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RESUMO
Este artigo mostra como o complexo das usinas de pelotização de minério de ferro em Tubarão, na cidade de
Vitória, no estado do Espírito Santo, obteve êxito na redução de custo para aumentar a competitividade da pelota
queimada de minério de ferro realizando uma análise de 3 alternativas, com objetivo de modificar o modelo e os
processos de operação dos equipamentos móveis que auxiliam na movimentação interna de cargas e serviços de
guindar nas diversas operações realizadas no complexo. A decisão para mudar os processos logísticos para
atender as Usinas e Utilidades foi motivada com a crise decorrente no fim do ano de 2008 que atingiu a produção
de pelotas de minério de ferro e forçou a indústria da mineração a reduzir seus custos, a partir de uma decisão
inovadora implantou uma central de equipamentos móveis com estratégia bem definida, com objetivos claros,
melhorando a qualidade em atendimento e em serviços prestados.
1. INTRODUÇÃO
Para viabilizar o aproveitamento econômico dos finos de minério gerados na exploração das
minas do Sistema Sul, a Vale iniciou, no final da década de 60, a instalação de um complexo
de usinas de pelotização em Vitória (ES). Atualmente este complexo é constituído por sete
usinas de pelotização, com uma capacidade total de produção de 32 milhões de toneladas de
pelotas/ano. Duas usinas pertencem exclusivamente a Vale, Quatro em regime de
arrendamento com os grupos siderúrgicos do Japão, Itália e Coréia do Sul e uma foi
implementada em regime de coligada - joint ventures - com grupo siderúrgico da Espanha.
Com a competitividade das usinas de pelotização no Brasil e no mundo para conter gastos e
reduzir o custo na produção de pelotas de minério de ferro, as usinas de pelotização em
Tubarão implantou uma central de equipamentos móveis para reduzir o custo nas operações
de movimentação de carga as operações contemplam a movimentação interna de minério,
rejeitos, insumos, produtos semi-acabados e produtos acabados nos pátios do complexo de
Tubarão, com o uso de equipamentos dimensionados para todas as atividades.
Diante das relevantes mudanças realizadas para o serviço de movimentação de carga interna
das unidades do Complexo de Tubarão (Usinas de Pelotização, e Utilidades), considerando as
condições e detalhes operacionais apresentados mais adiante neste documento. A diminuição
dos seus custos sem prejuízo dos níveis de qualidade dos serviços adquiridos com soluções
inovadoras, após a criação de uma central de equipamentos móveis que atende toda
movimentação de carga interna nas usinas de pelotização em Tubarão, Vitória, Espírito Santo.
A logística interna é diretamente responsável pela cadeia de valor da empresa quando procura
aperfeiçoar os processos inerentes às atividades tais como a infra-estrutura do layout de
distribuição interna da empresa e sistemas de informação, desenvolvimento de tecnologias de
aquisição e atividades primárias de apoio, tais como manutenção de estoques mínimos,
entrega dos produtos nos locais de utilização e outras atividades ligadas a produção para que o
produto final saia no tempo correto com a qualidade ideal utilizando o mínimo de recursos
possíveis, o que agregará valor ao produto. Mesmo quando ligadas a conceitos de
planejamento divergentes como MRP/ERP e lean manufacturing a logística é uma atividade
que pode se tornar o ponto crítico ou gargalo, haja vista que diversos fatores, como o bom
relacionamento com fornecedores e as entregas no prazo correto, poderiam estar afetando a
produção de forma a desestabilizar a cadência produtiva e gerar atrasos de entregas,
ociosidades e descompassos de mão-de-obra.
Ballou (2001, 255) enfoca o problema gerado pela política de estoque da empresa:
“Três classes gerais de custos são importantes para determinar a política de estoques: custos
de obtenção, custos de manutenção e custos de falta de estoque. Esses custos estão em
conflito, ou em compensação, uns com os outros.”
Essas políticas podem afetar a imagem da empresa no mercado e devem ser cuidadosamente
estudadas. Uma empresa que opte em mudar suas operações para o sistema just-in-time, por
exemplo, deve fazer a transição de forma que esta não venha afetar o ciclo do pedido e o
prazo de entrega final ao cliente, ou terá sua imagem afetada e seu conceito de competência,
junto ao cliente, comprometida.
O que torna a logística um dos conceitos gerenciais mais modernos são dois fatores de
mudanças, o primeiro de ordem econômica, e o segundo de ordem tecnológica. As mudanças
econômicas criam novas exigências competitivas, e as mudanças tecnológicas tornam possível
o gerenciamento eficiente e eficaz de operações logísticas cada dia mais complexas.
3. EQUIPAMENTOS MÓVEIS
Diante da necessidade de fornecer apoio à produção nas usinas de grande porte, como são as
usinas de pelotização, é necessário possuir ou eventualmente locar máquinas e equipamentos
que possam auxiliar de maneira direta ou indireta no processo produtivo. Estas máquinas e
equipamentos, que serão descritos a seguir, podem ser utilizados como apoio em todas as
etapas de produção, como também, apenas em etapas específicas.
3.4. Pá carregadeira
A Pá Carregadeira será utilizada para carregamento de finos de minério de ferro, na remoção
e carregamento de pelotas queimadas e também como equipamento de suporte para
manutenção como mostra a Figura 4.
Figura 4: Pá Carregadeira
Figura 8: Guindaste
Cavanha Filho, Explica que a um estudo de caso é utilizar uma metodologia de análise para
tomada de decisões sobre alternativas, aplicadas a diversas áreas de conhecimento, geralmente
são opções econômicas e estratégias de negócios.
O objetivo da Vale é a diminuição dos seus custos sem prejuízo dos níveis de qualidade dos
serviços adquiridos com soluções inovadoras, objetivando o menor custo possível sem que
haja o comprometimento da qualidade.
A demanda foi estimada com base nos atuais volumes de produção projetados, sendo, no
entanto, passível de alterações (aumentos ou diminuições), conforme a evolução do programa
e dos diversos fatores que afetam a indústria nacional.
Possibilidade de diminuir custos com manutenção devido à melhor operação por parte de
empregados próprios.
Melhorar o atendimento aos clientes, do ponto de vista que esse atendimento será realizado
por empregados próprios esse é um ganho intangível que está sendo mensurado após a
implantação da Central de equipamentos móveis.
Como existem máquinas próprias e máquinas alugadas operadas por terceiros na empresa
(mesmo que alugadas), a operação destas máquinas pela empresa pode implicar em um
passivo trabalhista portando há a necessidade de adequar essa não conformidade os
equipamento e operações que necessitam ser adequados estão descritos conforme mostra a
Tabela 1.
Tabela 1: Contratos por serviços
Legenda:
Movimentação de
carros de grelhas, de
Caminhão
materiais em oficinas
Carroceria
e em áreas
operacionais.
Movimentação de
minérios em pátios,
Pá
em instalação das
Carregadeira
usinas e em serviços
de vulcanização.
Limpeza das usinas e
Caminhão
desobstrução de
Hipervácuo
galerias.
Limpeza das usinas,
Caminhão desobstrução de
Conjugado galerias e jateamento
de peças.
As Usinas I e II são da Vale e as usinas III (Itabrasco) e IV (Hispanobrás) são Joint venture,
Vale com Itália e Espanha respectivamente. A Figura 11 mostra as áreas de atuação dos
equipamentos móveis e o fluxo operacional nas usinas I a IV.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atividades de suporte e apoio, aquelas que funcionam como objetos ou instrumentos para se
executar as tarefas logísticas que suprirão as operações logísticas. Este é o nível operacional,
onde se dão as atividades cotidianas da logística. Consiste nos sistemas de suporte à logística,
como políticas e procedimentos, manutenção das instalações e equipamentos e gerenciamento
e mudança da cultura organizacional. Inclui ainda:
Organização dos serviços.
Planejamento e controle das operações.
Política de serviço ao cliente.
Etc.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística
empresarial. Trad. Elias Pereira. 4ª Edição, Porto Alegre: Bookman, 2001.
CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. São Paulo. Ed Futura. 1997.
CAVANHA FILHO, Armando Oscar. Logística – Novos Modelos. São Paulo: Editora Qualitymark, 2001.
FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Peter; FIGUEIREDO, Kleber Fossati (org.). Logística empresarial: a
perspectiva brasileira, 1ª ed, São Paulo, Atlas, 2000. (Coleção COPPEAD de Administração).