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CENTRO INTEGRADO DE FORMAÇÃO TECNOLOGICA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO


Curso Técnico de Gestão e Administração de Rede

Projecto De Modelo I: Instalação e Configuração de Redes Cisco

ANÁLISE DE QUALIDADE DE SERVIÇO (QoS) EM REDES WAN

Orientador: Engenheiro Celso Bernardo


Luanda, ciclo formativo 2023
Nomes dos Estudantes:
Marcelino Muehombo
José Chocolate
William Ramos
_____________________________________________________

Tema: Análise de Qualidade de Serviço (qos) em Redes Wan

Projecto Modelo I do curso apresentado ao Centro


Integrado de formação Tecnológica como parte de

requisitos de conclusão do modelo instalação e

configuração de redes cisco no curso Técnico de Gestão e


Administração de Rede.

Júri

Presidente
____________________________________

Centro Integrado de Formação Tecnológica

Arguente
____________________________________

Centro Integrado de Formação Tecnológica

Orientador
____________________________________

Centro Integrado de Formação Tecnológica

Luanda, aos _______de____________de 2023


DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho aos nossos colegas. Dedicamos também ao nossos Pais, por todo o
suporte e amor dado a nós e aos nossos, apoio e companheirismo ao longo do tempo.
Agradecimentos
Agradecemos primeiro a Deus por ter nos mantido no caminho certo durante curso com
saúde e forças para chegar até o final, também somos gratos à nossa família pelo apoio que
sempre nos deram.
Gostaríamos de agradecer ao Centro Integrado de Formação Tecnológica em particular o
Departamento de Tecnologias de Informação e comunicação por terão criado este curso que
realmente ajuda um indivíduo a entrar no mundo das Redes.
Agradecimento especial aos nossos formadores e tutor Engenheiro Celso Bernardo pela
atenção e comprometimento com o trabalho. A todos que contribuíram para tornar está
formação possível muito
Obrigado
Epígrafe

“A Inteligência Artificial só dominará o mundo quando as Redes de


Computadores estiverem presentes em 100% do território global. ”
Davis Alves, Ph.D
Resumo
O QoS (Quality of Service) em redes WAN refere-se à capacidade de gerenciar e priorizar o
tráfego de dados para garantir uma qualidade de serviço adequada. Em uma rede WAN, que
conecta várias localidades geograficamente dispersas, o QoS é essencial para otimizar o
desempenho e garantir que determinados tipos de tráfego tenham prioridade sobre outros. A
implementação do QoS envolve várias técnicas e controle para controlar e gerenciar o tráfego
de rede. Isso inclui a classificação do tráfego em diferentes classes de serviço com base em
requisitos de desempenho, como largura de banda, latência e perda de pacotes. Uma vez
classificado, o tráfego pode ser tratado de forma diferenciada usando técnicas como filas de
prioridade, agendamento de pacotes e limitação de taxa. Os principais benefícios do QoS em
redes WAN incluem: 1. Garantia de desempenho: O QoS permite que aplicações sensíveis
ao tempo, como VoIP (Voice over IP) e videoconferência, tenham prioridade sobre o tráfego
menos sensível, garantindo um desempenho adequado e evitando atrasos e atrasos. 2.
Otimização5
Abstract
QoS (Quality of Service) in WAN networks refers to the ability to manage and prioritize data
traffic to ensure adequate quality of service. In a WAN network, which connects several
geographically dispersed locations, QoS is essential to optimize performance and ensure that
certain types of traffic take priority over others. Implementing QoS involves various techniques
and controls to control and manage network traffic. This includes classifying traffic into
different classes of service based on performance requirements such as bandwidth, latency,
and packet loss. Once classified, traffic can be treated differently using techniques such as
priority queuing, packet scheduling, and rate limiting. The main benefits of QoS in WAN
networks include: 1. Performance guarantee: QoS allows time-sensitive applications, such as
VoIP (Voice over IP) and videoconferencing, to have priority over less sensitive traffic,
ensuring adequate performance and avoiding delays and delays. 2. Optimization
Índice
Índice de Tabelas
Índice de Tabelas
Lista de Acrónimos
Lista de Abreviaturas
CAPÍTULO I- INTRODUÇÃO

1.1- Introdução
A análise de Serviço de Qualidadeem redes de longa distância (WAN) é um tema de extrema
importância no campo das telecomunicações. Com o crescimento exponencial do tráfego de
dados e o aumento da demanda por serviços em rede, é fundamental garantir uma
experiência de uso satisfatória para os usuários, especialmente em ambientes distribuídos
geograficamente.

As redes WAN são amplamente utilizadas em várias áreas, como empresas multinacionais,
instituições acadêmicas, provedores de serviços de internet e organizações governamentais.
Essas redes abrangem grandes distâncias geográficas e conectam diferentes locais por meio
de infraestruturas de telecomunicações, como cabos de fibra óptica, linhas dedicadas e
conexões via satélite.

A análise de QoS em redes WAN refere-se ao conjunto de técnicas, métricas e metodologias


utilizadas para avaliar e garantir a qualidade dos serviços oferecidos nesse ambiente. Ela
está relacionada com o monitoramento, medição e controle dos parâmetros-chave de
desempenho da rede, como largura de banda, latência, jitter, perda de pacotes e
disponibilidade.

O objetivo principal da análise de QoS em redes WAN é otimizar a utilização dos recursos de
rede, de forma a priorizar o tráfego de dados e garantir que aplicações críticas recebam a
largura de banda necessária e uma latência mínima. Isso contribui para evitar
congestionamentos, atrasos na transmissão de informações e deterioração da qualidade do
serviço prestado.

Ao longo deste trabalho, serão apresentados os principais conceitos relacionados à análise


de QoS em redes WAN, as técnicas de medição e monitoramento utilizadas, bem como os
desafios enfrentados nesse contexto. Serão discutidas também as abordagens e ferramentas
disponíveis para avaliar e aprimorar a qualidade dos serviços em redes de longa distância.
Nesse sentido, a análise de QoS em redes WAN desempenha um papel fundamental na
garantia de um desempenho adequado das aplicações e na satisfação dos usuários finais. Ao
compreender os princípios e as práticas relacionadas a essa análise, é possível desenvolver
estratégias eficientes para a melhoria contínua da qualidade dos serviços em redes de longa
distância.
Além disso, serão abordados os desafios enfrentados na implementação da QoS em redes
WAN, considerando as características específicas dessas redes, como a largura de banda
limitada, a variação de latência e a possível ocorrência de falhas na comunicação. Serão
apresentadas soluções e estratégias para mitigar esses desafios, destacando as melhores
práticas e tecnologias emergentes na área.

Ao final deste estudo, espera-se obter um panorama abrangente sobre a análise de qualidade
de serviço em redes WAN, fornecendo insights valiosos para profissionais de redes,
engenheiros de telecomunicações e gestores de TI que buscam melhorar o desempenho e a
confiabilidade de suas infraestruturas de rede.

A evolução constante da tecnologia da informação tem promovido um aumento exponencial


na demanda por serviços de rede de alta qualidade. A conectividade confiável e eficiente é
essencial para empresas de todos os setores, desde pequenos escritórios até grandes
corporações multinacionais. Nesse contexto, as redes WAN desempenham um papel
fundamental na interconexão de locais geograficamente distribuídos, permitindo o
compartilhamento de dados, voz e vídeo entre diferentes pontos da infraestrutura de uma
organização.

A qualidade de serviço (QoS) em redes WAN é um fator crítico para garantir a satisfação dos
usuários e o desempenho adequado das aplicações. QoS refere-se à capacidade de uma
rede fornecer recursos apropriados para diferentes tipos de tráfego, priorizando as
necessidades de aplicações sensíveis ao tempo, como chamadas de voz, vídeo conferências
e transmissões em tempo real. A análise da QoS em redes WAN é essencial para identificar
gargalos, problemas de latência, perda de pacotes e outros aspectos que possam afetar
negativamente a experiência do usuário.

.
1.2- Problemática

A qualidade de serviço em redes WAN é um desafio, e as empresas que dependem dessas


redes enfrentam dificuldades para manter um desempenho adequado. O problema de
pesquisa consiste em identificar as principais causas da degradação da qualidade de serviço
em redes WAN na empresa Angola Cables desenvolver estratégias para otimizá-la.
Quais são os desafios para a garantia de uma Qualidade de Serviço (QoS) adequada nas
redes WAN?

1.3- Objectivos

1.3.1- Objectivo Geral


Compreender e análisar como se abrangente da Qualidade de Serviço em redes WAN,
Angola Cables buscando identificar os principais desafios e propor soluções para melhorar o
desempenho e a eficiência dessas redes.

1.3.2- Objectivos Específicos


 Investigar os principais fatores que afetam a QoS em redes WAN.
 Avaliar as métricas de desempenho utilizadas para medir a QoS em redes WAN.
 Analisar os mecanismos de controle de tráfego e priorização de pacotes utilizados
em redes WAN.
 Diferenciar estratégias e soluções para otimizar a QoS em redes WAN na Angola
Cables .

1.4- Metodologia
A implementação da metodologia QoS (Quality of Service) em redes WAN envolve várias
etapas e técnicas. Aqui está uma metodologia geral para implementar o QoS em uma rede
WAN:
 Análise de requisitos: Comece identificando os requisitos de desempenho e as
necessidades de negócio da rede WAN. Determine quais tipos de tráfego são críticos
e exigem priorização, como VoIP, videoconferência, aplicativos de dados sensíveis
ao tempo, entre outros.
 Classificação de tráfego: Classifique o tráfego em diferentes classes ou categorias
com base em seus requisitos de desempenho. Isso pode ser feito usando critérios
como protocolo, endereço IP, porta de origem/destino ou qualquer outro critério
relevante.

 Definição de políticas: Estabeleça políticas de QoS que definam como o tráfego de


cada classe deve ser tratado. Isso inclui a especificação de parâmetros como largura
de banda mínima, máxima e garantida, prioridade de encaminhamento, limites de
latência e jitter, entre outros.

 Planejamento da Infraestrutura de Redes: Com base nas informações coletadas na


revisão bibliográfica e no estudo de caso, será elaborado um planejamento detalhado
da infraestrutura de redes, incluindo seleção de equipamentos e tecnologias,
definição de políticas de segurança, treinamento dos funcionários, entre outros.

 Revisão Bibliográfica: Nessa etapa, será realizada uma pesquisa bibliográfica para
coletar informações e conhecimentos relacionados ao tema em questão. Serão
consultados livros, artigos científicos, normas técnicas e outras fontes relevantes
para a implementação de uma infraestrutura de redes.

1.4.1- Método
Alguns métodos usados para elaboração do nosso trabalho na rede WAN são:

Procedimento: Primeiramente, foi realizada uma análise da situação atual das redes da matriz
e da filial. Em seguida, foi realizada a seleção dos equipamentos e dispositivos necessários
para a implementação da infraestrutura de redes.

Análise dos dados: As entrevistas individuais foram analisadas por meio de análise de
conteúdo, enquanto o questionário foi analisado por meio de estatística descritiva. Os
resultados foram interpretados e comparados para avaliar a eficácia da infraestrutura de
redes e sua integração de serviços entre matriz e filial.
Limitações: Uma limitação deste estudo é o fato de que ele foi realizado apenas nas filal,o
que limita a generalização dos resultados para outras organizações.

Reflexão sobre a metodologia: A metodologia utilizada neste estudo foi eficaz para atingir os
objetivos propostos. No entanto, em futuros estudos, seria interessante realizar uma
comparação com outras organizações para avaliar a eficácia da infraestrutura de redes e sua
integração de serviços entre matriz e filial em diferentes contextos.

1.4.2- Pesquisa
 Análise bibliografica:
 Aplicada;
 Qualitativa;

1.4.3- Campo de Estudo


Angola Cables é uma multinacional com escritórios em mais de 5 cidades e 3 países e
135 colaboradores, de vários horizontes e culturas. Temos uma rede que cobre os 4
continentes do Atlântico. Estudamos esta empresa porque ela estuda as QoS de muitos
serviços em deferentes pais.

1.4.4- Hipóteses
 A implementação de mecanismos de priorização de tráfego, como o Quality of Service
(QoS), resultará em melhorias significativas na latência e na entrega de serviços em
redes WAN.
 O uso de algoritmos de roteamento dinâmico e balanceamento de carga contribuirá
para uma melhor utilização da largura de banda em redes WAN e, consequentemente,
para uma melhor QoS.
 A utilização de técnicas de compressão de dados e de otimização de protocolos de
transporte terá impacto positivo na QoS em redes WAN.

1.4.5- Ferramentas
• Microsoft Word para digitalização do conteúdo da nossa pesquisa;
• Powerpoint cria apresentações de slides simples e complexas;
• Simulador de rede Cisco Packet Tracer para as configurações da topologia de rede;
• EdrawMax é a ferramenta que se usou para fazer o DiagramaTopologico da Rede
1.6- Análise de Conceitos

1.6.1 Qualidade de serviço (QoS)


Qualidade de serviço (QoS) em redes é o uso de mecanismos ou tecnologias que funcionam
em uma rede para controlar o tráfego e garantir o desempenho de aplicativos essenciais com
capacidade de rede limitada. Ela permite que as organizações ajustem o tráfego geral de
rede priorizando aplicativos específicos de alto desempenho.

A QoS é normalmente aplicada a redes que transportam tráfego para sistemas com uso
intensivo de recursos. Os serviços comuns para os quais é necessário incluem televisão com
protocolo de internet (IPTV), jogos on-line, streaming de mídia, videoconferência, vídeo sob
demanda (VOD) e Voz sobre IP (VoIP).

Usando a QoS em rede, as organizações têm a capacidade de otimizar o desempenho de


vários aplicativos em sua rede e obter visibilidade da taxa de bits, atraso, jitter e taxa de
pacotes de sua rede. Assim, elas podem projetar o tráfego em sua rede e alterar a maneira
como os pacotes são roteados para a internet ou outras redes para evitar atrasos na
transmissão. Isso também garante que a organização atinja a qualidade de serviço esperada
para aplicativos e ofereça as experiências de usuário esperadas.

De acordo com o significado de QoS, o principal objetivo é permitir que redes e organizações
priorizem o tráfego, o que inclui oferecer largura de banda dedicada, jitter controlado e
latência mais baixa. As tecnologias usadas para garantir isso são vitais para melhorar o
desempenho de aplicativos de negócios, redes de área ampla (WANs) e redes de provedores
de serviços.

1.6.2 WAN
Uma WAN é uma rede de computadores que abrange uma área geográfica ampla, como
uma cidade, um país ou até mesmo múltiplos países. Ela permite a interconexão de redes
locais (LANs) e a transmissão de dados, voz e outros tipos de informações entre diferentes
locais geograficamente dispersos.
1.6.3 QoS em redes WAN
A WAN é diretamente relacionada à QoS, pois a largura de banda limitada e os longos
tempos de latência encontrados em redes WAN podem impactar negativamente o
desempenho e a experiência dos usuários. A implementação de políticas de QoS em uma
rede WAN pode ajudar a minimizar esses problemas, permitindo que os pacotes de dados
sejam classificados, priorizados e gerenciados de acordo com suas necessidades
específicas.

Ao aplicar QoS em uma WAN, é possível definir políticas que priorizem determinados tipos de
tráfego, como voz sobre IP (VoIP) ou videoconferências, garantindo-lhes uma maior largura
de banda e menor atraso. Por outro lado, é possível limitar a largura de banda destinada a
aplicações menos críticas, como navegação na web ou download de arquivos. Dessa forma,
a QoS permite otimizar o desempenho geral da WAN, assegurando que os serviços
essenciais recebam recursos adequados, mesmo em condições de limitação de largura de
banda.

1.6.4 Funcionamento da Qos em rede wan


Qualquer rede só pode garantir a entrega das informações digitais em trânsito por um
determinado período de tempo. É função de uma ferramenta QoS utilizar a largura de banda
disponível para priorizar a entrega de alguns tipos de pacotes e fornecer o melhor serviço
possível nesse período.

1.6.5 Selecionando um modelo de política de QoS apropriado


Existem três modelos para implementar QoS:
• Modelo de melhor esforço
• Serviços integrados (IntServ)
• Serviços diferenciados (DiffServ)
A tabela resume esses três modelos. QoS é implementado em uma rede usando IntServ ou
DiffServ. Embora o IntServ forneça a mais alta garantia de QoS, ele consome muitos recursos
e, portanto, não é facilmente escalonável. Em contraste, DiffServ consome menos recursos e
é mais escalonável. Os dois às vezes são co-implantados em implementações de QoS de
rede.

O roteador de borda executa o controle de admissão com base nas informações do aplicativo
e nos recursos de rede disponíveis. A rede se compromete a atender aos requisitos de QoS
do aplicativo, desde que o tráfego permaneça dentro das especificações do perfil. A rede
cumpre seu compromisso mantendo o estado por fluxo e, em seguida, realizando a
classificação de pacotes, o policiamento e o enfileiramento inteligente com base nesse
estado.

Modelo Descrição

Isso não é realmente uma implementação, pois o QoS não está


Modelo de melhor
explicitamente configurado.
esforço
Use-o quando o QoS não for necessário.

IntServ fornece QoS muito alto para pacotes IP com entrega garantida.
Ele define um processo de sinalização para aplicativos para sinalizar para a
Serviços integrados
rede que eles requerem QoS especial por um período e que a largura de
(IntServ)
banda deve ser reservada.
O IntServ pode limitar severamente a escalabilidade de uma rede.

DiffServ fornece alta escalabilidade e flexibilidade na implementação de


Serviços
QoS.
diferenciados
Os dispositivos de rede reconhecem classes de tráfego e fornecem diferentes
(DiffServ)
níveis de QoS para diferentes classes de tráfego.

Tabela 1-Modelos para implementação de QoS

1.6.6 Classificação de tráfego


A classificação de tráfego é uma etapa fundamental na implementação da QoS em
uma rede WAN. Ela permite agrupar o tráfego em diferentes categorias com base em suas
características específicas. Dessa forma, é possível aplicar políticas de QoS a cada categoria
de tráfego de maneira diferenciada.
Existem vários critérios que podem ser usados para classificar o tráfego. Alguns dos critérios
comuns incluem:
• Endereços IP de origem/destino - Os endereços IP podem ser usados para identificar o
tráfego de uma determinada origem ou destino. Por exemplo, você pode classificar o
tráfego proveniente de uma determinada rede ou destinado a um servidor específico.
• Portas de protocolo - As portas de protocolo indicam os serviços específicos que estão
sendo usados. Por exemplo, o tráfego na porta 80 geralmente é associado ao tráfego
da web, enquanto a porta 443 é usada para o tráfego seguro (HTTPS). A classificação
com base nas portas de protocolo permite identificar e tratar diferentemente o tráfego
de acordo com o serviço ou aplicativo utilizado.
• Protocolos específicos - Além das portas de protocolo, é possível classificar o tráfego
com base em protocolos específicos, como o SIP (Session Initiation Protocol) para
tráfego de voz sobre IP (VoIP) ou o RTP (Real-time Transport Protocol) para tráfego de
áudio e vídeo em tempo real. Isso permite aplicar políticas de QoS específicas para
cada protocolo.
• Informações de cabeçalho - Além dos critérios mencionados acima, outras informações
de cabeçalho dos pacotes podem ser usadas para classificar o tráfego. Por exemplo,
você pode considerar o tipo de serviço (TOS - Type of Service) definido no campo IP ou
o valor DSCP (Differentiated Services Code Point) para diferenciar o tráfego com base
em suas prioridades.Ao classificar o tráfego em categorias distintas com base nesses
critérios, é possível aplicar políticas de QoS específicas para cada categoria. Isso
permite priorizar o tráfego crítico, alocar largura de banda adequada, minimizar a
latência e garantir uma melhor experiência para os aplicativos sensíveis à qualidade de
serviço, como voz e vídeo.
A seleção dos critérios de classificação de tráfego depende das características da sua rede e
das necessidades específicas dos seus aplicativos. É importante analisar cuidadosamente a
topologia e os requisitos da rede para determinar quais critérios são mais relevantes e
eficazes na classificação do tráfego para a implementação bem-sucedida da QoS.

1.6.7 A priorização de tráfego


É uma etapa essencial na implementação da QoS em uma rede WAN. Atribuir prioridades
diferentes às categorias de tráfego permite garantir que o tráfego mais crítico receba
tratamento preferencial em relação ao tráfego menos crítico. As prioridades de tráfego são
geralmente expressas como valores DSCP (Differentiated Services Code Point) ou DiffServ.
O DSCP é um campo de 6 bits no cabeçalho IP que permite especificar a prioridade de um
pacote. Ele é utilizado para diferenciar o tratamento do tráfego ao longo da rede. Os valores
DSCP variam de 0 a 63 e são agrupados em classes de serviço, onde cada classe representa
uma prioridade diferente. Os valores DSCP são atribuídos aos pacotes na fase de
classificação do tráfego, de acordo com as categorias definidas.
Ao atribuir níveis de prioridade aos pacotes, é possível definir como eles serão tratados em
termos de alocação de recursos, como largura de banda e tempo de fila. Os pacotes com
prioridade mais alta serão transmitidos antes dos pacotes com prioridade mais baixa,
garantindo assim um melhor desempenho para o tráfego crítico.
Aqui está um exemplo de como os valores DSCP podem ser utilizados para atribuir
prioridades diferentes às categorias de tráfego:
 Tráfego de Voz: Um valor DSCP de alta prioridade pode ser atribuído ao tráfego de
voz, garantindo que esses pacotes sejam tratados com a máxima prioridade. Por
exemplo, um valor DSCP de 46 pode ser usado para identificar pacotes de voz.
 Tráfego de Vídeo: Para o tráfego de vídeo, um valor DSCP um pouco mais baixo pode
ser atribuído para garantir uma prioridade adequada. Por exemplo, um valor DSCP de
34 pode ser usado para identificar pacotes de vídeo.
 Tráfego de Dados: O tráfego de dados pode ser atribuído com uma prioridade mais
baixa em comparação com voz e vídeo. Por exemplo, um valor DSCP de 14 pode ser
usado para identificar pacotes de dados.
Esses valores DSCP atribuídos aos pacotes permitem que os dispositivos de rede, como
roteadores e switches, tratem os pacotes de acordo com suas prioridades. Os dispositivos
podem usar esses valores para aplicar filas de pacotes, limitação de largura de banda e
outros mecanismos de QoS para garantir que os pacotes de alta prioridade sejam tratados
com mais rapidez e eficiência.

1.6.8 Controle de congestionamento

O controle de congestionamento é uma estratégia essencial para evitar a sobrecarga da rede


e garantir um fluxo de tráfego suave. O Traffic Shaping é uma técnica comumente utilizada
para implementar o controle de congestionamento e consiste em agendar e transmitir os
pacotes em uma taxa controlada. Aqui está como o Traffic Shaping pode ser aplicado:
• Identifique a taxa de transmissão desejada - Determine a taxa de transmissão
desejada para cada categoria de tráfego. Por exemplo, você pode definir uma taxa de
transmissão máxima para o tráfego de dados gerais e uma taxa de transmissão mais
alta para o tráfego de voz em tempo real.
• Configure o Traffic Shaping - Nos dispositivos de rede relevantes, configure as políticas
de QoS com o uso do Traffic Shaping. Isso pode ser feito nos roteadores ou switches
ao longo do caminho do tráfego. A configuração do Traffic Shaping geralmente envolve
a criação de filas de pacotes e a definição de limites de taxa de transmissão para cada
fila.
• Estabeleça uma taxa de transmissão máxima - Defina uma taxa de transmissão
máxima para cada fila de pacotes, limitando a velocidade de envio. Por exemplo, você
pode definir uma taxa de transmissão de 10 Mbps para o tráfego de dados gerais e
uma taxa de 1 Mbps para o tráfego de voz.
• Agende e transmita os pacotes - Com o Traffic Shaping configurado, os pacotes são
agendados e transmitidos em uma taxa controlada de acordo com as políticas de QoS
estabelecidas. Isso evita que o tráfego exceda a capacidade da rede, evitando o
congestionamento.
• Monitore e ajuste - Monitore regularmente o desempenho da rede e faça ajustes nas
configurações de Traffic Shaping, se necessário. Isso pode envolver a análise do
congestionamento e a reconfiguração das taxas de transmissão para otimizar o
desempenho da rede.
É importante observar que a implementação específica do Traffic Shaping pode variar
dependendo dos dispositivos de rede e das tecnologias utilizadas. Além disso, diferentes
algoritmos e políticas de agendamento podem ser aplicados para otimizar o desempenho em
diferentes cenários

1.6.9 Monitoramento e Ajuste

O monitoramento contínuo ou de ajustes das políticas de QoS são fundamentais para garantir
um desempenho adequado da rede e atender às necessidades dos aplicativos. Aqui estão
algumas práticas recomendadas para o monitoramento e ajuste da QoS:
• Monitorar o desempenho da rede - Utilize ferramentas de monitoramento de rede para
acompanhar os parâmetros de desempenho, como latência, jitter, perda de pacotes e
utilização da largura de banda. Isso ajudará a identificar problemas de desempenho e
gargalos na rede.
• Coletar dados sobre o tráfego - Obtenha informações detalhadas sobre o tráfego na
rede, como volumes de tráfego por categoria, padrões de utilização e exigências de
largura de banda de aplicativos críticos. Isso fornecerá insights valiosos sobre o
comportamento do tráfego e suas necessidades de QoS.
• Analisar relatórios e estatísticas - Analise regularmente os relatórios e estatísticas
coletados para identificar tendências e padrões de tráfego. Isso ajudará a identificar
quaisquer desvios ou problemas de desempenho.
• Realizar testes de desempenho - Realize testes de desempenho periódicos para avaliar
o desempenho da rede em diferentes condições de carga. Isso pode envolver testes de
largura de banda, teste de latência e simulações de tráfego realista. Com base nos
resultados dos testes, você pode identificar áreas problemáticas e ajustar as políticas
de QoS, se necessário.
• Envolver as equipes de suporte de aplicativos - Colabore com as equipes de suporte de
aplicativos para entender melhor as necessidades de QoS dos aplicativos críticos. Eles
podem fornecer informações valiosas sobre requisitos específicos e ajudar a ajustar as
políticas de priorização e limites de largura de banda.
• Realizar ajustes graduais - Com base nas informações coletadas e nas análises
realizadas, faça ajustes graduais nas políticas de QoS conforme necessário. Isso pode
envolver a modificação das configurações de priorização, a revisão dos limites de
largura de banda ou a implementação de novas políticas para melhorar o desempenho
geral da rede.
• Manter a documentação atualizada - Documente as alterações e ajustes feitos nas
políticas de QoS. Isso ajudará a rastrear as alterações realizadas e facilitar futuras
análises e ajustes.
É importante ressaltar que a monitoração e ajuste da QoS são processos contínuos. À
medida que a rede evolui e as necessidades dos aplicativos mudam, é necessário revisar e
ajustar regularmente as políticas de QoS para garantir um desempenho ideal da rede

1.6.10 Filas de pacotes


As filas de pacotes desempenham um papel importante na gestão de tráfego em uma rede,
permitindo priorizar o envio de pacotes com base em suas categorias. Existem vários
algoritmos de gerenciamento de filas disponíveis para esse fim. Vamos distacar dois dos
algoritmos comuns:

FIFO (First-In, First-Out) - É o algoritmo mais simples, no qual os pacotes são tratados em
ordem de chegada. No entanto, o FIFO não considera as necessidades de diferentes
categorias de tráfego e pode levar à demora de pacotes críticos.
Priority Queuing - Nesse algoritmo, as filas são definidas com base na prioridade atribuída a
cada categoria de tráfego. Os pacotes de alta prioridade são transmitidos primeiro, enquanto
as categorias de menor prioridade aguardam sua vez.
CAPÍTULO II- ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Neste capítulo, vamos apresentar as etapas de configuração de das QOS da rede WAN da
empresa Angola Cable, os equipamentos necessários e descrever as configurações dos
mesmos.

2.1 Implementação
A implementação de uma infraestrutura de redes da Angola Cable para integração de
serviços entre filial que está no Brasil é um projeto de grande importância para garantir a
qualidade e segurança das operações de rede da organização. A infraestrutura de redes é
responsável por fornece conectividade entre os dispositivos e serviços da rede, permitindo
que as informações sejam compartilhadas de forma priorizada entre os usuários e garantindo
a disponibilidade dos serviços.

2.2 Diagrama Topológico da Rede

2.2.1 Equipamentos
Equipamentos Interface Endereço IP
Cisco Router 186 series (R1)

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