Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DOBURRO, 2017
©2017 LUIZA ROMÃO
todos os direitos estão liberados para reprodução não comercial. qualquer parte desta obra pode ser
utilizada ou reproduzida em qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação, etc.
desde que não tenha objetivo comercial e seja citada a fonte (autor e editora).
Brito, Lâmia
Todas as funções de uma cicatriz / Lâmia Brito. --
1. ed. -- São Paulo : Ed. do Autor, 2017.
ISBN: 978-85-922815-0-2
L u i z a R o m ã o a v i sa lo g o d e i ní c io : nã o pur if iq uem o meu s a ng ue, Lui za R omã o nos a dv i e rt e de sde e l pri nc i pi o: no puri fi q ue n mi sa ngr e, n o
n ã o qu er o q u e li m pe m m i nh a s v e i a s. M i nha s a ng r ia , eu mes ma pr o d uzo . q ui e ro q ue l i mpi e n mi s v e na s. Yo mi sma produzc o mi sa ngrí a .
Be m , e sta m o s d i a nte d e u m a po et a q ue q uer a t ua r no limit e. Melho r , B i e n, e st a mos fre nt e a una poe t a q ue q ui e re a c t ua r a l l í mi t e . M e jor dicho ,
n o l i m i t e m á x i m o . D a po lí ti ca , d a li ngua g em, d a per f o r ma nc e s ubj et iva . a l l í mi t e e xt re mo. De l a pol í t i c a , de l l e ngua je , de l a pe rforma nc e subje t i v a . R e to mar é
Vo l t a r ei a e sse s po nto s m a i s à f r e nte . e st os punt os má s a de l a nt e .
Esse mesmo corpo feminino, milenarmente construído e controlado No es casualidad que los primeros versos del poema registren una imposibilidad
por uma perspectiva e sensibilidade masculinas, que agora volta, vigoroso, de escribir la palabra br*+^%. Tanto la poeta, cuanto la «lapicera / en acto de legítima
como plataforma mais adequada para a expressão e o enfrentamento feministas. revolución» intentan, en vano, acertar la grafía del nombre Brasil. Después de algunos
errores, finalmente, surge la razón de esa imposibilidad. ¿Qué significados sugiere un
N ã o é po r a ca so , q u e o s pr i meir o s ver s o s d e Sa ng r ia r eg is t r a m país que, en su propio nombre, carga un símbolo fálico (pau-brasil 1 2 )? En esta pista,
u m a i m p o ssi bi li d a d e d e e scr e v e r a pa la vr a br *+^%. Ta nt o a po et a q ua nt o los primeros versos del poema se reservan al examen de la genealogía del nombre de
“ a c a n et a / nu m a to d e le g í ti m a r e v o lta ” t ent a m em vã o a c er t a r a g r a f ia nuestro país, irremediablemente vinculado a la expresión pau: «palabra mercancía
do n o m e Br a si l. A lg u ns e r r o s d e po i s , f ina lment e, vem à t o na a r a zã o Brasil», «pau-de-arara», «palo que viola», «pau-de-sebo» y otros tantos que se presentan
des s a i m po ssi bi li d a d e . Q u e si g ni f i ca d o s s ug er e, um pa ís q ue, no pr ó pr io
n o m e, c a r r e g a u m sí m bo lo f á li co ( pa u - br a s il)? Nes t a pis t a , o s pr imeir o s 1
El pau-brasil es un árbol de madera rojiza autóctono del bosque atlántico brasileño, que se distribuye a lo largo
ver s o s do po e m a se a tê m a o e x a m e d a g enea lo g ia d o no me d e no s s o pa ís , de diecisiete estados. Su explotación y exportación a Europa, mediante el monopolio de la corona portuguesa, fue
determinante para la economía brasileña durante el período colonial. El siglo XX encontró a esta especie en peligro de
i r r em edi a v e lm e nte v i ncu la d o à e x pr e ssão pa u: “pa la vr a mer c a d o r ia Br a s il”, extinción como consecuencia de su tala excesiva. A partir de ello, comenzó a constituirse como símbolo cultural e identitario
“ p a u de a r a r a ”, “pa u q u e e stu pr a ”, “pa u d e s ebo ” e o ut r o s t a nt o s q ue s e de una «brasilidad» perdida, vulnerada. En sintonía, fue trabajado literariamente por el movimiento Poesia Pau-Brasil,
dentro del marco del modernismo artístico y literario brasileño. Oswald de Andrade escribió el «Manifesto da Poesia Pau-
a p r es en t a m co m o o r g u lh o na ci o na l. E s t ã o d a d a s a s c a r t a s . De um la d o ,
Brasil» en 1924 y un año más tarde publicó el poemario Pau-Brasil en la editorial parisina Au Sans Pareil.
2
En registro coloquial pau (palo) es jerga para pene.
o B r a s i l pa tr i a r ca l, o Br a si l d a Co r te , o Br a s il c o r d ia l, o Br a s il c o r o nel. como orgullo nacional. La suerte está echada. Por un lado, el Brasil patriarcal, el
De o u t r o , co r po f e m i ni no g e r a d o r , s a ng uíneo , s ubj ug a d o , s ilenc ia d o Brasil de la Corte, el Brasil cordial, el Brasil coronel. Por el otro, el cuerpo femenino
hi s t o r i c a m e nte . D i a a d i a , no ssa h i stó r ia , no s s o s c o r po s e no s s o s s ilênc io s reproductor, sanguíneo, históricamente subyugado y silenciado. Día tras día, nuestra
s ã o p o s t o s i nsi ste nte m e nte e m co nf r o nt o pela po et a . Enq ua nt o o c ic lo historia, nuestros cuerpos y nuestros silencios son enfrentados, con insistencia, por la
m en s t r u a l, e str u tu r a d o li v r o , o r g a ni z a a po s s ibilid a d e d a vid a , o po ema poeta. Mientras el ciclo menstrual estructura del libro, organiza la posibilidad de vida,
m o s t r a a r e a li d a d e d a m u lh e r br a si le i r a : el poema muestra la realidad de la mujer brasileña:
“D I A 7 . N O M E D O P AI DÍ A 7 . NO M B R E DE L P A DR E
D a f i lh a d o co r o ne l de l a hi ja de l c orone l
nã o se co nh e ce o no m e no se c onoc e e l nombre
S ó o d o te e a d a ta ” sol o e l dot e y l a da t a
O po e m a pr o sse g u e , co m d e d i c a ç ã o e ir ô nic a a c uid a d e, t ec end o E l poe ma si gue , c on de di c a c i ón e i róni c a i mport a nc i a , t e ji e ndo t re s hilo s
3 fi o s qu e d e f i ne m a te x tu r a d e S a ngr ia : a his t ó r ia /po lít ic a ; o c o r po / q ue de fi ne n l a t e xt ura de S a ngrí a : l a hi st ori a -pol í t i c a , e l c ue rpo-orga ni smo que
o r ga n i s mo g e r m i na nd o e a te i a d e v i o lênc ia s o per a nt e na f o r ma ç ã o d a s ge rmi na y l a t ra ma de v i ol e nc i a a c t i v a e n l a forma c i ón de subje t i v i da de s fe men in as.
s u b j et i vi d a d e s f e m i ni na s. E ste te ce r , d e s envo lvid o lir ic a ment e no s c a pít ulo s E st e t e ji do, de se nv ue l t o l í ri c a me nt e e n l os c a pí t ul os 2_ De sc ubri mi e nt os y 3 _ Ten sió n
2_Des c o br i m e nto s, e 3 _ T e nsã o P r é - M e ns t r ua l, d es c r evem a c o ns t r uç ã o d e P re me nst rua l , de sc ri be l a c onst ruc c i ón de i nfi ni t a s c a pa s de i de nt i da de s supe rpuestas
i n fi n i t a s ca m a d a s d e i d e nti d a d e s su pe rpo s t a s e d es a linha d a s , s ã o o po nt o y de sa l i ña da s. S on e l a poge o de l t ra ba jo de Lui za . E s una a rt i c ul a c i ón difícil,
a l t o do t r a ba lh o d e L u i z a . É u m a a r ti cula ç ã o d if íc il, a r r is c a d a , ma s q ue a rri e sga da , pe ro q ue a q uí se re sue l v e gra c i a s a su c ompromi so e st é t i c o y a l mismo
é r es o l vi d a a q u i po r u m co m pr o m e ti ment o es t ét ic o , a ind a q ue po lít ic o , t i e mpo pol í t i c o, ba st a nt e e v i de nt e .
b a s t a n t e e v i d e nte .
De re pe nt e , si n pre v i o a v i so, a l re c orre r e l c a pí t ul o «T e nsi ón P re me nstr ual»,
De repente, sem aviso prévio, ainda no capítulo Tensão Pré- un ma l e st a r. A pa rt i r de l dí a v e i nt i uno de l c a l e nda ri o, c on e l subt í t ul o «V é rt i go », al
Menstrual, um estranhamento. A partir do dia 21 do calendário, com o c ont ra ri o de l o q ue se e spe ra de sde e l punt o de v i st a fi si ol ógi c o –son l a s v í sper as de
subtítulo “Vertigem”, ao contrário do que se poderia esperar do ponto de vista l a me nst rua c i ón o l a c onfi rma c i ón de un e mba ra zo–, e l t ono y e l t i e mpo de S an gr ía
fisiológico que seria a antevéspera da menstruação ou a confirmação de uma c a mbi a n a brupt a me nt e , c omo si a l gún a c c i de nt e gra v e hubi e ra i nt e rrumpi d o un a
gestação, o tom e o tempo de Sangria mudam abruptamente, como se algum l ógi c a , un de sa rrol l o e n proc e so.
acidente grave houvesse interrompido uma lógica, um desenrolar em processo.
H e a q uí e l v é rt i go, t a l c omo se de sc ri be e n e l dí a v e i nt i uno:
E i s a v e r ti g e m ta l q u a l d e scr i ta no d ia 21:
“de sde a rri ba
“Do planalto a ri a dna obse rv a
ariadne observa l os l a be ri nt os
os labirintos mi not a uros
minotauros se pi e rde
se perde una l í ne a re c t a se ov i l l a
uma linha reta vira novelo l a t ra ge di a -nov e l a ”
a tragédia-novela”
A pa r ti r d a í , o te m po se e m b a r a lha , o s d ia s s e c o nf und em, o c ic lo A pa rt i r de a hí e l t i e mpo se a gi t a , l os dí a s se c onfunde n, e l c i c l o se par te en
s e p a r t e e m d e sco nti nu i d a d e s. A po e t a -t ec elã c ed e lug a r pa r a a po et a - i nt e rrupc i one s. La poe t a -t e je dora c e de su l uga r a l a poe t a -i nsurge nt e . E l l i ri smo n o es
i n s u r gen te . O li r i sm o nã o é a e sco lh a ma is a d eq ua d a pa r a a ur g ênc ia d a l a opc i ón má s a de c ua da pa ra l a urge nc i a de l a hi st ori a prot a goni st a de me di ado s de
hi s t ó r i a q u e g a nh a a ce na e m m e a d o s d e 20 13. Ent r a m, na a r ena , a s a r ma s 2013 . E nt ra n e n c a mpo l a s a rma s de l sl a m, l a c ont unde nc i a de l a ora l i da d, e l estilo y
do s l a m , a co ntu nd ê nci a d a o r a li d a d e , o es t ilo e r it mo s ma is d ir et o s , t ã o l os ri t mos má s di re c t os, t a n rá pi dos c omo l a s not i c i a s de l os di a ri os, doc umen tales,
r á p i do s q u a nto no tí ci a s d e jo r na l, d o cument a l, int er pela t ivo . i nt e rpe l a nt e s.
A e str u tu r a d o po e m a ta m b é m s o f r e c o r t es : no lug a r d a s eq uênc ia La e st ruc t ura de l poe ma t a mbi é n sufre c ort e s: e n e l l uga r de l a suc esió n de
do s di a s co m o pr e v ê a f i si o lo g i a d o ci cl o , ent r a m a s pílula s (q ue imped em l os dí a s, t a l c omo pre v é l a fi si ol ogí a de l c i c l o, e nt ra n l a s pa st i l l a s ( q ue i mp iden la
a c o n c ep çã o ) . O m o v i m e nto d o o r g a ni s mo é int er r o mpid o , o mo viment o c onc e pc i ón) . E l mov i mi e nt o de l orga ni smo se v e i nt e rrumpi do; e l mov i mi e nt o de la
da hi s t ó r i a i nte r d i ta d o . O u tr a po é ti ca , o ut r o mo ment o po lit ic o . Mo ment o hi st ori a , c l a usura do. O t ra poé t i c a , ot ro mome nt o pol í t i c o. M ome nt o t e nso, urgen te, en
t en s o , u r g e nte , no q u a l “co r d i a li d a d e é f o lc lo r e”, c o mo a vis a a po et a e l q ue l a «c ordi a l i da d e s fol c l ore » , c omo di c e , e xpl í c i t a me nt e , l a poe t a , de t e rmin ada
ex p l i c i t a me nte d e te r m i na d a e m m o str ar “a his t ó r ia à c o nt r a pelo ”. a most ra r «l a hi st ori a a c ont ra pe l o» .
V e r so s cu r to s co m o so co s, so no r id a d e r o uc a q uer end o inva d ir V e rsos c ort os c omo gol pe s, a rmoní a ronc a q ue q ui e re i nv a di r e l espacio
o es p a ç o pú b li co . N ã o h á a q u i a e spe r a nç a imed ia t a , s ó a s a ng r ia , s ó o públ i c o. A q uí no ha y e spe ra nza i nme di a t a , sol o sa ngrí a , sol o sa ngra r. I nt e rrupcio n es
s a n gr a m e nto . I nte r r u pçõ e s d a h i stó r i a e d a vid a . de l a hi st ori a y de l a v i da .
Sangria não é apenas mais um livro de poemas, Sangria é um projeto literário Sangría no es sólo un libro de poemas, Sangría es un proyecto literario sobre
sobre a História do Brasil vista pelas entranhas de uma feminista contemporânea. la historia de Brasil, vista desde las entrañas de una feminista contemporánea. Digo
proyecto, porque el grito que Sangría hace resonar en ecos, no sólo se siente en las páginas
D i g o pr o je to , po r q u e o g r i to que S a ng r ia f a z ec o a r nã o s e r ea liza impresas de este libro, escrito por una actriz-poeta-performer. Cualquiera de sus versos
a p en a s na pá g i na s i m pr e ssa s d e ste li vr o es c r it o po r uma a t r iz-po et a - revela el deseo de saltar de la página, pide sonido, pide movimiento, pide imagen, pide,
p er fo r m e r . Q u a lq u e r v e r so a q u i r e v e la o d es ej o d e s a lt a r d a pá g ina , ped e sobre todo, acción. Así como el lenguaje, la edición del libro también presentó demandas
s o m , p ede m o v i m e nto , pe d e i m a g e m , pe d e, s o br et ud o , a ç ã o . As s im c o mo a de expansión. Contamos con intervenciones, costuras, fotos y una webnovela.
l i n gu a gem, a e d i çã o d o li v r o ta m bé m tr o ux e d ema nd a s d e ex pa ns ã o . Temo s
i n t er ven çõ e s, co stu r a s, f o to s e u m a w e b no vela . La poesía que dialoga con la performance, y el libro que dialoga con otros
formatos, es uno de los aspectos que observé como trabajo realizado en Sangría, en el
A po e si a e m d i á lo g o co m a pe r f o r ma nc e e o livr o em d iá lo g o c o m límite de los lenguajes y las categorías. Una poesía que obtiene su fuerza estética de
o u t r a s m í d i a s é u m d o s a spe cto s d o q u e o bs er vei c o mo o t r a ba lho em Sa ng r ia posibles cruces: el paso sin temor de lo lírico a la áspera oralidad, de lo cíclico al mosaico,
n o l i m i t e d a s li ng u a g e ns e d a s ca te g o r ia s . U ma po es ia q ue t ir a s ua f o r ç a de la palabra al movimiento, de la palabra a la imagen. Contemporáneo. Impostergable.
es t ét i c a d e cr u z a m e nto s po ssí v e i s: a pa s s a g em d es t emid a d o lír ic o pa r a a
o r a l i da de á spe r a , d o cí cli co pa r a o m o s a ic o , d a pa la vr a pa r a o mo viment o , En fin, en Sangría, la nueva poesía feminista revela uno de sus mejores momentos.
da p a l a vr a pa r a a i m a g e m . Co nte m po r â n eo . Ina d iá vel.
E nf i m , e m S a ng r i a , a no v a po es ia f eminis t a s e r evela c o mo um d e
s eu s m el h o r e s m o m e nto s.
CAPÍTULO I _ GENEALOGIA
CAPÍTULO I_GENEALOGÍA
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
A C OL ON I Z A ÇÃ O CO M E ÇO U P E L O Ú T ER O LA C O LO N I Z AC I Ó N E MP E Z Ó P O R E L Ú T E R O
m a t a s vi r g e ns s el v a s v í rg en es
vi r gen s m o r ta s v í rg en es mu erta s
A C OL ONI Z A ÇÃ O F O I U M E S T U P R O LA C O LO N I Z AC I Ó N F U E U N A V I O LAC I Ó N
p edr o ej a cu la nd o - se p ed ro ey a c u lá n d ose
do m p r ec o ce d on p rec oz
deo do r o m e te nd o a e spa d a d eod oro meti en d o esp a d a
en t r e a s pe r na s en tre l a s p i ern a s
de u m a p ri nce sa ba be l d e u n a p ri n c es a b a b el 1
E l D e p a rt a m e n t o d e Ord e m e Polí t i c a S o c i al ( DO P S ) ,
c o s t a e s i l v a g e m e nd o ci nco v e z e s c os ta e s i lv a g i mi en d o c i n c o v ec es c re a d o e n 19 2 4 , fue un órg a n o d e l g ob i e rn o b r as i l eñ o p ar a
la c e n sura y la re p re si ón . A c t uó d ura n t e el E s tad o N o v o
y, m á s t a rd e , d ura n t e la d i c t a d ura m i li t ar . S u o b j eti v o
AI AI AI AI AI AY AY AY AY AY p ri n c i p a l e ra c on t rola r y re p ri m i r m ov i mi en to s p o l í ti c o s
y soc i a le s q ue se op usi e ra n a l p od e r v i g en te. Dej ó d e
fun c i on a r e n 19 8 3.
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
u m p a í s n a sce u no f u tu r o u n p a í s n a c i ó en el f u tu ro
p r o m es s a d e v i d a p romes a d e v i d a
dí vi da et e r na d eu d a etern a
em l i s t a de e spe r a en l i sta d e es p era
u m p a í s n a sce r i a o u tr o u n p a í s n a c erí a otro
s em p r e p o ssí v e l s i emp re p os i b l e
q u a s e c o n cr e to c a s i c on c reto
na instância de vir en l a i n sta n c i a d e v en i r
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
n ão à toa no e n v a no
terra é sub stan tivo femin in o t i e rra e s sust a nt i v o fe me ni no
a ela p erten ciam os homen s a e l l a pe rt e ne c í a n l os hombre s
(e n ão o con trário) ( y no l o c ont ra ri o)
n ão à toa no e n v a no
n eutralidade termin a em “o” ne ut ra l i da d t e rmi na e n “o”
(uma lín gua domin ada n ão comp orta assovios) ( una l e ngua domi na da no a dmi t e si l bido s)
n ão à toa no e n v a no
casamen to, p rop riedade c a sa mi e nt o, propi e da d
[e con stituição p arlen t le fran çais [ y c onst i t uc i ón pa rl e nt l e fr an çais
(en quan to dip lomatas in ven tavam la fratern ité ( mi e nt ra s di pl omá t i c os i nv e nt a ba n l a fr ater n ité
n avios n egreiros lotados cruz avam o atlân tico) na v í os ne gre ros a ba rrot a dos c ruza ba n el atlán tico )
n ão à toa no e n v a no
a in dep en dên cia foi forjada p or reis l a i nde pe nde nc i a fue forja da por re y es
a rep úb lica p or gen erais l a re públ i c a por ge ne ra l e s
a fome p or p ecuaristas e l ha mbre por ga na de ros
n ão à toa no e n v a no
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
(américa) ( a mé ri c a )
uma mulher n ão é um território una muje r no e s un t e rri t ori o
mesmo assim si n e mba rgo
lhe p lan tam b an deiras l e c l a v a n ba nde ra s
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
dela sus
as p ern as-vitrais pi e rna s-v i t ra l e s
descon hecem o furor de sc onoc e n e l furor
laten te fricção l a t e nt e fri c c i ón
de outras p ern as-ven ais de ot ra s pi e rna s-v e na l e s
(se ren dem somen te ( se ri nde n sol a me nt e
ao êxtase estéril a l é xt a si s e st é ri l
estético p raz er e st é t i c o pl a c e r
de uma p ietà de mármore) de una pi e t à de má rmol )
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
de u m a fi lh a d a v i r g e m d e u n a h i j a d e v i rg en
s e es p er a a te ssi tu r a a nce str a l s e es p era la tesi tu ra a n c es tra l
de l o u ç a -pe lí cu la d e v a j i l l a - p el í c u la
m u l her c o m e d i d a mu j er c omed i d a
do i r m ã o d el h erma n o
a s c ha ga s la s l l a g a s
do s er m ã o d el sermón
j á c hega y a b a sta
a n t es c r u c i f i ca r a m a pu ta a n tes c ru c i f i c a ron l a p u ta
a u m a fi l ha d a v i r g e m u n a h i j a d e v i rg en
n ã o r es t a e sco lh a n o ti en e otra op c i ón
que não q u e n o s ea
r egu r gi t a r a m ã e reg u rg i ta r l a ma d re
(s a l ve t a r si la ) ( sa l v e ta rs i la )
e r eb a t i zá - la y reb a u ti z a rla
(qu e i r o n i a ) ( q u é i ron í a )
m a r i a p a di lh a ma ri a p a d i l h a
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
n ão dá dúvida no ha y duda s
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
p r a m o c i nh a nã o le v o je i to p a ra señ ori ta n o si rv o
fa l t a m ã o me f a l ta ma n o
s o u s ei o s li v r e s s oy s en os l i b res
s em fo t o de pi la çã o s i n d ep i la c i ón l á ser
do s s a l t o s d e l os ta c os
s ó c o n heç o o s q u e f a z e m v o a r s olo sé q u e s e p u ed en d i sp a ra r
t en ho fú r i a m u i ta ten g o f u ri a mu c h a
e i n fâ m i a se m pe sa r e i n f a mi a si n p esa r
qu a n do vi r e i m o ci nh a c u a n d o me h i c e señ ori ta
m e qu er i a m a ba s me q u erí a n a l b a
p a t a s -fi n ca d a s los p i es en la ti erra
m a s s o u a v e r a pi na p ero s oy a v e ra p i ñ a
do a n j o a l á n g el
r o u b ei a s a sa s rob é la s a l a s
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
e se eu en trar y si e nt ro
descalça n a igreja de sc a l za a l a i gl e si a
o vestido man chado de suor e l v e st i do ma nc ha do de sudor
celeb raremos jun tos o p ecado de cada dia? ¿c e l e bra re mos junt os e l pe c a do de c a da día?
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
n o p es c o ç o en el c u el l o
c o l ec i o n o f r a q u e z a s c olec c i on o d eb i li d a d es
p o em a s p r a nã o e nf o r ca r p oema s p a ra n o a h orc a r
sabe s a b és
de t o da s a s a r m a s d e tod a s la s a rma s
(b r a n c a s o u nã o ) ( b la n c a s o n o)
o es p el ho é a q u e m a i s d ó i el es p ej o es la q u e má s d u el e
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
você tem a delicadez a v os t e né s l a de l i c a de za
de um açougueiro de un c a rni c e ro
que an tes de fatiar q ue a nt e s de t roza r
sep ara a carn e do osso se pa ra l a c a rne de l hue so
sab e que os láb ios sa bé s q ue l os l a bi os
é a melhor p arte son l a me jor pa rt e
de uma mulher de una muje r
que p alavras moídas q ue pa l a bra s pi c a da s
causam in digestão prov oc a n i ndi ge st i ón
e que um coração y q ue un c ora zón
dura até dois meses dura ha st a dos me se s
n o con gelador e n e l c onge l a dor
você amacia p eitos v os a bl a ndá s l omos
e troca em miúdos y l os c a mbi á s por mondongo
como quem esquece c omo q ui e n ol v i da
coz in ha len to c oc i na l e nt o
e me come de y me c ome c on
b oca fechada l a boc a c e rra da
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
vo c ê i n t eir o v os en tero
é u m p eda ço s os u n p ed a z o
r efo l ga do reh og a d o
de p a s s a do de pasado
(m a l p a s s a d o ) ( ma l p a s a d o)
s a b e de ho r m ô ni o s s a b és d e h ormon a s
em dem a s i a en d ema s í a
e a s s u n t o s ca r na i s y a s u n tos c a rn a les
vo c ê é m i n h a v os sos mi
a n em i a a n emi a
s a n gr a n do s a n g ra n d o
go t a -à -go ta g ota a g ota
na pia en l a mes a d a
c a r r ega o so nso ll ev á s l o z on z o
de u m b i fe d e so ja d e u n a mi la n es a d e soj a
o u de u m a f e i jo a d a li g h t o d e u n a f ei j oa d a li g h t
des fi a do d esa f i a d o
t e o b s er vo te ob serv o
a t en t a m ente a ten ta men te
e m a s t i go y ma s ti c o
c o m p r a ze r c on p l a c er
m a i s u m a ce no u r a cr u a otra z a n a h ori a c ru d a
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
p ediu pi di ó
que me dividisse em três q ue me di v i di e ra e n t re s
p ara a lida pa ra l a fa e na
p ara a farra pa ra l a fa rra
p ara fotografias oficiais pa ra fot ogra fí a s ofi c i a l e s
me tran cei me t e jí
tran sei c ogí
me p ediu me pi di ó
p or favor desap areça por fa v or de sa pa re c é
p or favor ob edeci por fa v or obe de c í
semp re favores si e mpre fa v ore s
semp re favores si e mpre fa v ore s
homen s cordiais assistem mma hombres cordiales se entretienen con las artes marciales
às quartas-feiras l os mi é rc ol e s
mas n ão vivem sem álcool gel pe ro no pue de n v i v i r si n a l c ohol e n gel
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
é vela es vela
mas queima feito in cên dio pe ro q ue ma c omo i nc e ndi o
é vela es vela
mas faz do mar n aufrágio-temp estade pe ro ha c e de l ma r na ufra gi o-t e mpe st ad
é vela es vela
mas só con hece destruição pe ro sol o c onoc e l a de st ruc c i ón
é velada e s v e l a da
a violên cia que irromp e l a v i ol e nc i a q ue i rrumpe
o lacre o esqueleto o afeto e l l a c re e l e sq ue l e t o e l a fe c t o
é velada e s v e l a da
a p alavra que faz do corp o l a pa l a bra q ue ha c e de l c ue rpo
mercadoria caixa b arata me rc a nc í a c a ja ba ra t a
mais uma mulher n a p rateleira una muje r má s e n l a v i dri e ra
da tua p resun ção de t u pre sunc i ón
mais uma mulher n a esteira una muje r má s e n l a c a rre ra
da tua formação de t u forma c i ón
acadêmica ou n ão a c a dé mi c a o no
ergue o p au como se fosse mastro y e rgue e l má st i l c omo si hubi e ra ba nder a
à esp era que eu me deite a l a e spe ra de q ue me a c ue st e
feito vela sem lastro he c ho v e l a si n l a st re
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
s o l t ei r a vi ú v a ca sa d a s oltera v i u d a c a sa d a
qu e i m p o r ta q u é i mp orta
m eu es t a d o ci v i l é la i co mi esta d o c i v i l es la i c o
e s eu p a r a d i g m a y tu p a ra d i g ma
arcaico a rc a i c o
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
a mão avan ça sob as cob ertas ALERTA men in as ap ressam o p asso VÁC UO o p lan o condo r assi nado
LAÇ O comercial de cerveja EJA b un das JÁ-C ULAÇ ÕE S exp ostas n os serviços P RIV A T I Z A D O S
vomita O F ATO que o amigo do p ai GÊ NIA tran s GE M IA semen te terra SE M Ê N tetra C A MPEÃ O q ue
acordos SE M P AZ de quatro ESTRELAS tratados NO P EITO ab erto À F ORÇ A militar ÀF I N C O e u f i co
À BAILA(laiada) en terrada SE M C ULP A n en huma da TEIM A D A p rova RE AL real r e a l
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
es c r evo s e u no m e nu m le nço u m e d e ci d o esc ri b o tu n omb re en u n a s erv i ll eta h ú med a en gulo seu n ome t ra go t u nombre
s a b o r fr u t a s v e r m e lh a s s a b or f ru tos roj os e regurgito todo racion alismo y re gurgi t o t odo ra c i ona l i smo
e a r r em es s o na la tr i na y la a rroj o en l a l etri n a se a morte fosse mulher si l a mue rt e fue ra muje r
u m a gi ga n te sca bo la d e ne v e tr a nsb o r d a u n a g i g a n tesc a b ola d e n i ev e tra n s b ord a n ão estaríamos em ruín as no e st a rí a mos e n rui na s
(a n t es q u e i m a q u e g e la ) ( n o h i ela má s b i en q u ema )
m er gu l ho se u no m e nu m co po d e ó le o s u merj o tu n omb re en u n v a s o d e a c ei te
s a n gr o t o d o s o s m e se s s a n g ro tod os l os mes es
e o m u n do co nti nu a e m g u e r r a y el mu n d o c on ti n ú a en g u erra
c a dei r a de r o d a s o u m u r o d e f u z i la m e nto ? ¿ s i ll a d e ru ed a s o p a red ón d e f u s i la mi en to?
a l u c i dez é h i sté r i ca la l u c i d ez es h i s téri c a
qu em ven d e a pa z nã o co nh e ce a m i sé r i a q u i en v en d e l a p a z n o c on oc e l a mi seri a
dem o n i za r a m o ó d i o d emon i z a ron el od i o
ó s en ho r es d e b e m los señ ores d e b i en
m a i s m e r e pu g na a co m pa i x ã o d o s a m b i ci o s o s má s me rep u g n a la c omp a s i ón d e l os a mb i c i os os
a fi l a n t r o pi a co lo r i d a d e u m ch e q u e pa r a la f i l a n trop í a c ol ori d a d e u n c h eq u e p a ra i n f a n tes
c r i a n ç a s c a r e nte s c a ren tes
M I N HA B UCE T A É U M CO R A ÇÃ O MI C O N C H A E S U N C O R AZ Ó N
M I N HA B UCE T A P U L S A MI C O N C H A LAT E
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
soz in ha sol i t a
p en élop e desfia pe né l ope de shi l a
desafia de sa fí a
(ab utres, o filho, a multidão) ( bui t re s, e l hi jo, l a mul t i t ud)
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
“B ra si l v e nc e o E q ua dor na e st re i a de B ra si l v e n c e a E c ua d or e n e l d e b ut d e T i te en
T i t e na e l i mi na t óri a da C opa ” la s E li m i n a t ori a s p a ra el M u n d i al
( J orna l Na c i ona l ) ( J orn a l N ac i o n al )
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
n o ho r i zo nte en el h ori z on te
a l i n ha r eta a pa g a d a la l í n ea rec ta b orra d a
n o s s a t er r a n u es tra ti erra
c o m b a l a a li nh a v a d a c on b a l a h i l v a n a d a
a b a l a n a a g u lh a la b a la en la a g u j a
a gu l ha n a li nh a a g u j a en l a l í n ea
s em p r e r et a s i emp re rec ta
a l c a n ç a a me ta a lc a n z a l a meta
m et r a l ha do r a a metra ll a d ora
no tórax en el tóra x
qu e n ã o é a lv o q u e n o es b la n c o
s et a f lec h a
c er t a a r es po sta c orrec ta la res p u esta
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
“P i t bul l gi ga nt e de um a no e me i o pe sa Pi t b ull g i g a n t e d e un a ñ o y m e d i o p es a 7 9 k g
7 9k g e c ont i nua c re sc e ndo” y c on t i n úa c r ec i en d o
( G 1.gl obo) (G 1 . g l o b o )
eram temp os de muito ódio e ferrugem an tiga e ra n t i e mpos de muc ho odi o y he rrum br es an tiguas
eram temp os de muito grito e p ouca voz e ra n t i e mpos de muc ho gri t o y poc a v o z
eram temp os de ritalin a amn ésia e asp irin a e ra n t i e mpos de ri t a l i na a mne si a y a s pir in a
eram tempos de roleta-russa, guerra fria requentada e ra n t i e mpos de rul e t a -rusa , gue rra fr ía r ecalen tada
como se miami fosse terra p rometida c omo si mi a mi fue ra t i e rra prome t i da
e cub a a p raga in festada y c uba l a pl a ga i nfe c t a da
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
c o n t r a di ç ã o ta m a nh a c on tra d i c c i ón ta ma ñ a
s ó vi n a a l e m a nh a s olo v i en a l ema n i a
a n t r o de b e ste i r a a n tro d e b es ti a l i d a d
ver s ã o a t ua li z a d a v ers i ón a c tu a li z a d a
do en s a i o d a ce g u e i r a o en sa y o sob re l a c eg u era
i s s o é m a i s q u e to m a r pa r ti d o má s q u e toma r p a rti d o
é tomar coragem esto es toma r c ora j e
de en fr en ta r a cr u z e a b a la p a ra en f ren ta r c ru c es y b a l a s
da s u a b a nca d a m i li o ná r i a d e su b a n c a mi l l on a ri a
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
n ã o p o r el d o u r a d o ( e l d o r a d o o u e ld o r a do ? ) n o p or el d ora d o
p el o m a s s a cr e d o s r i b e i r i nh o s p or l a ma sa c re d e ri b ei ri n h os
p o r c a n u do s o u ca r a já s p or c a n u d os o c a ra j á s
p el o fi m da v i o lê nci a p or el f i n d e la v i olen c i a
(s a i p o l í c ia m i li ta r ) ( f i n d e la p oli c í a mi l i ta r)
m a s p o r de u s p ero p or d i os
o b r a n c o d e lo ng a s ba r ba s el b la n c o d e la rg a s b a rb a s
qu e i n ves te d i nh e i r o e u sa f a r d a q u e i n v i erte d i n ero y u s a u n i f orme
p el a m i n ha e spo sa ca v i a r p or mi es p osa c a v i a r
b el a , r ec a t a d a e d ó la r b ell a , rec a ta d a y d ól a r
n ã o p el o fi m d a m i sé r i a n o p or el f i n d e la mi seri a
qu a l q u er pr o po sta sé r i a c u a l q u i er p rop u esta s eri a
p el a s ér i e d e ch a ci na s e r e pr e ssã o p or l a seri e d e ma ta n z a s y rep res i ón
p el o s i n dí g e na s p or l os i n d í g en a s
vi da s m a i s d i g na s v i d a s má s d i g n a s
não no
p el a s m i n h a s i nsí g ni a s p or mi s i n si g n i a s
p el o m eu p o v o p or mi p u eb l o
c o m o s e fo sse m r e i s c omo s i f u era n rey es
a r m a do s d e co r v o a rma d os d e p u ñ a l
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
desde o começo foi uma questão de grafia de sde e l c omi e nzo fue c ue st i ón de gra f ía
como se a lín gua c omo si l a l e ngua
my motherlan d is my ton gue my mot he rl a nd i s my t ongue
n ão sup ortasse a in versão vocálica no soport a ra l a i nv e rsi ón v oc á l i c a
o toque suave n o p alato mole e l t oq ue sua v e e n e l pa l a da r bl a ndo
o desliz ar triste p or en tre den tes e l de sl i za r t ri st e e nt re l os di e nt e s
da letra “a” l a l e t ra “a ”
sorry sorry
/ ei/ /e i /
desde o começo foi uma questão de falar correto de sde e l c omi e nzo fue c ue st i ón de ha blar bien
p erfect accen t p erfect gramar pe rfe c t a c c e nt , pe rfe c t gra ma r
uma questão de w hisky – b ook on the tab le una c ue st i ón de w hi sk y – book on t he table
or vermouth carp an o p un t or v e rmout h c a rpa no punt
desde o começo foi uma questão de verb ete de sde e l c omi e nzo fue c ue st i ón de a pun te
de rigor acadêmico uma questão de classe de ri gor a c a dé mi c o una c ue st i ón de c l ase
semân tica semán tica
(of course) (o f co ur se)
after all como deixar uma mulher comandar o país After all, ¿cómo permitirle a una mujer comandar el país
se “p residen tA” n ão existe? si «pre si de nt A » no e xi st e ?
CAPÍTULO 5 _ OVULAÇÃO
CAPÍTULO 5 _ OVULACIÓN
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
DIA 26. PERÍODO FÉRTIL (2002-2013) D ÍA 26. P ERÍOD O FÉRTIL (200 2- 20 13)
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
n ão no
n ão quero “limp ar as veias” no q ui e ro «l i mpi a r mi s v e na s»
vá emb ora com seu b istori sa l í de a c á c on e se bi st urí
luvas b ran cas cortan do o map a gua nt e s bl a nc os q ue c ort a n e l ma pa
joão b ap tista de larcerda joã o ba pt i st a de l a c e rda
con struin do a europ a aqui c onst ruy e ndo e uropa a q uí
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
en t ã o en ton c es
qu a n do vi r e s m e u co nto r no c u a n d o v ea n mi si l u eta
es t en di do no ch ã o exten d i d a en el su el o
c o m em o r em f estej en
Luiz a Romão é p oeta, atriz e slammer. Nasceu Lui za R omã o e s poe t a , a c t ri z y sl a mme r. Nació en 1 992
em 19 9 2, em Rib eirão P reto, e mora em São e n R i be i rã o P re t o. V i v e e n S a n P a bl o de sde lo s diecisiete
P aulo desde os dez essete. E m 201 4, p ub licou a ños. E n 2014 publ i c ó su pri me r l i bro, C oq uetel Mo to lo ve.
seu p rimeiro livro, C oquetel M otolove. E s l e oni na e hi nc ha i mpl a c a bl e de l P a l me i ras.
É leon in a e p almeiren se con victa. C ont a c t o: l ui za roma o8 @ gma i l .c om
C on tato: luiz aromao8 @gmail.com
sangria foi composto em bodoni 72 oldstyle 10,
e impresso na gráfica psi7 em julho de 2017
em papel pólen 90g/m 2 para o selo do burro.