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Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro

Décima Sexta Câmara Cível

Apelação Cível nº 0003410-70.2002.8.19.0041

Apelante: MUNICÍPIO DE PARATY

Apelada: NATIVA P. DOS S. PINHEIRO DE CASTRO M.E.

RELATOR: JDS. DES. ISABELA PESSANHA CHAGAS

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO

TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. MUNICÍPIO
DE PARATY. TAXA DE LICENCIAMENTO PARA
FUNCIONAMENTO. EXERCÍCIO DE 1997.
RECONHECIMENTO DE OFÍCIO DA
PRESCRIÇÃO ORIGINÁRIA. IRRESIGNAÇÃO DO
MUNICÍPIO. CDA. VALOR EXEQUENDO ÍNFIMO,
INFERIOR A 50 ORTN. ARTIGO 34 DA LEI
6.830/80. CONTRA AS SENTENÇAS DE
PRIMEIRA INSTÂNCIA PROFERIDAS EM
EXECUÇÕES DE VALOR IGUAL OU INFERIOR A
50 ORTN, SÓ SE ADMITIRÃO EMBARGOS
INFRINGENTES E DE DECLARAÇÃO. RECURSO
DE APELAÇÃO NÃO CONHECIDO.

Assinado em 12/02/2021 20:24:19

ISABELA PESSANHA CHAGAS:18077 Local: GAB. JDS. DES. ISABELA PESSANHA CHAGAS
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DECISÃO MONOCRÁTICA

Trata-se de Ação de Execução Fiscal, ajuizada pelo MUNICÍPIO DE

PARATY em face de NATIVA P. DOS S. PINHEIRO DE CASTRO M.E.

Em homenagem à celeridade processual, transcrevo a sentença do Juízo

de 1º grau:

Trata-se de execução fiscal proposta pelo Município de Paraty há

longos anos. Feito mutirão para análise dos processos de executivo
fiscal que tramitam nesta Vara Única, hoje quase 30.000 feitos,
objetivando atender as metas do Conselho Nacional de Justiça foram
detectados cerca de 24.000 feitos distribuídos entre 1985 e 2004 em
que não há qualificação suficiente ou endereço capaz de propiciar a
localização do devedor. Decorridos mais de 06 anos nos processos
mais recentes objeto deste levantamento, a Fazenda Pública jamais
adotou qualquer medida para adequar a inicial, inexistindo meios para
que o Judiciário possa encontrar o devedor para ser citado. Nestes
processos não há qualificação do devedor suficiente à expedição dos
ofícios de praxe para sua localização, o que inviabiliza, inclusive a
citação por edital. O endereço, por sua vez, é insuficiente. Ainda que
tenhamos em muitos casos expedido mandados de citação por oficial
de justiça, todos foram devolvidos sem cumprimento por dados de
endereços incompletos. A inicial padece, pois, de vício, quanto ao
regular ajuizamento. Ocorre que, pelo levantamento realizado, é de se
constatar que nestes feitos, o mais recente distribuído há mais de 06
anos, ocorreu a prescrição, já que não foi possível realizar a citação do
devedor por falta de diligência por parte do exequente. Em sendo assim,
é de acolher a ocorrência da prescrição, enfrentando-se o mérito da
demanda. Dessa forma, diante da fundamentação acima, EXTINGO O
FEITO COM JULGAMENTO DO MÉRITO nos termos do que dispõe o
art. 269, IV do CPC. Sem ônus. Publique-se. Registre-se. Intime-se.
Preclusas as vias impugnativas, dê-se baixa e arquive-se.

Recurso de apelação interposto pelo município autor. Narra que interpôs a

ação de execução fiscal em face do apelado, buscando a quitação de débito referente
à taxa de funcionamento do exercício de 1997. Diz que a ação foi protocolada em
tempo hábil, antes do término do prazo prescricional e que o cartório nunca
providenciou a citação do apelado. Invoca a Súmula 106 do STJ. Afirma que o
endereço do executado se encontra completo, e mesmo se não tivesse, não se
configura adequada a extinção do processo, pois não é requisito essencial a indicação
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do endereço completo com precisão, nos termos da Súmula 125 desta Corte de
Justiça.

Com esses argumentos requer a reforma da sentença para que possa

prosseguir buscando alcançar a meta de receber os créditos.

É o relatório. Passo a decidir.

Constata-se que o presente recurso não merece ser conhecido.

Trata-se de apelo em execução fiscal, na qual se objetiva ao recebimento

credito tributário registrado nas Certidões de Dívida nº 291, referente à Taxa de
Licenciamento para Funcionamento do exercício de 1997.

A sentença julgou extinta a execução, reconhecendo a ocorrência da

prescrição do crédito tributário inscrito na CDA.

Apelo do Município de Paraty, alegando a inocorrência de prescrição.

Sustenta que a paralisação do feito ocorreu em razão da morosidade da máquina
judiciária. Afirma que houve desídia cartorária, pugnando pela aplicação da Sumula
106 do STJ.

Pela leitura da CDA que instrui a petição inicial, verifica-se que por ocasião
do ajuizamento da execução fiscal, em 19/12/2002, o valor do crédito tributário do
exercício de 1997 era de R$ 216,27 (duzentos e dezesseis reais e vinte e sete
centavos).

Em relação aos valores considerados ínfimos, o artigo 34 da Lei nº 6.830/80

dispõe que, das sentenças de primeira instância proferidas em execuções de valor
igual ou inferior a 50 (cinquenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional –
ORTN, só se admitirão embargos infringentes e de declaração:
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Art. 34 - Das sentenças de primeira instância proferidas em execuções

de valor igual ou inferior a 50 (cinqüenta) Obrigações Reajustáveis do
Tesouro Nacional - ORTN, só se admitirão embargos infringentes e de
declaração. § 1º - Para os efeitos deste artigo considerar-se-á o valor da
dívida monetariamente atualizado e acrescido de multa e juros de mora
e demais encargos legais, na data da distribuição. § 2º - Os embargos
infringentes, instruídos, ou não, com documentos novos, serão
deduzidos, no prazo de 10 (dez) dias perante o mesmo Juízo, em petição
fundamentada.

Considerando a extinção da ORTN e os diversos fatores de correção que

lhe sucederam, o Colendo Superior Tribunal de Justiça, em decisão proferida no REsp
nº 1.168.625/MG, definiu a forma de cálculo do valor de alçada (308,50 UFIR), bem
como seus valores ao longo do tempo, conforme tabela contida no voto do Relator, da
seguinte forma:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA

CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO
FISCAL. VALOR DE ALÇADA. CABIMENTO DE APELAÇÃO NOS
CASOS EM QUE O VALOR DA CAUSA EXCEDE 50 ORTN'S. ART. 34
DA LEI N.º 6.830/80 (LEF). 50 ORTN = 50 OTN = 308,50 BTN = 308,50
UFIR = R$ 328,27, EM DEZ/2000. PRECEDENTES. CORREÇÃO PELO
IPCA-E A PARTIR DE JAN/2001. 1. O recurso de apelação é cabível nas
execuções fiscais nas hipóteses em que o seu valor excede, na data da
propositura da ação, 50 (cinquenta) Obrigações Reajustáveis do
Tesouro Nacional - ORTN, à luz do disposto no artigo 34, da Lei n.º
6.830, de 22 de setembro de 1980. (...) 3. Essa Corte consolidou o
sentido de que, com a extinção da ORTN, o valor de alçada deve ser
encontrado a partir da interpretação da norma que extinguiu um índice e
o substituiu por outro, mantendo-se a paridade das unidades de
referência, sem efetuar a conversão para moeda corrente, para evitar a
perda do valor aquisitivo‟, de sorte que ’50 ORTN = 50 OTN = 308,50
BTN = 308,50 UFIR = R$ 328,27 (trezentos e vinte e oito reais e vinte e
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sete centavos) a partir de janeiro/2001, quando foi extinta a UFIR e

desindexada a economia‟. (REsp 607.930/DF, Rel. Ministra Eliana
Calmon, Segunda Turma, julgado em 06/04/2004, DJ 17/05/2004 p. 206)
(...) 9. Recurso especial conhecido e provido. Acórdão submetido ao
regime do art. 543- C do CPC e da Resolução STJ 08/2008.” (REsp
1168625/MG, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
09/06/2010, DJe 01/07/2010).

Ressalte-se que o entendimento no mencionado julgado é no sentido de

que, para a interposição de recurso de apelação em execução fiscal, o quantitativo
para alçada em janeiro de 2001 seria R$ 328,27, corrigidos daí pelo IPCAE,
observando-se ainda a data da propositura da execução.

Por sua vez, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral

da matéria e declarou constitucional o mencionado dispositivo ao julgar o recurso pelo
rito do art. 543-B, §3º, do CPC de 1973, a seguir:

RECURSO. Agravo convertido em Extraordinário. Apelação em

execução fiscal. Cabimento. Valor inferior a 50 ORT.
Constitucionalidade. Repercussão geral reconhecida. Precedentes.
Reafirmação da jurisprudência. Recurso improvido. É compatível com a
Constituição norma que afirma incabível apelação em casos de
execução fiscal cujo valor seja inferior a 50 ORTN. (ARE 637975 RG,
Relator (a): Min. Ministro Presidente, julgado em 09/06/2011,
Repercussão Geral - Mérito DJe-168 DIVULG 31-08-2011 PUBLIC 01-
09-2011 EMENT VOL-02578-01 PP-00112 REVJMG v. 62, n. 198, 2011,
p. 405-407)

Desta feita, é incabível apelação nas hipóteses em que o valor executado

não ultrapasse o equivalente a 50 (cinquenta) Obrigações Reajustáveis do Tesouro
Nacional – ORTN(s).
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In casu, conforme já exposto, a parte autora persegue um débito de R$

216,27 (duzentos e dezesseis reais e vinte e sete centavos) e ajuizou o presente
executivo fiscal em 19/12/2002.

Pois bem, considerando que, conforme a “calculadora do cidadão”

disponibilizada pelo Banco Central do Brasil
(https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormCorrecaoValores.do?method=e
xibirFormCorrecaoValores#), o índice de correção pelo IPCA-E a ser adotado no período
de janeiro de 2001 a dezembro de 2002 é de 1,20400060, e, portanto, atualizando R$
328,27 (50 ORTN), com a aplicação deste índice, tem-se como valor de alçada, in
casu, tendo como base a data da propositura da demanda, a quantia de R$
395,24 (trezentos e noventa e cinco reais e vinte e quatro centavos), que corresponde
a valor superior aos R$ 216,27 (duzentos e dezesseis reais e vinte e sete centavos),
executados pela apelante.

Portanto, observa-se que o valor mínimo legal na data da propositura da

ação não foi alcançado para a interposição do recurso de apelação.

Logo, a execução fiscal esgota-se no 1º grau, não ensejando recurso ao

2º grau de jurisdição.

Sobre o narrado:

APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU DE 2005 A 2008.

MUNICÍPIO DE MAGÉ. CITAÇÃO FRUSTRADA NO ENDEREÇO
INDICADO NA INICIAL. INDEFERIMENTO DE REQUERIMENTO
VISANDO A EXPEDIÇÃO DE OFÍCIOS PARA A OBTENÇÃO DO
ENDEREÇO E CPF DO EXECUTADO. SENTENÇA TERMINATIVA,
POR ABANDONO PROCESSUAL. VALOR DE CADA CRÉDITO
EXEQUENDO INFERIOR 50 ORTN'S. RECURSO DE APELAÇÃO
MANIFESTAMENTE INADIMISSÍVEL. 1. A Lei de Execução Fiscal
(Lei 6.830/80), em seu art. 34, estabelece que, no caso de execuções
fiscais de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta) Obrigações
Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, na data da distribuição, as
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sentenças somente poderão ser impugnadas por embargos

infringentes ou de declaração. 2. No caso concreto, a execução fiscal
objetiva a satisfação de créditos tributários que, na data da
distribuição da ação, em dezembro de 2009, alcançavam,
respectivamente, os montantes de R$ 269,29, R$ 246,62, R$ 258,94
e R$ 272,50, ou seja, quantias inferiores ao valor de alçada fixado no
art. 34 da Lei de Execuções Fiscais, revelando-se, portanto, que os
recursos cabíveis contra a sentença somente poderiam ser aqueles
elencados no referido dispositivo, sendo incabível, in casu, o recurso
de apelação. NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO, NA FORMA
DO ART. 932, III, DO CPC/2015. (0015658-60.2009.8.19.0029 –
APELAÇÃO Des(a). MAURO PEREIRA MARTINS - Julgamento:
27/08/2019 - DÉCIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL)

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.

PAGAMENTO DO DÉBITO APÓS O AJUIZAMENTO DA AÇÃO E
ANTES DE EFETUADA A CITAÇÃO. SENTENÇA DE EXTINÇÃO DO
FEITO. IRRESIGNAÇÃO DO MUNICÍPIO QUANTO AOS
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1. Requisito específico de
admissibilidade do recurso de apelação nas execuções fiscais. Art. 34
da Lei 6.830/80. Valor de alçada de 50 ORTN. Extinção da ORTN.
Egrégio STJ que no julgamento do Resp. 1.168.625/MG, submetido
ao rito de julgamento de recursos repetitivos, fixou tese no sentido de
que "adota-se como valor de alçada para o cabimento de apelação
em sede de execução fiscal o valor de R$ 328,27, corrigido pelo IPCA-
E a partir de janeiro de 2001, valor esse que deve ser observado à
data da propositura da execução. 2. O índice de correção pelo IPCA-
E a ser adotado no período de janeiro de 2001 a setembro de 2010 é
de 1,85198460. In casu, tem-se como valor de alçada, tendo como
base a data da propositura da demanda, a quantia de R$607,95, que
corresponde a valor superior aos R$382,23 executados pelo
Município apelante. 3. Na hipótese dos autos, a sentença somente
pode ser impugnada por embargos infringentes e de declaração,
conforme a regra do artigo 34 da Lei 6.830/80. 4. Apelo interposto pelo
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ente municipal que não pode ser conhecido, uma vez que não está
preenchido o requisito de admissibilidade específico previsto pela
legislação aplicável. 5. NÃO SE CONHECE DO RECURSO.
(0021421-85.2010.8.19.0068 – APELAÇÃO Des(a). SÉRGIO
SEABRA VARELLA - Julgamento: 22/01/2020 - VIGÉSIMA
QUINTA CÂMARA CÍVEL)

DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISVAL. IPTU. MUNICÍPIO DE

PIRAÍ. SENTENÇA DE EXTINÇÃO DO FEITO, DECLARANDO A
INCONSTITUCIONALIDADE DA CIP E A PRESCRIÇÃO DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO. RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL
INTERPOSTO PELO AUTOR. 1) O recurso de apelação é cabível nas
execuções fiscais nas hipóteses em que o seu valor excede, na data
da propositura da ação, 50 (cinquenta) Obrigações Reajustáveis do
Tesouro Nacional - ORTN, à luz do disposto no artigo 34, da Lei n.º
6.830/80. Pretendeu o prefalado dispositivo promover uma tramitação
mais célere nas ações de execução fiscal com valores menos
expressivos, admitindo-se apenas embargos infringentes e de
declaração a serem conhecidos e julgados pelo juízo prolator da
sentença, e vedando-se a interposição de recurso ordinário. 2) Diante
da extinção da ORNT pelo Decreto-lei nº 2.284/86, bem como da
UFIR pela Medida Provisória nº 1.973/67, de 26.10.2000, convertida
na Lei 10.552/2002, o Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do
REsp nº 1.168.625-MG - Tema nº 395, sob o rito dos recursos
repetitivos, Rel. Ministro Luiz Fux, entendeu que o índice substitutivo
utilizado para a atualização monetária dos créditos do contribuinte
para com a Fazenda passa a ser o IPCA-E, fixando a seguinte tese:
"Adota-se como valor de alçada para o cabimento de apelação em
sede de execução fiscal o valor de R$ 328,27 (trezentos e vinte e oito
reais e vinte e sete centavos), corrigido pelo IPCA-E a partir de janeiro
de 2001, valor esse que deve ser observado à data da propositura da
execução". 3) No caso concreto, pretende o Autor a cobrança de
IPUT/CIP no valor de R$ 334,69 (trezentos e trinta e quatro reais e
sessenta e nove centavos), conforme CDA de fl. 03, tendo a sentença
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reconhecido a inconstitucionalidade da CIP, bem como a prescrição

do crédito tributário. 4) Nas Execuções Fiscais de valor ínfimo, a
intenção do legislador foi exatamente a de não sobrecarregar os
tribunais, motivo pelo qual estabeleceu alçada, mantendo no juízo de
primeiro grau a competência para julgar, definitivamente, a causa (na
hipótese, mediante apreciação dos Embargos Infringentes do art. 34
da LEF). Precedentes desta Corte Estadual e do STJ. 5) Recurso
manifestamente inadmissível, do qual não se conhece, na forma do
artigo 932, inciso III, do Código de Processo Civil.” (0001819-
86.2010.8.19.0043 - APELAÇÃO Des(a). WERSON FRANCO
PEREIRA RÊGO - Julgamento: 16/12/2019 - VIGÉSIMA QUINTA
CÂMARA CÍVEL)

Destarte, a sentença proferida pelo juízo de primeira instância somente

pode ser impugnada por embargos infringentes e de declaração, conforme prevê a
norma do artigo 34 da Lei 6.830/80.

Por tais razões, conclui-se que não há que se conhecer o apelo interposto
pelo ente municipal, tendo em vista não preencher requisito de admissibilidade
específico previsto pela legislação aplicável.

Por tais fundamentos, deixo de conhecer o recurso em razão de sua

manifesta inadmissibilidade, na forma do art. 932, III, do CPC.

Rio de Janeiro, na data da assinatura eletrônica.

JDS Isabela Pessanha Chagas

Desembargador Relator
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