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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Registro: 2022.0000461935

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº


2045700-96.2022.8.26.0000, da Comarca de Santos, em que é agravante PDG -
SP 7 INCORPORAÇÕES SPE LTDA - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL, é agravado
MUNICÍPIO DE SANTOS.

ACORDAM, em sessão permanente e virtual da 14ª Câmara de Direito


Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão:
Negaram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do
relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Desembargadores OCTAVIO


MACHADO DE BARROS (Presidente sem voto), MÔNICA SERRANO E REZENDE
SILVEIRA.

São Paulo, 15 de junho de 2022.

ADRIANA CARVALHO
Relatora
Assinatura Eletrônica
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Agravo de Instrumento nº 2045700-96.2022.8.26.0000


Processo originário nº 1516140-03.2020.8.26.05621
Agravante: Pdg -Sp 7 Incorporações Spe Ltda - em recuperação judicial
Agravado: Município de Santos
Comarca: 3ª Vara da Fazenda Pública - Santos
Voto nº 484

AGRAVO DE INSTRUMENTO Execução fiscal


IPTU e Taxa de Remoção de Lixo do exercício
de 2019 Exceção de pré-excutividade
rejeitada Imóvel arrematado em hasta
pública em 2019 Carta de arrematação
expedida em 2020 Sub-rogação Art. 130,
parágrafo único, do CTN Executada
responsável pelos débitos anteriores à
expedição da carta de arrematação Excesso
de execução Aplicação indevida de juros e
correção monetária pelo índice IPCA
Pretensão de substituição da CDA para
atualização no patamar da Taxa Selic
Presunção de liquidez, certeza e exigibilidade
não afastadas Necessidade de dilação
probatória, observando-se a ampla defesa –
Inadequação da via eleita Exceção de pré-
executividade não pode ser usada como defesa
em casos em que há necessidade de provas,
nos termos da Súmula 393 do STJ Decisão
mantida Recurso não provido.

Trata-se de agravo de instrumento interposto pela PDG


SP 7 Incorporações SPE Ltda Em Recuperação Judicial contra
decisão que, nos autos da execução fiscal versando sobre a cobrança de
IPTU e taxa de remoção de lixo do exercício de 2019, rejeitou a exceção
de pré-executividade, uma vez que ausente a prova da quitação integral
do débito por ocasião da arrematação, bem como a legalidade da
1 VALOR DA CAUSA: R$ 2.538,16

DATA DA DISTRIBUIÇÃO: 03/09/2020

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aplicação de juros e correção monetária.

Em suas razões recursais, alega que o imóvel objeto de


cobrança foi arrematado no processo competitivo para alienação judicial
de unidades produtivas isoladas (UPIs) e, dessa forma, houve a sub-
rogação no preço da arrematação. Afirma que o preço da arrematação,
de R$ 5.658.076,35 (cinco milhões, seiscentos e cinquenta e oito mil,
setenta e seis reais e trinta e cinco centavos) é mais do que suficiente
para a quitação do débito em execução, cujo montante era de R$
2.538,16 (dois mil, quinhentos e trinta e oito reais e dezesseis centavos)
no momento da propositura da ação. Sustenta ainda a ilegalidade da
aplicação de juros e correção monetária, pois superiores à Taxa Selic.
Assim, requer a concessão da tutela antecipada recursal para suspender
a exigibilidade do crédito ora discutido, até a decisão final do presente
recurso. Ao final, aguarda o provimento do recurso para reformar a
decisão atacada, reconhecendo a sub-rogação do crédito sobre o preço
da arrematação, nos termos do art. 130, parágrafo único, do CTN.
Alternativamente, requer seja reconhecida a inconstitucionalidade da
taxa de juros e correção monetária, determinando-se a substituição da
CDA, para que a atualização seja realizada no patamar máximo igual ao
da Taxa Selic.

Recurso processado e encaminhado a imediato


julgamento.

RELATADO.

PASSO AO VOTO.

O recurso não merece provimento.

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Depreende-se dos autos da Recuperação Judicial nº


1016422-34.2017.8.26.0100 em trâmite perante a 1ª Vara de Falências
e Recuperações Judiciais, que foi realizado processo competitivo para
alienação judicial de unidades produtivas isoladas (UPIs) compostas pelos
ativos, que compreendem bens imóveis, incluindo o móvel objeto
tributado, que foram arrematados pela Caixa Econômica Federal, sendo
que a carta de arrematação foi expedida em 18/08/2020 (fls. 60/77 do
processo originário).

O art. 130 do CTN dispõe que:

Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo


fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse
de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela
prestação de serviços referentes a tais bens, ou a
contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a
prova de sua quitação.

Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta


pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.

Nesse contexto, a sub-rogação a que se refere o


parágrafo único do art. 130 do CTN significa que o arrematante recebe o
bem livre e desembaraçado de qualquer encargo ou responsabilidade
tributária.

Havendo débitos pendentes sobre o imóvel anteriores à


expedição da carta de arrematação, como no caso dos autos, persiste a
obrigação do antigo proprietário perante a Fazenda Municipal, conforme
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:

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PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO


REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO
FISCAL. IPTU SOBRE IMÓVEL ARREMATADO EM HASTA
PÚBLICA. ILEGITIMIDADE PASSIVA. DÉBITOS
TRIBUTÁRIOS. SUB-ROGAÇÃO QUE OCORRE SOBRE O
PREÇO. PARÁGRAFO ÚNICO, DO ART. 130, DO CTN.
IMPOSSIBILIDADE DE IMPUTAR-SE AO
ARREMATANTE ENCARGO OU RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PENDENTE,
QUE PERSISTE PERANTE O FISCO, DO ANTERIOR
PROPRIETÁRIO.
1. O crédito fiscal perquirido pelo fisco deve ser abatido
do pagamento, quando do leilão, por isso que, finda a
arrematação, não se pode imputar ao adquirente qualquer
encargo ou responsabilidade tributária. Precedentes:
(REsp 716438/PR, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 09/12/2008, DJe
17/12/2008; REsp 707.605 - SP, Relatora Ministra
ELIANA CALMON, Segunda Turma, DJ de 22 de março de
2006; REsp 283.251 - AC, Relator Ministro HUMBERTO
GOMES DE BARROS, Primeira Turma, DJ de 05 de
novembro de 2001; REsp 166.975 - SP, Relator Ministro
Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, Quarta
Turma, DJ de 04 de outubro der 1.999).
2. Os débitos tributários pendentes sobre o imóvel
arrematado, na dicção do art. 130, parágrafo único,
do CTN, fazem persistir a obrigação do executado
perante o Fisco, posto impossível a transferência do
encargo para o arrematante, ante a inexistência de
vínculo jurídico com os fatos jurídicos tributários

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específicos, ou com o sujeito tributário. Nesse sentido:


"Se o preço alcançado na arrematação em hasta
pública não for suficiente para cobrir o débito
tributário, nem por isso o arrematante fica
responsável pelo eventual saldo." (BERNARDO
RIBEIRO DE MORAES, Compêndio de Direito Tributário, 2º
vol., Rio de Janeiro: Forense, 1995, p. 513).
3. Assim, é que a arrematação em hasta pública tem o
efeito de expurgar qualquer ônus obrigacional sobre o
imóvel para o arrematante, transferindo-o livremente de
qualquer encargo ou responsabilidade tributária.
4. Agravo regimental desprovido (AgRg no Ag
1246665/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma,
julgado em 06/04/2010, DJe 22/04/2010).

Quanto à incidência do IPTU, a data da expedição da carta


de arrematação é o marco inicial da responsabilidade do arrematante
pelo pagamento do IPTU. Isto porque apenas a carta de arrematação
torna o arrematante proprietário e apto a transferir a propriedade em seu
nome.

Nesse sentido, precedentes desta Corte, cujas ementas


transcrevo como razão de decidir (com negrito e grifo não originais):

APELAÇÃO MANDADO DE SEGURANÇA IPTU


Arrematação do imóvel em hasta pública
Impossibilidade de responsabilização do
arrematante por débitos anteriores a arrematação
Inteligência do art. 130, parágrafo único, do CTN Forma
de aquisição originária, em que o bem vem livre e
desembaraçado de ônus Arrematação ocorrida em

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2019 Carta de arrematação expedida em 2021


Somente a expedição da carta de arrematação tem
o condão de transferir o bem e imitir o proprietário
na posse do imóvel - Sentença mantida RECURSO
DESPROVIDO (TJSP; Apelação / Remessa Necessária
1008208-59.2021.8.26.0053; Relatora: Mônica Serrano;
Órgão Julgador: 14ª Câmara de Direito Público; Foro
Central - Fazenda Pública/Acidentes - 11ª Vara de
Fazenda Pública; Data do Julgamento: 07/12/2021; Data
de Registro: 07/12/2021);

APELAÇÃO AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO IPTU


Exercícios de 2011 a 2015 Imóvel arrematado em
hasta pública Carta de arrematação expedida em
06/04/2017 Exclusão da responsabilidade do
arrematante pelos débitos anteriores Sub rogação
da dívida tributária no preço da arrematação CTN, art.
130, parágrafo único (...) Recurso provido, com
inversão da sucumbência (TJSP; Apelação Cível
1024214-78.2020.8.26.0053; Relator: Octavio Machado
de Barros; Órgão Julgador: 14ª Câmara de Direito
Público; Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes - 3ª
Vara de Fazenda Pública; Data do Julgamento:
16/09/2021; Data de Registro: 17/09/2021);

Agravo de instrumento Execução Fiscal IPTU


Exercício de 2012 Exceção de pré-executividade
rejeitada Pretensão à reforma da decisão
Inadmissibilidade Execução fiscal proposta contra quem
ostentava, à época do ajuizamento, a condição de
proprietário do imóvel tributado, a míngua de elementos

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probatórios diversos Arrematação do imóvel em data


posterior ao fato gerador do IPTU Vendedor que
continua responsável pelo débito pretérito à
arrematação - Inteligência do art. 130, caput e
parágrafo único do CTN Sub-rogação tributária é
"solidária, reforçativa e cumulativa", nos termos da
jurisprudência do STJ Além disso, a hasta pública foi
realizada no âmbito de ação cível, inexistindo qualquer
indício de que o produto da arrematação tenha sido
direcionado ao Município, em que pese a
preferência que goza o crédito tributário
Ilegitimidade passiva corretamente afastada Crédito que
pode ser cobrado integralmente do agravante Decisão
mantida Recurso desprovido (TJSP; Agravo de
Instrumento 2161915-92.2021.8.26.0000;
Relator: Roberto Martins de Souza; Órgão Julgador: 18ª
Câmara de Direito Público; Foro de Mauá - SAF - Serviço
de Anexo Fiscal; Data do Julgamento: 17/02/2022; Data
de Registro: 17/02/2022).

Passo à análise do pedido alternativo.

A agravante alega a inconstitucionalidade das taxas de


juros e correção monetária incidentes sobre a dívida fiscal, tendo em
vista que supera a variação da Taxa Selic.

No entanto, não há nos autos prova documental


suficiente que afaste a certeza, liquidez e exigibilidade do título
tributário, conforme dispõe o art. 202 do Código Tributário Nacional.

A exceção de pré-executividade é admitida em face de

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vício que possa ser reconhecido de ofício ou em razão da matéria de


ordem pública, conforme dispõe a Súmula 393 do Superior Tribunal de
Justiça: A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal
relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandam
dilação probatória.

Ressalte-se que, conforme já fundamentado pelo Juízo de


origem, fica prejudicada a análise do alegado excesso de execução em
sede de exceção de pré-executividade, uma vez que há necessidade de
dilação probatória, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa. E tal
extensão probatória não é compatível com a exceção de pré-
executividade.

A verificação dos cálculos apresentados e a apuração da


correção (ou não) dos índices elencados nas tabelas juntadas pela
agravante (fl. 09) demandam análise aprofundada e eventual produção
de provas.

Por consequência, inviável a análise das teses aventadas


pelo agravante, uma vez que se utilizou de instrumento processual
inadequado.

Desse modo, enquanto não comprovado o alegado


excesso, mantém-se a presunção de veracidade da CDA.

Nesse sentido, precedentes deste Tribunal de Justiça,


cujas ementas transcrevem-se como razão de decidir (com negritos e
grifos não originais):

AGRAVO DE INSTRUMENTO EXECUÇÃO FISCAL


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE IPTU e taxa de lixo

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Exercício de 2009 - Alegação de


inconstitucionalidade da aplicação do IGP-M mais
juros para corrigir o débito tributário, que supera a
taxa SELIC - Matéria que não pode ser examinada
em sede de exceção de pré-executividade, pois não
se trata de matéria de ordem pública que pudesse
ser reconhecida de ofício, vinculada ao tema do
excesso de execução que deverá ser deduzida ao
ensejo de eventuais embargos à execução, com
indicação precisa do valor do excesso Alegação
de caráter confiscatório da multa Inocorrência
Decisão mantida - Recurso improvido (TJSP; Agravo
de Instrumento 2222764-30.2021.8.26.0000;
Relator: Rezende Silveira; Órgão Julgador: 14ª Câmara
de Direito Público; Foro de Ilhabela - Vara Única; Data do
Julgamento: 13/12/2021; Data de Registro:
13/12/2021);

AGRAVO DE INSTRUMENTO Execução Fiscal


Decisão que rejeitou Exceção de Pré-Executividade
Manutenção do r. decisório Inconformismo
relacionado aos índices de juros de mora e de
correção monetária aplicados pelo Município,
supostamente superiores à Selic Alegação que,
por tratar de suposto excesso de execução, não
pode ser conhecida em sede de Exceção de Pré-
Executividade, por necessitar de dilação probatória
Inteligência da Súmula nº 393 do E. STJ
Recurso não provido (TJSP; Agravo de Instrumento
2210282-50.2021.8.26.0000; Relatora: Silvana
Malandrino Mollo; Órgão Julgador: 14ª Câmara de Direito

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Público; Foro de Santos - 3ª Vara da Fazenda Pública;


Data do Julgamento: 12/11/2021; Data de Registro:
12/11/2021);

EXECUÇAO FISCAL Exceção de pré-executividade


Matéria relativa à inconstitucionalidade da forma
de cálculo (cumulação de juros de mora e correção
monetária pela SELIC) que exige dilação probatória
Impossibilidade de subversão da via adequada,
qual seja, os embargos do devedor Decisão
mantida Recurso desprovido (TJSP; Agravo de
Instrumento 2055535-45.2021.8.26.0000; Relatora:
Mônica Serrano; Órgão Julgador: 14ª Câmara de Direito
Público; Foro de Jaboticabal - SAF - Serviço de Anexo
Fiscal; Data do Julgamento: 16/09/2021; Data de
Registro: 17/09/2021).

Portanto, sem provas da quitação da dívida, prevalece


integralmente o débito e a responsabilidade da agravante pelo seu
pagamento.

Ante o exposto, pelo meu voto, proponho o NÃO


PROVIMENTO do recurso.

ADRIANA CARVALHO
Relatora

Agravo de Instrumento nº 2045700-96.2022.8.26.0000 - 11


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