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1- PROCESSO: AÇÃO DECLARATÓRIA NEGATIVA DE DÉBITO CC COBRANÇA


2- AUTOR: JONATAN PAIVA RAFAEL
3- EM FACE DE MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S/A.
4- Juízo competente JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE MOGI DAS
CRUZES – SP
5- Fundamentação legal: Mediante Contrato Particular de Promessa de Venda e Compra,
firmado em 05 de abril de 2.015, adquiriu o Autor a unidade habitacional designada
apartamento 503, do Bloco/Torre 18 – 2Q S, do SPAZIO MIRASSOL, localizado na Av.
Antônio Ruiz Veiga nº 110 – Vila Mogilar, neste Município, Conquanto tenha sido, em
meados do ano de 2.016, convocado para vistoriar descrito imóvel com a finalidade de
recebimento das respectivas chaves, alguns defeitos foram constatados e o Autor se viu
obrigado a aguardar os devidos reparos, fato que se repetiu em outras oportunidades,
Recebeu, assim, o Autor as chaves somente em 01 de março de 2017, passando, a partir
desta data, a ocupar descrito imóvel e a ser responsável pelas respectivas despesas relativas
ao consumo de energia elétrica, IPTU e taxas condominiais, Não obstante isso, foi enviado
ao Autor pelo CONDOMÍNIO SPAZIO MIRASSOL, por sua administradora LELLO
CONDOMÍNIOS LTDA., aviso de cobrança relativo às despesas condominiais, com
vencimento em 11 de fevereiro do ano em curso, no valor de R$ 235,80 (duzentos e trinta
e cinco reais e oitenta centavos) Mediante contato com a mencionada Administradora,
aduziu o Autor que a exigência é indevida, vez que relativa às despesas condominiais
anteriores à data da imissão na posse, ocorrida em 01 de março p.p.
Constatou, assim, o Autor que aludida taxa condominial foi liquidada pela Ré, que agora
exige a restituição do valor pago, mediante a emissão de aviso de cobrança, tendo a parte
adversa como beneficiária, no valor de R$ 235,80 (duzentos e trinta e cinco reais e oitenta
centavos), e vencimento em 17 de abril de 2017 Formulou, assim, o Autor Reclamação
Pré-Processual perante o CEJUSC - CENTRO JUDICIÁRIO DE SOLUÇÃO DE
CONFLITOS E CIDADANIA DA COMARCA DE MOGI DAS CRUZES/SP, com
audiência de conciliação designada para 20 de junho de 2.017, que restou prejudicada
diante da ausência da Ré, Necessários, assim, se mostram o reconhecimento, por sentença,
da inexigibilidade do débito relativo à taxa condominial vencida anteriormente à imissão
na posse do imóvel retro descrito, assim como a condenação da Ré no pagamento do valor
exigido E “ART. 19. O INTERESSE DO AUTOR PODE LIMITAR-SE A
DECLARAÇÃO: I – DA EXISTÊNCIA, DA INEXISTÊNCIA OU DO MODO DE SER
DE UMA RELAÇÃO JURÍDICA ART. 20. É ADMISSÍVEL A AÇÃO MERAMENTE
DECLARATÓRIA, AINDA QUE TENHA OCORRIDO A VIOLAÇÃO DO DIREITO.
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“Lícito, ainda, é afirmar que nula é a cláusula 6.2, do Contrato Particular de Promessa de
Compra e Venda firmado entre as partes, que fundamenta a exigência da Ré, assim
enunciada: 6.2) IMPOSTOS, TAXAS E OUTRAS DESPESAS: Todas as despesas,
impostos, taxas, multa e contribuições que recaírem sobre o imóvel objeto deste contrato,
até o mês subsequente à emissão do Habite-se ou ao mês da entrega das chaves, o que
ocorrer primeiro, são de responsabilidade da PROMITENTE VENDEDORA e a partir daí
passarão a correr por conta exclusiva do(a) PROMITENTE COMPRADOR(A), ainda que
lançados em nome da PROMITENTE VENDEDORA...”

6- Jurisprudência do caso: “APELAÇÃO CÍVEL. RESTITUIÇÃO. TAXA


CONDOMINIAL ANTERIOR À ENTREGA DO IMÓVEL. POSSE EFETIVA.
REPETIÇÃO SIMPLES O ADQUIRENTE DE IMÓVEL NOVO RESPONDE PELAS
TAXAS CONDOMINIAIS VENCIDAS APÓS TER RECEBIDO O IMÓVEL, O QUE
OCORRE COM A ENTREGA DAS CHAVES.”
“AUSENTE A MÁ-FÉ POR PARTE DO CONDOMÍNIO, A REPETIÇÃO DEVE
OCORRER DE FORMA SIMPLES.” (STJ – 4ª TURMA CÍVEL – ACÓRDÃO Nº
883697 – REL. FERNANDO HABIBE – P. 149”
“PROCESSO CIVIL. COMPRA DE IMÓVEL NA PLANTA. COBRANÇA INDEVIDA
DE TAXA DE CONDOMÍNIO ANTES DA ENTREGA DO IMÓVEL. ILEGALIDADE.
LEGITIMIDADE PASSIVA DA INCORPORADORA. RELAÇÃO DE CONSUMO.
RECURSO DESPROVIDO OMISSIS A PREVISÃO CONTRATUAL NO SENTIDO DE
QUE O PROMITENTE COMPRADOR FICA RESPONSÁVEL PELO PAGAMENTO
DAS TAXAS CONDOMINIAIS ANTES DA ENTREGA DO IMÓVEL É ABUSIVA
POR FERIR DIREITO BÁSICO DO CONSUMIDOR. DE ACORDO COM O
ENTENDIMENTO DO STJ, SOMENTE COM A EFETIVA POSSE DO IMÓVEL, QUE
SE DÁ COM A ENTREGA DAS CHAVES, É QUE O COMPRADOR PODE SER
RESPONSABILIZADO PELO PAGAMENTO DAS DESPESAS CONDOMINIAIS.
EMBORA SE ENCONTREM DIVERSAS CLÁUSULAS RESPONSABILIZANDO O
ADQUIRENTE DO IMÓVEL PELA TAXAS CONDOMINAIS ANTES DA EFETIVA
ENTREGA DO BEM, COMO PREVISÃO CONTRATUAL E O CONTEÚDO DO
TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA JÁ HOMOLOGADO EM JUÍZO, NÃO
SE PODE ACEITAR COMO LEGÍTIMAS TAIS PREVISÕES POR CAUSAREM
LESÃO AOS DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR. ASSIM, SOMENTE COM O
EFETIVO RECEBIMENTO DO IMÓVEL COMPRADO NA PLANTA É QUE O
ADQUIRENTE ASSUME AS RESPONSABILIDADES PELAS TAXAS DE
CONDOMÍNIO PERTINENTES A ESSE BEM... (TJDF – 3ª TURMA CÍVEL –
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APELAÇÃO Nº 20141210069340 – REL. GILBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA – J.


07.10.2015)”
7- Honorários do advogado: o honorário do advogado deve ser no mínimo 5% do valor da
causa, ou no máximo 15% do valor da sentença quando é sucumbencial, quando não, o
advogado pode pedir de 20% a 30% do valor da causa para a requerente como pagamento,
o valor da causa ficou entre 300 a 500 reais.
8- PRAZOS: em todo o processo tivemos prazos de no mínimo 10 dias a no máximo 20 dias,
fora uma mistura de 10, 15 e 20 dias de prazo tanto para a parte requerente, quanto a parte
requerida, todos eles estão previstos no artigo 219 do NCPC, os prazos começam a partir
do primeiro dia útil após a publicação, e inclui o dia de vencimento, sempre se conta em
dias uteis.

SENTENÇA: Fora feito uma audiência de conciliação, porem a parte autora não
compareceu mesmo que intimada, o juiz do caso então julgou extinto o processo, “A parte
autora estava ciente desta audiência. Não compareceu. Ante o exposto, JULGO EXTINTO
o processo nos termos do artigo 51, I da Lei nº 9.099/95.
51, I da Lei nº 9.099/95.
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