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Legenda:
Cross-docking
Conceito
“Cross-docking é um processo onde produtos são recebidos em uma dependência, ocasionalmente junto
com outros produtos de mesmo destino, são enviados na primeira oportunidade, sem uma armazenagem
longa. Isso requer alto conhecimento dos produtos de entrada, seus destinos, e um sistema para roteá-los
De acordo Oliveira e Pizzolato (2002) apud Spejorim (2012) as operações de cross-docking compreende um
de conferida é direcionada para a área de embarque para sair em rota de distribuição até o cliente ou
consumidor final.
Nesse tipo de operação as mercadorias são transportadas em grandes veículos de cargas, com aplicação da
de distribuição é realizada a desconsolidação da carga. A partir daí ocorre uma nova consolidação de carga
em um veiculo de pequeno ou médio porte para levar a mercadoria até o ponto de consumo ou
Assim como toda técnica logística o cross-docking também apresenta vantagens e desvantagens
operacionais, as quais precisam ser avaliadas antes da adoção da técnica em uma operação logística.
Visualize no infográfico a seguir algumas vantagens e desvantagens identificadas na literatura:
Você já ouviu comentários sobre a técnica de Transit point? Você sabe qual a diferença entre transit point e
Cross-doking?
...vamos entender a diferença existente, pelos autores Fleury, Wanke e Figueiredo (2009, 157), destacados a
seguir...
“As instalações do tipo transit point são bastante similares aos centros de distribuições
avançados, mas não mantêm estoques. O transit point é localizado de forma atender a
determinada área de mercado distante dos armazéns centrais e opera como uma instalação de
passagem, recebendo carregamentos consolidados e separando-os para entregas locais a clientes
individuais”.
Cross-docking
“As instalações do tipo cross-docking operam sob o mesmo formato que os transit points, mas
caracterizam-se por envolver múltiplos fornecedores que atendem a clientes comuns.”
Como você pôde comparar o transit point recebe carregamento consolidado de um único fornecedor
e direciona lotes separados para clientes individuais. Já o cross-docking recebe carregamento de diversos
fornecedores e os direciona após a separação para clientes comuns e, portanto, esta é a diferença entre
essas duas técnicas.
Just in time
De acordo com Martins & Alt (2006) o sistema Just in time, trabalha com a disponibilidade do insumo
exatamente no momento em que o mesmo entrará no processo de produção, reduzindo ao máximo possível
o custo de manter o nível do estoque alto. Para Pozo (2010), trata-se de uma filosofia implantada nos anos
1970 pela indústria automobilística Toyota na busca da redução e/ou eliminação do desperdício de recursos
em toda a cadeia produtiva envolvendo três componentes básicos: fluxos, qualidade e colaboradores.
Bertaglia (2003) aponta que esta filosofia procura desenvolver métodos eficientes e eficazes de produção,
prezando pelo comprometimento de todos os envolvidos na cadeia de produção, criando uma
interdependência de todas as etapas, ora como fornecedor, ora como cliente. Dessa forma o JIT faz com que
todos os funcionários desenvolvam o senso de qualidade e comprometimento com a atividade que realiza
a seguir:
BERTAGLIA (2003):
Redução de tempo no ciclo de entrega.
Para Ballou (2009) a filosofia do JIT é atender produtos tanto na linha de produção, como no depósito ou
cliente, somente no momento que é preciso. Esse autor revela que se as necessidades de material ou
produtos e os tempos de abastecimento que são conhecidos claramente, consegue-se evitar o uso de
estoques. Desse modo, os lotes são solicitados apenas nas quantidades suficientes para atender o consumo
com antecedência de apenas um tempo de ressuprimento (= cálculo de necessidades) tornando-se um ponto
importante junto à aplicação do MRP (Materials Requirements Planning) e do DRP ( Distribution
Requeriments Planning).
Veja na figura 2 um exemplo de sistema de distribuição de um medicamento da empresa Brow Drug Store
Company utilizando esta filosofia (BALLOU, 2009,p. 227-228):
Contudo, apesar do JIT apresentar benefícios, esta filosofia apresenta limitações, pois cada organização
apresenta um cultura, enfoques diferentes, aceitação da mudança, etc. que podem comprometer o alcance
dos resultados projetados com a implantação da mesma. Outro aspecto relevante está vinculado ao
aumento dos custos de transportes devido ao aumento no número de entregas decorrentes de lotes
menores e com mais frequência no processo (BERTAGLIA, 2003).
Por isso, torna-se importante que cada organização avalie todos os fatores envolvidos com os objetivos
esperados para tomar a decisão de implantar ou não a filosofia JIT em sua cadeia produtiva e/ou de
distribuição.
Milk run
Conceito
O Milk run compreende a adoção de um ciclo de coletas e entregas programadas com pontos já definidos, a
qual procura obter economia de escala no transporte através do envolvimento de mais de um fornecedor de
uma organização (BULLER, 2012). A origem dessa técnica é citada a seguir:
"A mais ‘antiga’ prática de logística de abastecimento, intitulada Milk run, cuja tradução
De acordo com Moura e Botter (2002) apud Taboada (2009) os participantes que adotam o Milk run obtém
os seguintes benefícios:
Possibilita a redução do nível de estoque o que reflete em custos menores no processo de armazenagem.
Devido à padronização das embalagens dos produtos, o recebimento dos produtos torna-se mais ágil e há
melhoria neste fluxo de recebimento (produtividade/qualidade).
ATIVIDADE
longa.
B. Trata-se de um processo para atender determinada área de mercado
ATIVIDADE
O que é o JIT?
A. O Just in time é uma filosofia implantada a partir dos anos 1990 pela
cadeia de produção.
ATIVIDADE
especificamente.
escala no transporte.
D. O milk run busca atender à determinada área de mercado distante dos
estratégias organizacionais de qualquer empresa. Juntamente com ela os gestores buscam novas técnicas
e/ou filosofias para adoção em suas operações na tentativa de alcançar objetivos propostos e
principalmente a eliminação de desperdícios dos recursos envolvidos em toda a operação logística.
Para finalizar, neste conteúdo foi possível entender a importância de algumas técnicas logísticas como a de
Cross-docking e Milk run e a filosofia do Just in time aplicadas nas atividades logísticas de produção,
armazenagem, distribuição física. Por conseguinte, também foi possível identificar que as organizações faz
uso dessas ferramentas na busca da obtenção de resultados satisfatórios. Agora complemente seu estudo,
https://www.youtube.com/watch?v=_nMBbx3E1wY (https://www.youtube.com/watch?
v=_nMBbx3E1wY). Acesso em: 05 maio 2017.
REFERÊNCIA
ABREPO. Associação de Engenharia de Produção. Análise das características, modalidades, vantagens,
desvantagens e vantagem competitiva da operação de cross-docking em cinco empresas de São Paulo. In:
XXXIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO A Gestão dos Processos de Produção e as
Parcerias Globais para o Desenvolvimento Sustentável dos Sistemas Produtivos. Anais... Salvador, 2013.
BRITO JUNIOR, I.; SPEJORIM, W. Gestão estratégica de armazenagem. Curitiba: IESDE, 2012.
Atlas, 2009.
MARTINS, P. G.; ALT, P. R. C. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2009.
POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas,
2010.
TABOADA, C. Gestão de tecnologia e inovação na logística. Curitiba – PR: IESDE Brasil, 2009.