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M U N D O S D O TRABALHO

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ANTIGUIDADE CLÁSSICA /
PA RTE I
Profª Doutoranda Heloisa M ª Paes de Souza
ETRB – 1º A N O - 2015
A DIVERSIDADE D A S RELAÇÕES DE
TRABALHO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA

◦ANTIGUIDADE
CLÁSSICA
✓Definição: e x p r e s s ã o
q u e d á n o m e á parte
d o e s t u d o d a história
antiga dos gregos e
romanos.
✓Localização: ba c i a d o
M a r Mediterrâneo .
RELAÇÕES DE TRABALHO
◦ Definição : s ã o a s r e l a ç õ e s
estabelecidas entre o s seres
h u m a n o s durante a produção.
◦ Relações de trabalho
compulsórias: s ã o aquelas nas
quais o produtor é explorado
e o b r i g a d o a o t r abalho.
◦ Exemplos de relações de
t r a b a l h o c o m p u l s ó r i a s ent r e
os gregos antigos: HILOTISMO
e ESCRAVISMO.
A GRÉCIA ANTIGA

◦ Organizada em cidades -
e s t a d o s (pólis/poleis): c i d a d e s
politicamente autônomas,
com leis e organização
política, social e eco n ô mi ca
próprias. T i n h a m e m c o m u m
entre si t ra ço s culturais
( l í n g u a e religião).
◦ Cidades-estado gregas de
destaque: Atenas e Esparta
( m o d e l o s d i s t in t o s / e n t ra ra m
e m confronto a rm a d o ) .
O HILOTISMO
ES PA RTA N O
ESPARTA

◦ Localização: p e n í n s u l a
d o P elopon es o.
◦ F u n d a d a pelos
i n v a s o r e s dórios.
◦G r u p o s sociais:
espartanos
(esparciatas),
p er i ecos e hilotas.
A sociedade espartana -
espartanos
◦ M e n o r p a rte d a
sociedade.
◦ Aristocracia d e
na sci mento.
◦ Descendentes dos
c o n q u i s t a d o r e s dórios.
◦ O c u p a d o s c o m a política
e a guerra .
◦ N ã o p a g a v a m impostos.
◦ P r o i b i d o s d e trabalhar
n a a gri cultura e no
A s o c i e d a d e e s p a r t a n a - per i ec os

◦ Livres, m a s s e m direitos
políticos.
◦ D e v e r e s : servir n o
exército e p a g a r
i m p o s t o s a o Esta do.
◦ Atividades econômicas
desenvolvi da s :
agricultura, a r t e s a n a t o e
comércio.
◦ Descendentes de
populações submetidas
a o s dórios, m a s q u e n ã o
s e revoltaram.
A S O C I E D A D E ESPARTANA - HILOTAS
◦ Servos do Estado espartano. Não
p o d e r i a m s e r vendidos.
◦ Maioria da população
◦ S e m direitos políticos, jurídicos e c o m
l i m i t a ç õ e s sociais.
◦ Vigiados e controlados pelos espartanos.
◦ Descendiam de populações subjugadas
p e l o s d ó r i o s e q u e s e r e voltaram .
◦ P r a t i c a v a m a a g r i c ult ur a e m te r r as
p e r t e n c ent e s a o E s t a do .
◦ D e v e r i a m e n t r e g a r o e x c e d e nt e a o s
espartanos.
◦ P o s s u í a m s e n t i m e n t o d e re volta contra
a s condições de vida e trabalho a quem
e sta v a m submetidos.
O hilotismo

◦ Definição: r e g i m e
soci oecon ôm i c o e s p a r t a n o
q u e s e b a s e a v a n a servi dã o
coletiva d o s p o v o s
conq ui sta dos .
◦ P a r a c o n s e r v a r o domí ni o
s o b r e o s hilotas, o s
espartanos usaram de
d e t e r m i n a ç ã o e disciplina,
transformado Esparta num
“ a c a m p a m e n t o militar”.
Co mo o s espartanos controlavam o
n ú m e r o superi o r d e h i l o t as?
◦ Envolvendo-o s n as guerras:
hilotas p o s s u í a m a r m a s leves e
não recebiam treinamento
militar. M u i t o s h i l o t a s m o r r i a m .
◦ Kriptia (kripteia): ritual d e
p a s s a g e m d a infância p a r a a
fase adulta d o s jovens
e s p a r t a n o s . O j o v e m era
d e s a f i a d o a m a t a r u m hilota.
◦ F r e q u e n t e extermínio
traiçoeiro p e l o s e s p a r t a n o s
ad u l t o s .
A E S CR AV I D Ã O E
O TRABALHO
LIVRE E M
ATE N A S
◦ E s c r a v i s m o – principal s i s t e m a de
p r o d u ç ã o utilizado e m A t e n a s e n a s
demais cidades gregas.
◦ Trabalhadores livres e trabalha do res
e s c r a v o s c on vi vi am n o e s p a ç o u r b a n o
e rural.
◦ Trabalhos a r t e s a n a i s e a g r í c o l a s e r a m
v i s t o s n egati vam en t e.
◦ A c i dadan i a p l e n a s ó foi p o s s í v e l por
c a u s a d o s i s t e m a e s c r a v i s t a de
produção.
◦ O r i g e m d o s e s c r a v o s : prisioneiros de
gu erra, p e s s o a s c a p t u r a d a s por
p i r a t a s e traficantes, e s c r a v i d ã o por
dí vi da (abo li da pela l e g i s l a ç ã o de
Sólon).
◦ U s o s d a m ã o d e o b r a es c rava :
agricultura, pastoreio, comércio,
artes an ato , s ervi ç o s do m és ti cos ,
edu cação , s ervi ç o s públicos,
m i n e r a ç ã o (ati vi dade ex c lu s iva para
O e s c r a v o n o direito
grego
◦ Co n si d e ra d o , a o m e s m o tempo,
u m a p e s s o a q u e tinha direito à
pro t e çã o e u m a m e r c a d o ri a q u e
p o d i a s e r v e n d i da , d o a d a , leiloada.
◦ Q u a n d o d o m é s tico , era
c o n s i d e r a d o m e m b r o d a família d e
s e u proprietário.
◦ M a t a r u m cativo e ra co n s i d e ra d o
a s s a s s i n a t o ( h o m e m livre –
indenização d o proprietário /
e s c r a v o – c o n d e n a ç ã o à morte).
◦ E m c a s o d e m a u s tratos : o e s cra v o
po deri a recorrer à pro teção d e u m
t e m p lo e seria f o r ça d a s u a v e n d a à
outro proprietário.
A situação dos escravos
◦ N a agricultura : v a r i a v a / d e ac o rdo c o m
o t a m a n h o d a pro pri edade e d o s laços
c o m s e u s do n o s .
◦ N a cidade: c o n vi vênc ia c o m d o n o s e
t r a b a l h a d o r e s livres favorecia a s
relações d e s i m p a t i a / m a i o r g r a u de
liberdade.
◦ M u i t o s s e n h o r e s perm i ti a m q u e s e u s
e s c r a v o s t r a b a l h a s s e m po r conta
própria ( p e q u e n o comércio o u
a r t e s a n a t o ) e m troca d e p a g a m e n t o
diário / n e s s e c as o , po s s i bi li dade d o
e s c r a v o juntar pecúlio p a r a a c o m p r a
d a liberdade.
◦ Muitos escravos atenienses eram mais
ricos q u e c i d a d ã o s po bres , to rn an do -s e
b a n q u e i r o s e g r a n d e s comerciantes.
Resistência à escravidão
◦ F o r m a s d e resistê n cia: f u g a s ,
in su rreições, rou bo, e s c a s s a d e d i c a ç ã o a o
trabalho, etc.
◦ Afirma -s e q u e a s r e v o l t a s e s c r a v a s f o r a m
m a i s raras n a Grécia do que e m Roma.
Motivos:
✓Número menor de escravos.
✓G r e g o s c o s t u m a v a m misturar escravos de
etnias e línguas diferentes para que s u a s
rivalidades e dificuldades de comunicação
d i m i n u í s s e m a o r g a n i z a ç ã o d e revoltas.
✓Autoridades e senhores e m constante
vigilância.
✓Tratamento m e n o s rigoroso do que em
o u t r a s regiões.

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