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Ano 11, n. 23, fev./mar./abr.

2010 informe econômico 34


A NOVA ORDEM MUNDIAL E A
GEOPOLÍTICA DO MUNDO ATUAL*
por Ioshua Costa Guedes**

Com o fim da Guerra Fria e da bipolaridade -americanos estiveram empenhados em alargar seu
mundial, observa-se a não existência de uma território original.
definição de blocos de poder, já que a Com o fim da Primeira, sucedeu a Segunda
complexidade em que o mundo está envolvido é Guerra Mundial e, como consequência desta, a
contraditória e regida por interesses dos mais Guerra Fria, caracterizada, principalmente, pela
variados. bipolaridade mundial.
Atualmente, notam-se transformações na nova Ainda é pertinente abordar os aspetos da nova
geopolítica mundial em que os poderes ordem mundial, decorrentes do Pós-Guerra Fria.
estabelecidos não correspondem aos do passado. Como concepções de poder, a geopolítica
Antes de abordar o tema, é importante conhecer deteve-se em teorias que eram apoiadas nas áreas
e diferenciar geografia política de geopolítica. De terrestres, marítimas e aéreas. O poder terrestre
acordo com Miyamoto (1995, p. 23-24) “a geografia teve como principal defensor Halford Mackinder
política pertence ao campo da geografia, enquanto (1861-1947) que, baseando-se nos fatores
a geopolítica encontra-se intimamente vinculada à geográficos e históricos, defendeu a heartland ou
ciência política”. Nesta, há a preocupação com teoria do coração do mundo, que faz parte da Ilha
elementos e a aplicação destes numa política para Mundial, sendo caracterizada pelas terras da
fins estratégicos. Europa e Ásia. Já o mar era visto com um
Complementando o conceito de geopolítica, obstáculo a ser vencido e transposto e foi
Costa (2008, p. 55) a caracteriza como um considerado como fonte de poder. Nisso, Alfred
subproduto da geografia política, “na medida em Thayer Mahan (1840-1914) é o mais conhecido
que se apropria de parte de seus postulados gerais defensor do poder marítimo, e enumerou condições
para aplicá-los na análise de situações concretas que afetam este poder: posição geográfica,
interessando ao jogo de forças estatais projetado configuração física, extensão das costas,
no espaço”. quantidade da população voltada para as atividades
Com a emergência das potências mundiais e, marítimas, entre outras. O poder aéreo, com o
juntamente a elas, o imperialismo era a forma avanço tecnológico a partir da Primeira Guerra
histórica de relacionamento internacional. Os Mundial, tornou-se fundamental para possuir um
termos potência mundial e imperialismo referem-se bom resultado no combate militar, já que do alto vê-
à “expansão do capitalismo baseado na -se bem e melhor o inimigo, distinguindo-se o alvo
industrialização crescente e na reprodução (MIYAMOTO, 1995).
ampliada do capital, assumindo cada vez mais [...] Para uma definição de ordem mundial, de
a sua forma monopolista” (COSTA, 2008, p. 59). acordo com VESENTINI (2007), geralmente é feita
O campo de interesse e as disputas pela “presença de uma ou mais grandes potências
imperialistas ampliaram-se com enfrentamentos mundiais e [...] não se avança muito quando se
que provocaram a Primeira Guerra Mundial. Esses nega a idéia de uma (nova) ordem e se enfatiza o
conflitos entre as grandes potências, já termo desordem, pois toda ordem mundial é
estruturadas em blocos e alianças militares, instável e plena de conflitos e de guerras”.
envolviam os aliados (potências médias) e tratava- Para um entendimento de nova ordem mundial,
-se “de uma corrida econômica e política que em geral, remete-se aos ciclos ou fases da
evoluía rapidamente para o conflito militar em reprodução capitalista. Dentre estas, estão o
escala mundial” (COSTA, 2008, p. 64). capitalismo concorrencial, monopolista e o
Algo inovador nas disputas de hegemonia, monopolista de Estado. No período Pós-Segunda
mundialmente, foi a emergência dos Estados Guerra Mundial, a economia caracteriza-se pelo
Unidos como grande potência no final do século modelo fordista (economia de escala, capital
XIX. Logo após a sua independência, os norte- monopolista, poder estatal, trabalhador
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especializado, intervencionismo estatal). A crise Leste-Oeste e, consequentemente, fizeram cessar


atual individualiza o modelo pós-fordista ou de o conflito.
economia flexível (economia de raio, empresarismo, A derrubada do muro de Berlim, em 1989, foi um
poder financeiro, trabalhador flexível, dos momentos do século XX que permaneceram na
neoliberalismo). Entretanto, esses modelos história. Fato este que significou, tanto em valor
interpenetram-se no capitalismo contemporâneo. real quanto metafórico, o fim de uma época
A nova ordem também se refere à situação geopolítica. Acompanhando a queda do muro de
dinâmica de modificações que o mundo passou a Berlim, seguiu-se a fragmentação do bloco
apresentar em sua estrutura geopolítica e soviético; esta que pode ser explicada pela
econômica, nos períodos imediatamente “incapacidade do sistema de se adaptar a um novo
antecedentes e subsequentes à queda dos regimes modelo de economia e de sociedade” (FONT; RUFÍ,
socialistas no Leste Europeu. Assim, a nova ordem 2006, p. 143), já que o novo contexto do mundo é o
tem mais de nova do que especificamente de das novas tecnologias da informação, do
ordem, já que muitos a denominam também de capitalismo global e flexível, da sociedade em rede,
(des)ordem mundial, devido a uma indefinição enfim, de novas conjunturas políticas, econômicas
específica da situação global. e sociais.
No período entre guerras, ocorreram Atualmente, novas questões não tipicamente
multipolaridades indefinidas. No Pós-Segunda territoriais aparecem; há uma aceleração da
Guerra, verificou-se uma bipolaridade, onde os EUA economia que não é acompanhada pela política,
definem uma logística global e a ex-União das onde novas alianças estratégicas são misturadas a
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) atua alianças comerciais, fazendo com que o “jogo
como potência política e militar. Com relação a político atual esteja mais preso à economia” (RUA,
isto, Vesentini (2007, p. 77) afirma que “[...] a 1997, p. 34).
bipolaridade, embora fosse tensa na medida em A competição atual não está mais centrada
que havia o risco de uma terceira guerra mundial, numa corrida armamentista, como antes, mas,
era perfeitamente legível ou coerente. As grandes sim, na busca de novos mercados, novas
potências político-militares eram também grandes tecnologias, ganhos financeiros. Nesse sentido,
potências econômicas e até culturais [...]”. Ou Vesentini (2007) afirma que estão inseridas
seja, havia uma definição mais evidente quanto aos também as disputas culturais em que, nestas,
conflitos, em que, de um lado, estavam os Estados incluem-se os fundamentalismos religiosos de uma
Unidos em confronto com a ex-URSS, de outro. civilização contra a outra; como exemplo, a
De 1945 a 1989 a ordem mundial foi marcada civilização ocidental contra a islâmica, ou esta
pelo confronto entre norte-americanos e soviéticos, contra a hinduísta, esta contra a chinesa-
conhecido também como confronto Leste-Oeste. -confuciana, etc. Complementando ao já exposto,
Nos anos 1950, as transformações do capitalismo tem-se que os “[...] conflitos ou as guerras
e dos processos de descolonização e intracivilizações [...] teriam uma importância
independência dos países africanos e asiáticos somente regional, ao passo que os conflitos
geraram perspectivas novas no sistema mundial. intercivilizações [...] são mais perigosos e que têm
Nos anos 1970, o mapa geopolítico uma repercussão global” (VESENTINI, 2007, p. 56).
permaneceu, a corrida nuclear foi intensificada e a Ao se tentar denominar a nova ordem, pode-se
armamentista radicalizou-se. Economicamente, fazê-la como caracterizada pela instabilidade e
ocorreram transformações, tal como a crise do desarticulação que são encontradas no cenário
petróleo em 1973 que desestabilizou a internacional, devido à decadência de modelos
industrialização fordista e abalou as relações clássicos. Com isso, nessa nova ordem, coexistem
centro-periferia, entretanto, não definiu uma queda atores estatais e não estatais, onde a soberania
determinante do sistema industrial capitalista, mas, nacional estaria em declínio e “haveria uma
sim, estabeleceu direções para uma nova fase desterritorialização no sentido de que a localização
caracterizada pelas tecnologias. Neste contexto, a perdeu a sua antiga importância” (VESENTINI,
perda da produtividade e a falta de inovação do 2007, p. 78).
mundo socialista proporcionaram-lhe um declive em As mudanças no mundo atual aceleraram-se e
que, progressivamente, tanto política como as distâncias diminuíram; a tecnologia transformou-
ideologicamente desestabilizaram as relações se abruptamente; os hábitos e valores individuais,
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no decorrer da vida, modificam-se e, portanto, as geração de riquezas. [...] Mas do ponto de vista
“‘novas geopolíticas’ são exatamente tentativas de científico, [...] essas noções pouco ajudam.
repensar a realidade pós-guerra fria, o mundo da
As relações entre os países centrais e
globalização e da terceira revolução industrial”
periféricos levaram estes últimos de uma
(VESENTINI, 2007, p. 112).
dependência a uma irrelevância significativa. Ou
Então, nesse mundo pós-Guerra Fria e de
seja, o intercâmbio comercial desigual concretizou
consequente nova ordem, observa-se ocorrências
a dependência dos países periféricos em relação
políticas e sociais heterogêneas e difusas. aos centrais, como também uma subordinação
A nova ordem, apesar da denominação, diplomática, passando pela exploração dos
ocasionou poucas modificações, tais como o recursos naturais das (ex)colônias. Em relação à
crescimento da degradação social e ambiental; irrelevância, estes estados passaram a se tornar
permanência dos Estados Unidos no controle insignificantes, inúteis ao capitalismo, seja pela
político-militar do planeta - ressaltando-se que hoje escassez de recursos naturais, seja pelo
não exerce mais de forma hegemônica e analfabetismo, longas disputas bélicas, entre
unicamente esse controle; a concentração do outros. Essas terras não interessam nem mesmo
poderio militar ocorre paralelamente à concentração para exploração, isto é, caracterizam-se por uma
de novos indicadores de poder (tecnologia e a opacidade que as identificam como terras
informação); questões regionais mantêm-se em incógnitas.
difusão; e as velhas problemáticas agudizam-se Com as terras incógnitas, aparece a polarização
ainda mais. do mundo em termos de distribuição da riqueza e
A nova Divisão Internacional do Trabalho (DIT) do bem-estar social. A pobreza elevou-se em todo o
baseia-se nos (des)níveis tecnológicos dos que planeta, coincidindo com o auge do capitalismo
dominam a engenharia e a tecnologia de ponta, as informacional e da globalização. A elevação da
atividades produtivas padronizadas e a produção miséria é visível na Europa do Leste e na ex-URSS.
voltada para as etapas de execução e montagem A África Subsahariana é outra região excluída dos
de produtos. Nessa nova DIT, a qualificação fluxos de riqueza e informação, já que nessa área
técnica, a produção de novas tecnologias e a encontram-se os piores índices de pobreza e
modernização dos serviços são fatores marginalidade. Em diversos locais, são também
fundamentais para a diferenciação entre os presentes os altos índices de desemprego,
estados. epidemia de doenças, crise agrícola, corrupção;
O atual sistema é mais desigual do que o isto é, geração de problemas pela ausência efetiva
precedente. As conexões de internet são mais do estado.
visíveis nos países centrais que nos periféricos. Com a globalização, surgiram aspectos
Além disso, está presente a crise financeira contraditórios e obscuros. Práticas de corrupção e
mundial, o terrorismo internacional, a economia guerrilhas espalham-se por todo o planeta,
criminal, crise ambiental, quarto mundo, internacionalizando-se, devido às tecnologias da
analfabetismos tecnológicos, dentre outros fatores informação, assim como os circuitos financeiros
que são consequências da nova ordem mundial do que atuam em lavagem de dinheiro e paraísos
século XX. fiscais. Há, ainda, redes criminais organizadas pelo
A essa circunstância, VESENTINI (2007, p. 51- narcotráfico que trabalham com outras
52) afirma que mercadorias, como armas, imigrantes ilegais,
[...] o principal reparo que se pode fazer a esse tipo mulheres para prostituição, etc. - comércio este
de interpretação que vê na nova ordem, em que pode ser tanto ou mais rentável que o próprio
especial na globalização, um agravamento tráfico de drogas.
constante da pobreza e das desigualdades Outro fator dessa conjuntura envolve os
internacionais, é o seu alto nível de generalização. emigrantes e os refugiados. As migrações
Norte e principalmente Sul são duas noções intensificaram-se por motivos econômicos,
geoeconômicas demasiado genéricas, que se principalmente; como também a “instabilidade no
tornaram populares na mídia a partir dos anos Terceiro Mundo e os conflitos bélicos, em
1980, mas que não fornecem uma idéia precisa de consequência da queda do Muro de Berlim e do
como o mundo se divide sob o ponto de vista da colapso da União Soviética [...]” (FONT; RUFÍ,
2006, p. 165). A imigração trata “abertamente da
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tensão entre a proteção dos direitos humanos melhor pagos visando substituí-los por
universalmente reconhecidos e a soberania estatal” trabalhadores mais jovens com menor
(FONT; RUFÍ, 2006, p. 165). remuneração, além de se utilizarem de máquinas
Os refugiados são forçados a emigrar por que substituem a mão de obra humana.
razões específicas, na maioria das vezes por A guerra pós-moderna, apesar de estar em
motivações econômicas. Nesse sentido, os crise, não desaparece e
europeus foram os que mais contribuíram para o [...] nela participam grupos armados não regulares
povoamento dos países. Entretanto, após a [...]; não se distingue entre população civil e militar,
Segunda Guerra Mundial, com uma diminuição das e a população civil é de fato também um objetivo
taxas de fecundidade europeias, “o aumento do militar; recorre-se ao terror indiscriminado contra
nível de vida e a estabilidade política e social populações indefesas; não se reconhece a
reduziram esta migração até torná-la quase neutralidade, nem as leis de cessar-fogo; não se
insignificante” (FONT; RUFÍ, 2006, p. 166). respeitam os limites territoriais dos Estados; o
Assim, conceitualmente, refugiado é o que se financiamento das atividades tem frequentemente
vê forçado a fugir do seu país ao sentir-se uma origem criminosa e, finalmente, determinados
ameaçado por motivos de raça, religião e atos violentos têm função claramente
nacionalidade ou por pertencer a um determinado propagandista [...] (FONT; RUFÍ, 2006, p. 184-185).
grupo social. Há refugiados por razões ambientais,
A Organização das Nações Unidas (ONU),
ou seja, pessoas que são obrigadas “a se deslocar
política e diplomaticamente, ainda tem sua
como resultado da degradação ambiental de seu
estrutura de antes da Segunda Guerra Mundial e
habitat tradicional por desastres naturais, ou
parece não estar “preparada para enfrentar os
provocados pela atividade humana” (FONT; RUFÍ,
desafios do novo contexto geopolítico” (FONT;RUFÍ,
2006, p. 174). Dentre esses, há os expulsos devido
2006, p. 191). Os EUA exercem forte influência
a resultados de mudanças ambientais repentinas, sobre a instituição a fim de almejar seus objetivos.
mas reversíveis; os permanentemente expulsos Na prática, não ocorre a propagada igualdade
devido a mudanças quase irreversíveis; e aqueles soberana dos membros integrantes da ONU.
que abandonam seu lugar pelo fato da perda da Outro fator presente na nova ordem mundial é o
qualidade de vida provocada pela degradação de terrorismo, que é uma forma violenta de protesto e
seu entorno. tornou-se mais amplamente conhecido depois do
No contexto pós-Guerra Fria, é perceptível o ataque às torres gêmeas, centro financeiro norte-
quarto mundo, ou seja, locais de pobreza, de -americano, em 11 de setembro de 2001. Como
miséria e de marginalidade nos países ricos. resposta, os EUA iniciaram crescentes
Mundo esse presente não somente em países bombardeios ao Afeganistão, país este onde se
periféricos, mas também nos países centrais. O localiza o principal grupo terrorista (Al-Qaeda),
quarto mundo está localizado nas cidades, liderado por Osama Bin Laden, que foi considerado
entretanto, existindo também em áreas rurais sob o responsável pelo ataque. Dentre as finalidades do
novas formas de pobreza, que são geradas pelas terrorismo, estão as de semear o pânico,
políticas neoliberais que promovem uma desestabilizar instituições, etc.
desregulação e um enfraquecimento do estado de O velho terrorismo caracterizava-se pelo
bem-estar social. assassinato de líderes do regime que combatiam e
Afirmando isso, Becker e Egler (1993, apud assumiam seus atos. No novo terrorismo, não
BECKER, 2007, p. 303) dizem que existem inocentes e todos devem sofrer as
consequências do regime sob o qual vivem,
[...] além de conter a maior parcela da dívida do
chamando a atenção para a imprensa internacional,
sistema financeiro internacional, a semiperiferia
ou seja, a busca pelo sensacionalismo, além de
contribui para acentuar a instabilidade da ‘ordem’
não se assumir a autoria dos atentados. O novo
planetária, gerando condições de periferia, no
terrorismo é global e detém novos e poderosos
centro, representadas por bolsões de pobreza de
meios de destruição, sejam químicos, biológicos
migrantes não absorvidos [...]
ou tecnológicos, membros recrutados em outros
Devido à disseminação da informação e do países, financiamentos diversos, etc.
progresso tecnológico, as empresas permanecem A xenofobia, como presença na nova ordem
a dispensar seus empregados mais antigos e mundial, caracteriza-se por movimentos
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nacionalistas com repúdio considerável aos Nota:
imigrantes e à pobreza advinda dos países ¹ Artigo produzido na disciplina Organização Espacial do
periféricos. Segundo Façanha (2004, p. 26) a Mundo, ministrada pelo prof. Antônio Façanha, no período
2009.1, no curso de Geografia/UFPI.
“aversão aos estrangeiros é melhor visualizada em
alguns países da Europa, mas já se pode perceber
esse fenômeno em outras áreas, a exemplo dos
EUA, frente à rejeição aos latino-americanos”. Ou
Referências
seja, a xenofobia, como aversão ao que é
estrangeiro, tanto como a coisas e pessoas, tem BECKER, B. K. A geopolítica na virada do milênio:
logística e desenvolvimento sustentável. In: CASTRO,
como exemplificação os países alemães, onde I. E de; GOMES, P. C. da C; CORRÊA, R. L. (Org.).
grupos denominados skinheads agem contra Geografia: conceitos e temas. 10. ed. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 2007.
imigrantes, principalmente. COSTA, W. M. da. Geografia Política e Geopolítica:
Conforme abordado, verifica-se que a ordem discursos sobre o território e o poder. 2.ed. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.
implantada desde 1945, e que ruiu em 1989, com a
FAÇANHA, A. C. Desmistificando a geografia: espaço,
queda do muro de Berlim, o símbolo da derrocada tempo e imagens. Teresina: EDUFPI, 2004.
da bipolaridade mundial, foi substituída por uma FONT, J. N.; RUFÍ, J. V. Geopolítica, identidade e
geopolítica da complexidade, com novas globalização. São Paulo: Annablume, 2006.
MIYAMOTO, S. Geopolítica e poder. In: MIYAMOTO, S.
abordagens e interesses diversos. Geopolítica e poder no Brasil. Campinas, SP: Papirus,
A busca atual é pela informação e novas 1995. (Coleção Estado e Política).
tecnologias, fazendo com que muitos países não RUA, João. A geopolítica americana: da
Independência à Guerra Fria. Geouerj, Revista do
tenham acesso igualmente a essas inovações, Departamento de Geografia da UERJ, Rio de Janeiro,
ocasionando contradições e situações obscuras na n.9, p. 33-44, 1997.
nova ordem. A questão militar e armamentista já VESENTINI, José William. Novas Geopolíticas. 4. ed.
São Paulo: Contexto, 2007.
não é mais evidenciada. VESENTINI, José William. A Nova Ordem Mundial.
Verifica-se que são notórios e crescentes os [200-?]. Disponível em: http://<www.geocritica.com.br/
geopolítica03.htm> Acesso em: 02 jul. 2009.
problemas decorrentes da nova ordem mundial e da
globalização, em aspectos políticos e,
principalmente, sociais.
Assim, percebe-se que este trabalho aborda de
maneira parcial a temática, já que não houve a
pretensão de totalizá-la ou esgotá-la, permitindo
que outras pessoas interessadas possam * Graduada em Pedagogia (UESPI, 2008), graduanda
em Geografia e bolsista da Iniciação Científica
complementar este tema, discutindo sobre Voluntária (ICV) da UFPI. E-mail:
aspectos aqui não enfatizados  ioshuacostaguedes@yahoo.com.br.

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