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DISTRIBUIÇÃO
Legenda:
Legenda:
Introdução
A necessidade de transporte sempre esteve presente na sociedade e à medida que essa sociedade se
moderniza surgem novas necessidades para a realização da movimentação física das mercadorias. Essa
situação funciona como mola propulsora ao Homem na busca por melhorias que envolve o sistema de
transporte já existente e para aqueles que ainda serão descobertos. Desse modo, alguns fatos históricos são
Veja na animação abaixo alguns vestígios históricos sobre a utilização do transporte na distribuição física
dos produtos.
Segundo Barat (2007) a expansão do transporte no cenário brasileiro ocorreu como consequência do
processo de industrialização impulsionado pela crise americana de 1929. Esse evento ficou conhecido como
“A grande recessão” que fez com que a burguesia da época “abrisse” os olhos para a produção
industrializada no setor têxtil. Por consequência, ocorreu a necessidade de modernização dos meios de
transporte ferroviário e marítimo, tendo como objetivo principal para atender a demanda nacional e
De acordo com Novaes (2007) a distribuição física de produtos ao consumidor final no período colonial era
realizada por parcerias entre fabricantes e os proprietários dos armazéns gerais, os quais tinham a
incumbência de realizar a ligação entre fabricante e consumidor. Os armazéns gerais eram localizados em
pontos estratégicos da rede de transporte, e os mesmos eram abastecidos por pedidos intermediados pelos
Conforme aponta Barat (2007) a distribuição física dos produtos na primeira parte do século XX ocorria
com utilização em grande escala do transporte ferroviário estimulada pela economia de escala que o modal
proporcionava. Este sistema funcionava com ramificação das linhas troncos para o abastecimento do
sistema e o escoamento dos produtos direcionados a exportação de matéria prima e importação de produtos
O desenvolvimento comercial
Segundo Leite (2011) na idade média o feudalismo conduzia a forma de comercialização que era gerenciada
rigidamente pela classe proletariada e pelos vassalos os quais arrendavam a terra para produzir e pagavam
com a própria produção ou por valor monetário acordado entre ambos. Aos poucos surgem os mercados,
iniciando-se assim as relações comerciais, com a figura do comerciante e, esses ao longo dos anos, foram
aperfeiçoando a arte de intermediar as trocas comerciais.
Outro fato que foi determinante para a evolução do comércio envolve a estruturação do sistema monetário,
utilizado inicialmente com a troca de mercadorias por outras mercadorias (escambo). Depois, veio a
utilização de metais preciosos (prata e ouro) como forma de pagamento, e mais tarde, com a criação da
moeda escritural passa a vigorar o sistema bancário para realização do controle e intervenções monetárias
nas operações comerciais.
Conforme aponta Barat (2007) a revolução industrial, trouxe mudanças significativas para a sociedade não
só no que diz respeito à produção em grande escala, mas principalmente, no escoamento dos produtos
manufaturados que passam a ser ofertados em grandes quantidades, forçando os fabricantes desenvolver
estratégias para indução da demanda, e consequente criar métodos para a distribuição física de produtos
Segundo Novaes (2007) a logística utilizada neste contexto evolutivo, pode ser definida como logística
empresarial, pois conforme foi ocorrendo o desenvolvimento social e as inserções de novas tecnologias no
contexto social e comercial, é possível perceber claramente as fases evolutivas da logística, identificadas
NOVAES (2007)
Atuação segmentada: não havia integração entre os elos logísticos e a informação não era
processada em tempo real, o que ocasionavam descontinuidade ou rupturas nas transações
comerciais. O estoque era a peça principal das organizações.
Integração flexível: a cooperação e integração logística passam a ocorrer entre dois elementos da
cadeia logística. A tecnologia passa a auxiliar no fluxo da informação e o foco passa a ser
direcionado para a satisfação plena do cliente.
independentes que ofertam serviços de suporte ao atendimento da demanda, algumas prestando serviços
de transportes, outras de armazenagem ou de distribuição física. Ainda, é possível identificar aquelas que
ofertam serviços de pós-venda e aquelas que ofertam tecnologias para o gerenciamento da informação.
Com relação ao transporte, as empresas podem utilizar sete modais de transportes agrupados em três
famílias conforme apontado por Keedi (2008):
A utilização dos transportes na distribuição física dos produtos é essencial, uma vez que o comércio sofreu
alterações com a modernização das sociedades, acarretando novas formas de comercialização como pôde
ser verificado neste conteúdo até o momento. Dessa forma, o transporte tornou-se imprescindível no
processo de comercialização tendo participação em toda a cadeia logística de distribuição.
Quanto à escolha do modal de transporte para cada canal de distribuição não existe uma fórmula ou receita
de sucesso, mas cabe ao gestor de logística e/ou transporte analisar todas as variáveis existentes para que
consiga eleger o modal mais apropriado à sua operação, carga e cliente.
Para a distribuição física dos produtos o fabricante pode optar pela terceirização do serviço, contratando
um operador logístico que atenda aos requisitos da operação e lhe transferindo a responsabilidade
operacional de movimentar a carga pelo canal de distribuição. Este terceirizado, por sua vez, torna-se
responsável pelos demais intermediários envolvidos de acordo com a estrutura e modelo que foram
adotados pela organização (NOVAES, 2007).
Legenda: A ESCOLHA DA EMPRESA IDEAL é IMPRESCINDíVEL PARA QUE A ORGANIZAçãO CONSIGA
Segundo Brito Junior e Spejorim (2012) o armazém pode contribuir positivamente no sucesso operacional
do canal de distribuição, uma vez que serve para o armazenamento da carga entre os elos logísticos
existentes no canal. A organização pode utilizar o armazém para a realização de atividades estratégicas,
como por exemplo, a operação de crossdocking que permite a continuidade das vendas e serve como um
pulmão para os pontos de comercialização existentes no canal.
Segundo Bertaglia (2003) também há as questões tecnológicas e o fabricante pode escolher um fornecedor
de software (ERP – Enterprise Resources Planning) disponível no mercado que possa lhe oferecer um
sistema com as funcionalidades essenciais à sua operação.
O mercado tem uma quantidade enorme de empresas oferecendo o REP de tal forma que
muitos estudos são efetuados somente para selecionar o pacote a ser implementado.
Ninguém quer correr riscos, afinal, o ERP irá afetar toda a organização e sua forma de
fazer negócios.
Para Novaes (2007) a evolução do comércio contribuiu significativamente com a forma de gerenciar as
vendas de tal forma, que as organizações passaram a desenvolver estratégia para a construção de canais de
distribuição mais eficazes, na tentativa de atender a demanda com a satisfação plena do consumidor final.
O autor chama a atenção para a representatividade que o setor varejista passou a ter dentro do canal,
situação que no passado era quase que exclusiva dos grandes atacadistas.
De acordo com Novaes (2007) a intensificação das trocas comerciais em escala global decorrentes do
processo de globalização, trouxe um grande fluxo de concorrentes estrangeiros, forçando os fabricantes a
repensarem sobre os canais de distribuição, na tentativa de encurtar o canal de distribuição para obtenção
de margem competitiva dos custos e repassar tais economias ao consumidor final. Dessa forma, tem se
tornado uma tendência as organizações buscarem estratégias que possibilitem a eliminação de
intermediários no processo de comercialização.
Conforme aponta Novaes (2007) as organizações têm buscado alternativas logísticas para reduzir custos
logísticos através da racionalização dos recursos disponíveis. As estratégias desenvolvidas relacionadas ao
transporte diz respeito a forma e a condição das entregas dos produtos para os intermediários e os
consumidores finais. As entregas assumem as seguintes configurações de entrega: sistema de distribuição
de um para um, e o sistema de distribuição de um para muitos.
De acordo com Arbache et al. (2007) os canais de distribuição vertical, hibrido e múltiplo, oferecem para as
organizações opções diversificadas para atender as expectativas de todos o elos da logística, mas seu foco
principal sempre será o consumidor final.
Considerações finais
Como você pôde-se verificar a sociedade moderna é fruto da evolução de tecnologias e da predominação do
sistema capitalista, uma combinação perfeita para a indução da demanda em grande escala, a qual tem
Em contrapartida, as organizações se sentem ameaças constantemente pela concorrência, e assobradas pela
“ideia” de perder cliente e/ou participação de mercado. Na tentativa de manter-se “viva” nesta sociedade
consumista e temperamental, as organizações têm buscado na logística algumas soluções mais acessíveis e
Para finalizar este conteúdo, de acordo com as pesquisas realizadas na bibliografia disponível sobre o
assunto, é possível concluir que as estruturas organizacionais devem sempre estar atentas às necessidades
do mercado em que está atuando, bem como buscar atualizações constantemente sobre os assuntos
empresariais que a norteiam e, acima de tudo, sempre “ouvir” o cliente a respeito do que ele tem a dizer
sobre a sua empresa por meio de pesquisas de satisfação do cliente, SAC, etc.
ATIVIDADE
entre...?
A. produtores e fabricantes.
B. fabricantes e os proprietários dos armazéns gerais.
C. fabricantes e varejistas.
ATIVIDADE
rodoviário.
ATIVIDADE
A. Estratégica
B. Segmentada
C. Rígida
D. Flexível
REFERÊNCIA
ARBACHE, F. S.; SALLES, W. F.; SANTOS, A. G.; MONTENEGRO, C. Gestão de logística, distribuição e trade
marketing. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007.
BARAT, J. Logística, transporte e desenvolvimento econômico. São Paulo: CLA editora, 2007.
LEITE, A. D. A economia brasileira: de onde viemos e onde estamos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
KEEDI, S. Transporte, unitização e seguros internacionais da carga: pratica e exercícios. São Paulo:
Aduaneiras, 2008.