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SCM

GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

Igor Motta,
Jaqueline Inês Erthal,
Maicon de Oliveira,
Matheus Matos e
Tatiele de Souza

Bento Gonçalves - 2014


1. Introdução:

A logística está presente em praticamente todos os produtos e serviços


presentes no mercado. Seja ao comprar pão na padaria da esquina ou ao
comprar um novo smartphone que ainda nem foi lançado no país em uma loja
virtual. Mas a maneira de como esse produto chega ao consumidor envolve
uma série de processos desde o planejamento da matéria-prima necessária,
passando pela produção desse produto até o momento em que o consumidor o
adquire. Esses processos devem ser bem planejados e executados de forma
que o produto esteja disponível onde e quando o cliente precisar.
Tais processos formam a cadeia de suprimentos, sendo esses têm uma
sequência e formam um ciclo contínuo. Cada processo tem suas etapas e um
fluxo que também tem uma sequência lógica, entretanto essas etapas podem
variar de acordo com o produto ou a estratégia da empresa.
Deste modo, este trabalho terá como objetivo pesquisar quais são os
processos da cadeia de suprimentos e quais são as suas etapas. Para tanto,
será abordado o conceito de cadeia de suprimentos, seu objetivo, seus
estágios, o processo de planejamento de cada estágio e as etapas de cada
estágio. Para alcançar esses objetivos, será utilizada a pesquisa exploratória
em fontes bibliográficas para buscar conceitos, definições e teorias necessárias
para a compreensão do assunto.

“Uma rede de organizações conectadas e interdependentes, trabalhando


conjuntamente, em regime de cooperação mútua, para controlar,
gerenciar e aperfeiçoar o fluxo de matérias-primas e informações dos
fornecedores para os clientes finais”. (Martin CHRISTOPHER, 2009)
Gestão de Cadeia de Suprimentos:

A cadeia de suprimentos é um conjunto de processos pelo qual o


produto percorre até chegar ao consumidor. Todas as atividades inseridas
nessa cadeia com a finalidade deconstituírem um produto e repassá-lo para o
consumidor final, a exemplo do processo de produção, armazenamento,
entrega e distribuição, formam a cadeia de suprimentos. De forma breve,
Fleury et al (2012) define cadeia de suprimentos como “o esforço de
coordenação nos canais de distribuição, através da integração de processos de
negócios que interligam seus diversos participantes”.
Segundo o dicionário da APICS, uma cadeia de suprimentos (Supply
Chain) pode ser definida como:
- Os processos que envolvem fornecedores-clientes e ligam empresas
desde a fonte inicial de matéria prima até o ponto de consumo do produto
acabado;
- As funções dentro e fora de uma empresa que garantem que cadeia de
valor possa fazer e providenciar produtos e serviços aos clientes (Cox et al.
1995).
Para Cox (1999), há oito características da SCM:
1- Trabalhar sempre com o objetivo na perfeição da entrega de valor aos
clientes.
2- Produzir apenas o que é necessário e se concentrar apenas nas
ações que criem fluxo de valor.
3- Foco na eliminação de perdas de todo o processo operacional, como
por exemplo, superprodução, tempo de espera grande, transporte,
processamento inadequado, defeitos, inventários e movimentos
desnecessários.
4- Reconhecer que todos os membros da cadeia de suprimentos estão
interessados em um mesmo objetivo que é o de acrescentar valor ao produto.
5- Desenvolver relacionamentos de reciprocidade e confiança com
fornecedores e clientes.
6- Trabalhar com fornecedores com o objetivo de criar uma logística
mais eficiente.
7- Reduzir o número de fornecedores e trabalhar melhor com eles para
se ter um relacionamento a longo prazo.
8- Criar uma rede de fornecedores para trocar informações de redução
de perdas e eficiência operacional no fornecimento de produtos e serviços.
Na SCM a geração de renda é tão importante quanto a redução dos
custos. O gerar receita quer dizer o quanto que a SCM impacta na satisfação
dos clientes. Normalmente a SCM dentro das empresas é compreendida como
diminuir os custos o máximo possível. A SCM por muitos anos vem sido
entendida como custos, porém as atividades da SCM afetam o desempenho do
serviço ao cliente.
Por exemplo, a entrega no lugar certo, com a quantidade certa e na hora
certa, muitas vezes chega a ser um requisito mínimo para a venda do produto.
A relação entre vendas e serviços é positiva.
Objetivos comuns são um dos itens pela qual as empresas têm de
trabalhar para conseguir sucesso na cadeia, porém elas não podem esquecer-
se de seus objetivos individuais para se manterem competitivas no mercado.
A evolução da logística e cadeia de suprimentos

A palavra logística é de origem francesa, do verbo loger que significa


“alojar”. A logística teve seu início com os militares. Eles gerenciavam
aquisição, manutenção, transporte de equipamentos e pessoal.
Antes de 1950 começou-se a falar da logística, como custos de
transporte e inventário, e a questão da mercadoria certa na hora certa, mas a
logística era de uma forma fragmentada. Com o decorrer dos anos, as
atividades de logística passaram a ser transporte e compras.
A partir daí uma nova área surgiu juntamente com a área de marketing
sendo ela os canais de distribuição, tendo como objetivo a distribuição do
produto da melhor forma possível com coordenação.
Em 1960 a logística se ampliou para verificação de custo de transporte,
controle de estoque, armazenamento e localização. Essa mudança fez com
que a logística passasse a se chamar logística empresarial, ou seja,
distribuição física mais oferta física das mercadorias. A distribuição física
ganhou grande destaque nos meios empresariais já que representava dois
terços dos custos logísticos. Nessa época criaram-se alguns nomes para
definir como: distribuição, distribuição física, logística, logística empresarial,
logística integrada, gestão de materiais e cadeia de valor. No contexto
contemporâneo surgiu uma área muito importante associada à logística que é
Supply Chain Management ou gerenciamento da cadeia de suprimentos
(SCM). Com essa definição a compra e produção entram no âmbito da gestão
de materiais, antes não incluída.
Autores como Christopher (2007), já vem ampliando a idéia de cadeia
de suprimentos para rede de suprimentos, pois cadeia dá a idéia de uma linha
contínua e rede é uma estrutura de interligações entre as partes. Segundo
Lambert e Cooper (2000), a idéia é a mesma de Christopher (2007), os
negócios não são feitos de um para um e sim dentro de uma rede de múltiplos
negócios e relacionamentos. Para um bom gerenciamento da SCM é
necessário considerar a relação entre a gestão de estoques, localização das
instalações e determinação da política de transporte simultaneamente no
processo de distribuição.
 As 4 fases da logística:
1. Atuação segmentada
2. Integração rígida
3. Integração flexível
4. Integração estratégica (corresponde ao moderno conceito de Supply
Chain Management).
Estrutura de uma Cadeia de Suprimentos:

A estrutura de uma cadeia de suprimentos é composta por todas as


empresas que, de alguma forma, participam do processo produtivo de
determinado produto. A tamanho de uma cadeia de suprimentos será definida
pela quantidade de membros que a complexidade do processo produtivo exigir
para ser realizado. Nem todos os membros de uma cadeia de suprimentos
possuem a mesma importância sob o ponto de vista da análise e
gerenciamento da cadeia.
Os membros de uma cadeia de suprimentos são definidos como
primários ou de apoio:
-Membros primários são todas aquelas empresas autônomas ou
unidades estratégicas de negócios que executam, de fato, atividades
operacionais e/ou administrativas nos processos empresariais designadas a
produzir um bem específico para um cliente ou um mercado particular.
-Membros de apoio, que são aquelas empresas cuja função é fornecer
recursos, conhecimento, utilidades ou ativos para os membros primários.
Apesar de desempenharem atividades relevantes dentro da cadeia de
suprimentos, estes membros não participam diretamente na realização de
atividades de transformação que adicionem valor para o consumidor final
(Lambert et al., 1998).
Segundo esses autores, tendo definidos os membros primários e de apoio, é
possível definir o ponto de origem e o ponto de consumo da cadeia de
suprimentos. O ponto de origem ocorre onde não existirem outros fornecedores
primários, ou seja, todos aqueles membros anteriores serão de apoio. O ponto
de consumo é onde nenhum valor a mais é adicionado ao produto, ou seja,
onde o produto é efetivamente consumido.
Cada empresa de uma cadeia de suprimentos, além de pertencer a
outras, possui sua própria cadeia de suprimentos, sendo que cada cadeia
apresenta uma dimensão estrutural específica.
De acordo com Lambert et al. (1998), as dimensões estruturais de uma
cadeia ou rede são essenciais para descrever, analisar e gerenciar uma cadeia
de suprimentos. Essas dimensões são: a estrutura horizontal, a estrutura
vertical e a posição horizontal da empresa focal dentro da cadeia de
suprimentos.
-A estrutura horizontal se refere ao número de níveis ou camadas
existentes ao longo da cadeia. A cadeia de suprimentos pode ter uma estrutura
horizontal longa, apresentando vários níveis de fornecedores e/ou
compradores, ou curta, quando possui poucos níveis.
-Ao número de fornecedores/compradores existentes dentro de cada
nível denomina-se estrutura vertical. Esta pode ser estreita, quando poucas
empresas estão presentes em cada nível, ou ampla, quando muitas empresas
estão presentes em cada nível. Uma empresa pode estar posicionada
horizontalmente mais próxima ao ponto de origem, ou mais próxima ao ponto
de consumo ou em qualquer posição entre o início e fim da cadeia de
suprimentos. (Lambert et al., 1998).
Segundo Lambert e Cooper (2000), a complexidade exigida para o
gerenciamento de todos os fornecedores partindo do ponto de origem, e todos
os produtos, processos e serviços até o ponto de consumo, provavelmente
seria suficiente para explicar a razão pela qual os executivos deveriam
gerenciar suas cadeias de suprimentos a partir do ponto de consumo, pois todo
aquele que possui relações com o consumidor final terá poder sobre a cadeia
de suprimentos.

Tipos de cadeia de suprimentos

Este dois tipos de cadeias de suprimentos são elas enxutas e ágeis. Os


termos apresentados vêm da área de produção enxuta e ágil, sendo que eles
foram adaptados aos conceitos da SCM.
Quando se vai decidir por um tipo de cadeia de suprimentos é
importante verificar os trade-offs para saber os custos-benefícios de cada
cadeia de suprimentos (GODINHO & FERNANDES, 2005).
 Ágil: O termo cadeia de suprimentos ágil veio do termo Produção/
Manufatura Ágil (Agile Production – Agile Manufacturing). O
objetivo central é responder rapidamente as mudanças do
mercado e necessidades dos clientes. Outro termo usado para
representar esse tipo de cadeia de suprimentos é cadeia de
suprimentos responsiva (PIRES, 2004). A cadeia de suprimentos
ágil é importante para mercados turbulentos e voláteis no qual é
necessário que haja resposta rápida ao cliente. Em tempos de
grande concorrência e com mercados cada vez mais voláteis, as
empresas devem estar atentas a enfrentar o desafio da agilidade
em termos de mudanças de volume e variedade de produtos.
Para se ter esse tipo de cadeia de suprimentos é obvio que
parceiros tanto da jusante quanto da montante sejam ágeis na
resposta para que os desejos dos clientes sejam atendidos
(CHRISTOPHER, 2009; GODINHO FILHO & FERNANDES,
2004).
 Enxuta: Na cadeia de suprimentos enxuta, o maior desafio das
empresas é trabalhar com o mínimo de estoque, componentes e
de trabalho em andamento, fala-se muito em just-in-time sempre
que possível. Esse tipo de cadeia de suprimentos está muito
presente no setor automobilístico. De acordo com Pires (2004), o
termo enxuto vem do Lean Production, ou seja, produção enxuta,
esse tipo de cadeia de suprimentos tem por objetivo remover
anomalias e práticas que podem causar desperdícios ao longo
dos processos. O importante nesse tipo de cadeia de suprimentos
é o custo, sendo que sua filosofia básica é “fazer mais com
menos”.
Comparação entre cadeias de suprimentos enxuta e ágil:
Agentes de uma cadeia de suprimentos:
Os membros envolvidos no processo de distribuição são:
• Fabricante/ Produtor: É a origem do processo de distribuição, pois
criam os produtos e marcas. Eles criam as estratégias de distribuição de seus
produtos (CONSOLI, 2005).
• Representantes/ Agentes: São responsáveis pela negociação e venda
dos produtos de um ou mais fabricante. Não possuem a posse física do
produto e recebem uma comissão pelas vendas (CONSOLI, 2005;
BOWERSOX & CLOSS, 2001).
• Facilitadores: Não estão envolvidos diretamente com as vendas do
produto, mas facilitam os fluxos. Os facilitadores são, por exemplo: empresas
transportadoras, prestadores de serviços, bancos, empresas de órgãos de
pesquisa e informação de mercado, seguradoras, bolsa de valores e agência
de publicidades (CONSOLI, 2005).
• Distribuidores: Esses são atacadistas que compram, vendem
distribuem e prestam serviços ao produtor. Os distribuidores possuem, em
geral, exclusividade de vendas e têm áreas de atuação a ser seguidas
(CONSOLI,2005; BOWERSOX & CLOSS, 2001).
• Atacado: Os atacadistas vendem seus produtos para outras empresas
revenderem. Eles têm como clientes: varejistas industriais ou comerciais,
instituições, etc. Esse tipo de negócio é business to business. Outro tipo de
atacadista são os brokers, ou seja, eles assumem funções de posse física,
movimentação e transporte de produtos, recebendo uma comissão sobre as
vendas (CONSOLI, 2005, BOWERSOX & CLOSS, 2001). Para Kotler (1999), o
atacadista é uma empresa que compra e vende produtos para varejistas e para
Rosebloon (1987), sua principal função é a disponibilidade imediata dos
produtos.
Segundo Silva et. al (2009), os atacados são empresas intermediárias
no processo de distribuição, ou seja, ficam entre a indústria e o varejo. Sua
principal função é a de diminuir a diferença entre produto e consumo. Duas
tendências vêm ameaçando as empresas atacadistas:
1. Aumento das centrais de compras no mercado varejista.
2. Aumento da distribuição direta do fabricante ao consumidor.
• Varejo: O varejista compra mercadorias de fabricantes, atacadistas ou
outros distribuidores e vende diretamente aos consumidores finais (TEIXEIRA
et. al, 2004; COSOLI, 2005). Essa atividade pode ser feita em todo o processo
de distribuição, inclusive pelo fabricante (CONSOLI, 2005).
• Consumidor/ Usuário Final: O consumidor é o último do processo de
distribuição, são eles que consomem ou utilizam os produtos (CONSOLI,
2005).
Objetivos dos sistemas de SCM

Conforme a própria definição proposta por Simchi-Levi et alli (2000), o


principal objetivo do Gerenciamento da Cadeia de Suprimento é minimizar o
custo total da cadeia logística, considerando o nível de serviço requerido pelo
cliente final. Wood e Zuffo (1998) destacam que não basta um fabricante ter
buscado a excelência operacional se os distribuidores, os atacadistas e os
varejistas continuam operando em condições precárias. Diante do consumidor
final, o produto (ou serviço) será penalizado pela ineficiência sistêmica da
cadeia.
De acordo com Coyle et alli (1996), um dos maiores desafios do
Gerenciamento da Cadeia de Suprimento é manter a visibilidade dos estoques
ao longo da cadeia e minimizar as incertezas que resultam em maiores níveis
de estoques de segurança ou em práticas ineficientes, como compras
antecipadas. Os autores defendem que o Gerenciamento eficaz da Cadeia de
Suprimento se baseia no cumprimento de três grandes objetivos:
• Reconhecer e atender os requerimentos de níveis de serviço dos
consumidores finais;
• Decidir onde manter estoques ao longo da cadeia de suprimento e quanto
estocar em cada ponto;
• Desenvolver políticas e procedimentos apropriados para gerenciar a cadeia
de suprimento como uma única entidade.
O primeiro objetivo, embora pareça óbvio, é muitas vezes menosprezado
pelas organizações. A demanda do consumidor final deve ser a força motriz
que puxa os estoques ao longo da cadeia logística. O Gerenciamento eficaz da
Cadeia de Suprimento deve ser capaz de identificar quem é o consumidor e o
que e quanto ele quer, coordenando assim a distribuição de estoques ao longo
dos diversos pontos da cadeia logística.
O segundo objetivo representa um dos princípios básicos da gestão
logística: onde e quanto estocar de forma a satisfazer os requerimentos dos
clientes e minimizar os custos totais. As práticas tradicionais da logística
integrada implicam, tipicamente, na minimização dos estoques próprios da
organização empurrando-os de volta para os fornecedores ou para os
distribuidores ou clientes finais. O Gerenciamento da Cadeia de Suprimento
percebe que este conceito pode otimizar os custos próprios da organização,
mas certamente subotimizará os custos dos demais integrantes da cadeia, o
que a médio ou longo prazos acabará prejudicando a própria organização
(Coyle et alli, 1996).
O terceiro objetivo indica que algum tipo de mecanismo de coordenação
deve estar presente na cadeia logística, sob a forma de políticas e
procedimentos. O desenvolvimento de um mecanismo de liderança ou
coordenação no Gerenciamento da Cadeia de Suprimento é fundamental para
garantir que os diversos integrantes da cadeia estejam constantemente
alinhados com os objetivos de todo o sistema. De acordo com Wood e Zuffo
(1998), no novo cenário competitivo muitas vezes a empresa se confunde com
o ambiente, misturando-se com fornecedores e clientes, e fica difícil reconhecer
onde termina a cooperação e começa a concorrência.
Benefícios do sistema de SCM
Criar valor para o consumidor final é força motriz por trás dos objetivos
de uma empresa, e o Gerenciamento da Cadeia de Suprimento é uma das
maneiras de se adicionar valor ao cliente final. O valor para o consumidor final
pode ser definido como a maneira pela qual o consumidor percebe os
benefícios oferecidos pela empresa, incluindo produtos, serviços e outros bens
intangíveis.
A utilização da Tecnologia de Informação é um dos requisitos
fundamentais para uma implementação bem-sucedida do conceito de
Gerenciamento da Cadeia de Suprimento em uma empresa. A implementação
de sistemas de Gerenciamento Integrado da Cadeia de Suprimento pode
viabilizar a obtenção de importantes benefícios relacionados ao conceito de
gestão logística.
Banks et alli (1999) relatam que a implementação de Sistemas de
Gerenciamento Integrado da Cadeia de Suprimento, também chamados de
Sistemas de Planejamento Avançado (APS), resultam, tipicamente, nos
seguintes benefícios diretos:
 Aumento de vendas, em função de melhores serviços, entre 2 e 15%;
 Redução dos estoques ao longo da cadeia entre 20 e 70%;
 Redução de custos de até 12%;
 Redução de capital imobilizado de até 15%.
Outros benefícios indiretos relacionados à implementação desse tipo de
sistema relatados pelos autores são:
 Obtenção de melhores níveis de serviço, a um menor custos total;
 Sincronização da cadeia de suprimento em função da demanda do
cliente final,
 Aumento da capacidade produtiva entre 2 e 6%;
 Viabilização da implementação de políticas de reposição automática de
estoques;
 Nivelamento do conhecimento (melhor fluxo de informações) entre os
planejadores da cadeia, aprimorando o processo de tomada de decisões;
 Adaptação mais rápida às mudanças de
 requerimentos dos clientes finais.
Conclusão:

De forma simples podemos dizer que a logística e a cadeia de


suprimentos é um conjunto de atividades funcionais, como transporte, controle
de estoques, que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual
matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, aos quais se
agrega valor ao consumidor.
Assim a gestão da cadeia de suprimentos tem representado uma nova e
promissora fronteira para empresas interessadas na obtenção de vantagens
competitivas de forma efetiva. Um dos objetivos da gestão da cadeia de
suprimentos é a satisfação efetiva dos consumidores finais, atuando
eficientemente na redução de custos.
A melhoria na cadeia de suprimentos se faz necessária para viabilizar o
fluxo de compras e garantir melhores distribuições dos estoques fazendo com
que a empresa esteja sempre em expansão e que nenhum setor fique
dependendo da rotatividade das atividades do outro.
No entanto o grande potencial do gerenciamento da cadeia de
suprimentos é de gerar vantagem competitiva, estreitando o relacionamento
entre o cliente e o fornecedor reduzindo custos na cadeia de distribuição.
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