Você está na página 1de 116

à O

OM
R ÍA A R
N G IZ
LU
SA
LUIZA ROMÃO
SANGRÍA LUIZA ROMÃO

DOBURRO, 2017
©2017 LUIZA ROMÃO DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
todos os direitos estão liberados para reprodução não comercial. qualquer (CÂMARA BRASILEIRA DO LIVRO, SP, BRASIL)
parte desta obra pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer meio ou
forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação, etc. desde que não
tenha objetivo comercial e seja citada a fonte (autor e editora). Romão, Luiza Sousa
Sangria = Sangría / Luiza Sousa Romão; [fotografia Sérgio Silva; tradução
Martina Altalef]. -- 1. ed. -- São Paulo: Edição do Autor: Selo do Burro, 2017.
Fotografia|Fotografía: Sérgio Silva
Edição bilíngue: português/espanhol.
Design|Diseño: Daniel Minchoni ISBN: 978-85-919292-1-4 (Luiza Sousa Romão)

Revisão (português)|Revisión (portugués): Fernanda Pereira 1. Brasil - História - Poesia 2. Ensaios fotográficos 3. Feminismo
4. Identidade brasileira 5. Poesia brasileira I. Silva, Sérgio. II. Título. III. Título: Sangría.
Tradução|Traducción: Martina Altalef 17-06718 CDD-869.1

Revisão (espanhol)|Revisión (español): Juliana Mariel Diaz Índices para catálogo sistemático: 1. Poesia : Literatura brasileira 869.1
PAR A AR MINDA E BERE NIC E
PREFÁCIO: HELOISA BUARQUE DE HOLLANDA

L u iza R o m ã o a v i sa lo g o d e iníc io : nã o pur if iq uem o meu s a ng ue,


n ã o q u e r o q u e li m pe m m i nh a s v e ia s . Minha s a ng r ia , eu mes ma pr o d uzo .

B em, e sta m o s d i a nte d e uma po et a q ue q uer a t ua r no limit e. Melho r ,


n o li m i te m á x i m o . D a po lí ti ca , d a ling ua g em, d a per f o r ma nc e s ubj et iva .
Vo lta r e i a e sse s po nto s m a i s à f r e nt e.

A g or a , q u e r o f a la r so br e minha pr imeir a s ens a ç ã o d ia nt e d e


L ui z a e d e su a po e si a . S i nto L uiza c o mo uma ex pr es s ã o a bs o lut a ment e
c o nte m po r â ne a d a h i stó r i a e d a c ult ur a ind ig na d a e c o mpr o met id a c o m a
p o lí ti ca e sté ti ca d e sta se g u nd a d éc a d a d o s éc ulo XXI.

L u iza e scr e v e e i nte r v é m ho j e, s o br e ho j e. At ua c o m f o r ç a e t a mbém


c o m d i sf a r ça d a d e li ca d e z a .

Sã o v á r i a s a s f o r m a s co mo es t e t r a ba lho po d e s er lid o e s ent id o .


E s co lh o o d e u m a e sté ti ca m i li ta nt e, ino va d o r a e r a d ic a l. Em j o g o , es t ã o o
c o r po , a h i stó r i a e se u s i nté r pr e tes e a f a lt a d e a r , num d o s ma is c o mplex o s
m o m e nto s po lí ti co s d o pa í s. N o f und o , um a g it a d o j o g o d e s o mbr a s q ue
p r o je ta m f o r m a s d e co lo ni z a çã o vio lent a s e o pr es s o r a s , per pet ua nd o -s e
n u m e te r no f lu x o e r e f lu x o .

O r i tm o d e ste tr a ba lh o se c umpr e a pa r t ir d a ló g ic a d e um c a lend á r io


qu e d e scr e v e , co m d i f e r e nte s i ntens id a d es na r r a t iva s , o s 28 d ia s d o c ic lo
m e nstr u a l q u e co nd u z e m o ó v u lo a s ua s f a s es d ec is iva s pa r a a r epr o d uç ã o
PREFACIO: HELOISA BUARQUE DE HOLLANDA

Luiza Romão nos advierte desde el principio: no purifiquen mi sangre, no


q ui e r o qu e l i m p i e n m i s ve na s . Y o m i s ma p rod u z c o mi s a n g rí a .

Bien, estamos frente a una poeta que quiere actuar al límite. Mejor dicho,
al l í m i t e e x t r e m o . D e l a p o l í t i c a , d e l l e n g u a j e , d e l a p e r f o r m a n c e s u b j e t i v a . R e t o m a r é
esto s p u nt o s m á s a de l a nt e .

Ahora quiero hablarles sobre mi primera sensación frente a Luiza y


su p o e s í a . S i e n t o q u e L u i z a e s u n a e x p r e s i ó n a b s o l u t a m e n t e c o n t e m p o r á n e a d e l a
his t o r i a y l a cu l t u r a , i ndi g na da y c omp rometi d a c on la p olí ti c a estéti c a d e es ta
seg u n d a d é c a d a d e l s i g l o X X I .

Luiza escribe e interviene en el presente y sobre el presente. Actúa con


fuer z a y, t a m b i é n, co n di s f r a z a da del i c a d ez a .

Son varias las formas en que puede leerse y sentirse este trabajo. Opté por
la de l a e s t é t i ca r a di ca l , m i l i t a nt e e i n n ov a d ora . E s tá n en j u eg o el c u erp o, la h i stori a ,
sus i n t é r p r e t e s y l a f a l t a d e a i r e e n u n o d e l o s m o m e n t o s p o l í t i c o s m á s c o m p l i c a d o s
de B r a s i l . E n e l f o n d o , u n j u e g o a g i t a d o d e s o m b r a s , q u e p r o y e c t a n f o r m a s v i o l e n t a s
y op r e s o r a s de co l o ni z a ci ó n, y s e p e r p etú a n en u n etern o f lu j o y ref lu j o.

El ritmo de este trabajo se define a partir de la lógica de un calendario,


que describe, con diferentes intensidades narrativas, los veintiocho días del ciclo
menstrual que conducen el óvulo a sus fases decisivas para la reproducción de la vida:
el embarazo o la menstruación. Este es, más o menos, el camino de Sangría, se desliza
da v i d a : a g r a v i d e z o u a m e nstr ua ç ã o . É ma is o u meno s es t e o c a minho d e
S a ng r i a , q u e d e sli z a e m d i r e çã o a um f ina l inc er t o , q ue t a nt o po d er á s er d e
c o nstr u çã o o u d e pe r d a .

F oi a ssi m q u e a tr a v e sse i o s po ema s d e Sa ng r ia .

A h i pó te se d o pr o je to é per ig o s a . Dif íc il. Po d e nã o d a r c er t o .

Nas palavras da autora, “com este trabalho, procuro desvendar como


a colonização, seus mecanismos exploratórios, repressões e golpes de estado,
construíram sentidos do feminino, absolutamente silenciados e apagados”.

O caminho eleito foi o de ativar um processo de tecer contínuo


(à moda das mulheres bordadeiras e tecelãs), entre o ciclo menstrual,
ou seja, o organismo feminino a partir de sua potência reprodutiva e a revisita
a episódios opressores da história brasileira. São 28 poemas/dias, revelações,
ritos de passagem, insights políticos/históricos, dores, sangue. Sangria.

J á q u e su bli nh e i a f o r te pr es enç a d o et ho s po lít ic o d o per ío d o pó s


j u nh o d e 2 0 1 3 co r r e nd o na s v e i a s d es s a po es ia , a lg uns pr o c ed iment o s s e
desta ca m . I ni ci a lm e nte , ch a m o a tenç ã o pa r a o t r a ba lho a r t ís t ic o q ue ut iliza
p r i o r i ta r i a m e nte o o r g a ni sm o /co r po d a mulher , lo c us , po r ex c elênc ia , d a
m a ni f e sta çã o e cr i a çã o d e ssa no v a g er a ç ã o f eminis t a .

Esse mesmo corpo feminino, milenarmente construído e controlado


por uma perspectiva e sensibilidade masculinas, que agora volta, vigoroso,
como plataforma mais adequada para a expressão e o enfrentamento feministas.

N ã o é po r a ca so , q u e o s pr imeir o s ver s o s d e Sa ng r ia r eg is t r a m
u ma i m po ssi bi li d a d e d e e scr e v e r a pa la vr a br *+^%. Ta nt o a po et a q ua nt o
“ a ca ne ta / nu m a to d e le g í ti m a r evo lt a ” t ent a m em vã o a c er t a r a g r a f ia
do no m e Br a si l. A lg u ns e r r o s d epo is , f ina lment e, vem à t o na a r a zã o
dessa i m po ssi bi li d a d e . Q u e si g n if ic a d o s s ug er e, um pa ís q ue, no pr ó pr io
n o m e , ca r r e g a u m sí m bo lo f á li co (pa u-br a s il)? Nes t a pis t a , o s pr imeir o s
ver so s d o po e m a se a tê m a o e x a me d a g enea lo g ia d o no me d e no s s o pa ís ,
i r r e m e d i a v e lm e nte v i ncu la d o à e xpr es s ã o pa u: “pa la vr a mer c a d o r ia Br a s il”,
“ pa u d e a r a r a ”, “pa u q u e e stu pra ”, “pa u d e s ebo ” e o ut r o s t a nt o s q ue s e
a pr e se nta m co m o o r g u lh o na ci o na l. Es t ã o d a d a s a s c a r t a s . De um la d o ,
en dirección a un final incierto, que puede ser tanto de construcción, como de pérdida.

A s í f u e qu e cr u cé l o s p o e m a s d e S a n g rí a .

La hipótesis del proyecto es peligrosa. Difícil. Puede fallar.

Cito a la autora: «con este trabajo busco descubrir cómo la colonización,


sus m e ca ni s m o s a b u s i vo s , r e p r e s i o ne s y g ol p es d e esta d o c on stru y eron l os s en ti d os d e
lo f e m e ni no , a b s o l u t a m e nt e s i l e nci a dos y b orra d os» .

El ca m i no e l e g i do co ns i s t e en a c ti v a r u n p roc es o d e tej i d o c on ti n u o ( a
la m o d a d e b o r d a d o r a s y c o s t u r e r a s ) e n t r e e l c i c l o m e n s t r u a l , o s e a , e l o r g a n i s m o
fem e n i n o a p a r t i r d e s u c a p a c i d a d r e p r o d u c t o r a , y l a r e v i s i ó n d e e p i s o d i o s o p r e s o r e s
de l a h i s t o r i a b r a s i l e ñ a . S o n v e i n t i o c h o p o e m a s - d í a s , r e v e l a c i o n e s , r i t o s d e p a s a j e ,
in s i g ht s p o l í t i co -hi s t ó r i co s , do l o r e s , s a n g re, S a n g rí a .

Como ya resalté, una fuerte presencia del ethos político del período
po s t j u n i o d e 2 0 1 3 c o r r e p o r l a s v e na s d e e s t a p o e s í a , y e n e s t e p u n t o s e d e s t a c a n
alg u n o s p r o c e d i m i e n t o s . E n p r i m e r l u g a r , a c e n t ú o e l t r a b a j o a r t í s t i c o q u e u t i l i z a ,
pri o r i t a r i a m e n t e , e l c u e r p o - o r g a n i s m o d e l a m u j e r , l o c u s p o r e x c e l e n c i a d e l a
ma n i f e s t a c i ó n y c r e a c i ó n d e l a n u e v a g e n e r a c i ó n f e m i n i s t a .

Ese mismo cuerpo femenino, milenariamente construido y controlado por


un a p e r s p e c t i v a y s e n s i b i l i d a d m a s c u l i n a s , a h o r a v u e l v e v i g o r o s o , c o m o e l e s c e n a r i o
má s a de cu a do p a r a l a e x p r e s i ó n y e l en f ren ta mi en to f emi n i sta s .

No es casualidad que los primeros versos del poema registren una imposibilidad
de escribir la palabra br*+^%. Tanto la poeta, cuanto la «lapicera / en acto de legítima
revolución» intentan, en vano, acertar la grafía del nombre Brasil. Después de algunos
errores, finalmente, surge la razón de esa imposibilidad. ¿Qué significados sugiere un
país que, en su propio nombre, carga un símbolo fálico (pau-brasil 1 2 )? En esta pista,
los primeros versos del poema se reservan al examen de la genealogía del nombre de
nuestro país, irremediablemente vinculado a la expresión pau: «palabra mercancía

1
El pau-brasil es un árbol de madera rojiza autóctono del bosque atlántico brasileño, que se distribuye a lo largo de diecisiete
estados. Su explotación y exportación a Europa, mediante el monopolio de la corona portuguesa, fue determinante para
la economía brasileña durante el período colonial. El siglo XX encontró a esta especie en peligro de extinción como
consecuencia de su tala excesiva. A partir de ello, comenzó a constituirse como símbolo cultural e identitario de una
«brasilidad» perdida, vulnerada. En sintonía, fue trabajado literariamente por el movimiento Poesia Pau-Brasil, dentro
del marco del modernismo artístico y literario brasileño. Oswald de Andrade escribió el «Manifesto da Poesia Pau-Brasil»
en 1924 y un año más tarde publicó el poemario Pau-Brasil en la editorial parisina Au Sans Pareil. (Nota de la traductora)
2
En registro coloquial pau (palo) es jerga para pene. (Nota de la traductora)
o B r a si l pa tr i a r ca l, o Br a si l d a C o r t e, o Br a s il c o r d ia l, o Br a s il c o r o nel.
De o u tr o , co r po f e m i ni no g e r a d o r , s a ng uíneo , s ubj ug a d o , s ilenc ia d o
hi s to r i ca m e nte . D i a a d i a , no ssa his t ó r ia , no s s o s c o r po s e no s s o s s ilênc io s
s ã o po sto s i nsi ste nte m e nte e m c o nf r o nt o pela po et a . Enq ua nt o o c ic lo
m e nstr u a l, e str u tu r a d o li v r o , o r g a niza a po s s ibilid a d e d a vid a , o po ema
m o str a a r e a li d a d e d a m u lh e r b r a s ileir a :

“ DI A 7 . N O M E DO PAI
da f i lh a d o co r o nel
n ã o se co nh e ce o no me
só o d o te e a d a t a

O po e m a pr o sse g u e , co m d ed ic a ç ã o e ir ô nic a a c uid a d e, t ec end o


3 f i o s q u e d e f i ne m a te x tu r a d e S a ng r ia : a his t ó r ia /po lít ic a ; o c o r po /
o r g a ni sm o g e r m i na nd o e a te i a d e vio lênc ia s o per a nt e na f o r ma ç ã o d a s
s u b je ti v i d a d e s f e m i ni na s. E ste te cer , d es envo lvid o lir ic a ment e no s c a pít ulo s
2_ D e sco br i m e nto s, e 3 _ T e nsã o P r é-Mens t r ua l, d es c r evem a c o ns t r uç ã o d e
i n f i ni ta s ca m a d a s d e i d e nti d a d e s s uper po s t a s e d es a linha d a s , s ã o o po nt o
a l t o d o tr a b a lh o d e L u i z a . É u ma a r t ic ula ç ã o d if íc il, a r r is c a d a , ma s q ue
é r e so lv i d a a q u i po r u m co m pr o met iment o es t ét ic o , a ind a q ue po lít ic o ,
b a sta nte e v i d e nte .

De repente, sem aviso prévio, ainda no capítulo Tensão Pré-


Menstrual, um estranhamento. A partir do dia 21 do calendário, com o
subtítulo “Vertigem”, ao contrário do que se poderia esperar do ponto de vista
fisiológico que seria a antevéspera da menstruação ou a confirmação de uma
gestação, o tom e o tempo de Sangria mudam abruptamente, como se algum
acidente grave houvesse interrompido uma lógica, um desenrolar em processo.

E is a v e r ti g e m ta l q u a l d es c r it a no d ia 21:

do planalto
ariadne observa
os labirintos
minotauros
se perde
uma linha reta vira novelo
a tragédia-novela
Brasil», «pau-de-arara», «palo que viola», «pau-de-sebo» y otros tantos que se presentan
como orgullo nacional. La suerte está echada. Por un lado, el Brasil patriarcal, el
Brasil de la Corte, el Brasil cordial, el Brasil coronel. Por el otro, el cuerpo femenino
reproductor, sanguíneo, históricamente subyugado y silenciado. Día tras día, nuestra
historia, nuestros cuerpos y nuestros silencios son enfrentados, con insistencia, por la
poeta. Mientras el ciclo menstrual estructura del libro, organiza la posibilidad de vida,
el poema muestra la realidad de la mujer brasileña:

D ÍA 7 . N OM BRE DE L P ADR E
de l a hi j a de l co r o n el
no s e co no ce e l no mb re
s o l o e l do t e y l a d a ta

El poema sigue, con dedicación e irónica importancia, tejiendo tres hilos


que d e f i n e n l a t e x t u r a d e S a n g r í a : l a h i s t o r i a - p o l í t i c a , e l c u e r p o - o r g a n i s m o q u e
ger m i n a y l a t r a m a d e v i o l e n c i a a c t i v a e n l a f o r m a c i ó n d e s u b j e t i v i d a d e s f e m e n i n a s .
Est e t e j i d o , d e s e n v u e l t o l í r i c a m e n t e e n l o s c a p í t u l o s 2 _ D e s c u b r i m i e n t o s y 3 _ T e n s i ó n
Pre m e n s t r u a l , d e s c r i b e l a c o n s t r u c c i ó n d e i n f i n i t a s c a p a s d e i d e n t i d a d e s s u p e r p u e s t a s
y desaliñadas. Son el apogeo del trabajo de Luiza. Es una articulación difícil,
arr i e s g a d a , p e r o q u e a q u í s e r e s u e l v e g r a c i a s a s u c o m p r o m i s o e s t é t i c o y a l m i s m o
tiem p o p o l í t i co , b a s t a nt e e vi de nt e .

De repente, sin previo aviso, al recorrer el capítulo «Tensión Premenstrual»,


un m a l e s t a r . A p a r t i r d e l d í a v e i n t i u n o d e l c a l e n d a r i o , c o n e l s u b t í t u l o « V é r t i g o » , a l
con t r a r i o d e l o q u e s e e s p e r a d e s d e e l p u n t o d e v i s t a f i s i o l ó g i c o – s o n l a s v í s p e r a s d e
la m e n s t r u a c i ó n o l a c o n f i r m a c i ó n d e u n e m b a r a z o – , e l t o n o y e l t i e m p o d e S a n g r í a
cam b i a n a b r u p t a m e n t e , c o m o s i a l gú n a c c i d e n t e g r a v e h u b i e r a i n t e r r u m p i d o u n a
lóg i ca , u n de s a r r o l l o e n p r o ce s o .

H e a qu í e l vé r t i g o , t a l co m o se d esc ri b e en el d í a v ei n ti u n o:

de s de a r r i b a
a r i a dna o b s e r va
l o s l a b e r i nt o s
m i no t a u r o s
s e p i e r de
u na l í ne a r e ct a s e ov i l l a
l a t r a g e di a -no ve l a
A pa r ti r d a í , o te m po se emba r a lha , o s d ia s s e c o nf und em, o c ic lo
s e pa r te e m d e sco nti nu i d a d e s. A po et a -t ec elã c ed e lug a r pa r a a po et a -
i n s u r g e nte . O li r i sm o nã o é a e sc o lha ma is a d eq ua d a pa r a a ur g ênc ia d a
hi s tó r i a q u e g a nh a a ce na e m m e ad o s d e 20 13. Ent r a m, na a r ena , a s a r ma s
do sla m , a co ntu nd ê nci a d a o r a li d a d e, o es t ilo e r it mo s ma is d ir et o s , t ã o
r á pi d o s q u a nto no tí ci a s d e jo r na l, d o c ument a l, int er pela t ivo .

A e str u tu r a d o po e m a ta mbém s o f r e c o r t es : no lug a r d a s eq uênc ia


do s d i a s co m o pr e v ê a f i si o lo g i a d o c ic lo , ent r a m a s pílula s (q ue imped em
a co nce pçã o ) . O m o v i m e nto d o o r g a nis mo é int er r o mpid o , o mo viment o
da h i stó r i a i nte r d i ta d o . O u tr a poét ic a , o ut r o mo ment o po lit ic o . Mo ment o
t en so , u r g e nte , no q u a l “co r d i a lid a d e é f o lc lo r e”, c o mo a vis a a po et a
expli ci ta m e nte d e te r m i na d a e m mo s t r a r “a his t ó r ia à c o nt r a pelo ”.

V er s os cu r to s co m o so c o s , s o no r id a d e r o uc a q uer end o inva d ir


o e spa ço pú b li co . N ã o h á a q u i a es per a nç a imed ia t a , s ó a s a ng r ia , s ó o
s a n g r a m e nto . I nte r r u pçõ e s d a h i st ó r ia e d a vid a .

Sangria não é apenas mais um livro de poemas, Sangria é um projeto literário


sobre a História do Brasil vista pelas entranhas de uma feminista contemporânea.

D ig o pr o je to , po r q u e o g r it o q ue Sa ng r ia f a z ec o a r nã o s e r ea liza
a p e na s na pá g i na s i m pr e ssa s d es t e livr o es c r it o po r uma a t r iz-po et a -
p e r f o r m e r . Q u a lq u e r v e r so a q u i r evela o d es ej o d e s a lt a r d a pá g ina , ped e
s o m , pe d e m o v i m e nto , pe d e i m a gem, ped e, s o br et ud o , a ç ã o . As s im c o mo a
l i n g u a g e m , a e d i çã o d o li v r o ta m bém t r o ux e d ema nd a s d e ex pa ns ã o . Temo s
i n t e r v e nçõ e s, co stu r a s, f o to s e u ma webno vela .

A po e si a e m d i á lo g o co m a per f o r ma nc e e o livr o em d iá lo g o c o m
o utr a s m í d i a s é u m d o s a spe cto s d o q ue o bs er vei c o mo o t r a ba lho em S a ng r ia
n o li m i te d a s li ng u a g e ns e d a s ca t eg o r ia s . U ma po es ia q ue t ir a s ua f o r ç a
es t é ti ca d e cr u z a m e nto s po ssí v e i s : a pa s s a g em d es t emid a d o lír ic o pa r a a
o r a li d a d e á spe r a , d o cí cli co pa r a o mo s a ic o , d a pa la vr a pa r a o mo viment o ,
da pa la v r a pa r a a i m a g e m . Co nte mpo r â neo . Ina d iá vel.

E nf im, e m S a ng r i a , a no va po es ia f eminis t a s e r evela c o mo um d e


s eus m e lh o r e s m o m e nto s.
A partir de ahí el tiempo se agita, los días se confunden, el ciclo se parte en
int e r r u p c i o n e s . L a p o e t a - t e j e d o r a c e d e s u l u g a r a l a p o e t a - i n s u r g e n t e . E l l i r i s m o n o e s
la o p c i ó n m á s a d e c u a d a p a r a l a u r g en c i a d e l a h i s t o r i a p r o t a g o n i s t a d e m e d i a d o s d e
201 3 . E n t r a n e n c a m p o l a s a r m a s d e l s l a m , l a c o n t u n d e n c i a d e l a o r a l i d a d , e l e s t i l o y
los r i t m o s m á s di r e ct o s , t a n r á p i do s c omo l a s n oti c i a s d e l os d i a ri os, d oc u men ta l es ,
in te r p e l a nt e s .

La estructura del poema también sufre cortes: en el lugar de la sucesión de


los d í a s , t a l c o m o p r e v é l a f i s i o l o g í a d e l c i c l o , e n t r a n l a s p a s t i l l a s ( q u e i m p i d e n l a
con c e p c i ó n ) . E l m o v i m i e n t o d e l o r g a n i s m o s e v e i n t e r r u m p i d o ; e l m o v i m i e n t o d e l a
h is t o r i a , cl a u s u r a do . Ot r a p o é t i ca , o t ro momen to p olí ti c o. Momen to ten s o, u rg en te, en
el q u e l a « c o r d i a l i d a d e s f o l c l o r e » , c o m o d i c e , e x p l í c i t a m e n t e , l a p o e t a , d e t e r m i n a d a
a m o s t r a r «l a hi s t o r i a a co nt r a p e l o ».

Versos cortos como golpes, armonía ronca que quiere invadir el espacio
púb l i c o . A q u í n o h a y e s p e r a n z a i n m e d i a t a , s o l o s a n g r í a , s o l o s a n g r a r . I n t e r r u p c i o n e s
de l a h i s t o r i a y d e l a v i d a .

Sangría no es sólo un libro de poemas, Sangría es un proyecto literario sobre


la historia de Brasil, vista desde las entrañas de una feminista contemporánea. Digo
proyecto, porque el grito que Sangría hace resonar en ecos, no sólo se siente en las páginas
impresas de este libro, escrito por una actriz-poeta-performer. Cualquiera de sus versos
revela el deseo de saltar de la página, pide sonido, pide movimiento, pide imagen, pide,
sobre todo, acción. Así como el lenguaje, la edición del libro también presentó demandas
de expansión. Contamos con intervenciones, costuras, fotos y una webnovela.

La poesía que dialoga con la performance, y el libro que dialoga con otros
formatos, es uno de los aspectos que observé como trabajo realizado en Sangría, en el
límite de los lenguajes y las categorías. Una poesía que obtiene su fuerza estética de
posibles cruces: el paso sin temor de lo lírico a la áspera oralidad, de lo cíclico al mosaico,
de la palabra al movimiento, de la palabra a la imagen. Contemporáneo. Impostergable.

En fin, en Sangría, la nueva poesía feminista revela uno de sus mejores momentos.
CAPÍTULO I _ GENEALOGIA
CAPÍTULO I_GENEALOGÍA
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 1. NOME COMPLETO DÍA 1. NOMBRE COMPLETO

eu qu e r i a e scr e v e r a pa la v r a br * + ^ % y o q u erí a esc ri b i r la p a la b ra b r* + ^ %


a p a l a v r a br * + ^ % q u e r i a e scr e v e r e u la p a la b ra b r* + ^ % q u erí a es c ri b i r y o
p a l a vr a e u b r * + ^ % e scr e v e r q u e r i a p a l a b ra y o b r* + ^ % es c ri b i r q u erí a
B RAS I L B R AS I L
eu qu e r i a e scr e v e r a pa la v r a br a si l y o q u erí a esc ri b i r la p a la b ra b ra si l

a qu el a e m no m e d a q u a l a q u ell a en n omb re d e l a c u a l
t a n t o h o m e m se f a z bi ch o ta n to h omb re s e h a c e b es ti a
t a n t o b a nd i d o g e ne r a l ta n to b a n d i d o g en era l
a qu el e e m no m e d e q u e m a q u el en n omb re d e q u i en
a b o r r a ch a v i r a ba la la g oma se h a c e b a la
a p er ve r si d a d e q u a li d a d e d e b e m la p erv ersi d a d c u a li d a d d e b i en

a qu el a e m pu nh a d o e m ca nto a q u ell a emp u ñ a d o en c a n to


a t es t a d a e m d o cs c erti f i c a d a en d oc s
q u e es co nd e pr a nto q u e esc on d e ll a n to
m ã e do d o ps ma d re d e d op s 1

eu qu e r i a e scr e v e r a pa la v r a br a si l
y o q u erí a esc ri b i r la p a la b ra b ra si l
m a s a c a ne ta
p ero la l a p i c era
n u m a t o d e le g í ti m a r e v o lta
en a c to d e l eg í ti ma rev ol u c i ón
fei t o q u e m se ca nsa
d e q u i en se c a n s a
de n a r r a r se m pr e a m e sm a tr a je tó r i a
d e n a rra r si emp re la mi sma tra y ec tori a
m e di sse “P A R A
me d i j o « P AR Á
e VOL T A
y V O LV É
p r o c o m e ço d a f r a se
a l c omi en z o d e l a f ra se
do l i vr o
d el l i b ro
da hi s t ó r i a
d e l a h i stori a
vo l t a p r a ca br a l e a s cr u z e s lu si ta na s
v ol v é a c a b ra l y l a s c ru c es l u s i ta n a s
e s e p e r g u nte
y p reg u n ta te
DA ON D E V E M E S S E N O M E ?”
¿ DE DÓ N DE V I E N E E S E N O MB R E ?»
p a l a vr a - m e r ca d o r i a p a la b ra - merc a n c í a
brasil b ra s i l
PAU -BR AS I L P AU - B R AS I L
o p a u -br a nco h e g e m ô ni co el má sti l- b la n c o h eg emón i c o
en fi a do à to r to e à d i r e to en s a rta d o a d i es tra y si n i es tra
s u p o s to d i r e i to su p u esto d erec h o
de vi o l a r m u lh e r e s d e v i ol a r mu j eres
o p a u -a - pi q u e pau-a-pique
o p a u -d e - a r a r a p a u - d e- a ra ra
o p a u -d e - a r a q u e p a u - d e- a ra q u e
o p a u -d e - se b o p a u - d e- s eb o
o p a u -d e - se lf i e p a u - d e- s el f i e
o p a u -d e - f o g o p a u - d e- f og o
o p a u -d e - f i ta p a u - d e- f i ta
O PAU P AU
fa c e e o r g u lh o na ci o na l rostro y org u l l o n a c i on a l

A C OL O N I Z A ÇÃ O CO M E ÇO U P E L O Ú TER O LA C O LO N I Z AC I Ó N E MP E Z Ó P O R E L Ú T E R O
m a t a s v i r g e ns selv a s v í rg en es
vi r gens m o r ta s v í rg en es mu erta s
A C OL O N I Z A ÇÃ O F O I U M E S T U P R O LA C O LO N I Z AC I Ó N F U E U N A V I O LAC I Ó N

p edr o e ja cu la nd o - se p ed ro ey a c u l á n d ose
do m p r e co ce d on p rec oz
deo do r o m e te nd o a e spa d a d eod oro meti en d o es p a d a
en t r e a s pe r na s en tre la s p i ern a s
de u m a pr i nce sa b a be l d e u n a p ri n c esa b a b el
c o s t a e si lv a g e m e nd o ci nco v e z e s c osta e si l v a g i mi en d o c i n c o v ec es

AI AI AI AI AI AY AY AY AY AY
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

get ú l i o ju sce li no g e i se l g etú l i o j u sc eli n o g ei s el


c o l l o r jâ ni o sa r ne y c oll or j â n i o s a rn ey
a dec i s ã o pa r te d a ca b e ça la d ec i s i ón p a rte d e la c a b ez a
do m embr o e r e to d el mi emb ro erec to
de qu e m é a f a v o r d a r e d u çã o d e q u i en es tá a f a v or d e l a b a j a
m a s vê v i d a nu m f e to p ero v e v i d a en u n f eto
é o p a u - br a si l es el p a u - b ra s i l
m u l t i p li ca d o tr i nta e tr ê s v e z e s mu l ti p l i c a d o trei n ta y tres v ec es
e en t er r a d o nu m a só g a r o ta y enterrado en una chica sola

o l ho p r a ca ne ta e te nh o ce r te z a mi ro la l a p i c era y es toy seg u ra


n ã o es cr e v e r e i m a i s o no m e d e sse pa í s n o esc ri b i ré má s el n omb re d e este p a í s
en q u a n to e stu pr o f o r pr á ti ca co ti d i a na mi en tra s la v i ola c i ón sea p rá c ti c a c oti d i a n a
e o m o d e lo d e m u lh e r y el mod elo d e mu j er
a m ã e g e nti l la ma d re g en ti l

1
El Departamento de Ordem e Política Social (DOP S ) ,
creado en 1924, fue un órgano del gobierno brasileño p a r a
la censura y la represión. Actuó durante el Estado N o v o
y, más tarde, durante la dictadura militar. Su objet i v o
p r incip al er a co ntr o lar y r ep r imir mo vimiento s p o líti c os
y sociales que se opusieran al poder vigente. Dejó d e
f uncio nar en 198 3. (Nota de la traductora)
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 2. DATA DE NASCIMENTO DÍ A 2. F E C HA DE N A C I M I E N TO

u m p a í s na sce u un país nació


n ã o de pa r to n o d e p a rto
n em de pa r ti d a n i d e p a rti d o
m a s n a ch e g a d a s i n o d e l l eg a d a
en vi a do d a co r te en v i a d o d e l a c orte
fr u t o d e co r te s f ru to d e c ortes
fu n do s na pe le h on d os en u n a p i el
s em p r e “m e sti ça ” s i emp re « mesti z a »

u m p a í s na sce u un país nació


fo i de ce sá r e a d e c es á rea
en vi a do d o s cé sa r e s en v i a d o d e l os c és a res
l u s i t a n o s ca í d o s lu s i ta n os c a í d os
t em p o s i d o s ti emp os i d os
m i n a s nã o m a i s mi n a s n o má s

u m p a í s na sce u un país nació


e j á en g a ti nh a y y a g a tea
c edo eng a ti lh a temp ra n o g a ti ll a
o t i r o ce r te i r o el ti ro c ertero
de qu e m co r r e d e q u i en c orre
a n t es d e a nd a r a n tes d e c a mi n a r

u m p a í s na sce u un país nació


da p er na d i r e i ta d e l a p i ern a d erec h a
a u s en te a e sq u e r d a a u sen te la i z q u i erd a
do m en i no - sa ci d el n i ñ o- sa c i
(o c a p uz ( l a g orra
a n t es v e r m e lh o a n tes roj a
a go r a nã o se r v e a h ora n o s i rv e
a p en a s o r d e na ) a p en a s ord en a )
u m p a í s na sce u no f u tu r o u n p a í s n a c i ó en el f u tu ro
p r o m e ssa d e v i d a p romes a d e v i d a
dí vi da e te r na d eu d a etern a
em l i s t a d e e spe r a en l i sta d e es p era

u m p a í s na sce r i a o u tr o u n p a í s n a c erí a otro


s em p r e po ssí v e l s i emp re p os i b l e
qu a s e co ncr e to c a s i c on c reto
n a i n s tâ nci a d e v i r en l a i n sta n c i a d e v en i r

u m p a í s na sce u un país nació


m a s ‘i n d a h o je p ero tod a v í a h oy
m a i s qu e sé cu lo v i nte má s q u e s i g lo v ei n te
p r a c a d a g é r m e n d e i nsu r r e i çã o p a ra c a d a g ermen d e i n s u rrec c i ón
u m a p í lu la u n a p a s ti l l a
do di a se g u i nte d el d í a d es p u és
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 3. NÚMERO DE REGISTRO DÍ A 3 . N Ú M E RO DE RE G I STRO

a fi l ho nã o te r o f i li a çã o d a pa i q u e el h i j o n o ten g a el f i l i a c i ón d e la p a d re
n o c er t i d ã o d e na sci m e nto en el p a rti d a d e n a c i mi en to
é há b i to a nti g a es h á b i to a n ti g u a
a go r a o m ã e e x i g i r d i r e i to à a b o r to a h ora q u e el ma d re exi j a d erec h o a la a b orto
é u m a cr i m e d e v i d a es u n a c ri men d e v i d a

em a l gu m ca so s en a l g u n os c a s os
n ã o s ó a g r a m á ti ca n o s olo l a g ra má ti c a
s o fr e co nco r d â nci a d e g ê ne r o s u f re c on c ord a n c i a d e g én ero
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 4. IDIOMA MATERNO DÍ A 4 . I DI O M A M A TE RN O

n ã o à to a n o en v a n o
t er r a é su bsta nti v o f e m i ni no ti erra es su s ta n ti v o f emen i n o
a el a p e r te nci a m o s h o m e ns a el l a p erten ec í a n los h omb res
(e n ã o o co ntr á r i o ) ( y n o l o c on tra ri o)

n ã o à to a n o en v a n o
n eu t r a li d a d e te r m i na e m “o ” neutralidad termina en «o»
(u m a l í ng u a d o m i na d a nã o co m po r ta as s o vio s ) ( u n a len g u a d omi n a d a n o a d mi te si l b i d os )

n ã o à to a n o en v a n o
c a s a m e nto , pr o pr i e d a d e casamiento, propiedad
[ e co nsti tu i çã o pa r le nt le f r a nç a is [ y c on sti tu c i ón p a rl en t l e f ra n ç a i s
(en qu a nto d i plo m a ta s i nv e nta v a m la f r a t er nit é ( mi en tra s d i p lomá ti c os i n v en ta b a n la f ra tern i té
n a vi o s ne g r e i r o s lo ta d o s cr u z a v a m o at lâ nt ic o ) n a v í os n eg reros a b a rrota d os c ru z a b a n el a tlá n tic o)

n ã o à to a n o en v a n o
a i n dep e nd ê nci a f o i f o r ja d a po r r e i s la i n d ep en d en c i a f u e f orj a d a p or rey es
a r ep ú bli ca po r g e ne r a i s la rep ú b l i c a p or g en era les
a fo m e po r pe cu a r i sta s el h a mb re p or g a n a d eros

n ã o à to a n o en v a n o

em c a d a e stá tu a e r g u i d a en c a d a es ta tu a erg u i d a
e r o do v i a no m e a d a y a v en i d a n omb ra d a
em c a d a se m e nte tr a nsg ê ni ca en c a d a semi ll a tra n s g én i c a
e a r m a m e nto i m po r ta d o y a rma men to i mp orta d o
u m a m u lh e r te v e se u s lá bi o s co stu r a d o s u n a mu j er v i o su s la b i os c os i d os
o s i l ên ci o br a d o u r e v o lta el si l en c i o c la mó rev u el ta
a m em ó r i a e co o u pr e se nte la memori a reson ó p resen te

a hi s t ó r i a nã o co m po r ta a ca so s la h i stori a n o a d mi te a c a s os
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 5. LOCAL DE NASCIMENTO DÍ A 5 . LU G A R DE N A SC I M E N TO

(a m ér i ca ) ( a méri c a )
u m a m u lh e r nã o é u m te r r i tó r i o u n a mu j er n o es u n terri tori o
m es m o a ssi m s i n emb a rg o
l he p l a nta m b a nd e i r a s le c la v a n b a n d era s

u m a m u lh e r nã o é u m so u v e ni r u n a mu j er n o es u n s ou v en i r
m es m o a ssi m s i n emb a rg o
l he c o la m e ti q u e ta s le esta mp a n eti q u eta s

m a i s q u e nu v e m má s q u e n u b e
m en o s q u e pe d r a men os q u e p i ed ra
u m a m u lh e r nã o é u m a e str a d a u n a mu j er n o es u n c a mi n o

n ã o l he pe ne tr e a s ca v i d a d e s n o le p en etres l a s c a v i d a d es
c o m a f ú r i a c on la f u ri a
de u m m i ne r a d o r h i spâ ni co d e u n mi n ero h i sp á n i c o

o o u r o q u e lh e b r o ta d a te z el oro q u e b rota d e s u tez


é a n t es o f e r e nd a es a n tes of ren d a
q u e m o e d a q u e mon ed a

u m a m u lh e r d e sce nd e d o so l u n a mu j er d esc i en d e d el sol


a i n da q u e a u n q u e sea
fo r ç a d a à so m b r a f orz a d a a la somb ra
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 6. NOME DA MÃE DÍ A 6 . N O M B RE DE LA M A DRE

p i o r q u e se r f i lh a d a pu ta p eor q u e s er h i j a d e p u ta
é s er fi lh a d a v i r g e m es ser h i j a d e v i rg en
a qu el a a q u ell a
m o del o i m pe cá v e l mod el o i mp ec a b le
t es t a be nd i ta f ren te b en d i ta
q u e i ma cu la d a d o s g o z o s te r r e no s q u e i n ma c u l a d a d e g oc es terren os
ger m i n o u en g en d ró
n ã o u m f i lh o q u a lq u e r n o c u a l q u i er h i j o
m a s o e x u be r a nte sa lv a d o r s i n o el exu b era n te sa l v a d or

del a sus
a s p er na s- v i tr a i s p i ern a s - v i tra les
des c o n h e ce m o f u r o r d esc on oc en el f u ror
l a t en t e f r i cçã o la ten te f ri c c i ón
de o u t r a s pe r na s- v e na i s d e otra s p i ern a s - v en a les
(s e r end e m so m e nte ( se ri n d en sol a men te
a o êx t a se e sté r i l a l éxta si s es téri l
es t ét i co pr a z e r estéti c o p l a c er
de u m a pi e tà d e m á r m o r e ) d e u n a p i età d e má rmol)
de u m a f i lh a d a v i r g e m d e u n a h i j a d e v i rg en
s e es p e r a a te ssi tu r a a nce str a l s e es p era la tesi tu ra a n c es tra l
de l o u ç a - pe lí cu la d e v a j i l l a - p el í c u la
m u l her co m e d i d a mu j er c omed i d a

do i r mã o d el h erma n o
a s c ha g a s la s l l a g a s
do s er m ã o d el sermón
j á c heg a y a b a sta
a n t es c r u ci f i ca r a m a pu ta a n tes c ru c i f i c a ron l a p u ta

a u m a f i lh a d a v i r g e m u n a h i j a d e v i rg en
n ã o r esta e sco lh a n o ti en e otra op c i ón
qu e n ã o q u e n o s ea
r egu r g i ta r a m ã e reg u rg i ta r l a ma d re
(s a l ve ta r si la ) ( sa l v e ta rs i la )
e r eb a t i z á - la y reb a u ti z a rla
(q u e i r o ni a ) ( q u é i ron í a )
m a r i a p a d i lh a ma ri a p a d i l h a
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 7. NOME DO PAI DÍ A 7. N O M B RE DE L PA DRE

da fi l ha d o co r o ne l d e l a h i j a d el c oron el
n ã o s e co nh e ce o no m e n o s e c on oc e el n omb re
s ó o do te e a d a ta s olo el d ote y l a d a ta
do p u n h o f i r m e d el p u ñ o f i rme
do p a pa i - f a r m e r d el p a p á - f a rmer

da fi l ha d o co r o ne l d e l a h i j a d el c oron el
s e t i r a o ne g a ti v o s e sa c a el n eg a ti v o
da fo r ma e scu lpi d a d e l a f orma es c u l p i d a
de u m a bo ne ca r u ssa d e mu ñ ec a ru s a
q u a s e a le m ã c a s i a lema n a
(i n fl á ve l nu nca i nf la m á v e l) ( i n f l a b le n u n c a i n f l a ma b le)

da fi l ha d o co r o ne l d e l a h i j a d el c oron el
o a n ú n ci o e sta m pa el a n u n c i o esta mp a
b o i c o d o r na s ca nd e la b r o s b u ey c od orn i z c a n d ela b ros
n u m s ó lo te en u n s olo l ote
intacto i n ta c to
a l ei l ã o rema te

da fi l ha d o co r o ne l d e l a h i j a d el c oron el
s e a p a g a r a m a s i r m ã s s e b orra ron la s h erma n a s
o s s o b r i nh o s los sob ri n os
o s t a n to s a f i lh a d o s ta n tos a h i j a d os

n ã o dá d ú v i d a no hay dudas

da fi l ha d o co r o ne l d e l a h i j a d el c oron el
m a i s i mpo r ta o pa i i mp orta má s el p a d re
(p r o du to e m f a lta na sa f r a na ci o na l) ( p rod u c to en f a l ta en l a c osec h a n a c i on a l)
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 8. CLAÚSULA ADICIONAL DÍ A 8. C LA Ú SU LA A DI C I O N A L

s em n o m e s i n n omb re
s em r etr a to s i n retra to
s em l u g a r à m e sa s i n lu g a r en l a mes a

m a s qu a se d a f a m í li a p ero c a s i d e l a f a mi l i a
CAPÍTULO 2 _ DESCOBRIMENTO
CAPÍTULO 2 _ DESCUBRIMIENTO
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 9. 1 a MENSTRUAÇÃO DÍ A 9 . PRI M E RA M E N STRU A C I Ó N

q u a n do v i r e i m o ci nh a c u a n d o me h i c e señ ori ta
n ã o t ev e lu x o n o h u b o lu j os
n ã o t ev e po m pa n o h u b o p omp a s
s ó a s t r o m pa s s olo l a s tromp a s
a n u n c i a nd o sa ng u e a n u n c i a ron sa n g re
“ s er á v e r m e lh o se u ca m i nh o « será roj o tu c a mi n o
p i s a do q u a nd o r o x o p i sa d o c u a n d o mora d o
s em p r e no v o s i emp re n u ev o
m ês a mê s mes a mes
p o r entr e a s pe r na s en tre l a s p i ern a s
es c o r r e r ã o a s pa r te s” s e es c u rri rá n l a s p a rtes »

en ton c es l l eg a ron los mod es


en t ã o v i e r a m o s m o d e s la s mod a s l os mod os
a s m o d a s o s m o d o s d e c ru z a r la s p i ern a s
de c r u z a r o s pé s ma q u i l l a r l a b oc a
m a qu i a r a bo ca c a ll a r p a la b ra s
c a l a r p a la v r a « u n a s eñ ori ta s i emp re d i c e lo c on tra ri o
“ m o c i n h a d i z se m pr e pe lo a v e sso esc en a s d e c elos es c on d e el j u eg o
fa z c i úm e s e sco nd e o jo g o mirada oblicua atrás del varón»
o l ha r o blí q u o a tr á s d o m o ço ” ( oso n o oi r)
(n em o u ço , o u so )
« c on sej o p leg a d o en el c orp i ñ o
“ c o n s e lh o d o b r a d o no su ti ã santo con la cabeza para abajo»
s a n t o v i r a d o pr a b a i x o ” p a ra señ ori ta n o si rv o
p r a m o ci nh a nã o le v o je i to me f a l ta ma n o
fa l t a m ã o s oy s en os l i b res
s o u s ei o s li v r e s s i n d ep i la c i ón l á ser
s em fo to d e pi la çã o
d e l os ta c os
do s s a lto s s olo sé q u e s e p u ed en d i sp a ra r
s ó c o nh e ço o s q u e f a z e m v o a r ten g o f u ri a mu c h a
t en ho f ú r i a m u i ta e i n f a mi a si n p esa r
e i n fâ m i a se m pe sa r
c u a n d o me h i c e señ ori ta
q u a n do v i r e i m o ci nh a me q u erí a n a l b a
m e qu e r i a m a ba s los p i es en la ti erra
p a t a s -f i nca d a s p ero s oy a v e ra p i ñ a
m a s s o u a v e r a pi na a l á n g el
do a n j o rob é la s a l a s
r o u b ei a s a sa s
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 10. 1 a MASTURBAÇÃO DÍ A 1 0. PRI M E RA M A STU RB A C I Ó N

o er o t i sm o é só a ca sca d o m e u pe i to el eroti smo es s olo c á sc a ra d e mi p ec h o


é m u i t a lá b i a mu c h a l a b i a
p r a p o u co lá b i o p a ra p oc o la b i o
q u e o fe r e ce á g u a q u e of rec e a g u a
c o m t r ê s be i jo s sa r a c on tres b es os s a n a
e s e eu nã o q u i se r ca sa r ? ¿ y s i n o me q u i ero c a sa r?
s er á et e r na e ssa ch a g a ¿ s erá etern a esa l l a g a
de c a r r e g a r o v e ntr e li v r e d e c a rg a r el v i en tre l i b re
e a c a rne v i v a ? y la c a rn e v i v a ?

m es m o q u a nd o i nta cto s o s jo e lh o s i n c lu s o c on la s rod i l l a s i n ta c ta s


há a l go q u e la te ja pr a a lé m d o ú te r o h a y a lg o q u e p a lp i ta má s a l l á d el ú tero

s ei q u e a ssu sta ta nto e r o ti sm o e nv o lvid o s é q u e sorp ren d e ta n to eroti s mo i mp l i c a d o


m a s s ó te pe ço h u m a ni d a d e p ero s olo te p i d o h u ma n i d a d
“ vem c o m i g o ” « v en í c on mi g o«
dei xemo s o s a r co s d o tr i u nf o d ej emos l os a rc os d el tri u n f o
o c éu é su f i ci e nte pr a q u e m te m b o ca el c i elo a l c a n z a p a ra q u i en ti en e b oc a
e en t r e ta nta s ne nh u m r e spi r o y en tre ta n ta s n i n g ú n resp i ro
(m i n ha sa li v a nã o é pu r pu r i na ) ( mi sa l i v a n o es p u rp u ri n a )

s o u m a i s se i v a d o q u e á g u a s oy má s s a v i a q u e a g u a
a p es a r d a a ne m i a a pa r e nte a p es a r d e l a a n emi a a p a ren te
s ã o c a m a d a s e ca m a d a s d e cé lu la s- v i v a s c a p a s y c a p a s d e c élu la s- v i v a s
c a m a da s e ca m a d a s d e pa e tê d o u r a d o c a p a s y c a p a s d e l en tej u el a s d ora d a s

e s e eu e ntr a r y s i en tro
des c a l ç a na i g r e ja d esc a l z a a l a i g l es i a
o ves t i d o m a nch a d o d e su o r el v esti d o ma n c h a d o d e su d or
c el eb r a r e m o s ju nto s o pe ca d o d e ca d a d ia ? ¿ c el eb ra remos j u n tos el p ec a d o d e c a d a d í a ?
n o p es co ço en el c u el l o
c o l ec i o no f r a q u e z a s c olec c i on o d eb i li d a d es
p o em a s pr a nã o e nf o r ca r p oema s p a ra n o a h orc a r

uma corda (vocal) desafina enquanto visto armaduras u n a c u erd a ( v oc a l ) d esa f i n a c u a n d o v i sto a rma d ura s

n ã o há h e r o í sm o e m se r ta nta s n o h a y h eroí smo a l ser ta n ta s


m u l her - o r i g a m i mu j er- ori g a mi
s em p r e m e ta d e d o e spe r a d o s i emp re u n a mi ta d d e lo es p era d o

eu r a s p a r i a o s o sso s a té v i r a r la nça me ra sp a rí a los h u esos h a sta h a c erme la n z a


m a s fa l ta g o r d u r a so b a pe le p ero f a lta g ra s a b a j o la p i el
c o m er i a b lu sh co m o q u e m e x pe r i m e n t a t er r a c omerí a b lu s h c omo q u i en p ru eb a la ti erra
m a s p e r d i o s d e nte s- d e - le i te p ero p erd í mi s d i en tes d e lec h e

sabe s a b és
de t o da s a s a r m a s d e tod a s la s a rma s
(b r a n ca s o u nã o ) ( b la n c a s o n o)
o es p e lh o é a q u e m a i s d ó i el es p ej o es la q u e má s d u el e
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 11. 1 a CULPA DÍ A 1 1 . PRI M E RA C U LPA

q u a r enta d e ci ntu r a c u a ren ta d e c i n tu ra


t r i n t a d e q u a d r i l trei n ta d e c u a d ri l
q u a n t o s su i cí d i o s ¿ c u á n tos s u i c i d i os
c a b em nu m a f i ta m é tr i ca ? c a b en en u n a c i n ta métri c a ?
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 12. 1 a PAIXÃO DÍ A 1 2. PRI M E R A M O R

vo c ê t e m a d e li ca d e z a v os ten és la d eli c a d ez a
de u m a ço u g u e i r o d e u n c a rn i c ero
q u e a n te s d e f a ti a r q u e a n tes d e troz a r
s ep a r a a ca r ne d o o sso s ep a ra la c a rn e d el h u eso

s a b e q u e o s lá b i o s s a b és q u e los l a b i os
é a m elh o r pa r te s on la mej or p a rte
de u m a m u lh e r d e u n a mu j er
q u e p a la v r a s m o í d a s q u e p a l a b ra s p i c a d a s
c a u s a m i nd i g e stã o p rov oc a n i n d i g esti ón
e q u e um co r a çã o y q u e u n c ora z ón
du r a a té d o i s m e se s d u ra h a sta d os meses
n o c o ng e la d o r en el c on g ela d or

vo c ê a ma ci a pe i to s v os a b la n d á s l omos
e t r o c a e m m i ú d o s y los c a mb i á s p or mon d on g o
c o m o q u e m e sq u e ce c omo q u i en olv i d a
c o zi n h a le nto c oc i n a len to
e m e c o m e d e y me c ome c on
b o c a fe ch a d a la b oc a c erra d a
vo c ê i n te i r o v os en tero
é u m pe d a ço s os u n p ed a z o
r efo l ga d o reh og a d o
de p a s sa d o de pasado
(m a l p a ssa d o ) ( ma l p a s a d o)

s a b e de h o r m ô ni o s s a b és d e h ormon a s
em dem a si a en d ema s í a
e a s s u n to s ca r na i s y a s u n tos c a rn a les
vo c ê é m i nh a v os sos mi
a n em i a a n emi a
s a n gr a nd o s a n g ra n d o
go t a -à - g o ta g ota a g ota
n a p i a en l a mes a d a

c a r r ega o so nso ll ev á s l o z on z o
de u m bi f e d e so ja d e u n a mi la n es a d e soj a
o u de u m a f e i jo a d a li g h t o d e u n a f ei j oa d a li g h t

des fi a d o d esg u a z a d o
t e o b s e r v o te ob serv o
a t en t a m e nte a ten ta men te
e m a s t i g o y ma s ti c o
com prazer c on p l a c er
m a i s u m a ce no u r a cr u a otra z a n a h ori a c ru d a
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 13. 1 a TRANSA DÍ A 1 3 . PRI M E RA VE Z

u m ho m e m co r d i a l m e le v o u à ca m a u n h omb re c ord i a l me ll ev ó a l a c a ma
n ã o q u e r i a f o d e r ne m tr e pa r n o q u erí a c og er n i g a rc h a r
s ó a es te r i li d a d e d e u m a có pu la s olo l a es teri li d a d d e u n a c óp u l a
m e c hupo u co m a pa r ê nci a d i plo m á ti c a me c h u p ó c on a p a ri en c i a d i p lomá ti c a
e a l gu ma m e la nco li a y a lg u n a mel a n c ol í a
(s eu s d e d o s- g a r r o te d e sco nh e ci a m r ec us a ) ( su s d ed os- g a rrote d es c on oc í a n el rec h a z o)

p edi u pidió
q u e m e d i v i d i sse e m tr ê s q u e me d i v i d i era en tres
p a r a a li d a p a ra l a f a en a
p a r a a f a r r a p a ra l a f a rra
p a r a fo to g r a f i a s o f i ci a i s p a ra f otog ra f í a s of i c i a les
m e t r a n ce i me tej í
t r a n s ei c og í

u m ho m e m co r d i a l m e tr o co u o s le nçó is u n h omb re c ord i a l me c a mb i ó l a s sá b a n a s


zel a va pe la br a ncu r a c el a b a la b la n c u ra
dep o i s d o s g e m i d o s d esp u és d e l os g emi d os
(a t é ho je nã o d e ci f r e i ( h a sta a h ora n o d esc i f ré
s e de d o r o u pr a z e r ) s i d e d ol or o d e p l a c er)

m e p ed i u me pidió
p o r fa v o r d e sa pa r e ça p or f a v or d esa p a rec é
p o r fa v o r o b e d e ci p or f a v or ob ed ec í
s em p r e f a v o r e s s i emp re f a v ores
s em p r e f a v o r e s s i emp re f a v ores

ho m ens co r d i a i s a ssi ste m m m a hombres cordiales se entretienen con artes marciales


à s q u a r ta s- f e i r a s los mi érc oles
m a s n ã o v i v e m se m á lco o l g e l p ero n o p u ed en v i v i r s i n a lc oh ol en g el
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 14. 1 o ASSÉDIO DÍ A 1 4 . PRI M E R A C O SO

di a a p ó s di a d í a tra s dí a
u m a ve l a p r a m a r i a u n a v ela p a ra marí a
ho r a p o r ho r a h ora p or h ora
u m a ve l a p a r a f l o r a u n a v ela p a ra f lora
m i nu t o a m i nu t o mi n u to a mi nut o
u m a ve l a p o r e s t u p r o u n a v ela p or a b uso
u m a ve l a p a r a u m p u t o u n a v ela p a ra u n put o
daniel mincho ni / luiza r o mão d an i e l mi n ch o n i / lu i za r o m ã o

é vel a es v el a
m a s qu e i m a f e i to i ncê nd i o p ero q u ema c omo i n c en d i o
é vel a es v el a
m a s fa z d o m a r na u f r á g i o - te m pe sta d e p ero h a c e d el ma r n a u f ra g i o- temp es ta d
é vel a es v el a
m a s s ó co nh e ce d e str u i çã o p ero s olo c on oc e la d es tru c c i ón

é vel a d a es v el a d a
a vi o l ê nci a q u e i r r o m pe la v i olen c i a q u e i rru mp e
o l a c r e o e sq u e le to o a f e to el l a c re el es q u eleto el a f ec to
é vel a d a es v el a d a
a p a l a v r a q u e f a z d o co r po la p a la b ra q u e h a c e d el c u erp o
m er c a d o r i a ca i x a b a r a ta merc a n c í a c a j a b a ra ta

m a i s u m a m u lh e r na pr a te le i r a u n a mu j er má s en l a v i d ri era
da t u a pr e su nçã o d e tu p resu n c i ón
m a i s u m a m u lh e r na e ste i r a u n a mu j er má s en l a c a rrera
da t u a f o r m a çã o d e tu f orma c i ón
a c a dêm i ca o u nã o a c a d émi c a o n o
er gu e o pa u co m o se f o sse m a str o y erg u e el má sti l c omo si h u b i era b a n d era
à es p er a q u e e u m e d e i te a la es p era d e q u e me a c u es te
fei t o ve la se m la str o h ec h o v el a si n l a stre
des c u l pa d i s c u l p a me
m a s m e u to r so é pr o a p ero mi torso es p roa
fei t o pr a a tr a v e ssa r o nd a h ec h o p a ra c ru z a r ol a s
des c o b r i r o m u nd o d esc u b ri r el mu n d o
n ã o t enh o v o ca çã o pr a se r r e m o n o ten g o v oc a c i ón d e remo
ex t en s ã o d o br a ço se u exten si ón d e u n b ra z o tu y o

q u er i a e u f a z e r v e r so s v e la d o s y o q u erí a h a c er v ersos v el a d os
dei xa r i m plí ci to q u a se m e tá f o r a d ej a r i mp l í c i to c a s i metá f ora
es s a c r í ti ca d e pr a v a d a esa c rí ti c a d ep ra v a d a
m a s é c o ncr e ta p ero es c on c reta
a m ã o q u e a pa lpa o se i o la ma n o q u e p a lp a b a el sen o
a c a n t a d a d i á r i a el c h a mu y o d i a ri o
r ep et i d a ta nta s v e z e s rep eti d o ta n ta s v ec es
t r a n s fo r m a d a e m f e i jã o co m a r r o z tra n sf orma d o en mi la n es a s c on p u ré
p r a t o d o d i a p l a to d el d í a
c o m o se f o sse co stu m e c omo s i f u era c os tu mb re
vi ver no h e si ta r v i v i r en l a d u d a
en t r e m e te r a m ã o en tre p on er el c u erp o
e fi n gir q u e nã o o u v i u y f i n g i r q u e n o oí s te
o “ fi u - f i u ” el « f i ú - f i ú »
o “ p s i u” el « f ru f rú »
o “ p u t a q u e pa r i u ” el « la p u ta q u e te p a ri ó»
“ s e eu te pe g o lá e m ca sa « si te a g a rro en c a s a
juro” j u ro»
q u e n ã o so b r a na d a q u e n o s ob ra n a d a
des s a s u a pe r v e r sã o d e es a p erv ers i ón tu y a
de t r a n sf o r m a r e m a ssé d i o se u d e tra n s f orma r en a c oso tu y o
a i n va s ã o d o e spa ço m e u la i n v a s i ón d el es p a c i o mí o
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

c o m o se f o sse pr i v i lé g i o c omo s i f u era p ri v i leg i o


a s s u m i r o le m e toma r el ti món
e em p u nh a r pa la v r a y emp u ñ a r l a p a la b ra
e s e é a m i nh a co ntr a a su a y s i es la mí a c on tra la tu y a
n ã o t em pr o ble m a n o h a y p rob lema
c a r r ego a lí ng u a ca le ja d a ten g o la l en g u a c u rti d a
de en fr e nta r m a r é s d e en f ren ta r ma rea s
e n a p e le to d a s a s m a r ca s y en l a p i el tod a s la s ma rc a s
da l u t a e sta m pa d a d e l u c h a esta mp a d a s
en q u a n to su a o pr e ssã o mi en tra s tu op res i ón
c o n t i nu a c on ti n ú a
vel a da v ela d a
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 15. 1 a EUCARISTIA DÍ A 1 5 . PRI M E RA E U C A RI STÍ A

t i r e s ua cr u z d o ca m i nh o s a c á tu c ru z d e mi c a mi n o
j á n ã o ba sto u ca m i nh a n o a lc a n z ó c on c a mi n a r
e a n c hi e ta y a n c h i eta
q u er end o la cr a r q u eri en d o l a c ra r
m i n ha b u . . . ch e g a mi c on … y a b a s ta
q u e es se pa po e u d e co r e i q u e esa p a rla y a en ten d í
q u e es se pa pa nã o é r e i q u e ese p a p a n o es rey
o r ei rec é
p el o fim d o s i a nq u e s p or el f i n d e los y a n k i s
vej o c r i sto so b r e ta nq u e s v eo a c ri s to sob re ta n q u es
l u ga r d e f é é no a lta r p a ra l a f e s e h i z o el a l ta r
n ã o n o pa la nq u e n o los p a lc os

fo m o s ta nta s f u i mos ta n ta s
t a n t o t e m po ta n to ti emp o
s i l en c i a d a s s i len c i a d a s
j o a n a s d ’ a r c e str a ng e i r a s j u a n a s d e a rc o extra n j era s
n o s s a g u e r r a d o s ce m a no s n u es tra g u erra d e los c i en a ñ os
é den t r o d a f r o nte i r a es d en tro d e la f ron tera
fo m o s m a té r i a - pr i m a f u i mos ma teri a - p ri ma
c o r p o - a - pr ê m i o c u erp o- a - p remi o
p a s s a t e m po d e f e i to r pasatiempo del bonachón
em n o m e d o pa i en n omb re d el p a d re
do m a r i d o d el ma ri d o
e do es pí r i to d o pa sto r y d el es p í ri tu d el p a s tor
s e fa l a s ta nto e m i g u a ld a d e s i h a b l a ta n to d e i g u a l d a d
p r a q u e m a nte r u m se nh o r ? ¿ p or q u é ma n ten er a u n señ or?

c o m s e u bo m pa r ti d o c on s u b u en p a rti d o
n ã o q u e r o a li a nça n o q u i ero a li a n z a s
s u a s b o d a s d e o u r o b od a s d e oro
s u a s b o ta s d e ch u m bo b orc eg os p u n ta d e p l omo
s ó m u l ti pli ca m d e f u nto s olo d i f u n tos rep rod u c en

s o l t ei r a v i ú v a ca sa d a s oltera v i u d a c a sa d a
q u e i mpo r ta q u é i mp orta
m eu es ta d o ci v i l é la i co mi esta d o c i v i l es la i c o
e s eu pa r a d i g m a y tu p a ra d i g ma
arcaico a rc a i c o

a r qu e co m a s co nse q u ê nci a s lu c h á c on la s c on sec u en c i a s


de s er na çã o - ba sta r d a d e na sce nça d e ser n a c i ón - b a sta rd a d e n a c i mi en to
o n o m e a u se nte el n omb re a u s en te
va zi o d e pr o g e ni to r v a c í o d e p rog en i tor
de qu e m se no m e i a pa tr i a r ca d e q u i en se n omb ra p a tri a rc a
m a s n ã o pa ssa d e e stu pr a d o r p ero n o p a sa d e v i ol a d or
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

m i s c i g e na r mesti z a r
ver b et e b o ni to p a l a b ri ta l i n d a
es t i l o r e q u i nta d o esti lo sof i sti c a d o
m a s qu e ca m u f la o v e ntr e v i o la d o q u e s olo c a mu f la v i en tre v i ola d o

m a s i s s o nã o e x i ste p ero eso n o exi s te


i m a gi na i ma g i n a te
t a n t o s q u e r e nd o o r d e nh a r m i nh a ta n tos q u eri en d o ord eñ a r mi
va ...x i n g a va… chilla
de m a l- a m a d a d e ma l - a ma d a
m a l -c o m i d a ma l- c og i d a
m a l -ed u ca d a ma l- ed u c a d a
m a s p r o h o m e m d e b e m p ero p a ra el h omb re d e b i en
s o u o ma l- e nca r na d a s oy el ma l - en c a rn a d a
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 16. 1 o ESTUPRO

a m ã o a v a nça so b a s co be r ta s A L E R TA menina s a pr es s a m o pa s s o VÁCUO o pla no c o nd o r a s s inado


L AÇ O co m e r ci a l d e ce r v e ja E J A b und a s JÁ-CULAÇÕES ex po s t a s no s s er viç o s PR IVATIZ AD OS
vo m i t a O F A T O q u e o a m i g o d o pa i GÊNIA t r a ns GEMIA s ement e t er r a S EMÊN t et r a CAMPEÃO que
a c o r do s S E M P A Z d e q u a tr o E S T R E L A S t r a t a d o s NO PEITO a ber t o À FOR ÇA milit a r AFINCO eu fico
À B AIL A ( la i a d a ) e nte r r a d a S E M CU LPA nenhuma d a TEIMA DA pr o va R EAL r ea l r e a l

s o b r e o v u lto d e u m a m e ni na d e sa co r d a d a
s e i n a ug u r o u a pr i m e i r a se sm a r i a s

DÍ A 16. P RI M ER A VIO LA CIÓ N

la mano a v a n z a s o b r e l a s f r a z a d a s A L E R T A l a s c h i c a s a p u r a n e l p a s o V A C Í O e l p l a n c ó n d o r f i r m a d o L AZO
comerci a l de ce r ve z a E L L A cu l o s Y A -C U L A C I O N E S exp u esta s en l os serv i c i os P R I V AT I Z ADO S v omi ta E L H E C H O
de que e l a m i g o d e s u p a d r e G E N I A t r a n s G E M Í A s e m i l l a t i e r r a S E M E N t e t r a C A M P E Ó N q u e a c u e r d o s S I N PAZ
de cuat r o E S T R E L L A S t r a t a d o s E N E L P E C H O a b i e r t o A L A F U E R Z A m i l i t a r A R R A I G O m e q u e d o A L B A ILE
(bailant a ) e nt e r r a da SIN CU L P A a l g u na d e la T E R Q U E DAD DE LA p ru eb a R E AL rea l r e a l

sobre el f a r do de u na chi ca i nco ns ci e nt e


se inaug u r ó e l p r i m e r ca m p o i nf é r t i l
CAPÍTULO 3 _ TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL
CAPÍTULO 3 _ TENSIÓN PREMENSTRUAL
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 17. CÓLICA DÍ A 1 7. DO LO RE S

p r o n u nci o se u no m e p ron u n c i o tu n omb re


en q u a n to a m o lo f a ca s mi en tra s a f i lo c u c h i ll a s
vo c ê c o nse g u i r i a le r a pa la v r a ¿ p od rí a s l eer l a p a la b ra
B U CE T A CONCHA
s em ga g u e ja r na se g u nd a sí la b a ? s i n ta rta mu d ea r en l a ú lti ma s í la b a ?

a gen t e na sce d e u m g r i to n a c emos d e u n g ri to


e m es m o a ssi m te m m e d o d a d o r y s i n emb a rg o tememos a l d ol or
a b a r r i g a se a b r e la p a n z a s e a b re
c o m o u m v u lcã o g e r m i na nd o c omo v ol c á n en eru p c i ón
n o c en tr o d a te r r a en el c en tro d e la ti erra

hi t l er na sce u d e u m a m u lh e r h i tl er n a c i ó d e u n a mu j er
b u s h na sce u d e u m a m u lh e r b u s h n a c i ó d e u n a mu j er
ustra nasceu de uma buceta quente e peluda e profunda ustra nació de una concha caliente y peluda y profunda

MI N HA BU CE T A É U M A G A R GA N T A MI C O N C H A E S G AR G AN T A
MI N HA BU CE T A GR I T A MI C O N C H A G R I T A

(n ã o fo i su f i ci e nte ( n o f u e su f i c i en te q u e
hi t l er b u sh u str a h i tl er b u s h u stra
p i s o t ea r a m m i lh a r e s d e nó s) p i sotea ra n a mi l l on es d e n osotra s )
es c r evo se u no m e nu m le nço u m e d e cid o esc ri b o tu n omb re en u n a s erv i ll eta h ú med a
s a b o r fr u ta s v e r m e lh a s s a b or f ru tos roj os
e a r r eme sso na la tr i na y la a rroj o en l a l etri n a
u m a gi g a nte sca bo la d e ne v e tr a nsbo rd a u n a g i g a n tesc a b ola d e n i ev e tra n s b ord a
(a n t es q u e i m a q u e g e la ) ( n o h i ela má s b i en q u ema )

n ã o é pr e ci so f o g o pr a i nce nd i a r u m anima l n o s e n ec esi ta f u eg o p a ra i n c en d i a r u n a n i ma l


m eu p a í s e stá e m ci nz a s mi p a í s es tá h ec h o c en i z a s
e n en hum pr o jé ti l f o i d i spa r a d o y n o s e d i sp a ró n i n g ú n p roy ec ti l
(a n ã o se r o s v e lh o s i nq u i li no s ( sa l v o los v i ej os i n q u i l i n os
do s c o r po m a r g i na i s d e l os c u erp os ma rg i n a les
c o r p o s q u e nã o co nsta m no s a na i s d e soc io lo g ia c u e r p o s q u e n o c o n s t a n e n l o s a n a l e s d e l a s o c i o l ogía
u n i ver sa l) u n i v ersa l )

m er gu l h o se u no m e nu m co po d e ó le o s u merj o tu n omb re en u n v a s o d e a c ei te
s a n gr o to d o s o s m e se s s a n g ro tod os l os mes es
e o m u nd o co nti nu a e m g u e r r a y el mu n d o c on ti n ú a en g u erra
c a dei r a d e r o d a s o u m u r o d e f u z i la m e nt o ? ¿ s i ll a d e ru ed a s o p a red ón d e f u s i la mi en to?
a l u c i de z é h i sté r i ca la l u c i d ez es h i s téri c a

qu em v e nd e a pa z nã o co nh e ce a m i sé r ia q u i en v en d e l a p a z n o c on oc e l a mi seri a
dem o n i z a r a m o ó d i o d emon i z a ron el od i o
ó s en ho r e s d e be m los señ ores d e b i en
m a i s m e r e pu g na a co m pa i x ã o d o s a m bic io s o s má s me rep u g n a la c omp a s i ón d e l os a mb i c i os os
a fi l a ntr o pi a co lo r i d a d e u m ch e que pa r a l a f i l a n t r o p í a c o l o r i d a d e u n c h e q u e p a r a i n f a ntes
c r i a n ç a s ca r e nte s c a ren tes

M I N HA BU CE T A É U M CO R A ÇÃ O MI C O N C H A E S U N C O R AZ Ó N
M I N HA BU CE T A P U L S A MI C O N C H A LAT E
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

en gu l o se u no m e tra g o tu n omb re
e r egu r g i to to d o r a ci o na li sm o y reg u rg i to tod o ra c i on a li smo
s e a m o r te f o sse m u lh e r s i la mu erte f u era mu j er
n ã o es ta r í a m o s e m r u í na s n o esta rí a mos en ru i n a s
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

DIA 18. NÁUSEA DÍ A 1 8. N Á U SE A S 22 23 24 25 26 27 28

a t r a vesse se u d e se r to a tra v i ese s u d es i erto


p o der i a se r u m m a ntr a h i nd u p od rí a ser u n ma n tra h i n d ú
u m s l o g a n m o ti v a ci o na l u n sl og a n moti v a c i on a l
u m a fra se d e ca r tã o po sta l u n a f ra se d e p os ta l
m a s n ã o é p ero n o lo es

s ó fu i t e r d e nte s a o s q u a tr o rec i én a los c u a tro tu v e d i en tes


da í a p r e nd i a ba ba r y a p ren d í a b a b ea r
q u a n do ti nh a m e d o c u a n d o ten í a mi ed o
vo c ê s a be q u a nta s v e z e s ¿ v os sa b és c u á n ta s v ec es
u m a m u lh e r i m a g i na o co r te ? u n a mu j er i ma g i n a el c orte?
es p ec i a li sta s d i scu te m o v e r b o i nf i bula r esp ec i a l i sta s d i s c u ten el v erb o i n f i b u la r
c a n o n i z a m a v i o la çã o co m o m a i o r a to d e ba r bá r ie c a n on i z a n la v i ola c i ón c omo a c to ma y or d e b a rb a ri e
m a s a l g u é m se le m b r o u d e q u i té r i a ? ¿ p ero q u i én s e a c ord ó d e q u i teri a ?
o dep o i m e nto d e o lg a be ná r i o a po d r ec e el testi mon i o d e ol g a b en á ri o se p u d re
n u m c a m po d e co nce ntr a çã o q u a lq u e r en u n c a mp o d e c on c en tra c i ón c u a l q u i era

dec o r e m o s en ten d a mos


a fa l a é i ne r e nte a to d o s o s a ni m a i s el h a b la es i n h eren te a tod os l os a n i ma l es
a c a p a ci d a d e d e e scu ta , nã o la c a p a c i d a d d e es c u c h a , n o
(i s s o p o d e r i a se r u m a te se d e d o u to r ad o ( es o p od rí a ser u n a tesi s d e d oc tora d o
m a s escr e v o m e lh o r ca r ta z e s d e r u a ) p ero esc ri b o mej or a f i c h es c a l l ej eros )

a gu er r a d o pa r a g u a i u m m a ssa cr e la g u erra d el p a ra g u a y u n a ma s a c re
c a n ga c e i r o s e m g r e v e c a n g a c ei ros d e h u elg a
c a r p i de i r a s e m e x ti nçã o c a rp i d ei ra s en exti n c i ón
u m a a mné si a co m g o sto d e m u lh e r u n a a mn es i a c on g u sto d e mu j er
de qu e m e r a m o s co r po s? ¿ d e q u i én era n los c u erp os ?
de qu e m so m o s a m e m ó r i a ? ¿ d e q u i én somos l a memori a ?

t en t ei v o m i ta r i n ten té v omi ta r
m a s fa l to u co nv i cçã o p ero f a ltó c on v i c c i ón
a t é p r a i nd i g e stã o é pr e ci so h a bi li d a de h a s ta p a ra la i n d i g es ti ón se n ec es i ta d es trez a
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 19. FEBRE DÍ A 1 9 . F I E B RE

c a r n e v i v a c a rn e v i v a
em t err a q u e nte en ti erra c a l i en te
c a r n e q u e nte c a rn e c a l i en te
en t er r a d a v i v a en terra d a v i v a

a n t í go na a o co ntr á r i o a n tí g on a a l c on tra ri o

de c a d a d e sa pa r e ci d a d e c a d a d es a p a rec i d a
des en te r r a r d esen terra r
os ossos los h u esos
o n o m e el n omb re
o a l go z el v erd u g o
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 20. FADIGA DÍ A 20. F A TI G A

s o zi n h a s oli ta
p en él o pe d e sf i a p en él op e d es h i la
des a fi a d esa f í a
a b u t r es, o f i lh o , a m u lti d ã o b u i tres , el h i j o, la mu lti tu d

m a s o s d e u se s a pla u d e m u li sse s p ero los d i oses a p l a u d en a u li ses


1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 21. VERTIGEM DÍ A 21 . VÉ RTI G O

do p l a n a lto d esd e a rri b a


a r i a dn e o b se r v a a ri a d n a ob serv a
o s l a b i r i nto s los l a b eri n tos
minotauros mi n ota u ros
s e p er d e s e p i erd e
u m a l i nh a r e ta v i r a no v e lo u n a l í n ea rec ta s e ov i ll a
a t r a gé d i a - no v e la la tra g ed i a - n ov el a
CAPITULO 4 _ CORTE
CAPÍTULO 4 _ CORTE
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

PÍLULA 1 (DIA 1º DE SETEMBRO) PA STI LLA 1 ( DÍ A 1 º DE SE PTI E M B RE )

“Est u d a n t e p e r d e a v i s ã o a p ó s s e r f e r i d a Estudiante pierde la visión tras ser herida en


e m p r o t e s t o co nt r a i m p e a chm e n t” manif estació n co ntr a el imp eachment
(O Es t a do de S. P a u l o) (O Estad o d e S. Paulo )

“B r a s i l v e n c e o E q u a d o r n a e s t r e i a d e Br asil vence a Ecuad o r en el d ebut d e Tite en


T i t e n a e l i m i n a t ó r i a d a C o pa ” las Eliminatorias para el Mundial
(J o r na l N a ci o na l ) (Jo r nal Nacio nal)

c o m u ma li nh a r e ta é po ssí v e l c on u n a l í n ea rec ta es p os i b l e
p r o j et a r e d i f í ci o s, a m a lh a u r b a na f e r r o viá r ia p roy ec ta r ed i f i c i os , la red f errov i a ri a u rb a n a
calcular a distância entre um ponto A e um ponto B c a lc u la r l a d i sta n c i a en tre u n p u n to A y u n p u n to B

m a s de f i ni ti v a m e nte nã o é po ssí v e l p ero d ef i n i ti v a men te n o es p os i b l e


des en h a r a h i stó r i a d i b u j a r l a h i stori a
es s a é e spi r a l f o r a d e o r d e m esa es esp i ra l f u era d e ord en
i n ver s ã o d e cr o no lo g i a i n v ers i ón d e c ron ol og í a
s e p er g u nta n os p reg u n ta mos
q u a n do su r g i u a d e m o cr a ci a ? ¿ c u á n d o su rg i ó la d emoc ra c i a ?

fo i b r i n ca d e i r a f u e u n j u eg o
l en ga -le ng a f á b u la
i n fâ n c i a ca f é co m le i te i n f a n c i a d e c a f é c on lec h e
m i n a s - sã o pa u lo m i na s- sã o pa u lo mi n a s - s a n p a b lo mi n a s- sa n p a b l o
m i n a s e x plo d e m e m sã o pa u lo mi n a s exp lota n en sa n p a b l o
em b eb ê - jo v e m - jo r na li sta - g á s- pr a - to d o -la d o en b eb é- j ov en - p eri od i s ta - g a s- p or- tod os- l a d os
(a n a ç ã o d o f u tu r o pr e so a o pa ssa d o ) ( l a n a c i ón d el f u tu ro p res o a l p a s a d o)
n o ho r i z o nte en el h ori z on te
a l i n ha r e ta a pa g a d a la l í n ea rec ta b orra d a
n o s s a t e r r a n u es tra ti erra
c o m b a la a li nh a v a d a c on b a l a h i l v a n a d a

a b a l a na a g u lh a la b a la en la a g u j a
a gu l ha na li nh a a g u j a en l a l í n ea
s em p r e r e ta s i emp re rec ta
a l c a n ç a a m e ta a lc a n z a l a meta
m et r a l h a d o r a a metra ll a d ora
n o t ó r a x en el tóra x
qu e n ã o é a lv o q u e n o es b la n c o
s et a f lec h a
c er t a a r e spo sta c orrec ta la res p u esta

go l p e é no ssa m a r ca d e na sce nça g olp e es n u es tra ma rc a d e n a c i mi en to


c o r di a li d a d e é f o lclo r e la c ord i a l i d a d es f olc l ore
n o s s a t r a d i çã o se m pr e f o i d e v i o lê nci a n u es tra tra d i c i ón s i emp re f u e v i olen c i a
e r evi d e y rev a n c h a
à -m ã o - a r m a d a - i nsu r g ê nci a a - ma n o- a rma d a - i n s u rg en c i a
qu e p a z nã o tr a z ju sti ça q u e la p a z n o h a c e j u sti c i a
qu a n do a to g a ch e i r a à ca r ni ça c u a n d o l a b a la n z a h i ed e a c a rn i z a
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

PÍLULA 2 (DIA 13 DE MARÇO DE 2015) PA STI LLA 2 ( DÍ A 1 3 DE M A RZO DE 201 5 )

“Mai o r m a ni f e s t a çã o da hi s t ó r i a do P a í s La mayor manifestación de la historia del país


a u m e nt a p r e s s ã o p o r s a í da de D i l ma ” aumenta la p r esió n p o r la salid a d e Dilma
(O Es t a do de S. P a u l o) (O Estad o d e S. Paulo )

“Pi t b u l l g i g a n t e d e u m a n o e m e i o p e s a Pit bull gigante de un año y medio pesa 79 kg


7 9 k g e co nt i nu a cr e s ce ndo” y continúa creciendo
(G1. g l o b o) (G1. glo bo )

er a m t e m po s d e m u i to ó d i o e f e r r u g em a nt ig a era n ti emp os d e mu c h o od i o y h erru mb res a n ti g ua s


er a m t e m po s d e m u i to g r i to e po u ca vo z era n ti emp os d e mu c h o g ri to y p oc a v oz
er a m t e m po s d e r i ta li na a m né si a e a spir ina era n ti emp os d e ri ta li n a a mn es i a y a s p i ri n a

eram tempos de roleta-russa, guerra fria requentada era n ti emp os d e ru l eta - ru s a , g u erra f rí a rec a len ta da
c o m o se m i a m i f o sse te r r a pr o m e ti d a c omo s i mi a mi f u era ti erra p rometi d a
e c u b a a pr a g a i nf e sta d a y c u b a la p la g a i n f ec ta d a

er a m t e m po s r e pe ti d o s era n ti emp os rep eti d os


a hi s t ó r i a co m o f a r sa la h i stori a c omo f a rs a
a hi s t ó r i a co m o f o r ça la h i stori a c omo f u erz a
a hi s t ó r i a co m o f a lsa la h i stori a c omo f a lsa
a hi s t ó r i a co m o f o r ca la h i stori a c omo f ob i a
es t o u ro co m f o i ce e f a ca esta ll i d os c on h oc es y f a c a s
e c o n t i nu o ne ssa jo r na d a y c on ti n ú o en es ta j orn a d a
s em r enú nci a pe r a nte a b a r bá r i e s i n ren u n c i a a n te la b a rb a ri e
en t en da en ten d é
s u a p a ne la d e te f lo n nã o co nh e ce a f o me tu c a c erol a d e tef lón n o c on oc e el h a mb re
s eu m i l a g r e f a z cr e sce r o bo lo , su milagro leva la torta,
[ m a s nã o m u lti pli ca o s pã es [ p ero n o mu lti p l i c a l os p a n es
vo c ê q u e r ta nto m e lh o r a r o b% @ sI ti o u sted q u i ere ta n to mej ora r el b %@ s I
m a s qu e h u m a ni d a d e se co nstr ó i pero ¿qué humanidad se construye
[ na m i r a d e um f uzil? [ c on mi ra s a l f u s i l?

c o n t r a d i çã o ta m a nh a c on tra d i c c i ón ta ma ñ a
s ó vi n a a le m a nh a s olo v i en a l ema n i a
a n t r o d e b e ste i r a a n tro d e b es ti a l i d a d
ver s ã o a tu a li z a d a v ers i ón a c tu a li z a d a
do en s a i o d a ce g u e i r a d el en s a y o s ob re la c eg u era

qu e ven h a m o s to u r o s f u r i o so s q u e v en g a n los toros f u ri osos


continuarei erguendo minha bandeira vermelha c on ti n u a ré l ev a n ta n d o mi roj a b a n d era
p o r q u e m e u sa ng u e é r u b r o p orq u e mi sa n g re es rú b ea
(n ã o a z u l) ( n o a z u l)
m u i t o me no s a m a r e lo mu c h o men os a ma ri ll a
p o de s e pi nta r d e v e r d e p u ed e p i n ta rs e d e v erd e
es s e n a ci o na li sm o e u nã o q u e r o ese n a c i on a li smo n o se q u i ere

i s s o é ma i s q u e to m a r pa r ti d o má s q u e toma r p a rti d o
é t o m a r co r a g e m esto es toma r c ora j e
de en fr e nta r a cr u z e a b a la p a ra en f ren ta r c ru c es y b a l a s
da s u a b a nca d a m i li o ná r i a d e su b a n c a mi l l on a ri a
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

s e fo r pr e ci so te r e m o s g u e r r a s i es n ec esa ri o h a b rá g u erra
r es s u s c i ta r e m o s m a r i g h e lla resu c i ta remos a ma ri g h el l a
u m a s ó co nd u ta u n a ú n i c a c on d u c ta
m es m o co m g o lpe i n c lu s o c on g olp e
va i t er lu ta h a b rá l u c h a
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

PÍLULA 3 (DIA 18 DE ABRIL DE 2016) PA STI LLA 3 ( DÍ A 1 8 DE A B RI L DE 201 6 )

“No dia seguinte à aprovação do Al día siguiente de la aprobación del


imp e a c h m e n t , D i l m a s e d i z i n j u s t i ç a da ” imp eachment, Dilma se co nsid er a inj usticiad a
(J o r na l N a ci o na l ) (Jo r nal Nacio nal)

“Tempo r a da de 20 16 da Fó r m u l a 1 e s t á co m Temporada 2016 de la Fórmula 1, con un


nú m e r o a l t í s s i m o de u l t r a p a s s a g e n s ” númer o altísimo d e exceso s
(J o r na l N a ci o na l ) (Jo r nal Nacio nal)

n ã o p e lo s f i lh o s d e r e g i str o se m pa i n o p or l os h i j os d e reg i s tro si n p a d re


n em p e lo s a i s d a s f i lh a s se m pa z n i p or l os a y d e la s h i j a s s i n p a z
n em p e la s pá s n i p or l a s p a la s
q u e c ed o e nte r r a m q u e temp ra n o en ti erra n
c r i a n ç a s se m - te r r a i n f a n c i a s s i n ti erra
ví t i m a s d e g u e r r a v í c ti ma s d e g u erra
m a s p e la m i nh a f a m í li a s i n o p or mi f a mi l i a
m o del o tr i u nf a nte mod el o tri u n f a n te
p a i , m ã e , f i lh o s ( e a m a nte ) p a d re, ma d re, h i j os ( y a ma n te)

n ã o p e lo a v a nte n o p or el a d ela n to
da s s o ci a i s m e lh o r i a s d e soc i a l es mej orí a s
do vo t o d a m a i o r i a d el v oto d e la ma y orí a
m a s p e lo m e u e le i to r a d o s i n o p or mi elec tora d o
p el a s e m pr e i te i r a s f i na nci a d o p or l a s c on stru c tora s f i n a n c i a d o
q u e t r a nsf o r m a m o pú bli co q u e tra n sf orma n l o p ú b li c o
em i n t e r e sse pr i v a d o en i n terés p ri v a d o
n ã o p o r e ld o r a d o n o p or eld ora d o
p el o ma ssa cr e d o s r i b e i r i nh o s p or l a ma sa c re d e ri b ei ri n h os
p o r c a nu d o s o u ca r a já s p or c a n u d os o c a ra j á s
p el o fi m d a v i o lê nci a p or el f i n d e la v i olen c i a
(s a i p o lí ci a m i li ta r ) ( f i n d e la p oli c í a mi l i ta r)
m a s p o r d e u s p ero p or d i os
o b r a n c o d e lo ng a s b a r ba s el b la n c o d e la rg a s b a rb a s
qu e i n v e ste d i nh e i r o e u sa f a r d a q u e i n v i erte d i n ero y u s a u n i f orme
p el a m i nh a e spo sa ca v i a r p or mi es p osa c a v i a r
b el a , r e ca ta d a e d ó la r b ell a , rec a ta d a y d ól a r

n ã o p elo f i m d a m i sé r i a n o p or el f i n d e la mi seri a
qu a l q u e r pr o po sta sé r i a c u a l q u i er p rop u esta s eri a
p el a s é r i e d e ch a ci na s e r e pr e ssã o p or l a seri e d e ma ta n z a s y rep res i ón
p el o s ind í g e na s p or l os i n d í g en a s
vi da s m a i s d i g na s v i d a s má s d i g n a s
não no
p el a s mi nh a s i nsí g ni a s p or mi s i n si g n i a s
p el o me u po v o p or mi p u eb l o
c o m o s e f o sse m r e i s c omo s i f u era n rey es
a r m a do s d e co r v o a rma d os d e p u ñ a l

(m a s n ã o e ng r o ssa m o s e sse m o lh o ( p ero n o en g ord a mos esa sa l sa


r es i s t ê nci a se m m e d o resi sten c i a si n mi ed o
s o m o s a h i stó r i a à co ntr a pe lo ) s omos la h i stori a a c on tra p el o)
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

PÍLULA 4 (DIA 04 DE FEVEREIRO DE 2017) PA STI LLA 4 ( DÍ A 4 DE F E B RE RO DE 201 7)

“ D o na M a r i s a , e x -p r i m e i r a da ma , L a Sr a. Mar isa, ex p r imer a d ama,


morre em SP” muer e en San Pablo
(G1. g l o b o) (G1. glo bo )

“Est i l o d e v i d a q u e v a l o r i z a a c o n c h e g o e Estilo de vida que prioriza comodidad y


s i m p l i ci da de é m o da no Re i no U ni d o” simp licid ad está d e mo d a en Reino Unid o
(J o r na l H o je) (Jo r nal Ho j e)

des de o co m e ço f o i u m a q u e stã o d e g r a f ia d esd e el c omi en z o f u e c u es ti ón d e g ra f í a


c o m o se a lí ng u a c omo s i la l en g u a
my m o th e r la nd i s m y to ng u e my moth erla n d i s my ton g u e
n ã o s upo r ta sse a i nv e r sã o v o cá li ca n o s op orta ra la i n v ersi ón v oc á li c a
o t o q u e su a v e no pa la to m o le el toq u e s u a v e en el p a la d a r b la n d o
o des l i z a r tr i ste po r e ntr e d e nte s el d es li z a r tri s te en tre l os d i en tes
da l et ra “a ” la l etra « a »
s or r y s orry
/ei/ / ei /

desde o começo foi uma questão de falar correto d esd e el c omi en z o f u e c u es ti ón d e h a b l a r b i en


per f ec t a cce nt pe r f e ct g r a m a r p erf ec t a c c en t, p erf ec t g ra ma r
u m a q u e stã o d e w h i sk y – b o o k o n th e t a ble u n a c u esti ón d e w h i s ky – b ook on th e ta b l e
or v e r m o u th ca r pa no pu nt or v ermou th c a rp a n o p u n t

des de o co m e ço f o i u m a q u e stã o d e v er bet e d esd e el c omi en z o f u e c u es ti ón d e a p u n te


de r i go r a ca d ê m i co u m a q u e stã o d e cla s s e d e ri g or a c a d émi c o u n a c u esti ón d e c l a se
s emâ nt ic a s emá n ti c a
(o f c o ur s e) ( of c ou rs e)

after all como deixar uma mulher comandar o país After all, ¿cómo permitirle a una mujer comandar el país
s e “pr e si d e ntA ” nã o e x i ste ? s i « p resi d en tA» n o exi s te?
CAPÍTULO 5 _ OVULAÇÃO
CAPÍTULO 5 _ OVULACIÓN
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 26. PERÍODO FÉRTIL (2002-2016) DÍ A 26 . PE RÍ O DO F É RTI L ( 2002-201 6 )

m a s a s co ntr a ta çõ e s p ero la s c on tra ta c i on es


fo r a m m a i s f o r te s f u eron má s f u ertes
q u e a s co ntr a çõ e s q u e la s c on tra c c i on es

do l a do e sq u e r d o d el l a d o i z q u i erd o
o o vá r i o a tr o f i o u se atrofió el ovario
CAPÍTULO 6 _ MENSTRUAÇÃO
CAPÍTULO 6 _ MENSTRUACIÓN
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 27. SANGRIA DÍ A 27. SA N G RÍ A

ven t o s a s na co lu na v e r te b r a l v en tosa s en la c ol u mn a v erteb ra l

p a r a hi pó cr a te s p a ra h i p óc ra tes
t u do er a u m a q u e stã o d e h u m o r tod o era u n a c u esti ón d e h u mor
o fí ga d o v e r te nd o e m b i le el h í g a d o v erti en d o en b i l i s
a qu i l o q u e f o i so co a q u ell o q u e f u e g ol p e
q u e fo i ba i x a - a - ca be ça q u e f u e b a j á - la - c a b ez a
t a n qu e - lo u ça - co lch ã o ta n q u e- v a j i l l a - c ol c h ón

não no
n ã o q u e r o “li m pa r a s v e i a s” n o q u i ero « l i mp i a r mi s v en a s »
vá em b o r a co m se u bi stu r i s a lí d e a c á c on ese b i stu rí
l u va s b r a nca s co r ta nd o o m a pa g u a n tes b la n c os q u e c orta n el ma p a
j o ã o b a pti sta d e la r ce r d a j oã o b a p ti s ta d e la c erd a
c o n s t r u i nd o a e u r o pa a q u i c on s tru y en d o eu rop a a q u í

c a fé o u r o b o r r a ch a c a f é oro c a u c h o
c i c l o s d e ntr o e f o r a d e m i m c i c los d en tro y f u era d e mí
s a n gu e ssu g a s d e ca r to la i ng le sa s a n g u i j u ela s d e g a lera i n g les a
m a m a nd o - m e a té o f i m ma má n d ome h a sta el f i n

s o u a te r r a q u e a bso r v e a se i v a s oy la ti erra q u e a b s orb e s a v i a


a b a r r a g e m pr e ste s a e clo d i r la rep res a p ron ta p a ra es ta l l a r
S E I S A N GR A R P O R M I M M E S M A S É S AN G R AR P O R MÍ MI S MA
m eu ú te r o é u m a bo m ba mi ú tero es b omb a
e n ã o pr e ci sa d e f ó sf o r o y n o n ec es i ta f ósf oro
p a r a ex plo d i r p a ra exp l ota r
1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

DIA 28. LÚTEA DÍ A 28. LÚ TE A

el e di z q u e te m m e d o él d i c e q u e ti en e mi ed o
j á eu a d o r o ca i r y o a d oro c a er
c hã o a c o lh e m a i s d o q u e ca sa el su el o a b ri g a má s q u e c a s a
a b i s m o e stá d e ntr o d a g e nte d en tro d e n osotros está el a b i s mo
s ó s e a pr e nd e a a nd a r s olo se a p ren d e a a n d a r
a o s t r o pe ço s a los trop i ez os

m e s i n to co m o u m a m e ni na d e d o i s a no s me si en to c omo n en a d e d os a ñ os
q u e m a l pa r a so b r e a s pe r na s q u e a p en a s s e p a ra s ob re la s p i ern a s
es t a r d e pé é r e si sti r à g r a v i d a d e esta r d e p i e es resi sti r a la g ra v ed a d
da s c o i sa s d o s f a to s d e l a s c osa s d e los h ec h os
do p r ó pr i o pe so d el p rop i o p eso

s e c a i u pa lm a r e s ca i u bi z â nci o s i c a y ó p a l ma res c a y ó b i z a n c i o
c a i u a ba sti lh a c a y ó la b a s ti l l a
p o r qu e nã o ca i r i a e u p or q u é n o h a b rí a d e c a er y o
s e c a i u a s to r r e s g ê m e a s s i c a y eron l a s torres g emel a s
a di t a d u r a , o m u r o d e b e r li m la d i c ta d u ra el mu ro d e b erl í n
p o r qu e nã o h a v e r i a d e ca i r p or q u é n o h a b rí a d e c a er
es s e m a ld i to si ste m a este ma l d i to s i s tema
fa r em o s o le v a nte h a remos l a rec on s tru c c i ón
s o b r e a s r u í na s d o v e lh o m u nd o s ob re la s ru i n a s d el v i ej o mu n d o
et er n i d a d e é só pa r a o s d e u se s etern i d a d sol o p a ra los d i oses

a n o i t e pr e ci sa d e sa b a r pa r a o so l na sc er la n oc h e d eb e d es moron a rs e p a ra q u e n a z c a el sol

p a r ede s se d e sf a z e m m ê s a m ê s p a red es se d esh a c en mes a mes


a hem o r r a g i a se to r na a lí v i o la h emorra g i a s e torn a a li v i o
e b a n de i r a y b a n d era

s e m eu m u nd o ca i r s i mi mu n d o c a e
fa r ei u ma f e sta h a ré u n a f i esta
s e m eu m u nd o ca i r s i mi mu n d o c a e
é s i n a l d a r e v o lu çã o s erá señ a l d e la rev ol u c i ón

en t ã o entonces
qu a n do v i r e s m e u co nto r no c u a n d o v ea n mi si l u eta
es t en di d o no ch ã o exten d i d a en el su el o
c o m emo r e m f estej en

n o s s a uto pi a nã o é m a i s f i cçã o n u es tra u top í a y a n o es f i c c i ón


S angr ia tam bém s e t ornou u m a s é rie d e víd e o - a r t e . Sangria también se convirtió en serie de video-arte. Vânia
Os 28 poem as f ora m m u s ic a d os por V â nia O rne l a s ( b a i x o ) Ornelas (en el bajo) y Juba Carvalho (en la percusión)
e J uba Car val ho ( pe rc u s s ã o) , c om d ire ç ã o m u s ic a l de T o má s musicalizaron los veintiocho poemas, con la dirección musical
Bastos e m i x ag e m d e Re m i C h a t a in; pa ra c a d a p o e ma , de Tomás Bastos y mezclas de Remi Chatain. Se invitó a
um a arti sta-m ulh e r f oi c onv id a d a a pe rf orm a r. A d i r e ç ã o una mujer artista para performar cada poema. La dirección
de vídeo f icou a c a rg o d e Sé rg io Sil va e a s f il m a g en s fo r a m de video estuvo a cargo de Sérgio Silva, quien también
r eal i zadas por el e , J oy c e Pra d o, Y ve L ou is e , M e l C o e l h o , realizó las filmaciones junto a Joyce Prado, Yve Louise,
Mi l ena Cor rea e Re na t a d e O l ive ira A rm e l in. A e d i ç ã o Mel Coelho, Milena Correa y Renata de Oliveira Armelin.
f oi f eita por Mi l e na C orre a ; a a nim a ç ã o por Ra is s a S a n t a n a Milena Correa realizó la edición; Raissa Santana,
e a captação de s om por Re m i e M a na M a ia . O fi g u r i n o la edición y la captura de sonido, Remi Chatain
de Luiza foi realizado por Claudia Schapira e a caracterização y Mana Maia. Claudia Schapira realizó el vestuario de Luiza
por Mari a F erna nd a T orre z a ni. A d ire ç ã o, id e a l i za ç ã o y Maria Fernanda Torrezani, su caracterización. Luiza Romão
e curadori a do p roj e t o é d e L u iz a Rom ã o. idealizó el proyecto, del que también es directora y curadora.

Entr e as arti stas c onv id a d a s e s t ã o: C a rm e m L a z a ri, C a r o l i n a Entre las artistas invitadas figuran Carmem Lazari, Carolina
Teix ei ra (Itzá), E rika M ot a , F e rna nd a Bra nd ã o, H é l i o T o s t e , Teixeira (Itzá), Erika Mota, Fernanda Brandão, Hélio Toste,
Inayara S am uel , I s a d ora T ít t o, J ú l ia Ba rna bé , L a is Ol i v e i r a , Inayara Samuel, Isadora Títto, Júlia Barnabé, Lais Oliveira,
Lil ith Passos, L u a L u c a s , Érika G riz e nd i, Erik a Mo t a , Lilith Passos, Lua Lucas, Érika Grizendi, Erika Mota, Mana
Mana Maia, M a ria Ed u a rd a M a c h a d o, Ma yr a Maia, Maria Eduarda Machado, Mayra Coelho, Mel Coelho,
Coel ho, Mel C oe l h o, Kl a ra h L oba t o, N a t h á l i a Klarah Lobato, Nathália Bonilha, Nathalia Fonseca Freitas,
Boni l ha, Nath a l ia F ons e c a F re it a s , Pa l om a F r a n c a Paloma Franca Amorim, Palomaris Mathias, Raquel
Am or im , Pal oma ris M a t h ia s , Ra qu e l Pa rra s , R e n a t a Parras, Renata Armelin, Renata Prado, Shanawaara,
Arm el in, R ena t a Pra d o, Sh a na w a a ra , N a ra Z o c h e r , Nara Zocher, Silvana Martins Costa, Tatilene Santos,
S il vana Mar tins C os t a , T a t il e ne Sa nt os , T h a is L e i t t e , Thais Leitte, Vânia Ornelas y Viviane Almeida.
Vânia Or nel as, V iv ia ne Al m e id a . Es s e proj e t o n ã o s e r i a Este proyecto no sería posible sin el apoyo de Coletivo Digital y
possí vel sem o a poio d o C ol e t iv o Dig it a l e a p r o d u ç ã o la producción de Ventania Cultural (Mariana Novais).
da V entani a Cul t u ra l ( M a ria na N ov a is ) .
Finalmente, agradecemos inmensamente el apoyo de las 220
Por f i m , agr ad e c e m os im e ns a m e nt e o a poio d a s 2 2 0 personas que contribuyeron en la campaña de financiamiento
pessoas que cont ribu ira m na c a m pa nh a d e f ina nci a me n t o colectivo e hicieron posible este trabajo.
col eti vo e torna ra m e s s a e m pre it a d a pos s ív e l .
Luiza Romão es poeta, actriz y slammer. Nació en 1992
Luiza R om ão é poe t a , a t riz e s l a m m e r. N a s c e u e m 1 9 9 2 , en Ribeirão Preto. Vive en San Pablo desde los diecisiete años.
em R ibei rão Pret o, e m ora e m Sã o Pa u l o d e s d e os d e ze s s e t e . En 2014 publicó su primer libro, Coquetel Motolove. Es leonina
Em 2014, publ ic ou s e u prim e iro l ivro, C oqu e t e l Mo t o l o v e . e hincha implacable del Palmeiras.
É l eonina e pal m e ire ns e c onvic t a . Contacto: luizaromao8@gmail.com
Contato: l ui zar om a o8 @ g m a il .c om
sangria foi composto em bodoni 72 oldstyle 10,
e impresso na digital impressão de dados variáveis, agosto de 2017,
em papel pólen 90g/m 2, para o selo doburro.

Você também pode gostar