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GPO II

Gestão da Produção e Operação II

Prof. Alberto Silva


Elementos do sistema de produção e
operações
O processo de produção e operações é composto de três elementos
(entrada, processamento ou transformação e saída) e quatro
dimensões das operações de produção (volume, variedade, variação e
visibilidade).

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Recursos de entrada ou input: somatória de materiais, demais insumos,
informações e necessidades do mercado, processados por meio das instalações
e inseridos no processo de transformação.
• Recursos de transformação ou produção: conjunto de atividades para
transformar os insumos em produto final, sendo composto de máquinas,
equipamentos e outros recursos físicos, tecnológicos e humanos.
• Saída ou output: produtos e/ou serviços resultantes da alteração dos
insumos no processo de transformação.

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Elementos do processo de produção
e operações

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De modo simples, todos os sistemas de produção possuem essas três
etapas. A principal finalidade é poder visualizar o sistema por inteiro,
de maneira ampla, e todos os seus integrantes para, em seguida,
aprofundar os detalhes e examinar como as operações e recursos
serão utilizados para obter o melhor desempenho possível.
Existem algumas variáveis que devem ser analisadas para melhor
dimensionar o processo de transformação. Mesmo que as operações
das diferentes dimensões possam parecer semelhantes, as dimensões
das operações dos sistemas de produção são:

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Volume de saída: indica se a quantidade de produtos a serem
processados é de pequena, média ou grande escala. Essa informação
irá orientar a velocidade e o ritmo das operações.
Comparando a manufatura de camisetas simples e a de camisetas
para uma grife com estampas exclusivas, as camisetas simples, para
serem ofertadas com custo baixo, devem ser produzidas em grande
escala; já a produção das camisetas para grife deverá ser em
pequena escala, com participação mais intensiva dos profissionais de
estampa e custo unitário mais elevado.

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Variedade de saída: é o conjunto de opções nos produtos que podem
ser realizadas. Tem interferência direta na relação com as mudanças
no processo de produção; muitas mudanças significam a necessidade
de ajustes na produção. No caso das camisetas, as opções necessárias
nas camisetas simples se referem ao tamanho das confecções; já nas
de grife, além das variações de tamanho, terão variações de mangas
curtas ou longas, tipos de gola, cores e estampas, acessórios, entre
outras. Quanto maior a possibilidade de opções, mais complexo será o
sistema, o que exigirá maior flexibilidade do sistema de produção.

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Variação da demanda: corresponde a produtos que podem ser sazonais,
produtos com alta variação de consumo. Há de se prever e antecipar os
períodos de consumo, pois podem elevar os custos unitários, enquanto os
produtos com pequena variação de consumo possibilitam maior estabilidade
nas previsões e menor custo. É uma aplicação para sorvetes (cujo aumento de
consumo se dá no verão), ovos de Páscoa (cuja demanda é grande em um
período do ano), entre outros. No caso das camisetas, dependendo das
regiões onde sejam vendidas, podem ter variações significativas; onde o clima
é mais estável e elevado ao longo do ano, as camisetas simples têm oscilação
de demanda mínima ou quase nenhuma, enquanto as camisetas de grife
podem ter maior demanda em datas festivas, como Natal e Dia dos
Namorados.

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Visibilidade ou contato com o consumidor: alto contato com os clientes
gera menor tolerância à espera para receber os produtos, custo unitário mais
alto e maior habilidade no trato com o consumidor. Quando há baixo contato,
as operações são mais padronizadas, o tempo de espera é menos crítico, pois
o estoque fica sob responsabilidade do distribuidor, e há menor habilidade no
relacionamento com o cliente. Pode haver também operações mistas, algumas
com alto grau de contato e outras com baixo grau de contato. O contato não
significa necessariamente a relação no momento da venda; pode haver
contato por meio de sites em que os produtos são apresentados, com chats
para troca de informações, serviços de pós-vendas e orientações ao
consumidor, como o 0800, ou outros meios de comunicação.

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Tipologia das operações

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Tipologia das operações

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É possível utilizar a tipologia das operações – também conhecida
como 4 Vs – para analisar o perfil das operações.

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Classificação dos processos de produção para manufatura

Fonte: Slack, Chambers e Johnston (2002).

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Classificação dos processos de produção para serviços

Fonte: Slack, Chambers e Johnston (2002).

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Noções de redes de empresas e cadeias de valor

Para enfrentar a complexidade das operações e controlar os fluxos,


muitas empresas estão adotando o modelo de gerenciamento com
base em redes de empresas e cadeias de valor.
Esse modelo traz algumas variáveis que merecem ser avaliadas, como
atuação em uma rede de empresas para ampliar a capacidade
competitiva, redução do volume de investimento, divisão e
compartilhamento do risco do negócio e investimentos onde as
competências são maiores.

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Atividades de valor de uma empresa são estrategicamente pertinentes
para entender o comportamento dos custos e as fontes de
diferenciação existentes e potenciais. Uma empresa obtém vantagem
competitiva desempenhando essas atividades de modo melhor ou a um
custo mais baixo do que seus concorrentes.

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As organizações nas cadeias logísticas são alinhadas a partir da matéria-
prima em direção ao consumidor, sendo que cada empresa ocupa uma
posição. Denominam-se montante (upstream) as empresas situadas
para trás, no sentido da matéria-prima, e jusante (downstream)
aquelas que estão à frente, no sentido do cliente

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Utilizando uma analogia baseada no fluxo de um rio, montante seria a
nascente e jusante a foz. “Uma cadeia de suprimentos é a rede de
organizações envolvidas, por meio de vínculos a montante e a jusante,
nos diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de
produtos e serviços destinados ao consumidor final”
Para melhor compreender as operações logísticas, é fundamental
identificar os três grandes fluxos: informação, materiais e financeiro.

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Fluxos logísticos

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O fluxo de informações se inicia a partir da previsão de demanda do
consumidor, por meio de distribuidores, produção, suprimento e
chegada aos fornecedores, que encaminham os materiais requisitados
para o local onde os bens são produzidos e entregues aos istribuidores,
e estes os entregam aos clientes, que efetuam o pagamento pela
aquisição. O fluxo financeiro segue o percurso inverso até chegar aos
fornecedores, e a cada etapa são retirados os valores agregados.

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A operação de maneira integrada das cadeias logísticas e o uso de
novos recursos, como os robôs nas linhas de produção, ampliaram a
flexibilidade das operações e a exatidão das atividades desenvolvidas.
Há sistemas robotizados para o suprimento das linhas de produção,
armazéns Conceitos, evolução e aplicações 19 automatizados, que
facilitam a localização e movimentação de materiais, sistemas de
códigos de barra e RFID1, que, adicionados aos produtos, facilitam a
localização e o rastreamento.
A ideia de estabelecer cadeias de suprimento ou abastecimento e a
geração de valor sãoessenciais para que uma empresa se torne mais
competitiva e amplie suas chances de sucesso.

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Os ambientes em que as empresas estão inseridas passam por radicais
transformações. As novas possibilidades de realizar negócios (por meio da
internet, por exemplo) possibilitam a qualquer empresa disputar mercados e
clientes em qualquer lugar do mundo.
Um dos argumentos para que as empresas ampliem suas capacidades para
competir é o estabelecimento de redes ou cadeias de empresas, em que cada
empresa integrante irá atuar e investir nas áreas nas quais é mais competente,
deixando aos parceiros as atividades em que eles são mais competentes.
Assim como a divisão do trabalho foi um grande marco para criar uma revolução
industrial, a fusão de competências passa a ser um ponto-chave para que grupos
de empresas prosperem e conquistem novos espaços, principalmente por
ampliar a flexibilidade dos processos e a condição de inovar e criar produtos e
serviços diferenciados.
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FIM.

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