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NAMPULA
2023
UNVERSIDADE POLITECNCA - ISEUNA
Elementos do Grupo:
Ivan Anselmo
Trabalho de Avaliativo da cadeira de
Redes II, 3º Ano do Curso de
Licenciatura em Engenharia
Informática e de Telecomunicações
Docente: Adulay Talaquichande
NAMPULA
2023
Índice
Introdução .................................................................................................................................. 2
Objetivos .................................................................................................................................... 2
Geral ....................................................................................................................................... 2
Específicos ............................................................................................................................. 2
Metodologia ............................................................................................................................... 2
Gestão de Rede .......................................................................................................................... 3
Primórdios da Gerência de Rede................................................................................................ 3
Gerência de Redes OSI .............................................................................................................. 4
Recomendações da Série X.700 e as Áreas Funcionais da Gerência de Redes ......................... 4
Arquitetura Clássica da Gerência de Redes X.700 .................................................................... 6
Gestão de redes de Telecomunicação –TMN ............................................................................ 8
Modelo de Comunicação na Gestão SNMP............................................................................. 10
Equipamentos Geridos ......................................................................................................... 12
Agentes ................................................................................................................................. 12
Gerente ................................................................................................................................. 12
Sistema NMS........................................................................................................................ 12
Operações do Protocolo SNMP ............................................................................................... 12
Modelo de Informação na Gestão SNMP ................................................................................ 13
Mensagens do protocolo SNMP .............................................................................................. 14
Limitações ............................................................................................................................ 15
Segurança ............................................................................................................................. 15
Conclusão ............................................................................................................................. 16
Bibliografia .............................................................................................................................. 17
Introdução
A Gestão de Redes e a Gestão do Protocolo SNMP (Simple Network Management Protocol)
desempenham um papel crucial na administração eficiente das redes de computadores
modernas. Em um mundo onde a conectividade é essencial para a maioria das organizações e
indivíduos, o gerenciamento adequado das redes torna-se uma prioridade. Neste contexto, é
fundamental compreender os conceitos de "modelo de informação" e "modelo de
comunicação" para uma gestão eficaz.
Objetivos
Geral
• Analisar e compreender os modelos de informação e comunicação na Gestão de
Redes e na Gestão SNMP.
Específicos
• Compreender o modelo de comunicação na Gestão de Redes.
• Analisar os protocolos de comunicação, como o SNMP, na Gestão SNMP.
• Definir o conceito de modelo de informação na Gestão de Redes.
• Explorar a importância da MIB (Management Information Base) como modelo de
informação na Gestão SNMP.
Metodologia
O presente trabalho é de carácter pesquisa bibliográfica, foi concebido mediante busca de
vários manuais em formatos físicos e virtuais para a sua realização.
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Gestão de Rede
Segundo Tanenbaum e Wetherall A gestão de rede é um conjunto de atividades que inclui a
configuração, monitoramento e controle de hardware, software e serviços de rede, a fim de
assegurar a operação contínua, segura e eficiente de uma rede de computadores.
Para a finalidade deste trabalho é aceito que Gerência de Redes é o conjunto de técnicas e
práticas que visa investigar, monitorar, controlar, planejar e organizar os recursos e serviços
de uma rede de telecomunicações, visando um grau adequado de seu funcionamento, segundo
parâmetros de qualidade de serviço previamente estabelecidos. Em última instância, a
Gerência de Redes procura estabelecer o equilíbrio entre as necessidades do usuário, as
características do serviço prestado e o melhor aproveitamento técnico e econômico dos
recursos de uma rede.
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Inicialmente, as Recomendações do ITU-T eram organizadas por tecnologia, abrangendo
aspectos desde a implantação até a operação e gerenciamento dos serviços prestados.
Posteriormente, uma série específica de Recomendações (Série M) foi criada para a Gerência
de Redes, diminuindo a repetição de informação e propondo um framework (estrutura)
comum para a Gerência de Redes de Telecomunicação, independente da tecnologia.
Atualmente, a ITU é uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU), cujo objetivo
primário é organizar e compartilhar informações sobre as tecnologias da informação e
comunicação.
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➢ Gerência de Falhas: para que uma rede como um todo esteja funcionando
corretamente, cada um de seus elementos também deve estar funcionando
corretamente. Para Stallings (1999), a distinção entre uma condição de falha e uma
condição de erro é fundamental.
Na gerência de falhas, o administrador deve ser capaz de identificar e isolar o (s)
elemento (s) sob condição de falha, além de reconfigurar a rede para que essa
funcione enquanto os elementos atingidos são, o mais rapidamente possível,
reparados.
➢ Gerência de Configuração: é responsável pela obtenção, documentação e
armazenamento dos parâmetros mais adequados ao funcionamento de cada um dos
elementos de um sistema. Preocupa-se também com a manutenção da configuração
ideal de cada elemento de rede para um perfeito relacionamento entre eles. O startup e
o desligamento parcial ou total dos elementos de rede, garantindo sua operação com
os parâmetros mais adequados, é a atividade de maior impacto nessa área
(STALLINGS 1999).
➢ Gerência de Segurança: preocupa-se com a integridade, autenticidade,
disponibilidade e o caráter confidencial das informações e dos recursos de uma rede.
Além disso, promove o controlo e o registro de acessos aos recursos e informações
considerados importantes ou confidenciais em uma rede, estabelecendo parâmetros
para futuras auditorias (STALLINGS 1999).
➢ Gerência de Contas: responsável por contabilizar a carga de utilização dos recursos
da rede e associá-la a cada usuário ou grupo de usuários, atribuindo valores
pecuniários a essa utilização. Responde também pela imposição de limites de
utilização dos recursos, dependendo do perfil do usuário e tipo de serviço contratado.
Muitos de seus relatórios servem para auxiliar o planejamento do crescimento da rede
(STALLINGS 1999).
➢ Gerência de Desempenho: segundo Stallings (1999), as redes são um conjunto de
recursos compartilhados, demandando especial atenção quanto à relação limite da
capacidade versus exigências de utilização. A cada novo serviço ativado essa relação
é alterada. As duas atividades centrais da gerência de desempenho são o
monitoramento e o controle.
➢ Monitoramento: consiste em coletar informações tais como: utilização,tempo
de resposta, taxa de erros e perda de dados, comparando-os com os
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indicadores das condições normais e desejáveis de funcionamento dos
recursos compartilhados.
➢ Controle: são as ações no sentido de adequar as configurações e a capacidade
da rede aos parâmetros de desempenho necessários, segundo informações
obtidas do monitoramento.
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troca de informações entre eles. O estabelecimento de um padrão para a MIB garante
a proteção contra erros de nterpretação ou falta de compatibilidade entre os dados
trocados.
A Figura 1 apresenta a arquitetura física de distribuição da MIB (cilindro que
epresenta uma base de informações de gerência) entre a Estação de Gerência (onde se
encontra o processo gerente) e os dispositivos gerenciáveis (onde se encontram os
diversos processos agentes - representados pela letra A).
➢ Funções Primitivas de Gerência: São funções utilizadas por agentes e gerentes para
promover a atividade de gerência. São típicas em qualquer padrão ou sistema de
gerência as primitivas, por parte do Gerente:
• GET: Requisita uma informação de gerência ao agente;
• SET: Requisita ao agente a alteração do valor de um objeto gerenciável;
• DELETE: Apaga uma instância de um Objeto Gerenciável;
• CREATE: Cria uma instância de um Objeto Gerenciável;
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refere à codificação, interpretação e apresentação dos dados de gerência, é
proporcionado pelo protocolo de gerência.
Mesmo com todas as suas contribuições, o documento OSI/IS 7498-4 não contemplava
informações suficientes para a construção de um framework funcional de gerência. O
desenvolvimento do padrão se deu na segunda metade da década de 90, através das
recomendações X.710/711/712 (Commom Management Information Protocol),
X.720/721/722 (Management Information Model) X.730/731/732/733/734/735/736 (Object
Management Function and Alarms) e X.740 (Security Audit Trail Function) que
complementam o documento X.701 (System Management Overview).
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Essa foi uma maneira de reorganizar diversas iniciativas, muitas delas dependentes da
tecnologia alvo, que haviam sido estabelecidas em diversas recomendações da ITU-T,
especialmente da série E. Os conceitos básicos do TMN foram documentados na
recomendação M.3000. Já a arquitetura física e lógica, as interfaces de comunicação e a
descrição das principais características estruturais foram abordadas nos documentos M.3010
e M.3020.
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Figura 3: Camadas de Gerenciamento TMN
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SNMP, os administradores podem gerenciar e configurar computadores de rede de um
computador localizado centralmente em vez de ter que executar o software de gerenciamento
de rede. Também é possível usar o SNMP para monitorar o desempenho da rede, detectar
problemas de rede e acompanhar quem usa a rede e como ela é usada. Sua especificação está
contida no RFC 1157.
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Equipamentos Geridos
São elementos da rede (pontes, hubs, routers ou servidores), contendo “objectos geridos”
(managed objects) que podem ser informações sobre o material, elementos de configuração
ou informações estatísticas. Estes dispositivos colectam e armazenam informações de gestão
e mantém estas informações disponíveis para sistemas NMS através do protocolo SNMP.
Agentes
É um processo executado na máquina gerenciada, responsável pela manutenção das
informações de gerência da máquina. As funções principais de um agente são:
Gerente
É um programa executado em uma estação servidora que permite a obtenção e o envio de
informações de gerenciamento junto aos dispositivos gerenciados mediante a comunicação
com um ou mais agentes.
Sistema NMS
Um sistema NMS (Network Management System) é responsável pelas aplicações que
monitoram e controlam os Dispositivos Geridos. Normalmente é instalado num (ou mais que
um) servidor de rede dedicado a estas operações de gestão, que recebe informações (pacotes
SNMP) de todos os dispositivos geridos daquela rede.
➢ A operação SET é utilizada para alterar o valor da variável; o gerente solicita que o
agente faça uma alteração no valor da variável;
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➢ A operação GET é utilizada para ler o valor da variável; o gerente solicita que o
agente obtenha o valor da variável;
➢ A operação de GET-NEXT é utilizada para ler o valor da próxima variável; o gerente
fornece o nome de uma variável e o cliente obtém o valor e o nome da próxima
variável; também é utilizado para obter valores e nomes de variáveis de uma tabela de
tamanho desconhecido;
➢ A operação TRAP é utilizada para comunicar um evento; o agente comunica ao
gerente o acontecimento de um evento, previamente determinado. São sete tipos
básicos de trap determinados:
➢ coldStart: a entidade que a envia foi reinicializada, indicando que a
configuração do agente ou a implementação pode ter sido alterada;
➢ warmStart: a entidade que a envia foi reinicializada, porém a configuração do
agente e a implementação não foram alteradas;
➢ linkDown: o enlace de comunicação foi interrompido;
➢ linkUp: o enlace de comunicação foi estabelecido;
➢ authenticationFailure: o agente recebeu uma mensagem SNMP do gerente que
não foi autenticada;
➢ egpNeighborLoss: um par EGP parou;
➢ enterpriseSpecific: indica a ocorrência de uma operação TRAP não básica.
O conjunto de todos os objetos SNMP é coletivamente conhecido como MIB (do inglês:
Management Information Base). O standard SNMP não define o MIB, mas apenas o formato
e o tipo de codificação das mensagens. A especificação das variáveis MIB, assim como o
significado das operações GET e SET em cada variável, são especificados por um padrão
próprio.
A definição dos objetos do MIB é feita com o esquema de nomes do ASN.1, o qual atribui a
cada objeto um prefixo longo que garante a unicidade do nome, a cada nome é atribuído um
número inteiro. Também, o SNMP não especifica um conjunto de variáveis, e como a
definição de objetos é independente do protocolo de comunicação, permite criar novos
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conjuntos de variáveis MIB, definidos como standards, para novos dispositivos ou novos
protocolos. Por isso, foram criados muitos conjuntos de variáveis MIB que correspondem a
protocolos como UDP, IP, ARP, assim como variáveis MIB para hardware de rede como
Ethernet ou FDDI, ou para dispositivos tais como bridges, switches ou impressoras.
As mensagens no protocolo SNMP não possuem campos fixos e por isso são construídas de
trás para frente.
• A version contem a versão do SNMP. Tanto o gerente como o agente devem utilizar a
mesma versão. Mensagens contendo versões diferentes são descartadas.
• A community que identifica a comunidade. É utilizada para permitir acesso do
gerente as MIBs;
• A SNMP PDU é a parte dos dados, possui PDU (Protocol Data Units) que são
constituídas ou por um pedido ou por uma resposta a um pedido.
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Limitações
Algumas limitações do SNMP são:
Segurança
O SNMP, até a sua versão mais atual (v2), não suporta qualquer tipo de autenticação, o que o
torna vulnerável a uma série de ameaças de segurança. Tais ameaças incluem o acesso e
modificação não autorizada de dados nas MIBs dos dispositivos gerenciados.
Essa vulnerabilidade do protocolo faz com que diversos fabricantes não implementem a
operação Set, reduzindo o SNMP a uma ferramenta de monitoração apenas.
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Conclusão
Em um mundo cada vez mais dependente da tecnologia e das redes de computadores, a
Gestão de Redes e a Gestão SNMP desempenham um papel vital na garantia de que as redes
funcionem de maneira eficiente, segura e confiável. Este trabalho nos permitiu explorar os
conceitos fundamentais de "modelo de informação" e "modelo de comunicação" nesses
campos.
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Bibliografia
ELER, Esdras de Oliveira. Aplicação ao Gerenciamento de Redes de Telecomunicações.
Teleco Inteligência em Telecomunicações. Tutoriais - Operação e Gestão. Publicado em
21/1/2008. Disponível em:
<http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialmodelotmn/Default.asp>. Acesso em 10 de
Setembro 2023.
FALBO, R.A., Experiences in Using a Method for Building Domain Ontologies. Sixteenth
International Conference on Software Engineering and Knowledge Engineering
(SEKE'2004). International Workshop on Ontology In Action, (OIA'2004), Banff, Alberta,
Canada: Junho 2004.. Anais,Página(s). 474-477.
FEIT, Sidnie. SNMP: A Guide to Network Management. New York: MacGraw-Hill, 1995.
CASE, J. D. et al. Simple network management protocol (SNMP). Network Working Group,
mai. 1990, p.36. Disponível em: <https://www.rfceditor.org/rfc/pdfrfc/rfc1157.txt.pdf>.
Acesso em: 24 out. 2018.
LU, Yung-Feng et al. A perl-based SNMP agent of networked embedded devices for smart-
living applications. 2015 3rd International Conference on Information and Communication
Technology (ICoICT), 27-29 mai. 2015, p. 342–347. Disponível em:
<https://ieeexplore.ieee.org/document/7231448>. Acesso em: 10 setembro de 2023.
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