CAPITULO I

LA O N I O L O G I A D E L E X P L I C A R

1. Praxis del vivir

esotros, los seres h u m a n o s , o p e r a m o s c o m o o b s e r v a -

d o r e s , esto es, h a c e m o s d i s t i n c i o n e s e n el l e n g u a j e . M á s
a ú n , si nos p i d e n e x p l i c a r ¿ q u é h a c e m o s ? , n o s o t r o s u s u a l -
m e n t e d e c i m o s q u e en n u e s t r o d i s c u r s o d e n o t a m o s o c o n -
notamos, con nuestras palabras y argumentos, entidades
q u e e x i s t e n i n d e p e n d i e n t e m e n t e de n o s o t r o s . O , s i n o -
sotros aceptamos que l o que d i s t i n g u i m o s d e p e n d e de
lo que hacemos, como los físicos m o d e r n o s lo hacen, ope-
r a m o s bajo la implícita s u p o s i c i ó n que, como observa-
d o r e s , e s t a m o s d o t a d o s de r a c i o n a l i d a d , y q u e esto n o
necesita o n o p u e d e ser e x p l i c a d o .

S i n e m b a r g o , si r e f l e x i o n a m o s d e s d e n u e s t r a e x p e -
riencia como observadores, d e s c u b r i m o s que t o d o l o que
h a g a m o s c o m o tales, s ó l o n o s o c u r r e . E n o t r a s p a l a b r a s ,
d e s c u b r i m o s q u e n u e s t r a e x p e r i e n c i a es q u e n o s e n c o n -
tramos observando, conversando o actuando, y que cual-
q u i e r e x p l i c a c i ó n o d e s c r i p c i ó n de l o q u e h a c e m o s es se-
c u n d a r i a a n u e s t r a e x p e r i e n c i a de e n c o n t r a r n o s n o s o -
tros m i s m o s en el hacer de lo que hacemos.

C u a l q u i e r cosa q u e n o s p a s e , n o s p a s a c o m o u n a ex-
p e r i e n c i a q u e v i v i m o s c o m o v i n i e n d o de n i n g u n a p a r t e .
N o s o t r o s u s u a l m e n t e n o n o s d a m o s c u e n t a de esto p o r -
que colapsamos la e x p e r i e n c i a c o n la e x p l i c a c i ó n de la

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e x p e r i e n c i a , q u e d á n d o n o s s ó l o c o n la e x p l i c a c i ó n de la
e x p e r i e n c i a . Esto es e v i d e n t e e n s i t u a c i o n e s q u e n o s sor-
p r e n d e n . Esto pasa, p o r e j e m p l o , m i e n t r a s m a n e j a n d o u n
a u t o , o t r o v e h í c u l o q u e n o h e m o s v i s t o e n e l espejo re-
t r o v i s o r n o s s o b r e p a s a . C u a n d o esto o c u r r e n o s s o r p r e n -
demos, y usualmente nos decimos i n m e d i a t a m e n t e a
n o s o t r o s m i s m o s o a o t r o s , c o m o u n a m a n e r a de j u s t i f i -
car n u e s t r a s o r p r e s a , q u e e l o t r o v e h í c u l o estaba en e l
p u n t o c i e g o d e l s i s t e m a r e t r o v i s o r de n u e s t r o v e h í c u l o ,
o que venía m u y rápido. En nuestra experiencia, sin
e m b a r g o , v i v i m o s e l a u t o q u e n o s s o b r e p a s a c o m o si apa-
r e c i e r a de n i n g u n a p a r t e .
Yo e x p r e s o esto, n u e s t r a s i t u a c i ó n c o m o o b s e r v a d o -
res, d i c i e n d o : a) e l o b s e r v a d o r se e n c u e n t r a a sí m i s m o
e n la p r a x i s d e l v i v i r (o e l acaecer d e l v i v i r o la e x p e -
riencia) en el lenguaje, t e n i e n d o experiencias que s i m -
p l e m e n t e le o c u r r e n c o m o v i n i e n d o de n i n g u n a p a r t e ; b)
c u a l q u i e r e x p l i c a c i ó n o d e s c r i p c i ó n de c ó m o o c u r r e l a
p r a x i s d e l v i v i r e n e l l e n g u a j e es o p e r a c i o n a l m e n t e se-
c u n d a r i a a la p r a x i s d e l v i v i r en el lenguaje, a u n c u a n d o
la e x p l i c a c i ó n y l a d e s c r i p c i ó n t a m b i é n o c u r r e n e n e l l a ;
y c) las e x p l i c a c i o n e s y d e s c r i p c i o n e s n o r e e m p l a z a n l o
q u e ellas e x p l i c a n o d e s c r i b e n . F i n a l m e n t e , es e v i d e n t e
q u e si e x p l i c a c i o n e s y d e s c r i p c i o n e s s o n s e c u n d a r i a s a
la p r a x i s de v i v i r d e l o b s e r v a d o r ( n u e s t r a p r a x i s d e l v i -
v i r h u m a n o ) , ellas s o n e s t r i c t a m e n t e i n n e c e s a r i a s p a r a
ésta, a u n c u a n d o la p r a x i s d e l v i v i r d e l o b s e r v a d o r cam-
b i a d e s p u é s de h a b e r l a s e s c u c h a d o . E n estas c i r c u n s t a n -
cias, o b s e r v a r es t a n t o e l p u n t o e s e n c i a l de p a r t i d a c o m o
la p r e g u n t a m á s f u n d a m e n t a l e n c u a l q u i e r i n t e n t o de
entender realidad y razón como fenómenos del d o m i n i o
humano.
Por c i e r t o , c a d a cosa es d i c h a p o r u p o b s e r v a d o r a
o t r o o b s e r v a d o r q u e p u e d e ser él o e l l a m i s m a ( v e r
M a t u r a n a 1970), y e l o b s e r v a d o r es u n ser h u m a n o . Esta
c o n d i c i ó n es u n a p o s i b i l i d a d y u n p r o b l e m a , n o u n a res-
tricción.
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2. E x p l i c a c i o n e s
A n o s o t r o s , seres h u m a n o s o c c i d e n t a l e s y m o d e r n o s ,
m i e m b r o s de u n a t r a d i c i ó n c u l t u r a l g r e c o - j u d e o - c r i s t i a -
na a l a c u a l l a c i e n c i a m o d e r n a p e r t e n e c e , n o s g u s t a ex-
p l i c a r y f o r m u l a r p r e g u n t a s q u e d e m a n d a n respu.gstas
e x p l i c a t i v a s . A d e m á s , si e s t a m o s en el á n i m o de h a c e r
una p r e g u n t a que d e m a n d a u n a explicación, nos c o n f o r -
maremos sólo cuando encontremos u n a respuesta e x p l i -
cativa a nuestra p r e g u n t a .
Pero, ¿ q u é es l o q u e o c u r r e e n u n a e x p l i c a c i ó n ? , ¿ q u é
debe o c u r r i r p a r a q u e d i g a m o s q u e u n f e n ó m e n o d a d o o
s i t u a c i ó n ha s i d o e x p l i c a d a ? Si p o n e m o s a t e n c i ó n a l o
q u e h a c e m o s e n n u e s t r a v i d a d i a r i a c a d a v e z q u e res-
p o n d e m o s a u n a p r e g u n t a c o n u n d i s c u r s o q u e es a c e p -
tado por u n oyente como una explicación, podemos no-
tar d o s cosas: a), q u e l o q u e h a c e m o s es p r o p o n e r u n a
r e f o r m u l a c i ó n de u n a s i t u a c i ó n p a r t i c u l a r de n u e s t r a
p r a x i s d e l v i v i r c o n o t r o s e l e m e n t o s de n u e s t r a p r a x i s
d e l v i v i r ; y b ) , q u e n u e s t r a r e f o r m u l a c i ó n de n u e s t r a
p r a x i s d e l v i v i r es a c e p t a d a p o r e l o y e n t e c o m o u n a
r e f o r m u l a c i ó n de s u p r a x i s d e l v i v i r .
D e este m o d o , p o r e j e m p l o , la p r o p o s i c i ó n « u s t e d f u e
h e c h o p o r su m a d r e e n s u v i e n t r e » , se v u e l v e u n a e x p l i -
cación c u a n d o u n niño la acepta c o m o una respuesta a
su p r e g u n t a : « M a d r e , ¿ c ó m o n a c í ? » . E n o t r a s p a l a b r a s ,
d i a r i a m e n t e l a v i d a n o s r e v e l a q u e es el o b s e r v a d o r q u i e n
acepta o r e c h a z a u n a a f i r m a c i ó n c o m o u n a r e f o r m u l a c i ó n
de u n a s i t u a c i ó n p a r t i c u l a r de su p r a x i s d e l v i v i r c o n ele-
m e n t o s de o t r a s s i t u a c i o n e s de su p r a x i s d e l v i v i r , q u i e n
d e t e r m i n a s i esa a f i r m a c i ó n es o n o u n a e x p l i c a c i ó n .
H a c i e n d o esto, el o b s e r v a d o r acepta o rechaza u n a
r e f o r m u l a c i ó n de s u p r a x i s d e l v i v i r c o m o u n a e x p l i c a -
c i ó n de a c u e r d o a si s a t i s f a c e o n o u n c r i t e r i o de a c e p t a -
c i ó n i m p l í c i t o o e x p l í c i t o , q u e él o e l l a a p l i c a a t r a v é s de
s u f o r m a de e s c u c h a r . Si se satisface el c r i t e r i o de acep-
t a c i ó n , l a r e f o r m u l a c i ó n d e l a p r a x i s d e l v i v i r es a c e p t a -
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da y se c o n s t i t u y e e n u n a e x p l i c a c i ó n , l a e m o c i ó n o el es-
t a d o de á n i m o d e l o b s e r v a d o r c a m b i a de d u d a a contenta-
m i e n t o , y él o ella deja de hacerse l a p r e g u n t a .
C o m o r e s u l t a d o , cada m a n e r a de e s c u c h a r d e l obser-
v a d o r , que c o n s t i t u y e u n c r i t e r i o para aceptar r e f o r m u -
l a c i o n e s e x p l i c a t i v a s de l a p r a x i s d e l v i v i r , d e f i n e u n
d o m i n i o de e x p l i c a c i o n e s , y l o s o b s e r v a d o r e s q u e a f i r -
m a n a c e p t a r las m i s m a s e x p l i c a c i o n e s p a r a sus r e s p e c t i -
vas p r a x i s d e l v i v i r , i m p l í c i t a m e n t e a f i r m a n o p e r a r e n el
m i s m o d o m i n i o de p r a x i s d e l v i v i r . P o r c o n s i g u i e n t e , y
s i n i m p o r t a r si e s t a m o s o n o c o n s c i e n t e s de esto, n o s o -
t r o s c o m o o b s e r v a d o r e s n u n c a e s c u c h a m o s en e l v a c í o ,
siemprje a p l i c a m o s a l g ú n c r i t e r i o p a r t i c u l a r de a c e p t a -
c i ó n de l o q u e sea q u e o i g a m o s ( v e a m o s , t o q u e m o s , o l a -
mos o p e n s e m o s ) , a c e p t á n d o l o o r e c h a z á n d o l o de
a c u e r d o a s i satisface o n o t a l c r i t e r i o e n n u e s t r o escu-
char. P o r c i e r t o , esto e s t á o c u r r i e n d o a h o r a c o n l o s l e c t o -
res de este l i b r o .
3. C a m i n o s e x p l i c a t i v o s
Existen dos m o d o s o maneras f u n d a m e n t a l e s que u n ob-
s e r v a d o r p u e d e a d o p t a r p a r a e s c u c h a r e x p l i c a c i o n e s , se-
g ú n si él o e l l a se h a c e n o n o l a p r e g u n t a p o r u n a e x p l i -
c a c i ó n b i o l ó g i c a de sus h a b i l i d a d e s c o g n i t i v a s . Estas dos
maneras de escuchar d e t e r m i n a n dos caminos e x p l i c a t i -
v o s p r i m a r i o s e x c l u s i v o s q u e y o l l a m o el c a m i n o de la
o b j e t i v i d a d s i n p a r é n t e s i s o de l a o b j e t i v i d a d t r a s c e n -
d e n t a l , y e l c a m i n o de o b j e t i v i d a d e n t r e p a r é n t e s i s o el
c a m i n o de o b j e t i v i d a d c o n s t i t u t i v a . P e r m í t a s e m e des-
cribirlas.
i ) E n e l c a m i n o e x p l i c a t i v o de l a o b j e t i v i d a d s i n p a r é n -
tesis, e l o b s e r v a d o r i m p l í c i t a o e x p l í c i t a m e n t e acepta sus
h a b i l i d a d e s c o g n i t i v a s t a l c o m o sus p r o p i e d a d e s c o n s t i -
t u t i v a s , y él o e l l a l o hace a s í n o a c e p t a n d o o r e c h a z a n d o
una c o m p l e t a b ú s q u e d a en su o r i g e n biológico. H a c i e n -
d o esto e l o b s e r v a d o r i m p l í c i t a o e x p l í c i t a m e n t e , a s u m e
q u e l a e x i s t e n c i a t i e n e l u g a r c o n i n d e p e n d e n c i a de l o q u e
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él o e l l a h a c e , q u e las cosas e x i s t e n i n d e p e n d i e n t e m e n t e
de si él o e l l a las c o n o c e , y de si él o e l l a p u e d e o n o
c o n o c e r acerca de ellas a t r a v é s de l a p e r c e p c i ó n o l a r a -
z ó n . E n este c a m i n o e x p l i c a t i v o , el o b s e r v a d o r usa u n a
referencia a alguna e n t i d a d tal como materia, energía,
m e n t e , c o n c i e n c i a , i d e a s . . . , o D i o s , c o m o su a r g u m e n t o
f i n a l p a r a v a l i d a r y, p o r l o t a n t o , p a r a a c e p t a r u n a
r e f o r m u l a c i ó n de la p r a x i s d e l v i v i r c o m o u n a e x p l i c a -
c i ó n de e l l a . E n o t r a s p a l a b r a s , es el e s c u c h a r d e l o b s e r -
v a d o r con u n c r i t e r i o de aceptación que supone u n a re-
f e r e n c i a a a l g u n a e n t i d a d q u e existe i n d e p e n d i e n t e m e n -
te de l o q u e él o e l l a h a c e , p a r a q u e u n a r e f o r m u l a c i ó n
de la p r a x i s d e l v i v i r sea a c e p t a d a c o m o u n a e x p l i c a c i ó n
de é s t a , l o q u e c o n s t i t u y e este c a m i n o e x p l i c a t i v o y, de
hecho, lo define.
P o r e n d e , este c a m i n o e x p l i c a t i v o es c o n s t i t u t i v a -
m e n t e c i e g o (o s o r d o ) a la p a r t i c i p a c i ó n d e l o b s e r v a d o r
e n la c o n s t i t u c i ó n de l o q u e él o e l l a a c e p t a c o m o u n a
explicación.
E n este c a m i n o e x p l i c a t i v o , las e n t i d a d e s a s u m i d a s
c o m o e x i s t e n t e s c o n i n d e p e n d e n c i a de l o q u e el o b s e r -
v a d o r h a c e , a s í c o m o esas e n t i d a d e s q u e s u r g e n c o m o
c o n s t r u c t o s de é s t a s , c o n s t i t u y e n l o r e a l y c u a l q u i e r o t r a
cosa es u n a i l u s i ó n . E n o t r a s p a l a b r a s , e n este c a m i n o
e x p l i c a t i v o s o s t e n e r q u e u n a a f i r m a c i ó n d a d a es u n a i l u -
s i ó n , es r e h u s a r s u r e a l i d a d , y n e g a r su v a l i d e z . Por c o n -
s i g u i e n t e , d e b i d o a s u m o d o de c o n s t i t u c i ó n , este c a m i -
no e x p l i c a t i v o necesariamente lleva al observador a re-
q u e r i r u n d o m i n i o ú n i c o de r e a l i d a d , u n u n i v e r s o , u n a
r e f e r e n c i a t r a s c e n d e n t a l , c o m o e l ú l t i m o r e c u r s o de v a l i -
d a c i ó n p a r a las e x p l i c a c i o n e s q u e él o ella a c e p t a , y, c o m o
consecuencia, a realizar u n c o n t i n u o intento para e x p l i -
car t o d o s los a s p e c t o s de s u p r a x i s d e l v i v i r r e d u c i é n d o -
los a aquél.
F i n a l m e n t e , e n este c a m i n o e x p l i c a t i v o , l a s u p o s i c i ó n
p o r d i f e r e n t e s o b s e r v a d o r e s de d i f e r e n t e s t i p o s de e n t i -
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dades i n d e p e n d i e n t e s c o m o l i l t i m o r e c u r s o de v a l i d a c i ó n
de sus e x p l i c a c i o n e s , c o n s t i t u t i v a m e n t e l o s l l e v a a v a l i -
d a r c o n sus c o n d u c t a s d i f e r e n t e s , y n e c e s a r i a m e n t e m u -
tuamente exclusivos, universos, realidades o d o m i n i o s
de e x p l i c a c i o n e s o b j e t i v a s . P o r l o t a n t o , e n este c a m i n o
e x p l i c a t i v o las e x p l i c a c i o n e s s u p o n e n l a p o s e s i ó n de u n
acceso p r i v i l e g i a d o a u n a r e a l i d a d o b j e t i v a p o r e l obser-
v a d o r q u e e x p l i c a , y e n él l o s o b s e r v a d o r e s n o se h a c e n
cargo de s u m u t u a n e g a c i ó n e n sus d e s a c u e r d o s e x p l i c a -
t i v o s y a q u e ésta es l a c o n s e c u e n c i a d e a r g u m e n t o s c u y a
v a l i d e z n o d e p e n d e de e l l o s . Es e n este c a m i n o e x p l i c a -
t i v o d o n d e u n a p r e t e n s i ó n de c o n o c i m i e n t o es u n a d e -
m a n d a de o b e d i e n c i a .
i i . - E n el c a m i n o e x p l i c a t i v o de o b j e t i v i d a d entre parén-
tesis e l o b s e r v a d o r e x p l í c i t a m e n t e a c e p t a : a), q u e él o e l l a
es, c o m o ser h u m a n o , u n s i s t e m a v i v i e n t e ; b ) , q u e sus
habilidades cognitivas como observador son fenómenos
b i o l ó g i c o s y a que s o n a l t e r a d o s c u a n d o s u b i o l o g í a es
a l t e r a d a , y desaparece c o n él o e l l a e n e l m o m e n t o de l a
m u e r t e ; y c), que si él o e l l a q u i e r e e x p l i c a r sus h a b i l i d a -
des c o g n i t i v a s c o m o u n o b s e r v a d o r , él o e l l a d e b e h a c e r -
lo m o s t r a n d o cómo ellos s u r g e n c o m o f e n ó m e n o s b i o l ó -
gicos, en su realización c o m o u n sistema v i v i e n t e . M á s
a ú n , a d o p t a n d o este c a m i n o e x p l i c a t i v o , e l o b s e r v a d o r
t i e n e q u e a c e p t a r c o m o sus c a r a c t e r í s t i c a s c o n s t i t u t i v a s ,
t o d a s las c a r a c t e r í s t i c a s c o n s t i t u t i v a s de l o s s i s t e m a s v i -
v i e n t e s , p a r t i c u l a r m e n t e sus i n c a p a c i d a d e s p a r a d i s t i n -
g u i r en la experiencia lo q u e en la v i d a d i a r i a d i s t i n g u i -
mos como percepción e ilusión. Permítaseme explicar.
C u a n d o n o s o t r o s o b s e r v a m o s a los a n i m a l e s p o d e m o s
v e r q u e e l l o s en g e n e r a l c o m e t e n l o q u e n o s o t r o s p o d e -
m o s l l a m a r errores p e r c e p t u a l e s . M á s a ú n , n o s o t r o s u s a -
m o s esto e n n u e s t r a s i n t e r a c c i o n e s c o n e l l o s c u a n d o l o s
e n g a ñ a m o s e n la caza. A s í , p o r e j e m p l o , e n l a pesca d e l a
t r u c h a nosotros usamos u n anzuelo con p l u m a s que ha-
c e m o s v o l a r c o m o u n i n s e c t o a ras de l a s u p e r f i c i e d e l
a g u a . U n a t r u c h a que v e este e n g a ñ o s o « i n s e c t o » y salta
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p a r a c a z a r l o , « d e s c u b r e » s ó l o al ser a t r a p a d o q u e el i n -
secto era u n a i l u s i ó n . Q u e el o b s e r v a d o r sepa, a t r a v é s
de su d i s e ñ o , q u e él o e l l a h a y a n e s t a d o e n g a ñ a n d o t o d o
el t i e m p o , n o a l t e r a esto. Es s ó l o d e s p u é s de h a b e r s i d o
c a z a d a q u e l a t r u c h a d e v a l ú a l a e x p e r i e n c i a p r e v i a de
cazar a l i n s e c t o c o n s i d e r á n d o l a u n a i l u s i ó n . N o s o t r o s ,
observadores, como sistemas v i v i e n t e s no somos d i f e r e n -
tes de l a t r u c h a e n este a s p e c t o .
E l u s o q u e n o s o t r o s h a c e m o s e n l a v i d a d i a r i a de las
p a l a b r a s m e n t i r a y e r r o r , r e v e l a esto, y l a p a l a b r a h i p o -
cresía demuestra que nosotros usamos nuestra i n c a p a c i -
d a d p a r a d i s t i n g u i r en la e x p e r i e n c i a entre p e r c e p c i ó n e
i l u s i ó n p a r a la m a n i p u l a c i ó n de n u e s t r a s r e l a c i o n e s
i n t e r p e r s o n a l e s . P o r c i e r t o , i n d e p e n d i e n t e de l a a v e n i d a
s e n s o r i a l a t r a v é s de l a c u a l u n a e x p e r i e n c i a o c u r r e , e
i n d e p e n d i e n t e m e n t e de las c i r c u n s t a n c i a s b a j o las c u a -
les esto o c u r r e , s u c l a s i f i c a c i ó n c o m o u n a p e r c e p c i ó n o
c o m o u n a i l u s i ó n es u n a c a r a c t e r i z a c i ó n de e l l a q u e u n
o b s e r v a d o r hace a t r a v é s de u n a r e f e r e n c i a a o t r a e x p e -
r i e n c i a d i f e r e n t e q u e , d e n u e v o , p u e d e ser s ó l o c l a s i f i c a -
d a c o m o u n a p e r c e p c i ó n o c o m o u n a i l u s i ó n a t r a v é s de
una referencia a otra.
D e t o d o esto se c o n c l u y e q u e u n o b s e r v a d o r n o t i e n e
base o p e r a c i o n a l p a r a h a c e r c u a l q u i e r d e c l a r a c i ó n o a f i r -
m a c i ó n acerca de o b j e t o s , e n t i d a d e s o r e l a c i o n e s , c o m o
si ellas e x i s t i e r a n i n d e p e n d i e n t e m e n t e de l o q u e él o e l l a
hace. M á s a ú n , u n a c o m u n i d a d de o b s e r v a d o r e s q u e n o
p u e d e d i s t i n g u i r e n la e x p e r i e n c i a e n t r e p e r c e p c i ó n e i l u -
s i ó n , n o e s t á e n este a s p e c t o e n u n a p o s i c i ó n m e j o r . Su
acuerdo no da v a l i d e z o p e r a c i o n a l a u n a distinción que
n i n g u n o de e l l o s p u e d a h a c e r i n d i v i d u a l m e n t e .
De hecho, u n a vez que la c o n d i c i ó n b i o l ó g i c a d e l ob-
s e r v a d o r es a c e p t a d a , l a s u p o s i c i ó n de q u e u n o b s e r v a -
d o r p u e d e hacer c u a l q u i e r declaración sobre entidades
q u e e x i s t e n i n d e p e n d i e n t e m e n t e de q u é h a c e , él o e l l a ,
esto es, e n u n d o m i n i o d e r e a l i d a d o b j e t i v a , se v u e l v e o
23
a b s u r d a o v a c í a p o r q u e n o existe o p e r a c i ó n d e l o b s e r v a -
d o r q u e p u e d a s a t i s f a c e r l a . E n el c a m i n o de l a o b j e t i v i -
d a d e n t r e p a r é n t e s i s , l a e x i s t e n c i a es c o n s t i t u i d a c o n l o
q u e el o b s e r v a d o r h a c e , y e l o b s e r v a d o r t r a e a la m a n o
l o s o b j e t o s q u e él o e l l a d i s t i n g u e c o n sus o p e r a c i o n e s de
d i s t i n c i ó n , c o m o d i s t i n c i o n e s de d i s t i n c i o n e s e n el l e n -
g u a j e . Por o t r a p a r t e , los o b j e t o s q u e el o b s e r v a d o r t r a e
a l a m a n o e n s u o p e r a c i ó n de d i s t i n c i ó n s u r g e n d o t a d o s
con las p r o p i e d a d e s q u e r e a l i z a n las coherencias
o p e r a c i o n a l e s e n el d o m i n i o de l a p r a x i s d e l v i v i r e n las
cuales s o n c o n s t i t u i d a s .
E n el c a m i n o de l a o b j e t i v i d a d e n t r e p a r é n t e s i s , el o b -
s e r v a d o r c o n s t i t u y e e x i s t e n c i a c o n sus o p e r a c i o n e s de
d i s t i n c i o n e s . Por estas r a z o n e s , e n e l c a m i n o de l a obje-
t i v i d a d e n t r e p a r é n t e s i s e l o b s e r v a d o r sabe q u e él o e l l a
n o p u e d e usar u n objeto que se a s u m e existe c o m o u n a en-
t i d a d i n d e p e n d i e n t e c o m o u n a r g u m e n t o p a r a f u n d a r su ex-
plicación. Por c i e r t o , y o l l a m o este c a m i n o e x p l i c a t i v o el ca-
m i n o de la o b j e t i v i d a d entre p a r é n t e s i s p r e c i s a m e n t e p o r
esto, y p o r q u e c o m o t a l s u p o n e , en c a m b i o , reconocer que
es el c r i t e r i o de a c e p t a c i ó n que el o b s e r v a d o r aplica en su
escuchar l o que d e t e r m i n a las r e f o r m u l a c i o n e s de la p r a x i s
d e l v i v i r que c o n s t i t u y e n e x p l i c a c i o n e s e n él.
E l h e c h o de q u e e n este c a m i n o e x p l i c a t i v o el obser-
v a d o r c o n s t i t u y a e x i s t e n c i a a l t r a e r a l a m a n o objetos c o n
sus o p e r a c i o n e s de d i s t i n c i ó n e n su p r a x i s d e l v i v i r e n el
l e n g u a j e , t i e n e tres c o n s e c u e n c i a s f u n d a m e n t a l e s :
1) q u e cada c o n f i g u r a c i ó n de o p e r a c i o n e s de d i s t i n c i o -
nes que el o b s e r v a d o r ejecuta, especifica u n d o m i n i o de
r e a l i d a d c o m o u n d o m i n i o de coherencias operacionales
de su p r a x i s d e l v i v i r e n l a c u a l él o ella trae a la m a n o
u n t i p o p a r t i c u l a r de objetos a t r a v é s de su a p l i c a c i ó n
(ejemplo: el d o m i n i o de existencia física es traído a la
m a n o c o m o u n d o m i n i o de r e a l i d a d a t r a v é s de la a p l i -
cación r e c u r s i v a p o r el o b s e r v a d o r , en su p r a x i s d e l v i -
v i r , de la c o n f i g u r a c i ó n de d i s t i n c i o n e s c o n s t i t u i d a s p o r
m e d i d a s de masa, d i s t a n c i a y t i e m p o ) ;
24
2) que cada d o m i n i o de r e a l i d a d c o n s t i t u y e u n d o m i n i o de
e x p l i c a c i o n e s de l a p r a x i s d e l v i v i r d e l o b s e r v a d o r
e n t a n t o él usa r e c u r s i v a m e n t e las coherencias o p e r a -
c i o n a l e s que l a c o n s t i t u y e n , p a r a g e n e r a r r e f o r m u -
l a c i o n e s e x p l i c a t i v a s de su p r a x i s d e l v i v i r ( e j e m p l o : la
aplicación r e c u r s i v a de las coherencias operacionales de
la p r a x i s d e l v i v i r d e l o b s e r v a d o r que c o n s t i t u y e el d o -
m i n i o físico de existencia c o m o el c r i t e r i o de a c e p t a c i ó n
p a r a la r e f o r m u l a c i ó n e x p l i c a t i v a de la p r a x i s d e l v i v i r
d e l observador, c o n s t i t u y e el d o m i n i o de explicaciones
físicas);
3) q u e a u n c u a n d o t o d o s l o s d o m i n i o s de r e a l i d a d s o n
d i f e r e n t e s , e n t é r m i n o d e las c o h e r e n c i a s o p e r a c i o -
n a l e s q u e los c o n s t i t u y e n , y, p o r e n d e , n o s o n i g u a -
les e n la e x p e r i e n c i a d e l o b s e r v a d o r , ellos s o n t o d o s
i g u a l m e n t e l e g í t i m o s c o m o d o m i n i o s de e x i s t e n c i a ,
p o r q u e e l l o s s u r g e n de l a m i s m a f o r m a a l ser g e n e -
r a d o s a t r a v é s de l a a p l i c a c i ó n de o p e r a c i o n e s de d i s -
t i n c i ó n p o r el o b s e r v a d o r , en s u p r a x i s d e l v i v i r .
Se d e d u c e de t o d o esto': a) q u e e n e l c a m i n o e x p l i c a -
t i v o de l a o b j e t i v i d a d e n t r e p a r é n t e s i s e l o b s e r v a d o r se
e n c u e n t r a a sí m i s m o c o m o e l g e n e r a d o r de t o d a r e a l i -
d a d a t r a v é s de sus o p e r a c i o n e s de d i s t i n c i ó n e n l a p r a x i s
d e l v i v i r ; b) q u e él o e l l a p u e d e t r a e r a la m a n o t a n t o s
d i f e r e n t e s p e r o i g u a l m e n t e l e g í t i m o s d o m i n i o s de r e a l i -
d a d c o m o d i f e r e n t e s t i p o s de o p e r a c i o n e s de d i s t i n c i ó n
q u e él o e l l a r e a l i z a e n s u p r a x i s d e l v i v i r ; c) q u e él o e l l a
p u e d e u s a r u n o u o t r o d e estos d i f e r e n t e s d o m i n i o s de
r e a l i d a d , c o m o u n d o m i n i o de e x p l i c a c i o n e s de a c u e r d o
a l c r i t e r i o de a c e p t a c i ó n p a r a u n a r e f o r m u l a c i ó n a d e c u a -
da de l a p r a x i s d e l v i v i r q u e él o e l l a usa e n s u e s c u c h a r ;
y d ) q u e él o e l l a es o p e r a c i o n a l m e n t e r e s p o n s a b l e de
t o d o s los d o m i n i o s de r e a l i d a d y de e x p l i c a c i o n e s q u e él
o e l l a v i v e e n sus e x p l i c a c i o n e s de l a p r a x i s d e l v i v i r .
Se d e d u c e q u e e n este c a m i n o e x p l i c a t i v o las e x p l i -
caciones son c o n s t i t u t i v a m e n t e n o reduccionistas y n o
25
t r a s c e n d e n t a l e s p o r q u e en ellas n o h a y b ú s q u e d a de u n a
única explicación última para t o d o . Por consiguiente,
c u a n d o u n o b s e r v a d o r acepta este c a m i n o e x p l i c a t i v o ,
él o e l l a se hace cargo de q u e d o s o b s e r v a d o r e s q u e ge-
n e r a n d o s e x p l i c a c i o n e s q u e se e x c l u y e n m u t u a m e n t e ,
frente a dos situaciones que p a r a u n tercer observador
son la m i s m a , n o están d a n d o diferentes explicaciones
p a r a l a m i s m a s i t u a c i ó n , s i n o q u e l o s tres e s t á n o p e r a n -
d o e n d i s t i n t o s p e r o i g u a l m e n t e l e g í t i m o s d o m i n i o s de
r e a l i d a d , y e s t á n e x p l i c a n d o d i f e r e n t e s a s p e c t o s de sus
r e s p e c t i v a s p r a x i s de v i v i r . E l o b s e r v a d o r q u e s i g u e este
c a m i n o e x p l i c a t i v o , se d a c u e n t a de q u e él o e l l a v i v e e n
u n m u l t i v e r s o , esto es, e n m u c h o s d i s t i n t o s , i g u a l m e n t e
l e g í t i m o s , p e r o n o i g u a l m e n t e d e s e a b l e s r e a l i d a d e s ex-
p l i c a t i v a s , y q u e e n é s t e , u n d e s a c u e r d o e x p l i c a t i v o es
una invitación a una reflexión responsable en coexisten-
cia, y n o u n a n e g a c i ó n i r r e s p o n s a b l e d e l o t r o .
p u e d e n a s u m i r q u e existe i n d e p e n d i e n t e m e n t e de l o q u e
él o e l l a hace, y a f i n de v a l i d a r sus e x p l i c a c i o n e s . M á s
aún, diferentes ontologías trascendentales son exclusi-
vas, y cada u n a c o n s t i t u y e t o d o l o q u e ahí h a y , e s p e c i f i -
c a n d o c o m o si f u e r a g e n e r a d a p o r el o b s e r v a d o r , el ú n i -
co d o m i n i o o b j e t i v o de r e a l i d a d q u e él o ella acepta c o m o
u n f u n d a m e n t o p a r a su e x p l i c a c i ó n . D e b i d o a esto, p a r a
u n observador en u n d o m i n i o o n t o l ó g i c o t r a s c e n d e n t a l
p a r t i c u l a r , c u a l q u i e r a f i r m a c i ó n que no pertenezca a él,
o q u e n o sea s o s t e n i d a p o r é l , es i n t r í n s e c a m e n t e f a l s a .
Diagrama ontológico

C o m o r e s u l t a d o , en este c a m i n o e x p l i c a t i v o u n a ilusión
es la d e c l a r a c i ó n de u n a d i s t i n c i ó n escuchada desde u n d o -
m i n i o de r e a l i d a d d i f e r e n t e de a q u e l e n el c u a l o c u r r e y
d o n d e es v á l i d o , y la e x p e r i e n c i a de u n a i l u s i ó n es u n a ex-
p r e s i ó n e n el o b s e r v a d o r de su c o n f u s i ó n de d o m i n i o s ex-
p l i c a t i v o s . T o d o esto p u e d e ser r e s u m i d o g r á f i c a m e n t e en
el d i a g r a m a que m u e s t r o abajo, y que l l a m o el d i a g r a m a
ontológico.

D e s c r i p t i v a m e n t e , l o q u e es s u p u e s t o e n estos d o s ca-
minos explicativos básicos como dominios ontológicos
f u n d a m e n t a l e s , p u e d e ser r e s u m i d o c o m o s i g u e :

U n o b s e r v a d o r e n e l d o m i n i o de o n t o l o g í a s t r a s c e n -
d e n t a l e s s o s t i e n e q u e sus e x p l i c a c i o n e s s o n v á l i d a s p o r
sus r e f e r e n c i a s a e n t i d a d e s q u e él o e l l a a s u m e q u e e x i s -
t e n i n d e p e n d i e n t e m e n t e de l o q u e él o ella hace. M a t e r i a ,
e n e r g í a . D i o s , n a t u r a l e z a , m e n t e , c o n c i e n c i a . . . , p u e d e n ser
tales e n t i d a d e s , y p u e d e h a b e r allí t a n t a s d i f e r e n t e s c l a -
ses d e o n t o l o g í a s t r a s c e n d e n t a l e s c o m o d i f e r e n t e s t i p o s
de e n t i d a d e s q u e u n m i s m o o d i f e r e n t e s o b s e r v a d o r e s

26 27
 U n o b s e r v a d o r e n e l d o m i n i o de o n t o l o g í a s c o n s t i t u -
t i v a s s o s t i e n e q u e l o q u e v a l i d a sus e x p l i c a c i o n e s c o m o
r e f o r m u l a c i o n e s de su p r a x i s d e l v i v i r c o n e l e m e n t o s de
su p r a x i s d e l v i v i r , es l a a c t u a l c o h e r e n c i a o p e r a c i o n a l
que los c o n s t i t u y e en su p r a x i s d e l v i v i r , i n d e p e n d i e n t e -
m e n t e d e l c r i t e r i o de a c e p t a c i ó n u s a d o . E n e l d o m i n i o
de o n t o l o g í a s c o n s t i t u t i v a s , t o d o l o q u e el o b s e r v a d o r
d i s t i n g u e está c o n s t i t u i d o en su distinción, i n c l u y e n d o
al o b s e r v a d o r e n sí m i s m o , y es ahí c o m o es c o n s t i t u i d o .
M á s a ú n , e n este d o m i n i o cada d o m i n i o de e x p l i c a c i o -
nes c o m o u n d o m i n i o de r e a l i d a d es u n d o m i n i o e n e l
c u a l las e n t i d a d e s s u r g e n a t r a v é s de c o h e r e n c i a s
o p e r a c i o n a l e s d e l o b s e r v a d o r q u e l o c o n s t i t u y e , y, c o m o
t a l , es u n d o m i n i o o n t o l ó g i c o . F i n a l m e n t e , e n e l d o m i -
n i o de o n t o l o g í a s c o n s t i t u t i v a s , h a y t a n t o s d o m i n i o s de
r e a l i d a d l e g í t i m o s d i s t i n t o s c o m o d o m i n i o s de e x p l i c a -
ciones que u n o b s e r v a d o r p u e d e traer a la m a n o a través
de las c o h e r e n c i a s o p e r a c i o n a l e s de s u p r a x i s d e l v i v i r , y
t o d o l o q u e u n o b s e r v a d o r d i c e , p e r t e n e c e a u n o de e l l o s .
D e b i d o a esto, t o d a a f i r m a c i ó n q u e u n o b s e r v a d o r hace
es v á l i d a e n a l g ú n d o m i n i o de r e a l i d a d , y n i n g u n o es i n -
trínsecamente falso.
4. D o m i n i o s e x p l i c a t i v o s
D e s d e q u e cada d o m i n i o de e x p l i c a c i o n e s es d e f i n i d o p o r
el c r i t e r i o d e v a l i d a c i ó n u s a d o p o r el o b s e r v a d o r p a r a
aceptar u n a r e f o r m u l a c i ó n d a d a de la p r a x i s d e l v i v i r
c o m o u n a e x p l i c a c i ó n de e l l a , h a y t a n t o s d o m i n i o s de ex-
p l i c a c i o n e s c o m o c r i t e r i o s de a c e p t a c i ó n p a r a e x p l i c a c i o -
nes q u e u n o b s e r v a d o r p u e d e u s a r e n s u e s c u c h a r . A l
m i s m o t i e m p o , y c o m o r e s u l t a d o d e esto, c a d a d o m i n i o
de e x p l i c a c i o n e s c o n s t i t u y e u n d o m i n i o d e a c c i o n e s ( y
de a f i r m a c i o n e s c o m o a c c i o n e s e n u n d o m i n i o de des-
c r i p c i o n e s ) q u e u n o b s e r v a d o r c o n s i d e r a e n sus r e f l e x i o -
nes c o m o a c c i o n e s l e g í t i m a s p a r a u n d o m i n i o p a r t i c u l a r
de l a p r a x i s d e l v i v i r p o r q u e ellas e s t á n r e s p a l d a d o s p o r
las e x p l i c a c i o n e s q u e él o e l l a a c e p t a e n ese d o m i n i o .
28
A d e m á s , y c o m o m o s t r a r é m á s a d e l a n t e , desde q u e
cada d o m i n i o de a c c i o n e s es a c e p t a d o c o m o acciones l e -
g í t i m a s en u n d o m i n i o p a r t i c u l a r de l a p r a x i s d e l v i v i r
p o r u n o b s e r v a d o r , es u n d o m i n i o c o g n i t i v o en ese d o -
m i n i o . C a d a d o m i n i o de e x p l i c a c i o n e s , a l e s p e c i f i c a r u n
d o m i n i o de acciones l e g í t i m a s e n l a p r a x i s d e l v i v i r d e l
observador, especifica u n d o m i n i o c o g n i t i v o . D e b i d o a
esto, t o d o s los o b s e r v a d o r e s q u e u s a n el m i s m o c r i t e r i o
de v a l i d a c i ó n p a r a sus e x p l i c a c i o n e s o p e r a n en d o m i n i o s
c o g n i t i v o s q u e i n t e r s e c t a n en a q u e l l o s aspectos d e s u
p r a x i s d e l v i v i r e s p e c i f i c a d o s p o r sus d o m i n i o s c o m u -
nes de e x p l i c a c i o n e s c o m o d o m i n i o s de c o o r d i n a c i o n e s
c o n s e n s ú a l e s de a c c i o n e s , y t i e n e n allí d o m i n i o s i s o m ó r -
f i c o s de e x i s t e n c i a .
F i n a l m e n t e , si u n o b s e r v a d o r o p e r a e n u n d o m i n i o
de e x p l i c a c i o n e s o e n o t r o , d e p e n d e de su p r e f e r e n c i a
( e m o c i ó n de a c e p t a c i ó n ) p a r a l a p r e m i s a b á s i c a q u e cons-
t i t u y e e l d o m i n i o e n e l c u a l él o e l l a o p e r a . Por c o n s i -
guiente, juegos, ciencia, religiones, doctrinas políticas,
sistemas filosóficos, ideologías en general, son d i f e r e n -
tes d o m i n i o s de c o h e r e n c i a s o p e r a c i o n a l e s e n l a p r a x i s
d e l v i v i r d e l o b s e r v a d o r q u e él o e l l a v i v e c o m o d i f e r e n -
tes d o m i n i o s de e x p l i c a c i ó n o c o m o d i f e r e n t e s d o m i n i o s
de acciones (y, p o r l o t a n t o , de c o g n i c i ó n ) , de a c u e r d o a
sus d i f e r e n t e s p r e f e r e n c i a s o p e r a c i o n a l e s . D e é s t o s , a h o -
ra sólo c o n s i d e r a r é la ciencia, ciencia n a t u r a l m o d e r n a ,
t a n t o p o r q u e yo soy u n científico, c o m o p o r q u e la cien-
cia j u e g a u n p a p e l c e n t r a l e n l a v a l i d a c i ó n d e l c o n o c i -
m i e n t o e n n u e s t r a c u l t u r a o c c i d e n t a l y, p o r c o n s i g u i e n -
te, en nuestras explicaciones y e n t e n d i m i e n t o d e l f e n ó -
meno ético y social en nuestra c u l t u r a presente.
A n o s o t r o s , los c i e n t í f i c o s , nos g u s t a e x p l i c a r la p r a x i s
d e l v i v i r , y l a p a s i ó n d e e x p l i c a r l o es l a e m o c i ó n f u n -
d a m e n t a l q u e s o s t i e n e l o q u e h a c e m o s c o m o tales. M á s
a ú n , l o q u e es p e c u l i a r a l o s c i e n t í f i c o s m o d e r n o s e n ge-
neral, y especialmente a los científicos naturales m o d e r -
n o s en s u m o d o de h a c e r c i e n c i a , es s u p e c u l i a r f o r m a de
29
e s c u c h a r l o q u e ellos c o n s i d e r a n r e f o r m u l a c i o n e s acep-
tables de la p r a x i s d e l v i v i r , y s u serio i n t e n t o de ser s i e m -
p r e c o n s i s t e n t e s c o n ellas e n sus a f i r m a c i o n e s acerca de
l o q u e o c u r r e en sus d o m i n i o s de e x p e r i e n c i a .
C o m o r e s u l t a d o , l a c i e n c i a m o d e r n a es u n d o m i n i o
p e c u l i a r de e x p l i c a c i o n e s y de a f i r m a c i o n e s d e r i v a d a s
acerca de l a p r a x i s d e l v i v i r q u e es d e f i n i d a y c o n s t i t u i -
da p o r el o b s e r v a d o r , e n la a p l i c a c i ó n d e l c r i t e r i o p a r t i -
c u l a r de v a l i d a c i ó n de las e x p l i c a c i o n e s q u e l o d e f i n e n .
Yo l l a m o a este c r i t e r i o de v a l i d a c i ó n de e x p l i c a c i o n e s ,
el c r i t e r i o d e v a l i d a c i ó n de las e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s .
Por c i e r t o , todas aquellas p e r s o n a s que aceptan, y
c o n s i s t e n t e m e n t e u s a n el c r i t e r i o de v a l i d a c i ó n de ex-
p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s p a r a la g e n e r a c i ó n de sus e x p l i c a -
c i o n e s , así c o m o t a m b i é n p a r a l a v a l i d a c i ó n de sus a f i r -
m a c i o n e s e n u n d o m i n i o p a r t i c u l a r , s o n c i e n t í f i c o s e n ese
dominio.
M e p e r m i t i r é a h o r a p r e s e n t a r este c r i t e r i o de v a l i d a -
ción, y l u e g o r e f l e x i o n a r desde lo que y o considero
s i g n i f i c a n t e de él y de s u a p l i c a c i ó n p a r a e l p r o p ó s i t o
de este l i b r o . N o s o t r o s , c i e n t í f i c o s n a t u r a l e s m o d e r n o s ,
aceptamos una proposición dada como una explicación
c i e n t í f i c a de u n a s i t u a c i ó n p a r t i c u l a r de n u e s t r a p r a x i s
d e l v i v i r c o m o o b s e r v a d o r e s (o f e n ó m e n o s a ser e x p l i c a -
d o s ) , s ó l o si é s t a d e s c r i b e u n m e c a n i s m o q u e p r o d u c e
esa s i t u a c i ó n o f e n ó m e n o c o m o u n a c o n s e c u e n c i a de s u
o p e r a c i ó n c o m o u n a de c u a t r o c o n d i c i o n e s o p e r a c i o n a l e s
q u e e l o b s e r v a d o r p u e d e s a t i s f a c e r c o n j u n t a m e n t e e n su
praxis del vivir.
Estas c u a t r o c o n d i c i o n e s s o n :
a) L a e s p e c i f i c a c i ó n d e l f e n ó m e n o q u e h a de ser ex-
p l i c a d o c o m o u n a c a r a c t e r í s t i c a de l a p r a x i s d e l v i v i r d e l
o b s e r v a d o r a t r a v é s de l a d e s c r i p c i ó n de l o q u e él o e l l a
debe hacer para e x p e r i m e n t a r l o .
30
b) L a p r o p o s i c i ó n e n l a p r a x i s d e l v i v i r d e l o b s e r v a -
d o r de u n m e c a n i s m o q u e , c o m o u n a c o n s e c u e n c i a de s u
o p e r a c i ó n , p r o d u c i r á e n él o e l l a l a e x p e r i e n c i a d e l f e n ó -
nieno por explicar.
c) L a d e d u c c i ó n d e s d e e l m e c a n i s m o p r o p u e s t o e n
(b) y de t o d a s las c o h e r e n c i a s o p e r a c i o n a l e s q u e é s t e s u -
p o n e e n la p r a x i s d e l v i v i r d e l o b s e r v a d o r , de o t r o f e n ó -
m e n o , a s í c o m o de las o p e r a c i o n e s q u e e l o b s e r v a d o r
d e b e h a c e r e n su p r a x i s d e l v i v i r p a r a e x p e r i m e n t a r l o .
d) L a e x p e r i m e n t a c i ó n p o r p a r t e d e l o b s e r v a d o r de
a q u e l l o s f e n ó m e n o s a d i c i o n a l e s d e d u c i d o s e n (c), e n l a
m e d i d a q u e él o e l l a e j e c u t a e n s u p r a x i s d e l v i v i r a q u e -
l l a s o p e r a c i o n e s q u e , de a c u e r d o c o n l o q u e h a n s i d o t a m -
b i é n d e d u c i d a s e n (c), s e r í a n g e n e r a d a s e n e l l a c u a n d o
él o e l l a las r e a l i z a .
C u a n d o estas c u a t r o c o n d i c i o n e s h a n s i d o satisfechas
e n l a p r a x i s d e l v i v i r d e l o b s e r v a d o r , y s ó l o e n t o n c e s , el
m e c a n i s m o p r o p u e s t o e n (b) c o m o u n m e c a n i s m o g e n e -
r a t i v o q u e p r o d u c e , c o m o u n a c o n s e c u e n c i a de s u o p e -
r a r , e l f e n ó m e n o e s p e c i f i c a d o e n (a), se c o n v i e r t e e n u n a
e x p l i c a c i ó n c i e n t í f i c a de a q u e l f e n ó m e n o p a r a e l o b s e r -
v a d o r . M á s a ú n , el m e c a n i s m o g e n e r a t i v o p r o p u e s t o en (b),
permanece para u n observador como una explicación cien-
tífica d e l f e n ó m e n o especificado en (a), solamente m i e n t r a s
t o d o s los f e n ó m e n o s d e d u c i d o s e n (c) sean e x p e r i m e n t a -
d o s p o r él o e l l a , de a c u e r d o a las i n d i c a c i o n e s t a m b i é n
d e d u c i d a s e n (c).
Por lo t a n t o , son científicos sólo aquellos o b s e r v a d o -
res q u e u s a n e l c r i t e r i o d e v a l i d a c i ó n de e x p l i c a c i o n e s
c i e n t í f i c a s p a r a l a v a l i d a c i ó n de sus e x p l i c a c i o n e s , y e l l o s
h a c e n esto e v i t a n d o c u i d a d o s a m e n t e c o n f u n d i r d o m i n i o s
o p e r a c i o n a l e s . Yo l l a m o a estas c u a t r o c o n d i c i o n e s o p e r a -
c i o n a l e s e l c r i t e r i o de v a l i d a c i ó n de e x p l i c a c i o n e s c i e n t í -
ficas, p o r q u e nosotros, científicos naturales m o d e r n o s ,
las u s a m o s e n l a p r a x i s d e l a i n v e s t i g a c i ó n c i e n t í f i c a p a r a
31
la g e n e r a c i ó n de e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s . D e h e c h o , l o
q u e y o d i g o es q u e l a c i e n c i a , c o m o u n d o m i n i o de e x p l i -
c a c i o n e s y a f i r m a c i o n e s , s u r g e e n la p r a x i s de los c i e n t í -
f i c o s a t r a v é s de la a p l i c a c i ó n d e l c r i t e r i o de v a l i d a c i ó n
de e x p l i c a c i o n e s p r e s e n t a d a s a n t e r i o r m e n t e y n o a t r a -
v é s de l a a p l i c a c i ó n de u n c r i t e r i o de f a l s a c i ó n c o m o f u e
sugerido p o r Popper.
Valgan ahora unos comentarios.
i . Ya q u e l a c i e n c i a s u r g e c o m o u n d o m i n i o e x p l i c a t i v o a
t r a v é s de l a a p l i c a c i ó n d e l c r i t e r i o de v a l i d a c i ó n de las
e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s , l a c i e n c i a , c o m o u n d o m i n i o de
e x p l i c a c i o n e s y a f i r m a c i o n e s , es v á l i d a s ó l o e n l a c o m u -
n i d a d de o b s e r v a d o r e s (de a q u í e n a d e l a n t e l l a m a d o s o b -
s e r v a d o r e s e s t á n d a r e s ) q u e a c e p t a n y u s a n p a r a sus ex-
p l i c a c i o n e s ese c r i t e r i o p a r t i c u l a r . E n o t r a s p a l a b r a s , la
c i e n c i a es c o n s t i t u t i v a m e n t e u n d o m i n i o de r e f o r m u l a -
c i o n e s de l a p r a x i s d e l v i v i r c o n e l e m e n t o s de la p r a x i s
d e l v i v i r e n u n a c o m u n i d a d de o b s e r v a d o r e s e s t á n d a r e s ,
y c o m o t a l es u n d o m i n i o c o n s e n s u a l de c o o r d i n a c i ó n de
a c c i o n e s e n t r e l o s m i e m b r o s de t a l c o m u n i d a d . C o m o
r e s u l t a d o de esto, los c i e n t í f i c o s se p u e d e n r e e m p l a z a r
u n o s a o t r o s e n el p r o c e s o de g e n e r a r u n a e x p l i c a c i ó n
c i e n t í f i c a . A l m i s m o t i e m p o , es esta i n t e r c a m b i a b i l i d a d
c o n s t i t u t i v a de los c i e n t í f i c o s l o q u e d a c o m i e n z o a la
a f i r m a c i ó n de q u e las e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s d e b e n ser
corroboradas p o r observadores i n d e p e n d i e n t e s . De he-
c h o , c u a n d o d o s c i e n t í f i c o s n o p u e d e n c o i n c i d i r e n sus
afirmaciones o explicaciones, significa que pertenecen a
distintas comunidades consensúales.
i i . Ya q u e e l c r i t e r i o de v a l i d a c i ó n de las e x p l i c a c i o n e s
c i e n t í f i c a s n o r e q u i e r e d e l s u p u e s t o de u n m u n d o obje-
t i v o i n d e p e n d i e n t e de l o q u e e l o b s e r v a d o r h a c e , las ex-
plicaciones científicas no caracterizan, d e n o t a n o reve-
l a n u n m u n d o i n d e p e n d i e n t e de l o que el o b s e r v a d o r
h a c e . D e b i d o a esto, c o m o u n d o m i n i o de e x p l i c a c i o n e s
y a f i r m a c i o n e s e n u n d o m i n i o de c o o r d i n a c i o n e s c o n s e n -
32
suales de acciones e n u n a c o m u n i d a d de o b s e r v a d o r e s
e s t á n d a r e s , la c i e n c i a o c u r r e c o m o u n s i s t e m a de c o m b i -
n a c i o n e s de e x p l i c a c i o n e s y a f i r m a c i o n e s en la p r a x i s d e l
v i v i r d e o b s e r v a d o r e s e s t á n d a r e s q u e e x p a n d e n sus
p r a x i s d e l v i v i r de a c u e r d o a sus o p e r a c i o n e s c o n a q u e -
l l a s c o m b i n a c i o n e s de e x p l i c a c i o n e s y a f i r m a c i o n e s e n
su p r a x i s d e l v i v i r c o m o m i e m b r o s de u n a c o m u n i d a d
de o b s e r v a d o r e s e s t á n d a r e s .
i i i . Ya q u e n o es m e d i c i ó n , c u a n t i f i c a c i ó n n i p r e d i c c i ó n
l o q u e c o n s t i t u y e a l a c i e n c i a c o m o u n d o m i n i o de e x p l i -
caciones y a f i r m a c i o n e s , sino que la aplicación d e l c r i t e -
r i o de v a l i d a c i ó n de las e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s p o r u n
o b s e r v a d o r e s t á n d a r e n su p r a x i s d e l v i v i r , u n o b s e r v a -
dor estándar puede hacer ciencia en cualquier d o m i n i o
de l a p r a x i s d e l v i v i r e n e l c u a l él o e l l a a p l i q u e este c r i -
terio.
iv. Ya q u e el c r i t e r i o de v a l i d a c i ó n de las e x p l i c a c i o n e s
científicas v a l i d a como una explicación científica a u n
mecanismo que genera el f e n ó m e n o p o r explicar como
u n a c o n s e c u e n c i a de s u o p e r a c i ó n , el m e c a n i s m o e x p l i -
c a t i v o y el f e n ó m e n o q u e h a d e ser e x p l i c a d o n e c e s a r i a -
mente pertenecen a d o m i n i o s fenoménicos diferentes y
no intersectados. Por l o t a n t o , c o n s t i t u t i v a m e n t e u n a
e x p l i c a c i ó n c i e n t í f i c a n o c o n s i s t e en u n a r e d u c c i ó n
fenoménica.
v. L a s o p e r a c i o n e s q u e c o n s t i t u y e n e l c r i t e r i o de v a l i -
d a c i ó n de las e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s son las m i s m a s q u e
u s a m o s en la v a l i d a c i ó n o p e r a c i o n a l de la p r a x i s de n u e s -
tras v i d a s d i a r i a s c o m o seres h u m a n o s . Se d e d u c e de esto
que, en u n s e n t i d o o p e r a c i o n a l estricto, lo que d i s t i n g u e
u n o b s e r v a d o r en la v i d a d i a r i a de u n o b s e r v a d o r c o m o
u n c i e n t í f i c o , es l a o r i e n t a c i ó n e m o c i o n a l d e l c i e n t í f i c o a
e x p l i c a r , su c o n s i s t e n c i a a l u s a r s o l a m e n t e e l c r i t e r i o d e
v a l i d a c i ó n de las e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s p a r a e l siste-
m a de e x p l i c a c i o n e s q u e él o e l l a g e n e r a e n s u d o m i n i o
p a r t i c u l a r de i n t e r e s e s e x p l i c a t i v o s , y s u c o m p r o m i s o de
33
 e v i t a r c o n f u n d i r d o m i n i o s f e n o m é n i c o s en su g e n e r a c i ó n
de e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s .
v i . U n s i s t e m a d e t e r m i n a d o e s t r u c t u r a l m e n t e es u n sis-
t e m a e n el c u a l t o d o l o q u e a c o n t e c e , a c o n t e c e c o m o u n
c a m b i o e s t r u c t u r a l d e t e r m i n a d o e n él en c a d a i n s t a n t e ,
p o r su e s t r u c t u r a en ese i n s t a n t e , i n d e p e n d i e n t e de si este
c a m b i o e s t r u c t u r a l s u r g e e n él e n e l f l u i r de su p r o p i a
d i n á m i c a i n t e r n a , o c o n t i n g e n t e c o n sus i n t e r a c c i o n e s .
Esto q u i e r e d e c i r q u e n a d a e x t e r n o a u n s i s t e m a d e t e r -
m i n a d o e s t r u c t u r a l m e n t e p u e d e especificar los cambios
e s t r u c t u r a l e s q u e él c o n l l e v a c o m o u n a c o n s e c u e n c i a de
u n a i n t e r a c c i ó n . U n agente e x t e r n o q u e i n t e r a c t ú a c o n
u n sistema d e t e r m i n a d o e s t r u c t u r a l m e n t e , p u e d e sola-
m e n t e g a t i l l a r e n él c a m b i o s e s t r u c t u r a l e s d e t e r m i n a d o s
e n él.
L o s c o m p o n e n t e s , a d e m á s d e las r e l a c i o n e s d i n á m i -
cas o e s t á t i c a s e n t r e e l l o s q u e u n o b s e r v a d o r d i s t i n g u e
en c u a l q u i e r i n s t a n t e c o m o c o m p o n i e n d o u n s i s t e m a d e -
t e r m i n a d o e s t r u c t u r a l m e n t e como sistema p a r t i c u l a r , son
la e s t r u c t u r a de ese s i s t e m a . U n s i s t e m a d i n á m i c o e s t r u c -
t u r a l m e n t e d e t e r m i n a d o , esto es, u n s i s t e m a e s t r u c t u -
r a l m e n t e d e t e r m i n a d o c o n s t i t u i d o c o m o u n sistema en
c o n t i n u o s c a m b i o s e s t r u c t u r a l e s , es u n m e c a n i s m o . E n
estas c i r c u n s t a n c i a s , s o s t e n e r q u e e l c r i t e r i o de v a l i d a -
ción de u n a e x p l i c a c i ó n c i e n t í f i c a e s t á c e n t r a d o e n la p r o -
p o s i c i ó n de u n m e c a n i s m o q u e g e n e r a e l f e n ó m e n o a ser
e x p l i c a d o c o m o u n a c o n s e c u e n c i a de s u o p e r a c i ó n , es
sostener q u e l a c i e n c i a p u e d e s o l a m e n t e t r a t a r c o n siste-
mas d e t e r m i n a d o s e s t r u c t u r a l m e n t e . O, en otras p a l a -
bras, sostener que u n a explicación científica s u p o n e p r o -
posiciones de u n m e c a n i s m o que genera el f e n ó m e n o
que debe ser e x p l i c a d o , es s o s t e n e r q u e e l o b s e r v a d o r
p u e d e p r o p o n e r e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s s ó l o e n esos d o -
m i n i o s de c o h e r e n c i a s o p e r a c i o n a l e s de su p r a x i s d e l v i -
v i r , en e l c u a l él o e l l a d i s t i n g u e s i s t e m a s e s t r u c t u r a l -
mente determinados.
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v i i . A u n q u e la p r a x i s de la c i e n c i a s t i p o n e la a p l i c a c i ó n
d e l c r i t e r i o de v a l i d a c i ó n de las e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i -
cas, la m a y o r í a de los c i e n t í f i c o s n o e s t á n c o n s c i e n t e s de
las i m p l i c a c i o n e s e p i s t e m o l ó g i c a s y o n t o l ó g i c a s de l o q u e
h a c e n , p o r q u e p a r a e l l o s c i e n c i a es u n d o m i n i o de p r a x i s
y n o u n d o m i n i o de r e f l e x i o n e s . A l g o s i m i l a r acontece a
m u c h o s f i l ó s o f o s q u e n o e n t i e n d e n q u é o c u r r e en la c i e n -
cia, p o r q u e p a r a e l l o s c i e n c i a es u n d o m i n i o de r e f l e x i o -
nes, y n o u n d o m i n i o de p r a x i s .
Como resultado, ambos usualmente siguen una ten-
d e n c i a g e n e r a l de n u e s t r a c u l t u r a o c c i d e n t a l y,
a) a c e p t a n las e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s c o m o p r o p o -
siciones r e d u c c i o n i s t a s , bajo la creencia implícita que
ellas c o n s i s t e n e n e x p r e s a r el f e n ó m e n o p o r e x p l i c a r e n
t é r m i n o s m á s f u n d a m e n t a l e s y,
b ) n o v e n el c a r á c t e r g e n e r a t i v o de las e x p l i c a c i o n e s
c i e n t í f i c a s , p o r q u e e l l o s e s t á n b a j o l a creencia i m p l í c i t a
o e x p l í c i t a de q u e l a v a l i d e z de las e x p l i c a c i o n e s c i e n t í -
ficas d e p e n d e de sus r e f e r e n c i a s d i r e c t a s o i n d i r e c t a s a
u n a r e a l i d a d o b j e t i v a i n d e p e n d i e n t e de l o q u e el obser-
v a d o r hace.
F i n a l m e n t e , d e b i d o a esta u s u a l c e g u e r a sobre l o q u e
c o n s t i t u y e u n a e x p l i c a c i ó n científica en ciencia m o d e r -
na, ambos, científicos y filósofos, frecuentemente creen
q u e , e n n u e s t r a c u l t u r a , , ser o b j e t i v o en l a p r a x i s de l a
c i e n c i a y l a f i l o s o f í a q u i e r e d e c i r q u e las a f i r m a c i o n e s o
explicaciones que hacen, son válidas p o r su referencia a
u n a r e a l i d a d i n d e p e n d i e n t e . E n la práctica, sin embar-
g o , p a r a u n c i e n t í f i c o ser o b j e t i v o s ó l o s i g n i f i c a a b a n d o -
n a r s u d e s e o de u n r e s u l t a d o p a r t i c u l a r e n s u i n v e s t i g a -
ción, para no oscurecer su i m p e c a b i l i d a d como genera-
d o r de e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s e n t é r m i n o s o p e r a c i o -
nales que ha presentado a n t e r i o r m e n t e .
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v i i i . E l s u p u e s t o i m p l í c i t o o e x p l í c i t o de q u e las a f i r m a -
c i o n e s c i e n t í f i c a s se r e f i e r e n a u n a r e a l i d a d o b j e t i v a e i n -
d e p e n d i e n t e , u s u a l m e n t e l l e v a a la c r e e n c i a (y a l a e m o -
c i ó n de c e r t e z a q u e l a r e s p a l d a ) de q u e es e n p r i n c i p i o
p o s i b l e e n c o n t r a r , p a r a c u a l q u i e r d i l e m a de l a v i d a h u -
m a n a , u n a r g u m e n t o o b j e t i v o (trascendental) que lo re-
s u e l v e , y c u y a r e f e r e n c i a a l o r e a l l o hace c o n s t i t u t i v a -
mente innegable y r a c i o n a l m e n t e válido. Sin embargo,
e x i s t e a l m i s m o t i e m p o en n u e s t r a c u l t u r a o c c i d e n t a l u n a
d u d a f r e c u e n t e sobre l a p o s i b i l i d a d de q u e l a c i e n c i a sea
d e l t o d o c a p a z de e x p l i c a r c i e r t a s c a r a c t e r í s t i c a s de l a
p r a x i s d e l v i v i r , c o m o los f e n ó m e n o s s í q u i c o s y e s p i r i -
t u a l e s , p r e c i s a m e n t e d e b i d o a l a n a t u r a l e z a m e c á n i c a de
las e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s y a su c a r á c t e r r e d u c c i o n i s t a .
L o q u e he d i c h o a n t e r i o r m e n t e , s i n e m b a r g o , m u e s t r a q u e
esta f o r m a d e p e n s a r s u p o n e u n m a l e n t e n d i d o sobre las
e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s q u e , p a r a m i p r o p ó s i t o en este
l i b r o , es n e c e s a r i o d i s i p a r .
C o m o he d i c h o , las e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s s o n n o -
r e d u c c i o n i s t a s . Por e l c o n t r a r i o ; d e s d e q u e u n a e x p l i c a -
c i ó n c i e n t í f i c a es l a p r o p o s i c i ó n de u n m e c a n i s m o g e n e -
r a t i v o q u e p r o d u c e c o m o u n a c o n s e c u e n c i a de s u o p e r a -
c i ó n el f e n ó m e n o p o r e x p l i c a r e n u n d o m i n i o f e n o m é n i c o
d i f e r e n t e de a q u e l e n e l c u a l é s t e o c u r r e , u n a e x p l i c a c i ó n
c i e n t í f i c a c o n s t i t u y e y v a l i d a la e x i s t e n c i a de d o m i n i o s
fenoménicos no intersectados, completamente diferentes
q u e s o n i n t r í n s e c a m e n t e n o r e d u c i b l e s u n o al o t r o . A s í , el
c a r á c t e r m e c a n i c i s t a de las e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s
c o n s t i t u t i v a m e n t e n o n i e g a l a p o s i b i l i d a d de u n a e x p l i -
c a c i ó n c i e n t í f i c a de u n f e n ó m e n o s í q u i c o o e s p i r i t u a l . Por
el c o n t r a r i o , abre la p o s i b i l i d a d de e x p l i c a r l o s c o m o u n
fenómeno biológico.
D e h e c h o , e l c a r á c t e r m e c a n i c i s t a de las e x p l i c a c i o -
nes c i e n t í f i c a s e s p e c i f i c a q u e p a r a e x p l i c a r f e n ó m e n o s
s í q u i c o s y e s p i r i t u a l e s c o m o f e n ó m e n o s b i o l ó g i c o s , el o b -
servador debe p r o p o n e r u n m e c a n i s m o generativo que
se le a p l i q u e a él o a e l l a c o m o s i s t e m a v i v i e n t e y q u e d é
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o r i g e n a t a l f e n ó m e n o c o m o u n a c o n s e c u e n c i a de su o p e -
ración. U n mecanismo que p u d i e r a generar fenómenos
s í q u i c o s y e s p i r i t u a l e s c o m o u n a c o n s e c u e n c i a de su o p e -
r a c i ó n n o n e g a r í a su c a r á c t e r e x p e r i e n c i a l p e c u l i a r , p o r -
q u e c o n s t i t u i r í a el d o m i n i o f e n o m é n i c o e n el c u a l o c u -
r r e n c o m o u n d o m i n i o f e n o m é n i c o q u e n o se m e z c l a c o n
el d o m i n i o f e n o m é n i c o e n e l c u a l o c u r r e n c o m o u n m e -
canismo generativo.
E i n s t e i n d i j o e n una o c a s i ó r i q u e las t e o r í a s c i e n t í f i -
cas e r a n l i b r e s c r e a c i o n e s de l a m e n t e h u m a n a . L o q u e
he d i c h o a n t e r i o r m e n t e s o b r e el c r i t e r i o de v a l i d a c i ó n de
las e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s m u e s t r a q u e esto, de h e c h o ,
t i e n e q u e ser así. A m b o s , e l f e n ó m e n o p o r e x p l i c a r y e l
m e c a n i s m o g e n e r a t i v o p r o p u e s t o , son p r o p u e s t o s p o r el
o b s e r v a d o r en el f l u i r d e su p r a x i s d e l v i v i r , y t a l c o m o
le pasan a él o a ella, los v i v e c o m o experiencias q u e s u r g e n
e n él o e l l a de n i n g u n a p a r t e . E n su d i a r i o v i v i r , el obser-
v a d o r l o s t r a e a la m a n o a p r i o r i , a u n si d e s p u é s él o e l l a
p u e d e construir justificaciones racionales para ellas.
E i n s t e i n t a m b i é n d i j o q u e l o m a r a v i l l o s o es q u e las t e o -
r í a s c i e n t í f i c a s p u e d a n ser u s a d a s p a r a e x p l i c a r e l m u n -
do en circunstancias que son libres creaciones h u m a n a s .
Q u e esto d e b i e r a ser a s í es t a m b i é n e v i d e n t e d e s d e e l
c r i t e r i o de v a l i d a c i ó n d e e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s . D e
h e c h o , las e x p l i c a c i o n e s c i e n t í f i c a s n o e x p l i c a n u n m u n -
d o i n d e p e n d i e n t e , ellas e x p l i c a n l a e x p e r i e n c i a d e l o b -
s e r v a d o r , y é s t e es el m u n d o q u e él o e l l a v i v e .
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