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DISSERTAÇÃO.APRESENTADA AO
CURSO DE PÔS-GRADUAÇÃO EM D IR E IT O
DA U N IVE R SID A DE FEDERAL DE SANTA CATARINA
COMO R E Q U IS IT O Ã OBTENÇÃO DO TÍTULO
DE MESTRE EM C IÊ N C IA S HUMANAS - ESP EC IA LID A D E D IR E IT O
FLORIAN ÓPOLIS
1 9 8 5
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO SÕCIO-ECONÔMICO
CURSO DE PÕS-GRADUAÇÃO EM D IR E IT O
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. C h r i s t i a n Guy C aubet
Prof. Dr. O s n i M e d e ir o s R e g is
P ro fa. Vera T e re z in h a A . G rillo
C oordenado r do C u rs o :
P aulo H e n riq u e B l a s i
Para R a f a e l
RESUMO
de d ar uma m a io r e s p e c i f i c i d a d e t e m á t ic a , optou-se p o r e s t u d a r
a G e o p o lític a a rg e n tin a .
0 segundo c a p ít u lo b u s c a e v i d e n c i a r e d is c u tir
g ô n ic o s , s o b r e m a n e ir a os modelos p o l í t i c o s id e a liza d o s e in s ta
de b i p o l a r " .
tema b a s e da d i s s e r t a ç ã o : a G e o p o l í t ic a a r g e n t i n a . E l a tem se
ra no c o n t in e n t e la tin o - a m e r ic a n o . A p o l í t i c a e x t e r n a b r a sile i^
dade da G e o p o l í t i c a a r g e n t in a i d e n t if ic a r e m o s a p r o je ç ã o do
I N T R O D U Ç Ã O ............................................................ 1
C AP Í T U L O I
1. SOBRE OS C O NC E IT O S DA G E O P O L Í T I C A ...................... 8
3. R E P E N S A N D O O E S P A Ç O ....................................... 15
A G E O P O L Í T I C A REPENSADA ................................. 22
5 . AS ESCOLAS G E O G R Á F I C A S ................................... 25
5.1 - A E SCOLA GEOGRÁ FI C A A L EM Ã ....................... 26
5.2 - A ES C O LA GE O GR ÁF I CA F R A N C E S A ..................... 30
7. H A L F O R D M A C K I N D E R ............. ............................ 36
8. KARL H A U S H O F E R ............................................. 39
UMA NO VA R E A L I D A D E GEOPOLÍTICA:
1. A C I R C U N S C R I Ç Ã O G E O P O L Í T I C A LATINO
A M E R I C A N A ............ ............. ........................ 55
2. A D O U T R I N A DA SEGURANÇA N A C I O N A L . ...................... 57
3. S E G U R A N Ç A C O N T I N E N T A L VERSUS
S E G U R A N Ç A N A C I O N A L ..... .................................. 66
4. OS M I L I T A R E S E A G E O P O L Í T I C A ............................ 78
5. A MI S S Ã O G E O P O L Í T I C A BRASILEIRA,
O PAPEL E S T R A T É G I C O DO B R A S I L ........................... 83
5. 1 - OS PRIMÓR DI O S DO PENSAME N TO G E O P O L Í T I C O
N A C I O N A L ............................................. 84
5.2 - E S C O L A SU P E R I O R DE GUERRA E O P E N S A M E N T O
DE G O L B E R Y DO COUTO E S I L V A . . . ...... ............ 87
6. A V I O L Ê N C I A DA G E O P O L Í T I C A ................. ............. 98
C AP Í TU L O III
C ON S I R E R A Ç O E S F I N A I S ............................................... 155
BIBLIOGRAFIA 160
INTRODUÇÃO
INIKQDUÇÃO
argentinos, elegemos quatro para analise, por serem os que mais polêmica pro
vocaram. Em primeiro lugar discutiremos o problema do aproveitamento energé
tico da Bacia do Prata e, mais especificamente *a questão da construção da hi
droelétrica de Itaipu, que teve um tratamento demorado pela Geopolítica argen
tina. Enquanto vários acordos eram feitos entre os países envolvidos (Brasil,
Paraguai e Argentina), externando os esforços diplomáticos para se chegar a
uma solução para os problemas surgidos, os teóricos argentinos não deixaram
de proclamar estes acordos como uma consolidação da hegemonia brasileira no
continente.
Cumpre por último, registrar que não foi possível consultar d_i
retamente os originais ou mesmo, traduções de algumas das obras citadas no de
correr, desta dissertação, pela inçipiência de material bibliográfico disponí
vel no país. Para compensar tal deficiência nos valemos das obras considera
das mais sérias sobre a matéria, que poderiam nos dar subsídios fidedignos pa
5
»
C A P Í T U L O I
contexto h i s t ó r i c o que a p o s s i b i l i t a .
nente organizador da s oc ie d a d e.
A alusão a c r it é r i o s de c i e n t i f i c i d a d e só inte
A g e o p o l í t i c a tornou-se conhecida a p a r t i r do
v i s t a Ymer. ^
j
12
2. A CIENTIFICIDADE GEOPOLÍTICA
geo gra fi a p o l í t i c a .
le c i d a , assim, a tel eo l o gi a p o l í t i c a da ge o p ol í ti c a.
3 . REPENSANDO 0 ESPAÇO
i
lado na ne ut ra lid a d e o b je ti v a .
Segundo Lacoste,
16
g x c o , um p o A
d e r . --19
traves de distân ci as cada vez mais con sid er áve is, sobre as
ganização e s p a c i a l representa.
Portanto,
ciai:
cas que se tem fei to â geo po lítica, uma vez que não conseguem
enxergar o alcance da dinâmica que lhe é ine ren te, assim como a
5 . AS ESCOLAS GEOGRÁFICAS
pa - te r re n o e objeto de pr át ic a p o l í t i c a .
0 pensamento geográfico p o st er io r ao s é c u lo
do sé culo X IX .
fi c a s n a c i o n a i s .
De f a t o , a contribuição da f i l o s o f i a kantiana
e le
27
"espacialidade diferencial") .
ciais.
rios c o lo n i a i s .
ção a esse m e i o .
( Lebensraum) . ^
no.
i n t e n s i f i c a n d o e estruturando as e s p a c i a i s .
reservas de carvão.
Ratzel.
d i z i a r e sp ei t o à p o l i t i z a ç ã o e x p l í c i t a de seu d i s c u r s o . Ou se
mente de questões p o l í t i c a s .
outra, La France de L ' E s t (1916) que além de, não por acaso,ser
nio, bem como o modo como são colocadas as questões são tão
os e f e i t o s da revolução i n d u s t r i a l .
b r e vi vê nc i a e angr.andecimento.
r i a novo fôlego.
7 . HALFORD MACKINDER
dos em 1 9 0 4 . ^
Segundo Mackinder, a h i s t ó r i a da c i v i l i z a ç ã o eu
37
S£u conjunto.
F i c . 16.— T i i c W o r l d I s l a n d , d i v i d e d i n t o s ix n a t u r a l r e g io n s . ( E t ju a l a r e a s p r o j e c t i o n . )
c i t . , p . 78 - 9) .
39
Mackinder s i n t e t i z a a importância es tr a té gi ca do
8 . KARL HAUSHOFER
1937, por exemplo, quando escreveu que devia sua própria con
hofe r que nunca havia vis to "nada maior que estas poucas pãgi
Haush ofe r, que sacara das lições de Mackinder que "nunca mais
Chiavenato.
9 . A NOVA GEOGRAFIA
nal da Segunda Guerra M und ial , surge uma nova escola geográfi
ca.
riana". Sua. rápida e ampla mundialização (já nos anos 60) reve
fato, a extensão mundial dos int ere ss es americanos, fez com que
paço, a g e o p o l í ti c a , e as realidades p o l í t i c a s . Ou s e j a , em u^
sobre o espaço por ele p re te ndi do, espaço este que e , na realidade,
13. GUGLl ALME L L J , Juan EnfiZquz. GzopoZZtZca dzZ cono &ufi. op.
cZt., p.23~4.
20. Ib i d . p. 20.
21. Ibid. p.
22 . I bi.d. p . 16 3 .
2 5. I bld. p . 296.
i
32. SANTOS, MZtton. Pofi uma geogna^-ia n ova . , op. o-it., p. 99.
35 . Tb-íd. p .41 .
48. Segundo SOV RÉ, Ne.Zt>on We/ine.ck. Intfiodução ã ge.o gn.a£ta; ge.o
gtia.^Á.a. e Á,de.oZogZa. , op. c-i£ . , p . 58. " a passagem da Geo
g r a f i a à Geopolítica se deve ao caracterizado teorico da
expansão im p er ia l is ta inglesa Halford Mackinder
A BIPOLARIDADE LESTE-OESTE
54
A BIPOLARIDADE LESTE-OESTE
do mundo, que tem como dado ind isc utível e ex p lic a tiv o sua di_
a n al í ti co s s i m pl i s ta s .
sovietismo.
56
nante da proximidade p o l í t i c o - i d e o l õ g i c a .
1939.
Segundo Spykman,
nal.
de e q u i l í b r i o de poder.
a iminente mvasao • «. 6
comunista.
problemas socio-economicos."
de procedência latino-americana.'*'^
cional.
O Uruguai e o C h i l e , em 19 73 , completarão a r£
to golpe de Estado.
tico d i f e r e n c i a d o .
ao se desligarem dela"-. ^
significativa.
3.1 . OS LITÍGIOS REGIONAIS
res argentinos .não tem sido tão grande quanto ãs ilhas em si,
prõ-Chile.
por uma taxa que não poderia ser aumentada por 25 anos sem o
consentimento c h il e n o .
de n i t r a t o .
proposta, por sua v e z , não foi acatada pela Bolív ia e pelo Chi
alegando que este havia sido assinado sob pressão, com o terr^
do t e r r i t ó r i o em disp uta.
Por outro lado, a " Guiana tem também problemas com Suriname so
te.
Guantãnamo.
o governo Ca rt er , com sua nova est rat égi a para a reg ião, assó^
REGIONAL
prios, muitas vezes contrários aos desígnios estabe leci dos pe;
fazem com que cada país seja cada vez mais dependente. 0 apelo
ri o s .
c i a i s à execução da p o l í t i c a da segurança n a ci on a l .
4 . OS MILITARES E A GEOPOLÍTICA
o pensamento m i l i t a r e a g e o p ol í ti c a.
organicista:
torial.
nacional".
to b e l i c i s t a .
ticas lutam para sobreviver, como não ter uma visão fatalista
5.1 v OS PRIMÓRDIOS'DO P E N S A M E N T O G E O P O L r T I C O
. NACIONAL
em ba ix a da .32
rica L a t i n a .
te os trabalhos daquela i n s t i t u i ç ã o .
cana:
como
sobre o triângulo formado por Belo Hor izo nt e, São Paulo e Rio
j ã que estes
Catarina",
p o l í t i c a n a c io n a l : o poder executivo §
Geopolítica do B r a s i l . , op. c i t . , p.
125)
92
grado por Paraná, Rio Grande do Sul e Santa C a tar ina ; 4. área
N o r t e '.(F ig u r a 4)
A A M É R I C A DO S U L E O S H EM IC ICL OS
INTERIOR E EXTERIOR
FIGURA 5 - ( I b i d . p. -81)
96
na.
ta da p o l í t i c a externa do país .
6 . A VIOLÊNCIA DA GEOPOLÍTICA
lações democráticas.
nal.
NOTAS E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÄFICAS
40. I b Z d . p . 52.
41 . I bZd. p. 38-9.
42. I b Z d . p. 51-2.
43. I b Z d . p. 58.
45. I b Z d . p. 12 9.
A GEOPOLÍTICA ARGENTINA
111
A GEOPOLÍTICA ARGENTINA
ceu ao nível das teo r iza çõ e s, mas avançou para o campo da ação.
ma. As delimitações temáticas estabe leci das são resul ta nte s das
c r í t i c a a ge op olxtica b r a s i l e i r a .
avanços da i n f l u ê n c i a b r a s i l e i r a .
completo sobre todo este rio (teoria da costa seca para o Uru
Be agle .(_]'905) .
le enfrentava o Paraguai e a B o l í v i a .
B a ll e st er o s.
geopolítica a r g e n t i n a .
■sos argentinos , nos quais evidenciam sua cposição não so its teses gecpo
115
a hegemonia b r a s i l e i r a .
uma re giã o da Bacia do Prata que tem merecido muita atenção por
se mantenha um e q u i l í b r i o de in fl u ê n c i a s no subsistema.
b i e n t a l , segurança etc.
si n gul ar ida de geográ fica no Alto Paranã, que diz re sp eit o aos
dos .
grãfica,
(D
<-
cit. , p . 311)
119
s í v e 1.
mava que
de Corpus.'!
paradamente
ri or do B r a s i l .
14
comunicação,
ricano de A s s i s t ê n c i a Recíproca(TIAR) - ( f i g u r a 7] .
K
A importância e s tra tég ic a que o Atl ânti co Sul
llas ,
ra a i n d ú s t r i a .
afirmando que o
E continua:
Esta interpretaçãoV;segundo G u g l i a l m e l l i , re v e -
2.3. A ANTÁRTIDA 23
vatorio de recursos .
la Ar gentina e Grã-Bretanha.
26
O Tratado d o . Antártida , firmado em Washington,
râgrafo 3 ) .
liováquia e Uruguai.
tes (às Partes que aderiram ao Tratado e que não- têm o status
antártico (Artigo I V ) .
ia t r in t a anos depois de r a t i f i c a d o .
132
nal.
s i g n i f i c a a inte rn a ci o na li za ç ão do co n ti ne nt e, afirma D e l ia
29
Be atriz C a r ub i ni . Neste se nt i d o , Vicente A. Palermo..aduz que
últimos anos:
generosa destas potên ci as. Deve, isto sim, ser entendida como
ticas , econômicas, m i l i t a r e s , c i e n t í f i c o - t e c n o l õ g i c a s , ou S£
p. 227)
137
A n t á r t i c a . Rio de J a n e i r o , _Biblioteca
do E x é r c i t o E d i t o r a , 1984 . p. 37.)
138
a A n tá r ti da , que possivelmente as o f i c i a l i z a r á no fu t u r o , a
ção.
>
139
lidade .
v iz i n h a arg en ti n a.
3. A p a r t i r daí a p o l í t i c a b r a s i l e i r a se c a r a c t e r i z a
ha uma
ta.
143
te e lu c i d a t i v o :
gentinos.
ser r e a l i z a d o
ção do ressentimento.
i
147
5. Ib Z d . p .7 1 .
13. I b Z d . p . 2 3 7.
18. Sobre esta d eli mi ta ção , o autor chama a atenção para a exi_s
tência de um c r i t é r i o oceanogrãfico d i s t i n t o , sustentado
pelo C h i l e . Esta diferença co n st it u i uma das questões mais
delicadas na região do Atlântico S u l, cuja solução foi
obtida com o Tratado de Paz e Amizade, celebrado entre o
Chile e a Ar g e n ti n a , em outubro de 1984 (v er nota do capí^
tulo a n t e r i o r ) .
20. MONETA, Cafitoi Juan. Inte.fie.ie.i afige.nti.no0 e.n e.t A ttá nttco
Sufi: zt c.aio de. t a i fii.que.zai m tm fiai e.n a t t a mafi. La
A tta h tã fitZ d a . , op. c Z t ., p . 123.
150
33. Ib l d . p . 210.
3 9. I bi.d. p . 1 96 .
41 . Tbid. p. 697 .
i
CONSIDERAÇÕES F IN A IS
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CONSIDERAÇÕES F IN A IS
BIBLIOGRAFIA