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PARAIZO DE TOLERANCIA
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(Ç o ^ rtz fT rrã tt^ ía rm s A ssSmtO õs")
Num ^ Estado sem unidade do concreta* e
princípios philosophicos, não abstritcta.. , - • . .
pôde existir unidade de princí­ Um socialista de bom coração,
pios sociaes. Pois estes derivam por conseguinte, d«?ye ter para
daquelles. E abalados ou supprí- com a democracia *liberal um a f-
mídos os primeiros — sofjfrerSo fecto verdadeiramente filial. 15
naturalmente os ostros o effei- o desrespeito» com que a trata
to das variações concomltàntes o coronel Moreira Lim a, parece-"
E* o nosso caso» como, em ge­ me um a feia ingratid ão.. .
ral, o de todas as nações que Por seu lado, é _notável a im -
ainda vivem sob a kcgão do es­ prevldencia th e o r ic a d o honrado
pirito politico do seculo X IX procurador da Justiça Eleitoral.
que era fazer <io Estado apenas S e t a l é o seu h o r r o r p e lo c o m ­
um reflexo numérico da opinião m u n is m o - j- e v o lu ç ã o n a tu r a l d e
publica. E como esta é sempre t o d o s o c ia lis m o u to p ic o — não.':
varia e fluctuante, «upprlmlam- v ê . q u e o r t r i m e n i d e m o q r a t ie o -; -!
»e também, do Estado, toda fi­ lib e r a l 4 o ■c a llo nde ,c u ltu r a - e m l
nalidade uniforme e toda e s tr u -' q u e se p r e p a r a m o s g e r m e n s . qu«Ji
! ctura philosophica-social syste- v ã o d e s t r u ir essa •n ie s m á *yftber-|
j.. . matica. ... ■ d a d « ^ .que*. c o m - J
j De modo que as autoridades .• .i*efrseí&, ^
do mesm o governo são livres de ~ r e g lm e n d e m a io r ia s n n m e ric a s .^ f
p ' possuir convicções políticas con- n e n h u m a n tid o to v c o n tr a As d l - í *
| tradictorias entre si. Esse o n os- c t a d u ra s . C o n s a g r a , p è lo c o n tr a - \
l so caso. E no mom ento actual r io , a d ic ta d u r a q u e p re p a ra t o - [
aggrava-se o phenomeno, pelo d a s a s d e m a is , — a da Ô p l n i i o . 1
systema inixto em qne ainda vi­ O lib e r a lis m o , e m crua n t o eoh e-
mos, mal comparando, como se­ r e n t e c o m s ig o m e s m o . — com o
reias mergulhando o corpo no q u a n d o O sr.. S a m p a io D o r ia ,
regimen “ discricionário** « emer­ p o r e x e m p lo , c o llo c a a P a t r fa v
gindo o busto no regimen •"con­ a b a ix o da T o le r â n c ia », — n S o !
s titu c io n a l".. . A differença ê a c r e d ita na, **v e rd a d e**, ò u a n te s
que as de hoje nSo offerecem a c r e d ita em t o d a s a s v e rd a d e s * o
encantos qúe puzessem em peri­ q u e e q ü iv a le a n ã o c r e r e m ne­
go a virtude do subtil U lysses... n h u m a . ( “ A V e rd a d e p ó d e e s ta r
A divergencia de credo poli­ c o m q u e m p r ê g u e , c o m o , d o la d o
tico, por exemplo, entre o coro­ o p p o s to » e n t r e o s q u e o c o n te s ­
nel Moreira Lima e o professor tem **, e s c r e v e o I t ie s m o ). E c o ­
Sampaio Doria é typica desse es­ m o nSo po ssu e c r it é r io a lg u m
tado de eois«ts. O primeiro é uma p a r a d i s t i n g u i r o b e m d o m a l.
flô r do chamado “ tenentlsmo ’% o e r r o d a v e rd a d e (q u e ta n to :
nascido e creado no ( ambiente p ô d e e s t a r d e u m ) la d õ c o m o d e -
que em parte preparou e condu­ o u t r o ) , o q u e d e v e se r; d e fe n - ;,
ziu a Revolução de 1930. con­ d id o d o q u e , d e v e *s e r s u p p r ím l- -
fessa-se hoje adepto de u m «.*•so­ d o , — a ea b a fa t á lm e n t e na i n - i
cialism o”*, moderado e progressi­ d i f f e r e n ç a p o lit ic a , n a d is s o lu ­
vo Ca não ser nas pittotfescas ç ã o d a a u to r id a d e , n a sm ppres-
expressões da sua Theologla" an- sã o p r a tic a d a s lib e r d a d e s . na
ti-cath olica .. . ) que oppõe, vf- b u r o c r a c ia e le it o r a l, n a s lu ta s
ctoriosamente. ao “ liberalismo** p a r tid a r ia s e s te r e ís , n a a n a r e b ia
anachronlco e pernicioso da Re­ e c o n o m ic a , a té qpixe a Dictadura
publica V elba. d<a u m H o m e m , l e v e o p a lx A r e ­
O segundo também éfuma flôr, g e n e r a ç ã o s o c ia l d e u m é I t a lia
mas dos jardins dá 'Democracia ou d e u m P o r t u g a l, a o a o E s ta d o
j e traça, em termos -lyricos e S y s te m a tic o , ' n a c io n a l, c o m o «
apaixonados, a ápologia d o . li­ A llem a n h a * ott c la s s is ta , c o m o a
beralismo democrático, que, a R ti# s ia . ■
, ’ ■;
seu v e r ,— - Mé o governo defini­ A dem ocracia-liberal, è nm pe­
tivo das nações superiores**. ríodo de transição individualista,
E ambos occnp am , como se sa­ é o conformismo btirguaz, ê uma
be, postos de evidencia na éstru- preparação,para O socialismo dis­
ctura do go vern o actual, um co­ farçado (como a maioria daé
m o in te rve n to r fed eral n o Cea­ pretensas democracias líberaes)
rá, e p rocu rad or geral da Jus­ ou confessado e d ícta torial (co­
tiça E le itora l, ò se gu n d o. m o o Mexico, a Turquia ou
Haverá realmente contradição
entre am bos? EstarSo defenden­
do ideáes políticos qtte “ hurlent nhor Sampaio Dorfa, affírmândo
de se trouver ensem ble” ? E será que *'a democracia liberal, quan­
o Estado brasileiro apenas um do não esquece a igualdade no
ponto de encontro, em que con­ exercício da autoridade ê o .go­
vivam, amigavel ou desamiga- verno definitivo 'feU&r.das nações
velmente, todas as correntes po­ superiores, o governo definitivo
líticas mais bostis? (»&*& dos povos onde se preza a
Não sei. Mas o certo é <rae dignidade humaUa ” (prezar-se-
existe InsrratfdSo de um lado e ’ ia menos a dignidade humana,
Imprerldenela do o u t r o ... O “ so­ sob S . Lnlz ou Alfred tbe Great,
cialista** se joga contra o libe­ que sob Phlllpe Egallte ou Alca-
ralismo accusando-o de *todos os 1& Zam ora? Oti, para f.ficar . em
males possíveis .©>• reTegando-o nossos dias^ na Italia renascen-
para o sotão poeirento *onde se te de Mussollni, que na Italia
despejam os moveis fôra de uso anarchisada de Giolittl e na
e os livros bichados. França liberal de Stavisky, que
Ha nisso uma evidente ingra­ no Portugal dictatorial de Sala-
tidão. Se não fosse a democra­ zar?) —- esse dogmattsmo polí­
cia liberal, é provável que o tico, unilateral e sem perspectiva
mundo ignorasse, para s e m p e , o histórica, seria de uma fmprevf-
socialismo. TTm é filho do outro. denefa, a toda a prova, se fosse
Foi o liberalismo que preparou coherente comsigo m esm o. Mas
o terreno para o socialismo. 'Do não. A Tolerancia sô deve exis­
mesmo modo que aquelle foi, e tir emqnanto liSo m éxè com as ;
continua a ser, a expressSo po­ minhas idéas. . ; E se a Tolerân­
lítica expontanea da burguezia, cia está acima da Pátria, o Libe­
— pretende ser este, agora, a ralismo Democrático está acima
manifestação política do prole­ da T o le ra n cia .-. E , por iüso, 44a
tariado. E assim como foram os lei de segurança é uma defeza da
nobres, em geral, que prepara­ democracia liberal**, e não do
ram .paternalmente, por suas Estado Brasileiro, como o exige
omissões é por sua actuaçfio, o o bem cornmum e não <p partida-*
triumpho da Burguezia —- é esta rismo politico. ■
agora que prepara cuidadosamen­ A experiencia, como se vê, Ja
te a sua própria eliminação. vae attenuando a lllusão. dos ly­
Bem razâo tinha a argúcia rea- ricos da Dèmocracia Agnóstica.
lisita de Lenin ao dizer que “ o Mas não impede que, teorica­
grande Inimigo do communismo m ente, a imprevidencia de nm
não é o capitalismo e sim o m e- “ l i b e r a l c o m o o sr* Sampaio
dievallsmo**. Na ordem economí- Doria, e * ingratidão de um “ so*
ca, o capitalismo é o preparador cialista'% como o sr. eoronel
do communismo, como na ordem Moreira Lima, no selo >do mes­
política, é o liberalismo que pre­ mo Estado, sejam um espectá­
para o socialismo. A Democraeia culo que traduz perfeitamente o
Liberal offerece a todos a igual­ paraizo de tolerancia em qne V*;
dade politica, mas conserva a * vem os. Que diria d is s o - - tudo .
desigualdade economica. O resul­ Louls V enillot, cuja^ e l a r i ^ a ^ i r f ; ^
tado fatal é que o povo nSo se ■ genial
t a t U fa r nntn a nvtmAirf»^ m ns - ah

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