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INTRODUÇÃO
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1. LOGÍSTICA INTEGRADA E SUPPLY CHAIN MANAGEMENT
Muito se ouve falar de logística integrada e de SCM, sigla que vem do inglês Supply
Chain Management, que traduzindo para o português significa gestão da cadeia de
suprimentos.
Esses dois conceitos estão ligados e têm por objetivo fazer com que os processos que
envolvam a chegada da matéria-prima, até a entrega da mercadoria ao cliente final, funcionem
de forma assertiva e sem erros.
Isso porque a área de logística é fundamental para qualquer empresa, visto que é ela
que garante a satisfação do cliente e os prazos a serem cumpridos pelas indústrias devido
aos insumos.
A logística integrada tem por objetivo fazer com que os processos internos atendam
com qualidade todo o fluxo que envolve a produção de determinado bem.
Já o SCM é um aprimoramento do conceito de logística integrada. Ele envolve, nesses
processos e controles, o relacionamento externo com fornecedores de matéria-prima e a
entrega da mercadoria ao cliente final.
O conceito também é o mesmo para empresas varejistas, distribuidores, atacadista e
todo negócio onde o fluxo de bens de consumo, insumos, matéria-prima e produtos finais são
intensos.
• Planejamento de demanda;
• Compras;
• Manufatura;
• Logística;
• Atendimento ao cliente.
Enquanto a logística tem como meta a movimentação dos materiais, o SCM tem por
objetivo conectar processos empresariais, independente se eles ocorrem dentro ou fora da
empresa.
São conceitos que se completam e que colaboram para o aumento de produtividade,
diminuição de estoques parados, redução dos custos operacionais e aumento da lucratividade
do negócio.
O SCM busca constantemente alianças e parcerias com fornecedores de insumos e
matéria-prima que atendam a demanda no momento certo, com o melhor preço e dentro da
qualidade exigida.
Também busca empresas terceirizadas que forneçam serviços de transporte, tanto para
a chegada como para a saída de produtos, em um modelo de precisão que evite estocagens
desnecessárias e que alimente a produção com qualidade.
Essas mesmas empresas de logística, podem ser as responsáveis pelo transporte e
entrega dos produtos acabados.
Ainda se relacionam com distribuidores, atacadistas e exportadores que façam a venda
e distribuição dos produtos aos clientes finais.
A logística, por sua vez, através de uma equipe competente, faz com que, internamente,
as operações ocorram dentro do planejado.
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1.1.3 Organização e ferramentas de controle
Todos esses processos demandam uma organização impecável, para que nenhuma
etapa seja perdida e para que tudo funcione de forma ágil e com qualidade. Para isso, o
monitoramento de todos as ações, inclusive as externas, é realizado o tempo todo.
A tecnologia contribui para que tudo esteja de acordo com o planejado e qualquer
possível problema é observado com antecedência para as devidas providências.
No caso de ocorrências inesperadas, é necessária a existência do “plano B” que deve
entrar em ação para que nada cause problemas mais sérios nos processos internos e de
produção.
Toda essa integração e processos que ocorrem entre as empresas hoje é fruto de muito
estudo e investimento, sendo que o resultado está atrelado à competência, qualidade e preços
justos.
Quem ganha é o consumidor, que recebe mais atenção e tem seus desejos e
expectativas atendidas, e, por consequência, as empresas que conseguem aumentar a taxa
de satisfação do cliente.
Outsourcing é um termo inglês muito empregado no mundo dos negócios para definir
terceirização. Trata-se do processo em que uma organização contrata outra para
desempenhar determinada função. Outsourcing é muito comum em empresas que necessitam
algum serviço que a empresa contratante não tenha expertise ou infraestrutura para executar.
São aqueles serviços que são extremamente necessários ao seu funcionamento e que podem
ser atribuídos a uma corporação especializada.
Se há alguns anos o outsourcing limitava-se a serviços afastados do negócio vital da
empresa, atualmente o lema predominante entre os empreendedores é “concentre-se no que
faz de melhor e deixe o restante para especialistas”. A terceirização pode ocorrer em qualquer
área da empresa, seja ela limpeza, financeiro ou mesmo tecnologia e comunicação.
Atualmente, o processo está mais voltado a uma parceria estratégica entre contratante e
contratado que gere oportunidades em atividades, funções e processos e ofereça resultados
inovadores como destaques neste mercado tão competitivo.
O conceito de outsourcing, portanto, tem mudado e adquirido grande destaque no novo
mercado global. A relação entre a empresa contratante e a subcontratada objetiva um
relacionamento mutuamente benéfico de médio a longo prazo. Muitos já o classificam como
um dos maiores negócios do futuro.
O outsourcing proporciona diversas vantagens, por isso é considerado uma das
ferramentas mais importantes da gestão empresarial. A subcontratação de serviços pode
aumentar significativamente a rentabilidade da organização contratante por uma série de
fatores. O principal deles é a maior disponibilização de especialistas e tecnologias que não
existem na organização sem necessidade de grandes gastos. Isso permite melhor controle
dos custos.
Delegar atividades a empresas especializadas é uma forma de entregar melhores
resultados aos clientes. Essa parceria também proporciona a exploração de novos mercados
e indústrias e a gestão de tarefas e otimização dos processos. Com isso, as organizações
podem construir uma estrutura que as tornem mais flexíveis e adaptáveis ao dinamismo
característico do mercado atual. Outra vantagem relacionada a isso é a diminuição e
compartilhamento dos riscos em novos investimentos. Muitas vezes, o outsourcing vem pra
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atender uma necessidade ou demanda bastante pontual e isso faz com que seja mais prático
contratar um outsourcing do que criar um novo departamento para executar tal função.
Apesar de ser um negócio bastante benéfico em muitos aspectos, o outsourcing
também tem algumas desvantagens. Assim como outros negócios, o outsourcing pode
ocasionar riscos para empresas que não souberem implementá-lo corretamente. As
desvantagens estão principalmente associadas à contratação inadequada da prestadora de
serviço. Pode haver conflitos de interesse, caso a subcontratada desempenhe as mesmas
atividades a concorrentes. É fundamental se atentar à qualidade do serviço prestado, pois isso
pode influenciar a satisfação dos clientes e dos empregados. As organizações terceirizadas,
ainda, podem não superar as expectativas, uma vez que estão alienadas da cultura e
estratégia da contratante, e oferecer atividades que não estejam relacionadas aos processos.
A gestão de outsourcing é fundamental para evitar problemas, como perda de controle das
atividades ou confidencialidade de informações e até mesmo aumento dos custos. O próprio
acompanhamento do serviço prestado por essas empresas pode requerer gastos acima do
orçamento quando a contratação não é estrategicamente projetada. Outras desvantagens
muito recorrentes disso são dependência excessiva ao subcontratado e perda de
conhecimentos técnicos.
Para evitar prejuízos ao investir em outsourcing, é fundamental que as empresas
procurem parcerias com experiência no mercado. As prestadoras de serviço devem ser,
preferencialmente, especialistas e referências na respectiva atividade. Cabe à organização
contratante elaborar uma estratégia que a permita definir quais serviços devem ser
terceirizados, selecionar as prestadoras que ofereçam as soluções adequadas e acompanhar
o desempenho das atividades.
A forma como as corporações encaram o outsourcing também faz toda a diferença no
sucesso ou fracasso dessa estratégia. Ao invés de considerar o processo como uma solução
definitiva, as empresas devem encará-lo como uma possibilidade de concentrar seus esforços
e recursos em atividades vitais para a manutenção de seu negócio.
Diante disso, é importante que gestores e líderes analisem se o outsourcing é realmente
vantajoso para a organização. Avaliar riscos, ganhos e possíveis retornos são fatores
importantes na hora de tomar esta decisão. Mesmo que seja uma demanda sazonal, contratar
um outsourcing não é uma decisão a ser tomada de maneira rápida ou de forma impulsiva.
Ao contrário do que muitos pensam, os operadores logísticos são empresas que atuam
com terceirização de serviços logísticos. Normalmente, as pessoas entendem que um
operador logístico é um cargo ou uma profissão, mas, esse conceito não está correto.
Operadores logísticos, portanto, são empresas que fornecem serviços logísticos ou de
gestão para outras empresas, além de, em algumas ocasiões, fornecerem mão de obra
especializada para realização de determinadas atividades do ciclo logístico.
Uma das principais motivações, se não a principal, da demanda por estes serviços, é a
crescente competitividade de mercados. Na atualidade, a logística permeia várias das
atividades do processo de venda e distribuição das companhias o que, naturalmente, impacta
a lucratividade das empresas além da percepção de qualidade por parte dos clientes.
Além disso, dada a necessidade de especialização na execução dos processos
empresariais (gerenciais, produtivos e operacionais, etc.), este tipo de terceirização surge
como ponte capaz de conectar as organizações à eficiência global na condução de seus
negócios.
Por fim, sobretudo em empresas de menor porte onde as “restrições” financeiras muitas
vezes existem, os operadores logísticos surgem como solução de menor custo e alta eficiência
(custo x benefício), principalmente em alguns segmentos do processo, como, por exemplo, na
locação de armazéns onde o investimento inicial é altíssimo.
Os operadores logísticos suprem a demanda por serviços realmente úteis e
necessários para diversas empresas, independentemente de segmento ou porte, além de
serem especialistas na execução ou oferta de serviços.
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Além disso, permitem que as empresas se concentrem na execução de demais
atividades em outras áreas importantes do negócio, quer sejam de cunho administrativo,
operacional, financeiro, dentre outras.
Como os operadores logísticos são empresas, ao contratá-los, há assinatura de
contratos e análise de termos. Isso permite que haja previsibilidade de muitos dos custos
logísticos, responsáveis pela segunda maior alocação de despesas nas organizações, ficando
atrás, apenas, dos custos com pessoal (folha de pagamento).
I – Hierarquia na gestão
Não geração ou redução na geração
Disposição final
II – Logística reversa
Associada à logística reversa, já que só se tornará real com a efetiva participação dos
diferentes atores envolvidos.
IV – Incentivos econômicos
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V – Plano de gerenciamento
A PNRS foi regulamentada pelo Decreto Nº 7.404/2010 (12/2010). Foram criados dois
comitês:
Comitê Interministerial da PNRS.
Comitê Orientador.
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2. SERVIÇO AO CLIENTE
Há vários anos já se fala que o serviço proporcionado pela logística é uma das grandes
oportunidades para as empresas que desejam diferenciar seus produtos/serviços no mercado.
O serviço ao cliente é cada vez mais valorizado, tanto pelos consumidores finais quanto pelos
clientes institucionais, pois apenas bons produtos e bons preços não são suficientes para
atender às exigências de uma transação comercial. Isto porque, embora produto e preço
sejam fatores essenciais, a rapidez na entrega, a disponibilidade de produto, o bom
atendimento, a ausência de avarias, entre vários outros itens de serviço criam valor ao reduzir
os custos para o cliente e/ou aumentar sua vantagem competitiva.
Para que seja possível oferecer um serviço de qualidade, é necessário ser capaz de
atender às expectativas dos clientes. Entretanto, tais expectativas de serviços podem variar
significativamente de cliente para cliente.
Como então atuar da forma mais eficaz possível quando se está implantando uma
estratégia de serviço? Que níveis de serviço adotar?
As respostas a essas perguntas levam à questão da segmentação de mercado.
Empresas dos mais diversos setores vêm percebendo que atuar de forma diferenciada,
buscando atender a diferentes necessidades dos diversos grupos de clientes, é uma das
melhores políticas a ser adotada.
Sendo assim, ganhar competitividade através da oferta de serviços de qualidade não
significa precisar oferecer elevados níveis de serviço indiscriminadamente para todos os
clientes. Isto porque recursos podem estar sendo gastos com grupos de clientes que não
valorizam tais serviços, o que significa estar tornando o processo mais oneroso, sem que isto
seja percebido como um diferencial. Da mesma forma, clientes mais exigentes podem não
estar sendo atendidos em suas necessidades de serviço. A segmentação do mercado surge,
portanto, como forma de aumentar a efetividade dos serviços oferecidos, direcionando os
recursos de forma adequada.
Segmentar significa dividir. A segmentação de mercado trata da subdivisão dos clientes
(e potenciais clientes) em grupos distintos. Aqueles que pertencerem a um mesmo grupo
deverão apresentar características similares, de forma que seja provável que apresentem um
comportamento de compra similar.
Não há um método único para a segmentação de mercado. Os clientes institucionais
podem ser agrupados com base nas suas características demográficas (setor de atividade a
que pertence, tamanho da companhia), ou por suas características geográficas, ou com base
nos seus comportamentos de compra (frequência dos pedidos, volume de compras), entre
outras.
Na realidade, ocorre que dificilmente será possível desvincular totalmente o nível de
serviço oferecido de características como a localização geográfica. E nem é esta a melhor
forma de atuação. Isto porque pode não ser operacionalmente viável para uma empresa que
tenha, por exemplo, fábrica em Santa Catarina e Centros de Distribuição no Rio de Janeiro e
em Pernambuco realizar entregas mais rápidas para a região norte do que para a região
sudeste, mesmo sendo os clientes da primeira região mais exigentes.
É importante perceber, entretanto, que apesar da existência de algumas restrições, a
segmentação realizada a partir das expectativas dos consumidores pode levar a um melhor
planejamento dos serviços a serem oferecidos. Como consequência, consegue-se gerar uma
maior garantia de que o esforço logístico adicional, necessário para a melhoria do nível de
serviço, está sendo percebido pelo cliente como algo de valor.
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2.2 Nível de serviço logístico e rentabilidade de clientes
Pode parecer óbvio que maior nível de serviço logístico custa mais do que níveis
menores. Transporte mais rápido custa mais do que transporte lento. Maior nível de estoque
tem custo de manutenção maior do que pequenos estoques. O moderno enfoque integrado
da administração logística sugere que as necessidades de serviço dos clientes devem ser
satisfeitas dentro de limites razoáveis de custo. Ou seja, o custo de estabelecer certo nível de
serviço deve ser contrabalanceado com vendas potenciais para aquele serviço, de maneira a
dar a máxima contribuição nos lucros.
Custos logísticos tendem a aumentar com taxas crescentes à medida que o nível de
serviço é empurrado para níveis mais altos, como mostra a Figura 2.
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Figura 2: Relação entre receitas e custos para diferentes níveis de serviços logísticos
Fonte: Adaptado de www.google.com.br/imagens, 2020.
Isto tende a ocorrer porque aquelas oportunidades que oferecem maiores ganhos de
serviços com o menor custo são selecionadas primeiro. Portanto, melhorias no serviço são
mais caras quando o nível de serviço já está num patamar mais elevado do que quando está
num ponto mais baixo.
Ainda utilizando-se da Figura 2, a relação vendas-nível de serviço (curva de
rendimentos) mostra padrões conflitantes com a relação custos-nível de serviço (curva de
custos). Como resultado, a diferença entre vendas e custos, ou seja, o lucro, varia com o nível
de serviço. O lucro é máximo entre os limites extremos do serviço oferecido. Se maximização
de lucro for o objetivo da organização, então a boa administração logística procura ajustar o
nível de serviço para o ponto onde haja a maior diferença entre as curvas de vendas e de
custos.
Boa parte do tempo e esforço logístico é dirigida para obter operação eficiente sob
circunstâncias normais. Ao mesmo tempo, o profissional deve estar preparado para atuar
numa circunstância extraordinária que pode parar o sistema ou alterar drasticamente sua
operação por curto período de tempo. Estes eventos podem ser greves, incêndios, inundações
ou defeitos perigosos de produtos. Há duas contingências típicas que devem ser
consideradas:
a) Parada do sistema
b) Recolhimento de produto
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3. ADMINISTRAÇÃO DE TRANSPORTE
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Figura 3: Alguns tipos de embalagens
Fonte: www.google.com.br/imagens, 2020.
3.1.1 Palete
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Figura 4: Palete
Fonte: www.google.com.br/imagens, 2020.
3.1.2 Linga
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Figura 5: Exemplos de lingas.
Fonte: www.google.com.br/imagens, 2020.
3.1.3 Contêiner
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- Redução das taxas de estiva, conferência e conserto de carga no porto de embarque. Essa
vantagem só é diretamente apropriada pelo exportador na situação em que ele contrata e
paga o serviço de estiva da mercadoria a bordo o navio.
- Frete marítimo inferior àquele pago com o emprego de outras formas de acondicionamento,
quando há frete promocional.
- Descontos sobre o frete básico marítimo sob certas condições, sendo a H/H – House -to-
House (casa a casa) a mais frequente.
- Possíveis reduções dos tempos totais de viagem com o emprego de navios expressos.
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verificação das mercadorias em sua entrada e no rápido posicionamento para a separação
dos pedidos.
A inovação tecnológica deu início ao renascimento da embalagem para fins logísticos.
As empresas estão pesquisando, cada vez mais, materiais e formas alternativas de
embalagem menos caras e mais criativas.
Embalagens retornáveis sempre fizeram parte dos sistemas logísticos, as quais
geralmente são de aço ou de plástico. A decisão de investir num sistema de embalagem
retornável requer estudo da quantidade de ciclos de embarque e de custos de compra e
descarte de embalagem sem retorno, bem como os custos futuros de separar, rastrear e limpar
as embalagens para reutilização.
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3.2.3 Modal hidroviário
Essa modalidade de transporte vem se revelando como uma das formas mais
econômicas de transporte para grandes volumes principalmente de óleo, gás natural e
derivados, especialmente quando comparados com os modais rodoviário e ferroviário.
Velocidade
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Em relação à idade média da frota, a Tabela 2 ilustra esse elemento, em relação aos
principais tipos de veículos de transporte.
Exceto nos casos de carga própria, a frota representa a grandeza da empresa. É com
seus veículos que ela obtém receitas, presta serviços e amplia negócios.
Podem ser relacionadas algumas situações em que a frota destaca sua importância,
como:
- Para a economia nacional
Precariedade da frota provoca custos (atrasos, acidentes etc.).
- Para as empresas
Eficiência torna-se diferencial para sobrevivência.
- Para embarcadores, usuários e consumidores
Custo operacional afeta o custo final dos produtos.
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As pesquisas revelam que o transporte rodoviário de cargas apresenta apenas 43% de
ocupação de sua capacidade total. O caminhão médio é o campeão da ociosidade, enquanto
o caminhão extra-pesado, com capacidade superior a 40 toneladas, destaca-se por ser o mais
utilizado (com sobrecarga, em média, de 3,4 toneladas a mais do que seu peso ideal, em
57,4% das viagens).
A inadequação de alguns veículos começa na hora da compra. É comum empresários
comprarem um caminhão pensando mais no preço de revenda do que na sua adequação ao
serviço.
PREVISÃO DE DEMANDA
A análise abrange:
- Estudo de todo o setor dentro do qual se efetuará o cálculo da demanda;
- Identificação das informações que possibilitem decidir o que interessa ou não para planejar
a demanda pelos transportes;
- Estudo específico dos meios ou sistemas envolvidos no plano bem como de todas as
variáveis que possam afetar a procura por transportes.
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE FROTAS
Uma empresa deseja saber o número de veículos necessários (frota homogênea) e a
quilometragem média mensal que cada veículo terá de percorrer, para atender o volume de
carga mensal a ser transportada. O equipamento a ser utilizado é um semi-reboque graneleiro.
DADOS:
Do veículo
- Peso do chassi: 5.400 kg
- Peso bruto total do veículo: 35.000 kg
- Peso do semi-reboque ou reboque: 7.250 kg
- Peso de outros equipamentos: 350 KG
- Velocidade operacio0nal: 55 km/h na ida e 70 km/h na volta
Da carga
- Tipo de carga a ser transportada: soja
- Peso específico da carga quando granel: 750 kg/m 3
- Carga mensal a ser transportada: 3.900 t/mês
Operacionais
- Tempo de carga e descarga: 85 min na ida e zero na violta
- Distância a ser percorrida: 414 km na ida e 430 km na volta
- Jornada útil de 1 dia de trabalho: 8 horas
- Número de turnos de trabalho por dia: 2
- Número de dias úteis de trabalho por mês: 25 dias
- Número de dias previstos para manutenção por mês: 2 dias
SOLUÇÃO
A. Cálculo do peso total do veículo (tara)
Peso total do veículo = 5.400 + 0 (carroceria sobre o chassi) + 7.250 + 350 = 13.000 kg
B. Cálculo da carga útil do veículo (lotação)
Carga útil = 35.000 – 13.000 = 22.000 kg
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C. Cálculo do número de viagens mensais necessárias
N° de viagens mensais = 3.900.000 / 22.000 = 177.27 viagens / mês
D. Cálculo do tempo total de viagem
Tempo de viagem de ida = (414 / 55) * 60 = 452 min
Tempo de viagem de volta = (430 / 70) * 60 = 369 min
Tempo total de viagem = 452 + 369 + 85 + 0 = 906 min
E. Cálculo do tempo diário de operação
Tempo diário de operação = 8 * 2 * 60 = 960 minutos (operação efetiva)
F. Cálculo do número de viagens de um veículo por dia
N° de viagens de um veículo, por dia = 960 / 906 = 1,05 viagens / dia
G. Cálculo do número de viagens de um veículo por mês
N° de dias de operação / mês = 25 – 2 = 23 dias
N° de viagens de um veículo por mês = 23 * 1,05 = 24,15 viagens / mês
H. Cálculo do número de veículos necessários na frota
Quantidade de veículos = 177,27 / 24,15 = 7,35 veículos ≈ 8 veículos
I. Cálculo da capacidade de transporte mensal de um veículo em um sentido
Capacidade de transporte por veículo, por sentido = 22.000 * 24,15 = 531.300 kg / mês
J. Cálculo da capacidade de transporte mensal da frota em um sentido
Para 8 veículos, tem-se: 8 * 531.300 = 4.250.400 kg
K. Cálculo da diferença entre a capacidade de transporte da frota e a carga mensal a ser
transportada
Para 8 veículos, tem-se: 4.250.400 – 3.900.000 = 350.400 kg
L. Cálculo da Quilometragem média diária de um veículo
Quilometragem média diária por veículo = (414 + 430) * 1,05 = 886,20 km
M. Cálculo da quilometragem média mensal de um veículo
Quilometragem média mensal por veículo = 24,15 * 886,20 = 21.401,73 km
OBS: A informação referente à quilometragem é importante para o cálculo do custo
operacional, conforme será praticado no exercício.
EXERCÍCIO
Para dimensionar sua frota, uma empresa deseja saber o número de veículos necessários
(frota homogênea) e a quilometragem média mensal de cada veículo, para atender a um
determinado volume de carga mensal. Também deseja-se obter o orçamento mensal para o
consumo de diesel e o orçamento para a aquisição de pneus para a frota. O equipamento são
caminhões com 3 eixos.
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DADOS:
do veículo
- Peso do chassi: 8.000 kg
- Peso bruto total: 8.800 kg
- Peso de outros equipamentos: 100 kg
- Número de pneus: 10
- Desempenho médio (diesel): 2 km/l
- Velocidade operacional: 60 km/h na ida e 70 km/h na volta
- Preço médio do diesel (litro): R$ 2,40
- Preço médio do pneu: R$ 500,00
da carga
- Tipo de carga: caixas de papelão
- Peso específico da carga (por caixa): 10 kg
- Carga mensal a ser transportada: 100 t/mês
operacionais
- Tempo de carga e descarga: 60 minutos na ida e 10 minutos na volta
- Distância: 650 km na ida e 580 km na volta
- Jornada útil de 1 dia de trabalho: 10 h
- Número de turnos de trabalho por dia: 2
- Número de dias úteis por mês: 26 dias
- Dias de manutenção por mês: 2 dias
SOLUÇÃO:
A. TARA DE CADA VEÍCULO
TARA = peso do chassi + peso de outros equipamentos
B. LOTAÇÃO DE CADA VEÍCULO
LOTAÇÃO = peso bruto total – tara
C. NÚMERO DE VIAGENS MENSAIS NECESSÁRIAS
VIAGENS MENSAIS NECESSÁRIAS = carga mensal a ser transportada / lotação
D. TEMPO TOTAL DE VIAGEM
IDA = (distância de ida / velocidade de ida) * 60
VOLTA = (distância da volta / velocidade da volta) * 60
TEMPO TOTAL = tempo de ida + tempo de volta + tempo de carga e descarga na ida + tempo
de carga e descarga na volta
E. TEMPO DIÁRIO DE OPERAÇÃO
TEMPO DIÁRIO DE OPERAÇÃO = jornada útil de 1 dia * número de turnos * 60
F. NÚMERO DE VIAGENS DE 1 VEÍCULO POR DIA
NÚMERO DE VIAGENS = tempo diário de operação / tempo total de viagem
G. NÚMERO DE VIAGENS DE 1 VEÍCULO POR MÊS
DIAS DE OPERAÇÃO = número de dias úteis por mês – dias de manutenção por mês
NÚMERO DE VIAGENS = dias de operações * número de viagens de 1 veículo por dia
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H. NÚMERO DE VEÍCULOS NECESSÁRIOS
QUANTIDADE DE VEÍCULOS = número de viagens mensais / número de viagens de 1 veículo
por mês
I. CAPACIDADE DE TRANSPORTE MENSAL DE 1 VEÍCULO EM 1 SENTIDO
CAPACIDADE = lotação * número de viagens de 1 veículo por mês
J. CAPACIDADE MENSAL DA FROTA EM 1 SENTIDO
PARA X VEÍCULOS = X * capacidade de transporte mensal de 1 veículo e 1 sentido
K. CAPACIDADE DA FROTA MENOS A CARGA MENSAL
PARA X VEÍCULOS = capacidade mensal da frota – carga mensal a ser transportada
L. QUILOMETRAGEM MÉDIA DIÁRIA DE 1 VEÍCULO
QUILOMETRAGEM = (distância de ida + distância de volta) * número de viagens de 1 veículo
por dia
M. QUILOMETRAGEM MÉDIA MENSAL DE 1 VEÍCULO
QUILOMETRAGEM = número de viagens de 1 veículo por mês * quilometragem média diária
de 1 veículo
AVALIAÇÕES COMPLEMENTARES
N. QUILOMETRAGEM MÉDIA MENSAL DA FROTA
QUILOMETRAGEM PARA X VEÍCULOS = X * quilometragem média mensal de 1 veículo
O. CONSUMO MÉDIO MENSAL DE DIESEL PELA FROTA
CONSUMO = quilometragem média mensal da frota / desempenho médio (diesel)
P. ORÇAMENTO MÉDIO MENSAL DE CONSUMO DE DIESEL PELA FROTA
ORÇAMENTO = consumo médio mensal de diesel pela frota * preço médio do diesel
Q. ORÇAMENTO PARA A TROCA DE PNEUS DE TODA A FROTA
ORÇAMENTO PARA X VEÍCULOS = número de pneus * X * preço médio do pneu
Devido às oscilações naturais do mercado, não se deve dimensionar uma frota visando
atender aos maiores picos do mercado. Nessas condições, uma boa alternativa é operar uma
parte da frota com veículos próprios e a outra com veículos de terceiros, por exemplo.
Parcerias
Terceirização
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A prática da terceirização torna-se mais conveniente em mercados que apresentam
maiores incertezas e/ou oscilações.
Franchising
Nesse sistema, uma empresa abre as portas a interessados em atuar em regiões até
então situadas fora das rotas de sua frota, ostentando seu nome, a tradição e o know-how
acumulados.
Uma maneira de adoção do franchising é o relacionamento das transportadoras com
agentes de cargas, que representam as transportadoras onde elas não têm atendimento
direto.
Leasing
Pode-se obter financiamento para aquisição de veículos, com taxa de juros bem baixas,
mais acréscimos referentes a um índice de correção financeira. Segundo alguns usuários, há
uma forte burocracia em torno dele, o que, de certa forma, pode dificultar e desestimular sua
utilização. Observa-se um uso maior por parte do setor de transporte de passageiros.
O custo de transporte representa a maior parcela dos custos logísticos na maioria das
empresas. Ele pode variar entre 4% e 25% do faturamento bruto, e em muitos casos, supera
o lucro operacional. Em 1998, o custo total de transporte nos Estados Unidos foi de US$ 529
bilhões representando 59% de todos os custos logísticos e 6,2% do PIB. No Brasil estima-se
que estes custos estão na ordem de R$ 60 bilhões.
O sistema de transporte no Brasil, que ficou vários anos sem receber investimentos
significativos, está passando por um momento de transição no que diz respeito as
possibilidades de utilização de mais de um modal na movimentação de cargas por toda a
cadeia de suprimentos. Isto ocorre principalmente pelo processo de privatização de ferrovias
e portos, execução de obras infra estruturais e pela iniciativa de vários embarcadores e
prestadores de serviços logísticos.
Os tipos de produtos predominantemente transportados por mais de um modal são
commodities, como minério de ferro, grãos e cimento, todos caracterizados como produtos de
baixo valor agregado. Portanto, para que estes produtos sejam competitivos é indispensável
um sistema de transporte eficiente, pois o custo de transporte é uma parcela considerável do
valor destes produtos.
Como cada vez mais busca-se redução nos custos logísticos e maior confiabilidade no
serviço prestado, o uso de mais de um modal no Brasil surge como grande oportunidade para
as empresas tornarem-se mais competitivas, visto que o modal rodoviário predomina na matriz
de transporte do Brasil, mesmo para produtos/trechos onde não é o mais competitivo.
Embora se possa observar alguns exemplos de soluções logísticas que contemplem a
utilização de mais de um modal, estas iniciativas ainda esbarram em questões infra estruturais
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e de regulamentação, tais como: eficiência dos portos, terminais para integração entre os
modais e regulamentação da operação de transporte por mais de um modal. A infraestrutura
do sistema de transportes no Brasil comparada a outros países ainda deixa muito a desejar.
Afinal, qual o motivo para se utilizar mais de um modal? A resposta para esta pergunta é
bastante simples. Basta pensarmos que a utilização de mais de um modal representa
agregarmos vantagens de cada modal, que podem ser caracterizadas tanto pelo serviço,
quanto pelo custo. Associado a estas possibilidades, deve-se considerar o valor agregado dos
produtos a serem transportados, bem como questões de segurança.
Tecnicamente, a integração entre modais pode ocorrer entre vários modais (aéreo-
rodoviário, ferroviário-rodoviário, aquaviário-ferroviário, aquaviário-rodoviário) ou ainda entre
mais de dois modais. Por exemplo, a soja produzida em Goiás, segue de caminhão da lavoura
para o porto de São Simão, em Goiás. De lá, segue até Pederneiras, interior de São Paulo,
pela hidrovia Tietê-Paraná. Chegando finalmente ao Porto de Santos através da Ferroban,
totalizando cerca de 1340 Km. Nesta operação, um comboio de 2200 toneladas de soja
transportado pela hidrovia representa a ausência de 70 caminhões das estradas. Neste caso,
embora o tempo seja maior do que o modal rodoviário, o custo do frete é consideravelmente
menor, passando de US$ 34,5 a 46 (modal rodoviário) para US$ 25 (multimodal).
Nestas operações, os terminais possuem papel fundamental na viabilidade econômica da
alternativa. O mais preocupante é que são justamente os terminais, uma das principais
barreiras ao desenvolvimento do intermodalismo no Brasil.
No Brasil existem alguns desenvolvimentos da tecnologia car less, um deles é chamado
Rodotrilho2.
O transporte de carga utilizando uma das formas citadas acima, ainda é pouco
representativo no Brasil. Por exemplo, dos cerca de 8 milhões de contêineres que foram
movimentados em 1998 pelo porto de Santos, o maior do país com 40% da movimentação de
contêineres, apenas 4% foi movimentado pela ferrovia. Sendo que em 1999 a movimentação
ficou em torno de 2,5%.
Um outro dado interessante, é que no Brasil não existe um fluxo regular da tecnologia
car less. Entretanto, estamos passando por um momento em que estas operações vão tornar-
se uma realidade. Várias empresas, tais como: Coca-Cola, Brahma, OPP Trikem, Gessy
Lever, entre outras, começam a avaliar e testar este tipo de tecnologia para obter redução nos
custos de transporte sem comprometimento na qualidade do serviço prestado. É bem verdade,
que a consolidação desta prática passa necessariamente por uma ferrovia mais confiável e
por investimentos nos equipamentos necessários.
Os principais fatores para evolução da intermodalidade no Brasil estão relacionados
com ações infra estruturais que dependem de investimentos privados e públicos,
regulamentação do OTM e investimentos em ativos que viabilizem esta prática e também do
posicionamento das empresas (embarcadores) em avaliar sistematicamente as alternativas
que estão surgindo.
O governo federal através do Programa Brasil em Ação executou um conjunto de
projetos que possibilitaram o desenvolvimento de alternativas de transporte por mais de um
modal. A expectativa é que novos investimentos sejam realizados para complementar os
projetos já realizados.
Os próprios embarcadores começam a investir em terminais. Bons exemplos desta
iniciativa são CSN, Cargill, Usiminas e Feterco. Quanto ao investimento em carretas
específicas para o sistema intermodal, ainda existe a dúvida em quem vai investir. Em alguns
casos este problema já está sendo encaminhado através do estabelecimento de parcerias.
Começam a surgir empresas que ao invés de ofertarem apenas o serviço de transporte,
estão se tornando capazes de oferecer soluções que integram outras atividades ao serviço
desejado, tais como: o transporte multimodal, movimentação em terminais, armazenagem,
gestão do estoque, acompanhamento da carga, entre outras. A lei que legitima a função do
OTM, será um elemento facilitador para os prestadores de serviço caminharem em direção a
27
oferta de um serviço completo. Entretanto, a implementação de todos os procedimentos desta
nova lei, está condicionada a um período de adaptação.
A utilização de tecnologia de informação é fator fundamental para o desenvolvimento
de um serviço que integre os modais, bem como disponibilize informações sobre o status da
carga para os embarcadores / clientes. A UPS, maior empresa de courier do mundo, utiliza a
ferrovia de forma integrada para suas entregas nos Estados Unidos, disponibilizando
informações sobre o pacote pela internet. Algumas ferrovias brasileiras já iniciaram este
processo, com a implementação de GPS (Global Position System) em suas frotas.
A introdução da tecnologia car less possibilitará o incremento da intermodalidade. Esta
condição está fortemente associada a melhoria operacional das ferrovias e ao posicionamento
dos envolvidos na obtenção de uma solução integrada.
Embora o Brasil ainda tenha muito a fazer em todos os aspectos abordados, a aplicação
do conceito de intermodalidade está prestes a tornar-se uma realidade. Resta saber, a
intensidade na qual os prestadores de serviço de transporte vão caminhar para ofertar
soluções logísticas integradas, que contemplem a intermodalidade, bem como outras
atividades logísticas.
28
proteger o usuário de perdas potenciais. Isto explica parcialmente a popularidade do contêiner
para o transporte internacional de bens de alto valor.
Incoterms quer dizer International Commercial Terms (Termos Internacionais de
Comércio).
Consiste em um tratado comercial internacional no qual ficam definidas as regras que
regerão um contrato de importação/exportação.
Assim, ficam estabelecidos os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do
importador em um conjunto padrão de definições.
São determinadas regras e práticas neutras, como, por exemplo, onde o exportador
deve entregar a mercadoria, quem paga o frete, quem é o responsável pela contratação do
seguro.
Por meio de regras internacionais, imparciais, de caráter uniformizador, que constituem
toda a base dos negócios internacionais, têm como objetivo promover sua harmonia.
As regras propõem o entendimento entre vendedor e comprador quanto às tarefas
necessárias para:
- Deslocamento da mercadoria do local onde é elaborada até o local de destino final (zona de
consumo).
- Embalagem.
- Transportes internos.
- Licenças de exportação e de importação.
- Movimentação em terminais.
- Transporte e seguro internacionais etc.
Os termos foram desenvolvidos pela Câmara Internacional de Comércio para definir as
responsabilidades dos vendedores e dos compradores de forma clara e precisa.
Eles foram agrupados em quatro (A, F, C e D) de acordo com as responsabilidades
envolvidas citadas em seguida:
- Local onde o vendedor torna o bem disponível para o comprador.
- Pagamento do transporte principal.
- Transferência de riscos de perda ou dano ao bem.
Os Incoterms são representados por siglas.
Grupo F de Free (transporte principal não pago pelo exportador) – mercadoria entregue
a um transportador internacional indicado pelo comprador.
- FCA (Free Carrier) – livre no transportador. Entregue ao transportador nominado pelo
comprador e em lugar definido (utilizado por qualquer modo de transporte). O vendedor
(exportador) completa suas obrigações quando entrega a mercadoria, desembaraçada para
exportação, aos cuidados do transportador internacional indicado pelo comprador no local
designado do país de origem
- FAS (Free Alongside Ship) – entregue ao lado do navio (utilizado em modais marítimos,
fluviais e lacustres). A responsabilidade do vendedor se encerra quando a mercadoria é
colocada ao longo do costado do navio transportador, no porto de embarque nomeado. A
contratação do frete e do seguro internacionais fica por conta do comprador.
29
- FOB (Free On Board) – entregue embarcada (utilizado em modais marítimos, fluviais e
lacustres). A responsabilidade do vendedor, sobre a mercadoria, vai até o momento da
transposição da amurada do navio (ship´s rail), no porto de embarque, muito embora a
colocação da mercadoria a bordo do navio seja também, em princípio, tarefa a cargo do
vendedor.
- CPT (Carriage Paid To) – o vendedor contrata o frete pelo transporte da mercadoria até o
local designado. Os riscos de perdas e danos da mercadoria,
Bem como quaisquer custos adicionais devido a eventos ocorridos após a entrega da
mercadoria ao transportador, são transferidos pelo vendedor ao comprador, quando a
mercadoria é entregue à custódia do transportador.
- CIP (Carriage and Insurance Paid To) – o vendedor tema as mesmas obrigações definidas
no CPT e, adicionalmente, arca com o seguro contra riscos de perdas e danos da mercadoria
durante o transporte internacional.
- DDP (Delivered Duty Paid) – entregue com impostos pagos. O vendedor somente cumpre
sua obrigação de entrega quando a mercadoria tiver sido posta em disponibilidade no local
designado do país de destino final, desembaraçada para importação. O vendedor assume
todos os riscos e custos, inclusive impostos, taxas e outros encargos incidentes na
importação.
31
4. ARMAZENAGEM E LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES
32
diretamente pelos fabricantes. A disposição dos Centros de Distribuição é regional para
facilitar a proximidade e agilidade no atendimento de seus clientes.
Atualmente o conceito de Centro de Distribuição deixou de ser um depósito ou
armazém para acomodação de mercadorias e materiais, e passou a ser uma forma diferente
e estratégica de colocação de produtos no mercado. Se bem estruturado e com um
posicionamento geográfico estratégico, o CD pode trazer muitos benefícios para a empresa e
seus clientes e fazer a grande diferença perante os concorrentes. A montagem de um CD
requer uma preparação estratégica e até mesmo a mudança de procedimentos e processos
dentro da empresa, para que se tenha uma boa eficiência desta estrutura. Há uma grande
diferença entre os depósitos e os CDs: os depósitos são “instalações cujo objetivo principal é
armazenar produtos para ofertar aos clientes”; já os CDs são “instalações cujo objetivo é
receber produtos Just in Time de modo a atender às necessidades dos clientes”.
4.2.1.1 Supermercados
Um dos segmentos que mais investem em CDs. Tais investimentos têm sido
estimulados pelas transformações por que passou o setor supermercadista nos últimos anos,
como as questões econômicas, a entrada de empresas estrangeiras no mercado, mudanças
no perfil dos consumidores e o acirramento da concorrência. Além disso, a grande diversidade
de produtos faz com que os supermercados obtenham distintas operações em seus CDs.
A concentração dos estoques nos CDs não é uma estratégia nova para as redes desse
segmento, por comercializarem produtos de grande porte, como geladeiras e fogões, sendo
inviável estocá-los nas lojas, assim que são vendidos, o CD é informado sobre a venda e já
se inicia o processo de entrega destas mercadorias. Produtos de menor porte, como
barbeadores e relógios, atualmente, também têm seus estoques centralizados. Nas lojas,
estoca-se a quantidade correspondente à expectativa de vendas do dia ou de um período
determinado pela empresa.
Para atuar no varejo eletrônico, as empresas buscam se capacitar para atender pedidos
fracionados feitos diretamente pelo consumidor. Para atender a essa demanda, é necessário
possuir CDs que permitam a execução de picking de itens individuais, além de incluir
atividades de etiquetagem, embalagem e gerenciamento de retornos.
Várias lojas virtuais surgiram nos últimos anos e algumas empresas criaram estruturas
independentes para o varejo virtual, como é o caso da Americanas.com e da
Saraivasiciliano.com. A logística é apontada por especialistas como o grande gargalo do
comércio eletrônico, principalmente na modalidade B2C (Business to Consumer), pois requer
muita agilidade na entrega.
4.2.1.7 Indústria
Para reduzir os custos de distribuição de seus produtos, uma das principais estratégias
adotadas pela indústria é a utilização de CDs. De administração própria ou terceirizada, essas
unidades contribuem para o maior controle das operações de logística e permitem a obtenção
de melhores níveis de serviço aos clientes no tocante ao atendimento do pedido. As mudanças
na relação dos fornecedores com os canais de distribuição podem ser observadas em diversos
aspectos. O preço, por exemplo, que até 1995 era a variável mais importante na decisão de
compra nos últimos anos, foi superado pelo produto. Por outro lado, os serviços aos clientes
conquistaram maior importância. Aspectos como disponibilidade das mercadorias, tempo de
ciclo do pedido, consistência do prazo de entrega e frequência da entrega estão influenciando
cada vez mais a decisão de compra dos varejistas.
34
4.3 Automação na armazenagem
1. Pressão para reduzir os níveis de estoque, em função dos elevados custos de oportunidade
de manter estoques.
2. Pressão para agilizar o atendimento ao cliente, reduzindo o prazo de entrega e aumentando
a disponibilidade, tendo em vista a crescente exigência dos clientes nos últimos anos.
3. Pressão para customizar em massa, ou seja, oferecer para uma grande variedade de
clientes produtos desenhados exclusivamente para atender suas necessidades específicas,
ainda como reflexo das crescentes exigências nos últimos anos.
Uma estratégia de posicionamento logístico é composta por cinco categorias de
decisão que devem ser articuladas e coerentes entre si ao longo do tempo, de modo a permitir
uma empresa alcançar seus objetivos de custo e nível de serviço.
1. Coordenação do fluxo de produtos: o fluxo de produtos deve ser puxado, ou seja, acionado
pelo elo que está mais próximo ao consumidor final ou empurrado, ou seja, coordenado pelo
elo que está mais próximo do fornecedor inicial?
2. Política de produção: uma empresa deve produzir para estoque, com base em previsões
de vendas futuras, ou produzir contra pedido, atendendo sempre a demanda real apenas no
momento que o cliente coloca o pedido?
36
3. Alocação de estoques: os estoques devem estar centralizados num único local, ou
descentralizados por várias instalações?
4. Política de transportes: uma empresa deve operar com modais de transporte mais lentos e
baratos, como o ferroviário e o marítimo, ou mais rápidos e caros, como o rodoviário e o aéreo?
Deve buscar a consolidação do transporte ou a entrega expressa?
5. Dimensionamento da rede: quantas instalações deve ter uma empresa, qual a localização
de cada uma, que produtos e mercados devem ser atendidos por cada instalação?
38
5. GESTÃO DE ESTOQUES
“Devemos sempre ter o produto de que você necessita, mas nunca podemos ser pegos
com algum estoque” é uma frase que descreve bem o dilema da administração de estoques.
O controle de estoques é parte vital do composto logístico, pois estes podem absorver de 25
a 40% dos custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa.
Portanto, é importante a correta compreensão do seu papel na logística e de como devem ser
gerenciados.
A armazenagem de mercadorias prevendo seu uso futuro exige investimento por parte
da organização. O ideal seria a perfeita sincronização entre oferta e demanda, de maneira a
tornar a manutenção de estoques desnecessária. Entretanto, como é impossível conhecer
exatamente a demanda futura e como nem sempre os suprimentos estão disponíveis a
qualquer momento, deve-se acumular estoque para assegurar a disponibilidade de
mercadorias e minimizar os custos totais de produção e distribuição.
Algumas finalidades para o estoque são:
- Melhorar o nível de serviço.
- Incentivar economia na produção.
- Permitir economias de escala nas compras e no transporte.
- Agir como proteção contra aumentos de preços.
- Proteger a empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento.
- Servir como segurança contra contingências.
A) Objetivos de custo
39
Figura 9: Curva de custo total do estoque.
Fonte: www.google.com.br/imagens, 2020.
40
5.2 Modelos de planejamento
Para realizar um planejamento correto de materiais, antes de mais nada é preciso fazer
uma classificação dos materiais de acordo com sua importância e valor para a empresa.
A administração moderna de materiais é aquela que avalia e dimensiona
convenientemente os estoques em bases científicas, substituindo o empirismo e suposições.
Para uma visão geral dos investimentos em estoques existe um método muito
conhecido e seguro para a definição dos itens que devem ter maiores e menores cuidados,
que se chama Curva ABC (gráfico de Pareto).
A Curva ABC do estoque é uma maneira de ordenar os itens pela sua importância
relativa no estoque, em classes A, B e C. Nesse sistema destaca-se o valor percentual de
cada item sobre o investimento total do estoque.
5.2.2 Estoque
Estoque mínimo
41
Estoque máximo
Estoque médio
CURVA ABC
100
90
80
VENDAS ACUMULADAS (%)
70
60
50
40
30
20
10
0
0 7,1 14,3 21,4 28,6 35,7 42,6 50 57,1 64,3 71,4 78,6 85,7 92,9 100
TOTAL DE ITENS (%)
43
6. AS FUNÇÕES COMPRAS E VENDAS
45
Um sistema de planejamento de necessidades de materiais, portanto, pode trazer mais
solidez e competitividade para a sua empresa. Mas quais são os reais benefícios de
implementar o MRP?
• MRP na Administração – Integrar a produção ao setor administrativo. A cadeia de
produção é uma engrenagem com inúmeras peças, criar um sistema que integre cada uma
delas evita os gastos desnecessários.
• Reduzir falhas humanas – Todo planejamento visa antecipar imprevistos e evitar que
erros aconteçam. Ou, caso ocorram, sejam solucionados o mais breve possível.
• Otimização do tempo – Antes do MRP, as planilhas, contas e informações eram
desenvolvidas manualmente. A informatização dessa etapa permite que todos os dados sejam
armazenados e usados para cálculos e prospecções de maneira muito mais rápida.
• Controle em tempo real – Como todos os dados da cadeia de produção podem ser
acessados a todo momento, o gestor tem maior controle sobre cada etapa.
Esses benefícios, em conjunto, otimizam o tempo de cada gestor, minimizam a possibilidade
de falhas e tornam a atividade mais profissional. O MRP, portanto, é indicado, inclusive, para
as micro e pequenas empresas.
O MRP II surgiu na década de 80, por uma necessidade natural. Afinal, a cadeia
produtiva, o contato com o cliente e toda estratégia de administração e produção evoluíram
consideravelmente neste intervalo.
A sigla seguiu essa evolução e o MRP II significa Manufacturing Resources Planning.
Traduzindo: Planejamento dos Recursos de Manufatura.
Resumidamente, o MRP II engloba e expande o MRP I, ou seja, a ferramenta agora
não apenas aloca e mensura o material, mas também possibilita que o gestor avalie as
projeções de demanda futura, abrangendo a área financeira, de materiais e de engenharia da
empresa.
O JIT é principalmente uma filosofia de trabalho criada pela Toyota Motors Company,
na década de 1960. Pela primeira vez na indústria o homem é um dos fatores mais importantes
para o sucesso da empresa.
É preciso treinar constantemente e investir pesado na qualificação e na capacitação
dos funcionários, tornando-os aptos a desempenhar diversas funções no processo produtivo
sem necessidade de acompanhamento.
Essa filosofia inclui aspectos ligados à administração de materiais, gestão da qualidade,
arranjo físico, projeto de produto, organização do trabalho e gestão de pessoas.
O slogan da Toyota “Bons pensamentos, bons produtos” mostrava bem a importância
das pessoas no ambiente de trabalho. Os operadores trabalhavam motivados, direcionados a
dar sugestões, acatar melhorias, resolver problemas e aprender com eles. Esses esforços
permitiam focar na causa raiz de um problema e buscar eliminá-lo.
O JIT, se considerado um sistema de administração da produção, é puro. Significa
produzir bens e serviços exatamente no momento em que são necessários.
Para o seu sucesso a Toyota desenvolveu algumas ferramentas que eram
desconhecidas no Ocidente e hoje são utilizadas em todas as partes do mundo. São elas: Talk
time, Kanban, Kaizen, Poka Yoke, Andon e Gemba.
Just in Case (JIC) é um método que acredita que é melhor sobrar do que faltar.
É muito utilizado por empresas que não têm dados de históricos de vendas e, por isso,
não conseguem fazer a previsão da demanda.
Porém, é importante fazer essa projeção para evitar que os produtos fiquem obsoletos
e tenham que ser descartados porque a validade expirou, por exemplo.
46
A finalidade dessa técnica é manter o nível de estoque sempre alto e garantir que todos
os pedidos sejam atendidos.
Os pontos positivos são a prevenção contra fatores negativos, como mau tempo,
pedidos inesperados e urgentes, preço do combustível (que pode ocasionar o aumento do
valor da mercadoria), problemas com o transporte, entre outros.
Outra vantagem é permitir que a empresa ofereça vários produtos a pronta entrega. Ou
seja, o negócio está sempre preparado para vender e não se corre o risco de, de forma
indireta, encaminhar o cliente à concorrência.
Mesmo que você não escolha nenhum outro KPI para sua organização, o pedido
perfeito deve ser considerado como essencial. Ao contrário da maioria dos outros KPIs, o
pedido perfeito é na verdade uma composição de várias métricas importantes.
Os resultados do pedido perfeito podem ajudá-lo a avaliar o desempenho da sua
empresa e diagnosticar problemas que afetam o serviço, os custos e a eficácia geral da sua
cadeia de suprimentos. Os principais componentes do KPI de Pedido Perfeito são os
seguintes:
Entrega pontual - On time delivery (OTD) - Normalmente, isso é determinado pelo cálculo
percentual de pedidos que chegam dentro do prazo ao cliente.
Entrega completa – In full (IF) - esse KPI rastreia a porcentagem de pedidos de vendas
completas, o que significa que o cliente recebe os itens corretos, nas quantidades corretas.
Entrega sem danos - Damage free delivery (DFD): essa medida às vezes é incorporada na
métrica de pedido perfeito, mas pode facilmente ser uma métrica independente.
Documentação correta - Accurate documentacion (AD): assim como os outros componentes
de pedidos perfeitos, essa métrica geralmente registra um percentual dos pedidos de vendas
que foram acompanhados por documentos precisos. Os documentos incluídos na métrica
podem variar, mas geralmente incluem as (ASN) notificações antecipadas de remessa,
etiquetas e NF. Cada uma das métricas de pedido perfeito fornece insights similares em
eficiência e eficácia dos serviços e dos custos de sua cadeia de suprimentos, e é por isso que
o pedido perfeito ocupa a posição de destaque entre os dez Top (10) principais KPIs de cadeia
de suprimentos.
48
7. CUSTOS LOGÍSTICOS
Diante desta sofisticação da estrutura logística, surge uma grande dúvida: Qual o
impacto da melhoria do nível de serviço nos custos da empresa? E qual o efeito na sua
rentabilidade?
Não há dúvidas que os problemas que afetam a rentabilidade se agravam quando
demoramos a percebê-los e quando desconhecemos suas causas. Desta forma, o esforço
deve estar direcionado no sentido de identificá-los com máximo de antecedência possível e
49
assim resolvê-los antes que se tornem críticos. Diante desta necessidade, os sistemas
gerenciais de custos se tornam um elemento chave para as empresas. Este artigo pretende
fornecer uma visão gerencial de custos logísticos, considerando o desenvolvimento de
ferramentas e tratando de suas potencialidades, assim como explorar a metodologia do ABC
(Activity Based Costing).
O gerenciamento de custos logísticos pode ser mais ou menos focado de acordo com
o objetivo desejado. Desta maneira, é possível desenvolver um sistema para atender apenas
uma atividade, um conjunto de atividades, ou até mesmo todas as atividades logísticas da
empresa. No entanto, é importante perceber que o aumento do escopo pode repercutir na falta
de foco. Daí a necessidade de direcionar o sistema para o tipo de controle ou decisão que se
pretende apoiar.
Se hoje em dia a atividade de armazenagem já tem uma importância muita maior que
há alguns anos, a tendência é que para os próximos anos, essa atividade se torne ainda mais
expressiva. O e-commerce (comércio eletrônico) que é uma tendência mundial, já está
começando a se desenvolver aqui no Brasil. Diante dessa realidade os pedidos de entrega se
tornarão ainda mais pulverizados, exigindo uma maior competência do processo de
armazenagem, principalmente no que se refere a separação de materiais. Por outro lado, as
apertadas margens de contribuição continuarão sendo uma realidade, tornando a acurácia
das informações de custos cada dia mais importante.
51
Custos administrativos
Também chamadas de despesas indiretas, pois não estão diretamente ligadas ao
transporte de cargas, porém, são necessárias para o funcionamento da empresa como um
todo. Dentre elas estão:
• Custos gerais para o funcionamento da empresa – São as despesas necessárias
para manter a empresa funcionando, como contas de água, luz, telefone e internet; impostos;
manutenção das dependências e aluguel
• Salários – Neste caso, se refere aos salários de funcionários de setores que não estão
envolvidos diretamente com o transporte de cargas, como o financeiro, comercial, vendas e
administrativo
- Custos variáveis
São todos os custos que variam de acordo com a quilometragem rodada pelos
veículos. Dentre eles estão:
• Combustível
• Lubrificante
• Pedágios
• Pneus
• Manutenções não programadas
Custos adicionais
Esses custos variam de acordo com a operação, ou seja, dependem do tipo de carga
e da complexidade do transporte a ser realizado. Sua finalidade é garantir a segurança e
eficácia na realização do serviço.
• Reentrega – Quando é necessário fazer mais de uma tentativa de entrega
• Escolta Armada – Necessária principalmente nos casos em que a carga possui valor
elevado ou é mais visada por ladrões
• Dificuldade de Entrega – Quando o local de entrega é de difícil acesso ou mesmo
inviabiliza a circulação do veículo
• Armazenagem – Quando a carga precisa ficar armazenada além do tempo previsto
• Cubagem – Quando a carga possui baixo peso e alto volume, lotando os veículos antes
mesmo de atingir o peso suportado
• Devolução de mercadoria – Quando a mercadoria acaba sendo devolvida ao
contratante
52
8. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA À LOGÍSTICA
53
E) CRM (Customer Relationship Management) – Gestão das relações com o
consumidor.
É uma abordagem que coloca o cliente como principal foco dos processos de negócio,
com o intuito de perceber e antecipar suas necessidades, para então atende-las da melhor
forma.
F) SCM (Supply Chain Management) – Gestão da cadeia de suprimentos.
Possibilita à empresa gerenciar a cadeia de suprimentos com maior eficácia e
eficiência. Possibilita à empresa alcançar melhores padrões de competitividade.
Representa a integração externa das atividades da empresa, pois estende a
coordenação dos fluxos de materiais e informações aos fornecedores e ao cliente final.
Não há dúvidas de que a logística moderna foi fortemente influenciada pela evolução
da tecnologia de informação. Esta evolução tecnológica proporcionou vantagens para as
operações logísticas que passaram a ser mais rápidas, confiáveis, de menor custo, e mais
eficientes. Outra importante contribuição deste ambiente informatizado foi também a maior
disponibilidade de informações sobre os processos, e a possibilidade de se analisar tais
informações utilizando ferramentas quantitativas mais sofisticadas que até há pouco tempo
eram privilégio de algumas poucas organizações de grande porte.
A simulação aparece então como uma poderosa ferramenta da pesquisa operacional
que, apesar de conhecida desde o início da década de 50, somente agora tornou-se de fato
mais acessível a um público muito maior.
As primeiras aplicações da simulação em operações e logística foram nas áreas de
mineração, siderurgia e de transportes marítimos. Hoje, fortemente influenciadas pelos
avanços tecnológicos, novas oportunidades surgiram, abrangendo praticamente todos os elos
do Supply Chain.
De fato, os sistemas logísticos são sistemas dinâmicos complexos, envolvendo
diversos elementos interagindo entre si e influenciados por efeitos de natureza aleatória.
Situações como esta impõem sérias dificuldades para um estudo analítico do problema,
fazendo da simulação computacional um forte aliado, senão o único, para o projeto e a análise
de sistemas logísticos. Além disso, como um forte incentivo, dispomos em nosso ambiente de
trabalho de computadores cada vez mais poderosos, disponibilidade e acesso a informações
quase imediatos e uma gama de softwares capazes de nos auxiliarem em diferentes
situações de tomada de decisão.
Sem nos preocuparmos com uma definição precisa da simulação, podemos entendê-la
como o uso de modelos para o estudo de problemas reais de natureza complexa, através da
experimentação computacional. Assim, a simulação consiste no processo de construção de
um modelo que replica o funcionamento de um sistema real ou idealizado (ainda a ser
construído!) e na condução de experimentos computacionais com este modelo com o objetivo
de melhor entender o problema em estudo, testar diferentes alternativas para sua operação e
assim propor melhores formas de operá-lo.
A simulação é indicada para sistemas onde as consequências das relações entre seus
diversos componentes não são conhecidas a priori e dificilmente traduzidas de uma maneira
analítica.
56
mineração destes dados, extrair informação útil e agregar técnicas de visualização para
facilitar a tomada de decisão.
A mineração de dados é utilizada, por exemplo, na gestão de relacionamento com o
cliente (Customer Relationship Managemente - CRM), no aspecto de que tais padrões, uma
vez localizados, podem ser instrumentos para identificação de perfis de consumo dos clientes
envolvidos e também auxiliá-lo em melhorias no processo de tomada de decisões.
Por exemplo, é possível investigar a aplicação de ferramentas para mineração de dados
num contexto passível de escalonamento (a ponto de chegar a ser considerado Big Data) em
uma empresa de agenciamento e transporte rodoviário de cargas, onde poderão ser
identificados, futuramente, perfis de consumo, os clientes mais importantes em relação aos
percursos mais rentáveis e também propostas de melhorias na eficiência do processo
logístico.
A utilização das tecnologias e ferramentas para big data no tratamento desses dados,
podem gerar vantagens para a indústria logística como o desenvolvimento de estratégias mais
inteligentes, um eficiente monitoramento em tempo real, e previsões mais otimizadas que
melhorariam a qualidade do serviço e propicia melhores tomadas de decisões. Estas
vantagens podem ser resumidas num aprimoramento da eficiência operacional, pois otimizam
a utilização dos recursos e incrementa o desempenho dos processos; da experiência do
consumidor, aumentando a capacidade de captação e retenção de novos clientes e
otimizando o processo de interação; e a geração de novos modelos de negócios, pois identifica
novas possibilidades e tendências do negócio e aumenta a receita.
Podem ser aplicadas tanto em dados externos (mercados e competidores), quanto em
dados internos (informações de produtos e serviços, linha de produção, tomada de decisão,
perfis de consumidores de registros de transação). É claro que sua utilização só faz mais
sentido quando a quantidade de dados cresce de maneira exponencial.
57
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PERIODICOS E REVISTAS ELETRÔNICAS
Editora HSM do Brasil: Revista HSM Management
Editora Segmento: Harvard Business Review Brasil
IMAM Editora: Revista Logística
http://www.revistalogistica.com.br/
MAG Editora: Revista MundoLogística
http://www.revistamundologistica.com.br/
RAE : revista de administração de empresas
http://rae.fgv.br/
RAUSP : revista de administração da Universidade de São Paulo
http://www.rausp.usp.br/
Revista Logweb – ISSN 2317-2258
www.logweb.com.br
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