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2012
Copyright © UNIASSELVI 2012
Elaboração:
Prof. Mário Jorge Camean Coelho
657
C672c Coelho, Mário Jorge Camean
Contabilidade empresarial / Mário Jorge Camean Coelho. Indaial :
Uniasselvi, 2012.
232 p. : il
ISBN 978-85-7830-589-5
1. Contabilidade empresarial.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Estimado(a) acadêmico(a), seja bem-vindo a mais este desafio
contábil. Sim, adquirir conhecimento é um desafio, mas se você está lendo
esta apresentação é porque está disposto(a) a enfrentá-lo e para isso contará
com a nossa ajuda, sem dúvida.
III
entender não só de débitos e créditos, mas, principalmente, de operações
ligadas a esses segmentos, da gestão propriamente dita, para que possam
assim interpretar essas especificidades através de números, contribuindo
essencialmente para a tomada de decisões.
IV
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 - CONTABILIDADE RURAL...................................................................................... 1
VII
TÓPICO 4 - ATIVIDADE PECUÁRIA............................................................................................... 49
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 49
2 PLANO DE CONTAS......................................................................................................................... 49
3 DEPRECIAÇÃO NA PECUÁRIA.................................................................................................... 52
4 MÉTODOS DE VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES................................................................... 53
RESUMO DO TÓPICO 4..................................................................................................................... 55
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 56
VIII
UNIDADE 2 - COOPERATIVAS........................................................................................................ 95
IX
2.2.5.2 Vendas.............................................................................................................................. 130
2.2.5.3 Resultado financeiro líquido........................................................................................ 130
2.2.5.4 Outros ingressos/receitas e dispêndios/despesas operacionais.............................. 131
3 PRÁTICA CONTÁBIL....................................................................................................................... 131
3.1 OCORRÊNCIAS EM X0........................................................................................................... 131
3.2 OCORRÊNCIAS EM X1........................................................................................................... 140
3.3 OPERAÇÕES OCORRIDAS EM X2..................................................................................... 148
3.3.1 Alterações no estatuto da cooperativa............................................................................... 149
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 159
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 160
X
4.1 ESTOQUES – SUA FORMAÇÃO E SEUS COMPONENTES..................................... 180
4.2 TIPOS DE CUSTOS E SUA APROPRIAÇÃO.................................................................. 180
4.2.1 Custos pagos ou incorridos................................................................................................. 181
4.2.2 Custos contratados............................................................................................................... 181
4.2.3 Custos orçados...................................................................................................................... 181
5 PLANO DE CONTAS......................................................................................................................... 182
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 189
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 190
XI
XII
UNIDADE 1
CONTABILIDADE RURAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em sete tópicos. Você encontrará, no final de cada
um deles, atividades que contribuirão para a compreensão dos conteúdos
explorados.
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico, daremos início aos estudos da contabilidade
rural. Para que tenhamos um bom aproveitamento, é necessário conhecermos
um pouco sobre a atividade rural, quais os tipos de empresas e formas jurídicas
existentes neste segmento e o que é efetivamente a contabilidade rural, quais as
particularidades e diferenças ou semelhanças entre esta contabilidade e aquela
que estudamos em outras disciplinas.
• Atividade agrícola.
• Atividade zootécnica.
• Atividade agroindustrial.
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UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
ATIVIDADE AGRÍCOLA
• Cultura hortícola e forrageira:
- cereais (feijão, soja, arroz, milho, trigo etc.);
- hortaliças (verduras, tomate, pimentão, couve-flor etc.);
- tubérculos (batata, mandioca, cenoura etc.);
- plantas oleaginosas (mamona, amendoim, girassol etc.);
PRODUÇÃO
- especiarias (cravo, canela etc.);
VEGETAL
- fibras (algodão, pinho etc.);
- floricultura, forragens, plantas industriais etc.
• Arboricultura:
- florestamento (eucalipto, pinho etc.);
- pomares (manga, laranja, maçã, pera, abacate etc.);
- vinhedos, olivais, seringais etc.
4
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
ATIVIDADE AGROINDUSTRIAL
• beneficiamento do produto agrícola (arroz, soja, mandioca,
batata etc.);
• transformação de produtos zootécnicos (mel, laticínios, casulos
da seda etc.);
• transformação de produtos agrícolas:
INDÚSTRIA
- cana-de-açúcar em álcool e aguardente;
RURAL
- soja em óleo; uvas em vinho e vinagre; moagem de trigo e
milho etc.;
- produção de sucos de frutas;
........
• produção de carvão vegetal;
• produção de lenha com árvores da propriedade rural.
FONTE: O autor
5
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
E
IMPORTANT
6
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
4.2 PARCERIA
Parceria é um termo bastante utilizado nos dias de hoje e tem a mesma
compreensão no que diz respeito à associação agropecuária. Em suma, trata-
se de um acordo de risco entre duas partes, em que uma delas, normalmente o
proprietário da terra e administrador do empreendimento, entra com os capitais
fundiário e de exercício e a outra parte, o terceiro responsável pela execução do
trabalho, será considerada o parceiro. Nesta associação, tanto os lucros quanto
os possíveis prejuízos serão distribuídos conforme acordo de risco previamente
definido, que pode ser, por exemplo: à meia (divisão igualitária – metade ao
proprietário e metade ao parceiro), à quarta parte (¾ para o proprietário e ¼ para
o parceiro) ou outra medição correspondente.
7
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
4.3 ARRENDAMENTO
Nesta maneira de associação, o proprietário da terra aluga a um terceiro
seu capital fundiário e, se for de interesse de ambos, também o capital de exercício,
o que não é muito usual, mas perfeitamente possível. Por meio de contrato, por
prazo determinado ou não, o arrendatário (terceiro) remunerará o arrendador
(proprietário) por um valor justo e contratado (denominado aluguel) à utilização
dos capitais fundiário e de exercício (quando for o caso) para a exploração da
atividade agropecuária.
4.4 COMODATO
O proprietário da terra cede seu capital a um terceiro pelo tempo e
condições preestabelecidos, sem remuneração, ou seja, de forma gratuita, para
que este desenvolva atividade específica também preestabelecida.
8
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
4.5 CONDOMÍNIO
É a propriedade em comum ou copropriedade. Este termo é muito
conhecido no meio urbano, através dos prédios de apartamentos, comerciais ou
residenciais. Analogamente à situação, neste ponto, a divisão de riscos é feita
proporcionalmente à área pertencente a cada condômino. Assim, na atividade
rural, trata-se de propriedades utilizadas por proprietários condôminos, que
trabalharão de forma muito parecida à parceria, porém com a divisão de riscos e
resultados proporcional à parte que lhes cabe no condomínio.
5 CONTABILIDADE RURAL
A Contabilidade é a ciência que estuda a formação e a variação do
patrimônio das entidades. Esta afirmação é genérica para todo tipo de entidade,
ou seja, a contabilidade registrará e demonstrará toda a variação patrimonial das
entidades, sem distinção em relação ao porte da empresa ou ao segmento a que
ela pertença, seja empresa privada ou pública, independentemente de sua forma
jurídica de constituição, seja com ou sem fins lucrativos.
9
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
10
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
E
IMPORTANT
Note que estamos falando de uma única contabilidade, a mesma que você vem
estudando ao longo deste curso, porém algumas regras que utilizaremos para registrar as
variações patrimoniais dizem respeito somente a este tipo de segmento, sendo diferentes
na aplicação e valorização de outros segmentos, tais como: comercial, industrial, bancário,
público etc. Da mesma maneira, os demonstrativos produzidos nesta contabilidade aplicada
seguem as mesmas regras de elaboração de demonstrativos contábeis que conhecemos,
com diferenciação apenas para algumas contas e grupos de contas.
Todos os gastos que não são identificáveis com o produto (cultura) são
considerados despesas operacionais e comumente se dividem em: despesas
administrativas (pessoal do escritório, pró-labore etc.); despesas comerciais
(comissões sobre vendas, fretes de envio, propaganda etc.) e despesas financeiras
(juros sobre empréstimos e financiamentos, multas etc.). Estas despesas serão
contabilizadas diretamente na apuração do resultado do exercício, não na conta
de estoques.
12
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
13
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
DESCRIÇÃO CUSTO EM $
Adubo 58.000
Semente 122.800
Outros Custos 36.000
Mão de obra – serviços de terceiros:
Lavra, plantação, desbaste, capina, colheita 21.000
Debulha (destacar o grão da espiga) 4.200
De janeiro a março armazenamento em paiol (aluguel) 6.500
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante -x-
Disponível 510.000,00 Não Circulante
Cultura em Formação -0-
Produtos Agrícolas 25.000,00 Patrimônio Líquido
Não Circulante Capital 2.000.000,00
Permanente 1.800.000,00 Lucros Acumulados 335.000,00
Imobilizado 1.800.000,00
TOTAL 2.335.000,00 TOTAL 2.335.000,00
Observações:
a) Como nesse exercício se solicita apenas o Lucro Operacional, não será feita a
Provisão para Imposto de Renda.
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TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
RESOLUÇÃO:
3) Término da colheita
15
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
6) Contabilização da venda
E
IMPORTANT
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TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
DRE 31-03-x1
Receita Bruta Vendas 408.000,00
(-) CPV (248.500,00)
Lucro Bruto 159.500,00
(-) Despesas Operacionais (120.060,00)
Lucro Antes I.R. 39.440,00
Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante -x-
Disponível 549.440,00 Não Circulante
Cultura em Formação -0-
Produtos Agrícolas 25.000,00 Patrimônio Líquido
Não Circulante Capital 2.000.000,00
Permanente 1.800.000,00 Lucros Acumulados 374.440,00
Imobilizado 1.800.000,00
TOTAL 2.374.440,00 TOTAL 2.374.440,00
máquina essa que ainda não está em funcionamento, produzindo, e por isso está
em andamento, sem a possibilidade de ser depreciada, por exemplo.
Além dos custos elencados, ainda temos que calcular e contabilizar como
principal custo de colheita a depreciação ou exaustão da cultura permanente
formada, que está contabilizada no Imobilizado. Novamente, fazendo uma
analogia com a indústria, a depreciação ou exaustão da cultura permanente
formada e sua respectiva contabilização como custo de produção (colheita)
se assemelha à depreciação da máquina e sua contabilização como custo de
produção, agregando valor ao produto. A depreciação é o reconhecimento da
perda da capacidade produtiva da cultura a cada safra.
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TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
ATIVO PASSIVO
Circulante 5.900,00 Circulante 6.500,00
Disponível 1.100,00 Fornecedores 4.000,00
Insumos 800,00 Impostos a pagar 1.000,00
Produtos agrícolas (café) 4.000,00 Contas a pagar 1.500,00
Não Circulante Não Circulante
Permanente 30.100,00 Patrimônio Líquido 29.500,00
Imobilizado 30.100,00 Capital 20.000,00
Terras 14.100,00 Res. capital 5.000,00
Cafeeiro * 10.000,00 Res. legal 1.000,00
Trator 2.000,00 Res. reavaliação 2.000,00
Bens de escritório 4.000,00 Lucros acumulados 1.500,00
TOTAL 36.000,00 TOTAL 36.000,00
* leia-se Cultura Permanente Formada - café
a) Início do plantio dos 4.200 hectares de cana-de-açúcar, cujos custos iniciais são:
Insumo (do estoque) = 700,00;
Adubos adquiridos a prazo = 6.800,00;
Mão de obra paga = 1.400,00;
Outros custos = 1.420,00.
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UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
RESOLUÇÃO:
20
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO 6
CONTÁBIL
FAZENDA GUAPORÉ S.A.:
ATIVO PASSIVO
31/12/X1 31/12/X2 31/12/X1 31/12/X2
Circulante 5.900 10.850 Circulante 6.500 14.980
Disponível 1.100 6.750 Fornecedores 4.000 10.800
Insumos 800 100 Impostos a pagar 1.000 1.000
Produtos Agrícolas 4.000 4.000 Contas a pagar 1.500 1.500
Colheita em andamento Cana-de-
- Empréstimos a pagar - 1.500
açúcar
Juros a pagar 180
Permanente
Imobilizado 30.100 36.940 Patrimômio Líquido 29.500 32.810
Terras 14.100 14.100 Capital 20.000 20.000
Cafeeiro 10.000 10.000 Reserva Capital 5.000 5.000
Cana-de-açúcar 7.740 Reserva Legal 1.000 1.000
Trator 2.000 1.600 Reserva Reavaliação 2.000 2.000
Bens escritório 4.000 3.500 Lucros Acumulados 1.500 4.810
TOTAL 36.000 47.790 TOTAL 36.000 47.790
Aquisição Insumos:
D - Cultura Permanente em Formação (AP) - Cana-de-açúcar
• Adubos 6.800
• Insumos 700
• Outros Custos 1.420
C - Caixa 1.420
C - Fornecedores 6.800
C - Estoque de Insumos 700
Utilização de Mão de Obra:
D - Cultura Permanente em Formação (AP) - Cana-de-açúcar
• Início do plantio 1.400
C - Caixa 1.400
Empréstimo para cobertura "Outros Custos":
D - Caixa 1.500
C - Empréstimos a pagar 1.500
Juros sobre Empréstimos:
D - Juros 180
C - Juros a Pagar 180
Transferência da Cana-de-Açúcar para Cultura Formada:
D - Cultura Permanente Formada (AP) - Cana 10.320
C - Cultura Permanente em Formação (AP) - Cana 10.320
Depreciação Trator:
D - Colheita em andamento - Cana-de-Açúcar 400
C - Depreciação Acumulada 400
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UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
1) Aquisição de Insumos
DÉBITO Cultura Permanente em Formação – cana-de-açúcar 10.320,00
CRÉDITO Insumos 700,00
CRÉDITO Fornecedores 6.800,00
CRÉDITO Banco conta movimento 1.420,00
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TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
5) Depreciação do trator
DÉBITO Colheita em andamento – cana-de-açúcar 400,00
CRÉDITO Depreciação acumulada – trator 400,00
Custo do trator x 10% (taxa de depreciação)
6) Exaustão da cana-de-açúcar
Para algumas culturas devemos calcular exaustão ao invés de depreciação.
DÉBITO Colheita em andamento – cana-de-açúcar 2.580,00
CRÉDITO Exaustão acumulada – cana-de-açúcar 2.580,00
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UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
E
IMPORTANT
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TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE RURAL
BALANÇO PATRIMONIAL
1. ATIVO 2. PASSIVO
1.1 CIRCULANTE 2.1 CIRCULANTE
Disponível 2.1.1 Fornecedores
Valores a Receber 2.1.2 Instituições Financeiras
Estoques 2.1.3 Folha de Pagamento
Matérias-primas 2.1.4 Encargos Sociais
Produtos em Elaboração 2.1.5 Impostos a Pagar
Produtos Acabados 2.1.6 Contas a Pagar
Almoxarifado Outros
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UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
1.3.2.3 Terras
1 Área de exploração
2 Área florestal
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RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico a ideia foi de nos aproximarmos da contabilidade rural e
assim tivemos que conhecer primeiro os detalhes da atividade rural. Vimos então
que ela se subdivide em três atividades: atividade agrícola; atividade zootécnica
e atividade agroindustrial.
29
Quando a planta está Não se aplica para cultura Transferência de saldo.
formada. Momento temporária. Débito: “cultura permanente
imediatamente formada – (+ nome da
anterior ao início da cultura)” (Imobilizado).
colheita. Crédito: “cultura permanente
em formação – (+ nome da
cultura)” (Imobilizado).
Início da colheita. Na Débito: “cultura temporária Débito: “colheita em
maioria dos casos em formação – (+ nome da andamento – (+ nome da
inicia com a floração. cultura)” (AC). cultura)” (AC).
Crédito: disponível ou Crédito: disponível ou
passivo, dependendo de passivo, dependendo de como
como foi ou será feito o foi ou será feito o desembolso.
desembolso. Aqui também se contabiliza
a depreciação, exaustão e/ou
amortização.
Fim da colheita. Transferência de saldo. Transferência de saldo.
Débito: “produto agrícola – Débito: “produto agrícola – (+
(+ nome da cultura)” (AC). nome da cultura)” (AC).
Crédito: “cultura temporária Crédito: “colheita em
em formação – (+ nome da andamento (AC)”.
cultura)” (AC).
Observar quanto que foi
colhido em relação ao que
foi plantado. O valor do
lançamento vai alterar em
função disso.
Beneficiamento do Débito: “produto agrícola – Débito: “produto agrícola – (+
produto acabado. (+ nome da cultura)” (AC). nome da cultura)” (AC).
Aqui serão Crédito: disponível ou Crédito: disponível ou
considerados custos passivo, dependendo de passivo, dependendo de como
de beneficiamento, como foi ou será feito o foi ou será feito o desembolso.
acondicionamento desembolso.
e outros para que o
produto fique pronto
para a venda.
Gastos ocorridos Débito: despesas comerciais. Débito: despesas comerciais.
após o produto Crédito: disponível ou Crédito: disponível ou
pronto e passivo, dependendo de passivo, dependendo de como
armazenado, para como foi ou será feito o foi ou será feito o desembolso.
mera especulação de desembolso.
preços.
FONTE: O autor
30
AUTOATIVIDADE
2 Foi vendida 40% (quarenta por cento) da colheita do café, à vista, constante
no estoque, por $ 3.300,00
31
5 Os valores brutos do Imobilizado são:
Terrenos Cafeeiros Tratores Bens de Escritório
Valor Total 20.850,00 50.000,00 40.000,00 8.350,00
(-) Deprec. - (15.000,00) (15.000,00) (2.000,00)
Acumul.
1 INTRODUÇÃO
Agora que já conhecemos um pouco mais sobre a atividade rural e
algumas formas de contabilização, especialmente no que diz respeito às culturas
permanentes e temporárias, poderemos aprofundar nossos estudos em alguns
temas que, embora não tenham uma complexidade muito grande, são recorrentes
e se constituem de algumas particularidades, especialmente na atividade
rural. Falaremos então, a seguir, da identificação, aplicabilidade e critérios de
contabilização de gastos pré-operacionais e gastos com melhorias.
2 GASTOS PRÉ-OPERACIONAIS
Primeiramente vamos para a definição do que são gastos pré-operacionais,
independentemente da atividade ou segmento. Estes gastos são despesas
realizadas antes que a empresa ou projeto entre em operação, e que trarão
benefícios após o início das atividades, ou seja, despesas presentes que trarão
benefícios futuros.
e que podemos estar falando de uma entidade que está iniciando suas atividades
pela primeira vez, ou uma entidade já em funcionamento que esteja iniciando o
projeto de uma nova cultura.
34
TÓPICO 2 | NOVOS PROJETOS AGROPECUÁRIOS E OS GASTOS DE MELHORIAS
futuro. Por outro lado, tais gastos com melhorias podem referir-se a situações
específicas para uma cultura, e que poderão vir a se repetir no futuro, como,
por exemplo: delineamento de curva de nível. Estes gastos devem então ser
incorporados ao custo de desenvolvimento da cultura permanente.
35
RESUMO DO TÓPICO 2
O objeto de estudo deste tópico foi o entendimento conceitual e contábil
a respeito dos gastos pré-operacionais e gastos com melhorias. Vimos então
que os gastos pré-operacionais são despesas contratadas e/ou incorridas em
determinado período, mas que proporcionarão resultados em períodos futuros, e
que este período a que nos referimos trata-se do período pré-operacional, ou seja,
momento que antecede o início das atividades. Estas despesas devem então ser
contabilizadas como despesas do período, conforme a Lei no 11.941/2009.
36
AUTOATIVIDADE
a) ( ) São despesas realizadas após o projeto entrar em operação, mas que trarão
benefícios após consolidadas as atividades, ou seja, despesas presentes que
trarão benefícios futuros.
b) ( ) São despesas realizadas antes que a empresa ou projeto entre em
operação, e que trarão benefícios após o início das atividades, ou seja,
despesas presentes que trarão benefícios futuros.
c) ( ) São despesas que se realizarão após o projeto entrar em operação, mas
que já trazem benefícios presentes, ou seja, benefícios presentes que trarão
despesas futuras.
d) ( ) São despesas incomuns realizadas antes que a empresa ou projeto entre
em operação, e que poderão ou não trazer benefícios após o início das
atividades, ou seja, despesas presentes que poderão ou não trazer benefícios
futuros.
37
c) ( ) Constituição da empresa; estudo de viabilidade do projeto; pesquisas;
marketing; preparação da terra.
d) ( ) Marketing; preparação da terra; compra de sementes e produtos químicos;
mão de obra; construção de galpões.
38
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Neste quarto tópico, estudaremos sobre o entendimento contábil segundo
a teoria da contabilidade, sobre o entendimento fiscal, a depreciação e sobre a
exaustão.
39
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
Cabe ressaltar aqui que a vida útil dos bens do ativo imobilizado deve
ser estimada tecnicamente, de preferência por laudo técnico, e devem ser
considerados alguns quesitos importantes, tais como: condições gerais de uso,
local de instalação, características técnicas e outros tantos fatores que poderão
influenciar positiva ou negativamente para a vida útil e/ou vida econômica do
bem.
3 ENTENDIMENTO FISCAL
Apesar de sabermos que a contabilidade deve registrar toda a variação
patrimonial real, e que a depreciação representa uma variação de patrimônio, é
comum vermos muitas empresas adotando uma taxa de depreciação padrão para
todos os bens de determinado grupo do Ativo Imobilizado, sem considerar a real
depreciação ocorrida para cada um deles. Isso é possível através da prerrogativa
aberta pelo fisco na legislação de Imposto de Renda, mais precisamente por
meio dos artigos 305 a 461. O fisco, através de instruções normativas, estabelece
uma relação de bens a serem depreciados e impõe a taxa pela qual estes bens
devem ser depreciados. Como a preocupação da contabilidade deve ser sempre
com a informação real sobre o patrimônio, devemos sempre utilizar taxas de
depreciação que sejam condizentes com a utilização e desgastes de cada bem,
individualmente, e a diferença existente em relação à taxa fiscal deve ser ajustada
através do Livro de Apuração do Lucro Real, porém poderemos ter problemas
em relação a isso.
40
TÓPICO 3 | DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO
4 DEPRECIAÇÃO
4.1 NA AGRICULTURA
Vamos entender agora como tratar a depreciação na agricultura e na
pecuária. Primeiramente verifiquemos o tratamento dado às culturas permanentes.
Sabemos que as culturas permanentes são aquelas que produzem mais de uma
safra sem a necessidade de replantio, ou seja, seu ciclo operacional é longo, ou
seja, acima de um ano. Para estas culturas teremos duas situações diferentes.
Primeiro, as culturas permanentes que produzem frutos, tais como: café, laranja,
banana, chá, entre outras. Segundo, aquelas cujo produto final é a própria árvore
e/ou planta, como, por exemplo, a cana-de-açúcar e os reflorestamentos. Para o
primeiro caso, onde a árvore produz frutos, vamos calcular a depreciação, mas
no segundo caso, vamos calcular e contabilizar exaustão, pois ao extrair a parte
externa da planta, estamos exaurindo (esgotando) seus recursos.
41
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
Uma propriedade que cultiva café tem em sua área uma plantação de 15
mil pés de café, que estão registrados na contabilidade pelo valor total de 60.000,00
(hipoteticamente). O agrônomo da propriedade estimou uma vida útil média de
25 anos para toda a plantação, assim a taxa de depreciação será equivalente a 100
dividido por 25, ou seja, uma taxa anual de 4%. Ao calcularmos a depreciação
teremos: 60.000,00 x 4% = 2.400,00 anuais de depreciação.
Total de produção estimada pelo agrônomo até o final da vida útil: 1.200.000
kg de café. Neste caso, a depreciação será calculada a cada safra, pela quantidade
produzida nela. Se na safra deste ano a propriedade produzir 40.000 kg de café,
faremos: 60.000,00 (valor do cafeeiro) ÷ 1.200.000 kg (produção estimada para
a vida útil) x 40.000 kg (quantidade produzida nesta safra) = 2.000,00. Na safra
seguinte o valor da depreciação será maior ou menor que este, dependendo da
produção conseguida.
A depreciação linear (taxa igual todos os anos) considera uma vida útil em
quantidade de anos. Mas se pegarmos aquela quantidade de produção estimada
de 1.200.000 kg e dividirmos por 25 anos, encontraremos uma média produtiva
de 48.000 kg a cada safra. No exemplo que fizemos, a quantidade produzida foi
de 40.000 kg.
42
TÓPICO 3 | DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO
5 EXAUSTÃO
No item 2 deste tópico, vimos que a exaustão corresponde à perda do
valor, decorrente de sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos
minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. Assim, na agricultura,
a exaustão será aplicada às culturas permanentes cujo produto final não será o
fruto, mas sim a própria árvore, que será ceifada, extraída, para que se possa ter
uma nova colheita. Este processo de extrair a produção, reduzindo a capacidade
total produtiva, é conhecido como exaustão, ou seja, acabar com os recursos. O
reconhecimento contábil deste processo de exaustão se faz por meio de um cálculo
proporcional de árvores extraídas em relação ao total de árvores plantadas,
considerando também o número de cortes previstos. Segundo Marion (2007, p.
47):
43
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
2º – Cálculo da Exaustão
150.000,00 (valor da plantação), multiplicado por 25% (taxa de exaustão
anual), multiplicado por 21,33%, que é o percentual de árvores extraídas.
O valor da exaustão será de 7.998,75. Como já dissemos em linhas gerais, o
cálculo é feito proporcionalmente às árvores extraídas em relação às árvores
plantadas, considerando-se o número de cortes.
Neste caso poderia ser feito o cálculo de duas formas: a) pela quantidade
colhida em kg; b) pela área colhida. Como a informação que temos não é de
quantidade produzida, faremos pela área colhida, a saber:
44
TÓPICO 3 | DEPRECIAÇÃO, EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO
6 AMORTIZAÇÃO
A amortização será a apropriação como despesa dos valores gastos na
aquisição do direito de exploração de propriedades de terceiros, por período
determinado.
45
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico estudamos os conceitos, critérios e cálculos de depreciação,
exaustão e amortização. Podemos dizer que exaustão e depreciação são uns dos
principais custos de colheita, tanto da cultura permanente quanto da cultura
temporária, pois representam uma parte do Ativo do segmento rural que tem
maior volume de investimento. Quando os valores-base da depreciação e exaustão
são relevantes, estes custos se tornam relevantes também.
46
E
IMPORTANT
47
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 100.858,50.
b) ( ) 84.750,00.
c) ( ) 98.351,85.
d) ( ) 95.836,50.
a) ( ) 1.666,67.
b) ( ) 9.000,00.
c) ( ) 5.000,00.
d) ( ) 3.000,00.
a) ( ) 132.020,00.
b) ( ) 72.980,00.
c) ( ) 12.500,00.
d) ( ) 25.000,00.
48
UNIDADE 1
TÓPICO 4
ATIVIDADE PECUÁRIA
1 INTRODUÇÃO
Conforme já vimos na introdução desta unidade, a atividade pecuária,
ou atividade zootécnica, é um segmento da atividade rural. Assim, no que tange
à questão conceitual e societária sobre este segmento, já foi alvo de estudos no
início de nossas atividades.
2 PLANO DE CONTAS
Assim como fizemos na contabilidade agrícola, daremos mais ênfase aos
grupos de contas, tanto do balanço patrimonial, quanto da Demonstração de
Resultado do Exercício, que são mais afetados pelas peculiaridades da atividade
pecuária, em comparação à contabilidade geral.
49
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
Estoques:
50
TÓPICO 4 | ATIVIDADE PECUÁRIA
1.3.2 Imobilizado
1.3.2.1 Rebanhos
•Reprodutores
•Matrizes
1.3.2.2 Terras
1.3.2.3 Pastagens
• Estradas
• Campo de pouso
• Pontes
• ......
1.3.2.6 Animais de Trabalho
1.3.2.7 Florestas (Matas)
1.3.2.8 ..............
(-) Depreciação
(-) Exaustão
Contas de Resultado
51
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
TUROS
ESTUDOS FU
4. RECEITA BRUTA
3 DEPRECIAÇÃO NA PECUÁRIA
Na pecuária, assim como na agricultura, temos algumas particularidades
a considerar em se tratando do cálculo e da contabilização da depreciação.
52
TÓPICO 4 | ATIVIDADE PECUÁRIA
a) PEPS – primeiro que entra, primeiro que sai, onde as compras ou produção são
separadas por lotes e o controle de baixa é feito considerando sempre o custo
do primeiro lote que entrou, ou seja, o mais antigo. Neste caso, o saldo final do
estoque tende a ser o mais atualizado e, por conseguinte, o custo do produto
ou mercadoria vendida terá sempre uma valorização menor.
b) UEPS – último que entra, primeiro que sai. Neste caso, o controle de baixas será
feito pelo último lote produzido ou comprado, o que fará com que o estoque
fique sempre valorizado ao custo mais baixo (mais antigo) e, por consequência,
o custo do produto ou mercadoria vendida terá sempre um valor maior (o da
compra mais recente).
54
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico nosso objetivo foi estudar a contabilidade pecuária, porém
detalhando alguns assuntos que merecem um estudo específico, pois demandam
algumas particularidades em relação a esta atividade. Tratamos brevemente sobre
a atividade pecuária, que nada mais é do que a atividade que registra as operações
com o gado, e que esta atividade pode ter algumas alternativas de produção, tais
como: a) cria; b) recria; c) cria-recria; d) cria-recria-engorda; e) recria-engorda ou
f) engorda. Em seguida estudamos o plano de contas, detalhando dois grupos
do Ativo, a saber: estoques e imobilizado e o Demonstrativo de Resultado do
Exercício. Em relação aos estoques, vimos que pouco se assemelham ao plano
de contas da indústria, destacando que na pecuária teremos apenas o grupo
Estoques de “produtos acabados”, que será representado por contas que
identificam o gado no estado em que se encontra, ou seja, a nomeação das contas
se faz cronologicamente, como, por exemplo: “bezerros de 0 a 12 meses” para o
gado recém-nascido; “bezerros de 13 a 24 meses”, para o gado de 1 a 2 anos, e
assim respectivamente. Neste caso, a pecuária não registra estoques de “produtos
em processo”, como no caso da indústria, pois o gado é produto acabado, em
qualquer estágio da vida. Em relação ao imobilizado, o registro é para o gado
reprodutor e respectiva depreciação acumulada. Aqui se registram em contas
separadas as matrizes (fêmeas) e os reprodutores (touros, machos).
55
AUTOATIVIDADE
a) ( ) R$5.962,68.
b) ( ) R$5.300,00.
c) ( ) R$5.020,92.
d) ( ) R$8.052,63.
a) ( ) Perdas extraordinárias.
b) ( ) Custo do produto vendido.
c) ( ) Ativo – circulante – estoque.
d) ( ) Ativo – permanente – imobilizado.
a) ( ) UEPS.
b) ( ) Média ponderada.
c) ( ) PEPS.
d) ( ) Valor de custo.
56
UNIDADE 1
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
O critério de valorização dos estoques pelo método de custo se baseia
exclusivamente na acumulação de custos de produção do período, que serão, ao
final do exercício, rateados pelo número de cabeças de gado existente, classificado
por idade e sexo. O acúmulo de custos será feito diretamente nas contas
transitórias, no grupo de contas “custo do rebanho em formação”, que ao final de
cada período serão zeradas, transferindo os respectivos saldos para as contas de
estoques correspondentes em forma de rateio. A valorização dos estoques neste
caso poderá ser feita pelos métodos comentados no item 4 do tópico anterior
(PEPS; UEPS ou MÉDIA PONDERADA). Recomenda-se, inclusive, a adoção da
média ponderada, por apresentar um resultado mais coerente, tanto para o saldo
de estoques quanto para a apuração de resultado propriamente dita. Ao fazermos
a contabilização dos estoques pelo método de custo, o resultado só será apurado
quando houver a venda do estoque, ou seja, quando vendermos o estoque, este
será baixado e lançado a débito de custo das mercadorias vendidas, apurando-se
assim o lucro bruto.
2 CASO PRÁTICO
A seguir faremos um caso prático, simulando diversas situações
envolvendo a movimentação do estoque de uma empresa pecuária que trabalha
no sistema cria-recria-engorda, e que avalia os estoques pelo método de custo. Os
valores e outros dados detalhados apresentados neste caso prático são meramente
didáticos, em nada relacionados com a realidade, pois o objetivo é o entendimento
dos critérios de avaliação e suas respectivas contabilizações.
57
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
O grupo de contas “disponível” será usado neste caso prático apenas para
indicar que o desembolso de despesas pode ser feito via Caixa ou emissão de
cheques.
58
TÓPICO 5 | VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES PELO MÉTODO DE CUSTO
Assit. Veterinária
XXXXXXXX
FONTE: O autor
59
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
61
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
X1 Novilhos de 13 a 24 meses
18.000
Sal, Rações, etc 30.000
XXXXXXXX
48.000
X1 Novilhas de 13 a 24 meses
Assit. Veterinária 18.000
XXXXXXXX 30.000
48.000
Outros Gastos - Faz.
XXXXXXXX
FONTE: O autor
2.3.1Transferência de era
Ao iniciarmos um novo ano, o primeiro lançamento a ser feito é o de
transferência de era. O objetivo é mudar o estoque para outra conta, que represente
a idade correta do gado a ser contabilizado. Neste caso, faremos:
62
TÓPICO 5 | VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES PELO MÉTODO DE CUSTO
63
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
80 cabeças, nascidas em X1
70 cabeças, nascidas em X2 (quantidade líquida, pois morreram 10 cabeças no
início de X3)
80 cabeças, nascidas em X3
230 cabeças de gado ao total
64
TÓPICO 5 | VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES PELO MÉTODO DE CUSTO
FONTE: O autor
65
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
• houve aquisição de dois novos touros (para cobertura das novas matrizes) por
20.000,00 cada um (no início de X4);
2.4.1Transferência de era
Ao iniciarmos um novo ano, o primeiro lançamento a ser feito é o de
transferência de era. O objetivo é mudar o estoque para outra conta, que represente
a idade correta do gado a ser contabilizado. Neste exemplo, faremos:
66
TÓPICO 5 | VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES PELO MÉTODO DE CUSTO
67
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
Reconhecimento da receita:
Apropriação do custo
Reconhecimento da receita
Apropriação do custo
68
TÓPICO 5 | VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES PELO MÉTODO DE CUSTO
69
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
FONTE: O autor
70
TÓPICO 5 | VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES PELO MÉTODO DE CUSTO
E
IMPORTANT
71
RESUMO DO TÓPICO 5
A avaliação dos estoques pelo método de custo reconhece e apropria todos
os custos de formação do rebanho do período à conta de estoques, acrescentando-
se assim, esse valor, ao saldo anterior. Este critério de avaliação é mais comum e
amplamente utilizado na maioria dos segmentos. Por este critério de avaliação, a
apropriação do custo de formação do rebanho para o resultado acontecerá somente
quando houver venda do gado, caso contrário, todo custo estará apropriado ao
estoque, aguardando a realização pela venda.
72
AUTOATIVIDADE
A Fazenda Boi Gordo, recém-constituída, adquiriu, no início do ano de
X1, 100 matrizes por $ 1.000,00 cada uma e cinco touros por $ 2.000,00 cada um,
para desenvolver atividade de corte (cria-recria-engorda).
73
74
UNIDADE 1
TÓPICO 6
1 INTRODUÇÃO
Na verdade, a valorização dos estoques a preço de mercado ocorre em
função do reconhecimento da receita antes da transferência do produto, ou
seja, antes do momento da venda efetiva. Isso acontece, pois o ciclo operacional
na atividade pecuária é longo, em média cinco anos até a sua maturação. Na
atividade pecuária é clara a valorização comercial dos estoques a cada etapa de
vida do gado, passando de bezerro para novilho, de novilho para boi magro, de
boi magro para boi gordo, quando seria o momento ideal da venda. Reconhecer
a valorização dos estoques a cada etapa de crescimento pressupõe reconhecer
também o ganho econômico relativo. Econômico, porque é um ganho que ainda
não foi realizado financeiramente.
2 CASO PRÁTICO
Para que seja mais fácil entendermos a aplicação do método, faremos
a seguir um caso prático, detalhando todos os procedimentos a cada etapa de
contabilização.
75
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
76
TÓPICO 6 | VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES PELO MÉTODO A VALOR DE MERCADO
Neste primeiro ano, como o estoque inicial era zero, o valor do ganho
(superveniência ativa) será igual ao valor dos estoques, nos anos seguintes o
ganho será somente a diferença entre o valor de mercado dos estoques e o valor
atualizado dos estoques até o período anterior.
77
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
Transferência de era
78
TÓPICO 6 | VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES PELO MÉTODO A VALOR DE MERCADO
Mortes ocorridas em X2
79
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
80
TÓPICO 6 | VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES PELO MÉTODO A VALOR DE MERCADO
Transferência de era
81
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
Nascidos em X1
Nascidos em X2
Foi vendida a metade dos novilhos nascidos em X1, por 22.500,00. Como
já houve o reconhecimento da receita quando da valorização dos estoques,
será necessário reconhecer o lucro excedente, pois metade dos estoques estava
valorizada a 20.500,00.
Reconhecimento da receita
82
TÓPICO 6 | VALORIZAÇÃO DOS ESTOQUES PELO MÉTODO A VALOR DE MERCADO
Apropriação do custo
83
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
84
RESUMO DO TÓPICO 6
85
AUTOATIVIDADE
A Fazenda Santa Gertrudes, recém-constituída, adquiriu, no início do
ano de X1, 200 matrizes por $ 1.000,00 cada uma e dez touros por $ 2.000,00
cada um, para desenvolver atividade de corte (cria-recria-engorda).
86
UNIDADE 1
TÓPICO 7
CONVERGÊNCIA CONTÁBIL
1 INTRODUÇÃO
A palavra de ordem para qualquer setor da economia de qualquer país
desenvolvido ou em desenvolvimento é GLOBALIZAÇÃO. A proximidade
provocada pelo fenômeno da internet e a abertura da economia de alguns países
aceleraram muito o processo de globalização, que nada mais é do que encurtar
as fronteiras comerciais, econômicas e sociais de praticamente todas as nações
do mundo. Em nosso país a abertura da economia para o exterior trouxe muitos
avanços em vários setores e segmentos, como também preocupações surgidas em
função deste avanço.
88
TÓPICO 7 | CONVERGÊNCIA CONTÁBIL
3 O valor justo compreende o montante pelo qual um ativo pode ser negociado
entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes
entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da
transação ou que caracterizem uma transação compulsória. Para fins deste
pronunciamento, o valor justo do ativo biológico e do produto agrícola está,
como regra, ligado ao conceito de valor de mercado, o que exige a existência
de mercado ativo para esse ativo biológico ou produto agrícola, ou mercado
ativo de bens similares. É normal que o mercado ativo exista com base em
determinados padrões, como é o caso de preço expresso por arroba de carne,
por saca de um produto com uma determinada especificação base etc.
4 Pode haver situações em que o valor justo somente seja obtido confiavelmente
a partir de fluxos de caixa futuros ajustados a valor presente ou a partir de
cálculos que considerem a presença de outros ativos, como terra nua etc.
89
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
Outros pontos
90
TÓPICO 7 | CONVERGÊNCIA CONTÁBIL
Divulgação
91
UNIDADE 1 | CONTABILIDADE RURAL
CPC 30 – Receitas
CVM – Deliberação nº 597/09
CFC – NBC TG 30 – Resolução nº 1.187/09
92
RESUMO DO TÓPICO 7
93
AUTOATIVIDADE
1 Em relação ao valor justo, conforme o texto do pronunciamento contábil nº
29 – Ativo biológico e produto agrícola, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Presidência da República.
b) ( ) Conselho Federal de Contabilidade.
c) ( ) Instituto de Auditores Independentes do Brasil.
d) ( ) Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
94
UNIDADE 2
COOPERATIVAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Você encontrará, no final de cada
um deles, atividades que contribuirão para a compreensão dos conteúdos
explorados.
95
96
UNIDADE 2
TÓPICO 1
INTRODUÇÃO AO COOPERATIVISMO
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico estudaremos sobre as cooperativas. Abordaremos
brevemente sobre seu histórico e sobre seus princípios. Estudaremos também
sobre o surgimento do sistema cooperativista no Brasil.
2 ORIGEM DA COOPERATIVA
O cooperativismo nasceu em meados do século XIX, mais precisamente
em 1844, em Rochdale, na Inglaterra, com a fundação da “Sociedade dos Probos
Pioneiros de Rochdale (Rochdale Society of Equitable Pionners). Apesar de
considerarmos esse período como o marco do cooperativismo no mundo, há
notícias de que já havia experiências anteriores a essa data. A história da fundação
da primeira cooperativa se dá no período da Revolução Industrial, quando, em
função da crise estabelecida, vários tecelões estavam ameaçados de perderem
seus empregos, e tinham sérias dificuldades para a aquisição de alimentos e
roupas em função da exploração exagerada do comércio local. Depois de várias
reuniões para discutirem uma saída para a situação, foi decidida a criação de um
armazém próprio para fornecimento de alimentos e vestuário aos trabalhadores
associados, e assim era criada a primeira cooperativa de consumo da história. Para
a constituição da cooperativa foram reunidas as economias de 28 tecelões, que
agora se denominavam sócios, e juntos totalizaram um capital inicial de 28 libras.
UNI
97
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
1 Adesão livre.
2 Controle democrático.
3 Evolução e retorno sobre as compras.
4 Juro limitado ao capital.
5 Neutralidade política e religiosa.
6 Venda a dinheiro à vista.
7 Fomento ao ensino.
98
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO AO COOPERATIVISMO
3 AS COOPERATIVAS NO BRASIL
No Brasil, a cultura da cooperação foi introduzida pelos jesuítas durante
o período de colonização portuguesa, no qual, em 1600, deu-se a primeira forma
de organização baseada no comunitarismo e voltada a compor uma sociedade
cooperativista em bases integrais, através da fundação das primeiras reduções
jesuíticas. Essa organização visava uma cultura de bem-estar da coletividade
sobre o individualismo, e assim se desenvolveu por mais de 150 anos.
99
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
100
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO AO COOPERATIVISMO
101
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico estudamos o surgimento, o crescimento e a organização
institucional das Sociedades Cooperativas. Verificamos que as cooperativas
nasceram de necessidades vividas por pessoas comuns, que queriam se ajudar
mutuamente para conseguirem resolver problemas coletivos, como, por exemplo:
viabilizar compra de produtos e gêneros de primeira necessidade por preços
mais baratos, otimizando assim o orçamento doméstico. Estas cooperativas não
tinham objetivo de lucro e não competiam com sociedades capitalistas, pois seu
objetivo era diminuir o efeito capitalista sobre suas rendas.
4 Autonomia e independência.
102
AUTOATIVIDADE
103
104
UNIDADE 2 TÓPICO 2
REGIME JURÍDICO DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico estudaremos sobre a sociedade cooperativa versus sociedade
anônima, as diferenças entre a sociedade cooperativa e a sociedade de capital, a
classificação legal de constituição e também sobre o objeto social das cooperativas.
2 NATUREZA JURÍDICA
A Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, define a Política Nacional de
Cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas. Sobre a
natureza das sociedades cooperativas, estabelece em seu art. 4º: “As cooperativas
são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza
civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados [...]”
Vamos refletir um pouco sobre a definição dada pela lei com relação à
natureza jurídica. Primeiramente, vamos nos ater à afirmação de que cooperativas
são sociedades de pessoas. Evidencia-se aqui a diferenciação das cooperativas
em relação às sociedades de capital. Nas sociedades de capital o que mais vale,
ou o que mais importa, é o capital em si, que propiciará o atingimento dos
objetivos sem haver uma preocupação em relação aos sócios, ou seja, não há uma
preocupação com relação à qualidade de pessoas que compõem a sociedade,
especialmente nas anônimas de capital aberto, onde há uma rotatividade muito
grande dos sócios, sem qualquer repercussão para a sociedade. Já na sociedade
cooperativa é exatamente o inverso, ou seja, o fator principal para o sucesso do
empreendimento são os sócios.
105
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
106
TÓPICO 2 | REGIME JURÍDICO DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
Ainda sobre a questão da obtenção de lucros, deve ficar claro que o papel
da sociedade cooperativa é aquele que exatamente motivou a sua existência, a
sua criação, ou seja, o de unir pessoas com interesse único de, através da união
de forças, melhorar a capacidade de negociação e de penetração em mercados
com o objetivo de ter melhores resultados para cada um deles. Nesse ponto,
quando falamos de resultados, temos que percebê-los como resultado para seus
cooperados e não para a cooperativa – a diferença é que tudo o que for obtido
de sobras na negociação será revertido em sua totalidade para seus cooperados,
na proporção que cabe a cada um. Deste modo, os cooperados é que estarão
auferindo lucros e a cooperativa serviu, neste caso, apenas como condutor e
facilitador do processo.
107
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
108
TÓPICO 2 | REGIME JURÍDICO DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
109
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
CONFEBRÁS
Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito
CECRED SICOOB
Cooperativa Central de Crédito Urbano Cooperativa Central de Crédito de Santa Catarina Ltda.
CREDITÊXTIL
SICOOB OESTECREDI SC
Cooperativa de Crédito dos Empregados
Cooperativa de Crédito de Livre Admissão
em Empresas Têxteis
de Associados do Oeste Catarinense
CONCREDI
SICOOB CREDIPLANALTO SC
Cooperativa de Crédito dos Micros e
Cooperativa de Crédito de Livre Admissão
Pequenos Empresários do Vale do Itajaí
de Associados do Planalto Catarinense
FONTE: O autor
6 OBJETO SOCIAL
110
TÓPICO 2 | REGIME JURÍDICO DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
a) Cooperativas de consumo
b) Cooperativas mistas
c) Cooperativas de Crédito
111
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
d) Cooperativas de trabalho
112
TÓPICO 2 | REGIME JURÍDICO DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
e) Cooperativas habitacionais
Uma mesma pessoa pode se inscrever para mais de uma unidade habitacional
do programa.
113
RESUMO DO TÓPICO 2
As sociedades cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e
natureza jurídica próprias, não estão sujeitas a falência e são constituídas para
prestar serviços aos associados. Existem algumas diferenças claras entre as
sociedades cooperativas e as sociedades de capital que devem ser destacadas, tais
como:
• Distribuição de resultados
• Direito a voto
114
Na sociedade de capital as ações estão divididas em ordinárias e
preferenciais, sendo que as ordinárias dão direito a voto, e as preferenciais não.
Nas sociedades cooperativas todos têm direito a um voto, independentemente da
quantidade de quotas que possuem.
• Sistema Cooperativista
115
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Cooperativa habitacional.
b) ( ) Cooperativa de consumo.
c) ( ) Cooperativa de crédito.
d) ( ) Cooperativa de trabalho.
116
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
A Contabilidade é a ciência que registra a formação e a variação do
patrimônio das entidades com ou sem fins lucrativos – patrimônio aqui é
entendido como o conjunto de bens, direitos e obrigações. Essa definição deixa
clara a importância que a contabilidade exerce no processo de tomada de decisões,
pois se torna uma ferramenta indispensável na avaliação econômico-financeira
de uma entidade, possibilitando a investigação e a análise de eventos que possam
alterar o patrimônio. Para que isso aconteça plenamente, a contabilidade se
vale de princípios e normas técnicas que resultam em registros, mensuração e
informação de todos os eventos pertinentes, possibilitando aos usuários, sejam
externos (instituições financeiras, fornecedores, clientes, governo etc.) ou internos
(cooperados, funcionários e outros), uma visão clara, transparente e adequada
sobre a cooperativa.
• dar conta e razão de cada um dos atos econômicos realizados pela cooperativa,
mediante o registro da documentação em que constem, de forma precisa, as
operações e respectivos valores monetários daqueles atos;
117
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
ou não cooperativo às transações que sejam necessárias para a realização dos atos
cooperativos, como, por exemplo, a contratação de um advogado para realizar a
cobrança de um cliente.
119
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
120
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
FONTE: Santos; Gouveia; Vieira (2008), adaptado com as novas atualizações promovidas pela
Lei nº 11.638/07
121
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
2.1.2 Estoques
A movimentação de estoques nas cooperativas é feita com produtos de
associados e produtos de não associados, representando assim fatos diferentes e,
por este motivo, devem ser registrados segregadamente, mesmo que fisicamente
os produtos não possam ser separados.
NBCT 10.8
122
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
NBC T 4
• Juros sobre capital social a pagar: De acordo com o parágrafo 3º, do Art. 24, da
Lei nº 5.764/71, poderão ser pagos juros sobre o capital social até o limite de
12% ao ano.
• Pró-Labore a pagar: nas sociedades de capital, este valor é destinado aos sócios
que exercem atividades executivas dentro da empresa, porém no caso das
cooperativas, como é uma sociedade de pessoas e não de capital, esse tipo de
remuneração é fixada em assembleia geral, destinada a alguns dirigentes, em
função do cargo que ocupam.
123
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
• Livre adesão do associado, quando de sua admissão, pelo valor das quotas-
partes fixado no estatuto social.
124
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
• Reserva Legal: o próprio nome já esclarece ser uma reserva definida pela lei.
No caso, a Lei 5.764/71, em seu art. 28, inciso I, define: “Fundo de Reserva
destinado a reparar perdas e atender ao desenvolvimento de suas atividades,
constituído com 10% (dez por cento), pelo menos, das sobras líquidas do
exercício”.
125
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
126
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
127
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
128
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
• Impostos sobre as Notas Fiscais emitidas, a saber: IPI, ICMS, ISS, PIS, COFINS,
Imposto de Exportação, entre outros.
129
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
• Custos indiretos
2.2.5.1 Administrativas
São despesas relacionadas à administração em geral, tais como: mão de
obra de funcionários da administração, honorários da diretoria e conselho de
administração, energia elétrica, telefone, material de expediente, aluguel do
escritório, entre outros. Alguns dos gastos deverão sofrer rateios, pois são gastos
comuns para a administração e vendas, por exemplo:
2.2.5.2 Vendas
São gastos para promover e administrar as vendas, além de gastos com
o risco e a distribuição inerente às vendas e serão constituídos, por exemplo, de:
mão de obra, viagens, material de expediente, energia, aluguel, provisão para
créditos de liquidação duvidosa, entre outros.
• Variações monetárias.
3 PRÁTICA CONTÁBIL
Vamos verificar como devem ser feitas as contabilizações em uma
cooperativa agrícola, que opera com produtos de associados e de terceiros. Faremos
contabilizações desde a criação da cooperativa, passando por movimentações
relativas a três exercícios sociais.
3.1 OCORRÊNCIAS EM X0
• Criação de uma Cooperativa Agrícola
131
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
Aquisição de imobilizado
132
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
saída de estoques pela venda, deve-se calcular o percentual que cada produtor
tem em relação ao total do estoque. O cálculo é feito dividindo-se o estoque do
cooperado, em quantidade, pelo estoque total dos produtos de cooperados.
133
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
Porcentagem em Kg
% com Terceiros 22,22%
% com Cooperados 77,78%
Total dos Estoques 100%
% de Joaquim 62,86%
% de Manoel 37,14%
Total de Cooperados 100%
134
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
Terceiros Cooperados
22,22% 77,78%
X X
Qtde vendida => 4.200
62,86% 37,14%
Joaquim Manoel
2.053,33 1.213,33
TOTAIS
Baixa total por Estoque kg 933,34 2.053,33 1.213,33 4.200
custo médio 3,50 2,00 2,00
Terceiros Cooperados
22,22% 77,78%
X X
Valor da venda (4.200 kg X 6,00 $/kg) 25.200,00
62,86% 37,14%
Joaquim Manoel
TOTAL
Vlr da venda cooperados, 5.600,00 12.320,00 7.280,00 25.200,00
e não cooperados terceiros Joaquim Manoel
135
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
136
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
Porcentagem em Kg
% com Terceiros 22,22% (66,66 / 300,00)
% com Cooperados 77,78% (233,34 / 300,00)
Total dos Estoques 100%
Depreciação imobilizado
137
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
• Das Sobras, 10% serão transferidos para RATES e 10% transferidos para reserva
legal.
138
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
139
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
3.2 OCORRÊNCIAS EM X1
Gastos com assistência ao cooperado
Aquisição do Imobilizado
140
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
Deliberação da assembleia
RATES Cooperados
50% 50%
X X
Saldo à disposição 8.574,21
62,86% 37,14%
Joaquim Manoel
Entrega de produtos
141
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
Porcentagem em Kg
% com Terceiros 0,61%
% com Cooperados 99,39%
Total dos Estoques 100%
% de Joaquim 59,20%
% de Manoel 40,80%
Total de Cooperados 100%
142
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
Terceiros Cooperados
0,61% 99,39%
X X
Qtde vendida => 10.880
52,20% 40,80%
Joaquim Manoel
6.402 4.411
TOTAIS
Baixa total por Estoque kg 67 6.402 4,411 10.880
custo médio 3,50 2,00 2,00
Terceiros Cooperados
0,61% 99,39%
X X
Valor da venda (4.200 kg X 6,00 $/kg) 70.720,00
59,20% 40,80%
Joaquim Manoel
TOTAL
Vlr da venda cooperados, 431,39 41.610,86 28.677,75 70.720,00
e não cooperados terceiros Joaquim Manoel
144
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
Depreciação imobilizado
• Das Sobras, 10% serão transferidos para RATES e 10% transferidos para reserva
legal.
146
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
147
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
148
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
RATES Cooperados
50% 50%
X X
Saldo à disposição 27.281,06
Distribuição 13.640,53
13.640,53
X X
59,20% 40,80%
Joaquim Manoel
• O cooperado deverá pagar uma taxa técnica para a COOPAGRI para cada
requisição de visita do técnico agrônomo para consultoria. O valor da taxa será
determinado pela diretoria, com base no custo do serviço.
149
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
Venda do veículo
Entrega de produtos
151
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
Porcentagem em Kg
% com Terceiros 0,00%
% com Cooperados 100%
Total dos Estoques 100%
% de Joaquim 36,36%
% de Manoel 36,36%
% de Maria 27,27%
Total de Cooperados 100%
152
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
153
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
Porcentagem em Kg
% com Terceiros 0,00%
% com Cooperados 100%
Total dos Estoques 100%
% de Joaquim 36,36%
% de Manoel 36,36%
% de Maria 27,28%
Total de Cooperados 100%
Visitas técnicas
154
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
Depreciação imobilizado
155
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
• Das Sobras, 10% serão transferidos para RATES e 10% transferidos para reserva
legal.
156
TÓPICO 3 | CONTABILIDADE DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS
157
UNIDADE 2 | COOPERATIVAS
158
RESUMO DO TÓPICO 3
A contabilização das cooperativas deve considerar que as mesmas terão
atos cooperativos e atos não cooperativos, e que o resultado provocado pelos
atos cooperativos é denominado sobras ou perdas, e o resultado provocado por
atos não cooperativos será conhecido como lucro ou prejuízo. A contabilização de
uma sociedade cooperativa rural seguirá basicamente o seguinte roteiro:
• Entrega de produtos
• Venda de mercadorias
• Apropriação do Custo
159
AUTOATIVIDADE
3.1 – Ocorrências em X0
Aquisição de imobilizado
Entrega de produtos
Pelos cooperados
160
Depreciação imobilizado
161
162
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. Você encontrará, no final de cada
um deles, atividades que contribuirão para a compreensão dos conteúdos
explorados.
163
164
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Chegamos à última unidade do nosso Caderno de Estudos. Aqui vamos
tratar de mais um segmento específico, com regras comerciais, operacionais e
contábeis muito próprias. O setor imobiliário tem importância ímpar para o
crescimento econômico de um país, haja vista que a moradia está entre um dos
direitos básicos de qualquer cidadão.
165
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
166
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE IMOBILIÁRIA
167
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
168
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE IMOBILIÁRIA
169
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
a) seguros;
b) concepção e assistência técnica que não estejam diretamente relacionadas a
um contrato específico;
c) gastos gerais de construção.
170
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE IMOBILIÁRIA
171
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
172
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE IMOBILIÁRIA
a) os direitos e deveres de cada uma das partes, no que diz respeito ao ativo a
ser construído;
b) a remuneração a ser paga; e
c) a forma e os termos de liquidação.
173
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
174
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE IMOBILIÁRIA
a) que não podem ser forçados a ser completados, isto é, sua validade está
seriamente em dúvida;
b) cuja conclusão esteja sujeita ao desfecho de litígio ou de legislação pendente;
c) relacionados com propriedades que tenham a possibilidade de ser
desapropriadas ou expropriadas;
d) em que o contratante não esteja em condições financeiras de cumprir com
as suas obrigações;
e) em que o contratado seja incapaz de completar o contrato ou de cumprir
com as suas obrigações segundo o contrato.
175
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
2.8 DIVULGAÇÃO
A entidade deve divulgar:
a) o montante do contrato reconhecido como receita do período;
b) os métodos usados para determinar a receita do contrato reconhecida
no período;
c) os métodos usados para determinar a fase de execução dos contratos
em curso (PRONUNCIAMENTO TÉCNICO, 2012, p. 12).
176
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE IMOBILIÁRIA
178
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE IMOBILIÁRIA
179
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
E
IMPORTANT
180
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE IMOBILIÁRIA
181
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
1º Apesar de poder optar pelo custo orçado durante a execução da obra, essa
opção só poderá ser feita antes da venda da unidade isolada ou da primeira
unidade do empreendimento, mesmo que se trata de venda de unidade em
fase de construção, ou seja, ainda não concluída.
2º O custo orçado será contabilizado apenas para unidade já vendida, ou seja,
enquanto não houver venda, não há que se contabilizar custos orçados.
a) Custo orçado maior que o custo realizado: esta situação será chamada de
INSUFICIÊNCIA DE CUSTO REALIZADO.
b) Curso orçado menor que o custo realizado: esta situação será chamada de
EXCESSO DE CUSTO REALIZADO.
5 PLANO DE CONTAS
O plano de contas deve ser um documento elaborado com o objetivo de
contribuir com uma contabilização clara e transparente, fornecendo aos usuários
suas necessidades informativas.
182
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE IMOBILIÁRIA
2 Passivo Sintética
184
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE IMOBILIÁRIA
185
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
186
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE IMOBILIÁRIA
187
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
188
RESUMO DO TÓPICO 1
189
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Apesar de poder optar pelo custo orçado durante a execução da obra, essa
opção só poderá ser feita antes da venda da unidade isolada ou da primeira
unidade do empreendimento. Esta regra se aplica somente à venda de unidade
concluída ou não.
b) ( ) Apesar de poder optar pelo custo orçado durante a execução da obra,
essa opção só poderá ser feita antes da venda da unidade isolada ou da
primeira unidade do empreendimento, mesmo que se trata de venda de
unidade em fase de construção, ou seja, ainda não concluída.
c) ( ) O custo orçado será contabilizado apenas para unidade já vendida e
concluída, ou seja, enquanto não houver venda, não há que se contabilizar
custos orçados.
d) ( ) O custo orçado será contabilizado para unidade concluída ou não,
vendida ou não.
3 A afirmativa: “Estes custos são aqueles que ocorrem desde a data de sua
assinatura até a data de sua conclusão” refere-se a qual tipo de custos de
contrato?
a) ( ) Custos alocáveis.
b) ( ) Custos diretos.
c) ( ) Custos atribuíveis.
d) ( ) Custos debitáveis.
190
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Para entendermos melhor as formas de contabilizações existentes na
atividade imobiliária, vamos trabalhar agora a contabilização, na prática, de
algumas modalidades estudadas na teoria.
191
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
NOTA
192
TÓPICO 2 | CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS
a) Cimento = R$ 112.000,00
b) Material hidráulico = R$ 38.000,00
193
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
NOTA
194
TÓPICO 2 | CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS
Estoque de imóveis
Estoque de cimento
concluídos
k 1.595.500,00 79.775,00 I.b j 112.000,00
1.515.725,00 Saldo
195
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
ATIVO
Circulante 389.500,00
Disponível 389.500,00
Caixa / Bancos 389.500,00
1.665.725,00
Estoque de Imóveis concluídos 1.515.725,00
Estoque de materiais diversos 150.000,00
PASSIVO
Circulante 20.000,00
Tributos a recolher
20.000,00
Patrimônio Líquido 2.035.225,00
Capital social 2.000.000,00
Resultado do exercício 35.225,00
196
TÓPICO 2 | CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS
NOTA
197
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
198
TÓPICO 2 | CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS
199
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
D – Caixa/Bancos 130.000,00
C – Receita de Venda de Imóveis 130.000,00
200
TÓPICO 2 | CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS
NOTA
201
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
NOTA
202
TÓPICO 2 | CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS
NOTA
203
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
Capital social
6.000.000,00
ATIVO
Circulante 975.040,00
Disponível 975.040,00
Caixa / Bancos 975.040,00
Estoques 5.069.044,00
Estoque de Imóveis concluídos 5.069.044,00
PASSIVO
Circulante
204
TÓPICO 2 | CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS
D – Caixa/Bancos 130.000,00
C – Receita de Venda de Imóveis 130.000,00
Como, neste caso, o Custo real (incorrido) após a venda foi menor que
o Custo orçado (previsto), se faz necessária a reversão da Provisão para o custo
orçado relativo a essa diferença:
205
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
206
TÓPICO 2 | CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS
207
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
k) Pelo reconhecimento dos custos da unidade vendida em jul/X1, mas que serão
apropriados ao resultado à medida que forem geradas também as receitas:
208
TÓPICO 2 | CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS
D – Caixa/Bancos 35.000,00
C – Promitentes compradores de imóveis 35.000,00
Este mesmo percentual deve ser aplicado sobre o custo incorrido até este
momento, para encontrarmos o custo da venda a ser apropriado ao resultado.
209
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
D – Caixa/Bancos 2.187,50
C – Promitentes compradores de imóveis 2.187,50
Este mesmo percentual deve ser aplicado sobre o custo incorrido até este
momento, para encontrarmos o custo da venda a ser apropriado ao resultado.
Este mesmo percentual deve ser aplicado sobre o valor do custo adicional
(desta unidade vendida), para encontrarmos o custo da venda a ser apropriado
ao resultado.
211
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
Este mesmo percentual deve ser aplicado sobre o custo incorrido até este
momento, para encontrarmos o custo da venda a ser apropriado ao resultado.
212
TÓPICO 2 | CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS
Terrenos em estoque a
Caixa / Bancos
comercializar
a 1.200.000,00 1.200.000,00 c S.I. 3.000.000,00 1.200.000,00 a
l 35.000,00 100.000,00 b
p 2.187,50 730.000,00 d
Estoque de imóveis em 55.000,00 e
construção 30.000,00 f
b 100.000,00 21.250,00 k 20.000,00 g
c 1.200.000,00 950,00 s 7.000,00 h
d 730.000,00 8.000,00 i
e 55.000,00 38.000,00 o
f 30.000,00 849.187,50 saldo
g 20.000,00
h 7.000,00 Receita de venda de imóveis
i 8.000,00 a apropiar
o 38.000,00 m 35.000,00 140.000,00 j
2.165.800,00 Saldo q 2.187,50
Saldo 102.812,50
Promitentes compradores de
imóveis
Receita de venda de imóveis
j 140.000,00 35.000,00 l
2.187,50 p 35.000,00 m
102.812,50 saldo 2.187,50 q
Saldo 37.187,50
Capital social
Custo das unidades imobiliárias
3.000.000,00 vendidas a apropriar
k 21.250,00 5.312,50 n
Custo das unidades s 950,00 34,18 r
imobiliárias vendidas 950,00 t
n 5.312,50 14,84 u
r 34,18 15.888,48 Saldo
t 950,00
u 14,84
6.311,52 Saldo
213
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
ATIVO
Circulante 3.117.800,00
Disponível 849.187,50
Caixa / Bancos 849.187,50
Promitentes compradores 102.812,50
Estoques 2.165.800,00
Estoque de Imóveis em construção 2.165.800,00
PASSIVO
Circulante 86.924,02
Receita de venda de imóveis a apropriar 102.812,50
Custo unidades imob. vendidas a apropriar - 15.888,48
214
TÓPICO 2 | CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS
b) Registro dos custos incorridos até a data da venda, que serão apropriados
proporcionalmente às receitas reconhecidas:
D – Caixa/Bancos 35.000,00
C – Promitentes compradores de imóveis 35.000,00
215
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
Este mesmo percentual deve ser aplicado sobre o custo incorrido até o
momento da venda, para encontrarmos o custo da venda a ser apropriado ao
resultado.
Este mesmo percentual deve ser aplicado sobre o custo incorrido até o
momento da venda, para encontrarmos o custo da venda a ser apropriado ao
resultado.
216
TÓPICO 2 | CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS
E
IMPORTANT
Exemplo:
Suponhamos as seguintes contas e seus respectivos saldos em 31/12/X0
Banco c/ Movimento = R$ 650.000,00
Estoque de imóveis em construção = R$ 1.230.000,00
Financiamento bancário (ELP) = R$ 540.000,00
Capital Social = R$ 1.000.000,00
LANÇAMENTOS:
218
TÓPICO 2 | CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS
D – Caixa/Bancos 21.000,00
C – Promitentes compradores de imóveis 21.000,00
219
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
D – Caixa/Bancos 2.100,00
C – Promitentes compradores de imóveis 2.100,00
220
TÓPICO 2 | CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS
221
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
3) Reversão do saldo da conta provisão para custo orçado, para a conta custo de
unidade imobiliária vendida a apropriar, a saber:
222
TÓPICO 2 | CONTABILIZAÇÕES ENVOLVENDO CONSTRUÇÃO E VENDAS
Movimentação da conta:
Saldo inicial do balanço = R$ 1.230.000,00
Lançamentos a crédito = R$ 6.840,00
= R$ 7.320,00
= R$ 792,00
D – Caixa/Bancos 2.100,00
C – Promitentes compradores de imóveis 2.100,00
223
UNIDADE 3 | CONTABILIDADE DAS EMPRESAS IMOBILIÁRIAS
224
RESUMO DO TÓPICO 2
O grande objetivo deste Tópico 2 foi apresentar a prática no que diz respeito
à contabilização de uma obra em andamento, sua conclusão e a comercialização
de unidades durante e após a conclusão da obra.
225
AUTOATIVIDADE
ATIVO
Circulante 2.200.320
Disponível 320
Caixa / Bancos 320
Promitentes compradores -
Estoques 2.200.000
Estoque de Imóveis em construção 2.200.000
Não Circulante
Imobilizado 1.220.850 1.220.850
Terrenos 210.760
Edifícios 478.090
Máq. Equipamentos 532.000
TOTAL DO ATIVO 3.421.170
PASSIVO
Circulante 975.030
Fornecedores 374.010
Empreiteiros a pagar 611.061
226
Com base nas informações, efetue:
• Os lançamentos contábeis pertinentes às operações.
• Elaboração da DRE e Balanço Patrimonial, em 30/09/X1.
227
228
REFERÊNCIAS
BRASIL, Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964. Dispõe sobre o condomínio
em edificações e as incorporações imobiliárias. 1964. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4591.htm>. Acesso em: 1 ago. 2012.
229
______. Intrução Normativa MPS/SRP nº 3, de 14 de julho de 2005. Secretaria da
Receita Previdenciária. Dispõe sobre normas gerais de tributação previdenciária
e de arrecadação das contribuições sociais administradas pela Secretaria da
Receita Previdenciária – SRP e dá outras providências. Diário Oficial [da
União], Poder Executivo, Brasília, DF, 15. Jul 2005.
230
SANTOS, Ariovaldo dos; GOUVEIA, Fernando Henrique Câmara; VIEIRA,
Patrícia dos Santos. Contabilidade das sociedades cooperativas: Aspectos
Gerais e Prestação de Contas. São Paulo: Atlas, 2008.
231
ANOTAÇÕES
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
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____________________________________________________________
____________________________________________________________
232