Elementos do sistema de produção e operações O processo de produção e operações é composto de três elementos (entrada, processamento ou transformação e saída) e quatro dimensões das operações de produção (volume, variedade, variação e visibilidade).
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Recursos de entrada ou input: somatória de materiais, demais insumos, informações e necessidades do mercado, processados por meio das instalações e inseridos no processo de transformação. • Recursos de transformação ou produção: conjunto de atividades para transformar os insumos em produto final, sendo composto de máquinas, equipamentos e outros recursos físicos, tecnológicos e humanos. • Saída ou output: produtos e/ou serviços resultantes da alteração dos insumos no processo de transformação.
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Elementos do processo de produção e operações
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De modo simples, todos os sistemas de produção possuem essas três etapas. A principal finalidade é poder visualizar o sistema por inteiro, de maneira ampla, e todos os seus integrantes para, em seguida, aprofundar os detalhes e examinar como as operações e recursos serão utilizados para obter o melhor desempenho possível. Existem algumas variáveis que devem ser analisadas para melhor dimensionar o processo de transformação. Mesmo que as operações das diferentes dimensões possam parecer semelhantes, as dimensões das operações dos sistemas de produção são:
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Volume de saída: indica se a quantidade de produtos a serem processados é de pequena, média ou grande escala. Essa informação irá orientar a velocidade e o ritmo das operações. Comparando a manufatura de camisetas simples e a de camisetas para uma grife com estampas exclusivas, as camisetas simples, para serem ofertadas com custo baixo, devem ser produzidas em grande escala; já a produção das camisetas para grife deverá ser em pequena escala, com participação mais intensiva dos profissionais de estampa e custo unitário mais elevado.
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Variedade de saída: é o conjunto de opções nos produtos que podem ser realizadas. Tem interferência direta na relação com as mudanças no processo de produção; muitas mudanças significam a necessidade de ajustes na produção. No caso das camisetas, as opções necessárias nas camisetas simples se referem ao tamanho das confecções; já nas de grife, além das variações de tamanho, terão variações de mangas curtas ou longas, tipos de gola, cores e estampas, acessórios, entre outras. Quanto maior a possibilidade de opções, mais complexo será o sistema, o que exigirá maior flexibilidade do sistema de produção.
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Variação da demanda: corresponde a produtos que podem ser sazonais, produtos com alta variação de consumo. Há de se prever e antecipar os períodos de consumo, pois podem elevar os custos unitários, enquanto os produtos com pequena variação de consumo possibilitam maior estabilidade nas previsões e menor custo. É uma aplicação para sorvetes (cujo aumento de consumo se dá no verão), ovos de Páscoa (cuja demanda é grande em um período do ano), entre outros. No caso das camisetas, dependendo das regiões onde sejam vendidas, podem ter variações significativas; onde o clima é mais estável e elevado ao longo do ano, as camisetas simples têm oscilação de demanda mínima ou quase nenhuma, enquanto as camisetas de grife podem ter maior demanda em datas festivas, como Natal e Dia dos Namorados.
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Visibilidade ou contato com o consumidor: alto contato com os clientes gera menor tolerância à espera para receber os produtos, custo unitário mais alto e maior habilidade no trato com o consumidor. Quando há baixo contato, as operações são mais padronizadas, o tempo de espera é menos crítico, pois o estoque fica sob responsabilidade do distribuidor, e há menor habilidade no relacionamento com o cliente. Pode haver também operações mistas, algumas com alto grau de contato e outras com baixo grau de contato. O contato não significa necessariamente a relação no momento da venda; pode haver contato por meio de sites em que os produtos são apresentados, com chats para troca de informações, serviços de pós-vendas e orientações ao consumidor, como o 0800, ou outros meios de comunicação.
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Tipologia das operações
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Tipologia das operações
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É possível utilizar a tipologia das operações – também conhecida como 4 Vs – para analisar o perfil das operações.
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Classificação dos processos de produção para manufatura
Fonte: Slack, Chambers e Johnston (2002).
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Classificação dos processos de produção para serviços
Fonte: Slack, Chambers e Johnston (2002).
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Noções de redes de empresas e cadeias de valor
Para enfrentar a complexidade das operações e controlar os fluxos,
muitas empresas estão adotando o modelo de gerenciamento com base em redes de empresas e cadeias de valor. Esse modelo traz algumas variáveis que merecem ser avaliadas, como atuação em uma rede de empresas para ampliar a capacidade competitiva, redução do volume de investimento, divisão e compartilhamento do risco do negócio e investimentos onde as competências são maiores.
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Atividades de valor de uma empresa são estrategicamente pertinentes para entender o comportamento dos custos e as fontes de diferenciação existentes e potenciais. Uma empresa obtém vantagem competitiva desempenhando essas atividades de modo melhor ou a um custo mais baixo do que seus concorrentes.
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As organizações nas cadeias logísticas são alinhadas a partir da matéria- prima em direção ao consumidor, sendo que cada empresa ocupa uma posição. Denominam-se montante (upstream) as empresas situadas para trás, no sentido da matéria-prima, e jusante (downstream) aquelas que estão à frente, no sentido do cliente
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Utilizando uma analogia baseada no fluxo de um rio, montante seria a nascente e jusante a foz. “Uma cadeia de suprimentos é a rede de organizações envolvidas, por meio de vínculos a montante e a jusante, nos diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços destinados ao consumidor final” Para melhor compreender as operações logísticas, é fundamental identificar os três grandes fluxos: informação, materiais e financeiro.
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Fluxos logísticos
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O fluxo de informações se inicia a partir da previsão de demanda do consumidor, por meio de distribuidores, produção, suprimento e chegada aos fornecedores, que encaminham os materiais requisitados para o local onde os bens são produzidos e entregues aos istribuidores, e estes os entregam aos clientes, que efetuam o pagamento pela aquisição. O fluxo financeiro segue o percurso inverso até chegar aos fornecedores, e a cada etapa são retirados os valores agregados.
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A operação de maneira integrada das cadeias logísticas e o uso de novos recursos, como os robôs nas linhas de produção, ampliaram a flexibilidade das operações e a exatidão das atividades desenvolvidas. Há sistemas robotizados para o suprimento das linhas de produção, armazéns Conceitos, evolução e aplicações 19 automatizados, que facilitam a localização e movimentação de materiais, sistemas de códigos de barra e RFID1, que, adicionados aos produtos, facilitam a localização e o rastreamento. A ideia de estabelecer cadeias de suprimento ou abastecimento e a geração de valor sãoessenciais para que uma empresa se torne mais competitiva e amplie suas chances de sucesso.
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Os ambientes em que as empresas estão inseridas passam por radicais transformações. As novas possibilidades de realizar negócios (por meio da internet, por exemplo) possibilitam a qualquer empresa disputar mercados e clientes em qualquer lugar do mundo. Um dos argumentos para que as empresas ampliem suas capacidades para competir é o estabelecimento de redes ou cadeias de empresas, em que cada empresa integrante irá atuar e investir nas áreas nas quais é mais competente, deixando aos parceiros as atividades em que eles são mais competentes. Assim como a divisão do trabalho foi um grande marco para criar uma revolução industrial, a fusão de competências passa a ser um ponto-chave para que grupos de empresas prosperem e conquistem novos espaços, principalmente por ampliar a flexibilidade dos processos e a condição de inovar e criar produtos e serviços diferenciados. Prof. Alberto Silva FIM.