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Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Datacenter: projeto,
operação e serviços, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para a obtenção do
título de Especialista em Datacenter: projeto, operação e serviços.
1 INTRODUÇÃO
O projeto de continuidade dos serviços para uma estrutura de call center pode
ser extremamente complexo, pois precisa contemplar possíveis falhas em diversos
recursos e processos que compõem o sistema, como falha em hardware, equipamentos
de rede, software, banco de dados, links de dados e voz, bem como a forma como será
acionada a contingência para cada tipo de falha. Em uma estrutura de call center
simples, ou seja, não planejada para a continuidade de negócios, a falha de qualquer dos
itens acima pode acarretar na indisponibilidade parcial ou até mesmo total dos serviços,
isso sem contar uma falha de operação do datacenter, como por exemplo a falta de
energia elétrica.
Este artigo está estruturado da seguinte forma: na seção 2, são detalhados através
da subseção 2.1 os conceitos e protocolos essenciais para o desenvolvimento deste
trabalho, abordando o gerenciamento de disponibilidade, sistemas telefônicos
tradicionais, o funcionamento da telefonia VoIP, o protocolo SIP e a estrutura de call
center. Através da subseção 2.2, a estrutura do ambiente de estudo de caso, estruturas de
contingência para garantir a alta disponibilidade, os planos de teste e os resultados
destes. A seção 3 apresenta a conclusão e propostas de trabalhos futuros.
Para que estas necessidades sejam atendidas, é importante que seja estabelecido,
desde o nível de projeto de um novo serviço, quais as expectativas de disponibilidade,
confiabilidade e sustentabilidade para este serviço. Em paralelo, é importante também
analisar a capacidade de infraestrutura necessária, uma vez que esta análise está
diretamente relacionada a estimativa de custos e necessidade de recursos para
implantação do serviço de acordo com os níveis de serviços estabelecidos.
Para uma comunicação completa de voz através de redes IP, diversos protocolos
são utilizados para os devidos fins. Entre eles estão o Session Initiation Protocol – SIP
(ROSENBERG e outros, 2002), responsável pelo controle geral de uma sessão, o Real-
time Transport Protocol – RTP (SCHULZRINNE e outros, 2003), que possui a função
de transporte de dados em tempo real e fornecimento de feedback referente à qualidade
do serviço, e o Session Description Protocol – SDP (HANDLEY; JACOBSON;
PERKINS, 2006), responsável por fornecer e negociar informações referente ao fluxo
de mídia da sessão. Outros protocolos podem ser utilizados em substituição destes,
porém devido as suas aplicabilidades, compatibilidade e confiabilidade, são os mais
utilizados na atualidade.
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Variação no atraso dos pacotes recebidos em uma rede.
multimídia, tais como chamadas telefônicas através da Internet. O SIP foi desenvolvido
para ser capaz de criar e gerenciar sessões de troca de dados entre os participantes em
uma rede IP, possibilitando estabelecer comunicações através de diferentes tipos de
mídias. Como a função do SIP está relacionada com a gerência de sessões, para a
construção de uma arquitetura multimídia completa o SIP pode ser usado
simultaneamente com outros protocolos. Estes incluem os protocolos definidos na seção
2.1.3, o RTP e o SDP. O funcionamento do SIP, porém, não depende de qualquer um
destes protocolos, mas permite que os participantes da sessão se descubram e possam
chegar a um acordo referente às características da sessão que irão iniciar
(ROSENBERG e outros, 2002, p. 10).
A gravação das ligações é outro recurso que passou a ser fundamental nestes
ambientes e em muitos casos exigida por lei. Este recurso é importante e utilizado para
comprovar a realização de transações, contratação de serviços e também para avaliação
interna do nível de atendimento. Relatórios são outro recurso muito utilizado para medir
o nível de serviço de atendimento, como tempo médio de espera, nível de abandono,
produtividade de atendentes, nível de satisfação de clientes com o produto e com o
atendimento.
O processo de procura por uma nova plataforma de call center foi iniciada pela
necessidade de redução de custos desta estrutura, sendo algumas soluções avaliadas,
inclusive outro produto da empresa atual, porém a proposta que melhor foi aceita foi a
da RCX IT, com o RCX VM Contact Center, que mantem atualmente a solução de
contingência e, portanto, já possui desenvolvido as soluções de URA necessárias para o
projeto.
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https://uptimeinstitute.com
2.2.1 Estrutura do Ambiente
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Link de 2 Mbps que suporta a transmissão de 30 canais de voz digitais.
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http://www.audiocodes.com/products/mediant-3000
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Concessionária de serviços de telecomunicações brasileira, herdou grande parte do sistema de telefonia
fixa nacional após a aquisição da Brasil Telecom.
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Empresa de serviços de telecomunicações brasileira, incorporada sob a empresa Claro S.A. em janeiro
de 2015.
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https://www.vmware.com/products/esxi-and-esx.html
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https://www.vmware.com/br/products/vcenter-server.html
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https://www.oracle.com/br
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http://www.oracle.com/technetwork/middleware/goldengate/overview/index.html
• Servidores de URA: dois servidores virtuais no datacenter principal e um
servidor virtual no datacenter secundário. Ambos os servidores possuem 8
núcleos de processamento de 2,4 Ghz e 8 GB de memória;
• Servidores de Aplicação: dois servidores virtuais no datacenter principal e um
servidor virtual no datacenter secundário. Ambos os servidores possuem 4
núcleos de processamento de 2,4 Ghz e 4 GB de memória.
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http://clusterlabs.org/
Figura 4 – Topologia de alta disponibilidade
2.2.3 Disponibilidade
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http://www.cisco.com/c/en/us/solutions/data-center-virtualization/overlay-transport-virtualization-
otv/index.html
16
http://www.cisco.com/
REFERÊNCIAS
JESZENSKY, Paul Jean Etienne. Sistemas Telefônicos. Barueri: Editora Manole, 2004.
MANCINI, Lucas. Call Center: Estratégia para Vencer. São Paulo: Sumus Editorial,
2006.