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REFLEXÃO

"Educai as crianças e não será preciso punir os homens."

PITÁGORAS

i
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho de conclusão de curso a minha família, em especial a minha
mãe Verónica Francisco Lengo por ser a pessoa responsável pela minha
educação, formação e sobre tudo por ser a minha força nos momentos de
fraqueza.

ii
AGRADECIMENTO
Em primeiro lugar agradeço a Deus, pois me concedeu a vida e saúde. E em
seguida aos meus pais João Lengo e Verónica Francisco Lengo.

Agradeço ao meu tutor Agostinho Panzu, pela disponibilidade e apoio prestado


desde o início até a conclusão do trabalho e pelo apoio.

A todo corpo docente da universidade, em especial aos Engenheiros, Agostinho


Panzu, Maria Teca, Alice Cabral e Nelson José.

Aos Colegas e amigos Solino Quissongo, Antonia Beatriz, Denilson Kandala,


Nivaldo Nsumbo e Guilhermina Ramos, pelo suporte durante esses anos.

Aos meus irmãos Elisângela Lengo, Alzira Lengo, Jeniffer Lengo, e a todos que
directas ou indirectamente me apoiaram, aqui vai meu muito obrigado.

iii
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1

PROBLEMÁTICA .............................................................................................. 2

HIPÓTESES ....................................................................................................... 2

JUSTIFICATIVA................................................................................................. 3

OBJECTIVOS .................................................................................................... 4

Objectivos Geral.............................................................................................. 4

Objectivos Específicos .................................................................................... 4

MOTIVAÇÃO ..................................................................................................... 5

METODOLOGIA ................................................................................................ 6

ESTRUTURA DE TRABALHO .......................................................................... 7

CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA E CONCEITUAL ..................... 8

1.1 Redes de Computadores ...................................................................... 8

1.1.1 Rede Corporativa............................................................................ 8

1.2 Classificação das redes quanto a área geográfica ................................ 8

1.2.1 Rede LAN- Local Área Network ...................................................... 9

1.2.2 Rede MAN – Metropolitan Área Network ........................................ 9

1.2.3 Rede WAN- Wide Área Network ..................................................... 9

1.3 Arquitectura de Rede .......................................................................... 10

1.3.1 Redes Ponto-a-Ponto ................................................................... 10

1.3.2 Redes Cliente-Servidor................................................................. 10

1.4 Topologia de Rede .............................................................................. 11

1.4.1 Topologia em Barramento ............................................................ 11

1.4.2 Topologia em Estrela .................................................................... 12

1.4.3 Topologia em Anel ........................................................................ 12

1.5 Modelos de referências ....................................................................... 13

1.5.1 Modelo TCP/IP ............................................................................. 13

iv
1.5.2 O Modelo OSI ............................................................................... 14

1.5.2.1 A camada de Aplicação ......................................................... 15


1.5.2.2 Camada de Apresentação...................................................... 16
1.5.2.3 Camada de Sessão ................................................................ 16
1.5.2.4 Camada de Transporte .......................................................... 16
1.5.2.5 Camada de Rede ................................................................... 17
1.5.2.6 Camada de Enlace ................................................................. 17
1.5.2.7 Camada Física ....................................................................... 18
1.6 Infra-estrutura de Rede ....................................................................... 18

1.7 Cablagem Estruturada ........................................................................ 18

1.8 Normalização ...................................................................................... 19

1.9 Componentes de redes ....................................................................... 19

1.9.1 Placas de rede .............................................................................. 19

1.9.2 Switches ....................................................................................... 20

1.9.3 Classificação dos Switches .......................................................... 20

1.9.3.1 Switches de camada 2 ........................................................... 20


1.9.3.2 Switches de camda 3 ............................................................. 20
1.9.4 Router ........................................................................................... 20

1.9.4.1 Tipos de Roteamentos ........................................................... 20


1.9.4.2 Roteamento Estático .............................................................. 21
1.9.4.3 Rota Dinâmica........................................................................ 21
1.9.4.3.1 Protocolo EIGRP ......................................................................... 21
1.9.4.3.2 Características do Protocolo ........................................................ 22
1.9.5 Cabos ........................................................................................... 22

1.9.5.1 Cabo Coaxial.......................................................................... 22


1.9.5.2 Cabo de par trançado ............................................................ 22
1.9.5.3 Fibra óptica ............................................................................ 23
1.9.6 MPLS ............................................................................................ 24

1.9.7 Virtual Local Area Network (VLAN) ............................................... 24

1.9.7.1 Vantagens da VLAN ............................................................... 25


1.9.7.2 Protocolo de Configuração e Manutenção de VLAN .............. 25

v
1.9.7.3 Funcionamento do Protocolo VTP ......................................... 25
CAPITULO II - CASO DE ESTUDO ................................................................. 27

2.1 Sobre a Empresa ................................................................................ 27

2.2 Visão ................................................................................................... 27

2.3 Missão ................................................................................................. 27

2.4 Valores ................................................................................................ 27

2.5 Situação actual da Empresa ............................................................... 27

2.6 Planta da Tec-Retina Luanda-Malanje ................................................ 28

2.7 Funcionamento da actual Infra-Estrutura ............................................ 28

2.8 Topologia física da rede actual ........................................................... 29

CAPITULO III – PROPOSTA DE SOLUÇÃO DA REDE ANGSOFT ............... 30

3.1 Matriz distribuição ............................................................................... 30

3.2 Planta Tec-Retina Luanda-Malanje ..................................................... 30

3.2.1 Rack- sede ................................................................................... 31

3.3 Topologia Logica ................................................................................. 31

3.4 Arquitectura genérica da rede ............................................................. 32

3.4.1 Camada de núcleo........................................................................ 32

3.4.2 Camada de distribuição ................................................................ 32

3.4.3 Camada de acesso ....................................................................... 34

3.5 Vantagens da solução ......................................................................... 34

3.6 Considerações técnicas da solução proposta. .................................... 34

3.6.1 Escalabilidade............................................................................... 35

3.6.2 Operacionalidade.......................................................................... 35

3.6.3 Redundância................................................................................. 35

3.7 Convenções de nomenclatura ............................................................. 35

3.8 Descrição da Solução Proposta .......................................................... 36

3.9 Descrição de cada equipamento proposto .......................................... 37

vi
3.9.1 Router Cisco 2921 ........................................................................ 37

3.9.2 Switch Layer 3 C3560x-48-L........................................................ 37

3.9.3 Switch Layer 2 WS-C2960S-48LPS-L .......................................... 38

3.9.4 Ip Phone 7960G - CCME .............................................................. 38

3.9.5 Firewall Asa 5505 ......................................................................... 39

3.9.5.1 O ASA servira para executar os seguintes serviços: ............. 39


3.10 Endereçamento ................................................................................ 39

3.11 Topologia Física ............................................................................... 41

CAPITULO IV- IMPLEMENTAÇÃO ................................................................. 43

4.1 Softwares Utilizados ............................................................................ 43

4.2 O Microsoft Visio ................................................................................. 43

4.3 Paint .................................................................................................... 43

4.4 O Packet Tracer .................................................................................. 43

4.5 Configurações ..................................................................................... 43

4.6 Configuração das interfaces do router de Luanda .............................. 44

4.7 Configuração das interfaces do router de Malanje .............................. 44

4.8 Configuração do protocolo de roteamento EIGRP no router Luanda. . 44

4.9 Configuração do protocolo de roteamento EIGRP no router Malanje. 44

4.10 Configuração das interfaces do call Manager Express (CME) ......... 45

4.11 Configuração do serviço de voz no CME ......................................... 45

4.12 Custos do projecto ........................................................................... 45

4.13 Custos de serviços ........................................................................... 46

4.14 Cronograma das actividades ........................................................... 46

CONCLUSÃO .................................................................................................. 47

RECOMENDAÇÕES ........................................................................................ 48

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 49

ANEXOS .......................................................................................................... 50

vii
Anexo I – Factura Proforma de Custo de Link .............................................. 50

viii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Lista de Equipamentos em Luanda .................................................................... 28
Tabela 2 - Lista de Equipamentos em Malanje ................................................................... 28
Tabela 3 - Nomenclatura ......................................................................................................... 36
Tabela 4 - Endereçamento Do Core Layer .......................................................................... 40
Tabela 5 - Distribution Layer e Acess Layer(Luanda) ........................................................ 40
Tabela 6 - Distribution Layer e Acess Layer(Malanje)........................................................ 41
Tabela 7 - Custo de Equipamentos ....................................................................................... 46
Tabela 8 - Custos de serviços ................................................................................................ 46
Tabela 9 - Cronograma das Actividades .............................................................................. 47

ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Modelo TCP/IP........................................................................................................ 14
Figura 2 - Modelo OSI ............................................................................................................. 15
Figura 3 - Logotipo Tec-Retina ............................................................................................... 27
Figura 4 - Planta actual dos escritorios ................................................................................. 28
Figura 5 - Topologia Física Actual ......................................................................................... 29
Figura 6 - Matriz Distribuição ................................................................................................. 30
Figura 7 - Planta Proposta da Tec-Retina ........................................................................... 30
Figura 8 - Bastidor Tec-Retina Luanda ................................................................................. 31
Figura 9 - Topologia Logica .................................................................................................... 31
Figura 10 - Router Cisco 2921 ............................................................................................... 37
Figura 11 - Switch Layer 3 C3560 ......................................................................................... 38
Figura 12 - Switch Layer 2 C2960 ......................................................................................... 38
Figura 13 - IP Phone 7960G - CCME.................................................................................... 38
Figura 14 - Topologia Fisica ................................................................................................... 41
Figura 15 - Configuração dos Routers .................................................................................. 44
Figura 16 - Configuração das Interfaces de router Luanda ............................................... 44
Figura 17 - Configuração das Interfaces de router Huila ................................................... 44
Figura 18 - configurações do protocolo EIGRP no router Luanda ................................... 44
Figura 19 - configurações do protocolo de roteamento EIGRP no router ....................... 44
Figura 20 - Configuração das interfaces do call Manager Express (CME) ..................... 45
Figura 21 - Configuração do serviço de voz no ( CME) ..................................................... 45
Figura 22 - Configuração do serviço de voz no( CME) ...................................................... 45
Figura 23 - Configuração do serviço de voz no ( CME) ..................................................... 45
Figura 24 - Preço do Link Mutitel ........................................................................................... 50

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS


OSI - Open System Interconnection.

TCP/IP - Transmission Control Protocol / Internet Protocol.

DNS - Domain Name System

FTP - File Transfer Protocol

SMTP - Simple Mail Transfer Protocol.

x
IGRP - Interior Gateway Routing Protocol.

VLAN - rede local virtual.

IEEE - Instituto de Engenharia Eléctrica e Electrónica.

UDP - User Datagram Protocol.

CME - Call Manager Express

RESUMO
As redes estruturadas representam uma grande parte dos investimentos em
tecnologia da informação. Estes investimentos necessitam ser bem planeados
ou projectados para evitar gastos futuros devido ao rápido avanço da tecnologia.
O facto é que cada vez mais as empresas para se tornarem competitivas e
sobreviverem no mercado têm investidos em tecnologias de informação, como a
única forma de tornar seguro o processo decisório. E é nesse quadro que as

xi
redes de computadores se proliferam encurtando as distancias e diminuindo o
tempo de resposta entre as transacções, entre organizações de todo mundo.

Este trabalho visa englobar todos os aspectos técnicos relacionados a estrutura


de uma rede em geral como seus objectivos, classificação e estruturação. E
também a respeito das camadas, protocolo, tecnologia, topologia que estruturam
uma rede.
Desta forma, a monografia foi elaborada visando nas normas mais utilizadas,
permitindo que a distribuição do tráfego entre vários pontos seja feita da forma
mais correcta possível e assim permitindo que a rede seja de fácil compreensão.

Assim sendo as linhas que se seguem trazem um conteúdo, mas abrangente e


elucidativo do tema em questão.

Palavra-chave: Redes de Computadores, Implementação de Infra-estrutura da


rede Tec-Retina (Luanda-Malanje)

ABSTRACT
Structured networks represent a large part of the investments in information
technology. These investments need to be well planned and designed to avoid
future expenses due to the rapid advancement of technology. The fact is that
more and more companies to become competitive and survive in the market have
invested in information technologies as the only way to make the decision-making
insurance. It is in this framework that computer networks proliferate shortening
distances and reducing the response time between transactions between
organizations globally.

xii
This work aims to cover all technical aspects of the structure of a comprehensive
network as its objectives, classification and organization. And also about the
layers, protocol, technology, topology structuring a network.
Thus, the monograph has been prepared aiming in the most used standards,
allowing the distribution of traffic between various points is made in the most
rational manner possible and allowing the network to be easily understood.
Therefore the lines that follow bring content, but comprehensive and instructive
to the issue at hand.

Keyword: Computer Networks, Implementation Of Infrastructure Tec-Retina


Network (Luanda, Malanje)

xiii
INTRODUÇÃO
Com o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação (TIC),
vem sendo possível integrar vários serviços (voz, dados, imagens) em uma
mesma infra-estrutura de rede tornando hibrida ou seja em único canal de
comunicação passa diversos tipos de informação o que no passado não era
possível, possibilitando a interligação de empresas e respectivas filiais,
permitindo a comunicação e partilha de informação entre elas, dando rapidez e
mobilidade na manipulação da informação entre os segmentos da empresa,
permitindo a redução de custos, qualidade na comunicação e satisfação dos
utentes dos serviços proporcionados pelas instituições que aderem as TIC’s.
É esta necessidade que serve de base para a implementação de sistemas de
informação e comunicação que assumem um papel de destaque no
desenvolvimento e sustentação das informações processadas numa
organização, cujas funcionalidades permitem agilizar os processos das tarefas
inerentes à gestão e funcionamento da empresa, que por um lado, permite
assunção de vantagens comparativa e competitiva, face a concorrência, e por
outro, garantir a afirmação da mesma, face ao domínio das TICs na actualidade,
as empresas a investirem em reformas dos processos, bem como a integração
do mesmos, nos Sistemas de informação.
Assim, o foco desde trabalho cinge-se na apresentação do projecto de
implementação de uma rede corporativa, de forma a suportar qualquer
equipamento de telecomunicações tais como (voz, dados, imagem) interconectar
com a sua filial sita na província de Malanje.

1
PROBLEMÁTICA
A empresa AngsoftLda (Luanda-Malanje) tem registado nos últimos anos um
crescimento do negócio, em consequência do aumento das solicitações dos
clientes, devido a qualidade impar dos serviços prestados no mercado Angolano.

Contudo, a continuidade da qualidade acima referida, é condicionada devido a


fraca capacidade do actual parque tecnológico de ambas, o que têm causado
vários transtornos de ordem financeira e estratégica, devido a inexistência de
uma infra-estrutura capaz de atender os novos desafios, garantir comunicações,
bem como a partilha de recursos e serviços.

Assim, questiona-se “Que benefícios trará a implementação da nova infra-


estrutura de rede a organização?”

HIPÓTESES

 Facilitara a comunicação da sede com a sua filial.


 Permitira a partilha dos recursos de forma rápida, segura e confiável;
 A redução dos custos no que concerne a serviço de voz.

2
JUSTIFICATIVA
As empresas têm investido fortemente nos sistemas de informação, devido a
dinâmica do mercado e o crescimento da sociedade digital, em busca de maior
capacidade de resposta e do consequente aumento do Marketshare (Fatia do
mercado).

Este investimento, apresentado neste trabalho, justifica-se pela necessidade de


agilizar os processos de negócios da empresa AngsoftLda (Luanda-Malanje) na
área das Tic´s, mediante a implementação de uma infra-estrutura de rede.

3
OBJECTIVOS

Objectivos Geral

Fornecer os serviços básicos a Angsoft, referente à rede de computadores, como


cabeamento estruturado, segurança, voz, servidor de arquivos compartilhado,
sistema de backup e controle de acesso e Internet de alta velocidade.

Objectivos Específicos

 Garantir que haja comunicação e partilha de recursos entre a sede e a


filial;
 Estabelecer uma base que permita a evolução faseada para novas
tecnologias emergentes;
 Minimizar os custos a nível de comunicações voz (interna).

4
MOTIVAÇÃO
Visto que, face a dinâmica das sociedades, as empresas necessitam agilizar os
processos de negócio com vista a dar resposta ao mercado, a elaboração deste
trabalho, teve por base as seguintes motivações:

 Elucidar a importância que as infra-estruturas de redes têm na


satisfação das necessidades das empresas, bem como na garantia da
disponibilidade dos serviços disponibilizados pela mesma;
 O entusiasmo pelo facto de implantar uma infra-estrutura de rede,
focado em aspectos práticos e técnicos na execução da tarefa num caso
real.

5
METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a realização deste trabalho é o estudo analítico e
descritivo, que visa determinar as reais necessidades da organização com
objectivo de proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a torna-
lo mais explicito a construir as hipóteses.
Para a realização desse projecto realizou-se o tipo de pesquisa bibliográfica
porque a fundamentação teórica que o trabalho presenta obteve-se em livros
especializados sobre o tema, sites com credibilidade literárias para o efeito, os
mesmos serão referenciados nos termos bibliográficos do projecto.

6
ESTRUTURA DE TRABALHO
Para melhor apresentação e organização dos temas abordados, este trabalho é
constituído pelos seguintes capítulos:

Capitulo I Fundamentação Teórica – Onde são apresentados os vários conceitos


relacionados ao tema abordado, e que fundamentam a solução apresentada
neste trabalho;

Capitulo II Caso de Estudo – Onde é apresentada toda informação pertinente,


relacionada a empresa em estudo, e a situação tecnológica actual;

Capitulo III Solução Proposta – Onde é apresentada a solução tecnológica


proposta, bem como o conjunto de requisitos para a sua implementação;

Capitulo IV Implementação – Onde são apresentadas as configurações


realizadas, as actividades que comportam o projecto, os custos associados ao
mesmo, bem como as recomendações e a conclusão.

7
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA E CONCEITUAL

1.1 Redes de Computadores

As redes de computadores podem ser definidas como um conjunto de


equipamentos, que além de compartilhar dos mesmos recursos, também podem
trocar informações entre si. Os recursos são, por exemplo, a conexão com a
internet, dividida entre todas as máquinas conectadas a uma determinada rede.
Basicamente, uma empresa não pode existir, sem possuir uma rede. Ela
possibilita o compartilhamento de dados, equipamentos e a comunicação entre
os usuários. Além do mais, as redes de computadores podem existir em
diferentes formatos, não apenas em um.

1.1.1 Rede Corporativa


É um sistema de transmissão de dados que transfere informações entre
diversos equipamentos de uma mesma corporação, tais como computadores
pessoais, servidores de documentos e arquivos, impressoras, câmeras de vídeo,
e entre alguns desses equipamentos e o mundo externo.

1.2 Classificação das redes quanto a área geográfica


Quanto a área geográfica as redes podem classificar-se em:

 SAN (Rede de armazenamento)


 LAN (Rede de área local)
 WLAN (Rede de área local sem fio)
 PAN (Rede de área pessoal.)
 MAN (Rede metropolitana)
 WAN (Rede de longa distância)
 WWAN (Rede de ampla área sem fio)
 RAN (Regional Area Network)
 CAN (Rede de campus)

8
1.2.1 Rede LAN- Local Área Network
Uma rede individual geralmente se espalha por uma única área geográfica,
fornecendo serviços e aplicações a pessoas dentro de uma estrutura
organizacional comum, tal como um único negócio, ou região.

1.2.2 Rede MAN – Metropolitan Área Network


A MAN é uma versão ampliada de uma rede LAN, são redes que ocupam o
perímetro de um bairro ou uma cidade. Permite que empresas com filiais em
bairros diferentes se comunicam entre si.

1.2.3 Rede WAN- Wide Área Network


WAN são nada mais, nada menos de que uma infra-estrutura que consegue
suporte um conjunto de LANs e tendo uma cobertura bastante grande
geograficamente, cobrindo um país, um continente, ou até mesmo vários
continentes.

1.2.4 Rede SAN- Rede de armazenamento

Os storage networks, ou redes de armazenamento, diferenciam-se de outras


formas de armazenamento em rede pelo método de acesso em baixo nível que
eles apresentam. O tráfego de dados nessas redes é bastante similar àqueles
usados internamente em discos, como ATA e SCSI.

1.2.5 Rede CAN- Redes de campus

A CAN (Campus Area Network) – ou seja, uma rede de campus – possui um


propósito bastante parecido com a LAN. Contudo, ela já possui um alcance
maior.

1.2.6 Rede PAN- Rede de área pessoal

(Personal Area Network), que significa rede de área pessoal, é a com maior
limitação de alcance. Ela conecta apenas aparelhos que estão a uma distância
curtíssima, um exemplo desse tipo de rede é o Bluetooth.

9
1.2.7 Rede RAN- Wide Área Network

RAN é a sigla para Regional Area Network, em português, rede de área regional.
Conta com alcance maior que as redes do tipo LAN e MAN, porém menor que as
WAN. A conexão de alta velocidade, através de fibra ótica, é uma de suas
principais características.

1.2.8 Rede WWAN- Rede de ampla área sem fio

rede de longa distância sem fio (em inglês: Wireless Wide Area Network, sigla
WWAN) é uma tecnologia que as operadoras de celulares utilizam para criar a
sua rede de transmissão (CDMA, GSM, etc).

1.3 Arquitectura de Rede

O termo redes de computadores está cada vez mais em desuso com as novas
tecnologias e dispositivos que estão sendo interconectados na internet pública.
Estes dispositivos conhecidos como sistemas finais não são unicamente
compostos de computadores de mesa mas também de uma grande variedade
de equipamentos que incluem telefones celulares, sistemas de automação
residencial ou industrial, computadores portáteis e aparelhos eletrônicos
diversos.
Existem duas arquitecturas mais comuns que são:

 Redes Ponto-a-Ponto;
 Redes Cliente-Servidor.

1.3.1 Redes Ponto-a-Ponto


Nesta arquitectura cada máquina pode comunicar directamente com a outra por
padrão nenhum computador possui autoridade sobre outro.

1.3.2 Redes Cliente-Servidor


Esta arquitectura possui gerenciamento centralizado de informações que são
compartilhadas com outras máquinas para actuar como servidor é necessário
um sistema operativo especializado para prover serviços de rede.

10
1.4 Topologia de Rede
A topologia de rede é o padrão no qual o meio de rede está conectado aos
computadores e outros componentes de rede. Essencialmente, é a estrutura
topológica da rede, e pode ser descrito fisicamente ou logicamente. Há várias
formas nas quais se pode organizar a interligação entre cada um dos nós
(computadores) da rede. A topologia física é a verdadeira aparência ou layout da
rede, enquanto a lógica descreve o fluxo dos dados através da rede. Varias são
as formas de interligação, embora as variações sempre derivem de três modelos
básicos, que são:

 Topologia em Barramento;
 Topologia Anel;
 Topologia Estrela.
 Topologia Malha

1.4.1 Topologia em Barramento


Todos os computadores são ligados em um mesmo barramento físico de dados.
Apesar de os dados não passarem por dentro de cada um dos nós, apenas uma
máquina pode "escrever" no barramento num dado momento. Todas as outras
"escutam" e recolhem para si os dados destinados a elas. Quando um
computador estiver a transmitir um sinal, toda a rede fica ocupada e se outro
computador tentar enviar outro sinal ao mesmo tempo, ocorre uma colisão e é
preciso reiniciar a transmissão.

11
1.4.2 Topologia em Estrela
A mais comum atualmente, a topologia em estrela utiliza cabos de par trançado
e um concentrador como ponto central da rede. O concentrador se encarrega de
retransmitir todos os dados para todas as estações, mas com a vantagem de
tornar mais fácil a localização dos problemas, já que se um dos cabos, uma das
portas do concentrador ou uma das placas de rede estiver com problemas,
apenas o nó ligado ao componente defeituoso ficará fora da rede.

1.4.3 Topologia em Anel


Na topologia em anel os dispositivos são conectados em série, formando um
circuito fechado (anel). Os dados são transmitidos unidirecionalmente de nó em
nó até atingir o seu destino. Uma mensagem enviada por uma estação passa
por outras estações, através das retransmissões, até ser retirada pela estação
destino ou pela estação fonte.

12
1.4.4 Topologia em Malha
Esta topologia é muito utilizada em várias configurações, pois facilita a instalação
e configuração de dispositivos em redes mais simples. Todos os nós estão
atados a todos os outros nós, como se estivessem entrelaçados. Já que são
vários os caminhos possíveis por onde a informação pode fluir da origem até o
destino.

1.5 Modelos de referências


Os modelos de referências que existem são:

 Modelo TCP/IP;
 Modelo OSI.

1.5.1 Modelo TCP/IP


O TCP/IP é uma sequência de protocolos (Transmission Control
Protocol/Internet Protocol - Protocolo de controle de transmissão/Protocolo da
Internet). Essa denominação vem dos nomes de dois protocolos essenciais da
sequência de protocolos, o TCP e o IP. O TCP/IP representa, assim, o conjunto
de regras de comunicação na Internet e baseia-se na noção de endereçamento
IP, isto é, no fato de fornecer um endereço IP para cada computador da rede
para encaminhar pacotes de dados

13
Figura 1 - Modelo TCP/IP

1.5.2 O Modelo OSI


OSI significa Open Systems Interconnection (Interconexão de Sistemas
Abertos). Este modelo foi implementado pela ISO para aplicar um padrão de
comunicações entre os computadores de uma rede, ou seja, aplicar as regras
que geram as mesmas. Na verdade, originalmente, cada construtor tinha um
sistema próprio (chamado de sistema proprietário). Assim, muitas redes
incompatíveis entre elas coexistiam. Por isso, foi preciso estabelecer um padrão
para sanar esse problema. A função do modelo OSI consiste em padronizar a
comunicação entre os computadores para que os diferentes construtores
possam criar produtos (softwares ou hardwares) compatíveis.

O modelo OSI divide-se em sete camadas, que intervém no processo de


comunicação entre dois host, conforme a figura abaixo:

14
Figura 2 - Modelo OSI

1.5.2.1 A camada de Aplicação

Esta camada faz a comunicação entre os programas e os protocolos de


transporte no TCP/IP.

Quando você solicita ao seu cliente de e-mail para fazer o download das
mensagens que estão armazenados no servidor, você está fazendo uma
solicitação à camada de aplicação do TCP/IP, que neste caso é servido pelo
protocolo SMTP. Quando você abre uma página no seu navegador, ele vai

15
requerer ao TCP/IP, na camada de aplicação, servido pelo protocolo HTTP, por
isso que as páginas iniciam-se com http://.

A camada de aplicação possui protocolos importantes e conhecidos, como o


HTTP, FTP, DNS e DHCP.

 O HTTP é utilizado para a comunicação de dados da internet – WWW;


 O FTP é utilizado para a transferência de arquivos de modo interativo;
 O DNS é utilizado para resolver o nome de um host em endereço IP;
 O DHCP é utilizado para oferecer dinamicamente endereços de rede.

1.5.2.2 Camada de Apresentação


A camada de Apresentação, também chamada camada de Tradução, converte
o formato do dado recebido pela camada de Aplicação em um formato comum a
ser usado na transmissão desse dado, ou seja, um formato entendido pelo
protocolo usado. Um exemplo comum é a conversão do padrão de
caracteres (código de página) quando o dispositivo transmissor usa um padrão
diferente.

1.5.2.3 Camada de Sessão


A camada de sessão é responsável por iniciar, controlar e terminar trocas de
dados. Tendo como objectivo principal a troca, a conversão de dados das
aplicações, num formado reconhecido pelas ambas as entidades. Ou seja, a
camada de sessão define como dois dispositivos estabelecem uma ligação, com
segurança, transferência, conexão de dados, e por último verificar se os mesmos
não contêm erros.

1.5.2.4 Camada de Transporte


A camada de Transporte junta dados recebidos pela camada de sessão numa
única fila de dados. Estes dados são segmentados pelo emissor antes de serem
enviados pela camada inferior (camada de rede) e reagrupados pelo receptor
antes de serem encaminhados pela camada superior (camada de sessão).

Os protocolos da camada de transporte mais comuns da pilha de procolos


TCP/IP são:

16
 TCP (Tranfer Control Protocol) com confirmação da recepção. É um
protocolo orientado à conexão, as suas funções adicionais especificadas
pelo TCP são ditas entrega ordenada, entrega confiável e controle de
fluxo.
 UDP (User Datagram Protocol) sem confirmação da recepção. É um
protocolo simples e sem conexão, ele tem a vantagem de fornecer uma
entrega de dados de baixa sobrecarga.

1.5.2.5 Camada de Rede


Quando você solicita ao seu cliente de e-mail para fazer o download das
mensagens que estão armazenados no servidor, você está fazendo uma
solicitação à camada de aplicação do TCP/IP, que neste caso é servido pelo
protocolo SMTP. Quando você abre uma página no seu navegador, ele vai
requerer ao TCP/IP, na camada de aplicação, servido pelo protocolo HTTP, por
isso que as páginas iniciam-se com http://.
A camada de aplicação possui protocolos importantes e conhecidos, como o
HTTP, FTP, DNS e DHCP.
O HTTP é utilizado para a comunicação de dados da internet – WWW;
O FTP é utilizado para a transferência de arquivos de modo interativo;
O DNS é utilizado para resolver o nome de um host em endereço IP;
O DHCP é utilizado para oferecer dinamicamente endereços de rede.

1.5.2.6 Camada de Enlace


A camada de ligação de Dados recebe os dados da camada da rede e
transforma-las em unidades designadas tramas/frames. Na trama contem
17
identificadores que identifica o início o fim do mesmo, bem como outros campos,
como o campo de endereçamento físico de origem e destino dos dispositivos em
comunicação.

1.5.2.7 Camada Física

à consideração dos componentes de hardware envolvidos em um determinado


processo. Em termos de redes, a camada física diz respeito aos meios de
conexão através dos quais irão trafegar os dados, tais como interfaces seriais,
ou cabos coaxiais. É a camada de nível um (físico) dos sete níveis de camadas
do modelo OSI das redes de computadores.

1.6 Infra-estrutura de Rede


A definição da rede estruturada baseia-se na disposição de uma rede de cabos,
integrando os serviços de voz, dados e imagens que, facilmente pode ser
redireccionada no sentido de prover um caminho de transmissão entre quaisquer
pontos desta rede. Numa rede projectada seguindo este conceito, as
necessidades de todos os usuários podem ser atendidos com facilidade e
flexibilidade.

1.7 Cablagem Estruturada


O sistema de cablagem deve ser organizado de forma hierárquica em
subsistemas de cablagem que reflectem a realidade física das instalações. Esta
organização designa-se cablagem estruturada. Cada subsistema consiste numa
estrela centrada num ponto de distribuição de cabos, designado distribuidor.

Principais características das Infra-estruturas de Cablagem Estruturada:

Conjunto de Equipamentos Passivos:

 Cabos, Tomadas, Painéis de Distribuição, Bastidores, Caminhos de


Cabos, etc.

Destinam-se fundamentalmente ao suporte físico das Infra-estruturas TIC


(Tecnologias de Informação e Comunicação), permitindo assim a interligação
dos equipamentos Informáticos e Activos de Rede como:

18
 Equipamento Terminal (PC, Impressoras), Servidores, Switches, Routers,
etc.
 Instaladas nos Edifícios e em Campus a par de outras especialidades;
 Baseadas em Soluções Abertas e Normalizadas;
 Genéricas, Flexíveis e Independentes das Tecnologias / Fabricantes.

1.8 Normalização
A Normalização é um aspecto fundamental a ter em consideração no Desenho
(Dimensionamento e Selecção de Componentes do Projecto), Planeamento e
Instalação de Infra-estruturas de Cablagem. Devem ser observadas em primeiro
lugar as Normas Internacionais, na ausência destas para determinados aspectos
específicos respeitar as Normas Regionais, Nacionais ou de Associações de
Profissionais / Fabricantes.

1.9 Componentes de redes


Uma rede de computadores torna-se operacional quando existe a interligação
dos computadores de forma local ou remota, na teoria verificamos como as redes
funcionam, agora é necessário ou precisamos saber quais os equipamentos que
tornam isso possível. Para fazê-las, são necessárias placas de rede, cabos,
conectores, concentradores ou comutadores, o sistema operacional e o cliente
de acesso.

1.9.1 Placas de rede


Este periférico é o componente mais importante da estação de trabalho da rede.
Seu objectivo principal é enviar os dados através da rede e receber aqueles
enviados para a estação de trabalho.

A estação de trabalho deve ser configurada para enviar os dados da rede para
o endereço de porta correcto e a placa deve ser configurada para reconhecer
quando os dados são enviados para esse endereço. Se as configurações do
hardware não estiverem de acordo, os dados serão enviados para qualquer outro
lugar (para impressora, mouse ou qualquer outro), a rede não conseguirá
responder e a estação de trabalho poderá simplesmente travar.

19
1.9.2 Switches
Switches são dispositivos que filtram e encaminham pacotes entre segmentos
(sub-redes) de redes locais. Operam na camada de enlace (camada 2) do
modelo OSI, devendo ser independentes dos protocolos de camada superior.

1.9.3 Classificação dos Switches


Quanto a forma de segmentação de sub-redes os switches podem ser
classificados como:

 Switches de camada 2;
 Switches de camada 3.

1.9.3.1 Switches de camada 2


São os switches tradicionais, que efectivamente funcionam como bridges multi-
portas. Sua principal finalidade é de dividir uma LAN em múltiplos domínios de
colisão, ou, nos casos das redes em anel, segmentar a LAN em diversos anéis.

1.9.3.2 Switches de camada 3


São os switches que, além das funções tradicionais da camada 2, incorporam
algumas funções de roteamento.

1.9.4 Router
É um dispositivo que liga vários segmentos normalmente diferentes, de uma
rede, numa só internetwork (José Magalhães).

Os router, também, são equipamentos do tipo ponte. Entretanto, os router


operam na camada de rede do modelo OSI (camada 3); são os responsáveis por
fazer o encaminhamento dos pacotes IP, que é um protocolo da camada de rede.

Os router são os principais responsáveis por:

 Determinar o melhor caminho para enviar pacotes;


 Encaminhar pacotes para o destintos.

1.9.4.1 Tipos de Roteamentos


Existem dois tipos de roteamento que são:

Estatico e Dinamico.

20
1.9.4.2 Roteamento Estático
Uma rota estática inclui o endereço de rede e a máscara de sub-rede da rede
remota, além do endereço IP do roteador do próximo salto ou da interface de
saída. As rotas estáticas são denotadas com o código S na tabela de roteamento.

1.9.4.3 Roteamento Dinâmica


As redes remotas também podem, usar um protocolo de roteamento dinâmico.
Os protocolos de roteamento dinâmico são usados por roteadores para
compartilhar informações sobre o alcance e o status de redes remotas.

Existem diversos protocolos de roteamento dinâmico para IP, eis alguns mais
comuns para pacotes IP:

 Protocolo de informações de roteamento (RIP, Routing Information


Protocol);
 Protocolo de Roteamento de Gateway Interior (IGRP, Interior Gateway
Routing Protocol);
 Protocolo de Roteamento de Gateway Interior Aprimorado (EIGRP,
Enhanced Interior Gateway Routing Protocol);
 Abrir caminho mais curto primeiro (OSPF, Open Shortest Path First);
 Protocolo de Roteamento de Borda (BGP, Border Gateway Protocol).

1.9.4.3.1 Protocolo EIGRP


O protocolo EIGRP foi criado pela Cisco e é uma evolução de um protocolo mais
antigo, já em desuso, o IGRP. Ele é classificado como hibrido pois possui tanto
características de protocolos link-state quanto de protocolos distance vector. Sob
o prisma de distance vector apesar o EIGRP manter uma tabela topológica, ele
não é replicado router a router e, portanto, não é consistente por toda a rede –
como ocorre em redes OSPF. Ao invés disso, routers EIGRP constrói em suas
tabelas topológicas com base nas rotas tais como informadas por seus vizinhos
directos. Eles acreditam nas informações recebidas e as insere em sua tabela
topológica. Outra característica de distance vector EIRGP é que ele encaminha
aos seus vizinhos, em suas actualizações, apenas as melhores rotas para uma
rede remota, e não todas as rotas possíveis. Assim, cada router em uma rede
EIGRP terá uma tabela topológica distinta. Do lado link-state, o protocolo EIGRP,
assim como o OSPF estabelece uma relação de vizinhança com os router EIGRP
21
directamente conectados. Ele também trabalha com updates incrementais via
multicast e envia aos seus vizinhos informações sobre eventuais alterações
apenas quando essas ocorrem (e não a tabela completa como faz o RIP).

1.9.4.3.2 Características do Protocolo


 Proprietário cisco (entretanto está em vias de se tornar um padrão
aberto);
 Contagem maxima de saltos igual a 255 com default a 224;
 É um protocolo classless ou seja, oferece suporte a redes com
mascaras variáveis (VLSM e CIDR);
 Assim como o OSPF, oferece suporte a autenticação;
 Suporta nativamente múltiplos protocolos de camada 3 (Ipv4, Ipv6);
 Utiliza um algoritmo dual que inibe a formação de loops e é bastante
eficiente;
 Ao invés de TCP ou UDP, adopta o protocolo próprio para transporte de
suas informações chamado RTP.

1.9.5 Cabos
O Cabeamento é um assunto complexo, mas felizmente, são apenas utilizados
na instalação de um cabeamento estruturado para sinais (voz, dados, imagens).

Os três principais grupos de cabos nas conexões das maiorias das redes são:

 Coaxial (fino e grosso);


 Par trançado (blindado e não blindado);
 Fibra óptica (mono e multi-modo).

1.9.5.1 Cabo Coaxial


O cabo coaxial é constituído por um núcleo de cobre sólido cercado por um
isolante, uma blindagem de malha metálica e uma cobertura externa. Uma
camada de folha isolante e outra camada de blindagem de malha metálica
constituem o que se chama de blindagem dupla. Contudo, para ambientes
sujeitos a interferências mais altas.

1.9.5.2 Cabo de par trançado


O cabo de par trançado consiste em vários fios de cobre isolados e entrançados
aos pares, e por sua vez, esses pares trançados são cobertos por um
isolamento. Existem dois tipos de cabos de par trançado, STP (Shielded Twisted

22
Pair) e UTP (Unshielded Twisted Pair), a principal diferença entre eles é que, o
cabo STP contém blindagem, o que proporciona uma melhor transmissão de
dados, enquanto que o cabo UTP não a tem.

O cabo STP é mais resistente a interferências, porque para além de ter os cabos
trançados utilizam também uma blindagem (metálica), sendo mais adequados
para ambientes com fortes fontes de interferências.

Quando os cabos, que transportam sinais eléctricos estão demasiado perto uns
dos outros, provocam interferências electromagnéticas, assim o cabo UTP utiliza
pares entrelaçados para minimizar estas interferências e também para minimizar
o ruído (interferências exteriores).

1.9.5.3 Fibra óptica


Cabos de fibra óptica estão substituindo fios de cobre para aumentar a
velocidade de transmissão de informação digital. Estes cabos são feixes de “fios
de vidro” extremamente puros que foram revestidas em duas camadas de
plástico reflexivo. Uma fonte de luz é ligada e desligada rapidamente a uma
extremidade do cabo de transmissão de dados digitais.

A luz viaja através dos fios de vidro e de forma contínua reflete fora do interior
dos revestimentos plásticos espelhados em um processo conhecido como
reflexão total interna. Sistemas baseados em fibra óptica podem transmitir
bilhões de bits de dados por segundo, e eles podem até mesmo levar vários
sinais ao longo da mesma fibra usando lasers de cores diferentes.

As fibras ópticas podem ser basicamente de dois modos:

 Monomodo- trasmite apenas um sinal de luz, têm uma transmissão mais


rápida do que os cabos multimodo, pois neles a luz viaja em linha recta,
fazendo o caminho mais curto;
 Multimodo- contêm vários sinais que se movem dentro do cabo o sinal
viaja batendo continuamente nas paredes do cabo, tornando-se mais
lento e perdendo a intensidade mais rapidamente.

23
1.9.6 MPLS
O protocolo MPLS é definido pelo IETF (Internet Engineering Task Force) e
consiste em uma tecnologia de chaveamento de pacotes que possibilita o
encaminhamento e a comutação eficientes de fluxos de tráfego através da rede,
apresentando-se como uma solução para diminuir o processamento nos
equipamentos de rede e interligar com maior eficiência redes de tecnologias
distintas.

1.9.6.1 MPLS funcionamento

O protocolo MPLS é uma tecnologia de encaminhamento de pacotes baseada em rótulos


(labels) que basicamente funciona, com a adição de um rótulo nos pacotes de tráfego à
entrada do backbone, a partir daí, todo o encaminhamento pelo backbone passa a ser feito
com base neste rótulo. Comparativamente ao encaminhamento IP, o MPLS torna-se mais
eficiente uma vez que dispensa a consulta das tabelas de routing. Este protocolo permite
a criação de Redes Virtuais Privadas garantindo um isolamento completo do tráfego com
a criação de tabelas de “labels” (usadas para roteamento) exclusivas de cada VPN.

1.9.7 Virtual Local Area Network (VLAN)


VLAN (Rede Local Virtual) é uma rede local que agrupa um conjunto de
máquinas de maneira lógica.

Com efeito, numa rede local a comunicação entre as diferentes máquinas é


governada pela arquitectura física. Graça as rede é possível livrar-se das
limitações da arquitectura física, definindo uma segmentação física, baseada

24
num agrupamento de máquinas graças a critérios (endereço MAC, números de
Portas).

1.9.7.1 Vantagens da VLAN


A VLAN permite definir uma nova rede acima da rede física e a esse respeito
oferece as seguintes vantagens:

 Mais flexibilidade para a administração da rede porque qualquer


arquitectura pode ser alterada por simples parametrização dos
comutadores;
 Ganho em segurança porque as informações são encapsuladas num nivel
suplementar e são eventualmente analisados;
 Redução da divulgação do tráfego sobre a rede.

1.9.7.2 Protocolo de Configuração e Manutenção de VLAN


A configuração e manutenção de VLAN múltiplas em redes com mais de um de
switch pode se tornar bastante difícil. Como solução de gerir a configuração de
VLAN, a Cisco desenvolveu um protocolo proprietário designado Protocolo de
Configuração de VLAN (VTP- Vlan Trunking Protocol).

O protocolo VTP, controla dinamicamente a adição, remoção e alteração de


VLAN em todos os switches da rede. Permitindo reduzir desta forma a
inconsistências nas configurações.

1.9.7.3 Funcionamento do Protocolo VTP


Para manter a conectividade das Vlans em toda a estrutura do switch, as Vlans
devem ser configuradas em cada switch. O protocolo VTP (Vlan Trunking
Protocol) da garante um método mais fácil para a manutenção de uma
configuração de Vlan consistente em toda a rede comutada. Os switches podem
operar em três modos diferentes, sejam eles os seguintes:

 O VTP modo servidor é o switch que detêm as informações sobre a(s)


VLAN(s), tais como número de VLAN’s, nomes e outros parâmetros;
 VTP modo Cliente: é o switch que recebe informações de VLAN existente
na rede e o armazena. Essas informações são recebidas de um switch
em modo servidor (VTP server);
25
 VTP modo Transparente: é um switch especial, ele fica no meio termo
entre server e client, mas não participa do domínio VTP. Ele pode criar,
alterar e apagar as informações localmente sem afetar a outros switches.
Em modo transparante há o encaminhamento de atualizações de VTP
pelos seus links.

26
CAPITULO II - CASO DE ESTUDO

2.1 Sobre a Empresa


A Angsoft, fundado em setembro de 2012, está focado no desenvolvimento de
soluções para a infraestrutura de redes, mantendo o equilíbrio entre a
performance e a segurança da informação voltados exclusivamente para o
mercado corporativo. Ao longo dos mais de dez anos de experiência, Angsoft
vem progredindo e buscando a excelência. Para isso utiliza importantes
ferramentas de gestão aliada a uma visão estratégica. Outro fator importante é
a filosofia da empresa, baseada em três pilares: controle, proteção e
rastreabilidade.

Figura 3 - Logotipo angsoft

2.2 Visão

A nossa maior visão é torna-se líder no mercado nacional na área de informática


e telecomunicações atingindo um alto nível de qualidade de serviço, atendimento
e conforto dos nossos clientes.

2.3 Missão

A missão da AngSoft é de proporcionar a satisfação dos nossos clientes


através das prestações de serviços na área informática e telecomunicações, isto
é oferecendo conforto, tranquilidade e um preço justo.

2.4 Valores
Ter conhecimento, eficácia, transparência e qualidade nos serviços prestados.

2.5 Situação actual da Empresa


Abaixo são apresentadas em forma de tabela, as listas dos Equipamentos
existentes em cada escritório e respectivas quantidades.

27
Equipamentos Quantidades
Computadores 9
Impressoras 1
Roteador(D-Link) 1
Telefones 1
Tabela 1 - Lista de Equipamentos em Luanda

Equipamentos Quantidades
Computadores 12
Impressoras 2
Roteador (D-Link) 1
Telefones 2
Tabela 2 - Lista de Equipamentos em Malanje

2.6 Planta da Angsoft Luanda-Malanje


A imagem que segue mostra a planta dos escritórios da Angsoft tanto em
Luanda quanto na Malanje.

Figura 4 - Planta actual dos escritorios

2.7 Funcionamento da actual Infra-Estrutura


Actualmente a empresa Angsoft e a sua filial possuem a mesma realidade
tecnológica, ou seja, ambas possuem uma média de doze computadores e duas

28
impressoras, sendo que cada um dos escritórios possui um rooter D-link da Tv
cabo que propaga o sinal da internet para todos os computadores.

Os funcionários enfrentam dificuldades na partilha de recursos e no


estabelecimento das comunicações entre ambos, dispondo apenas de quatro
telemóveis, sendo dois para cada escritório, o que representa pelo menos 10%
da despesa mensal da empresa, e um delay (atraso) na capacidade de resposta
a demanda de projectos.

2.8 Topologia física da rede actual


A imagem que segue mostra como funcionam actualmente os escritórios da
tec-retina tanto em Luanda quanto na Malanje

Figura 5 - Topologia Física Actual

29
CAPITULO III – PROPOSTA DE SOLUÇÃO DA REDE TEC-RETINA

3.1 Matriz distribuição


A imagem abaixo espelha como será feita a ligação entre os escritórios da
Router-AngsoftLda, nomeadamente Luanda (Sede) e Filial (Malanje), bem como
os network providers.

Figura 6 - Matriz Distribuição

3.2 Planta Angsoft Luanda-Malanje


A imagem que segue espelha a planta da rede cablada para ambos escritórios.
Na mesma, também são representados os equipamentos existentes na rede.

Figura 7 - Planta Proposta da Angsoft

30
3.2.1 Rack- sede
Na imagem abaixo é ilustrada os equipamentos que serão acoplados a rack
bem como os seus serviços.

Figura 8 - Bastidor Angsoft Luanda

3.3 Topologia Logica


Abaixo é apresentada a topologia logica da rede, bem como os equipamentos
activos.

Figura 9 - Topologia Logica

31
3.4 Arquitectura genérica da rede
A solução proposta é baseada no conhecido modelo Hierárquico de três
camadas da cisco (Core, distribuition, acess).O modelo de três camadas foi
criado pela cisco para auxiliar projectistas e administradores de rede em tarefas
como desenho, implementação e gerenciamento de uma rede hierarquia
escalável e confiável.

As três camadas são:

 Camada de núcleo;
 Camada de distribuição;
 Camada de acesso.

3.4.1 Camada de núcleo


A camada de núcleo do design hierárquico é o backbone de alta velocidade das
redes interconectadas. Como a camada de núcleo é essencial à
interconectividade entre os dispositivos da camada de distribuição, é importante
que o núcleo seja altamente disponível e redundante. A área do núcleo também
pode se conectar a recursos de Internet. Como o núcleo agrega o tráfego de
todos os dispositivos da camada de distribuição, ele deve ser capaz de
encaminhar grandes quantidades de dados rapidamente.

3.4.2 Camada de distribuição


A camada de distribuição agrega os dados recebidos dos switches da camada
de acesso antes de serem transmitidos para a camada de núcleo para que haja
o roteamento até seu destino final. A camada de distribuição controla o fluxo do

32
tráfego da rede usando políticas e determina domínios de broadcast, realizando
funções de roteamento entre redes locais virtuais (VLANs) definidas na camada
de acesso. As VLANs permitem segmentar o tráfego de um switch em sub-redes
separadas. Switches da camada de distribuição costumam ser dispositivos de
alto desempenho que têm alta disponibilidade e redundância para assegurar a
confiabilidade.

33
3.4.3 Camada de acesso

A camada de acesso faz interface com dispositivos finais, como PCs,


impressoras e telefones IP, para fornecer acesso ao restante da rede. Na
camada de acesso podem estar roteadores, switches, bridges, hubs e pontos de
acesso wireless (AP). O principal propósito da camada de acesso é fornecer um
meio de conectar dispositivos à rede e controlar quais têm permissão de
comunicação na rede.

3.5 Vantagens da solução


 Racionalização de recursos – materializada na convergência de suporte de
serviços diversificados, numa única infra-estrutura;

 Redução de custos de investimento e de operação – proporcionado pela


economia de escala que representa a utilização de uma rede única para suporte
dos serviços tradicionalmente suportados por redes;

 Oferta de serviços de valor acrescentado – pela utilização de uma arquitetura


base convergente (suportando voz, imagem e dados);

3.6 Considerações técnicas da solução proposta.


A presente solução foi desenvolvida tendo em conta os seguintes aspectos:

 Escalabilidade
 Operabilidade
 Redundância

34
3.6.1 Escalabilidade
A solução foi desenhada tendo em conta o factor escalabilidade, permitindo um
crescimento sustentável e modular sem impacto na estrutura da arquitectura. A
arquitectura modular permite a adição ou remoção de qualquer elemento na
estrutura da rede ou de Agregação, sem impacto nos serviços existentes.

3.6.2 Operacionalidade
A solução foi desenhada usando normas standards e melhores práticas
existentes. Desta forma, será possível o uso de equipamentos de gestão
standards e métodos de troubleshooting internacionalmente aplicáveis.

3.6.3 Redundância
A solução foi desenhada com o fundamento de alta disponibilidade, portanto links
redundantes e cartas foram considerados:

 Todos os Routers no CORE layer estão equipados com cartas de


processamento duplo.
 Todos as ligações físicas aos switches Core são redundantes
 Todos os equipamentos no cores (Router, Swicthes e firewall),
possuem dupla fonte de alimentação.
 Para saída de externa também estamos a utilizar dois ISPs colocados
fisicamente em dois Routers.

3.7 Convenções de nomenclatura

As seguintes convenções de nomenclatura será utilizado para os elementos da


rede activos da infra-estrutura de rede da Tec-retina.

Dispositivos Quantidade Hostname


Cisco Router 2621 1 RA- Router-AngsoftLda
Cisco Router 2621 1 RA- Router-Angsoft-Malange
Cisco ASA 5505 1 ASA- Router-AngsoftLda
Cisco Router 2811 2 RA-ISP-TVcabo
Cisco Router 2811 1 RA-ISP-Multitel
Cisco Switch 2960 1 SW-Acess- Router-AngsoftLda
Cisco switch 2960 1 SW-Acess- Router-AngsoftLda
Cisco switch 3560 1 SW-Core- Router-AngsoftLda

35
Cisco switch 2960 1 SW-Acess- Router-Angsoft Malanje
Cisco switch 2960 1 SW-Acess- Router-AngsoftLda
Malanje
Tabela 3 - Nomenclatura

3.8 Descrição da Solução Proposta


A solução apresentada neste projecto, têm como base uma estrutura fisica
composta por dois Routers de borda, sendo um na Matriz (Luanda) e outro na
Filial (Malanje), com a função de prover a comunicação, com recurso ao
protocolo EIGRP, entre ambos sites. A disponibilidade dos serviços é
assegurado por dois ISP´s, nomeadamente TVCabo Angola e Multitel, que
fornecem o serviço MPLS para interligação dos mesmos, sendo que, o primeiro
ISP fornece também o serviço de Internet.

O sinal de Internet que é partilhado entre a sede e a filial, passa por um Firewall
ASA Cisco 5505, cuja função é de filtrar toda informação que entra e sai da rede
corporativa, que por sua vez está conectado ao Router de borda de Luanda.

Temos ligado ao Router 2621XM de Luanda o Switch Cisco Catalyst 3560 de


Layer3 com função de Switch de distribuição, ao qual estão conectados os
Switches de acesso (Switch Cisco Catalyst 2960) de forma redundante e o Call
Manager Express da rede (CME). Os Switches de acesso têm como função
prover comunicação com os dispositivos finais como Servidores, Computadores,
Acess Points, Leitores biométricos e outros.

De modo a melhorar a performance e a segurança desta infra-estrutura, foram


criadas 3 Vlans nomeadamente Produção, Voice e Guest, com o propósito de
segmentar a rede, e diminuir os domínios de Broadcast.

Na Ligação de Malanje esta ligado o Router de borda (Router Cisco 2621XM),


junto a ele esta ligado o (Switch Catalyst 2960) que faz a função de Switch de
distribuição. Esta igualmente ligado ao Switch de distribuição um Switch de
acesso de forma redundante, todos os equipamentos finais da rede como
Servidores, Computadores, telefones, impressoras, Acess Points, Leitores
biométricos e outros estão ligados ao Switch de acesso. Na mesma infra-
estrutura existe á réplica de um servidor de Luanda, com objectivo de assegurar

36
a disponibilidade dos serviços, em caso de ocorrência de quebra no circuito de
comunicação.

3.9 Descrição de cada equipamento proposto


Neste ponto estão descritos todos equipamentos que serão usados para
concepção do projecto e suas funcionalidades.

3.9.1 Router Cisco 2921


Ele possui novas plataformas são arquitetadas para habilitar a próxima fase da
evolução, proporcionando rica colaboração de mídia e de virtualização para o
ramo enquanto maximiza a poupança com custos operacionais. Permitem a
rápida implantação de hardware e software, fornecendo uma base tecnológica
flexível que pode se adaptar rapidamente à evolução das necessidades de rede.

Figura 10 - Router Cisco 2921

3.9.2 Switch Layer 3 C3560x-48-L


Esta serie representa os produtos de uma classe empresarial, empilháveis e
autónomos respectivamente. Estes switches fornecem alta disponibilidade,
escalabilidade, segurança, eficiência energética e facilidade de operação com
características inovadoras como cisco Stackpower, IEEE 802.3af power over
ethernet (PoE assim como configuração +) módulos de rede opcionas, fonte de
alimentação redundante, meios de comunicação de segurança, e controle de
acesso características MAsec.

O Cisco Catalyst 3560-x aumenta a produtividade, permite aplicações tais como


telefonia IP, wireless e de vídeo para experiência de rede sem fronteiras.

37
Figura 11 - Switch Layer 3 C3560

3.9.3 Switch Layer 2 WS-C2960S-48LPS-L


A Principal vantagem desse equipamento é de, proporcionar maior facilidade de
uso, operações de negócios altamente seguro, maior sustentabilidade, e uma
experiência de rede sem fronteiras.

Os switches catalyst 2960-s incluem um novo flexStack(capacidade de


empilhamento),portas de conectividade 1 e10 gigabit, e power over ethernet plus
(PoE+). O cisco catalyst 2960-S são switches de acesso de configuração fixa.

Figura 12 - Switch Layer 2 C2960

3.9.4 Phone 7960G - CCME


O Cisco IP Phone 7960G é um telefone IP com viva-voz, e projectado para áudio
de banda larga. Destina-se a atender as necessidades dos trabalhadores, tipo
de transacção com trafego de telefone significativo. Também possui um alto-
falante e mãos livrem projectadas para áudio auta fidelidade, uma conexão de
fone de ouvido buit-in e um swith ethernet integrado.

Figura 13 - IP Phone 7960G - CCME

38
3.9.5 Firewall Asa 5505
Sera colocado firewall entre o router da sede para garantir segurança da rede
externa dentro da infra estrutura.

3.9.5.1 O ASA servira para executar os seguintes serviços:


 Definir os tipos de protocolos que podem trafegar na rede.
 VPN (Virtual Private Network): para permitir que usuários podem aceder
a rede interna de forma segura a partir de qualquer lugar aonde se
encontrar utilizando internet.
 NAT (Network Address Translation): que permitira que os usuários da
rede utilizando IP privados saem para internet.
 Access List : que definirá as políticas de reencaminhamento de tráfico que
entrará e sairá da rede.

3.10 Endereçamento
Para melhor gestão de endereçamento de IP da rede corporativa da Tec-Retina,
possuirá faixas de endereçamentos, e ainda faixas de endereçamentos para um
futuro crescimento, estas informações estão nas tabelas a baixo.

Endereçamento Do Core Layer


Despositivos Interface Endereço IP Mascara
Router- Serial 0/0 10.10.10.6/30 255.255.255.252
AngsoftLda Serial 0/1 10.10.10.17/30 255.255.255.252
fasthernet0/0 192.168.100.1/24 255.255.255.0
fasthernet0/1 10.10.10.21/30 255.255.255.252
Router-
AngsoftLda - Serial 0/0 10.10.10.10/30 255.255.255.252
Malanje Serial 0//1 10.10.10.14/30 255.255.255.252

39
fasthernet0/0 192.168.10.1/24 255.255.255.0
fasthernet0/1
ISP -TVCABO
Serial 0/1/0 10.10.10.13/30 255.255.255.252
Serial 0/3/0 10.10.10.18/30 255.255.255.252
ISP-MULTITEL
Serial 10/1/0 10.10.10.9/30 255.255.255.252
Serial 10/3/0 10.10.10.5/30 255.255.255.252

ASA 5505 Interface vlan 10.10.10.22/30 255.255.255.252


10

Tabela 4 - Endereçamento Do Core Layer

Distribution Layer e Acess Layer(Luanda)


Vlan Nome Endereço Mascara
50 Voice 192.168.50.1- 255.255.255.0
192.168.50.40

100 Produção 192.168.100.1- 255.255.255.0


192.168.100.100
400 Guest 192.168.100.101- 255.255.255.0
192.168.100.115
Tabela 5 - Distribution Layer e Acess Layer(Luanda)

40
Distribution Layer e Acess Layer(Huila)
Vlan Nome Endereço Mascara
50 Voice 192.168.50.1- 255.255.255.0
192.168.50.40

100 Produção 192.168.100.1- 255.255.255.0


192.168.100.100
400 Guest 192.168.100.101- 255.255.255.0
192.168.100.115
Tabela 6 - Distribution Layer e Acess Layer(Huila)

3.11 Topologia Física

A figura abaixo ilustra a topologia física.

Figura 14 - Topologia Fisica

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42
CAPITULO IV- IMPLEMENTAÇÃO

4.1 Softwares Utilizados


Para a implementação do presente projecto foi necessário a utilização das
seguintes ferramentas:

 Microsoft Visio: para modelagem


 Paint: Edição de Imagem
 Cisco Packet Tracer Student 6.1

4.2 O Microsoft Visio


É um aplicativo para criação de diagramas para o ambiente Windows. O
programa serve para gerar diagramas de diversos tipos, como organogramas,
fluxogramas, modelagem de dados (usando UML ou outra notação gráfica
qualquer), diagramas de redes, plantas baixas, cartazes, etc

4.3 Paint
Software utilizado para a criação de desenhos simples e também para a edição
de imagens.

4.4 O Packet Tracer


É um programa educacional gratuito que permite simular uma rede de
computadores, através de equipamentos e configurações presente em situações
reais. O programa apresenta uma interface gráfica simples, com suportes
multimídia (gráfica e sonora) que auxiliam na confecção das simulações.

4.5 Configurações
O Router de Luanda e Malanje estão ligados através de um em circuito MPLS,
nesta ligação usou-se uma sub-rede de 30 Bits para o processo de interligação
dos dois pontos como mostra a figura abaixo.

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Figura 15 - Configuração dos Routers

4.6 Configuração das interfaces do router de Luanda


A configuração das interfaces do router Luanda encontra-se na figura abaixo.

Figura 16 - Configuração das Interfaces de router Luanda

4.7 Configuração das interfaces do router de Malanje


A configuração do router Huila encontra-se na figura abaixo

Figura 17 - Configuração das Interfaces de router Malanje

4.8 Configuração do protocolo de roteamento EIGRP no router Luanda.


As configurações do protocolo de roteamento EIGRP Luanda encontram-se na
figuara abaixo.

Figura 18 - configurações do protocolo EIGRP no router Luanda

4.9 Configuração do protocolo de roteamento EIGRP no router Huila.


As configurações do protocolo de roteamento EIGRP Huila encontram-se na
figuara abaixo.

Figura 19 - configurações do protocolo de roteamento EIGRP no router

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4.10 Configuração das interfaces do call Manager Express (CME)
As configurações das interfaces do cal maneger express (CME) encontram-se
na figura a baixo.

Figura 20 - Configuração das interfaces do call Manager Express (CME)

4.11 Configuração do serviço de voz no CME


As configurações dos serviços de voz no CME encontram-se nas figura abaixo.

Figura 21 - Configuração do serviço de voz no CME

Figura 22 - Configuração do serviço de voz no CME

Figura 23 - Configuração do serviço de voz no CME

4.12 Custos do projecto


Os valores necessários para compra dos equipamentos a serem usados estão
expostos na tabela abaixo.

Qtde Derscrição Modelo Preço Kz Total/kz


3 Router CISCO2621/K9 273,000,00 819.000.00

2 Servidores Dell R220 E3 239,975,00 479.905.00


2 Servidores HP 380P G8 439,350,00 878.700.00
1 Switches WS-C3560X-48P-L3 319,000,00 319,000.00
4 Switches WS -C2960S 209,000,00 836.000.00
2 Ap- Cisco Airnet AIR-AP 52,000,00 104.000.00
Wireless
1 Asa- Cisco5505 126,000,00 126.000.00
Firewall

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Total 3.562.605 kz

Tabela 7 - Custo de Equipamentos

4.13 Custos de serviços


Os valores necessários para o pagamento dos serviços encontram-se expostos
na tabela abaixo.

Facturas em anexo figura 24.

Serviço Largura de Preços kz


Banda
Link Multitel 4Mbps 591.758.15
Link Tv Cabo 10Mbps
Internt Tv Cabo 10Mbps 89.000Kz
Total
Tabela 8 - Custos de serviços

O projecto esta orçado em 4.243.363.15 Kz. Assim, custo global do projecto fica orçado
em 7.000.000.00 Kz.

4.14 Cronograma das actividades


A tabela a seguir apresenta o cronograma de actividades para a elaboração do
projecto.

Cronograma de Atividades
Atividades Mês
Ago Set Out Nov Dez
Fase de Levantamento de Requisitos
17/08/2019 – 04/09/2019
Elaboração do projecto de pesquisa
07/09/2019 – 25/09/2019
Fase de Teste
28/09/2019 – 02/10/2019
Entrega do projecto

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05/10/2019 – 27/11/2019
Preparação para Defesa
04/11/2019 – 04/12/2019
Tabela 9 - Cronograma das Actividades

CONCLUSÃO
Pelos estudos realizados no presente trabalho pude concluir que:

As redes actualmente estão associadas a necessidade de planear, os sistemas


de cablagem de dados que suporta qualquer equipamento de telecomunicações
permitindo que se agrege varias formas de trafego como: voz, dados vídeo na
mesma infra-estrutura de rede e usam a mesma rede ip de forma assegurar a
longevidade.

Alguns factores foram determinantes para o sucesso na implementação da rede


tec-retina Luanda-Huila como: agilidade na execução dos serviços, alta
capacitação técnica e a qualidade das matérias. Os benefícios imediatos obtidos
foram: a velocidade proporcionando maior agilidade na transmissão dos dados
e integração entre os diversos sistemas de voz e dados.

Desta forma a rede, proporcionou melhor utilização da infra-estrutura, isso gerara


economia na manutenção, com potencial para expansão e vida útil.

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RECOMENDAÇÕES

Actualmente a solução para uma rede corporativa implica na contratação de uma


empresa provedora de canais de comunicação privativos que cobrará uma taxa
mensal pelo serviço, ou estabelecer uma rede via Internet com provedores de
acesso, ou ambos. A corporação pode contratar uma empresa de consultoria
para elaborar o projecto ou pedir sugestão ao provedor. Após definida a solução,
o provedor instalará seus equipamentos (router) nas dependências da
corporação, activará e gerenciará a rede.

A alternativa em que a corporação compra seus roteadores está cada vez menos
interessante pois isso implica em custos e riscos que não interessam à
corporação assumir.

Tendo em vista os objectivos apresentados neste trabalho, este ajudará a ter


uma visão mais abrangente das redes convergentes, este trabalho também
apresentara um grande ênfase em equipamentos de rede gerências da cisco
como router e switch, a ter conhecimentos básicos e ligeiramente avançado
sobre configuração deste equipamento.

Para desenvolver o estudo sobre infra-estrutura de rede corporativa


primeiramente foi feito um levantamento das necessidades da rede da Tec-
Retina, sobre a forma como esta estruturada a rede, analisando suas
necessidades.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXOS

Anexo I – Factura Proforma de Custo de Link

Figura 24 - Preço do Link Mutitel

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