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PR )F.

H Y N E K

uma visão científ c


Um a r t i c de G e n e r a l R f . A l f r e d o Moacyr Jcho ,
P l e n i p o t n c i a r i o j u n t o a s F o r ç a s Armadas, Co i -
s e l h o N a c i o n a l de S e g u r a n ç a e Ministéri > d i s
Relações Extoriores.


m

Éffl

/
" F e l i z m e n t e , h o j e , possuímos uma linh.< t ' le-
ônica e s p e c i a l , que p e r m i t e a s e j a quem fôr, nos ch. uar
> r a t u i t a m e n t e de onde e s t i v e r , não i m p o r t a que l u r a r , pa
r a comunicações sobre d i s c o s voadores.Nós demos nossc nú
aro a m i l h a r e s de p o l i c i a i s , delegados, organisrooáMgMe* •
< efesa c i v i l , a Agencia F e d e r a l de Aviação e grupos* de
defesa. Assim, se alguém a c r e d i t a r e s t a r a v i s t a n d o ov ten
co algum c o n t a c t o , s e j a q u a l fôr, com um "Objeto Vòídor
Kão I d e n t i f i c a d o " , deve, nos Estados Unidos, contactar
tão cedo quanto possível, um p o l i c i a l , delegado ou f u n -
cionário da aviação, que nos comunicará, imediatamente ,
o r e g i s t r o de seu teute^munho. F o i p o r i s s o que, h o j e mes
v o , no começo da n o i t e , exatamente antes de sua che-jadàfe
r a r a essa e n t r e v i s t a , r e c e b i um chamado u r g e n t e do uma
'ase aérea da Flórida. Alguém f e z uma observação, ma;
o c r e d i t o que nesse caso tudo não p a s s o u d e um m e t e o r i t o ,
excessivamente b r i l h a n t e . "
• I

(Comentário do c i e n t i s t a pròf. J .
A l l e n HYNEK, d i r e t o r do D-pa t a -
mento de Astronomia e Ast o f s i -
ca da U n i v e r s i d a d e de Nor Lhwr-ste
r n , EUA., em e n t r e v i s t a ao j< m a
l i s t a JEAN CLAUDE BOURRET.)
A próxima v i n d e , ao B r a s i l , de uma das maior*s
.çel'. dades do mundo científico o c i d e n t a l , p r o f . J . A l l n
Hynr a t u a l d i r e t o r do Departamento de A s t r o n o m i a e / str< -
fis da U n i v e r s i d a d e de b o r t h w e s t e r n ( E U A ) , e, sobrttud< ,
i n t f r cionalménte conhecidc como um dos mais c o n c e i t u a d o s
J
eap< l i s t a s em "Objetos Voadores Não I d e n t i f i c a d o s " , s e n ; o
aba; u profundamente, produzirá c e r t a m e n t e impacto na o p i r i
ão i "0 i c a e era círculos científicos e m i l i t a r e s b r a s i l e i r o s .
F i n a l m e n t e , até que ponto essas c o n t r o v e r t i d a s
h i s t o r i a s sobre m i s t e r i o s a s aparições desses, assim chama-
dos, 6'scos voadores, podem s e r levadas à sério, se, até ho
j e , n - \guém decididamente ao menos se a r r i s c o u t e n t a r e x p l i
4

cã-]as?
Mais a i n d a : deverão, agora, os governos, sobre
tudc o de países membros da ONU, d a r o u v i d o s às severas r d
v e r t ? i a s do famoso astrofísico, p r o f . James McDonald ;~qu»n.
do, em sessão r e a l i z a d a ã 7 de junho de 1967 - p o r t a n t o , bâ
o i t o anos - p e r a n t e a Comissão de Assuntos E s p a c i a i s , c l a s -
s i f i c o u a questão dos OVNI s como "um dos mais sérios prob.le
mas c i o n t l f i c o s de nosso tempo"?
Pelo s i m ou p e l o não, o Governo da França, p r e
f e r i u p r e v e n i r â r e m e d i a r , quando há a l g u n s meses passado ,
o seu M i n i s t r o da Defesa, Robert G a l l e y , p e l a p r i m e i r a v e r ,
p u b l i c * e o f i c i a l m e n t e , abordando a questão, deu uma espé-
c i e de s i n a l de a l e r t a : " i l e s t irréfutable q u ' i l y a -des
choses a u j o u r d ' h u i q u i s o n t Inexpliquées ou mal expliquées".
Ao f a z e r essa declaração, se baseou, s o b r e t u d o
nos ao Lidos argumentos, consequência das intermináveis pes-
q u i s a s do d i r e t o r do C e n t r e N a t i o n a l de Recherche S c i e n t i f i
que,(CNRS), órgão o f i c i a l do governo francês, c i e n t i s t a Clau
de Poher, que, sobre o assunto d i s c o voador, também tem sua
opinião formada: s e r i a uma a t i t u d e pouco c i e n t i f i c a , i g n o r a
loa".'. Suas investigações, e l e as desenvolveu u t i l i z a n d o os
s o f i s t i c a d o s computadores do CNRS e, h o j e , se c o l o c a , i n t r a n
sigentemente, ao l a d o dos c i e n t i s t a s que defendem a necessi^
dade de sólidos estudos científicos e, p o r t a n t o , sérios, so
b r e o tema.

Por sua vez, o p r o f . J . A l l e n Hynek, que age r a
c o n f i r m a sua v i n d i o B r a s i l , para p r e s i d i r o 19 S I VPCl 10
INTERNACIONAL. DE IF( LOGIA,. não somente, d u r a n t e vintes e
d o i s anos consecr i - os, f o i o p r i n c i p a l C o n s e l h e i r o Cie v-
ifi o da US A i r *o< ce, encarregado da questão, mas ê t im
l ém, a u t o r do l i v r o The Ufo Experience-A S c i e n t i f l c Inqul
J y_, r a d u z i d o em rãrios países e t i d o como v e r d a d e i r a bí-
i l i a pelos estudiosos.
Suas oosições que, aliás, nem sempre foram ão
vorãveis a uma corprovação de existência dos d i s c o s voa
r
' 3 S . h o j e , se não e l u c i d a m o problema, p e l o menos, se -
'• m como base para r a d i c a i s mudanças de comportamento l e
v irnos do o c i d e n t e , f a c e ao tema. Essa, p e l o menor;, é a
• lusão a que s. j ode chegar quando se sabe que,p r t i i
" o de comi s soe ; _ c - f i c i a l s n o r t e a m e r i c a n a s , (algumas õ o-
(i •*
s'S, i n c l u s i v e , f o r r a d a s com base em exigências da -ÍIA) ,
• o e x i t o u em ass n; r comunicados s e c r e t o s , t a n t o ã- av o
r d. des m i l i t a r e s de seu país, quanto a organismos : n t e ••f|
n c t o n a i s , i n t e r e s s a d o s no problema. Todos dando c o n t a os
r e s u l t a d o s de sua:» investigações e a l e r t a n d o p a r a a serie_
dade da questão.
Nele; , 3empre o p r o f . J . A l l e n Hynek f e z que -
t . ) de r e s s a l t a r <>s aspectos científicos nessas contràài-j
t< r i a s histórias de aparições de "OVNIs" : " d u r a n t e ess s
v i n t e últimos anos, venho tentando manter a t i t u d e d' sap . i
Xe u?da, ou mente a b e r t a , enquanto p e r m i t i a m as c i r c - n s t n
c i a s , não o b s t a n t e t o d a questão p a r e c e r desagradave]men e
ridícula. M u i t o s colegas a c r e d i t a v a m firmemente que o a -
s i n t o a c a b a r i a desaparecendo em questão de meses. C' n t u o
nos últimos c i n c o anos, a Força Aérea recebeu maior núm»-
ro de r e l a t o s do que nos p r i m e i r o s c i n c o anos de su< pes-
q u i s a . Apesar da aparência de f u t i l i d a d e do tema, 3eh 1
que s e r i a f a l t a r com minha r e s p o n s a b i l i d a d e ciantlf-íoa jpg
r a n t e a Força Aérea se eu d e i x a s s e de e n c a r a r esse fenoi.:e
no dos d i s c o s voadores, em sua t o t a l i d a d e , como tendo pos_
s i v e l m e n t e aspectos dignos de atenção c i e n t i f i c a " .
Francamente, p o r t a n t o , favorável às investigações
ofundas sobre aparições de d i s c o s voadores, ò profes^
r J . A l l e n Hynek g o s t a de examinar, pessoalmente, d<-
l h e s de casos que l h e sao enviados para seus estudos
• i c i a i s . No ano passado, em e n t r e v i s t a ã Organização/
d i o e Televisão Francesa (ORTF), nao se negou a con-
r , pormenorizadamente, um desses casos que, ^segundo
<e próprio, f o i dos mais i m p o r t a n t e s e impressionante -
toda sua c a r r e i r a :
- Na verdade, sao casos incríveis, se a
nte toma p o r base as normas de nossa v i d a comum. Tão
incrível quanto s e r i a p o r exemplo, a televisão, há a l -
nuns séculos atrás. Um desses casos, do q u a l me o c u p e i
ssoalmente, e p e l o q u a l eu me d e s l o q u e i d a q u i do Es-
tado onde moro, aconteceu em M i s s o u r i . T r a t a - s e de uri
cidadão que e r a responsável p e l o s a n i m a i s do D e p a r t a -
ato de B i o l o g i a da U n i v e r s i d a d e l o c a l . E l e morava nu
ma pequena casa, f o r a da c i d a d e universitária, com sua
mulher, sua f i l h a de d e z e s s e i s anos e o u t r o f i l h o com
apenas t r e s anos de i d a d e . Sua mulher, é e n f e r m e i r a e'
muitas vezes t r a b a l h a à n o i t e , num h o s p i t a l da c i d a d e .
Sempre, nessas n o i t e s , quando a mulher está fazendo seu
plantão no t r a b a l h o , a f i l h a de dezesseis anos se encar»
rega de p r e p a r a r e s e r v i r a mamadeira, ã uma h o r a da
manha para o irmão pequeno. Nessa n o i t e , como de hábi-
t o , e l a v a i p r o c u r a r o l e i t e na g e l a d e i r a e, olhando
p e l a j a n e l a , ve uma l u z que se aproxima. F u i lá, pesso
almente, e c o n s t a t e i o aspecto da visão que, normalmen
t e , e l a d e v e r i a t e r algumas árvores, o campo, matagal
r e l a t i v a m e n t e a l t o , nada de e s t r a d a , e n f i m , nada que
pudesse v i r daquele l a d o . P o i s bem, a l u z que e l a a v i s
t o u e r a extremamente b r i l h a n t e e formava um grande an-
g u l o . Teve medo e acordou seu p a i . E l e vem, dá uma olha
d e l a , fecha'a j a n e l a e c a r r e g a d o i s f u z i s . Possuía do-
i s caes de caça na época e de c e r t a forma, a g r e s s i v o s .
Esses caes se achavam j u n t o à casa e lá f i c a r a m . Como
a l u z se aproximava o p a i r e s o l v e chamar a p o l i c i a pe-
l o t e l e f o n e , e esse, de súbito, s i l e n c i a .
Evidentemente, essa e o u t r a s confirmações de
aparições insólitas - fazem p a r t e dos quase c i n q u e n t a m i l
casos que o p r o f . J . A l l e n Hynek h o j e e x i b e , como t e s -
temunho de que os "Objetos Voadores Não I d e n t i f i c a d o s "
ião são f r u t o s de imaginação ou mera evidência do f a n -
c a s i a . Para e l e , o i m p o r t a n t e é que as a u t o r i d a d e s t a n
:o c i e n t i f i c a s , quanto m i l i t a r e s , percam o medo do i 1 -
lículo que, até h o j e , tem se c o l o c a d o como v e r d a d e i r a
> a r r e i r a e n t r e e l a s e a investigação c i e n t i f i c a mais á-
tia.
0 ridículo não f a z p a r t e do método ciertlí i -
:o e, como t a l , não deve s e r ensinado'., costuma a f l r t a r
an conferências nas u n i v e r s i d a d e s n o r t e a m e r i c a n a s e en
c o n t r o s o f i c i a i s , t a n t o com c i e n t i s t a s q u a n t o cora m i l i
a r e s , nos Estados Unidos e na Europa.
Essa, e v i d e n t e m e n t e , serã sua p r i m e i r a v i s -
a o f i c i a l ao H r a s i l , p a i s que d e s p e r t a sumament• e u
n t e r e s s e e é responsável p o r grande p a r t e dos c soe oa
alogados e i n v e s t i g a d o s em seus a r q u i v o s . F i n a l : e n t ; ,
r a t a - s e de uma das regiões do p l a n e t a em que ma s ae
e g i s t r a aparições desses insólitos o b j e t o s .
F u i designado p a r a c o o r d e n a r seus ene n t i i s
com as a u t o r i d a d e s b r a s i l e i r a s , seus possíveis c o n t a c -
tos o f i c i a i s com o Ministério da Aeronáutica, CorseJ 10
N a c i o n a l de Segurança e Ministério das Relações xtt i o
1
:es. Juntamente com o p r o f . Flávio P e r e i r a , a u t o do f a
ooso " L i v r o Vermelho dos Discos Voadores", o b r a ( o n s u l
cada e o b r i g a t o r i a m e n t e c i t a d a p o r e s p e c i a l i s t a s o c i en
t a i s e s t u d i o s o s do tema, desenvolvemos c o n t a c t o s em i l
t o nível. O Estado Maior da Aeronáutica e a Comi. 3ac de
Ciência e T e c n o l o g i a da Camara dos Deputados, e n t r e ou
t r o s . Visamos, e v i d e n t e m e n t e , ao maior r e n d i m e n t o ne<4*
a presença do c i e n t i s t a em nosso p a i s .
Ao meu v e r , o problema já abandona o t e r r e i r o
a s i m p l e s especulação e se a p r e s e n t a como • ques Loi a-
m«nto de v a l i d a d a oientíflo». Voj»mo«, port»ntp, «-ó
que ponto estamos c a p a c i t a d o s ' p a r a s a i r dessa linguagem
comum onde os "Objetos Voadores Não I d e n t i f i c a d o s " , ma
i s que q u a l q u e r ameaça física, são um quase p e r i g o m*an
tal.
Tudo l e v a a c r e r que as c o i s a s já começam a
er v i s t a s de uma maneira d i f e r e n t e . T a l v e z para i s o
enha contribuído a e n t r e v i s t a do M i n i s t r o da Defesa da
'rança, no ono passado, quando, deixando o medo d o ' r i -
ículo de l a d o , t o r n o u público o i n t e r e s s e o f i c i a l p>;-
;
a questão. Como também as próprias conclusões apreson
adas p e l o p r o f . J . A l l e n Hynek, t a n t o à US A i r Force ,
quanto aos organismos de d e f e s a c i v i l n o r t e a m e r i c a n o ; .
e v i d e n c i a s , e n f i m , de um novo e audacioso e n f o q u e
Pessoalmente, não desconhecemos i n c l u s i v e a
posição antagônica do c i e n t i s t a n o r t e a m e r i c a n o c o n t r a
.rupos que tem, p e l o tema, i n t e r e s s e além da s i m p l e s cu
i.iosidade e investigação c i e n t i f i c a . Quer dizer:crença
em s i n a i s de revelação! E e v i d e n c i a seu ponto de v i s t a
se t o r n a n d o cada vez mais r a d i c a l no"aspecto c i e n t i f i -
co" que o t;íma OVNIs merece, nao a d m i t i n d o , em contra
p a r t i d a , com a mesma segurança e insistência, que fo•:-
ças o u t r a s poderiam e d e v e r i a m também s e r q u e s t i o n a d a s
no mesmo nível e, p o r t a n t o , s e r i e d a d e .
Sua v i n d a , e n t r e t a n t o , no mínimo, servirá co
mo informação mais p r e c i s a possível de que em outros
c e n t r o s - evidentemente mais avançados'. - o debal e do
problema não é somente matéria de sensação p a r a j o r n a -
i s ou dosagens paranóicas de v i d a .
Os "Objetos Voadores Nao I d e n t i f i c a d o s " t a n
t o nos Estados Unidos, quanto na Europa e o u t r o s cen-
t r o s científicos de c r e d i b i l i d a d e irrefutável, em p l a -
no i n t e r n a c i o n a l , sao o b j e t o de i n t e r e s s e e pesquLsaem
nível c i e n t i f i c o e m i l i t a r .

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