Você está na página 1de 2

.

/CS <=*<:'L ■
jU L

H': ííp í C ff ; O JO KN j

Grelhas rotativas para peima


A GUERRA E A LITERATURA do carvão*nacional
A sépocas de acção têm succedi- Relgica o mais *bello alexandrino do Sobre o assum p to do nosso a rtig o de
d o p e r ío d o s d e c r e a ç ã o . C o m o to d a p o e t a : .&?■ hon tem , desta ep igra p h e, recebem os a
a rte ó e n e r g ia , p a re ce que 03 h o - “ Ce u ’ est q u ’ un b o u t d e sol d a n s r i n -
V;4 ( f in i d u m o n d e . . . seguinte ca rta :
m en ^ . fo r t e s c o n ce n tra m e transoa.it- “ L i com a m erecid a atten ção a v o s ­
tem v ig o r á s gerações V in d ou ra s. Arerh a e r e u tin h a , ta lv e z, a v isã o sa loca l de h o je , sob o titu lo “ G relh as
E lle s g a lv a n iz a m a fib r a h u m a n a q u e la rg a , a -um te m p o ép ica e m o d e rn a , rota tiv a s para a queim a do ca rv ã o na­
v a e a lim e n ta r a lm a g ln a çâ .0 c r e a d o - p a ra a braçai; esse in sta n te im m e u s o c io n a l” e, em bora co h v e n cid o da. s in ce ­
ra d o a rtis ta . A g e r a ç ã o d e p oeta s e da h u m a n id a d e . rid a d e d os vossos p ro p o sito s, p eço li ­
liu m a n is ta s , d e p in t o r e s e á r c h it e - N o m ais, a p o e sia d o rm iu co m a cen ça pa ra d ize r que os m esm os não
c t o s d o R e n a s c im e n to ita lia n o, ó f i ­ gu e rra . De um ly r is m o e x c e ss iv o , co rresp on d em á rea lid a d e dos fa cto s.
lh a d a q u e lle s “ c o n d o t t ie r i ” fa m o s o s im p o n d e rá v e l, e th e re o , im p r e s s io n is ­ A ffir m o a essa illu stra d a re d a cçã o que
d o s fa m ig e r a d o s C o le o n i e G a ta m e l- ta, sen te-se n e lla o d e s e jo d e fu g ir á as “ G relhas rota tiv a s P ra d o F i l h o ” ,
la ta , q u e v iv ia m n o fa u s to e n o sa n ­ re a lid a d e . A p o e sia f o i um r e fu g io h o je p rop ried a d e da C om p a n h ia B ra si­
g u e , m e rg u lh a n d o a I ta lia nas m ais p a ra as a lm a s ex h a u sta s d e v e r d a d e . leira de G relhas R o ta tiv a s, de que te­
fu r io s a s guerraB civ is. D elia se elev a , p o r v ezes, um g r ito nho a h on ra de ser director-fcechnico,
D as g u e r r a s <^le N a p o le ã o , n a sceu sem é co , um v ô o l o g o in te r r o m p id o . longe de in tro d u zire m “ um a co n sid e ­
e m F r a n ç a a g e r a ç ã o d e V ic t o r H u ­ A s co r d a s nas ly ra s era m fr á g e is d e ­ rá vel co m p lica çã o m e ca n ica n a fo rn a ­
g o , na A lle m a n lia a de G o e th e . E m m ais p a ra um tal cla m o r . O m e sm o lh a ” , com o, p o r e q u ivo co , alguem. in fo r ­
g u e r r a s in te stin a s im p la ca v e is v iv eu se d eu com o th e a tro . m ou á illu stra d a red a cçã o, “ d eterm i­
a G re cia , q u e lo n g e d e ser um E sta ­ A in flu e n c ia n é o -r e a lis ta da g u e r ­ nando ga stos que talvez não co m p e n ­
d o , e ra uno. v iv e ir o d e p o v o s riv a e s e ra s o b r e a a lite r a tu r a , em F ra n ç a , sem, o seu e m p re g o ” , co n stitu e m ellas,
g u e r r e ir o s , im p la ca v e is n o s o d io s e n ã o p a rece p rp s e g u ir co m a Paz. O ao co n tra rio , um a p p arelh o de uma, s im ­
. v in g a n ça s . ✓€) s e cu lo d e P e r ic le s n ã o q u e a c o n te c e u co m a p p esia , d u ra n te p licid a d e absoluta, com o p od erá ser v e ­
te r á s id o a f l o r , h a rm o n io s a das a g u e rra , p a r e c e d a r-se ’ a g o r a co m t o ­ rifica d o im m ed ia ta m en te p o r p essoa de
g u e r r a s m é d ic a s ? E s c h y lo co m b a te u da a lite r a tu r a . N o ta -se , em F ra n ç a , in te ira co n fia n ç a desta illu stra d a re ­
c o m o h o p lita em M a ra th on a , e a sua um re n a s cim e n to do ro m a n ce de dacção.
a r t e é d e u m p o d e r p r o d ig io s o . H e r ­ a v en tu ra s , da lite r a tu r a d e im a g in a ­ Q n osso system a reduz-se, p u ra e sim ­
d o u -lh e S o p h o cle s, a in d a u m s o ld a ­ çã o . da fa n ta s ia e d o e x o tism o . P ie r - plesm ente, á su b stitu ição das grelh a s
d o , a e n e r g ia de h om em d e a cçã o , e ■re B e n o it, o g^P-nde a u to r d o d ia, e s­ fix a s p o r grelh a s rota tiv as, send o a
co m e lla re a liz o u o ca n o n d a p e r f e i ­ c r e v e ob ra s d e u m a in s p ir a ç ã o a r ­ m ovim en tação . do a p p arelh o fé ita p o r
çã o . A E u rip e d e s ch e g o u a seiv a m ais d e n te —— c o m o “ L ’ A t la n t id e ” ou m eio de um a a lav an ca co n ju g a d a a um
m o d e r a d a . E s te e x p r im iu o h o m e m , “ K o e n ig s m a r c k ” . cy lin d ro , o,u p o r p rocesso m e câ n ico ;
c o m o S o p h o cle s o lie ró e e E s c h y lo os P ie rre M ille le v a -n o s á, T u r q u ia . p elo que o tra b a lh o do fo g u ista , e não
d eu ses. C h a rles le G o f f ic c o n ta -n o s h is to r ia s do m ach in ista , é m u ito m en or d o que
A f o r ç a em E s c h y lo c o n v e r te u -s e de pirâtars. A s g a z e ta s v ê m ch e ia s d e p resentem en te co m os ca rv ões estra n ­
em v e r d a d e co m S o p h o cle s , p a ra a t - , n arrativas,, s o b r e , co s tu m e s a rm ê n io s geiros. B asta d ize r que a lim p eza co m ­
a t-
tih g ir á s e n s ib ilid a d e , e » E u r ip e d e s ;- «>“ m a r ro q u in o s , ja p o n e z e s o u d as p le ta das g ra lh a s é fe ita p e lo p ro p rio
Eiis o c y c lo da tra g é d ia , f e it a d e v i­ A n tilh à s : 'B o s n y A ín ó e C la u d e F a r - a pparelh o, disp en sa n d o o e s fo rço do
g o r , d e re a lis m o e d e c ó m m o ç ã ò . rié re v o lta m A b a ila . . fogu ista.
N em s e m p re o p h e n o m e n o se r e ­ Será essa te n d e n cia a o m a r a v ilh o ­ O u tro p on to, e ca p ita l — em re la çã o
p ro d u z iu . A g u e rra :fo i tan ta s v ezes so e a o es tra n h o , a c o r r e n t e lite r a r ia ao cu sto d o a p p arelh o, é este in s ig n ifi­
in fe c u n d a , c o m o em S pa rta , q u e n ã o n a s cid a d a g u e r r a ? P a re ce -m e , d e cante p o r ser de fu n d iç ã o n a cion a l.
n o s d e v e m o s e n a m o r a r d e : th e o ria s p r e fe r e n c ia , u m a r e a c ç ã o ao néo- Isto, do p on to d e v is ta essen cia l, que
m a is v e r o s im e is q ü e v e r d a d e ira s . A re a lism o . O ly r is m o e a fa n ta s ia , é o dos in teresses b ra sile iro s, d eve p e ­
g u e r r a é d o r e a d o r e s te r iliz a . M as ta n to tem p o p ris io n e ir o s , a ca b a m d e sar na d ecisão deste assum pto p elos p o ­
essa d o r p ó d e , p e lo c o n t r a r io , fe r t i ­ s o lt a r -s e : n ã o lh e s será lo n g o o v ô o . deres com p eten tes e p era n te a op in iã o
liz a r a in s p ir a ç ã o , se o te m p o d e c a n ­ N esse ca s o , q u a l a v e r d a d e ir a a c ç ã o na cion a l.
ta r o f e l q u e a c o r r o m p e . C o n te m p o ­ da g u e r r a , p e rm a n e n te o u p e lo m e ­ N ão querem os, e n treta n to, d isc u tir es­
râ n e a d a a rte n ã o p ó d e .ser a g u e rra . n os d e m o r a d a ? te a sp ecto d o caso. M as, p o r o u tro lado,
A ' a rté , s e ja lite r a r ia , s e ja p la s tic a , E ’ o u s a d o c o n je c t u r a r . A g u e rra n ão p od em os d e ix a r p a ssar em ju lg a d o
s e ja m e ló d ic a , r e q u e r o o l i o , a s e r e ­ s a c cu d iu a lite r a tu r a , tra z e n d o -a d o o que se a fíir m o u co m o v e rd a d e iro , re ­
n id a d e, a t r a n q u illid a d e ap p aren te- cu b is m o qu a si a o n a tu ra lism o , e le - la tiva m en te ás “ g r e lh a s-ro ta tiv a s ” .
d e e s p ir ito , o s ile n c io . Q u a lq u e r d e s ­ v a n d o -a d ep ois á m a is d e sm e d id a A p rin cip a l va n ta gem das g relh a s
ses re q u is ito s será p o s s iv e l em m e lo fa n ta s ia ; só co m o te m p o p o d e rá rota tiv as 6 que ellas p e rm itte m o em ­
á co n v u ls ã o d e u m a lu t a ? N u m p á lz v o lt a r a s e re n id a d e e o r e p o u s o , p a ­ p reg o do ca rv ã o in natu ra, assim c o ­
e m g u e rra e ffe c t iv a , o s o lo c o m o q u e ra a e c lo s ã o d o G ra n d e R h a p s o d o . m o é q u eim ad o em grelh a s com m u n s
reb ôa ,' a in d a n os m a is lo n g ín q u o s re - A lé m d isso, se a g u e rra ce s so u , a o ca rv ã o a m erican o, em igu aes co n ­
m a n so s . A g u e r r a a b s o r v e , c o m o um a c ç ã o p ro s e g u e . A ’ lu ta co n tr a o e s­ d ições.
v ó r tic e , q u em d e lia se a p p ro x im a . tr a n g e ir o s u cce d e a gu erra c iv il, O pportun am ente d ep ois de rea liza d a s
E m ‘ F r a n ç a , q u a n d o em 1 9 1 4 , as m ais d iffu s a e m ais in ce r ta . A F r a n ­ as ex p e rie n cia s o ffic ia e s — que, rep e­
le g iõ e s ' g é r jn a n ic a s a in d a u m a vez ça, a E u ro p a , o m u n d o , e s tã o em tim os, é nosso d esejo seja m a com p a ­
lh e m a r te lla ra m o „solo m a c io , c a lo u - e b u liç ã o : as te n d e n cia s lite r a r ia s nhadas p ela im p ren sa in te ira e, p ois,
s e a llteratur^L. A d e fe s a d o la r e x i­ nã o se p o d e m fix a r em um ta l a m ­ pela vossa d ig n a f o l h a ---- resp on d ere­
gia to d o s os h o m e n s e to d a s as e n e r­ b ie n te . T a l s e ja a s o lu ç ã o q u e n o m os a q u alqu er o b je cçã o que s u rg ir co n ­
g ia s . p r ó x im o lu s tr o o s h o m e n s s o u b e re m tra a e ffic a c ia das grelh a s rota tiv a s.
H oU ve u m c o lla p s o n a v id a in t e l­ d a r a o p ro b le m a s o cia l, d e lia d e r iv a ­ A té lá não p o d em os nem d evem os a li­
le c tu a l. Q u a n d o o c o r p o da n a çã o rá o noyo p e n s a m e n to lite r á r io . m en tar d iscussão.
v o lt o u a si, p r o d u z iu -s e u m a r e a c ç ã o A c tu a lm e n te as p r e d iç õ e s sã o m é ra s P ed in d o aga sa lh o p a ra estas linhas,
e x c e ss iv a . A fe b r e p a tr ió t ic a fa z ia c o n je c t u r a s . S em e m b a r g o já se p ó - que são d ictad a s p ela vo ssa loca l de
h oje, esperam os d a vossa! fid a lg u ia , em
d e lir a r o s e s p ír ito s m a is p o n d e ra d o s . dem d e s c o b r ir na g u e rra d o is e ffe it o s bem da verd ad e, vel-as p u b lica da s e com
A n a to le F ra n c e , q u e a p en a s se a lo n ­ p ro v á v e is (d e p e n d e n d o covacf d is s e ­ isto m u ito m e obsequiará.
g a r a d o seu d ile tta n tis m o d e a rtis ta m os d a e v o lu ç ã o o u d a r e v o lu ç ã o )
p a ra a lu ta s o c ia l m a is a v a n ça d a , o s o b r e a lite r a tu r a v in d o u r a : u m f o r ­ D e v. s.
p r o p r io A n a to le F rV n ce, e n tre ir o n i- m a l, o u t r o . v ir tu a l. O e f f e it o fo r m a l P ela C. -B. de G relh as ro ta tiv a s
co e p a g ã o , s a c r ific o u a o d eu s d o será a ss u m p to m ais t r á g ic o e a v e n - A L F R E D O DO A M A R A L R O C H A .
m o m e n to e re u n iu , n u m liv r o m a n co , tu ro s o , v o c a b u lá r io m ais r ic o e o u ­
a lg u n s e n s a io s m a is o u m e n o s g u e r ­ s a d o , s e n s ib ilid a d e m e n o s d e lic a d a e D irecto r-te ch n ico
r e i r o s —- “ S u r la v o ie g lo r ie u s e ” . m ais g e ra l. O e f f e it o v ir tu a l se tra ­ M uito em bora estejam os co n v e n cid o s
E r a o te m p o d a g u e r r a fr e s c a e a le ­ d u z irá p o r — m a is v ig o r na lite r a t u ­ de q u e está na p u lverisa çã o a u n ica
g r e ” , d a g u e rra d e t r o c a d ilh o s , q u e ra, m a is m o v im e n to na a rte , m ais m an eira de resolver-se o ch am a d o pro->
e n c o n t r o u su a e x p r e ss ã o n esse liv r o v ô o na p o e s ia , v id a m a is p le n a e m ­ blem a d o ca rv ã o n a cion a l, fa zem os v o ­
h o je v a s io , d e R enó B e ry a m in *— fim . . - tos para que as grelh a s ro ta tiv a s, que
A g e r a ç ã o d e a m a n h ã v a e b e n e fi­ se exp erim en ta m na C entral d o B ra sil,
“ G a s p a r d ’?. F o i o p r im e ir o e x it o li-;
te r a r io d a g u e rra . C ed o se d e s fe z a, c ia r d a e n e ^ i a q u e a lu ta g e r o u , e tenham ca rv ã o
a lgum p re stim o na qu eim a do
em b locos.
illu s ã o d a g u e rra fá c il. É ss e in v e rn o está g e r a n d o . S erá u m a ' g e r a ç ã o d e S eja co m o fô r, con tin u a m os a d es­
d e 1 9 1 4 -1 9 1 5 f o i , ta lv ez, p e lo q u e fo le g o la rg o , d e v is ã o p o d e ro s a , d e co n fia r de que o ap p arelh o a v a p o r que
«con ta m os s o b r e v iv e n te s , o m a is1 p a ­ cria çã o , o p u le n ta . ,,Á ,i lite r a tu r a b a i- m ovim en ta as grelh a s “ P ra d o F i l h o ”
v o r o s o d ra n ía d o c a ta c ly s m o ! x a r ã /d o s ce n a c u lo s e g r u p o s d e a ris ­
con stitu e um a co n sid e rá v e l co m p lic a ­
E m q u a n to i^a la m a e n o sa n g u e t o c r a c ia in te lle c tu a l p a ra o m e io d a ção m eca n ica nas an tiga s fo rn a lh a s de
‘ d a s t rin ch e ir a s g e la d a s, to d a a m e n ­ m u ltid fio, sem se p e rd e r n e lla . O h o ­ grelh a s sim ples, fix a s e red u zid as a
ta lid a d e n o v a d e F r a n ç a se ca la v a , m em cre sce r á de m ais em m ais. A l i ­ sim ples barras de fe r r o fu n d id o.
c o m e ç o u a lite r a t u r a d e g u e r r a d o s te ra tu ra será m e n o s u m j o g o d e p a ­ C on tin u am os a p en sar que a m an o­
v e lh o s p iestres . O m a is s a b io d elles, la v ra s, que a e x p re ss ã o d e um a r e a li­ bra, co n tin u a e penosa, da a lav an ca de
A n a to le F ra n c e , c o m p r e h e n d e u q u e d a d e ; s u p erio r. A a rte a in d a um a vez ad m issão de - v a p o r n o cy lin d ro que
a u n ic a a rte p o s s iv e l d a s v é lh a s g e ­ re a liza rá “ o e s p le n d o r da v e r d a d e ” . actua sobre a ca tra ca que fa z ro d a r as
ra ç õ e s era o s ile n c io . O u tro s, c o m o A in s p ir a ç ã o se rá m a is rica p o r ­ grelh a s (q u e são v erd ad eira s en grena'
P a u l B o u r g e t, a p en a s d e l o n ç e t o c a ­ q u e m ais h u m a n a , o p e n s a m e n to d e s ­ gens de pequeno d iâm etro e lo n g o e ix o )
v a m n o a ssu m p to. A m a io r ia , p o ré m ,' p id o de p r e c o n c e ito s v o a rá m ais a l­ con stitu em co m p lica çõ e s m eca n ica s que
la n ç o u -s e n o t o r v e lin h o , e c o m e ç o u / to ; a exp ressão será m ais /p o d e ro sa p recisa m ser d iscu tid a s p elos en ca rre ­
d e c r e s c e r essa in s u p p o r ta v e l l i t e r a ­ p o rq u e m ais p ró x im a d as fo n te s e t e r ­ ga d os de exa m in a r o a p p arelh o e em it-
tu ra d e g u e rra , fa ls a , e m e sq u in h a , nas da fó r m a e d a id é a — - a n a tu re ­ tir p arecer.
g r a n d ilo q u a e õ ca , d e L o t i, d e P a u l za e o poVo. A ca rta que nos f o i en v iad a e que,
A d a m , d e H e n r i B o r d e a u x , d e M a r­ G u illa u m e A p o llin a ir e , o D e b u ssy com lealdade, p u b lica m os, em na d a m o­
eei P r é v o s t , d e A b e l H e rm a n t, d e o u ­ das m od ern a s e s co la s lite r a r ia s fr a n - d ific a a n ossa im p re ssã o sobre as g r e ­
tr o s m u ito s q u e se p u z e ra m a b r in c a r ceza sj d im in u id o p e lo s e x c e ss o s d o s lhas ro ta tiv a s, de que fa la m o s em nossa
d e s o ld a d o s . seu s rd iscip u los, e s cre v e u , p o u c o a n ­ ed içã o de hontem .
tes d e m o r r e r : - ---- “ o n o v o e s p ir ito
A v e r d a d e ir a a rte c o n tin u a v a c a la ­ das letras, o r iu n d o d a . g u e rra , te rá
d a , s o ffr e n d o e m o r r e n d o na s lin h a s p o r ca ra cte r d iffe r e n c ia l a e x p lo r a ­ A v e r d a d e ir a lite r a tu r a é a q u e b u s ­
d e fr e n te . O a n n o » d e 1 91 5 se c a r a ­ çã o da v e r d a d e e x a lta n d o a vid a , ca a s\ia se iv a n o s o lo q u e n o s g e r o u .
cte riz a p o r esse a r t ific ia lis m o l it e ­ sem p re ju iz o d o b o m s e n s o ” . A g e sta A r v o r e s e x ó tica s só p o d e m v in g a r em
r á r io da s v e lh a s clã sses, q u e p e n s a ­ a ser e x p lora d a p elas g e r a ç õ e s v in ­ e s tu fa .
vam * s u p p rir o s a n g u e n o v o e a r d e n ­ d o u ra s , é tã o o p u le n ta , a e n e r g ia A ss im , g r a ç a s , em p a rte , á g u e rra ,
te q u e se e x ila ra d os ca m p o s lite r á ­ h e r d a d a tão v ig o r o s a q u e a lite r a t u ­ a cce n tu a m o s a te n d e n cia a o r e g io n a ­
rio s . M as, a v e r d a d e , se m p re vem a ra p od erá a ttin g ir á s im p licid a d e d e lism o. a q u e j á n o s c o n d u z ia n o s sa
( lu m e. -A. H e n r i B a rb u ss e , s o ld a d o v o - Homero, de Goethe e Racine, pela p ró p ria e v o lu ç ã o . V a e c ir c u la r ca d a
lu n t a r io , fe r id o p o r d u a s v e z e s , r e ­ p le n itu d e da in s p ir a ç ã o . P a r a iss o ó ve z m a is, n o s n o s s o s liv r o s , u m p e r ­
fo r m a d o e c o n d e c o r a d o , c o u b e r e a c - m is tó r que a p e rs p e ctiv a p e rm itta fu m e d e m a tto , d e te rra m o lh a d a , d e
ce n d e r o fa c h o q u e se a p a g a ra em u m a v isã o d e a g u ia da ep o p é a . b risa fr e s c a d o m a r. Os a ss u m p to s
a g o s to d e 1 9 1 4 . E m 1 9 1 6 , s u rg iu es­ E is ahi, sem m a is d e t id o e x a m e , b r a s ile ir o s , o s co s tu m e s s e r t a n e jo s
se liv r o o o d e r o s o e v e r d a d e ir o — - o u p r a ie ir o s . a naizaícem ciue n os
á co n v u ls ã o um a lu t a ? N um paiz v o lt a r a se re n id a d e e o r e p o u s o , p a ­ p reg o do cax^vão in natura, assim co ­
e m g u e rra e ffe c t iv a , o s o lo co m o qxie r a a e clo s ã o d o G ra n d e R h a p s o d o . m o é qu eim ad o em grelh a s com m uns
re b ô a , a in d a n os m a is lo n g ín q u o s re - A lé m d isso, se a g u e rra ce s so u , a o ca rv ã o a m erica n o, em igu aes con ­
m a n so s . A g u e r r a a b s o r v e , co m o um a cçã o p ro s e g u e . A* lu ta co n tr a o e s­ dições.
VQrtice, q u em d e lia se a p p ro x im a . t r a n g e ir o s u cce d e a g u e rra c iv il, O pportun am ente d ep ois de realizad as
Em^ f r a n ç a , q u a n d o em 1 9 1 4 , as m a is d iffu s a e m a is in ce r ta . A F r a n ­ as ex p e rie n cia s o ffic ia e s — que, repe­
le g iõ e s g e r m â n ic a s a in d a um a vez ça , a E u ro p a , o m u n d o , e s tã o em tim os, é nosso d esejo seja m a com p a ­
lh e m a r te lla ra m o s o lo m a c io , c a lo u - e b u liç ã o : as te n d e n cia s lite r a r ia s nh adas p ela im p ren sa in te ira e, p ois,
s e a llte r a t u r ç . A d e fe s a d o la r e x i­ nã o se p o d e m fix a r em um ta l a m ­ pela vossa d ig n a f o l h a ---- resp on d ere­
g ia to d o s os h o m e n s e to d a s as e n e r ­ b ien te . T a l s e ja a s o lu ç ã o q u e n o m os a qualqu er o b je c çã o que s u rg ir co n ­
g ia s . p r o x im o lu s tr o os h o m e n s so u b e re m tra a e ffic a c ia das grelh a s rota tiv as.
H o ú v e Um c o lla p s o n a v id a in t e l­ d a r a o p ro b le m a s o cia l, d e lia d e r iv a ­ A té lá não p od em os n em d evem os a li­
le c tu a l. Q u a n d o o c o r p o da n a çã o rá- o novo p e n s a m e n to lite r á r io . m en tar discussão.
v o lt o u a si, p r o d u z iu -s e um a r e a c ç ã o À c t u a lm e n t e as p r e d iç õ e s são m é ra s P ed in d o a ga sa lh o p a ra estas linhas,
ex c e ss iv a . A fe b r e p a tr ió t ic a fa z ia c o n je c t u r a s . Sem e m b a rg o já se p ó - que são d ictad a s p ela vossa loca l de
d e lir a r os e s p ir ito s m a is p o n d e ra d o s . d em d e s c o b r ir na g u e rra d o is e ffe it o s h oje, esperam os da vossa; fld a lg u ia , em
A n a to le F ra n c e , q u e a p en a s se a lo n ­ p ro v á v e is (d e p e n d e n d o com cf d iss e ­ bem d a verdade, vel-as p u b lica d a s e com
g a r a d o seu d ile tta n tis m o d e a rtis ta m os d a e v o lu ç ã o o u d a r e v o lu ç ã o ) isto m u ito m e obsequiará.
p a ra a lú ta s o c ia l m a is a v a n ça d a , o s o b r e a lite r a tu r a v in d o u r a : u m f o r ­ D e v. s.
p r o p r io A n a to le F ra n c e , e n tre ir ô n i­ m a l, o u t r o v ir tu a l. O e f f e i t o fo r m a l P ela C. B. de G relh as ro ta tiv a s
c o e p a g ã o , s a c r ific o u a o d eu s d o s erá a ss u m p to m ais t r á g ic o e a v e n -
m o m e n to e r e u n iu , n u m liv r o m a n co , tu ro s o , v o c a b u lá r io m ais r ic o e o u ­ A L F R E D O DO A M A R A L R O C H A .
a lg u n s e n s a io s m a is o u m e n o s g u e r ­ s a d o , s e n sib ilid a d e m e n o s d e lic a d a e D ire cto r-te ch n ico
r e ir o s ---- “ S u r la v o ie g lo r ie u s e ” . m a is g e r a l. O e f f e it o v ir tu a l se tra ­ M ulto em bora estejam os co n v e n cid o s
33ra o te m p o d a g u e r r a fr e s c a e a le ­ d u z irá p o r ---- m ais v ig o r na lite r a t u ­ de que está na pulverisação a u n ica
g r e ” , d a g u e r r a d e t r o c a d ilh o s , q u e ra, m a is m o v im e n to n a a rte , m a is m an eira d e resolver-se o ch am a d o pro^
e n c o n t r o u su a e x p r e ss ã o n esse liv r o v ô o na p o e sia , v id a m a is p le n a e m - blem a d o ca rv ã o n a cion a l, fa zem os vo- ■
h o je v a s io , d e R ené B e ry a m in — - fim . * tos pa ra que as grelh a s ro ta tiv a s, que
“ G a s p a r d ’’ . F o i o p r im e ir o e x ito li-; A g e r a ç ã o d e a m a n h ã v a e b e n e fi­ se exp erim en ta m na C entral d o B ra sil,
t e r a r io d a g u e rra . C e d o .s e d e s fe z a, c ia r da e n e r g ia q u e a lu ta g e r o u , e tenham a lgum p re stim o na q u eim a do
I llu sã o d a g u e r r a fa c il. E ss e in v e rn o está g e r a n d o ’. S erà *u m a g e r a ç ã o de ca rv ã o em b locos:
■d e 1 9 1 4 -1 9 1 5 . f o i . ta lv e z, p e lo q u e fo l e g o la rg o , d e visão p o d e ro s a , d e S eja co m o fô r, co n tin u a m o s a des- / ■;
^contam os s o b r e v iv e n te s , o m a is p a ­ ..çriaçãQ; o p u le n ta . v A .,J ite r a t u r a bai­ co n fia r de que o ap p arelh o a v a p o r qne
v o r o s o d ra n ía d o c a t a c ly s m o ! x a ra d o s ce n a c u lo s e g r u p o s d e a ris ­ m ovim en ta as grelh a s “ P ra d o "F ilh o ”
t o c r a c ia in te lle c tu a l p a ra o m e io d a con stitu e um a co n sid e rá v e l co m p lic a ­
E ln q u a n to ?ja l^ m a e n o sangue çã o m eca n ica nas a ntigas fo rn a lh a s de
d a s trin ch e ir a s g e la d a s, to d a a m e n ­ m u ltid ã o , se m se p e rd e r n e lla . O h o ­
m em cr e sce r á de m ais em m ais. A l i ­ grelh a s sim p les, fix a s e red u zid a s a
ta lid a d e n o v a d e F r a n ç a se ca la v a , sim p les barras de fe r r o fu n d id o.
c o m e ç o u a lite r a tu r a d e g u e rra d os te ra tu ra será m e n o s um j o g o d e p a ­
la v ra s , qu e a e x p re ss ã o d e um a r e a li­ C on tin u a m os a p en sar que a m an o­
v e lh o s m estres . O m ais s a b io d e lle s , bra, co n tin u a e p enosa, da a lav an ca de
A n a to le F ra n c e , co m p re h e n d e u q u e d a d e s u p e rio r. A a rte a in d a um a vez
re a liz a rá “ o e s p le n d o r da v e r d a d e ” . a dm issão de - v a p o r n o cy lin d ro que
a u n ic a a rte p o s s iv e l da s v é lh a s g e ­ actu a sobre a ca tra ca que fa z ro d a r as
r a ç õ e s era o s ile n c io . O u tros, co m o A in s p ir a ç ã o se rá m ais rica p o r ­
q u e m ais h u m a n a , o p e n s a m e n to d e s ­ g relh a s (q u e são ve rd a d e ira s engrena,
P a u l B o u r g e t, a p e n a s d e lo n g e t o c a ­ gens de pequeno d iâm etro e lo n g o e ix o )
v a m n o a ss u m p to . A m a io ria , p orém ," p id o d e p r e c o n c e ito s v o a r á m ais a l­
to ; a exp re ssã o será m ais /p o d e ro s a con stitu em co m p lica çõ e s m eca n ica s que
la n ç o u -s e n o to r v e lin h o , e co m e ço u / p re cisa m ser d iscu tid a s p elos en ca rre ­
d e c r e s c e r essa in s u p p o r ta v e l lite r a ­ p o r q u e m ais p ró x im a das fo n te s e t e r ­
n a s d a fó r m a e d a id é a — - a n a tu re ­ gad os de exa m in a r o a p p arelh o e em it-
tu ra d e g u e rra , fa ls a , e m e sq u in h a , t ir parecer.
g r a n d ilo q u a e ô ca , d e L o ti, d e P a u l za e o p o v o . A ca rta que nos f o i en v ia d a e que,
A d a m , d e H e n ri B o r d e a u x , d e M a r­ G u illa u m e A p o llin a ir e , o D eb u ssy
d as m o d e rn a s e s co la s lite r a r ia s fr a n - com lealdade, p u b lica m os, em nad a m o­
eei P r é v o s t , d e A b e l H e rm a n t, d e o u ­ d ific a a n ossa im p ressão sobre as gre-
t r o s m u ito s q u e se p u zera ra a b r in c a r ce z a s, d im in u id o p e lo s e x c e ss o s d o s
seu s d is c íp u lo s , e s cre v e u , p o u c o a n ­ Ihas ro ta tiv a s, de que fa la m os em nossa .
d e s o ld a d o s . ed içã o de hontem .
tes d e m o r r e r : ---- “ o n o v o e s p ir ito
A v e r d a d e ir a a rte c o n tin u a v a ca la ­ da s le tra s, o r iu n d o d a g u e rra , te rá
d a , s o ffr e n d o e m o r r e n d o na s lin h a s p o r ca ra cte r d iffe r e n c ia l a e x p lo r a ­ A v e r d a d e ir a lite r a tu r a é a q u e b u s ­
d e fr e n te . O a n n o « d e 1 91 5 se c a r a ­ çã o da v e r d a d e e x a lta n d o a v id a , ca a sua se iv a n o s o lo q u e n o s g e r o u .
c te r iz a p o r esse a r t ific ia lis m o l i t e ­ sem p r e ju iz o d o b o m s e n s o ” . A g e s ta A r v o r e s e x ó tica s só p o d e m v in g a r em
r á r io da s v e lh a s cla sses, q u e p e n s a ­ a se r e x p lo ra d a p elas g e r a ç õ e s v in ­ e s tu fa .
vam * s u p p rir o s a n g u e n o v o e a r d e n ­ d o u ra s , é tã o o p u le n ta , a e n e r g ia A s s im , gi^aças, em p a rte , á g u e rra ,
te q u e se e x ila ra d os ca m p o s lite r á ­ h e r d a d a tão v ig o r o s a q u e a lite r a t u ­ a c c e n tu a m o s a te n d e n cia a o r e g io n a ­
rio s . J\|ias, a v e r d a d e , s em p re vem a ra p o d e rá a tt in g ir á s im p lic id a d e de lis m o a q u e j á n o s c o n d u z ia n o ssa
lu m e. A H e n r i B a r b u ss e , s o ld a d o v o ­ H o m e r o , de - G o e th e e R a c in e , p ela p r ó p r ia e v o lu ç ã o . V a e circular* ca d a
lu n t á r io , fe r id o p o r d u a s v ez es , r e ­ p le n itu d e d a in s p ir a ç ã o . P a ra iss o é v e z m ais, n o s n o s so s liv r o s , u m p e r ­
fo r m a d o e c o n d e c o r a d o , c o u b e re a c - íiiisté r q u è a p e rs p e ctiv a p e rm itta fu m e d e m a tto , d e te rra m o lh a d a , d e
c e n d e r o fa c h o q u e se a p a g a ra em u m a v is ã o d e a g u ia da ep o p é a . b risa fr e s c a d o m a r. Os a ss u m p to s
a g o s to d e 1 9 1 4 . E m 1 9 1 6 , s u rg iu es­ Ei^ a h i, sem m a is d e tid o e x a m e , b r a s ile ir o s , o s co s tu m e s s e r t a n e jo s
s e liv r o p o d e r o s o e v e r d a d e ir o — * um é s b o ç o da in flu e n c ia d a g u e rra o u p r a ie ir o s , a p a iz a g e m que nos
“ L e F e u ” ---- q u e re v e la v a a o m u n d o so b r e a lite r a tu r a na te rra d e F r a n ­ c e r ca , h ã o d e d a r m a is e s p o n ta n e i­
a g u e r r a e m a r c o u o ty p o da p o rre n - ça, D e lp h o s d o m u n d o m o d e r n o . D os d a d e á n o s sa lite r a tu r a . A in s p ir a ç ã o
te lite r a r ia , n a s cid a em F r a n ç a d<J o u tr o s g ra n d e s p a iz e s da E u ropa n a cio n a l n ã o n o s le v a r á tã o a lto , m as
c o n f lic t o . E ss a c o r r e n t e fò i o n é o - q ^ e v iv e ra m a g u e r r a , são p o u c o s os co m m a is s e g u r a n ça , p a ra um fu t u ­
re a lis m o . i n fo r m e s q u e te m o s. N a Ita lia , s u r­ ro r e m o t o d e c r ia ç ã o e in d e p e n d e n ­
• A lite r a tu r a fra n ç e z a , d e p o is do g e u m n o v o ou q u a si n o v o r o m a n ­ cia . P r e c is a m o s g a n h a r p e r s o n a li­
r e a lis m o , f ô r a d ia a d ia se a p a r ta n - c is ta —** G u id o d e V e r o n a s - v ib r a n ­ d a d e.
^ d o d a n a tu re z a , d a v e r d a d e , d a s im ­ te e c o lo r id o , q u e p r o s e g u e n a sen d a A g u e rra n o s v e iu lib e r ta r o p e n ­
p lic id a d e .'1 D o pa rn a zia n \ sm o ao d e D a n n u n z io . N a In g la te r r a , p a re ce sa m e n to d e m u ito s p r e c o n c e ito s . Se.
c u b is m o lite r á r io , as letivas e m F r a n ­ h a v e r u m a re ^ iv e s ce n c ia de “ hu- o m o m e n to é d e r e g io n a lis m o n a in ­
ça p a ssa ra m d a ra z ã o p a ra o r e q u in ­ m o u r ” e d e lyrism O , as d u a s a tt it u - s p ir a ç ã o e n o a m b ie n te , ó. d e h u m a n i-
t e , , d e ste p a ra o e x a g e ro e p a ra o d es b rita n n ica s p e ra n te a g u e rra . N a ta r is m o nas id é a s . A P a z, sem a r e ­
a b s u r d o . U m m e d ic o s u g g e riu , ha A lle m a n h a . . . ? E e n tre i*ós? v o lu ç ã o o u ta lv e z a in d a co m e lla ,
p o u c o , e x p lic a ç ã o in é d ita para. e ssa ■Não s o ffr e m o s in flu e n c ia d ir e c t a a p p ro x im a o s h o m e n s . N ã o se rá u m
h y p e r -e s t h e s ia : o e x c e ss o d e d ro g a s , da g u e rra , p o rq u e a não v iv e m o s . id y llio u n iv e rs a l fu n d a d o e m ly r is ­
d e lir a n te s o u e n t o r p e c e d o r a s , d a c o ­ F a lto u -n o s o c o n ta c t o co m a r e a lid a ­ m o s in te r n a c io n a e s , s e n d o u m estrei-.
c a ín a a o “ t r a s c h ic h ” , e n tre a m o c i­ d e p a ra b e n e fic ia r m o s d e lia . M as a ta m e n to v-de la ç o s b a s e a d o n o in t e r e s ­
d a d e d o s c e n a c u lo s e ca fé s lite r á r io s . g u e rra a balou^ ,p m u n d o , e o B ra sil s e . A p ie d a d e , e a p r e o c c u p a ç ã o p e lo
O p h e n o m e n o ó m a is g e r a l. H a v ia em n ã o p o d ia escalpar á re p e rc u s s ã o . E ’ in d iv id u o , a m u d a n ça d e c e r to s v a - \
F r a n ç a , a n tes d a g u e r r a ,' u m a m e n ­ o u s a d o d e s c o b r ir u m n e x o n o m o v i­ lo r e s m o ra e s , m a io r lib e r d a d e de í
t a lid a d e d e d e ca d ê n cia , q u e tro u x e .o m e n to lite r á r io c o n te m p o r â n e o e n ­ c o n c e ito s , m a is fo r ç a n a s id é a s e s o ­
p reciosism o- e o re q u in te . O m e sm o tre h ó s .N o ta m -s e ,c o m tu d o , ce r ta s te n - b r e t u d o m a is lu c id e z d e p e n s a m e n ­
se d e ra em A le x a n d r ia e B ysanciO . d e n ciá s d o m in a n te s : n a c io n a lis m o to h ã o d e c o m m u n ic a r u m ' n o v o vi-*
A g u e rra v a rr e u t o d o s esses j o g o s de n os a ss u m p to s , lib e r a lis m o n o p e n s a ­ g o r á n o s sa p r o d u c ç ã o lite r a r ia . '
p a la v ra s e s e n sa çõ e s a r t ific ia e s . A m e n to , s im p licid a d e na fó r m a . O e s ­ A g u e rra , e m b o r a in d ir e c ta m e n te ,
m a is te n e b ro s a da s re a lid a d e s p o* p e c tá c u lo d o m u n d o em s a n g u e tVou- poderá, s a n e a r as fo n t e s d e n o s sa in ­
e m c o n ta c t o d os e le m e n to s n a tú ra es x e-n q s m a is in d e p e n d e n c ia d e p e n s a ­ s p ir a ç ã o . P o r e lla ta lv e z v e n h a a le ­
e d a m o r te essa g e r a ç ã o d e b .u rila d o- m e n to , qu e se a p p lica m e lh o r aos g r ia á n o ssa lite r a tu r a . P a ra d oxo
res . D a p r o d ig io s a v is ã o da v e r d a d e p ro b le m a s d a n a c io n a lid a d e em f o r ­ p o s s iv e l, se b em q u e im p r o v á v e l. A
n a s ce u o n éo-req ,lism o. T in h a m a is m a ç ã o . E sse p e n s a m e n to m a is la r g o t riste z a é u m a f l o r d e civ iliz a ç õ e s
d o q u e u o r e a lis m o , e a lé m d elle, a a p o ia n d o -s e n u m a r e a lid a d e m ais C a n sa d a s. E ’ c e r to q u e o p ó d e ta m ­
s e n sa çã o p e ss o a l, a a lm a q u e s o f fr ia p ró x im a , d e u -n o s u m e q u ilib r io d e b é m s e r d e c iv iliz a ç õ e s a p re ss a d a s ,
n o c o r p o t o r t u r a d o . T in h a m e n o s qu e exp ressão, a in d a n ã o e v id e n te n em co m o a n o s sa . C o m tu d o , lim it a n d o -
o n a tu r a lis m o , e fó r a d e lle , a e s p o n ­ p e r fe it o , se n ã o p o te n c ia l. S e n te -se n o s a a m b iç ã o in t e lle c tu a l, r e n o v a n ­
t a n e id a d e d e sua o r ig e m . O n a tu ra ­ q u e ca m in h a m o s p a ra u m a m a io r a u ­ d o a v e r d a d e ir a tr a d iç ã o , d e s p e r ta n ­
lis m o fOra u m a fó r m a d é co m b a te to n o m ia lite r a r ia , tr a n s fo r m a n d o e d o o r e a lis m o n a cio n a l, d a n d o -n o s ,
a o ro m a n tis m o . O n é o -r e a lls m o n a s­ cr e a n d o um n o v o id io m a . e m fim , s a u d e m e n ta l, é p o s s iv e l qu e
c ia ---- n a tu ra lm e n te ---- d o c o n ta c to N ão p o d e m o s, d e m a n e ira a lg u m a , a g u e r r a tra g a o s o ç r is o á. n o ssa a r ­
c o m a v e r d a d e a nu*. H e n r i B a r b u s ­ a sp ira r a um a e s ta b ilid a d e lite r a r ia . te triste . C om u m a in s p ir a ç ã o m ais
se, c o m s eu g r it o d e s in c e r id a d e d o ­ A liá s , o s p ro p rio s s é cu lo s d e P e ricle s , n a tu ra l,, c o m u m p e n s a m e n to m a is
lo r o s a , a c o r d o u a a rte a d o r m e c id a , A u g u s to , ou L u iz X I V , co n tin h a m as liv r e e s a d io , p o d e r á n o s sa p r o d u ­
e a o s o m d essa v o z o u tra s m u ita s se m ais d iv e rg e n te s te n d e n cia s , a p en a s c ç ã o lite r a r ia a lc a n ç a r a q u e lla fó r m a
e r g u e r a m . D e lla s se d e sta ca m a is lig a d a s p o r um la ç o in t e r io r . E ’ um s im p le s e v ig o r o s a , p a d rã o d e b o a s
u m a q u e , c o m o ^,utor d e “ C la r t é ” , s a c r ilé g io a p p ro x im a r, s e q u e r, o n o s ­ le tra s .
s ã o a s g r a n d e s f i g u r a s l i t e r a r i a s da so m o v im e n to lite r á r io , d esses m o ­ M as a lite r a tu r a , n ã o s e rá a in d a ,
g u e rra . O e o r g e s D u h a m el, o a u to r m e n to s im m o rta e s d o e n g e n h o h u ­ p o r lo n g o te m p o e a d e s p e ito d e t o ­
d e “ V le d es M a r t y r s ” e d e “ C iv ilis a - m an o. N a cio n a lid a d e a in d a n ã o s e d i­ das as g u e rra s , u m fr u e to te m p o r ã o ,
t i o u ’* E ’ lo n g a a th e o r ia d e v o lu ­ m en ta d a , p o litica m e n te n u lla e e c o ­ o p o r iss o m al v in g a d o , d o n o s s o
m es, o r a a co m p a n h a n d o os cla m o r e s n o m ica m e n te instave^, carregan do s ó lo ?
d e B a rb u ss e , o r a 3, g r a v id a d e de um p e so im m e n so d e a n a lp h a b e to s e M a d a m e d e S é v ig n é , em um a de
D u h a m el. d e d o e n te s, te m o s d e r e fle c t ir as suas ca rta s m a is d e rra m a d a s q u e d e
A p o e sia d e g u e rra fo i, p o r a ssim ca n ib ia n te s lite r a r ia s d o V e lh o M u n ­ co s tu m e , a m m e . d e G r e g n o n , e s c r e ­
d izer, n u lla . Só um gran de p o e ta , d o o u restríngir\ n o ssa s a m b içõ e s . v ia -lh e : “ M in h a filh a , p e r d o a -m e o
q u e ta lv ez v ie s se a s er— se v iv e ss e E is o q u e n o s ca b e fa z e r , p o rq u e só ta m a n h o d e s ta : n ã o tiv e te m p o d e
— o P o e ta d a G u erra , p re s e n tiu e lim ita n d o o n o s s o ca m p o de a c ç ã o escrev er p o u c o . ”
t e n to u exp ressa r a g r a n d e za d o m o ­ p o d e re m o s cr e s ce r . N esse s e n tid o E is o q u e te p e ç o , l e it o r p a ciç^ te .
m en to;. E tn ile V e r lia e r e u . D e v e -lh e a t,rouxe-i*os a g u e r r a u m g r a n d e b em . T r is tã o d e A I H A Y D E .

Você também pode gostar