e n t r e l a m u l t i t u d d e la c o r t e ; m a s si r e s i d e en su mano la
e l e c c i ó n , h u i r á h a s t a la vista d e a q u é l l a ; e n caso d e necesi-
dad a b s o l u t a s o p o r t a r á la sociedad p a l a c i e g a ; p e r o si de su
voluntad d e p e n d e el c a m b i o , e s c a p a r á á ella. No le basta ha-
b e r s e desligado d e los vicios si p r e c i s a d e s p u é s q u e discuta
c o n los d é l o s o t r o s . C a r o n d a s c o n s i d e r a b a c o m o malos todos
los q u e f r e c u e n t a b a n la m a l a c o m p a ñ í a , y e n t i e n d o que
A n t i s t e n e s no s a t i s f i z o con su r e s p u e s t a á q u i e n le censuró
s u t r a t o con los p e r v e r s o s , c u a n d o dijo q u e t a m b i é n los
m é d i c o s viven e n t r e e n f e r m o s , p u e s si a y u d a n á la salud de
é s t o s , d e t e r i o r a n l a p r o p i a p o r el contagio, la vista continua
y l a f r e c u e n t a c i ó n d e las e n f e r m e d a d e s .
El fin ú l t i m o d e l a soledad es, á mi e n t e n d e r , vivir «¡a.
c u i d a d o s y a g r a d a b l e m e n t e ; m a s p a r a el logro del mismo no
s i e m p r e se é ñ c u é ñ t f a ' e l v e r d a d e r o c a m i n o . C r é e s e á veces
d e j a r las o c u p a c i o n e s , y n o se h a c e sino c a m b i a r l a s por
o t r a s : no o c a s i o n a c u i d a d o s m e n o r e s el g o b i e r n o de una
f a m i l i a que e i d e t o d o un E s t a d o . D o n d e q u i e r a que el alma "
e s t é ocupada, t o d a e l l a es a b s o r b i d a ; p o r s e r los quehace-
r e s d o m é s t i c o s m e n o s i m p o r t a n t e s , no d e j a n d e s e r menos
i m p o r t u n o s . P o r h a b e r n o s alejado de la corte y d e los ne-
gocios, n o q u e d a m o s en situación m á s h o l g a d a en punto
á l a s p r i n c i p a l e s r e m o r a s q u e a c o m p a ñ a n n u e s t r a vida:
Ralio e t p r u d e n t i a c u r a s ,
Non l o c u s e f f n s i l a t e m a r i s a r b i t e r , a u f e r t 1 ;
i a a m b i c i ó n , la a v a r i c i a , la i r r e s o l u c i ó n , el m i e d o y la con-
c u p i s c e n c i a n o n o s a b a n d o n a n p o r c a m b i a r de l u g a r :
Et
Post c q u i t e m sedet a t r a c u r a 8
;
á veces n o s s i g u e n h a s t a los sitios m á s r e c ó n d i t o s v hasta
las e s c u e l a s d e filosofía : ni los d e s i e r t o s , ni los abismos,
ni los cilicios, n i l o s a y u n o s s i r v e n á d e s e m b a r a z a r n o s :
8
llíeret lateri lethalis arundo ; ciudad, en el cual p e r d i ó m u j e r , hijos y b i e n e s d e f o r t u n a ,
C o m o d i j e r a n á S ó c r a t e s q u e un individuo n o había mo-
dificado su c o n d i c i ó n d e s p u é s de h a b e r h e c h o un v i a j e : « Lo
c r e o , r e s p o n d i ó , s u s vicios le a c o m p a ñ a r o n . »
Q u i d t o r r a s alio c a l e n t e s
Solé m u m a t u s ? P a t r i i e q u i s e x s n l
Se q u o q u e fugit * ?
S i el c u e r p o y el a l m a n o se desligan del p e s o q u e los opri-
me, el m o v i m i e n t o c o n c e n t r a r á sólo l a c a r g a , como en un
navio l a s m e r c a n c í a s o c u p a n m e n o s e s p a c i o d e s p u é s del
1. No s o n l a s h e r m o s a s s o l e d a d e s q u e d o m i n a n l a e x t e n s i ó n d e los m a r e s
¡H 1 f t u ® 0 ( l , 6 ' P a n l a s P e n a s : m a s S¡ l a r a z ó n y l a p r u d e n c i a . HOHAGM v Episl.,
(
^ 2 - ^ L a s p e n a s m o n t a n a l a g r u p a y g a l o p a n con n o s o t r o s . HORACIO, Od. III,
3. El d a r d o m o r t a l q u e d a e n el flanco. VIRGILIO, Eneida, IV, 73.
i . ¿ P o r q u e ir e n b u s c a d e r e g i o n e s a l u m b r a d a s p o r o t r o s o l ? ; Acaso basta
p a r a h u i r s e á si m i s m o e l h u i r d e s u p a i s ? HORACIO, Od. 11 l t í 18
viaje. M a v o r m a l q u e bien se p r o c u r a al e n f e r m o h a c i é n -
dole c a m b i a r d e l u g a r ; el m a l se c o m p r i m e con el m o v i -
m i e n t o , c o m o la e s t a c a se i n t r o d u c e m á s en l a t i e r r a c u a n -
\ to m á s se la e m p u j a . No basta d e j a r el p u e b l o , no b a s t a
\ c a m b i a r de sitio, e s preciso a p a r t a r s e de la g e n e r a l m a n e r a
de s e r uue r e s i d e e n n o s o t r o s , es n e c e s a r i o r e c o g e r s e y
I e n t r a r de lleno en la p o s e s i ó n d e si m i s m o .
Rupi jam vincula, dicas :
N a m l u c í a l a c a n i s n o d u m a r r i p i t ; a t t a n e m illi,
Quilín f u g i i , a e o l i o i r a h i i u r p a í s l o n g a c a l e ñ a ) *.
1 L l e v a m o s con n o s o t r o s la c a u s a d e n u e s t r o t o r m e n t o . No
p o s e e m o s libertad c o m p l e t a ; volvemos la vista h a c i a lo
q u e h e m o s d e j a d o y con ello l l e n a m o s n u e s t r a i m a g i n a c i ó n :
Nisi p u r g a t u m e s t p e c i o s , q u s a p r a j l i a n o b i s
Atque pericula lunc ingratis i n s i n u a n d u m ?
QuanUe conscindunt hominem cuppedinis acre»
Sollicitum c u r r e ? qnantique perinde limores ?
Quidve s u p e r b i a , spurcitia, ac petulanlia, q n a n t a s
Eíüciunt c i a d o s ? quid luxus, d e s i d i e s q n e * ?
R a d i c a el mal en n u e s t r a a l m a , y p o r c o n s i g u i e n t e d e ella
no puede desligarse;
In c u l p a e s t a n i m u s , q u i s e n o n e f f u g i t u n q u a m '.
A s i , p u e s , es inevitable q u e a q u é l l a s e r e c o j a y se asile
e n si m i s m a : tal e s lo que c o n s t i t u y e la soledad v e r d a d e r a ,
que p u e d e g o z a r s e en m e d i o d e las c i u d a d e s y d e los p a l a -
! cios, p e r o q u e se d i s f r u t a , s i n e m b a r g o , c o n m a y o r comodi-
í dad en el a i s l a m i e n t o . Y p u e s q u e t r a t a m o s d e vivir solos,
p r e s c i n d i e n d o d e toda c o m p a ñ í a , h a g a m o s q u e j i u e s t r o c o n -
tentamiento dependa ú n i c a m e n t e de nosotros ; d e s p r e n -
d á m o n o s d e todo lazo que nos s u j e t e á los d e m á s : ma-
n e m o s c o n s c i e n t e m e n t e el a r t e de vivir c o n f o r m e á n u e s t r a
. satisfacción.
HaT.íeñ3é Estilpón e s c a p a d o con v i d a del incendio d e su
D e m e t r i o P o l i o r c e t e s , viéndole en tan t e r r i b l e r u i n a sin
m a n i f e s t a r n i n g u n a p e n a , p r e g u n t ó l e si p o r v e n t u r a no
h a b í a e x p e r i m e n t a d o n i n g u n a p é r d i d a , á lo cual Estilpón
r e s p o n d i ó que no, q u e g r a c i a s á Dios n a d a s u y o h a b í a p e r -
dido. La m i s m a idea e x p r e s ó i n g e n i o s a m e n t e el filósofo An-
tistenes, c u a n d o dijo que el h o m b r e debía p r o v e e r s e d e
m u n i c i o n e s q u e flotasen en el a g u a y q u e p u d i e r a n s a l v a r -
s e con él á nado del n a u f r a g i o . Y así d e b e s e r en efecto;
el v e r d a d e r o filósofo n a d a h a p e r d i d o si salvó su c o n c i e n c i a
4 . He r o t o m i s l i g a d u r a s , m e d i r é i s , ¿ P e r o a c a s o el p e r r o q u e d e s p o é s d e
p r o l o n g a d o s e s f u e r z o s l o g r a p o r Bn e s c a p a r , n o l l e v a c a s i s i e m p r e c o n s i g o b u c i .
trozo d e s u c a d e n a ? PEICSIO, Sdl., V, 138.
i . Si n u e s t r a a l m a n o e s t á b i e n g o b e r n a d a , ¡ c u á n t o s s o n l o s c o m h a l p s q u e
l e ñ e m o s q u e s o s t e n e r y c u á n t o s l o s p e l i g r o s q u e t e n e m o s q u e a f r o n t a r ! ¿O.HÍ
c u i d a d o s , q u e t e m o r e s , q u é i n q u i e t u d e s no d e s g a r r a n _ a l J m r n b m v i c t i m a d e
s u s p a s i o n e s ? ¿ Q u é e s t r a g o s no p r o d u c e n e n su a l m a el o r g u l l o , la l i c e n c i a ,
la c o l e r a , EL l u j o y l a o c i o s i d a d ? LUCRECIO, V, 4 4 . — *
3. M o n t a i g n e t r a d u c e e s t e v e r s o a n t e s d e c i t a r ro.