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SUMÁRIO

1. INTEGRAÇÃO DA LOGÍSTICA E DA CADEIA DE SUPRIMENTOS....... 3

1.1. Do automóvel à cadeia de suprimentos..............................................................3

2. CADEIA DE SUPRIMENTOS, CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E


ALIANÇAS................................................................................................................ 4

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 4

REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 6

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AULA 3 – LOGÍSTICA E CADEIA DE SUPRIMENTOS

Na aula 3 você vai entender como a logística se relaciona à cadeia de suprimentos e sua gestão, vai conhecer
a definição de cadeia de suprimentos, sua estrutura e empresas atuantes, assim como as possiblidades de
planejamento de seus canais. Além disso, compreenderá a importância da realização de alianças e parcerias para
o planejamento da empresa.

Ao final da aula, poderá a responder às seguintes questões:

• Qual a ligação entre a logística e a cadeia de suprimentos?

• Quais os canais de distribuição de uma cadeia?

• Qual a importância da correta definição dos canais?

• Como as empresas podem realizar parcerias e alianças na cadeia de suprimentos?

1. INTEGRAÇÃO DA LOGÍSTICA E DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

1.1. Do automóvel à cadeia de suprimentos

Ao final da Segunda Guerra Mundial, com a escassez de recursos para atender à grande demanda, as
empresas iniciaram estudos sobre melhores formas de produção. Percebeu-se que a integração das atividades
entre fornecedores, fabricantes e distribuidores era a melhor saída.

A Logística e suas atribuições tornaram-se limitadas para gerir todas as atividades das empresas integradas.
Criou-se então um novo conceito, de forma a englobar as atividades à montante e à jusante da empresa
fabricante, que é a cadeia de suprimentos.

Antes de passar para a definição da cadeia de suprimentos, vamos entender o conceito de jusante e montante.

Imagine-se parado às margens de um rio. Visualize o movimento das águas.

Para que lado corre a água do rio? Qual a direção da correnteza? Essa direção é chamada de JUSANTE.

Agora olhe para o lado oposto. De que lado está a nascente do rio? Essa direção é o MONTANTE.

Ora, adaptando esses conceitos à área da logística, é comum identificarmos as empresas sempre a partir
de um ponto chave, como o leito do rio. A maioria dos autores da área toma como ponto central a empresa
fabricante. Todas as empresas que vêm antes dela, como fornecedores de matéria-prima e componentes, estão
à MONTANTE da cadeia de suprimentos. As empresas localizadas depois dela, que entregam os produtos
acabados aos distribuidores, atacadistas e varejistas, até chegar ao consumidor final, estão à JUSANTE.

Entendidos esses conceitos, vamos passar para o significado da cadeia de suprimentos e seus canais de distribuição.

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2. CADEIA DE SUPRIMENTOS, CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E
ALIANÇAS
Na leitura realizada no início desta aula (Logística: teia de relações) você pode compreender que a correta
gestão da cadeia de suprimentos tornou-se essencial para qualquer empresa que atue na área de logística. Agora
vamos deixar de pensar no nível micro da organização para analisa-la em um nível macro, assim como a própria
definição de gestão da cadeia de suprimentos, que é definida pelo Global Supply Chain Forum (GSCF), apud Pires
(2009), como:

A integração dos processos de negócios, desde o usuário final até os fornecedores originais (primários)
que providenciam os produtos, serviços e informações que adicionam valor para os clientes e demais
interessados como acionistas, investidores, funcionários, comunidade, governo etc., também conhecidos
como stakeholders1 . (PIRES, 2009, p. 30)

A gestão da cadeia de suprimentos abrange desde o fornecedor do fornecedor até o cliente do cliente,
passando por todas as etapas para que um produto ou serviço chegue ao seu consumidor final e envolvendo uma
rede dinâmica de empresas direta ou indiretamente (CHOPRA; MEINDL, 2011, p. 3).

O grande desafio, portanto, é configurar as operações, controlando o fluxo de materiais, produtos, informações
e recursos financeiros entre os parceiros, reduzindo, assim, custos de trabalho duplicado e repetições indesejadas
de atividades (BOWERSOX; CLOSS, 2010).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A cadeia de suprimentos integra fornecedores, fabricantes, transportadoras, armazéns, atacadistas, varejistas


e até mesmo os próprios clientes. A correta gestão dos canais de distribuição, portanto, é essencial (TAYLOR, 2006).

Gattorna (2009) afirma que se a empresa deseja criar valor para o cliente deve começar pela gestão de sua
cadeia, seja em suas relações imediatas, externas ou totais, como demonstra a Figura 1.

Figura 1 – Possíveis configurações de um canal de distribuição

Fonte: Slack (1997)

1 Stakeholder é todo o interessado nos resultados da empresa. Podem ser clientes, acionistas, investidores, funcionários, comunidade, governo etc.

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A cadeia interna é composta pelos departamentos da empresa fabricante, que ora pode trabalhar como
cliente e ora como fornecedor, administrando o seu fluxo interno.

A cadeia de suprimentos imediata é composta pelos fornecedores e clientes imediatos, também conhecida
como primeira camada ou primeiro nível.

Já a cadeia de suprimentos total é formada por todas as redes de determinado setor, comportando
fornecedores e clientes à jusante e à montante da empresa e de primeira, segunda, terceira camadas ou níveis.

Para pensar
Em uma venda de doces, quais são os fornecedores e clientes de primeira, segunda, e terceira
camada? E para uma concessionária? E em um restaurante? Pense um pouco de que forma as cadeias
possuem configurações diferentes para cada produto ou serviço.

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REFERÊNCIAS

BOWERSOX, D. J; CLOSS, D. J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento.


São Paulo: Atlas, 2010.

CAMPOS, L. F. R. Logística: teia de relações. Curitiba: Ibpex, 2007 (p. 19-24).

CHOPRA, S; MEINDL, P. Gestão da Cadeia de Suprimentos: estratégia, planejamento e operações. 4.ed.


São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.

GATTORNA, J. Living supply chains: alinhamento dinâmico de cadeias de valor. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2009.

PIRES, S. R. I. Gestão da Cadeia de Suprimentos: conceitos, estratégias, práticas e casos. 2.ed. São Paulo:
Atlas, 2009.

SLACK, N. Vantagem competitiva em manufatura: atingindo competitividade nas operações industriais.


São Paulo: Atlas, 1993.

TAYLOR, D. Logística na cadeia de suprimentos: uma perspectiva gerencial. São Paulo. Pearson, 2006.

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