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Colégio estadual Militarizado Fernando Grangeiro CMMXXXIII

3º ano. EJA III / Bim

Turmas: 304 / 305


Leiam o texto, copiem e respondam no caderno a atividade
que se encontra no final.

Nova Ordem Mundial


A Nova Ordem Mundial é uma expressão que designa um determinado momento histórico, político e
econômico marcado pela multipolaridade. Ela é caracterizada pela existência de diversos centros de poder
no globo, ou seja, países que se destacam nos mais diversos ramos da sociedade. A Nova Ordem Mundial é
marcada pela globalização da economia, pelo comércio internacional, pela evolução tecnológica e pela
diversidade cultural.

A Nova Ordem Mundial demarca as relações internacionais de poder


A Nova Ordem Mundial é o atual panorama internacional demarcado pelas relações e disputas de poder
entre os Estados Nacionais e pelas relações de equilíbrio entre eles. A emergência desse contexto é associada
ao término daquilo que se convencionou chamar por Guerra Fria, em que o mundo deixou de ser
considerado bipolar, recebendo novas designações.

Com os eventos que anunciaram o fim da União Soviética, a queda do Muro de Berlim e a dissolução do
bloco socialista, o então presidente dos Estados Unidos em 1991, George H. Bush, anunciou a emergência
de uma “nova ordem mundial”. Essa ordem seria marcada, então, pelo fim da rivalidade entre soviéticos e
estadunidenses, anunciando a solidez de organizações internacionais como a OTAN (Organização do Tratado
do Atlântico Norte) e a consolidação do modelo de estruturação dos blocos econômicos, até então em
ascensão.

Uma das características básicas que marcaram a transição da bipolaridade para a Nova Ordem Mundial foi
a mudança do padrão internacional de poder. Antes, o poderio de uma nação era medido pela sua
capacidade bélica, tanto em termos estratégicos quanto em recursos tecnológicos, nas chamadas “corrida
armamentista” e “corrida espacial”. Atualmente, são os níveis de desenvolvimento econômico os principais
determinantes para configurar as relações internacionais, embora o plano militar ainda exerça uma
considerável influência.

Apesar disso, ainda há caracterizações da atual ordem mundial como sendo unipolar, uma vez que o poderio
bélico dos Estados Unidos é absolutamente superior ao das demais nações do globo terrestre. Apesar de a
Rússia ter herdado a maior parte do volumoso arsenal soviético, não se sabe a sua capacidade econômica
para mantê-lo, uma vez que a tecnologia nuclear demanda muitos custos de manutenção e esse país
encontrou-se nos anos 1990 em uma profunda crise econômico-social.

Por outro lado, levando em conta os critérios econômicos e as respectivas ascensões nesse campo por Japão,
União Europeia e, mais recentemente, pela China, boa parte das análises afirma que a Nova Ordem Mundial
é do tipo multipolar, ou seja, demarcada pela confluência de diferentes potências econômicas que
estabelecem o equilíbrio das relações de poder internacionais.
Por fim, em uma perspectiva de unir essas duas concepções, fala-se de uma ordem mundial unimultipolar,
ou seja, uma abordagem que não desconsidera nem o poderio econômico hegemônico dos Estados Unidos
nem as novas relações econômicas mundiais.

As novas formas de regionalização do mundo

Durante o período da Guerra Fria, convencionou-se regionalizar o plano político mundial em três “mundos”.
O 1º mundo seria formado pelos países capitalistas de economia desenvolvida; o 2º mundo, pelos países
socialistas ou de economia planificada, e o 3º mundo, pelos países subdesenvolvidos. Além disso, com a
rivalidade entre capitalistas e soviéticos, as relações de poder eram demarcadas pela oposição leste x oeste.

No entanto, a derrocada desse segundo mundo tornou tal regionalização obsoleta e sem muito sentido, pois
não haveria modos de se falar de primeiro e terceiro mundos sem a existência de um segundo. Além disso,
as distinções – que, como vimos, abandonaram o plano militar e agregaram o plano econômico – deixaram
de ser marcadas pelo Leste contra o Oeste, mas passaram a ser delimitadas pela oposição norte x sul. Ao
Norte, temos a maioria das economias consideradas desenvolvidas e, ao sul, as economias consideradas
subdesenvolvidas e emergentes. Observe o mapa a seguir:

Mapa da regionalização norte-sul, característica da


Nova Ordem Mundial

Com isso, observamos as principais características


da Nova Ordem Mundial. No entanto, é preciso
observar que, por ser um contexto atual, é possível
que alterações se estabeleçam, o que poderia
transformar as relações de poder e, talvez, até
definir a emergência de outra ordem.

A Queda do Muro de Berlim foi um evento geopolítico que marcou o fim da divisão planetária em dois
grandes blocos e, consequentemente, da Velha Ordem Mundial.
Os Estados Unidos e a União Soviética formavam, durante a Velha Ordem Mundial, os dois grandes
blocos de poder do globo, compondo a chamada ordem bipolar.
A Nova Ordem Mundial é tipicamente multipolar, ou seja, marcada por vários polos de poder, entre as
diferentes nações do globo.
Os Estados Unidos, mesmo com o desenvolvimento de novos polos de poder no globo, ainda possuem a
supremacia militar no planeta

A Nova Ordem Mundial ficou marcada pela maior participação de diferentes países do globo nas
decisões mundiais, seja em órgãos econômicos, seja em blocos políticos, marcando a multipolaridade
atual.
A Nova Ordem Mundial foi responsável, entre outros, pelo maior crescimento de nações ditas
emergentes e subdesenvolvidas, que passaram a ter maior participação em questões globais, como o
comércio bilateral.
A divisão do mundo em Norte e Sul possui um viés tipicamente social, no qual os países
desenvolvidos demarcam o Norte, enquanto os países subdesenvolvidos indicam o Sul.
O Brasil, dentro da lógica da Nova Ordem Mundial, é enquadrado como uma nação subdesenvolvida e
industrializada, classificação que mais recentemente foi denominada emergente
A Angola, assim como os demais países africanos, faz parte do chamado Sul global, ou seja, do grupo de
nações subdesenvolvidas do mundo.
A Nova Ordem Mundial marcou, inicialmente, três grandes centros de poder global: os Estados Unidos,
a Europa Ocidental e o Japão. O crescimento japonês deu-se, especialmente, após a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945), com vastos investimentos em educação e tecnologia.
A China, na atualidade, desponta como uma nova potência global, marcada especialmente
pelo seu protagonismo no cenário econômico e comercial.

1) Um evento que marcou o fim da Velha Ordem Mundial e, consequentemente, um novo momento na
história do planeta foi a
A) Revolução Francesa.
B) Primeira Grande Guerra.
C) Queda do Muro de Berlim.
D) Partilha da África.
E) Guerra do Ópio.
2) A Velha Ordem Mundial era marcada pela hegemonia bipolar de duas grandes potências mundiais. Essas
potências eram, no período, chamadas de
A) Estados Unidos e União Soviética.
B) China e Estados Unidos.
C) Europa Ocidental e Japão.
D) Rússia e Estados Unidos.
E) Europa Ocidental e Estados Unidos
3) A Nova Ordem Mundial, do ponto de vista da divisão do poder global, é marcada por um mundo
A) unipolar.
B) hegemônico.
C) bipolar.
D) homogêneo.
E) multipolar.
4) Qual país, mesmo com os avanços em termos econômicos e políticos em todo o mundo, permanece
como a grande potência militar do planeta?
A) Coreia do Sul
B) Israel
C) Índia
D) Ucrânia
E) Estados Unidos
5) Assinale a alternativa que indica um país que, especialmente ao longo do século XXI, emerge como uma
nova grande potência global:
A) China
B) Rússia
C) Cuba
F) Brasil
E) França
6) Indique um país que, de acordo com a classificação da divisão do mundo em Norte e Sul, faz parte do
chamado Sul global:
A) Alemanha
B) França
C) Angola
D) Bélgica
E) Austrália

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