Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MARITIMA OU NO INTERIOR?
1877
PELO
""."
VIENNA D'AUSTR.A
IMP. DO FILHO DE CARLOS OEROLD - EDiÇÃO POR CONTA 00 AUTOR.
187'1.
•
~ -. -
11 OFFICINAS GRAPHICAS
J I -1>0 -
ARCHIVO NACIO Al
~
-:..- R10 E •' EI o - r
J l--
9 I,
--l"
c:-~ 4_ -a'-;~ .--- -
-
AOU STAODA CAPITAL:
MARI TIMA ou NO INTERIOR7
.'
PELO
" .. '
- -- - _._ - -
VIENNA D'AUSTRIA
IMP. IJU FII.HO DE Cr\I~LOS GEROLO - ELJI(:,\O POR CONTA DO AU TO R.
IS' 7.
A. ~ ~
J/-. f':;:l _....._
.r rf .rJ.
o art. 4.° das disposições transiioria s da vig ente Constituição
Federal d et ermina :
"S erá tr ansierida a Capital da Un ião para um ponto cen tral
do Brasil, O P residen te da Republica, logo qu e esta Constit ui ção
en trar em vigo r, nom eará uma comm issão qu e, sob instru cç ões do
Gooern o, pr oced erá a estudos de varias locali da d es ade quadas á
install ação da Capital. Cott cluidos iae s estudos, serão pr esen tes á
Cantara do s Deputados, qu e escolh erá o 'local e tom ará, sem perda
de tem po, as pro vi d encias n ecessuria s á m ud ança. Effectuada esta,
o actual Dist ricto Federal passará a constit uir um Estado" .
V é-se da prescri p ç ào constitucion al qu e acab am os de tran scre-
ver qu e o problem a pol ii ico (' anthro poqeoqra ph ico da mudan ça da
capita l fed eral para um ponto centro! do territorio palrio se ach a
trerdadeir am enie na ordem do dia . Deixou de ser a an te visão de
id eoloqos !)ara se concretizar no texto imperativo da lei ím aqn a.
Or a, n in gu em mais do que Fra n cisco Atlo lph o de V arnlzagen .
vis con de de Porto Sequro , tra ba lho u pela uicior ia eless\'[ id eia, qu e
só poder ia sedu.zir espiritos clarinidcn le s I' qu e tenham da politi ca
uma elevada conce pção,
O opusculo em que o ins igne historiador r. an th ro pogeogra-
ph o sy n th etizou a SIW lh ese, editado lia bon s 58 ann os, em Vi enn a
dA u siri a, onde pouco depois ellc [cl écia, tornou -se extrem am en te
•
- 4 -
A r. C: IllES B EZEHIIA
A QUESTÃO DA (APITA
:\IARITlMA ou NO INT E RIOR ?
índios. a res pe it o dos quacs m u ito pouco. ain da mal . se lcm f'alludo
no Hio dI' Jan eiro.
l~ . Os pn'\e ndL'II!I's a n egocios dI ' tod as a s pro viuc ias, b em
lo ugc de pu ss n r I, mar ( COIll O SL' h nh iluss r-m n' u m u i llrn ) . k r úo q ue
pe r co r re r o im p c r io. o q u e os f'a rú co n h ecer' m elhor' o p u iz e suas
n ecessidad es ; L' o qu e gastem n a jornada o u na rcsid enci u da
c a p ita l. serú m a is e m fa vo r do p aiz do que se o ga s ta ss em n os
vu porr: s. o u nu m u ci dn d « mru-ilima.
:\Ia s qu al l'.idadl ' ( 111 villa d o sl'rt:lo II OS d ev e m e r ece r a
p rc fc rc nci a ? -
E m noss a opinião ne nhum a. Para nós todas te m o vicio da
o r ig e m , p r ov enie n te d e uma ri qu eza qu e j a n ão possu em, A s u a
s iluuçiio. a sse n to e c r iu çíio proccd crnm d e uma mina em que se
t r a b a lh o u mais' tem po a tira!' oiro, c j u n to qua l os minuiros
ú
(") Se 'U (' III lia 1.·\ l d iC;~lI a ... lTJ,.:"l :1";' lI l" •• IH jl lll1 d ia, CIII1l IHt.' ter present es a o fu nda r uma gra ndl"
cidade: a a herrur« do o;; r ;II 1f l '" d t' : 1 ' ~ '1 ;I . ti .... de "':' ''j n " ti ' "a / : f I tra ra<!n, 1'01· 11 11 11 :1" d e arvores. d a s p raça ... e
rua s hem la re <t s. ele vir.
- 16 -
Tnglate r ra. n a q ues tão do opio \Tn l'n OSO, se a rcsidc uc iu do seu
imperador n úo fosse na q u asi m aritima P ckin ? E po r q ue existe ....
d P c rsi a .... scnào porq u e H isp nh un csl ú no in te r io r , e n âo so b re o
Se <!lJf T l' T110S po is P O I' scc u los conse rva r un id o o irn p er io.
l.m ccm os nossas vistas pnra cl lc todo. nâo d a to r r e d a Ca nd eln r in.
ou do Pão d'Assucar. ou d o Cor cova d o, q u e ma l d ahi o dom in a -
rt -m os : rr-m onl cm os ús parage ns q ue a n a tu r ezu j á fez d om ina n tes :
:'1 s cnbcce irus dos r ios q u e r egam o B r a zil a h r a u gc nd o em q uusi
tod a s ua cx tc n sfio - - Dr irem os esta cid a d e n n fro n tei r a mm-ilim a .
nm c ucud u. ca da dia. por es sa s fort al eza s q u e es tã o ava ssa l-
l a u d o a s aguu s sa lgn dns d o orb e . - E se n ão tern os fé, nem
co r a ge m . n em fo rc a. pa ra edi fica rm os n o sc r tiio uma nov a ca p it a l.
co m o no ssos ail ll'pa ssados. os P or t ugu ozcs. ti ve r a m p ara co ns truir
Ba h ins. P crn nrn h ucos e Rios de J nn vir o, no liItornl , co nvoqu emo s
ao m e nos a lg uma vr-z ao ser tã o. v . g., a S . Joã o d' E l-R ci . a asse m -
h l éa gera l d a n : l ç ~o : pois q ue isto está nas u t t ri bui ções d o
gOY<T n o .. . .
O Im pe rad o )' Carlos . [a g no convocou desde 770 a 813 u mas
:30 usscm hl éus gcru cs ; e m uis d a m e tad e dcllas em terr a s di ff'c-
r c ntcs ; v . g .. Vorm s, Ge nebra . Rnt ishonn. Mavc n ça, Aix la
CIJ'IPl'\lC . &c . -
- 19 -
d aqui communicuç ôes ser este um n ovo dist ricto d este gcnoro,
- 29 -
í r cs la goas vis inh as, r das Iruc tas (10 pni z se pod eri a oh lcr m u ito
b o ns vinhos.
E m tod o caso. E x. mo S.", uma paragem , da imp or l unci a desta.
q ue. p ela h orul urh - de se u clima e sua fe rtilidade . rccornmcn dn ria
11 0 es tra nge ir o o Ilruz il todo. q ue pela sua pos i çâo In vo r cccria nota-
vc lrn c nt c o d esen vol vim en to do co rnmcrcio in te rn o d e tod a s as
prov inc ius, e qu e (qua ndo vi es se a ser a s éd c do gO\'erno) afian ça -
ri u nos scculos futu ros a segu ra nça c u n ir a de <l o Im pc ri o. pa rece-me
qu e l' di gn a d e me re ce r d esde jú a d ev id a uttcu çüo (los pode r es
p uh li cos do Es tudo. fa ze nd o co nve r gir p a r a cl la tod a s as comm uni -
cn çôcs. começa n d o pe la co n tin u aç âo d a estr a d a d e P ed ro 2.°.
levu ud o-a ta lvez d e pn,rl'n' nc ia pelo P a r a o pcb u. R io S . Fra ncisco l '
U r u cu y u. cuj a s cn hccr-ir us s(' ach am m u i perto d esta villa . T um h crn
: i li nh a d a Casu Bruucn se pode r-in d esd e jú para csl a paragem
e n ca m inh a r. segu in do nlgurnn s ve r ten tes, a buscar, pelo cam inh o
m a is fucil, a foz do Corurnb ú no P a r n a h ib n, p a r a subir d e pois
uq uell e r io e o S. Bartholomc u , al é as cabece iras d est e. E u j u lgo.
E x .mo S . r , q ue, SE' fosse nccessario, a té por lim a lei up pl ica vcl ás
p r o prius ost r nd as d e fer ro provin cia es, d eví am os de' todo aban donar
(, sys tcm n d e as d ecr eta r c co n ce der para un ir e n tre si po voa ções,
nindn de i nsig n ifica llll' co m m c r cio e trafic o, com gra n des gastos de
» tci-ro s e dc sat crros. ; planando montes c v all cs, c q ue n os con viri a
nd op ta r de prr-f'r r ouciu o p ri n cip io de ir bei r a ndo os ri os, se m
n e nh u ns ga stos d e nivr-llnmr-n to. e com m u ito ma ior prove ito d a
a gl"Í cl' lt llr a em g(·ra l. como succc rle fi que segu e o va llc do P ur uh ih u.
r: crei o f irnu-mc nt c «ur ncstn quasi p rcfc rc n cia da s m a rgen s dos
r ios. ajuda ndo ass im a natu re za, qu e se li m i tou a a b r-ir os le itos,
m uis Ol m enos n ivel ludos. rh-ix undo caxociras, q u e m a is cu st ur ia a
q u ch ra r do qu e a \'f'IIClT lnteru lmc n tc p ejas es t ra das d e ferro, est á
(I gr a nde segred o do d osei vo lv imc nto d a s m esm a s estr a d a s d e feITO
; 1 exclama r * * :