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UNIVERDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

LICENCIATURA EM INFORMÁTICA – 4ºANO/L

CADEIRA DE REDES MULTI-SERVIÇOS

ALCINDO ANTÓNIO DA COSTA ASSARATE

CLÉLIO JOÃO EMÍLIO SAMO

DINELSE INROGA

DOMINIQUE DOMINGOS

VITORINO ABÍLIO

RESERVA DE RECURSOS

Quelimane

2023
ALCINDO ANTÓNIO DA COSTA ASSARATE

CLÉLIO JOÃO EMÍLIO SAMO

DINELSE INROGA

DOMINIQUE DOMINGOS

VITORINO ABÍLIO

RESERVA DE RECURSOS

Trabalho de carácter avaliativo a ser apresentado


na cadeira de redes multi-serviços no curso de
Licenciatura em Informática da Faculdade de
Ciências e Tecnologias.

Orientador: MsC. Timóteo Samo

Quelimane
2022
Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 5

Objectivos ....................................................................................................................................... 6

Geral ................................................................................................................................................ 6

Específicos ...................................................................................................................................... 6

Metodologia .................................................................................................................................... 6

Reserva de recursos......................................................................................................................... 7

Alocação de Largura de Banda ....................................................................................................... 7

QoS e SLAs..................................................................................................................................... 8

Controle de Congestionamento ....................................................................................................... 8

Gerenciamento Dinâmico ............................................................................................................... 8

Reserva de Recursos para Serviços Emergentes ............................................................................. 8

Algoritmos de Alocação ................................................................................................................. 8

Desafios e Optimização .................................................................................................................. 9

Segurança e Privacidade ................................................................................................................. 9

Mecanismos de Reserva Recursos .................................................................................................. 9

Protocolos de Reserva ..................................................................................................................... 9

Engenharia de Tráfego .................................................................................................................... 9

Políticas de Alocação .................................................................................................................... 10

Isolamento de Tráfego Sensível à Latência .................................................................................. 10

Tecnologias Emergentes e Monitoramento de QoS...................................................................... 10

Aplicações e Benefícios ................................................................................................................ 11

Isolamento de Tráfego .................................................................................................................. 11

Redes Definidas por Software (SDN) ........................................................................................... 11

Redes 5G e NFV ........................................................................................................................... 11


Protocolo de Reserva de Recursos ................................................................................................ 12

Conclusão...................................................................................................................................... 13

Referencias Bibliográficas ............................................................................................................ 14


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1. Introdução

A evolução constante das redes de telecomunicações tem proporcionado uma conectividade mais
abrangente e recursos avançados para comunicações em todo o mundo. No entanto, essa
crescente demanda por comunicação eficiente e confiável também traz desafios, como o
gerenciamento adequado dos recursos de rede.

O mundo moderno é impulsionado pela conectividade digital, onde a troca rápida e eficiente de
informações é essencial para operações comerciais, interacções sociais e avanços tecnológicos. A
crescente demanda por comunicações confiáveis e de alta qualidade destaca a importância da
reserva de recursos em redes de telecomunicações. Essa prática estratégica visa optimizar a
alocação de capacidade de rede, priorizar diferentes tipos de tráfego e garantir uma experiência
de usuário excepcional.

Neste texto aprofundado, exploraremos os objectivos gerais e específicos da reserva de recursos,


examinaremos várias técnicas e aplicações, e consideraremos seu impacto nas redes de
telecomunicações.

A reserva de recursos em redes de telecomunicações é uma prática essencial que visa alocar
capacidade de rede de forma eficiente e estratégica para atender às diversas demandas de tráfego.

Com o crescimento exponencial das comunicações digitais, a garantia de qualidade de serviço


(QoS) e a otimização dos recursos se tornaram fatores cruciais para oferecer uma experiência de
usuário satisfatório.
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1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
 Descrever como a reserva de recurso pode garantir a máxima eficiência no uso dos
recursos disponíveis, minimizando a latência, prevenindo congestionamentos e
oferecendo uma experiência de usuário superior. Isso é essencial para atender às
demandas crescentes e garantir a capacidade das redes de telecomunicações para suportar
as comunicações digitais de hoje e do futuro.
1.1.2 Específicos
 Descrever como ela permite a priorização de tráfego com base em requisitos de QoS
específicos.
 Trazer abordagem de como evitar o congestionamento da rede, assegurando que a
capacidade seja alocada de forma apropriada para acomodar picos de tráfego e manter
uma operação fluida.
 Identificar alguns mecanismos e protocolos de reservas de recursos
1.2 Metodologia

Segundo Michaelis (2000), metodologia é a arte de guiar o espírito de investigação da verdade, é


um dos instrumentos utilizados para se conhecer a verdade e chegar ao conhecimento. A
metodologia usada para elaboração do presente trabalho foi do tipo exploratório, onde uso se
como ferramenta Para a obtenção de informações, a internet e manuais electrónicos (pdf), onde
podem ser consultados através da referência bibliográfica do presente no trabalho.
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2. Reserva de recursos

Para (MacDysan, 2000), a reserva de recursos em redes de telecomunicações é um mecanismo


pelo qual a capacidade da rede é alocada e garantida de forma específica para atender a requisitos
específicos de tráfego. Esse processo envolve a designação de recursos, como largura de banda,
tempo de processamento ou memória, para diferentes tipos de tráfego de acordo com suas
necessidades e prioridades.

Conforme (Lew et al, 1999) e (Schmidt&Minoli, 1997), o objectivo principal da reserva de


recursos é garantir que os serviços e aplicações sensíveis ao tempo, como chamadas de voz em
tempo real, videoconferências ou transmissões de vídeo, recebam a largura de banda e a
qualidade de serviço necessárias para operar sem interrupções ou atrasos. Isso é particularmente
importante em situações em que a latência e a consistência na entrega são cruciais, como em
comunicações em tempo real.

(Lewis,1996), e MEGGER, reserva de recursos nas redes de telecomunicações desempenha um


papel fundamental na garantia da qualidade de serviço (QoS) e no gerenciamento eficiente das
comunicações. Esse processo envolve a alocação estratégica de capacidades, como largura de
banda, canais de transmissão e outros recursos, a fim de atender às demandas dos usuários e
optimizar o desempenho da rede.

Complementarmente a reserva de recurso não significa exclusividade de uso e sim garantia de


disponibilidade caso seja requisitado o recurso.

Para ele a reserva de recursos pode ser usada para:

2.1 Alocação de Largura de Banda

A reserva de recursos permite que as operadoras de telecomunicações aloquem largura de banda


de forma inteligente, priorizando diferentes tipos de tráfego. Isso garante que serviços críticos,
como voz ou vídeo em tempo real, tenham uma largura de banda suficiente para funcionar sem
interrupções, mesmo durante períodos de tráfego intenso.
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2.2 QoS e SLAs

A reserva de recursos é essencial para cumprir os acordos de nível de serviço (SLAs) e fornecer
uma qualidade de serviço consistente aos usuários. Ao reservar recursos para diferentes classes
de tráfego, as operadoras podem garantir uma experiência satisfatória para serviços sensíveis a
atrasos, como videochamadas e streaming de alta definição.

2.3 Controle de Congestionamento

A alocação estratégica de recursos também ajuda a evitar congestionamentos na rede. Ao


monitorar o tráfego em tempo real e ajustar a alocação de recursos conforme necessário, as
operadoras podem prevenir gargalos e manter um fluxo suave de dados

2.4 Gerenciamento Dinâmico

Com a evolução das redes de telecomunicações, a reserva de recursos tornou-se mais dinâmica e
adaptável. Tecnologias como a virtualização de funções de rede (NFV) e a rede definida por
software (SDN) permitem o gerenciamento automatizado e em tempo real dos recursos,
respondendo rapidamente às mudanças nas demandas de tráfego.

2.5 Reserva de Recursos para Serviços Emergentes

Com o surgimento de novos serviços, como Internet das Coisas (IoT) e comunicações de
veículos aéreos não tripulados (VANTs), a reserva de recursos torna-se crucial para atender às
necessidades específicas desses aplicativos. Isso pode envolver a criação de "fatias" de rede
dedicadas para diferentes casos de uso.

2.6 Algoritmos de Alocação

A reserva de recursos é facilitada por algoritmos de alocação inteligentes que consideram


diversos factores, como prioridade do tráfego, níveis de serviço, requisitos de latência e carga da
rede. Algoritmos de escalonamento, como o Round Robin e o Weighted Fair Queuing, são
comummente utilizados para distribuir recursos de forma equitativa.
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2.7 Desafios e Optimização

A reserva de recursos também apresenta desafios, como a otimização da alocação em redes


heterogéneas, onde diferentes tipos de tecnologias e redes coexistem. O desenvolvimento de
políticas de alocação eficazes é essencial para maximizar a utilização dos recursos disponíveis.

2.8 Segurança e Privacidade

A reserva de recursos deve considerar questões de segurança e privacidade, especialmente


quando se trata de compartilhamento de recursos entre diferentes usuários ou empresas.
Mecanismos de autenticação e criptografia são implementados para garantir a integridade e a
confidencialidade dos dados.

2.9 Mecanismos de Reserva Recursos

Existem diferentes mecanismos e protocolos para a reserva de recursos, como RSVP (Resource
Reservation Protocol) em redes IP e Q.931 em redes telefónicas.

2.9.1 Protocolos de Reserva

No cerne do mecanismo de reservas de recursos estão os protocolos de reserva, que estabelecem


a comunicação entre dispositivos de rede para alocar largura de banda e priorizar fluxos de
tráfego. Um exemplo notável é o Protocolo de Reserva de Recursos (RSVP), utilizado em redes
IP.

O RSVP permite que os dispositivos da rede solicitem e confirmem a reserva de recursos para
fluxos específicos, garantindo que a largura de banda seja dedicada a determinados tipos de
tráfego de acordo com suas necessidades de QoS.

2.9.2 Engenharia de Tráfego

A engenharia de tráfego desempenha um papel vital no mecanismo de reservas de recursos.

Essa prática envolve a análise detalhada do fluxo de tráfego na rede, com o objectivo de
optimizar a alocação de recursos.
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A engenharia de tráfego considera factores como largura de banda, latência, jitter e requisitos de
QoS para determinar como os recursos de rede serão distribuídos.

O objectivo é evitar congestionamentos, minimizar a latência e maximizar a utilização eficiente


dos recursos disponíveis.

2.9.3 Políticas de Alocação

As políticas de alocação são um elemento essencial do mecanismo de reservas de recursos.

Elas definem as regras e critérios para a distribuição de recursos de rede entre diferentes tipos de
tráfego. Essas políticas podem ser configuradas para priorizar aplicações sensíveis ao tempo,
como chamadas de voz em tempo real, sobre aplicações menos sensíveis, como transferências de
dados em lote.

Além disso, as políticas de alocação podem estar alinhadas com acordos de nível de serviço
(SLAs) estabelecidos com os clientes, garantindo que as expectativas sejam atendidas.

2.9.4 Isolamento de Tráfego Sensível à Latência

Um dos principais objectivos do mecanismo de reservas de recursos é o isolamento de tráfego


sensível à latência de outras actividades de rede.

Isso envolve garantir que aplicações críticas, como chamadas de voz em tempo real e
videoconferências, não sejam afectadas por actividades de tráfego menos sensíveis à latência,
como downloads de arquivos grandes.

O isolamento de tráfego é essencial para manter a qualidade das comunicações sensíveis ao


tempo.

2.9.5 Tecnologias Emergentes e Monitoramento de QoS

As tecnologias emergentes, como redes definidas por software (SDN) e virtualização de funções
de rede (NFV), estão moldando a evolução do mecanismo de reservas de recursos.

SDN permite o gerenciamento centralizado e dinâmico dos recursos de rede, enquanto NFV
oferece a flexibilidade de criar serviços virtuais de acordo com as necessidades.
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Além disso, o monitoramento contínuo da QoS é essencial para garantir que os padrões
acordados sejam cumpridos.

Métricas como latência, jitter, taxa de perda de pacotes e disponibilidade são monitoradas para
assegurar um desempenho de rede óptimo.

2.9.6 Aplicações e Benefícios

O mecanismo de reservas de recursos encontra aplicação em uma variedade de cenários, desde


redes corporativas até infra-estruturas de telecomunicações em larga escala.

Beneficia chamadas de voz em tempo real, videoconferências, streaming de mídia, jogos online e
transferências de dados sensíveis à latência.

Os benefícios incluem uma experiência de usuário aprimorado, maior eficiência de rede,


prevenção de atrasos e uma melhor capacidade de gerenciar picos de tráfego.

2.9.7 Isolamento de Tráfego

A reserva de recursos permite o isolamento de tráfego, evitando que determinados tipos de


tráfego afetem negativamente outros tipos, como a transmissão de voz em tempo real e
downloads de arquivos grandes.

2.9.8 Redes Definidas por Software (SDN)

A tecnologia SDN permite a programação e o gerenciamento centralizados de recursos de rede,


facilitando a implementação de políticas de reserva de recursos.

2.9.9 Redes 5G e NFV

As redes 5G e a virtualização de funções de rede (NFV) incorporam recursos de reserva de


recursos para oferecer maior flexibilidade e eficiência em cenários de comunicação avançada.

A reserva de recursos é fundamental para garantir uma experiência de usuário consistente e


confiável em redes de telecomunicações, especialmente em ambientes onde a qualidade e a
confiabilidade são essenciais, como chamadas de voz em tempo real e transmissões de vídeo ao
vivo.
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2.10 Protocolo de Reserva de Recursos

RSVP é um componente chefe de um novo tipo de Internet sendo desenvolvido, conhecido como
serviço integrado de Internet (Internet Integrated Service).

A idéia geral é aprimorar a Internet para suportar transmissão de dados em tempo real.

O RSVP é um protocolo de sinalização do nível de transporte para reservar recursos das redes IP
não fiáveis.

Um protocolo de sinalização é utilizado pelas aplicações (hosts) para informar ou solicitar à rede
sua necessidade de qualidade de serviço (QoS).

Em resumo, a reserva de recursos nas redes de telecomunicações é uma prática complexa e


essencial para garantir um desempenho confiável, escalável e eficiente das comunicações. Ela
evoluiu ao longo do tempo com o surgimento de novas tecnologias e demandas, desempenhando
um papel crítico na oferta de serviços de alta qualidade aos usuários finais.
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3. Conclusão

A reserva de recursos é um componente essencial para a evolução das redes de


telecomunicações, fornecendo o alicerce necessário para comunicações digitais confiáveis e
eficientes.

A reserva de recursos em redes de telecomunicações desempenha um papel crucial na garantia de


uma experiência de comunicação satisfatória para os usuários, independentemente da natureza do
tráfego ou das condições da rede.

Ao estabelecer políticas de alocação, prevenir congestionamentos, isolar tráfego crítico e


optimizar recursos, a reserva de recursos contribui para a evolução contínua das
telecomunicações e para a entrega confiável de serviços em um mundo digitalmente conectado.
Com a contínua evolução tecnológica, a reserva de recursos continuará a ser uma estratégia
fundamental para enfrentar os desafios das comunicações modernas.

Os mecanismos de reservas de recursos em redes de telecomunicações é um conjunto complexo


de processos, protocolos e políticas que trabalham em conjunto para optimizar a alocação de
capacidade de rede, priorizar tráfego e garantir uma experiência de usuário excepcional.

Esse mecanismo é essencial para a evolução contínua das telecomunicações, permitindo a


entrega confiável de serviços de comunicação em um mundo cada vez mais interconectado. Ao
alavancar protocolos de reserva, engenharia de tráfego, políticas de alocação e tecnologias
emergentes, as redes de telecomunicações estão preparadas para enfrentar os desafios das
comunicações digitais modernas
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4. Referencias Bibliográficas
 Lew, H. Kim; McCoy, Spank; Stevenson, Tim; Wallace, Kathleen; Downes, Kevin,
‘Reserva eficiente de recursos en redes para transmisión en tiempo real, Cisco Press –
1999.
 Lewis, C., ‘QoS: Creating Inequality In An Equal World’, Networking Computing
 McDysan, David; ‘QoS & Traffic Management in IP & ATM Networks’, McGrawHill –
2000
 MEGGER, Chrystian L. Estudo e implementação de QoS em redes 802.11g sob
topologia malha. 2011. 64 f. Monografia (Especialização em Configuração e
Gerenciamento de Servidores e Equipamentos de Redes). Universidade Tecnológica
Federal do Paraná. Curitiba, 2011.
 https://networklessons.com/quality-of-service/introduction-to-rsvp
 https://www.cisco.com/c/en/us/products/ios-nx-os-software/resource-reservation-
protocol-rsvp/index.html

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