de


batismo, a que se conjugam outros elementos de prova, demonstra a inequívoca
intenção de adotar, o que pode ser declarado ainda que ao tempo da morte não
tenha tido início o procedimento para a formalização da adoção. Procedência da ação
proposta pela mulher para que fosse decretada em nome dela e do marido pré-
morto a adoção de menino criado pelo casal desde os primeiros dias de vida.
Intepretação extensiva do art. 42, 5, do ECA (STJ, Resp 457.635-PB, J. 12.10.2002).
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Espécies:

• Adoção à brasileira
• • Crime contra o estado de filiação, de acordo com o Código Penal, contudo, de baixa
punitividade.
• Uma pessoa registra como seu filho de outrem, usando declarações falsas das
maternidades ou hospitais, ou mesmo comparecendo a suposta mãe a cartório
acompanhada de duas testemunhas e declarar que teve o filho em casa.

• Adoção intuitu personae


• Desejo de entregar filho(a) à pessoa determinada.
• O ordenamento jurídico brasileiro rejeita a hipótese, não possibilita a indicação dos
pais.
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Noções gerais

• Desbiologização da paternidade (João Baptista Villela 1979)


• “Pai é quem cria”.

• “Mãe é quem cria”.

• Ideia de “boadrasta” / “mãedrasta” / “paidrasto”;

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Noções gerais

• 21/08/2007 - Resp 878.941/DF – Relatoria Nancy Andrighi


Paternidade sócio-afetiva e biológica são conceitos diversos e a
ausência de uma não afasta a possibilidade de se reconhecer a outra. O
reconhecimento da filiação sócio-afetiva pressupõe a ausência de vínculo
biológico entre partes que constroem uma relação familiar e se reconhecem
como pais e filhos (STF Resp 878.941/DF, 2007).

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Requisitos:

• Laços de afetividade
•• Estado de filho: Publicidade, continuidade e ausência de equívoco
• Nomem
• Tractatus
• Fama
(Pontes de Miranda)

• Provimento 63/2017 CNJ


• Provimento 83/2019 CNJ
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Comparação provimentos:

• Provimento 63/2017 CNJ


• • Qualquer idade ➔ Adoção à brasileira legalizada?
• Ausência MP
• Anuência pai e mãe;
• Anuência do maior de 12 anos;
• Unilateral e só dois pais e duas mães no campo filiação;
• Provimento 83/2019 CNJ
• Acima de 12 anos e com anuência deste;
• Presença MP
• Comprovação vínculo afetivo atestada pelo registrador
• Inclusão de apenas um ascendente socioafetivo. 6
Poder Familiar

• Antigo “pátrio poder”.


•• Autoridade parental ➔ princípio da proteção integral de crianças
• Responsabilidade parental.
• Poder-função / direito-dever dos pais (teoria funcionalista).
• Irrenunciável, intransferível, inalienável e imprescritível.
• Crime entregar filho a pessoa inidônea (art. 245 CP)
• Infração e multa o inadimplemento dos deveres inerentes ao poder
familiar (art. 249 ECA)

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Poder Familiar

• Representados até os 16 anos;


•• Assistidos dos 16 aos 18 anos;
• Usufruto legal e administração dos bens dos filhos;
• Pais divorciados perdem o poder familiar? NÃO. Art. 1.632 CC
• Art. 1.632. A separação judicial, o divórcio e a dissolução da união estável não
alteram as relações entre pais e filhos senão quanto ao direito, que aos primeiros
cabe, de terem em sua companhia os segundos.
• Arts. 1.630 a 1.634 CC

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Poder Familiar

Do Exercício do Poder Familiar


• Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação
conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos:
(Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
• I - dirigir-lhes a criação e a educação;
• II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584;
• III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;
• IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior;
• V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência permanente
para outro Município;

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Poder Familiar

[...]
• VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais
não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar;
• VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos
da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-
lhes o consentimento;
• VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha;
• IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e
condição.

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Poder Familiar
• Suspensão:
Art. 1.637 CC. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade,
faltando
• aos deveres a eles inerentes ou arruinando os bens dos
filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério
Público, adotar a medida que lhe pareça reclamada pela segurança
do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando
convenha.
Parágrafo único. Suspende-se igualmente o exercício do
poder familiar ao pai ou à mãe condenados por sentença
irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de
prisão.

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Poder Familiar
• Extinção:
Art. 1.635 CC. Extingue-se o poder familiar:

I - pela morte dos pais ou do filho;
II - pela emancipação, nos termos do art. 5º , parágrafo único;
III - pela maioridade;
IV - pela adoção;
V - por decisão judicial, na forma do artigo 1.638 (perda do poder familiar).

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Poder Familiar
• Perda:
Art. 1.638 CC. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai
ou
• a mãe que:
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo
antecedente.
V - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de
adoção.

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Poder Familiar
• Perda:
Parágrafo único. Perderá também por ato judicial o poder
familiar
• aquele que: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018)
I – praticar contra outrem igualmente titular do mesmo
poder familiar:
a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave
ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo
violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à
condição de mulher;
b) estupro ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à
pena de reclusão;

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Poder Familiar
• Perda:
II – praticar contra filho, filha ou outro descendente:

a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave
ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo
violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à
condição de mulher;
b) estupro, estupro de vulnerável ou outro crime contra a
dignidade sexual sujeito à pena de reclusão.

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Poder Familiar
• Perda:
Art. 1.638 CC. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai
ou
• a mãe que:
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo
antecedente.
V - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de
adoção.
• OBS. Art. 23 ECA - A falta ou a carência de recursos materiais NÃO
constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar. 12
Poder Familiar
• Lei da Palmada ou Lei menino Bernardo (Lei 13.010/2014)
• Castigo físico, tratamento cruel, formas degradantes de

correção, disciplina, educação etc.

• Inclusão do art. 18-A do ECA


Consequências: Medidas aplicadas pelo Conselho Tutelar -
Encaminhamentos para programas oficiais de proteção à família,
tratamento psicológico ou psiquiátrico, programas de orientação,
advertência ...
• Debate sobre o posicionamento a respeito da Lei da
Parei aqui. Palmada, próxima sexta-feira 19/05
13
Poder Familiar

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo
físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos
agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar
deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:


I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a
criança ou o adolescente que resulte em:
a) sofrimento físico; ou
b) lesão;
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao
adolescente que:
a) humilhe; ou
b) ameace gravemente; ou
c) ridicularize. 14
Poder Familiar

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos executores
de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes,
tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante
como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem
prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a
gravidade do caso:

I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;


II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;
V - advertência.
VI - garantia de tratamento de saúde especializado à vítima.
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras
providências legais.
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Poder Familiar
• Lei da Palmada ou Lei menino Bernardo (Lei 13.010/2014)
• Castigo físico, tratamento cruel, formas degradantes de

correção, disciplina, educação etc.

• Inclusão do art. 18-A do ECA


Consequências: Medidas aplicadas pelo Conselho Tutelar -
Encaminhamentos para programas oficiais de proteção à família,
tratamento psicológico ou psiquiátrico, programas de orientação,
advertência ...
• Debate sobre o posicionamento a respeito da Lei da
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Poder Familiar

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo
físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou
qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos
agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar
deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:


I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a
criança ou o adolescente que resulte em:
a) sofrimento físico; ou
b) lesão;
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao
adolescente que:
a) humilhe; ou
b) ameace gravemente; ou
c) ridicularize. 3
Poder Familiar

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos executores
de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes,
tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante
como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem
prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a
gravidade do caso:

I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;


II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;
V - advertência.
VI - garantia de tratamento de saúde especializado à vítima.
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras
providências legais.
4
Guarda
• Guarda Unilateral
• Responsabilidade diária / cotidiana com um dos
genitores (guardião) e convivência com o outro genitor;

• Guarda Compartilhada
• Divisão de responsabilidades diárias/cotidianas (guardiões) e tempo
com os filhos;

• Guarda alternada (não admitida)


• Ora um é guardião, ora outro.
6
Convivência

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ALIMENTOS:
• Obrigação de natureza alimentar.
• Corresponde só à comida?
• Alimentação
• Educação
• Vestuário
• Moradia
• Lazer
• Saúde
• Cultura
etc.
• Princípio da SOLIDARIEDADE FAMILIAR
• Obrigação dos pais é inerente ao poder familiar. 3
ALIMENTOS:

• Constituição Federal 1988


• Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os
filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar
e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

• LEI Nº 5.478/1968 » Lei de alimentos

• Código Civil 2002 » Art. 1.694 a 1.710


• Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos
outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a
sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação
4
ALIMENTOS:

• Fixação:
• Binômio: NECESSIDADE X POSSIBILIDADE
• Trinômio: NECESSIDADE X POSSIBILIDADE X PROPORCIONALIDADE

Art. 1.694. § 1 o Os alimentos devem ser fixados na proporção das


necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
§ 2 o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência,
quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.

5
ALIMENTOS À EX-CÔNJUGE:

• AGRAVO DE INSTRUMENTO. FAMÍLIA. AÇÃO DE ALIMENTOS.


ALIMENTOS PROVISÓRIOS. EX-CONJUGE. AUSENTE PROVA DE
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. A lei contempla o dever de
solidariedade e mútua assistência entre os conjuges, mas não o
direito de um ser sustentado pelo outro. Não se pode confundir
conveniência de perceber alimentos com necessidade, a qual
decorre da incapacidade de prover o próprio sustento, o que não
resta comprovado nestes autos. RECURSO DESPROVIDO. (TJ-RS - AI:
70081294696 RS, Relator: Jorge Luís Dall'Agnol, Data de
Julgamento: 21/06/2019, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação:
Diário da Justiça do dia 24/06/2019)

6
ALIMENTOS À EX-CÔNJUGE:

• AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DIVÓRCIO C/C GUARDA E ALIMENTOS.


DECISÃO INTERLOCUTÓRIA QUE (I) FIXOU ALIMENTOS PROVISÓRIOS À INFANTE NO
MONTANTE DE 1 (UM) SALÁRIO MÍNIMO; (II) INDEFERIU A FIXAÇÃO DE
ALIMENTOS À EX-CÔNJUGE; (III) NEGOU CONCESSÃO DA GUARDA EXCLUSIVA À
GENITORA. INSURGÊNCIA. FILHA QUE JÁ ESTÁ SOB OS CUIDADOS DA GENITORA.
PARA A DETERMINAÇÃO DA GUARDA, FAZ-SE NECESSÁRIO O EXERCÍCIO DO
CONTRADITÓRIO, EM OBSERVÂNCIA À REGRA DO ART. 1.585 DO CÓDIGO CIVIL.
ALIMENTOS PRESTADOS À EX-CÔNJUGE QUE CONSTITUEM MEDIDA
EXCEPCIONAL. EX-CÔNJUGE QUE POSSUI QUALIFICAÇÃO TÉCNICA, É PESSOA
JOVEM, TRABALHA NO RAMO PUBLICITÁRIO E AUFERE RENDA BRUTA SUPERIOR
A R$ 3.400,00 (TRÊS MIL E QUATROCENTOS REAIS). NECESSIDADE NÃO
DEMONSTRADA. [...] RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJPR - 12ª C.Cível -
0011345-73.2022.8.16.0000 - Ponta Grossa - Rel.: JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
EM SEGUNDO GRAU EDUARDO NOVACKI - J. 19.09.2022).

7
ALIMENTOS À EX-CÔNJUGE:

• AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DE FAMÍLIA. DIVÓRCIO. PENSÃO


ALIMENTÍCIA. ALIMENTOS PROVISÓRIOS. NECESSIDADE NÃO COMPROVADA.
PLENA CAPACIDADE LABORATIVA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. DECISÃO
REFORMADA. 1. O princípio geral, em matéria de alimentos entre ex-cônjuges, é o
do seu caráter excepcional, expressamente limitado e de natureza subsidiária,
com base na regra de que cada cônjuge deve prover à sua subsistência. A pensão
alimentícia é determinada visando assegurar ao ex-cônjuge tempo hábil para sua
inserção, recolocação ou progressão no mercado de trabalho, de modo que possa
manter pelas próprias forças status social similar ao do período do
relacionamento. 2. Extrai-se das informações contidas nos autos que a Agravada é
uma mulher ativa e independente, com plena capacidade de prover por si
mesmo o seu sustento, goza de boa saúde, encontrando-se na plenitude de sua
capacidade produtiva, independência e autonomia. [...]. Portanto, não há que se
falar em fixação de alimentos provisórios em desfavor do ex-cônjuge. 4. Recurso
conhecido e provido. Decisão reformada. (TJ-DF 07084283120188070000 DF
0708428-31.2018.8.07.0000, Relator: ROBSON BARBOSA DE AZEVEDO, Data de
Julgamento: 12/09/2018, 5ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE :
20/09/2018 . Pág.: Sem Página Cadastrada.)
8
ALIMENTOS:

• Direito personalíssimo
• Solidariedade
• Reciprocidade
• Proximidade
• Alternatividade (em espécie / in natura)
• Periodicidade
• Anterioridade (precisa ser cumprido antecipadamente)
• Atualidade (correção)

9
ALIMENTOS:
• Inalienabilidade
• Irrepetibilidade
• Irrenunciabilidade
• Transmissibilidade (art. 1.700 CC)
• Incompensabilidade (art. 373, II CC)

• Não pagamento = Rito da prisão civil


• Não pagamento = Rito da expropriação.

PARAMOS AQUI – CONTINUAÇÃO 26/05. 10


ALIMENTOS:
• Ação de Alimentos
• Ação de Oferecimento de Alimentos
• Ação Revisional de Alimentos
• Ação de Exoneração de Alimentos

• Execução de Alimentos

11
PRESCRIÇÃO COBRANÇA
ALIMENTOS

 Prescrição da cobrança de alimentos: 2 anos (Art. 206 §2º CC)


 Mas:
 Não corre prescrição contra os absolutamente incapazes (art. 198, I CC)
 Não corre prescrição durante o poder familiar (Art. 197, II CC)

 Poder familiar cessa com 18 anos ou emancipação (art. 1635 CC)

 A partir desse fato, começa a correr o prazo prescricional... Atingido dois anos, perde-
se a pretensão de cobrar os alimentos vencidos, mês a mês.
ABANDONO AFETIVO:

• Guarda x Poder Parental (relembrar)


• Quais as responsabilidades dos pais?

→Rodrigo da Cunha Pereira foi o precursor da tese ao entender


que o abandono parental deve ser entendido como lesão
extrapatrimonial a um interesse jurídico tutelado, em razão de
omissão do exercício do poder familiar (art. 1.634 CC)

3
ABANDONO AFETIVO:

→ Art. 1.638 CC: Perderá por ato judicial o poder


familiar o pai ou a mãe que:
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons
costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no
artigo antecedente.
V - entregar de forma irregular o filho a terceiros
para fins de adoção. 4
ABANDONO AFETIVO:

→ Perda do poder familiar, no entanto, pode


constituir em um “abono” ao invés de pena
(FERREIRA, Alcenir).

5
ABANDONO AFETIVO:

→A lei responsabiliza os pais a terem cuidados com


os filhos.
→ A ausência desses cuidados, abandono moral
violam a integridade psicofísica dos filhos, bem
como o princípio da solidariedade familiar.
→Esse tipo de violação de valores
constitucionalmente protegidos configura dano
moral.

6
ABANDONO AFETIVO:

→Mas só o genitor que abandona o filho pode ser


responsabilizado por danos morais?

7
ABANDONO AFETIVO:
Ação de Indenização por danos morais. Paternidade
reconhecida. Omitida perante a sociedade em informativo
local. Cidade de pequeno porte. Repercussão geral. Danos
morais configurados. Violação aos direitos da criança e do
adolescente. Sentença mantida. A falta da relação paterno-
filial acarreta violação de direitos próprios da
personalidade humana, maculando o princípio da
dignidade da pessoa humana. Conforme entendimento
jurisprudencial consolidado pelo Egrégio Tribunal de
Justiça, possível a indenização por danos morais
decorrentes da violação dos direitos da criança.
Inteligência do art. 227 CF. (TJMG, AC 0144.11.001951-
6/001, 11ª C. Cível, rel. Des. Wanderley Paiva, p.
29/05/2013)
8
ABANDONO AFETIVO:
→Há na lei alguma obrigação de afeto?
→Posso obrigar um pai ou uma mãe a amar o
filho?

9
Análise decisão judicial

→ Caso prático (Luciane Souza) ajuizou ação de indenização por danos


morais contra o seu pai, uma vez que este nunca havia lhe dado
atenção, carinho, amor, etc.

→ Ministra Nancy Andrighi (STJ) entendeu que o dano moral estaria


presente diante de uma obrigação inescapável dos pais em dar
auxílio psicológico aos filhos. Aplicando a ideia do cuidado como
valor jurídico,

→ Deduziu pela presença do ilícito e da culpa do pai pelo abandono


afetivo, expondo frase que passou a ser repetida nos meios sociais e
jurídicos: “amar é faculdade, cuidar é dever“. Reduziu a indenização
fixada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em R$ 415 mil, para R$
200 mil. (STJ, Resp 1.159.242/SP, Rel. Nancy Andrighi, 3 Turma, j. 24.04.2012, Dje 10.05.2012)
Análise decisão judicial

→ Jurisprudência 2022 STJ: 30 mil

https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/21022022-Pai-e-condenado-a-
pagar-R--30-mil-de-danos-morais-por-abandono-afetivo-da-filha.aspx

→ TJSP abril/2023: 40 mil


Abandono Afetivo

→ A indenização por abandono afetivo pode converter-se em


instrumento de extrema relevância e importância para a
configuração de um direito das famílias mais consentâneo com a
contemporaneidade, podendo desempenhar papel pedagógico no
seio das relações familiares. (Giselda Hironaka)

→ Relacionamento mantido sob pena de um prejuízo financeiro não é


o mais adequado, mas se isso fizer o pai visitar o filho, é melhor que
o sentimento de abandono na criança. (Maria Berenice Dias)
Abandono Afetivo

→ Competência: Vara de família


→ Prazo prescricional: Três anos a contar da maioridade
do filho (art. 206 § 3º, V CC - pretensão de reparação
civil);
Exercício de fixação

A prática de atos contrários à moral e aos bons


costumes é causa de perda do poder familiar, nos
termos do regramento trazido com o Código Civil.
A) Certo
B) Errado
Banca: MPE-SC, Promotor de Justiça, 2016.
Exercício de fixação

Assinale a alternativa incorreta:


a) A falta ou a carência de recursos materiais constitui
motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder
familiar.
b) Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e
educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no
interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
determinações judiciais.
c) Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou
por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações,
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à
filiação.
d) Nenhuma das alternativas estão corretas.
Banca: Prefeitura de Cruzeiro – SP, Instrutor de Desenho Técnico e Mecânico, 2016.
ALIENAÇÃO PARENTAL

→ LEI Nº 12.318/2010.
Art. 2º Considera-se ato de alienação parental a
interferência na formação psicológica da criança ou do
adolescente promovida ou induzida por um dos genitores,
pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente
sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie
genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à
manutenção de vínculos com este.

Profa. Ma. Luciane Sobral


ALIENAÇÃO PARENTAL

Art. 2º Parágrafo único. São formas exemplificativas de


alienação parental, além dos atos assim declarados pelo
juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente
ou com auxílio de terceiros:
→ I - realizar campanha de desqualificação da conduta do
genitor no exercício da paternidade ou maternidade;
→ II - dificultar o exercício da autoridade parental;
→ III - dificultar contato de criança ou adolescente com
genitor; [...]
Profa. Ma. Luciane Sobral
ALIENAÇÃO PARENTAL
→ IV – dificultar o exercício do direito regulamentado de
convivência familiar;
→ V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais
relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares,
médicas e alterações de endereço;
→ VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares
deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles
com a criança ou adolescente;
→ VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa,
visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o
outro genitor, com familiares deste ou com avós.
Profa. Ma. Luciane Sobral
ALIENAÇÃO PARENTAL
Quais as providências a serem tomadas pelo juiz?
Art. 6º da lei:
→ I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o
alienador;
→ II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do
genitor alienado;
→ III - estipular multa ao alienador;
→ IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou
biopsicossocial;
Profa. Ma. Luciane Sobral
ALIENAÇÃO PARENTAL
Quais as providências a serem tomadas pelo juiz?
Art. 6º da lei:
→ V - determinar a alteração da guarda para guarda
compartilhada ou sua inversão;
→ VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou
adolescente;
→ VII - declarar a suspensão da autoridade parental. Revogado
pela Lei nº 14.340/2022

Profa. Ma. Luciane Sobral


ALIENAÇÃO PARENTAL
ALTERAÇÕES LEI Nº 14.340, DE 18 DE MAIO DE 2022 Art. 6º

Parágrafo único. Redação igual, apenas alterado para §1º:

§1º Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução


à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar
para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião
das alternâncias dos períodos de convivência familiar.

§ 2º O acompanhamento psicológico ou o biopsicossocial deve ser


submetido a avaliações periódicas, com a emissão, pelo menos, de um
laudo inicial, que contenha a avaliação do caso e o indicativo da
metodologia a ser empregada, e de um laudo final, ao término do
acompanhamento.” Incluído pela Lei nº 14.340/2022
Profa. Ma. Luciane Sobral
ALIENAÇÃO PARENTAL

Art. 4º Parágrafo único. Assegurar-se-á à criança ou ao adolescente e ao


genitor garantia mínima de visitação assistida no fórum em que tramita a
ação ou em entidades conveniadas com a Justiça, ressalvados os casos em
que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da
criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente
designado pelo juiz para acompanhamento das visitas.” (NR)

(parte destacada incluída pela Lei nº 14.340, de 2022)

Profa. Ma. Luciane Sobral


ALIENAÇÃO PARENTAL
Art. 5º Havendo indício da prática de ato de alienação parental,
em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará
perícia psicológica ou biopsicossocial.
§ 1º O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou
biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista
pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do
relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes,
avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a
criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra
genitor.
§ 2º A perícia será realizada por profissional ou equipe multidisciplinar
habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico
profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental.
Profa. Ma. Luciane Sobral
ALIENAÇÃO PARENTAL
§ 3º O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a
ocorrência de alienação parental terá prazo de 90 (noventa) dias
para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por
autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada.

§ 4º Na ausência ou insuficiência de serventuários responsáveis


pela realização de estudo psicológico, biopsicossocial ou qualquer
outra espécie de avaliação técnica exigida por esta Lei ou por
determinação judicial, a autoridade judiciária poderá proceder à
nomeação de perito com qualificação e experiência pertinentes ao
tema, nos termos dos arts. 156 e 465 da Lei nº 13.105, de 16 de
março de 2015 (Código de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº
14.340, de 2022)
Profa. Ma. Luciane Sobral
ALIENAÇÃO PARENTAL

Art. 8º-A. Sempre que necessário o depoimento ou a oitiva de


crianças e de adolescentes em casos de alienação parental,
eles serão realizados obrigatoriamente nos termos da Lei nº
13.431, de 4 de abril de 2017 (Escuta especializada) sob pena
de nulidade processual. Incluído pela Lei nº 14.340, de 2022

Profa. Ma. Luciane Sobral


TUTELA
Necessária aos filhos menores em razão:
I- Do falecimento ou ausência dos pais;
II- Perda do poder familiar.

(art. 1.728 e seguintes do CC)


CURATELA
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não
puderem exprimir sua vontade; (Redação dada pela Lei nº
13.146, de 2015) (Vigência)
II - (Revogado) ; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
2015) (Vigência)
III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação
dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
IV - (Revogado) ; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
2015) (Vigência)
V - os pródigos.
INTERDIÇÃO/
CURATELA
Procedimento judicial voltado ao reconhecimento
da incapacidade de uma pessoa e à instituição de
sua curatela → Hipóteses, hoje, diminutas
(modulação da incapacidade).
Exemplo: prodigalidade.

LEI Nº 13.146/2015 (ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – EPD)


TUTELA - CURATELA
 QUAL A DIFERENÇA?

Menores de idade com pais Maiores de idade que não conseguem


falecidos, ausentes ou que exprimir sua vontade, ébrios, viciados
perderam poder familiar. em tóxico ou pródigos.

 Art. 1.728 a 1.766 CC | Art. 1.767 a 1.783 CC


TOMADA DE DECISÃO
APOIADA (TDA)
Art. 1.783-A. A tomada de decisão apoiada é o
processo pelo qual a pessoa com deficiência elege
pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas, com as
quais mantenha vínculos e que gozem de sua
confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de
decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes
| Art. 1.767 a 1.783 CC os elementos e informações necessários para que
possa exercer sua capacidade. (Incluído pela Lei
nº 13.146, de 2015) (Vigência)
BEM DE FAMÍLIA
 LEI Nº 8.009/1990.
 Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade
familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de
dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra
natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que
sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses
previstas nesta lei.
 Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel
sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as
benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos,
inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a
casa, desde que quitados.
BEM DE FAMÍLIA
 LEI Nº 8.009/1990.
 Art. 2º Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de
transporte, obras de arte e adornos suntuosos.

 Parágrafo único. No caso de imóvel locado, a


impenhorabilidade aplica-se aos bens móveis quitados que
guarneçam a residência e que sejam de propriedade do
locatário, observado o disposto neste artigo.
BEM DE FAMÍLIA

 LEI Nº 8.009/1990.
 Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de
execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza,
salvo se movido:
 II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à
construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos
constituídos em função do respectivo contrato;
 III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o
bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou
conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela
dívida; (Redação dada pela Lei nº 13.144 de 2015)
BEM DE FAMÍLIA
 LEI Nº 8.009/1990.
 Art. 3º [...], salvo se movido:
 IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e
contribuições devidas em função do imóvel familiar;
 V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia
real pelo casal ou pela entidade familiar;
 VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de
sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou
perdimento de bens.
 VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de
locação. (Incluído pela Lei nº 8.245, de 1991)
BEM DE FAMÍLIA

 TERRENO?

https://www.stj.jus.br/
sites/portalp/Paginas/C
omunicacao/Noticias/2
022/20102022-Para-
Quarta-Turma--imovel-
em-construcao-pode-
ser-considerado-bem-
de-familia.aspx
BEM DE FAMÍLIA
 QUEM MORA SOZINHO TAMBÉM TEM DIREITO À
IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA?

 Súmula 364 STJ


"O conceito de impenhorabilidade de bem de família
abrange também o imóvel pertencente a pessoas
solteiras, separadas e viúvas"

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