Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
End. Rua Eduardo Carlos Cabral, s/nº, B. Sã o Pedro – Muqui –ES Cep: 29.480-000
Telefone: (28) 3554 – 2562 / WhatsApp (28) 98815-9888
PLANEJAMENTO QUINZENAL
Data da aula:
Descrição da aula:
Abordagem top-down
Método utilizado no projeto de redes de computadores que inicia o seu desenvolvimento por meio da
camada mais alta do modelo de referência OSI (Open Systems Interconnection), enfocando o
levantamento das aplicações, os fluxos de dados e os tipos de serviços necessários para o transporte de
dados, em detrimento da seleção dos equipamentos (switches, roteadores, firewalls, balanceadores de
carga, entre outros) e das tecnologias de cabeamento e interconexão que serão usadas (Figura 1).
Figura 1. Modelo de referência OSI utilizado como padrão de interconexão entre dispositivos de rede.
A abordagem top-down explora a estrutura organizacional do cliente para se determinar quais pessoas
serão usuárias diretas ou indiretas da infraestrutura de redes que será concebida, com o objetivo de
identificar informações que contribuirão para o sucesso do projeto. É importante observar o uso genérico
do termo cliente, indicando tanto as áreas internas da empresa para as quais o projeto será desenvolvido
quanto às pessoas externas à corporação.
O método é iterativo, pois à medida que são enumerados mais detalhes em relação aos requisitos
técnicos, como o comportamento dos protocolos, a escalabilidade, a disponibilidade, as preferências da
equipe técnica, entre outros, podem ocorrer alterações nos modelos lógico e físico propostos.
Em grandes e complexos projetos, a abordagem top-down também emprega o conceito da divisão em
módulos funcionais. Um enfoque comumente utilizado é aquele sugerido pela Cisco Systems (mais
detalhes são explorados no artigo The Hierarchical Network Design Model), no qual as redes são
divididas em três camadas (Figura 2):
· Núcleo (Core): equipamentos com alta capacidade de processamento, desempenho e disponibilidade;
· Distribuição (Distribution): roteadores e switches que realizam o encaminhamento dos pacotes IP
entre os segmentos de rede dos usuários e implantam as políticas de roteamento, segurança e
qualidade de serviço, entre outras funcionalidades;
· Acesso (Access): dispositivos que conectam os usuários à rede.
Data da aula:
Descrição da aula:
Identificação das necessidades e objetivos do cliente
O sucesso de um projeto de rede de computadores depende do atendimento das necessidades de seu
cliente. Ao concebê-lo, frequentemente, os especialistas em infraestrutura se posicionam no lugar do
requisitante e propõem aquela que seria a melhor solução técnica. Entretanto, muitas vezes, os
requisitos comerciais e os objetivos do solicitante divergem desta proposta. Por exemplo, suponha uma
instituição financeira que encaminhará suas transações eletrônicas entre duas localidades por um enlace
WAN (Wide Area Network – rede geograficamente distribuída). Neste caso, se não houver o
entendimento dos requisitos de segurança da informação, os mecanismos de criptografia poderão ser
equivocadamente desconsiderados em detrimento de uma solução que privilegie o encaminhamento dos
dados com alto desempenho e baixa latência.
Neste cenário, é essencial a compreensão do contexto onde o cliente está inserido, identificando qual
motivação de negócio gerou o projeto, seja direta ou indiretamente:
· Aumento das vendas;
· Conquista de novos mercados;
· Diferencial competitivo;
· Redução de custos;
· Aumento da produtividade;
· Redução de estoques;
· Oferta de novos serviços;
· Modernização tecnológica;
· Outras.
Somente desta forma, os objetivos esperados com a implantação e a conclusão do projeto estarão
claros. Abaixo, são apresentadas outras importantes restrições que também devem ser mapeadas nesta
fase inicial:
· Preferências tecnológicas por certos fornecedores de equipamentos, que podem ocorrer por diversas
razões, como por exemplo, uma empresa onde a equipe é especializada e certificada apenas para o
suporte em dispositivos de rede de um único fabricante;
· Questões éticas, legais e regulatórias do negócio, como as políticas de segurança da
informação Sarbanes-Oxley (SOX) e Payment Card Industry (PCI) que são impostas às instituições
financeiras;
· A disponibilidade orçamentária, pois as licenças de software, os contratos de manutenção, os
investimentos em hardware, entre outros recursos, podem limitar o escopo do projeto;
· A previsão de entregas pode demandar recursos humanos e materiais incompatíveis com as
expectativas da organização.
Além destas questões ligadas ao negócio, os requisitos técnicos também devem ser determinados. Entre
eles, destacam-se:
· Escalabilidade: define a capacidade de expansão de um projeto de redes. Está intimamente
relacionada com as tecnologias e as arquiteturas utilizadas. Para tanto, é importante observar o número
de localidades que serão adicionadas ao contexto do projeto, quantos usuários e servidores serão
necessários, quais recursos e funcionalidades estarão contemplados etc. Geralmente, as estruturas
hierárquicas e as modulares são mais escaláveis que as redes planas, nas quais todos os dispositivos
desempenham funções similares;
· Disponibilidade: expressa como um percentual anual, mensal, semanal ou diário do período em que a
infraestrutura ou serviço de redes está disponível aos seus usuários. Por exemplo, um índice anual de
99,9% indica a interrupção de apenas 8,76 horas no período (0,1% das 8.760 horas anuais);
· Desempenho: características ou capacidades que refletem o rendimento da rede de computadores.
Tipicamente envolvem a largura de banda (volume máximo de dados que pode ser conduzido por um
enlace de comunicação); a eficiência na transmissão (relação entre os dados úteis e aqueles
necessários apenas para o controle, como os cabeçalhos dos diversos protocolos); as fontes geradoras
de atrasos (propagação, transmissão, processamento e enfileiramento dos pacotes IP); e
o jitter (inconstâncias no atraso ocasionadas principalmente pela sazonalidade no uso dos recursos);
· Segurança: impede que os atacantes alcancem seus objetivos através do acesso não autorizado à
rede. Entre outros riscos, devem ser analisados o comprometimento dos dados, senhas e configurações
dos equipamentos;
· Gerenciamento: no contexto de gerenciamento, as expectativas do cliente podem estar relacionadas à
manutenção dos eventos de falha, à configuração dos dispositivos, à alocação dos custos, ao
desempenho do tráfego das aplicações e ao monitoramento das políticas de segurança;
· Usabilidade: resulta da facilidade de uso da rede e de seus serviços. Diferentes funcionalidades
podem aumentá-la, tais como: a alocação dinâmica de endereços IP por intermédio de servidores DHCP
(Dynamic Host Configuration Protocol), o acesso remoto por meio de VPNs, a utilização extensiva da
Telefonia IP (mais detalhes no artigo Desafios da telefonia IP) e a mobilidade em redes sem fio;
· Adaptabilidade: possibilita a escolha de componentes de projeto que permitam a adoção de novos
recursos e tecnologias. As alterações podem ser demandadas por novos protocolos, práticas comerciais
ou imposições legais. Um projeto flexível deve lidar com mudanças nos padrões de tráfego, novos
requisitos de QoS (Quality of Service), expansões na infraestrutura, padrões de nomes e alocação de
endereços IP, entre outras;
· Eficiência dos custos: favorece a obtenção do maior volume de tráfego possível para um mesmo
custo financeiro. Para tanto, devem ser avaliados os protocolos mais robustos, a compressão dos dados,
os equipamentos com configuração simplificada, as topologias descomplicadas, as atualizações nas
documentações, as abordagens difundidas de configuração etc.
Existem, muitas vezes, contradições (denominadas tradeoffs) entre os requisitos, por exemplo: um alto
índice de disponibilidade determina a existência de dispositivos redundantes que geram um maior custo
ao projeto; ou ainda, os efeitos negativos na usabilidade em decorrência das restrições de segurança
que impõem a autenticação em duas etapas para acesso a um sistema. Destarte, é comum a atribuição
de pesos para que estes possam ser priorizados durante a elaboração do projeto. A Figura 3 ilustra um
exemplo de uma lista com os pesos totalizando 100 pontos.
Avaliação da aprendizagem:
Será realizada através da conversa no momento da exposição das peças
Referências: