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GESTÃO DE INFRAESTRUTURA DE DATA CENTER

Aula 5 - Arquitetura do Datacenter

Profa. Maria Claudia Roenick Guimarães


mroenick@gmail.com
TEMAS DE APRENDIZAGEM

1. INTRODUÇÃO A DATA CENTER 4. GESTÃO DA SEGURANÇA DO DATA CENTER (CRÉDITO


1.1 VISÃO GERAL DO DATA CENTER DIGITAL)
1.2 COMPONENTES DE TI NO DATA CENTER 4.1 MECANISMOS DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO FÍSICA DA
1.3 DISPONIBILIDADE DO DATA CENTER INFRAESTRUTURA
1.4 PROJETO DE DATA CENTER 4.2 PROCEDIMENTOS E PROTOCOLOS DE SEGURANÇA
4.3 GESTÃO DE RISCO
2. ARQUITETURA DO DATA CENTER
2.1 ESTRUTURA FÍSICA DE UM DATA CENTER
2.2 CONCEITOS E NORMAS DO CABEAMENTO ESTRUTURADO
2.3 SUBSISTEMAS DO CABEAMENTO ESTRUTURADO
2.5 VIRTUALIZAÇÃO DE DATA CENTER

3. ENERGIA ELÉTRICA E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM DATA CENTER


3.1 ENERGIA ELÉTRICA - PRINCIPAIS COMPONENTES
3.2 CLIMATIZAÇÃO DO DATA CENTER
3.3 DATA CENTER VERDE
SITUAÇÃO-PROBLEMA

O núcleo da rede é o datacenter, também sendo possível classifica-lo como o coração da


empresa. O primeiro conceito é com base no fato de que todos os serviços que a empresa
necessita são providos pelos computadores de alta performance ali presentes e, o segundo,
porque, segundo os maiores frameworks de boas práticas, a informação é o ativo mais valioso de
uma empresa motivo pelo qual, sem ela, qualquer empresa terá problemas em manter-se no
mercado de forma competitiva. Assim, a concepção de estrutura adequada para receber e
manter os computadores principais de uma rede é tão importante. Quando se fala em estrutura
física, é abrangida a parte estrutural, como paredes e portas, piso, posicionamento dos
equipamentos, energia elétrica e climatização, robustez e confiabilidade na segurança e acesso
ao local.
Você sabia que a estrutura de um datacenter é diferenciada de uma construção normal em todos
os sentidos?
Relembrando
– Topologia
Típica de
Data Center
(Fonte: SAVA)
Modelos de arquitetura do datacenter

MODELO ORIENTADO À MODELO DE ARQUITETURA MODELO DE ARQUITETURA MODELO DE CLUSTERS E


APLICAÇÃO HIERÁRQUICA EM HIERÁRQUICA COLAPSADA GRIDS
CAMADAS
Modelo orientado à aplicação
• A infraestrutura do datacenter voltada às aplicações depende da
arquitetura utilizada pelos servidores, seus sistemas operacionais, a
forma de armazenamento de dados e como é realizada a integração
entre esses elementos.
• O modelo orientado às aplicações impõe que o datacenter seja
construído de forma modular, para permitir a incorporação de novas
funcionalidades às aplicações nele hospedadas, que sofrem
constantes mudanças de acordo com o avanço da tecnologia e
necessidades de negócio das empresas.
• Maiores informações sobre SOA podem ser encontradas aqui: O que
é SOA (Arquitetura Orientada a Serviços)? - Brasil | IBM
Modelo orientado à aplicação

A Cisco convencionou
chamar a infraestrutura
destinada a atender o
modelo orientado às
aplicações de
Infraestrutura Orientada
aos Serviços, que é
apresentada pela imagem
Modelo orientado à aplicação
A forma mais comum do modelo voltado à aplicação é o
Cliente/Servidor, em que o cliente é o solicitante do serviço e o servidor
é seu provedor. Essa interação pode ser realizada de diversas formas,
entretanto, as aplicações web (Websites) são as mais comuns.
A imagem a seguir representa como é realizado esse acesso em uma
aplicação Cliente/Servidor por meio de aplicação WEB, em que
podemos evidenciar:
Modelo
orientado à
aplicação
1. Cliente: permite a interação
entre o usuário e aplicação;
2. Servidor WEB: permite a
visualização da aplicação em
ambiente WEB;
3. Servidor de Aplicação: realiza
as funções ofertadas pela
aplicação ao cliente por
intermédio do servidor WEB;
4. Banco de Dados: armazena as
informações necessárias ao
funcionamento da aplicação
ofertada pelo servidor.
Modelo de arquitetura hierárquica em
camadas
• Datacenters construídos de forma hierárquica podem
reduzir a complexidade necessária para atender a
diversos tipos de aplicações existentes, além de tornar
esses ambientes escalonáveis, confiáveis e com baixo
custo de manutenção.
• Esse modelo arquitetônico é normalmente composto
por 03 (três) camadas, a camada de Núcleo,
Distribuição e Acesso.
Modelo de arquitetura
hierárquica em camadas
Núcleo - está na parte superior do modelo hierárquico,
consequentemente deve possuir capacidade de transportar grandes
fluxos de dados de forma rápida e confiável;
Distribuição - está na parte central do modelo hierárquico, e deve
possuir capacidade de conectar os dispositivos da camada de acesso e
filtrar aqueles que devem subir para a camada superior;
Acesso - está na parte inferior do modelo hierárquico e é nela em que
estão conectados os dispositivos finais, como servidores de aplicação
de bancos de dados etc.
Modelo de arquitetura
hierárquica em camadas
• Esse modelo é o modelo mais adequado para atender a estruturas de
grande porte, pois são capazes de suportar diversas maneiras de
fornecer serviços e possui grande adaptabilidade aos diversos
modelos de negócios existentes.
• No projeto, apresentado pela figura a seguir, a existência de 04
(quatro) racks na camada de acesso, onde deverão estar instalados os
dispositivos finais, como servidores e storages, 01 (um) rack na
camada de distribuição, recebendo conexão dos racks da camada de
núcleo por meio de dois caminhos diferentes, e 01 (um) rack na
camada de núcleo, recebendo conexão dos dois equipamentos da
camada de distribuição.
Modelo de arquitetura
hierárquica colapsada
• Esse modelo de arquitetura de datacenter destina-se
a estruturas menores, em que uma única camada
pode processar todas as requisições oriundas dos
dispositivos finais e realizar a função de todos os
dispositivos de comutação existentes no modelo com
três camadas.
• O projeto de datacenter apresentado pela figura
abaixo ilustra um rack com um único switch layer 3
realizando todas as comutações e roteamento
necessários à interconexão dos dispositivos finais
com o mundo exterior.
Modelo clusterizado
• A clusterização permite que servidores físicos compartilhem recursos
como memória, processamento e armazenamento entre si. Isso
resolve diversos problemas, como a sobra de recursos físicos em
servidores, que é muito custosa às empresas de Tecnologia da
Informação (TI).
• Idealmente, o cluster deve permitir que uma aplicação esteja em
operação em mais de uma máquina física, melhorando seu
rendimento ao mesmo tempo em que aumenta sua disponibilidade.
• Os clusters podem ser classificados de quatro formas diferentes:
Modelo clusterizado
1. Clusters de alta disponibilidade (High Availability – HA): clusters de alta
disponibilidade possuem redundância com capacidade de failover
automático;
2. Clusters de balanceamento de carga (Load Balancing – LB): clusters desse
tipo possuem a melhoria da capacidade para a execução da carga de
trabalho;
3. Clusters de alta performance de Throughput e Desempenho: os clusters
do tipo alta performance possuem alta performance de Throughput ou
de Desempenho. Como exemplo de alta performance de Throughput
estão as aplicações do mercado financeiro e, no caso dos de
Desempenho, as aplicações meteorológicas;
4. Clusters em Grid: clusters em grid possuem a mais alta disponibilidade
aliada ao mais alto desempenho. Como exemplo, podemos destacar
aplicações militares ou espaciais.
Modelo de grids
• Os grids são uma evolução natural do conceito de Datacenter em
cluster. Os clusters são um aglomerado de máquinas conectadas que
executam serviços de rede. Os grids podem ser considerados uma
organização virtual que permite a aglomeração de recursos distantes
geograficamente. Uma espécie de evolução do conceito de cluster.
• Assim como os datacenters em clusters, os grids estão se tornando
populares ao combinar o poder de processamento de vários
computadores ligados em rede para conseguir executar tarefas que
não seriam possíveis executar com um único computador.

• Para mais informação sobre Cluster e Grid: paper (ibge.gov.br)


Computação em nuvem
• “As empresas estão se organizando em formato de rede. Os processos
de negócio entre essas organizações utilizam cada vez mais aplicações
que processam e fornecem as informações necessárias para o pleno
funcionamento desse novo arranjo.
• Por sua vez, a TI é a “cola” que permite que essas organizações
trabalhem em conjunto com um determinado objetivo e entreguem
para o cliente final um valor que, somado, é maior do que se
conseguiria com as partes isoladas sem a TI. Ou seja, a TI é que
viabiliza a organização em rede.” (VERAS, 2016)
Computação
em nuvem
• O que vemos agora é um
conceito de organização
interconectada através de
diversos pontos de acesso que
são proporcionados pela
infraestrutura de tecnologia da
informação. A abrangência
dessa rede está muito ligada à
popularização da internet e
também a redução dos custos
de conexão.
Computação em nuvem
Segundo o National Institute of Standards and Technology (NIST),
computação em nuvem é:
“Um modelo para permitir o acesso conveniente, sob
demanda, a uma rede com um conjunto compartilhado
de recursos de computação configuráveis (ex.: redes,
servidores, armazenamento, aplicações e serviços), que
podem ser rapidamente provisionados e liberados com
o mínimo de esforço gerencial e interação com o
provedor de serviço.”
Características da computação em
nuvem (NIST, 2011)
Autoatendimento sob demanda: Funcionalidades computacionais são providas automaticamente
com o provedor de serviço e sem a interação humana.

Amplo acesso à serviços de rede: Recursos computacionais estão disponíveis através da internet e são
acessados via mecanismos padronizados, para que possam ser utilizados por dispositivos móveis e portáteis,
computadores e outros aparelhos que possuam as características necessárias.

Grupo de recursos: O provedor de recursos de computação é agrupado para atender seus clientes através de
recursos físicos e virtuais alocados e realocados dinamicamente de acordo com a demanda.

Elasticidade rápida: Os recursos podem ser provisionados rapidamente e de forma elástica, muitas vezes automática, para
aumentar em escala rapidamente e também reduzir de forma acelerada. O cliente dos recursos deve pensar que possui
recursos ilimitados e que podem ser contratados em qualquer quantidade e a qualquer momento. Escalabilidade linear;
utilização sob demanda; e pagamento por unidades consumidas de recurso.
Trata-se da capacidade do
provedor fornecer
infraestrutura de
processamento e de
armazenamento de forma
transparente. O cliente não
possui controle sobre a
Infraestrutura como um infraestrutura física, mas
serviço (Infrastructure as através de mecanismos de
a Service - IaaS) virtualização, possui controle
sobre as máquinas virtuais,
armazenamento, aplicativos
instalados e também é possível
um controle limitado sobre
certos componentes da rede,
tendo como exemplo o firewall.
Trata-se da capacidade oferecida pelo
provedor para o desenvolvedor de
aplicativos que serão executados e
Plataforma disponibilizados na nuvem. Essa
como um plataforma oferece um modelo de
Serviço computação, armazenamento e
comunicação para os aplicativos.
(Platform
as a O cliente possui controle sobre as
Service - aplicações implantadas e também é
PaaS) possível controlar os parâmetros da
configuração do ambiente de hospedagem
das aplicações.
Trata-se da capacidade oferecida pelo
provedor para o cliente utilizar as aplicações
proprietárias que são processadas na
Software infraestrutura de nuvem;
como um Os aplicativos são oferecidos como serviços
Serviço por provedores e acessados pelos clientes por
(Software as aplicações como o browser;

a Service -
O controle e o gerenciamento da rede,
SaaS): sistemas operacionais, servidores e
armazenamento são feitos pelo provedor de
serviços.
Modelos de implantação (VERAS, 2015)
Nuvem pública: Disponibilizada para ser utilizada pelo público em geral. Oferecidas por
organizações públicas ou por grandes grupos que possuem grande capacidade de processamento e
armazenamento.

Nuvem comunitária: Uso exclusivo de uma comunidade de organizações que compartilham


interesses comuns em termos de missão, requisitos de segurança, políticas e considerações de
conformidade.Pode ser administrada por uma ou mais organizações da comunidade, por terceiro
ou por uma combinação de ambos.

Nuvem híbrida: Trata-se da composição de duas ou mais nuvens (privadas, públicas ou


comunidades) que continuam sendo entidades únicas, porém conectadas através de uma
tecnologia padronizada ou proprietária, que permitem a portabilidade de dados e aplicativos.
Vídeos de Reforço de Conteúdo:

Computação em Nuvem (Cloud Computing) Servidores locais, IaaS, PaaS e SaaS

https://www.youtube.com/watch?v=uhXr9L57hOM https://www.youtube.com/watch?v=2n-7w4vKG34
Vídeo: Google Data Center Security: 6 Layers Deep

https://www.youtube.com/watch?v=kd33UVZhnAA

Recomendação: Leitura do Capítulo 5 (seções 5.1 a 5.3, inclusive – pág 66) do livro “Virtualização: Tecnologia central do datacenter” de
Manoel Veras em https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/160697/epub/0?
code=ai/pnsDrZCFoy3mRz1shYBG8noH+IIgCDtUkUjqmopl3MyD5eNnSb3yk0HjbyFldtPk/zX9T0J3
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