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Secretaria Geral de Educação e Cultura

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A' HL.'. DO».', ARCS!.'. DO If.

A t o d a s as otficiuas d o C i r c u l o c
M M a ç . ' . K l S f j j . ' . cspalh.*. (tela
Superf.*. d a Ter.*.

S.". s . . s . .
O G r . • . O r . ' , iio P r e . Fax salxsr a Itnlns os quo a p r e -
sente carta tic c u n l i n n a r ã o , a|»pr»va«;S<> c relilicação v i r e m ,
que anhelando, desde a sua consolidação. por estabelecer
relações com o S n p s w I'oiicr 'ia!;.-., i v ^ n l . i r m i m l o faniMo
no Heino do P o r t u g a l , c m i t r i u i l o o nu-sin» S u p r e . Poder
iguaes sentimentos: i ' w m i l i i f t o Kienw» Toilo Poderoso,
Santíssimo G r e . A r c h e . do i \ \ . que aos vinte e u m dias do
mez de Julho u l t i m o so concluísse e assignasse no Vale. do
Lisboa pelos respectivos plenipotenciários m u n i d o s dos
competentes poderes um Tiritado de perfeita ailiaaça e re-
lações de fraternal amizade; c u j o teor e como se seque:

A ( i l . .110 l e . S e . E G R . - . A R Ü I . - . M 1 .
OlillO Ali CHAO!

— ESTAVA O TIMBRE DO UR.'. OI!.-. DE PORTUGAL. —

A TODOS OS MMflC.'. R E G U L A R E S E S P A L H A D O S P E L A S U P E R F Í C I E
DA T E R R A .

S.'. F.\ U . \
O M . - . P o d . - . G r c . O r . * , de Portugal, e M c . P o d e .
G r c . O r e . do P.razil, alteudeudo ;i grande utilidade que
pôde p r o v i r á A u g e . Ordem da Franc-liaçouaria (Instituição
Santa, toda H u m a n i t a r i a e Civilisadora) sempre que todos
os legítimos Poderes Superiores Slaconicos dos differentes
Estados do Mundo, quando legaes estiverem e m perfeita
h a r m o n i a , desejando estabelecer u m a perfeita aliianea
o as relações da mais i n t i m a e fraternal amizade entre
- í —
os ilous Supremos Poderes «Ia Ordem c s t a M e r i i I o s rio
Reino de 1'orlugai o no Império do Brazil, com o liin de
se o p c r t . i r c m ca«la vez mais os vínculos sacrosantos, ijue
para bem da A l i e Ileal, desenvolvimento, priil>rcsso c
unidade (ia mesma A u g . ' . Urdem, devem sempre reinar em
todos os verdadeiros e peiieilos .M.Mae. •., duram seus plenos
poderes para e n l r a r e m em ia'^oriarnes para cslr r l l e i t o ; a
saber: O I d ' . - , d r . ' . de Portugal ao l i . - . Ml.-. e Foil.-. Ir.-.
José L u r a s Cordeiro, l l r i g i d e i i o ( l e w n i l . Seerelario da E s -
cola ilo E \ e r r i t o Porliieiiez, Sob.'. ( i r . ' . Ins[i.'. C o i v .
grão 33, Membro elíerlivo do Supr.% Cone. • , e C r . - .
I l i g n i t . ' . da Oril.-. A u g . - . da F r a i i r - l l a e o n . - . nesle I t e i n o ;
e o C r . ' , (h'.-. do Brazil, ao M. . III.-, e Pod.-. Ir.-. Felippe
Ilamazio Conralves Leite, Sol).'. C r . - . l n s p . \ (ler.-, gráo 33,
M e m b r o effectivo do Siipr.-. Conr.-. e l i i v . Ofíic,-. de!
Florir.-, do mesmo C r . ' . O r . o s quaes depois de Iroearem
os seus respectivos poderes, n m r b i i r a i i i o prcseiile T r a l a d o
de m u t u o e reciproco r r c o u h e r i n i e u l o . alliauca, e fraternal
amizade, pelo m o d o c o n s u m e cm seus respectivos a r -
tigos.
A i r i ' i i a i I."
O C r . ' . O r . - , de Portugal reconhece o Cr.-. ( I r . - , ilo
Brazil como u n i r a Soberana Potencia 11,irônica Degolar, e
L e g i t i m a que se constitui» 110 Bio de Janeiro para o I m p é r i o
do Brazil, pela separação da Maçonaria ilaquelle império c o m
a Maçonaria e indepenilencia politica do Brazil do Reino de
Portugal.
Ar,tico ±*
0 Gr.-. O r . - , do Brazil reconhece o C r . ' . ( I r . - , de P o r -
tugal, como única Soberana Potencia Jlaconiea Regular,
L e g i t i m a Representante e Suceossòra do p r i m e i r o Poder Ma-
coiiico Soberano e Indepemlente, ipie se constiluio neste
Reino de P o r t u g a l .
A u r i n o •'•"
O C r . - . O r . - , de Portugal r o n t r a b e por este Tratado
uma solemme e perpetua aíliaeca com o C r . - . Or.-, do
Brazil, e p r o m e t t e conservar, com o mesmo Cr.-. O r . ' . , a
mais intima e fraternal amizade, para m u t u a m e n t e se coad-
j u v a r e m , dcfíenderem e sustentarem.
Ar,tico í.«
O ( i r . - . (Jr.-. do Brazil contrabe por este Tratado a mais
solemne e perpetua allianca com o C r . ' . Cr.-, de Portugal,
e p r o m e t t e conservar com o mesmo a mais intima e f r a t e r -
nal amizade, para mutiiameste se coadjuvarem, ilefferiderem
fl sustentarem.

1.
A r t i g o ">."
O G r . - . O r . - , do Brazil se u b r i p i a não r e c o n l i w r . m-ra
ler relações algumas, c » m q u a l q u e r n o l r o Corpo M a r o n i c o
eshihplí^i.lr.
......v IL. • [>,,;,,„
n^inw ,ir, n,,,.i
[ l í i m - a..i i:. nd^. j'i
illicit e li.I ISM^SI
|
l l t r a m a r m a s , suas dependencias, que não seja o ( i r / . O r . - ,
«lo P o r t u g a l , cum q u e m se anio o a l l i m i e m v i r t u d e deste
Tratado.
A r t i g o t>.°
0 ( I r . - . Oi'.-, de P o r t u g a l t a m b é m se o b r i g a a não r e c o -
n h e c e r , n e m ter relações, r u m q u a l q u e r o u t r o ' C o r p o Maçoni-
co estabeleciilo no I m p é r i o ilo brazil e nos t e r r i t ó r i o s de suas
dependencias, que não seja o C r . - . O r . - , rio Brazil eoni q u e m
se u u i o e a l l i o u pelo estipulado neste r o n t r a t o .

A r t i g o 7.'
Serão pelas duas altas ['oleneias Contrartantes, r e p u t a d o s
i r r e g u l a r e s para todos os elleitos legaes, os Corpos i l a ç o n i -
cos (qualquer que seja a sua cathegoria ou d e n o m i n a r ã o ;
que e m P o r t u g a ! e no Brazil, estejam o u venham para o f u h i -
r o a e r i g i r e m - s e sob os auspicies de GGr.-. OOr.-. E E s -
t r a n g . - . , sejam o u não nacionaes os seus o b r e i r o s , c ainda
m e s m o no caso de se haverem instailailo sobre si mesmos
s e m autorisação de a l g u m C r . - . O r . - , estrangeiro, o i l se
l i a j a m s u b m e t t i d o à obediencia de a l g u m C r . - , b r . - , n a c i o -
n a l , não reconhecido pelos dous S u p r e m o s Poderes da O r -
d e m , q u e p o r este T r a t a d o se c o l l i g a r a m .

Artigo
Os Maçons o b r e i r o s das oflicinas do c i r c u l o do C r . - . O r . - ,
do P o r t u g a l , q u a e s q u e r que possam ser os grãos maçónicos
q u e os c o n d e c o r e m , o u os Ritos q u e professem, terão li-
v r e e f r a n c o a c o l h i m e n t o nas Ollicinas do Circulo do G r . - .
O r . - , do B r a z i l ; e reciprocamente os Maçons das Oflicinas
do C i r c u l o do G r . - . O r . - , do Brasil, q u a e s q u e r que sejam os
gráos maçónicos c o m que f o r e m c o n d e c o r a d o ^ oa o B i t o
q u e professem, t e r ã o l i v r e e franco a c o l h i m e n t o nas Ollicinas
do C i r c u l o do G r . - . O r . - , de P o r t u g a l , q u a n d o uns e o u -
t r o s se a p r e s e n t a r e m m u n i d o s c o m os seus diplomas legaes,
e as tarefas e m q u e se o c c u p a r e m as Ollicinas i m p o r t e m até
ás d o u t r i n a s dos gráos que p o s s u í r e m .

ARTIGO 9.°
Os d o u s G C r . \ 0 0 r . - . do I m p é r i o do Brazil e do Reino
de P o r t u g a l d a r ã o directamente proteccão e soccorro, o u
m a n d a r ã o p r e s t a r aos Maçons, que tendo sido r e c o m m e n d a -
dos pelos Corpos Superiores de u m a das Potencias aos da
o u t " , p o s s a m i m p r e v i s t a m e n t e carecer delle.
— lí —

Viri'llld 10.
Trocar-sis-íiàrt a i u i i i a l i i m i i l p o» q u a d r o s ilns respectivos
Corpos, ijiwj constituem » Poder Soberano Maçonico nos
dons Paizes, aerompaniiados (ia cotação dos l i t u i o s e l o c a l i -
dades das L I , o j . \ de sens respeclivos Círculos.
ARTIGO 11.

Os IIIIIIS S u p r e m o s Poderes da O r d e m , e m P o r t u g a l e n o
lirazil. se o b r i g a m de i-iiiiiuiiiiii aerordo a c o n c o r r e r e m p a r a
se conservar aceso o fogo sagrado da mais perfeita e i n a l t e -
r á v e l união f r a t e r n a l eiilre si mesmos, e e n t r e os Corpos
Maçónicos da correspondência de u n i d'elles, c o m aquelles
da correspondência do o n l r o sen alliado; e p r o m e l t e m c o n -
t r i b u i r , q u a n t o em si c o u b e r , para o m e l l m r a n i e n l o e ins-
t r u i r ã o cia espécie luiiuana, assim como para o a m p a r o d e
viuvas e o r p b ã o s desvalidos de ambos os s e x o s . d e l l i v . que
ilies tivessem p e r t e n c i d o . c hajam fallecido nos Paizes das
ilnas Potencias adiadas, para onde tivessem ido cslabelecer-
se o u resiilir com suas famílias.

Ar,tico li
Pa ra levai-sc a eíleiin a secunda p a r l e do artigo antece-
dente. em t e m p o conveniente será negociado c c o n c l u í d o
enru a possível brevidade, uni Tratado especial de p h i l a n t r o -
pica f r a t e r n i d a d e , fundado sobre bazes equitativas p r e c i p r o -
camente vantajosas.
Annuo id.
As duas Supremas Potencias Maçónicas conlractantes
l a m b e m se o b r i g a m m u t u a e reciprocamente a a u x i l i a r e
mesmo p r o m o v e r o reconhe :inmrito e correspondência das
mesmas duas Potencias coniraclaiitcs. c o m q u a l q u e r o u t r a
r e g u l a r Potencia Maçónica, COMI quem uma das duas se ache
ou vonba a achar-se cm relações.
A i i t i c o 1 í.
E n t r e ,as duas Potencias conlractantes, assim como e n t r e
as Ollicinas das suas respectivas obeiliencias, haverá a
consagração da exclusão de todas as questões politicas e r e -
ligiosas.
A r t i g o 1">.
C o n s i d e r a r - s e - b a roto o presente T r a t a d o , e dissolvida a
alliança p o r cite eslabeileeida, logo que uma das duas altas
Potencias entrevenha, directa ou i n d i r e c t a m e n t e , nas r e f e r i -
das questões politicas ou religiosas, quando p r e t e n d a i n t r o -
duzil-as n o seio da sua alliada o u em q u a l q u e r das Offlcinas
do Circulo desta.
AIITIGO LLI.

O presente T r a t a d o de i i u i l u o e i v r i p r o r u reconhecimento
M e s t o s ; a ü i a n r a o . i m f e u l * c i r e os dons S u p r e m o s
oderes da O r d e m em P o r t u g a l e no Brazil, será s r a v a d o
e m d u p l i c a d o . e os dons a u í h o g r a p h o s serão ambos í s s i « n a -
dos pelos dons plenipotenciários acima nomeados, e licará e m
poder lie cada u n i <1 rllcs n : „ mesmos aiitlio-Taiihos
para serem quanto anl.es s u i . m m i i . h s ;i a p o r o v a r ã o dos r e s -
pectivos GGr.-. O O i v . a q u e m pertencem.
A n n r o i 17.
Os Representantes das duas alius Potencias iMaconicas
conlraetanles serão m i n a d o s dos c o n q i e l r n t e s diplomas n a s i
saclos c o m a divida e legal , i u i l „ . u t M « l a ( l o , o sozarão de todas
as honras, preeminências e precedências a ' o n e l i v e r e m d i -
reito e lhes Inreiriconcedidas pelos Kstatutos e Regulamentos
t.eraes da (Ir,leni, em quanto lhes f o r conservado a h o n r a
de sua qualidade r e p r e s e i d a l i v a , e se haverá com elles toda
a degnidade e diíferencia devida ao S u p r e m o Poder da O r -
d e m que r e p r e s e n t a r e m .

ARTIGO -IS.
A paz, u n i ã o e f r a t e r n a l amizade estabelecida pelo ore
sente T r a t a d o entre os dous M . \ PPod • i ; ( ; r • 0 0 r • de
P o r t u g a l e do Brazil, 6 declarada c o n i m u m a ' t o d o V os

T ' V ' " ' " l i f , f k ' j a l " 1,11 v 0 " h a m : l « g a r - s c c o m os r e f e -


n d o s S u p r e m o s Poderes da O r d e m .
A m i r , o 1!).
Todos os a r l i g o s preceileiiles serão observados r e c i p r o -
camente pelas duas Potencias c o n i r a c t a i i l e s , e . m a n d o se
possa e n c o n t r a r duvida na pratica de a l g u m ilelles, será r e -
gulado o que convenha p o r u m a convenrão especial e n t r o
as mesmas Potencias, que sc e n c o r p o r a r a ' a o presente T r a -
tado como parte integrante (belle.

ARTIGO ÍO.
0 p r e s e n l e T r a í a d o será a p p r o v a d o o ractiticado pelas duas
otencias Jlocoiucas conctralantes e sanccionado pelos seus
respectivos Sereníssimos G G i v . MM •. e SSob • GGr •
C C o m m . ' . da O r d e m , e as raetiticacões trocadas d e n t r o do
prazo de cinco mezes a contar do dia de b o j e ; e só depois
das ractilicari.es ficará logo e m pleno v i g ô r , e se lhe d a r á
completa execução, como uelle l i l t e r a l m e n t e se contém
Feito, ajustado, concluído, assignado, timbrado e seilado
a saber: por n u m José Lucas Cordeiro, G r . - . Plenipoten-
ciário estr.-. do G r . - . O r . - , de Portugal, com o timbre e sello
cio mesmo G r , - . O r . - . ; c por m i m Felippo Damazio Goncal-
V)S I ..u,. f . r / . Kirtiatlo ralr.-. <V> ttr/. Or.-. d o B r a z i l ,
i ô m e n i o ' W i a n a - l o , m u m l u g a r m u i t o esclarecido onde
S a a Paz a 'tiiiião c o A m o r f r a t e r n a l , inaccessivel as vistas
pínf ao Vai.-. .1» Bemposta e m L i s b o a , aos 7 (has do
- • „ : , . „ „ „ , ,1, v • • r>Xí>S>, (Cr ' . v.-. s i oe J i u i i o ue
I 8 M 0 ' l - T s •) j J B i - i o iS.-Fei.ppe
íkinnrJu fíniimhvs Leile, 33. .
sendo-nos presente em . w m b K a g e r a l de b o j e o
, m . i W o 1'ralado, acima t r a n s c n p l o . e l i e m visto, considerado
e x a m i n a d o i n d o o que r - l l c se c o n t é m , .. a p p r o v a m o s rac-
l i í i c a m o s e c o n l i r m a n i o s a s s i m no t o d o . e o m u e m cada u m
de seus artigos e e s t i p u l a i s , e pela presente o da.uos p o r
f i r m e e valioso liara liaver de p r w l i r a r .» seu devido ellei.to,
r o n i e U e u d i i em le o palavra Maçónica observal-o e c u m p r ü - o
inviolavrliiiento, e i i i l - o cumprir e observar por qualquer
m o d o ipie possa ser. Cm l e s ' . n i u m l m e lirmeza do que expc-
dio a presente carta asssignada pelo M . ' . l o d . «.V.-. M . .
S o b . ' ( i r . - . Comin.-, da O n l . ' . no I m p é r i o do b r a z i , sellada
,.,,„! O sei lo urando, e m e r e n d a d a peio « o s s o 1 1 / . t a r o
P o d . - , e 111.-. I r . - . Sob.-, t r . - . I n s p . - . t e r . - br. .
S r n v . t •. abaixo assignado.
Dada uo t r . ' . t l r . - . do lirazil ao Val. , do B i o de Janeiro,
aos » dias do 7" inez dn anuo da V . ' . I , . ' . oSois. — l - J «o
S e t e m b r o de I S f i S . — l i r a v . ' . ) .

il. de Abrmilrs. tr.'. M.\ tr.'. Comm.-.

J W o Fernandes Viuima, 8 3 ,
t i - . ' . S e c r e t . ' , do C r . ' . O r . - .

• X . - . 'lo S . ' . 1 "


hm Frederica Holler, :!.">,
G r . - . Chanr.-.

Tip. (lc Brito & Braga, travessa do Ouvidor n. 14,

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