Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
.X ~
--
·-·
· Nossa Patria
,, J'ada po r mim , po r minha
P atria. tudo. "
Vtsco:<Dt·: o.: AnAG ,..,.....
T
••
N ssa Patria
PEQUE NA ENC YCLOPEOIA NACIONAL
POH
TYPOGRAPHIA AILLAUD ~
F .ARIS - LISBOA
1.91.1.
**
EXPLICANDO ...
Oa tet·ceira ed ição)
(1) No Estado do P:~rü, gnimos mc~mo ll<L prim eira edição a honr·a
de vêr nosso traba lho a colhido pelo eminente Intendente Municipa l de
B lêm, que contribuiu para um auxilio pccuniario do respectivo Con-
s lho Municipal, fi cando-nos a obri g:~<;~'io de cnu·cn-ar· quinhentos ex m-
plare para _d istribuiç<io gratuita pela e cólas municipac · de Belém.
(2) Th e South 1\merican Jorll'nrtl, de 24 de Ou tubro de 1903 ; Diario
de Noticia , de 19 de Dczembr·o de 1903.; O S cculo, de 16 de De:r.em br·o
rlc 1903; A Epoca, de 2 1 de Dezembro de 1903; entre outro . Difl'erentcs
trecho <I' esses honro ·os juizos com os da imprensa brazilcira.- e pare-
cere de Conselhos uperiores de In s trucção Publica c ·tfw, em appcnso,
nos nossos livrinhos Mosaico Infa ntil c 11 Tc,.,·a Bl'az ilcira.
r
-VIII-
e m Jan e iro de 1908, e o livT'O co mpl e ta.n1e nte n ovo, mesmo, sem
1 rejuizo, ab~o lu ta m e n te , do plan o ori g i11al, T'e fun di dos todos os
capitul as, au g 111 n tados mai c in co, e fol'lalecido ainda m a is,
d'esta vez, no;:;:o a mo 1· ;( V!rx:idode rJ, ·(I::;ilei ro pe la co llaboT'a çfLO
de Ma1·ia e;:e Ji, ,a., es po ··a ::;tcemeci da, que n os Yen' acompa-
nh a nd o o:< pa · o - , be mfa z j::~, d esde as pr~ o- inas elo !Vlosaico
lnfa ,zlil, pela mu s ica ( I ).
E o liv 1· qu e a té aq ui "' d e no lll inál 'a - A P a l!·ia Braú-
lr>iNt - , pas:a a te c o ti tu lo - Nossa Patria.
J al'a r ·ta ulti ma J'esol u<;ão, po 1'éll1, não nos an imou um s impl es
<·:<p i1·it o de nov ida de . Apl·ovciwndo o mom en to J e 1·e modela ções,
obed ecemo.- ao pe n amcnto d e já termo s um trabal ho com um
t it1do 1nuit o a ppro ximado- A T en·a JJ,·azil eú ·a.
A des pei to da· prev ide ncia T'e fe ri da:> , ap 1•e,en ta-se o Nossa
P atria, ago ,·a, mais v o lumoso do q ue cnt ? Não pod ia de ixar d e
s .,. as;;im. Em ompe n ·u.,.ão te m o ca1·a cte r nw_ito m a is inte nso
de liv1·o pcop1·iamente de ed ucaç ão n acio nal. E m esmo hoj e a
s ua fun cçiio e ·s n cial , al ém da d e s im ples le itu1'a proveitosa sob
0 11 tr os pon o:; dr vi:<ta.
A ge T'ac;ào q ue se edu ea de Ye u l'gil' p1·e parada pa1·a os desd o-
iJ nl me n to oec ss;l!'io::; da a çiio da qu e c;: tit agindo. Si assim
não l'ôr, jáma i: c hegaremo s a Ulll a p hase ele es ta bil idade pe r-
fei ta c ·olida 1·iedade nae iona l de fini da.
L c inb i·c m o- IT OS de qu e a Sui ss a, esse peq uenin o pedaço de
te r1·a e u rop éa , d esa 1~ mada , n o se io d na çõe s poderosas e milita·
1·i ·ad as, vi ve nd o tr·anquilla na Paz e no Prog 1·esso , g 1·a nd e
po r é m - na oro-a ni zação social, no se n t imen to da Ju s ti ça, no
·ul tiv o do Dit·c iw, n a firm za ela so lidat·ieda de .naci o nal ; a Suissa
po s ue Cantões o nd e o povo e xerc ita pot' s i mes m o ·ua acção
so be ran a , votando le is e m co mi c ios publicas , em plena praça,
aquec id os ao s ol da Libe rdade .
a S ui ssa, po t•é m , a edu cação nac ional é uma ve J•dacle ira Heli-
g ião: não lia ou tro povo mai s' na cionalmente e du cado.
A Escóla cle ve T·ia e r, mesmo, co nside t·ada uma secção prope-
d c utica do meio soc ial. Quando 'as refot·mas, as g randes idéa s ,
j1J'in c ipalm e nte aque ll as q ue a!Tectam de pe1·to ,todas as camadas
soc iaes, ch ega sem a se r disc utidas e votadas no Congresso
Politic o, j~L deve t·iam ter u·ansitado p ela Es cóla, adequadamente,
e m se us principias elementat·e s, c:onfiados a.o mestr e .
1908
A meus queridos filhos Virgil i na, Maria-Angelina, Rodolpho c. Oswaldo :
Amac. vossa Patria, ainda
mais do que. cu vos amo.
Virgilio Cardoso.
·'
Capitulo !
Patria, Familia e Esc óla .
.\ r ;1tria . ll1 'll" I'G I'OS 11W11i t :;, 11 ÚO é SÓI110 ll\e 0 \' <. lO
tr rri lori o ell t qu t'~Y i Yc tn os , o ~ól o l[ ll' c-u l liY n m o~, a Lei- a
qu ' no ,·iu na ('er, ~se l'O nj undo de ittco tnpa raYei bel-
i za,; tiCllur;lus, qu ' c.ltama tnos ru·inho um 'ltl e - Bt·azi l .
:t : . c n\i111 ol-a Lnmbr m tl tn lu do que no desper ta o
aiT ·Lo ou o c t Ll tu iasmo pulo 1 ome brazileir·o, - nas sta-
lua elo. heróes, nas
~ra n lc: datas da hi -
toria, na ~ obras pri-
ma el o a rtistas , nos
mon u111 enlo da li lle-
ra tura .
A P at1·ia é ainda o
qu e que1· que seja in-
vi ·ivel, que vibra den-
lr·o el e nós, percor-
I;en lo como o sangue
pos. as veias; é, por
exemplo , e ·sa commo-
ç;'\o, que nos agita ;
é(UBlH.l o contempl amos, 1·éspeitosos, a ba nd eit·a ami-ve r·cl e,
symbolo agrado ele nossa nacionalidad e, ou ouvirr. os
extasiado · as sono1·o as notas de nosso Hymno.
Ei l-o, a g1·a ndi osa producção musical ele Ft·ancisco Ma-
noel ela Silva, como uma suggcstão, que vos fazemos ,
pm·a que p1·ocureis a pprencler· no valor de cada no ta o
sentimento que elle traduz :
2 NO:::i ·A PATR l A .i
I
o
c:
E
>,
I
PATRIA, ~ AMILIA E .ES ÚLA 's
E como um exempl o in inuanle e inslruclivo do que a
bane! il'a dev rcpr· c11Lar· para nós desde creanças, lêde
nos ·guintcs verso , que vos decli amos, traduzindo uma
n:~ mini sce n ci a de infa ncia, um a b -lla licçc'io de civismo de
u111 1ac xll'emoso ao filho qu eri lo :
A PATRfA
Da e có la um dia e u vo ltava ,
l.i ra um dia e pl ndoro.o!
:'\a ·trada di vi -ava
m Regimento ga rb o:o .
E o papaesinho apertava
Minha mão, enternecido ...
Dentro em meu peito, pulsava
·o coração, com movido !
A lu cta só é de luzes :
Nã.o ha manto de fumaça,
Nem sangue, pranto e d es g t·a ça .. .
Mas flores em prol'usftO ~
E, na ardc ncia das r cft•cgas,
h ca m d e lado os brinquedos ...
Deixa ndo os be llus folguedos
Pe los :::a m pos da 1n s Lt·u·~çü o!
E n'cstes - familia e es ·ó la -
Os mes tt·cs c páes amados,
Pol' conselhos dedicados,
P e la constan te licção,
Cheia d e amor e c ivismo,
1.
10 NOSSA P ATJÜA
O PATRIOTA
AM[RICA 00
' upel'ficie
Cuba . ·I':W.OOO
Co. ta Rica 5 1.160
S . Salvado!' . ·18.720 ))
Supo.;r fi ci e
l' ai ze~ ( ~<:In inclui1· :t. colonia ) : Crt l k il. qu ad . P opu l~~·ão
Capitulo íH
18 NOSSA PATRIA
cnl a l ola mcnto ele n cgoc i a ~~õ •s clipl o nwti c::~ ~, para a solução
nmi ga vcl da p nd ncia.
8s a occupa ção foi cff clun lo no dia.3 de Abeil do
mes ll10 anno pelo c··cn •ra l Olyrnpio ufl Si l eira, qu e assumiu
na me mtt daltl a admini stt·aç~tO pt·oyi soriu elo lenitorio.
A. nec.·ocia çõ : d ipl o ma l i c a ~ deram 0111 J·esttllado o lea-
tado , chamado de P f' tropoli , tt~signad o em ·17 dq No-
vembro de '19m3 p •los i\ l i ni ~ lt·o.- Brnzil ciro s ~tll'fio I? Rio
IJ rttlt co e Dr. Assis J:: razil c pelo. BoliYi ' no r ;ua ha la ·
Pi n iIla, . m vi l'lucl C' cl o [ U:\ l I'Mn 111 ll cf1n iLiY<'l mcn Ic f1 xncl os
ns litni lr:~ do Dt•azil com a l oliviu.
I ot· esse I ral ado, a UoliYia ruconhccuu n . ou I'<'l nia
})l'nzil ' ira ~ohrc I) lC'ITi lo 1·io f' Onlcs tad , '142.900 kil omc-
LI'OS q u ackt do~ , ccrl cu ao J n tzil 11ma Ltt·ga riquíssima
l'aixa ti • L<• t•t·a boliYia tw , de 48 :100 l'il m tt·o. quadrados ,
mccl canle a l;:;·m1 ta. p qu cnt1 S con e ssõcs lcrriloria cs e uma
(jomp nsa(;üo pcCLtnia ria, cêrc:a de Yintc c ci nco mil .
conto el e rúi , lcslin;lcl os ü con ~ trucç5o ele estradas de
fet'l'O c outr . melh ornmcnto. qu e in lirect.am ente nos
se r·iam aind a va ntaj osos, augmcnta nd o o Lt·áfcgo de nossa
pt·ojectacla e. trada el e fe iTO Nladeira-Ma moNJ.
Assim, o Br·ozil inco rpot·ou ao seu vastí ssimo patrimonio
um terrilot·io mais extenso qu e o ele qualquer el os Estados
do .catá, 1\i o G1·ancl elo Norte, Paro.hyba, P ernambu co ,
Aln g-ôas, t·gipe. E pit·ito anlo, Hi o ele Janeit·o e Sa nta
Catharina, tetrilOl' io qu e pl'ocluz I'Cnda a rmual superiot· n
de 'mais de metade elo vinte Estados. da Uniáo.
>i<
**
Healizaclo o tratado ele . P ett·opotis, a Hepublica do
·P erú iniciou actos. ele hos tilidade co ntra o Brazil, preten-
dendo ga t·antir direitos que julgava feridos.
Assim, fot·ças pei'Uanas causar·am no Pw' ús pt·ejuizos a
negociantes brazileit·os, e, em Abril de '190!.~-, na fóz do
t·io Amonea e suas vizinhan<.,:as, ·130 homens apoderaram-
se de alguns set·ingaes· de nossos palricibs.
(·
20 NOSSA PATRIA
*
* *
Duns br·ilhanles vi clorins losTou ninda nosso amn do
Brazil, r esolvendo, 1or· meio el e arbilram c11LO, p nd ncias
. ccula r·c - col11 a Hepublica Arge ntina, , ob re o' ICI'I'i-
lorio denominado Jl!fissões ; - com a Fra nça , a rc. peilo
do ler1·itori o el o Antapá .
F ôr'am Arbitro - na p1·im irn, o
Presid ente do E: lndos - Unid o ela
Am rica do No1·te, C rOYCI' CleY !anel,
qu e a I'C oh·cu em 5 ele F cvcrciro de
·1895;- na s -guncla , o Con olho Fe-
deral Suisso , cuja el ' i:ào L m a d ala
rl 'lo el e Dezcmbt·o ele '1900.
Em amba as ca u as , a clcmon tr·a -
lla nlo do llio llrnnco. ção elo clir ilos brazil ir·o. ficou a
cargo da compcle ncia e do pa ll'iotismo
· do Dt·. José Mat·ia da Siha I at·anho , Bat·ão do Rio
Branco.
Ministro Plenipulenciario pet·anle os A rbitt·os 1:etét·ido~ ·
'
LIMITE · E FR ONTE IRA 21 ·
o,
do. a ·Luac·· Eslad os el o PaJ·aná, nnla C:n lh;lriJI<~ , ~- I ':~t ll
[ ernam bu co e l arahy ba, a P cro Lo pf'~ df' Sn11Za :
:l.' Perna mbuc o, co m GO lrg-uas , ~ ilt i ; l(la (' l ll p;11·1r· dn
· nct.u<l l I ~ lad o do P crnam bm:o c 110 de .\l n g<i;1 ~, ;1 IJJJai·Lc
Coelh o P orei ru;
<l ~i
;, _a Espir ito Santo , cu m 50 l cs· uu~, occupand o C(ll
lodo o aclua l Estado do E. pirilo Santo , n Va. co l•'cm andcs
Coutinho ; '
G! Porto Segur o , ·om 50 lcgu'a . , c·m I ' IT<I S a o~ ~~~ el
o
aclunl Estudo da Bahia , a Pero d Campo ~ Touri1 1h o ·
G.' Ilheu s, com 50 I C'gua ~, em lCITiLo rio elo aclua l Es-
tudo ela Bahi a, a J OI'gc de .Piguc ir el o Col'l'ó a;
1.", 8." e 9! Mara nhão , co1n 115 leg·ua. , m lrcs por-
çóes, a J oão d Bano ~. Pe1'1iàn ,\h·are~ ri o ,\ nclracl o ('
Ay1·es clu Cunha ;
t O.' Ceará , co111 !tO I guas , a .\ n Lon io Cnrcl o.-o el e Ba n os :
'l 'l ." Parah yba do Sul, co m 30 lcgua s, exlend en lo-.
c
em pa rte dos aclu ucs Estado s do Hio de J<1nci! 'O o E. pi1·it.o
Sa nt.o, a P oro Gomes da Sih·ei1 ·a:
'12.' Bahia de Todo s os ·Sant os, co m ;)o leguas , coll1-
:\A 1 ()~ .\I . ID ADI ·: BRAZILI•: II tA
Não foi, pois, sem molivo que mn 11ife lanun l'ude 11 ppo-
. içào a esse aclo os a fc1Tado · ;i n1anulençdo da ~ ~o l nni; • .
E julgamo mesmo mai .- a ·rrlado acr<' lilar que
D. J oão VI não o Leri a pra ti cado, :-oi não l'ósso " wnjunGL ut·;t
especia l em que se nco nlr·ü ra , por {U ü, t:O III O bem po li-
dei-a crilet·ioso hi LOJ'iado r, « oc ·upado o t 1Ti loriu pol:Lu-
g-uoz da EurDpa peio. cxercilos l'l'anceze ·e lduqu cados cus
portos pelas esquad ra. da 1ngla lcrra, co mo pod ria o
Brazil co ntinu a r seu omm ercio co m o Rein o privi legia-
d o ~ Por que meio J'e melleri a as producçõe de . ua ag,·i-
cullm·a, para que entrassem nos mercado qu e havia m
acostumado a a nlhcl-os e co n sum il -o :-~ Qu lomenlos
emp.reg-a ria pa t·a im porta r o obj e Lo. d indu Iria e
generos ele man ufaclura, qu e . eus povos xi g·ia m? Onde
cnconlt'a t•üJ. ·rendimentos pa ra o Estado, que ·upprisse111
os que lhe fol'l1 ecia m as Alfa ndega s pela impo rlaçáo o·
expo1·taçào ele m e rcado 1·i as~ Não I'a de mislé1· . u. LenlaJ'
a Côl'Le, o Gove1·no, a Adm inisll'açào, :o Exerci to, a Ma-
rinh a ~ Podia, por i ó, i ola da e som t elaçõo: mercan tis,
,;ubsislir a colonia? »
Pouco tempo se demorou Ú. J oão Vl na Bahia, pa r-
Lindo, em '26 de Fevm·eiro, pnrn o I tio de J aneiro, ond e
apo•·tou em 6 de Março. ·
~ /.{. tã . .c..- .t .
' c. i' . .
I ~
. ' l-
38 NOS A PATRfA
lJ Y M í'\ 2 D I~ .J L Tl O
Escrip tv na tdadc da Hal1ia nv tcmp da procl,un::u~;ío da l ndcpcndcncia
do Brazil em l ~ ~:l.
{.
lt)
-
\..-" '
+
.. -
-
... ...
loo""
.
'-.J
-<>
... ~- ..
I
T
. I ' ....
- -·
·- =
" -.: ::. ...
..-•
. ~
-.:...i
.•: •~ .
I -, - ':""'
e::cti~ n~m
·- ~
40 NOSS A PATR IA
r ; = = == = = = = == =----
I-IYMNO 2 DE J UL[[ O
Na ce o ol ao 2 ele Ju lho ,
Brilh a mai que no primei ro:
E' signa l que n 'este dia 1 1 .
Até o oi é lwa zil eiro. l ns.
cóno
*
* *
I erdura ram , entreta nt o, a - clive J·o·encia entr portu- .
guez e bJ·a zil eiros, e eJTOS polilico ele
D. P ed,·o, homem el e ca t·acter impe-
tuo. o, torn a ram cu1·to seu go vem o.
Di solvida vi olentamente a Co nsti-
tuinte B1·azil i1·a, quando se achava em
pleno exercício de : uas funcções; em '12
de Novem bro de ·1~23, fôram pre o · e
deport ado o: ÍI' mãos And t'adn : J osé
Bonifacio, Antoni o Ca t·los eMartim FI·an-
Antonio 1:al'los. cisco; e D. Ped ro outo1·gou uma Co n li-
tuição, que foi jurada em 2;J de Mat·ço
ele ·1 " 2ft. D'ahi por dea nte, dive1'. o acontecimentos, enl.t•e
outro: a pet·cla ela província Cisplatina, que se clechll'OU
42 i'iü. :· A PATI11A
IJ . l'cJ ro 11.
Li ma c Si h a.
I)IOg'"O Fcijô.
--
:\A C IO :\ALIDADE BRAZILJ:: li ,A ·15
LJ . T il ci'Ct.a Ch ri sti na .
O. Luiz . o. Antonio.
FA M I L I A I M P E 1\ I A L
3.
46 i'\ O. . 'A PATHIA
~======================
r
'
Banclcit'íi lmprnal
~===================================~r.
Com etleilo, as idéas l'epublica.nas, iniciadas em Per-
nambu co, em 'l'i'lü, com Be1·n a1·do Viei l'il de Mc:llo, desen-
volvidas em Minas Geme co m a Jnconjide,wia, av igo ra-
da pelas J'e"oluções republicanas de '18'17 e '1824., em PeJ·-
nnmbu co, de 1835, na Bahia,. e de '1837 no Rio G1·ancle
do Sul , expandi1·am-se cada vez mais a lé que a Republica
N ACJO:\ .\LIDA DE J3RAZLLE JRA -17
(1) A hi- wria. da. u·ad içõe dcmocra.tic a no Brazil, da proc lamaçáo
da Hcpub lica. e d ua. orga nização legal, cons titue ju la mente o.objecto
de 110 o liv1•inho : - Leittu·a C1:o,ica, tambem de ·Li nado, com o este,
á ~ c cólas.
(2) Don a !\Jal'ia Clu·i linn fa li ceu poucos mczcs depois de deixa•· o
Bmzil, c Dom P edro, no dia. 5 de Deze mbro de 1891, na França, sendo
seu corpo, eml:>n lsa mado, tran portado para Lisbóa, onde se acha na
Eg rej a. de . \ icent . D pa ssagem n'aq uella capita l, 1 isitei-o no dia
1
..~:,::"'..
'
! ~ .
-«,,· .:
~·;
::õ
:::>
o.
"'
a:
"'
"O
50 NOSSA PATRIA
~===========================~
LETTRA DO H'(MNO DA PRO C LA~·IA ÇÃO DA HEI' Uil l.I CA
( MEDEIR OS E ALO UQUEHQUE)
~=========================~
i\A 10 :\ALlDADE BH.AZILEIRA 51
Capitulo V
O Estado e a Federação Brazileira .
(1) :\ fúrma d e go,·crno a c tUal no 13t•a zil, c , e~pccialm en te, a .;xpl ica-
r;á o detalhada de no,sa on titui<;üo, d modo accc si ve l a os men ino s .
são j us ta mente o o bj ecto d te rceiro livt'O de meu « tu·so de Leitura
Cioicn Est:olar •, que, de mais , con té m uma no tic ia, ill us trada , de nos-
os a ntecedente dcmoc r·aticos e da pt'O lama.çfto da 1\e pu blica .
ü e tu do da fó rm a de G vet· no c d a nos a Con s ti tui<;fto nfto é. d e - o -
me no im pol'tanc ia , o u , me lho r, é de necessidade no t•cg ime n d e mo c r:t.·
tico , desde a escóla. 8 <tss im q ue o i ll u tre p u b lic is t:t. e ed u cado r Me-
deiros de Jtlbuquer>qll c, ex-d ir <!ctor da lnst r u cç-rto P u bli ca d o Di tri c to
Fede ral, por c ujo Con<clho uperior o " Lcit u m ivi a " e tá a p pl'O-
vad o , como pe lo d o Pa 1·:l. c o u tros E Lado s , a preciando o me u m ode~ Lo
livrinh o , em s ua Clt r·on ica Litter aria, n' A No·n c tA, d'a qu ella c idade,
e m 17 de Dez mb1·o d e 190 1, e c rc ve u : " Impor·ta, ao lado das outr•o '
clisciplinas, min istr•cu· ás cr eanças w na ctpr·encli;wgcm mctlwclica e
completa da no a fó r ma c mcr:ani mo do gooerno. Não se ·com-
pr•ehende, em uma clernocrctcict, que wn cidadão ignor e a Constituiçâ o.
Na !lme rica do Nor te, em al,gans· Estados da União Amer·ica na, é
indispcnsaoel, pa r·a qur,lquer obter diploma de eleitor , 'que pr·este
am e:uome da Co nstituição . O r.w ctor• do livro aqui not icia do teve,
obretudo, por fi m, d ar esse conhecimcrÍto do nosso tcx to j ltnda-
mental . "
- " Ente nde m os, po i ~ , q ue será um real se 1·v iço á cau a da H epu-
blica no Brazil a ado pçã o d'cs s:t o b r :t pelas a uctoridades publicas a
quem toca a adm inis tt·a ção d o e ns ino n'est e E t.ado . " (Conclus âo do
parecer da Congr egação elo Inst ituto Cioico-Jw·idieo, tt Paes de Ccu·-
oalh o •, em Belém do Pará.)
ão a s uas pag ina ropas adas de tamanho valor m o ral. que
5-1 r\ OSS A PATHIA
I
I
J.
jus10 é co nrcs~am10 s se,. uma grande a cq 11isiçúo que ora :1.caba a mol·i-
dade espcran<:o a do Br·az il , por· meio d'es a ob r·a pequ na no s u ,·o-
lume, c xtraordina ri a , porém , na g rande~.a de cu patr·iotis mo. ; (J OHNAI .
IJO R ECIFE, de ?0 d e /)e:;embi' O de 1/59 /. )
- " E', pois, como se ve, um liVI'o de grande utilidade e que devia
ser :.uloptado pelos govel'llos e introduzido e m todas a · escóla , onde at '·
hoje tem-se descurado de procurar lii'I'OS adaplal'ei ao e nsin , acce si-
vcis :'l intelli genc ir• das c reanças e ca paze.· de incuti 1·· lh e. no espirill•
~sses sentimentos generosos e potente~. de c ujo desenvolvimento e edu -
caçáo depende o magno problema da grandeza da na <:ões. " ( COM~IEH
C IO uo E~ PIRI TO SANTO, de 2/ de Ja11ciro de 189'2 .)
o r,::-;TA I O 1·: A FEDEHA .Ã O 13RAZ ILEIHA 55
{I) De accürdo om o art. '' da Con litui t;áo, o Estados podem in-
corpol':tr· ·e r n1re ~ i, subdivid i1·-se ou desm embrar- se, p a ra se nnnexn r
a ouu·os, medean le acq uieseencia das r c pectivas nsscmbléas legislaliYas
m du a~ scssõc a nnuaes succc Si\·as , e approv:u;ilo do ong resso l'\a-
cion:\1 .
56 NO .. A PA TI1I A
" Al'l. :~."- F1 ca pel't nccndo ú ' nii'to. no pla n a lto t.:enll·al da
11c pu1Jiiea , U l ll:l zo na de 11.-lOO ki l o m et,·o~ quad,·ados, q ue . e rü
op po l'l un am tlle doma,·cacla, pa1·a n'<;lla 2Etabclcc .,._- e a. futul'a
Capital P'edcl·al.
F>arar;rapho u nico. - EfTe ·tuacl:'t a mudan ça d a 'a pitnl, o
aC'lual Uisu·iclo Fed c t·al pa :> ' il i'Ú a co n s titui 1· um E stado . "
C .\l' JT.\hS
I ,
60 i\ OSSA P AT HI.\
d e Janeil'o, .rlla,qàas, Rio G!'ond ' rio 1\ 'oJ 'U', E spir ito
Sa nto, S el'gipe .
cln
Q.ual qu cr c!' esses Eslaclos, ai nela rt d1' :-1Prf.;ipt', tt1cclin
9. 090 ki lomêlr ns ] !ladra do~ . é maiot·
apenas umaá r eaclc3
do qne muila · naçõe: em opéas.
c·t~tile t· , por
\ ,~ i m, na· ordem ele lc t·t·it or io, porl ni a11t
n, n
exemp lo : \MA ZONA , a Grii. - Prrlan hn nn _ltt ;,.,lal<·tT
H ua do Con1mcrcio 1 em i\ a tai.
.. ·. . ..
...
':.. .
p11 lad n~. <' 11Hjl l:-tn lo o d e \finas C eroes , qu in to em ortl e111
d xlu 1:-:<'1 n ll'l'l'iiMi nl , c! g {J 'ÚUa e. ei ( J).
Sol• r<'rlo J•o n lo de Yi~la . po 1· ··111, .• a d i YCr:-.i larl c não
d ixn ti<· "l 'l' m esmo d<•l f' rm i nada por um p ri1wi r io de
(· ~·tJ::t ld n dr• : c· n ~ lanrl o a ({mm•a F f'df'J 'Ot ri<' r cp r ':cn-
l :~ nl r;; <In ]ti l':o, prop r iam c nlt•, ~i lodo. os E : ln.clos, con1
popular:<•t''- tl <',...c~nacs, romo .i <i YÍS I<'s, rl é·sscm o m e. m o
(I) O povo da difl'c re nl s irc u rn crip çõc lclT iloriae da ' niúu
l.!razil ir a a .sim 1·cpre cnLado na Camara F dera! : Minas Gc-
rae , 36 D pulado ; llahia, 22 ; S. Pa((lo , 22 ; P er· namlmcn, 17; Rio
de .!allcir o, I 7; ·eará, 10 ; Dis trr:cto Feder al, 7; Pará , 7 ; ~lar·o
nh âo, 7; AlCifJÓCt , 6; Parahyúct, 5. O demais E lados dão '• Dep uta-
do cada u m .
NOS A PATHIA
O a1·l. 1. cl 0
cl a ra
BH.\ZlL ( I)
Q ue g ig a nw ca flot·e tas ,
(.,!u a n to mi m o e louça nia!
Dos t•a rno , pot· entr·e ft• sta
A luz do ~o i i t· ~;adi a ...
Na verdejante rolha<>e t
Pa:;sa a bri sa le veme 11t ,
13r· in ca ndo .. . q ue fre ca arage m ,
l e lo a r vo r·edo ll o t·e n te!
( 1) Tenho a honra de po· suir· o orig inal d'essa bell:t poesia, a té aqut
inedita, · d dicada a meus queridos filh inhos, a proposito da adopc:ão
d'este li\'J'O no Ex tcr11 ato que a poeti a dirige na cidade ele ·Batur·ité,
Estado do Ccad.
NOSSA PATRIA
Rios.
*
* *
O p" t'Cu t·so tl 1 rio .\nHií'.onas ·m lcrril ori o bntzil eiro é ele
4.000 kil omci1·os . ·un la rgu ra é 1nu ilo Ya riavcl, m dindo-
c em Tabatinr;a 2.T/5 melros, que .-obcm a 5.000 na
bocca do rio jifa dei ra, a lllucnle, ·lcY<Illdo-sc a 1 .000
ju nto ú hoc ·a do Xi11g ü, outro alll u nle .
Çomo a largura , val'Ía a. p1·of'undidad c ·nlre 20, 30 e
60 melros , sc t1cl o naYegaYcl desci · a fóz alé l\laná os po1·
Yo.po rcs de 4 ..)00 tonelada , c al '• Jquitos , na Hepub lica
uo Pcrú, po1· embarcações ri 2.300.
Quanlo ú vcloc;idacl · da correnle, allirm a-sc qu e na
co ta dr CueiNts , proxim a a an l;:u··m, na n1 <.1Xima Corça
da Yasanl , é de quasi lt·cs milhas pot' hora, rcf rindo um
obse rvador ler noléldo << mai. ele UJI\a Yez ;, aguas ama-
rcllada: Lto A ma-:ona a mais de 200 ki lo m e lt·~s da fóz ,
ainda com força basla nl c p:na, dura nte o sil encio ela
noiLe, se ouYir o rn ido ela. CO ITCnl c amazo11 ica 110 seu
embale ·on1 as aguns do c;ca no » .
O Ama:;onas traz-no.· ú lcml)l'ança o curi osi.. imo phe-
nom eno da - pot'OJ'óca - alterosa onda , que aYança ri o
acima, egui da , iÍ.' YCZ ·, por :cg;nnda t 1·ceira, com
grand e es trepito , I Ya nclo el e Ye lt cicla tu do que cnco nt1·a
na passagem. \lgun s.nttribu cm o phenom eno ü impe luo-
siclade elo encon tro ela agua elo rio com a elo Oceano ;
oult·os o expli cam pot· circum slancias especiae ao leito
elo I'Í O.
Leiamos a respeito uma obsel'vaçüo pessoal elo ·Conego
Fl'ancisco Bernal'elino ele Souza, clescripta em seu livr·o
Valle do Jlm.azonas :
" Vi a por•ot·óca. Eram quasi 11 homs ,da manhã quando · me
pareceu ouvir um rui do su!'do como o do trovão que ech úa mui to
ao longe.
As aguas do Guajará corriam tranquillas, como se não espe·_,
rassem a invasão do inimigo, que se appr.oximava.
A vasante er·a completa, deixando a descober·to, como corôa~,
NOSS A PATHIA
·'
IU O.· 75
O \ 'i(' c-r\IIll i i'HlllC 1·io lll'illl<l al\ em i'I'ClliU :i i ll l <l l'l •apt-
1
*
* *
Como Yi Lcs, 110 decr·eto ' ilado, o GoYet·ttO, ap ruYt· ita ndn
o-· ensejo, resolveu Lambe m nhrit· á n aY C f.)'it ~Jo cxl.rangeim
m't o só os mais importa ntes niTluente. el o i ma::;ona, , co mo
aind a os grand es ri os S . Ft ·ruu.:i co e T oco ntin. , q uc b<l-
nham riquissimn l tTas de tin acln a on icl enm.: l co nt-
mer 10. .
Infelizmente, p nn anece ainda qu a :i i n xplot·nclo o To-
cantins , qu e, na opinião do explot·nclo r Jame Ort on, «e um
1·io m.agniflco que rega um a elas regiões de e/imo mais
de licioso do Brazil, córreudo em. wn leito de liamantes ,
ele r ubis, ele saphiNlS, ele topa io , ele
opalas , de oiro, ele p rata e ele p etr oleo. »
<< Ti ve · emo Lido a feli cidade '', diz
co m t·nzào um SCI'ip lO I'; « de ap1·ov iLn1'
· os gra ndes ·erviços i tti ciaclos em ·1864
pelo di s tin cl.o ex- Preside nte ele Goya z c
do Pa rá, o benemeri lo Dr. J osé Vi eira
couto dc Maga! hãc; . Couto de Mn,·nlhães, as condi ções da pro- ·
. di gio. a r·iqu cza, que ·e pr·olonga em um a
con Idet·a.vel extensão do mai s rico terTiLot·i o bl'azileiro,
s~ t·ia.m hoje de ines Limavel pt·oveito pa1·a a juell a. pt·ovin-
Cia .' e, pa1·ticul arm ente, pa l'a 11 el o Pal'á, cuj o me1·cado
es ~u destmauo a se1· o empo1·io cl um commer·cio co nsicle-
I'lW.el dos p1·oductos d'alli oi·iundo . >;
E uma Pealiclad c o qu e nhi fi ca ; e, po1· inler·e ·sanlc e
IUO. ii
in sl.ru cli va , por nos . ob Y OSS s olh o;; umn noli cia sobre o
illuslt'e b1·a zil iro, co mo u m cx0 mplo d in iciativa e pe t'-
everan çn .
E ·crev seu biogTa pho, e 1t c:t1·nn In-o co mo ex plo,·nclo t·:
zado. T r·a ze 11t a datn. ele 15 c 2\) d r--Iaio de 18fi8, redigido este
ul timo no pou. o defronte ela fóz elo r·io Ve r·m el lt o , e constam do
Pe lator·io d a ,\ ::;r·ic ultura, be tn c lllO do Jornal do Commercio de
'• 14 d e A!:!,osto d o m es rn o anno.
ln stallou-. e a o rfi cina e m pleno c r· tiio , an1 o u- se o vapo r·, -
cal c ul e-. e co tt l q ue labo r·. Co uw liLfo i e m pc súa inau g ur·at• a n a-
,·egação do :\raguaya. Nos citado ofli c ios, d escr e ve c ll e c om e lo-
qu c n cia o se u c ntltu ia mo c · a ti~racç·ü o ao ve r· a q ue lle pr·imeit•o
a g n te da in du t r·ia e el o comrnc r·cio acorda ndo o g ig ante sco r·io
e a · n1 ag nif·i c a~ reg iõe s vizi nl ro · d o som n o e m que as tt·azia o
d ese r to .
A 28 ele i\llai o, de po is da be n r:iio do navi o, effectuou- se a inau-
g u ra ç ã o so lemne, e m pr·e ·cnc; a d o Presid e nte de Goyaz e o utr·o ·
altos fun ccio na ri os. Co u to mand u g r·a,·ar n'u m r·oc lt e dodagmnde
ca ·ltoe it·a ah i e xiste n te e e m lin g ua tup~· . a fallada pelos canoe i-
I' O . , a eg uin tc in ·c r·ipç ão:
" Sob o· au ~ p i ci o · do r•. O. P c dr·o 11 , passou um vapor· da
bacia d o P r·ata pat•a a do Am a zonas, c ,. iu c hamar :i c i,·ilisaçfro
c ao comm e rc io os c plcndi d o · . r tõe do Arag ua.ya, com m ai.·
d e 20 tr·ib u e h ·age n , n o an no de 186 . ,
P r·co t·t·e u o vap or 35 leg ua · do r·io. T e n cionava Couto ex plo-
l'a t· pot· . i pr·o pr·io Lodo o .\ r·aguaya c seus principaes a rfluente s.
Nüo Jh 'o co ns c rrtir·am os t raba lh os . d a g uer ra paraguaya, a que,
s irnultan eame nle com es te s, se oppli cava. Seu pt•incipal objec-
tiv o, promove ndo então a uavegação d o Arag uaya e do Tocan -
t in , fó ra mandar· vir· do Pará, p or· via fl uvial , as munições que o
inir ni go im pedia s ubi ssem pelo r·io Paraguay . Cogitou até o Go-
ve1'11o e m e nviat· d'e . a ma.n e it•a monitores qu e , desmontados no
tmjecto po r· tê r·t·a, ataca s em inopinadamente as fot·ças de Lopez
pelas cos t a .
É fó r·a de dúv id a q u e a Co uto de !'v Jagal!t ãescompe te a h or~ r·osa
pr·imazia. de le t· ini ciado a navegação a vapor n o plateau cen tra l
da Am e ri ca do Su l (1). , '
'1.452 ; Jutahy, '1.056 ; Te.fl'é, 990; Jaoal'i, G60; Cocu ·i, 594.
Assim , o maiO!' ri o da Eut·opa- o TOlfja , na nu sia,
é um pequeno rio co mpa t'ncl o ao Amazona ,- c o dcca n-
lado - Tam.isa -, que banha Londr , t;O m 11111 cut·so
de 365 kilomett·os, ou o - Seno, qu e cor ta P a ris , pet·-
con end o í/6 'kilomett·os, são peq ueno ,. galos dca nle elos
principaes afllu enles do Rio- ~1o r I
Fallando cl'esles, não podemos ca lar o b ll o c,.;p<'d aculo
que n os propot·ciona a enlr·acla elo rio "f\T ,IJI'O no ~Llma
~onas.
O RI O NEGRO
De de qu no lr o ri ·o nte o so l 6 nado
a té que e xpira o d ia ,
toda a voz da na t ureza um br-ado
imm e nso d e ol e <-rio:
e Y4ra. aquell e g r an d e us urTar de fes ta.
vi brant d e vent LII 'a,
des de o seio pr·ofundo da flo r estas
nté :is prai a qu e ·egam de bran c ur·a!
Ó me u r·~o na ta I !
quanto ,· o h ! quanto e u pa r·e.,;o-m e com t ig o!
Eu, que no fundo d o me u :se r abrigo
um a no it e es ..: u r i;;s ima e fatal ,
como tu , sob um céo p u1·o e ri ~o nlio ,
entre o ri so, o pr·aze r , o "01.0 a t alma,
pa ~ so e ntregue ao,; ph a ntas ma s do me u ~onl1 0
e ú · t r e va de Jnin!,'alm a.
*
* *
Além dos citados, muit os outro. g rand e::; rios cot·Lnm o
let•ril OI'Í O ))l'azi)eiro.
\"ejnmo. algun s do d · mni or curso:
RIOS 83
.-
:j:
**
Niio ; só, porón1, nu cuchoeirn b llu e imponente que n
na lu1· za bn1zi lcira ~ c oslenla 'I' ndo 1·a çapri cho-- u, n'es a
combinnÇitO oberbn de ag-un!:i c rocha .
Ouc m::u·avilha ·e de enrolam d an lc de olhos oh. e1·_:
Ynd orc-- nn muita g-J'ula: qu e o B1·nil po. uc !
-ss NOSSA PATHL\
(I) " Estulaetitc , concreçüo calca rea d · volume vari:wcl, formada púla
acc;ão das aguas que, "goucjanrlo lentamente de uma cavidade natural , de
umo. g1·uta , etc., ror·ma m com as materi as cal careas , qu e tmzem em
dissoluçftO, uma especie de colu mna ou py mmidc co ni c~ invenicb , que
fica como suspensa do t c to. - Estnlng mitc , conc rcção da mesma
natureza. que a estalactite, com a differcnç~1. de que s er·guc do sólo,
em co nsequen ci:.~: de sc1· or·iginada pelos pingos de agua que, gotteja ndo
uo tccto, cácm no chüo, de tal fórma que a cada uma corresponde uma
estalactite ? algumas vezes chega a uni r- . c o cone da estalag mitc com o
ela cstalactrtc, formando uma columna pittorcs ca. e exquisita.
,
G RUTAS 8()
* *
D'entr·e os rios brazi leiros, muitos rei tnhrn m acr,ões
hcr·oicas el e que suas m;'l r·gcn. fór·a rn scc na ri o.
O Comawlituba, po r exe mpl o, no norl d 1\ lag-óa:,
v cr·lo de Pol'tO Calvo, onde se de ·dobraram g-rand e:' scc-
nn ..; ela guer·1·a hollnnd eza, foi lh ea lro de in cx.c di Y I hc-
roismo.
Alli , o b1·ayo Camarão, á 1'1· nl de seus com rnn ndad os,
indios como elle, fez- se Yc rdad eiram e nl e nolaveJ, lendo
.ao lad o a in cparaYel c abneo·ada esposa, Cbra Cama r·ão,
que, na phrase de um hi IOJ"iaclo r·, « co mba l 11 co m um
·denodo qu e o seu sexo l'nzi a in cri vcl, affroitl nmlo lodos os
pc1·igos; ca ,.,.cgo u po1· mui In s vezc.- n
rnimigo e penclr·ou no mni: CC rrnd O:-'
bala lhõ s. \ opa soque co rnl alia , xhór-
lnYa os soldado.- n cumpri r m seus ele-
veres, ])I'Ome tle nclo-lhcs victor·i a c dando
assim o e xemplo a outra .- conlc rrnn eas,
que I)I'ÓCuraram imilal-n. »
\lli lambem , o Yal e nle Hen1·ique Dias,
llcnl'iquc Dins.
o prelo que tanto e nobili tou nas luc-
las holland eza ·, fe,·iclo, mai s uma vez,
na mão esquerda, mandou ])I'Omptamenlc nmpu lal-a c
''O~ Lou _a o_ combate com o mesmo :ndo i·, declai·ando que na
ma o clll·cila lhe flcavçtm muitas maos pal'a sei' c i!' a D~us,
O Ll'i sle aconlecimenlo foi· nssim l'ela lnd o C'lll umn cor-
r espondencia de Bue~ws:_Ay ,·es , clnl<lda d 'I 'l de
Setembt'O:
II
tado. Infe lizm e nte, em uma da- e voluções ou vol tas que deu, .
llombai'Cicio de Curuzli.
I
ú ccu pa~· úo de Cur11ú1 .
" A honra da band eira brd'l.il e it·a fi co u ill csa, co m o i.Je m disse
o Gene ral. Com e!fe ito, actos de va lo r, d e ab nega iio, d e te me-
ridad e e her oica corage m fM am praticado: por no.-sos orficiaes
e soldados e seria longo e num e rai-os.
Came rin o, Voluntar io da P atr ia, se rgipano, po e ta , no começo
da acçã o é gravem e nte fe rido ; co nd uze m-n o pa t•a o hospital d e
sang ue e ahi os cirurgiões re con hece m a necess idad e d e a mpu-
lat·-lhe os doi s braço .
. Principiam a o pe ração : Ca met·ioo, pe la perda de sangu e , está
'p allido, mas risonho ; não r1uiz c hl oroformio.
A opet·ação caminh a e lambem a m ot·te : Ca me rino so rt•i sem-
.pt·e, r ecitando poesias, mas s ua pallidez cr esce ..
De r e pe nte, fita os olhos sob t·e os montes de pe rnas e bt·aços
humanos que estão pot• alli espa lhados; d epois, o lha para o céo
com a e xpress~LO das es tatuas lu mu la res : está e m un'\ extasis ..•
mas extas is da m orte.
·seus labias abrem-se e o heróe, concen tt·ando n' elles os ul-
timas alentos da Yida, t•ecita a. seguinte estr·ophe do . poe ma
D. Jayme:
C UEHI{A' OU P.\I{ACUA Y
A lé porque, m e u O . .Jay m e ,
A g uCJ' J'a a.m ort allta a . U.O t·e ·
D inex equi,·ci -. amoJ•e:; ;
E ou m o1' t' o lto n1c m na lid a ,
F eliz, cobc J·to til- ~lo t· ia;
Ou ,; u t'<>C o ho tnc m <: 111 ,·i t.la,
:--r o ·t t·a nd o ·m rada l"e t·ida
() 1t~· m11 o d e u tll ll V iclo t·ia !
(I) Coronel José Bernard ino Bot·mann - 1-It: l oria d a Gue r ra do Para-"
ouay. - V imos ainda c e acontecimento seguramente altestado pó''
J . Arthur i\lonlenegro ·- Fl·agmentos histo f'ico Almanak Popular
Bra zi leiro - 190 1. · ,
G
~s 1\ 0SSA PA"TIUA
(1) Vid o l'Ctt·a.to d'e~sc bra\·o no Cap. X VII I , no quadro d o~ r.on' lll:t n-
. dantes na Batalha de Hia.chuclo.
G E RRA DO PARA GU A Y
* *
Fall cnJo::;, flnalm cnlf' , da ccl bre
.Jc ronymo Gonça h·cs. 1-lumaytá, poclcrosissima l'o l'lalcza,
considerada a chav e do rio Pcu·aguay .
N'ella depositava· o Dictador· Lopez int ira co nliança,
nào só pela excellen te posição eslra Lcgica em q 11 .. ' <H;haY<'l,
como pelo possante
armam ento que nlli
concentrára, mais
ele t.rczen tas peças
de a1·tilharia.
Demais, se tegros-
sa · con·entes, par-
tin do da for·taleza
para a margem op-
posta , inlei·ccpla-
vam a passagem ,
estando além cl'isso
o 1·io semeado de
I Mpêcl OS.
Pois bem : em ·t 0 l'osiçilv " " rvn atcw ct" " " "' "~"'à.
* **
Nüo om porla o plnno 'e ·te liHO, ced a mente uma xpo-
·ição dcta lhnd a :ohr lodo o
m Yim nl( ri o Excr ito !nazi-
i iro n'cs. a lr monda guerra
cl inco anno: . I~ ferir-n o:-
cmo ap na · ao pc rio lo qu '
é g r<~ l m c nl co n ·id craclo n1 ais
cl ·i. ivo pa t'tl o I rmo ela cam-
pan ha : - o ... ommando m
Ch •fc do Gen ra l Luiz .\h·e ·
d l_.ima Si h·a. Duque cl
Caxia .
« \rra t<wa- ·e a ca mpa-
nha >) , diz om razúo um ill u -
tr Ct'iJ Lot·, « e imm cn os
ob ·tacuJo. C Oppunha m Ó. ma r- Ou ru e do Ca x ias.
:
GUE HI1A DO P!\11A GL' A Y 113
*
* *
\ mais importan te batalha
Lravada n' essc tempo, porém,
foi a el e A vahy , que, na phra. e
do prop ri o Cax ias , cc lr'n(:o u,
:em a menor dúvida, um elos
mai. brilhante ma rcos na his-
tori a da guerra , cobr·indo de
glor'ias a a rmas alliaclas. >>
I..êde, pot' Lanlo, a exposição
do combate, diri gida pelo Du-
que el e Caxias ao Govern o :
" Logo qu e o Genei'al Visconde do He rval, á testa do
3° corpo, e formando a vanguarda 'do exe i'Cilo,
se appi'oximou do Ar,..oio A vahy, viu e me
pai' ticipou que o inimigo se achava em linha
de batalha, forte de cinco a seis mil homens
das .ti'es a!'mas, e disposto a travar comnosco
combate.
ÜI'de nei que canegasse, e aquelle distincto
e br·avo Genei'al o .fez, com o é costume seu,
isto é, com a maiol' intrepidez e o mais deci-
Gcneral Osorío, · dido anojo; e, não obstante uma das maioi'es
Marqucz do lle•·val.
lol'mentas de c 1lUva e vento . su 1, que aqm·
temos experimentado, e que nos açoutava pela fi'ente, pôde, com
uma divisão de cavallal'ia, tl'es batalhões do 3° corpo, depois
116 :K OS A PATniA
r
Ir--"
Uala lha de Ava hy : Quadro de Ped ro .~ m l'i ·o ( li "' y G"'J - X.t .l cadcmia
el e Be l las A rt c - - Rio de J an ·i1·0.
nalalha () C Cnm po Gr:ll ld ~: Quadru dt· Pedro Á li IPI i Ct) {(;"' / ""' )
(.\ cad C'm ia du B ~ l l a"i Ar tc,).
~~ ~/~.c.., ~~~-C<:'~~~ ~
~ ?~..;;z-;~~~/...:.._. ~~ -"-<;/ ~~ ~
4f-v-~ .?;~ ~ .,..(, -<:!..-.-f'~ ~u.-« )'\.oc.-v../<% ~
~~~~~ ú'~Jl.~~-
~ ~~ ~ ~ ~ ;&.../~ -? .... <:>'6~~
~ ~ C<..--~-"'7 ~~ .,.h_ e/>..c~_,;~_.R.. ,....,_
JÁ.. ?'Ju. ~'ev~~ ~ '1.- /1~ ~k~
~_,-f---e. o ~Á dl~....k_ ~ ~~~
~/._ ,_.,.. ;;-n....J'.lL- ~ N>_ ~ ')~l'ka ~~
~- ~ -
~./.,A~~ -r=~ rJ-~ *~ -~~
.G_a~~~~~
/"f dt. ~ ~ 7<5'/.? /
Capitulo VII
Bahia de GnanaiJtu·a.
·•
132 NOS. A PATrtiA
O. I ecl1·o 11 respond eu
*
* *
Foi ainda a bahia el e Guanabára lh [) II'O c! uma nova
investida contt·a a digniclacl e nacional, I'Cpellida, po t·ém,
na altura da audacia.
Et·a em '1903, ao temp o do Governo do ~I a rc · ltn l Flo-
I'iano P eixoto, em epocha muito ano •·nwl da Yirla in ter·na
bt·azi !eira.
Pre tenderam, um dia, os represen tan tes dipiOIIl;üi co de
differe nte na r,õe · cffectua r no Hio de Ja neiro n desem-
ba rque de marinheiro el os respecli Yo va do o·ueiTa,
sul'los, ent ão, n'aquelle porto. All egavam ::I garant ia, em
terra, · do- in leres es de seus co mpaL1·i ota . . F' i scolhido
o Ministro lnglez par·a ·oncl ar a disposiçüo el e animo do
Governo, a r·espei lo.
Lon ultaclo sobre co mo re ·eberi a aqu li a prOYicl encia
extt·a ngeit·a, que co nfiava na coura\:as el e tan ta :·nações
pod e•·o~a ~ , o M<:wechal I• lori ano Peixoto, calmo t•csoluto,
responde, imme lialam nle : A bala .
Não se fallou mai.- no ele emba t'CJ II e, unta Yerd acleira
afft·onta ó. nossa Palria.
*
* *
I• aliemos agora da bahia d T odos os San tos, qm cuja
mat·gem está situad a a cidad e ele ·. Salvado!', capital do
Estado da Bahia, de cobel'la, em '] 50'1, por -Chris lovam
Jacques, que lhe deu aquclla denom inação.
ODE AO 2 DE J ULHO
Capitulo VIII
Cabos, pontas e ilhas
])' ' nlrc a · divcr.-a pontas e cabos xi ·lentes na vaslo.
co.- la br·azilei1·a, apo nl arcmo : Orange e -,..,orte, no ~s iaclo
do IJar;i; Nlucw·ipe, no Cea r· á; S. R oque , no Ri o
Gr·andc do Nor·L ; Brw1co , no Parah~1 bél ; Santo Agos-
tinho, m P mam buco; . ·. Tlwmé Ft•io, no Ri o de
Janeiro; Santa o/I artlw, m 'a nla Ca thar·ina.
Do cabo w~to 1-l go tinho oc upam-se nosso hisloria-
clot·e. , com J·elação á possibilidade de Ler sido essa lcr-ra a
avistada po1· Vi ·ente Yane,:; Pins ot~, em 26 de Janeit·o
de ·1500, denominando-a Santa Jlllat"ia de la Consola-
t.:ion, anlc · mesmo de ler· ido o ele ·cobt·imenlo elo Brazil
assignalado po r l orlugal.
E Labelecem dúvidas, enlt'e oult·os, o Visconde de Pot·l.o
Segmo, em sua Histot·ia Geml elo Bmzil, pt·ocurando
demonstrar, com :cu ·gumenlos, let· sido a ponla de Nlucu-
ripe, no Cem·á, a ler-ra avislacla pot· Pinson.
Querem oulros ainda que o cabo em questão tivesse sido
o elo Norte, no Eslaclo do Pará. ·
!S.
138 NOSS A PATniA
.. * ~-
I
CABOS, P ONTA E ILI-IAS 1-11
*
"' *
D'e nlrea ilhas ara ladas da o:;la, l"all cmo · pot·exemp lo,
da de F et·twndo de 1\ ol'onha , que mede quinz kilom elms
quad rados d · s up rfi cie dá o nome ao arch ipelago de
qu e f;tz pal"lc.
'i luarla a oo milha ao norLI '•:,lc do cabo de . ·. l oquc ,
110 P,i o ~rnnd e do )l orl , c a nov 1la c s l no nord és lc
Ll o no·ire, Estado d J ( 1"11<llllbll ·o, .· crYÍU duran te muito,.:
ann o: dt' pr •.-idio. C 0 111 a pro brna ~·ão da h publica pa ou
ao dorninio 1 rTilorial de ·t · 1~:-; lad o , por aclo elo Gpverno
IJrovi,.:Mi o, qut>, C'nlrc· n ulr ;l s cnn.·icl rar,õc..; , . nll c;:;·ou
..
I-Ia n'c a ilha mui las . ing nla ridadc. , di g na ele nola :
entre ou tras, doi g t·a ndc · morros, um m face do outt·o,
perfeilam ent guacs, não só n, <~llura como na confot·-
maç:'io, el e mie lhe" YC' m o notn c le - Doi l!·maos ..
É nola Ycl ain da na ilha a ab undan cia e:--:tt·tw t·dinm·ia
de t•alo ele róla , prin cipa lmenLc ' m dcl rm inada
cpochas.
Qua nto a sla , inform a r·am-n os, occa iõe ha em qu e
c. ,·onç:am por obr o:; ca mpos de pla n t<~ Q:'iO de 81god5o,
milh o, ma ndioca , eLe., forma ndo Y C rd<~d ira nuve m com-
p<~ la , qu e ch ga <1 . omlrc:1 r· ns .pnnlo do ·nmpo po r·
o nel e 1as. a .
. 'o br o · ra l o ~ , pot·ém, é ainrl:t vivn a imp r·essão elo
que vim os : <;O tii O no a nn o anlcri orc , j á circulando em
granel qu antidad e sscs r·o do res pelos ca mpo ~ c s lt·n-
cla , delcrt 11inou o Dir elO!' rlo prc idio a matança, enclo
a cada um do Lr·aba lhnclo rcs marcada uma {(X!'efa pelo
rc pecli vo sa rgento·· cl e lurma .
Poi · bem : ás sei hor·as da La r·cle d'es e dia, na costu-
mada J'ev i la passada pelo Direclor, ap re enlar·am-se o-
referid os s ar~··c ntos, Lt•azcnclo el pcnelut·acla á mão por
um a p qu na co rd a a tarr,fa ele ua turm a .
Con lada. em alta YOZ c clcposilaclas em c! L rminaclo
pon lo, uma a um a, co m des ti no á incinemção, aYe ri guou-
c um lolal de ·1..853 raLo n'essa primeil'a fa clúna!
Enlt·ela nlo, coisa aclmi r·avel : n:'io ha noti cia ela exis-
tencia de uma só co bra na ilha l
Conla-se me mo qu e, por experiencia ou maldade,
leva i·am elo Recife uma, que não pôde alli viYe1· muitos
dias , encl o encontr·ada mo1·ta em urna elas es lr·ada , · em
o mais in ign incante indicio ele vi olencia.
Foi e sa ilha o u!Limo ponto do Lei'l'itorio ·brazileiro
avistad o pela famí lia impe1·ial, quando seguia no vapor
Alagóas, comboiado pelo Riaclw elo, pa1·a a Elll'opa, em
consequencia da pt·oclamação el a Repuplica no Bl'aziL
De bo1·do sollou, então, D. Pedro de Alcan tara um pombo
1·1' NO ·. A PATR IA
*
* *
. · m a im porla ncia c o va lor da ilha de Fel'nando ç/e
Noronha , po sue nincla o Bntzil, afastadas da cos ta, as
do: Aú7·Õllws, na alt ura lc Ca 1·av Ih , no Estado da
I :a h ia; Martin Vaz c T7'Útclade .
Tem a ilha da Trindade tre milhas el e exten ·ão e seis
· de cÍI·cumfCI'encia, mai ou menos, e acha- e s ituada a
l ' ABO · ,PONTA" E JLI·I:\ .·
I lha d a Trindad e.
'\
'•
150 NOSSA PATRIA
(I) Thc Cr uizc of Lhe u Alerte ». The narrative of a search for treasurc
on the dcsert islaod of Trinidad. Londres - 1899 - 6• edição.
C ABO :::-, P O :\ TA ~ E ILII.\ =-' 157
~obt· · c::; t inl r·es an lc t.c umplo não !exi ·te ·óme nle
o livro de Knig·ht : mu it o oulr·os e luclos e tão publi-
cad os ('1), entre o 1uaes o de Tito Martel, que as im
ence ta sua s ub ·Lan ciosa natTaliva (2), baseada não só em
pa cientes I ilnrn , ma lambem « em ca rtas parlicula t·es
(1) - Victot· de 1-lnmcl - The sea rch for hidd en' tr easut·e. - ~ tory of
lhe Ex pedit.ion. " Tynesi de Echo u 28 de Julho 1885 - Newcastle.
- E. F. Knight - The cruiser of the " Falcon » . A voyage to South
America - 4• ed. 1887 - Londres.
- A Real Trea ury Hun t - Da ily Graphie- Junho, 1889- Londres.
(2) - Ga;cta de Noticias do Rio de Janeiro, de 30 e 31 de Março-
de 1896. - Tito Ma.rtd, pseudonymo do erudito escriptor poriuguez,
J. B~talha Reis.
158 NOS ' A P A TRIA
Capitulo !X
Planicies e montanhas (J).
(l) Monte é um:t po1·çüo de terra que se elev:t sobre a planície. Mon-
tanhet é um monte grande. Serr·a é uma reunião de montanhas. Cadein
. é uma rcuniiio de SCI'r:ts. Grupo é uma reunião de cadeias. Um systema
de montarthas- compõe-se do muitos grupos, ligados entre si.
16Q N OSSA PATRI A
Pa1•ima üOJ'J'e pela fron teira norle elo L:: ra zi l co m os II Omes
de serm. Tumuc -1-Iwnac, A caralty , t>(ll·a r·cúma, e le.
T1·es cadeias pri ncipae:- conlé1n o s~·s t ' Jnn JJ ra;;i/.eil 'o:
- Occ1DE:\TAL ou SEn nA DA-- \' EnT t·::\TJ·:s, qw• "Llpa rn as
bacias do Amazona., Toca ntins r P n t ·n :l !J ~·h: t rins u0· rio ·
Pnraguny, P araná e S . F'1·anci"r·o , t' prolong a-"'<: desde
os limites do Estado do Ct•n r:í cn1n o d o fJi:llliJy :t lr' <lO .
- --,
fccll"ra l
O ponto ma is cl cva<l o dos Pyt·cnéu..;, 2.:it0 m c t •·~J., , :,itu :ulo no lCJTitorio
referido no cap. V .
.."'•
164 NO ,\ PATH I A
!lei s <IUC dominaram uo llt·azil du rante o I>Criodo colonia l (1500·18081, inclu ' Í\'(i
a domina~fio hc ·pan hol a (1:>80·1 610), c nv •·c:;ín1cn {!O Hei no Unido n Por tug-al
(18 15-ISZI).
t>L.-\:\I CI E:S E i\I ON TANHA 165
U pu1Jio prim ri ,·aln cnlt' aYis latlu !'oi 11111 lll Olli C, lll c
l'('('.t' l>(' ll a clrnomillar::\ n rl<· f'(lschna/ - , em homena-
.- - ~~·
1G6 NO SA Pr\THI.\
rat·-se pat'a _a s bandas dos c erros " po t' cau a d a gt·a n de fot•ça.
dos contrat·ios, que acat.at·am então com tamo ímpeto que as
tropas hollandezas começamm e n tão a fu gir, sendo em b reve tal
a confusão que, nem por palan·as nem por fo r·ça , podc ram ser
contidos os que fug iam ... e esta. co nfu <io foi co n::, idcr·avelmente
augmenta da pelos corpos dos Coron ei oa n den IJI'ande e va n
Elts, que, baixando dos mo ntes par:~ a c u d ir, lnn<;~ram-se de
envolta com os r·egime ntos m e ncionados c in~r·od u l ir ·a rn a ma is
co mpleta desot·de m (1). " O inimigo fi co u d e tod de -troçado ; e
a victor·ia roi pam os no os ainda ma i.· co m pleta q uo a do anno
antecedente. Além do c he fe B rincl;, perdc.t·an t o~ r o ntr·nr·ios.
173 offi ciaês e ofliciaes in fe riores, a sabe r : 'luat r•o T c ncntes-
Cot'Oneis, quatro i\-Iajo r·e , trinta e cinco ap ttãc · , trinta e dois
T enentes, vinte e s e is Alfe re~ e quarenta c II O\"C . ·a ,·ge n tos ; e
mais 855 m o rtos e noYenta pri ioneir·os, o q u • tudo pr•e l"az um
total de 1.045 home ns. Fical'am alem d'i ss o no ·a111po ci nc o peças
de campanha e c in co bandeira · . O inimigo re o nh ece u .sua
der-rol~ c a co nfes. ou official mente , attr·i l u i nd o- :~ ~·l obardia
dos propr·ios s oldados. A pe r·da do no · os fo i :J\"altilcla e m 41>
mor·tos e 200 fe rid os, e ntrando no numero d' e te o b t·ayo H e n-
rique Dias , que pe la ullima vez der ram ava n e~ a a mpanha se u
san g ue pela patria . "
Capitulo X
Clima e salubridade .
d'esta 1·eg ra geral. .. O Pal'<l é um d 'estes log<t t·es exce pciona es.
São aqui _as est.ações tã o m odifi cada s , que to rnum o c u cl ima um
dos mais ag t·a.da.ve is do g lobo. Ho uv esse e u julga do s imples-
mente o clim a el o Pará pela m inlt <t pt•im e ira r es icl e ncia de um
a nn o, podet·ia. pensar te r ido im pt•ass io t a do pela nov idade do
c lima tropi cal ; po ré m , ú min ha volta, a pó.- nm e tacl io de tres
annos no Alto Amazo na- e no Ri o N e;,;ro, rui cg u::tlme nle im-
pt·essio nado co m a mat·axilh o. a. fresc u ra. e bt•ilho da a.tmo phera.,
co m a bal sa.m icn doç ut·a. el a ta.t·des , q ue cc t·tamcn te nã o tê m
eguaes em out!':l pa t·tc po r mim vis ita da . A ma ior va.t·iação em
um dia nã o é , pe nso e u , nunca de ma is d 20° 1-aht·c n he it c em
quatro anno s a s ma i baixa s e a s m n i alta - tcmpct·atu t•:Js dfto
sóme nte· u m extt•emo de va ri ação d 25". l t'ova ,·c lm c ntc não
existe n o mund o c l ima ma is C"' ual. "
ala c r·ida d e e gozo , 'l tr e d mui to tempo não lravia entido, atlr'i - .
buindo ao s en· ito da atrn · ph r'a pl e nam e nte s adia e purn, á
ampli dão do p ai ~.• a.b e r·to às vir<H;õe fr•es<.;a ·e bra nda , e, talvez,
'm 111u ito búu par·t , a u m xcc ll n te e·tado de 5aú de .
É u rn ameno paiz on d o a r "obel'ba rn e n te lé pi do e fr·esco :
n ão ha aguas estagnada , nem vegela e:s em d e c:o mpo. içii.o, n e m
m o i ti as d e · pec ie a lg um n. A b l'i ~a. c o r·r·e sobre a UfW l'fi c i ~
ond u lante da relva , corno ~ob r·e unr cam po d e tr igo madu r·o . E
tudo tiio b r rlhanle e c laro. que no invad u rn a f;C n. a ç ~ o de
s aúd e e ani nwçiio. "
· . .\ o pas,.:o q u no nor l<' ·x i L 111 n lilllllicl <lli (' o cn lo1·
ferlili sad or cs,. enle- e no sul , em rl elr n n innrin s epoc]w ,.,
\'C rdn cl eiro !'rio de cl i mas ll l' p U S.
E nolnvc l , cnl rclnnlo, qn c 11 111 o cal or ' li'ío ro,·nliclnvcl
qu e ri lorlll i n n in ola çao, qu um orii i'M pa izc. In Eu-
mpa dn \ mcri ·n ·cil'n muila. Yicl ns, no" l'fío , n 111 o
!'r io é lüo xce=-siYo qu Jey ao sei o Jn. c.l n::es pobr·es n
mi. e1·in , a l'omc t' :1 mor l , COIIHr se dt1 rm g·r 1·nl nn Eu-
1·opa, cl UI'tllllC O Íll\'('1'1 10 .
ou
Somo , por lu n L , go z<~ ll rl u 1 o · o:· ·I i ma s, 11111 pn iz
" r ladeii'G incnl 1 ri v i legiacl o p cln nalur za, ba land o para
J'azer <1l ar a · in,iu Li ça. qu . e il'l'ogam , muilas v ezes , ü
salubricl adc do Jknzil , cle mon: ii'DI' p or dad o eslalislicos
que, orn o h m ob 1·va il l uslr escri plor a, « é no Beazil ,
lüo ca l umniado, qu o. - m uito vellu>s - são l egião,
pa. and o por a i m clize1· d sper ebiclo., lnnlo i s~ o é fr·e-
qu cnle e nalu 1·al (1). ''
Esla con id c1·a çilo é t·cal , e, pa ra compt·oval-a, aqu i cita-
mos al guns, d 'enlr o nn mer·o os caso de longev i dade
qu e con hc emos :
Catlrar i na Ro;;a de Brito Val.le, ~o m 102 annos de e da.d e,
"costura e lé s e rn oc ulos, locom ove -se co m e xt1·ema facilidade ,
t em o esp i1·i to lucidissirno e é de um a j ovialidade attl'ah en te .. ,
r esid indo ü. tr•a ve sa Ca ld e ira Cas te llo B1·anco, no 160, c idade de
B e lé m, capita l d o l.!.' tado do Pará ( A Prooincia do Pará, de
(I) Foi em 18'• 9_ que a. febre ama.rella fez sua appar11;ao na cidade do
S. Salvador, capttat do Es tado da lla hia, e d'ahi se transportou, quasi
em scgmda, para Pernambuco, Pará c Hio de .Janeiro .
'LIMA E :'\AL BR I DADE l 77
" O 81·azi l, va.-·tiss ima I' egiào, fe licis im o le iTe no, e m cuj a s u-
perficic tudo sfto Lh e o uros, e m cuja mo nta nh as e cos ta.· tudo
são ai·o mas, t1·ibutando . e u. ca mp o o m ai s ut.i l alime nto, s ua s
minas o mai: fl no oi 1·o , s u te i'I'c no o mais s uave bal ~ a m o, s e us
ma 1'e o am bar mais ·ele c to: aclm ira vcl paiz a toda . a s luzes Pi co,
onde , procli g ios;unente profu ·a, a na t. u1' za e d ese ntra nh a n as
farteis prod ucçõc:<, b1·o ta nd o s uas canna s csp1'e m ido n ec la r, c
dando s uas flore ta sazonada
ambrosia . E111 ne nhum a o u tr a
1·egião se mo ·tra o céo mais se-
reno, ne m m arlr ug n. mai s be lla
a aurora; o so l em ne nhum o u -
Ll'O hemi s ph CI' io te m o raio
mais dourad o·, ne m os I'efl exos
noc turn os mais br ilhan tes . E,
emfim, o Brazi l tc r i·eal pa1·aizo
descobei' Io, o nd e tê m na sci-
ment o e Clll' SO o maiore s 1' ios,
onde domin a salutife ro clima,
influem be nig nos astros, r e pi-
ram au1·as uavi ssimas. "
MINHA TERRA
Chora, si m , co mo s uspi ro
Por• essés campos que e u amo,
Pel as manguei r·as capadas
E o canto do gaturamo ;
Pelo rio caudaloso,
Pelo prad o tã o .r·elvoso ,
E pe lo tyé foz·m o ·o
Da go iabc it·a no ramo!
. .
Quiz canta r· a minI~ a Le zTa ,
Ma · não pode m_a is a Iyra :
Que oulr'o filh ~ da: inonta nlra s,
O mesm o canto desfira . ·
Que o prosct' ip lo, o desterTado,
De temos pr·an tos banhado,
De sa udad es tot·tut'ado, ' ·
Em vez de cantar· - 's uspira!
Tem tqnta~ . bell ezas, tantas,
A minha terr\1- natal,
PROD 'ÇÕES E RIQ ' EI.A i\'ATUR,\ES 1 8~
*
* *
Com ,·elnçüo ao n. ucar, j á hou,·e um 1 ·mpo e m que o
Brnzil roi, c~· u aiii i C' nl e , o maior ex-
por·ln 101' no mund o.
Ha dú"ida sfJ bJ' n orige m ela
cn nna de n. . ucar c nlre nó .
Querem un s que cll a seja u m
procluclo incl igena ; outro , que
Li"es:e sido inLrocl uzicla no Brazil,
em ·103 1, por Ma rl im \l'fon.o de
'ouza , lran spol'laela ela ilh n ela Nla-
deil'a, posse.· iio por Lu ··ueza na
\!'rica , pa 1·u S . Vicente, que elle
ru ncl cil-a .
\l ém el o assucn1·, exLráe- e da
a nn n o alcool, m rcaclo•·ia ele gran-
de impo•·Lnncia e co mmc•·cio, não
só po1· suas cl i"c•·sa. j)l'OJ)I'iedades
c app licaçõcs inclus l.ri aes , mas la m-
Canna de as!:iuca r.
bem pelo emp•·ego que vac lendo
* *
A bo1Ta ha con Litue uma da mais vastas riquezas do
H1·azil , qu e fom ce a nwi o1· parle da p1·ocl ucção lolal d'essa
malei'i a p1·ima no mundo, abaslec ndo amplamente a In-
g-lalel'l'a, a \llemanha e o E lados-Unidos da America
do No,·l .
D'ent1·e os differenle E· Lados l?I'azileii·os, p1·oduclores
de bo1Tacha , exlmhiclà ela nuwiçoóa e ela mangabeiT,a,
nenhum pos ·ue, en lrelan lo, a espccie fo1·necida pelas
Seringueiras elos Estados elo Pa1·á e elo Amazonas, que_
as têm· em immensas !loi·eslas, p1·ocluzinclo a melho1· bor.:
•·ac ha alé hoj e co nhecida.
186 NOSSA PATRIA
*
**
Ojumo, co mo o ca fé c a C<:1111W cl a:· uc:u·, es tá espa-
lhado por L elo o L 1Ti-
tOI' io brazil eiro, c é a fa-
mado o prod uzi do nos
Estados elo .\ mazonas,
Pará, i\l ara 1 hão , 8a -
hia . Minas Gcraes, Hio
GI'ande do ul c oyaz .
O da Bah ia é ma i,
con hecid o c apreciado
no ex lran ge iro, se nd o
objeclo de exlraonlina-
I'io co mmercio, 1 rinci -
palmenlc com a .\ lle-
mánha . Fuu'lo.
Mani pu lad em ex-
cellenl '-' ·ha rul s por gTancl é num e1·o de fabeica exis-
Len L no I~ lado, e a inda em fo-
lh as ócca ·,devid amen te pi·epa-
racla , a LLin n· muitos milhões d •
a rrobas sua ex porração amma I.
"'
* *
.É egualq1enle abundnnlis-
simo no pa iz o cacáu, de cuja
arvore ha Yei'dadeiras floi·eslas
no Estado · do Amazonas e elo
I ani, . enclo Lambem extenso
se·u cultivo em ouLI'OS Estado ;
peincipalmenle no sul elo ·cta
Bahia.
. Cncim ~iro .
Não tão considei'avel como
o do café, elo f~uno e ela bO.I'racha, é, enli'etanlo, baslani.e
ISS NOSSA I?ATHLA
* * ~
Tomada com leite e ussucar, é L:io ali mentí cia com o o cl• <Í
da Chin a o ca fé, com a va nt agem, poi·ém, de es timular
brnnclume nl c o s ~·slc m a nervo. o 1n produz i1· in omnia.
Só, incl epcndenl e de qu ·llqu r outJ'O ali mento, a infusão
do rnalLe u:stc1tla as ro ,·~·as e o vigo1· dura nte di a intei-
ros . cria de nT a nd
vanla 0·cm pa ra nosso· co-
lonos de \ rgcl qu e, lra-
balhando lon"·u ele casa
e em J oga re~ onde nem
sem1we po lcm achar ali-
mentos, vivem, co mo os
Yiaja nle , obri g-a lo a
lrne•· com ig·o a co mida.
L•:111 med icina o moUe c'·
acon. cllwd o m lodos o
ca o. n1 q 11 ' !ral a cl
suslcnla r se m c:-;ciIn,. as
for a , c nu trir s 111 l'a li-
"·a r o csloman·o. >>
\'a liosn '- a in da a opi-
niúu el o Dr. Lanl<a. ler , llc•·va -mattc.
: ·up •·inlenclc nl e ela sec-
çuo de procluclo a nir11 aos e al im ·nLicios do Museu de
South K en ingtoll , em Londres :
(l) nclatorio úc(!rca dos p1·oductos do Brazil na cxposiçúo inl e rnac iou ;~l
de Lond1·cs de 18G2.
191
PROD CCÇ(>ES E Tl i Q EZA · NATU RAES
*
* *
A cal' naúb a Iam- n alllo de a lgodoeir o,.
::. *
Ca1·na(ll.ICi1'a.
*
* *
I~ ~.;o n itler:wel o co u1me1·cio qu e fazem os Es tados dll
Amazonas e Pará co m a l nr··lalerra c, principa l men te,
com o Estado ·-Unidos ela 1\ mcri ca elo N orte, de un1
apt·eciav •l coqui lho , chamncl o, em geral , castanha e/o
Pará.
PRO DU ÇÕE. b I IQ El A::; \' AT URA E. ' 19:.!
Po Lad o · clih-
tacla s colo ae ~
cn. l.::tnhei ro , cuj o l'r·uclo
co mo Yõdes na ~T a \'Lr r a. , um
v oi u mo o ou riç~ , co nLend o
gr·and e nur n ro cl ' •:;:; a · casl:t-
nhas, 1uesno rnui tool eosa · · se
pre tam a di!Ter enle indu sl ria
e di ver a :; nppl icaçoõcs tilin ::t -
ri a .
Expol'larn- se nn n ualr nen te
muito mi l hõe.· d e k i los.
:r *
No genet·o - made i1·as de con lr ucçüo, innumeras são
as especies co nh cidas na Yrt la c l'ecun cla s TtHl lla lwa-
zil ira , omo po r ex mp lo : jaca-
t'OIIIlâ, 11/Ct ara nrluba, p âu- C'fim ,
can ella, W 'CJI'tÚá, :;onr;a fo a Lve~ ,
yiqailtbâ, ipé, ced t·o . nuw t·api-
nima, p âu-d'w·co, pâ11 7(et'I'O. su-
cupira, apucaio, vt11ltaú ·o, e le.
Em . ·. P.:IU I , Sa ttl a a llw rina
o Paraná , po r· exettt plo, xi slem
fiMesiG el e pin heiro. - Cll'Oucarià
bro::;ih ell i. - a] I' ciada made ira
de co n trucção ciYil c na Ynl , 1u e
pt·od uz lambem unw 1· ' ·ina de be-
ndi ·os effeilos medi ·in ac nas mo-
le Lias pulm onare .
Como Yccles na grav ura, é um
b llo l~' PO ele arvot·e, le ncloaln·um as
ma is de qu al'enla nte lros de allu t·a .
Lem os al g ure~ que, em ·1 93, se
Arau cal'in. prelentl eu enviar do Estado do Pa-
raná para a Exposição de Ch icago,
nos E:Ln_dos-U nido ela Ameri ca do No l'l e, um bonito spe-
* * :-;:
D'enlre as !'ruela el o Brazi l, ·n lr lnnl o, d : taca remos
<iq ui o cajú , o mamão, a banaua , e a mollga .
O cajt'L é excellen le de go lo e e s 'IH;ia lm e n le mecli-
ónal.
Em um es tudo ob re fn1 clas braz ileiras e uas proprie-
dades, o Dr. Eduai·do .\fagalh à a ~ j m c pronun cia :
* *
O mamao, l ::~m be m de excel lenlcs effcilos· med icinaes,
JWe· la- e, a · im como a propria al'vore que o pl'oduz, a
diffe r·enle u ·o na vida prn lica .
Tomamos a inda , a bem da cliffusüo dos beneflcos effeilos
de Lão pl'eciosa frucla, algum as observações do citado
Dr. Maga lhães :
,, . . . Se r vem as folhas:
1°) Para a lvejai' a r ou pa, as lavadeit•as mun em-se de algumas,
ou da h'e r.va. d e S. Caetano , pat·a econ omisat·e m o sabão ;
2°) B e m . é cca e m pó fini s i mo, sendo queimadas, ã o e ffi c aze!O;
em inhalações co n l1'a a asthma;
3°) Envolvendo a carne 'de vacca por a lg umas hot·as, ama-
*
* *
\ ballana, mui to ab unda n te enlt'e nó , possue nolaveis
prop ri edade. al imenli cia , qu e a tomam uma ft·ucla de
primeit·a ordem.
Muito aboro a, é ba tnnl e apreciada no pai;,: e mai-.:.
ainda na Eu ropa , qu e a importa em g rand e esca la de dif-
ferente mercados.
Sobre e la ex ·ellenle J'ru cla , o Dr. Duarte Gu im a rães,
de l\lina s ;erae , clri o au clot·izacl o atleslaclo, que vamos
pÕI' ob vos o· olhos, como maleria in lrucliva e de muita
utilidade prática :
D ea nte d 'csta. c lassi 11ca ç i'LO .·c ic ntil1 ca, c h ega-se :'!.co n c lu são de
q u e se d eve pr·e fe ri r· a : La n a na s q u co n tive r e m mai. e le m e ntos
. nutritivos pa.l'a o fabr·ic o da far i nha, afim d e . e pod e r· obte r· um
producto apro ve itado á nrltr· iç ão e toni co do organis mo de pa u -
perado d e for·ças.
Com a farinh a de banan a p r•epu r·am-se dive r'sos d óccs cspl c n-·
<lidos e sópas !)ara o u s o din ri o em muita. cas a de família, s e ndo
i s to um bom alimento qu e póde se r fe i to com caldos de c arn e ,. de
PJWDU ÇÕE . E lUQUEZA .. NATURAES 20l
*
* *
Fallemos, fin almente , ela manga , pelo ::t borosissimo
goslo e prorír·iecl aclc meclicinaes de qu e é cl olacl::t :
Não vos ·Sl SS ustc, pnré m, e s te caso e xce pc ional; muita e muita
gente usa da sabo 1·osa fru cta se m inconve niente algum . Diz-se
mes mo qu e da man g a se ex tt·úe um su eco I'esinoso com proprie-
dad es eupe pti ca s ou d igestivas.
Ce rto é qu e a 111an g a , do me .. mo modo qu e o abacaxi, não
t•elaa:a o estomugo ao contra1·io da la t·a nj a em a lg umas pessóa.- ,
p1•incipalm c nte d.vspep t icas.
A man g a é util ao · d ebilitados, a ne m icos, nos ca. os de bron-
chite c ht•onica e nos aiTec lado. do pe ito.
R ecordo-111e d e u1na publica1~~l0, lta te1 n po , no Jornal do Com-
mef'cio, concc1·n e1tte ,·Lcu t•a d e um tu be rculo:·o, q ue , dese nga nado
dos me ios u uaes contr a s it nilha n te m olesti a, usou larg amente
d' essa ft·ucta.
lVle rat e de Len atl t·ib ue m ús folha : d a manga a vi1·tud e de
con1ba te 1· a d ú1' de d e n tes; <i 1·e;.; in a, o e ll'e ito a nt isy philiti co: it
am e nd oa do ca 1'ü~; o, a propt·iedade de co m bate t' os ve t· m es ; e;[
ft•ucta, a q ual idade ele n utritiva, natu r al m e n te pe la a bunda nc ia
dos p1·in c ipios a;;S II Ca t•aclo . . J ~ g u alme n te , a co ns id e ram contl'át•ia
<~ O escorbu to.
No ca thar ro da IJex io-a, do m e, mo m od o o u com - maioria de.
ra~ões , <! o qu e no cat h a t•ro b1·o nc ltico, r, ma n ga te m cabim e n to
por s ua acção d iur etica , não dei xa n do de have r razã o na Ct'e n ça
do povo, a ttribuind o a 'es ·a l't·ucta. o e iTe ito el e al i mpa1· as u1'i-
nas . "
*
' '· * *
No li miléld o plano cl'esl.e livro não nos é possível nwiot·
exlensã_o ·s·o bre as imme nsas riqu ezas ~~ e ge ta es elo Hrazil, a
I'espeilo, ele cuj as ot·chid eas, por exempl o, aff11·ma um es-
criptor. qu e - "- de seis mil especie classificadas em lodo
o globo, o Brazil co ncorre com '1059, send o, poi' lanto, o
mais 'rico de Loda a Ari1e1·ica. » ·
_Nab passa 1·emo , enti·etanto, ao 1·eino mine1·al, sem pôt•
~ób vossps olhos um eloquenle all eslado dos pt·odigios de
fel·Lilidad e de nossa natureza .,
Vim'ol..:b I'efericlo por il·lusli'e viajante, em .Mallo~Grcisso :
« Em ca1:ninhci ; vi uma d'essns gTaciosas ·cui·iosidades
com que a nalut·eza p.arece ás vezes que,I;ÇI: diverlir~se :· dó
ai Lo do g1·osso ll'onco .dé uma gé'\melleira _decrepila, t1·unca-
20-1 NO ,'A PATIUA
" .. . Ha seiva. pa.1·a tudo, força par a a. ex pan são da maio1' belleza
de cada uma . T oda a qu e lla va la f1 ora traduz a antiguidade e a
vida. NflO :c :en te n 'e lla ·om bra de u m sac1·i fi c io qu e se ria o ti'i-
umpho e o p1·emio da mo1·te. Den tro, as para s ita::; :·e en ro ram
pe los velh os tron cos, com a g r·a ça. d e um adorno c de uma cat·i-
cia. Ha mesmo arvores que ·fLo mãe · de a1·vore:; c s uppo1·tam
com fac il e pode1·osa ga llr :lJ•dia a fil ha, que lh e á e do regaço e
mais esple ndo,·osa, á vezes que a r·ija e be lla proge nitora. Uma
infinita varie dad e rle arbustos cresce ás plantas dos g igantes
ve1·des ; é uma f'lo i·azinha miuda, compac ta e atrevida, dentro do
bôjo de outra m a i·· amp la e opule nta. E tudo e e r·g ue , e tudo se
e xpande sob r·e a terra, compondo um conjunclo brutal, enor·mc,
feito de rn c mb1·os a s pe 1·rimos, e n t1·ctecido no alto pela cabclleira
bas ta e densa das ai·voJ·es e e m baixo pe la réde inte 1·minavcl das
fo1·tes e indoruaveis raizes ; todo elle se entrela ça, c nroscan.d o-
se pelos braços gigantescos, pre nde nd o- se, como po1'. tenazes,
n'uma gmnde solidariedade o1·ganica e viva ... (2) "
\ f'e racid acle ele nossa terr'a é, 'em fim , tão notavel que,
como bem rellecle uu c torizac!o escrip to I\ « é tanta a força
vege tativa nos di slri clos quen les que, ao clenubar-se e
queimar- e qualquer matto vi1·r··em, si o deixacs em aban-
dono , rl en lro em pouco ann os , ahi vcreis já uma nova
malta in tran .:;iU:t Y•I ; o não p1·oduzi lu, co111 0 I'U de Cf'êr ,
pelos rebc nt õ s ela antigas l'aize , ma im r ·ullante. de
especics novas, cuj . ger1n n · ou em nles não se encon-
Lr·am no cxli'L' In os de anteri or clcrr'ul nela , c se ig-no1'a nt
d'ondc ,·ic1·;u n. »
-~
* *
H E. I O \IINF!t.\L
mantino é hoj e uma lnp · n1 , como qua i lodo: o;:; a nti gos
H. I ~ I N O .\ :\T I M.\1 ,
Não é inl'cl'ior· aos ouli'O. o I' · i11 0 a11irnal IJI'azil eil'o, com
: uas va l' iadi · i mas . p ' ·ie;;, que r xl'cdem, cerln mente,
á. con hecida: no · cl crn ai;; paizcs, om :1 YU r1lng·em a inda
ele não vivel'em em noss:1 · l'l ol'e. Las o. terl'i vei a nimae
q ue c enco ntl'a m na t\ sia u na .\ l'l'i ·;r .
N:i o po. . 11imos, pol' xcmplo, o alti vo e po:. ante lecio ,
nem n fel'oz hy eno, o Lypo
d:1 CI'U Ida de.
A mais temida fér·a bi·a-
zil eir·n é :1 onç-a, de que se
cnconti'Uill d iiTcr·ente · espe-
cr · ..
De1 q uacll'u pcd e. , ex is~em
num e1·oso ti pos : o boi, o
-cavall o, o vead o, a cab l'a , o cal'n eiro, ele., ele:
De r· plis conh ece-se nolavel divcr idncl e - cob ras, por
exemplo, alg um as veneno issima , encl o a mni temei·osa
pela co rpul encia e força mu scular· a -- acaraiüba -,que
habita os grand es rios ..
Heferindo-nos ;i cobl'a , mencionaremos seu in imigo
I'H.O D CÇ' ÕE .. E IU Q EZA .. l\ATUH.AF . 213
CANÇi\0 DO E:\..lLI O
e m qu e d es l'r·ncte os primora.-
Que não c nco ntt•o po t' cã;
m qu·in da :tv i 1 a s pnlm c ira ,
Jnd e cn nln o nl iü.
***
'obt·e a aY c~. l'at,;nm o <tinda uma li geira rcfet·encia no
curioso pn.- ·ar·o L[ LI C lr:tbil.n o ai Lo ·erlõe'. do Pat·á c elo
\mazona., o- go/.lo ela erl'a, uma Ycrclad cit·n e pecia-
Jidacl e, p la encanl<:~ cl o ra plullwgcm , eus habilos, c por
er muito diffiéil apri sionai-o.
Leiamo· o que no diz Bac nn, en.t ua ChoronTaphia :
CA RD EA L .
PH.OD CÇÕES E RIQ UEZAS NATL.iRAES 217
avi,o . O Nluseu Pa1'aens e in de n11 1i~:u · ia, d e bo 111 " I'ado, tod as
bS
REP VBLICA
ARGENTINA
f scala
o $0()
llt·azil.
mos, quando. pOt' Lodos esses meio pude rem set· Lt·ans-
porlados os opulentos lheso ut·os elo c nLr do paiz ptwa a
vastissima cos ta!
Apreciae, materi almente, como a Na Lurczn , :íbia e pro-
di ga em benefici o para o Br:-tzil, d i pôz, amornvelmente,
as condições necessa ri a pa ra es. c desidei'Cdwn !
\ êcl e, por exemplo, no. mnppn:-; quP ::tqu i YO damos, o
(L) Esta descobCJ'La foi feita pc,lo cxp l o r:~dor ing lez Ja.mcs \Vells em
es1udos no centro do Rrazil, a respeito do qun es escreveu um valioso
h·abalho, levando ainda aquella communicaçáo ao seio do Royal Geo-
grapltical Socicty de Londres, em Ft:verciro de 1 6.
230 l\OSS A PATHI A
na · d e Clllhar ·a-
çõe el e LocJn a Jlitlu r cza , lambem j;i · muito ex tensa,
nã o Lnnló ·o mo a JJ c•ccssiLHnl OS ain da , a naYegaçuo na
cos ta ma J·iLiJna, propriam c nl ch ama In d cabo tagem e
qu e. ó p ócl se r J'c ila po r c m l :1 J'C::tÇ'ÕC'i nacion acs .
D'enlrc a. num er osa. companhin. cl n::tY g-aç:do o;;;-
leiJ·a, anlila u elo LLoyd Bi'C'~~ilei,·o, l'orlcm ente auxiliada
pelo Go Y 1'110 l<'cd c r al , di po nd o de nume1·o a l'l oLilh a,
d e f;'l'anclc: e peq uenos vapo r e , qu er pn 1·a a CO la mm·i-
Lima , qu ,. pa r a· a naYega\,'ÜO inl rnn lo 1·i os (1).
Co1no a fluvial
e a costeira, é la mbem co n ·icl J'<I YCI o nwv i rn c nlo cl nave·
gar,áo extrn n g-ei J'a.
N osso. '.b.c ll os
pol' to · são co n ~;
lan temenlc Yi. il a-
dos po1' luxu oso: c
g rand es paqu ete:·
extl'angeiro. , reh-
cio nando- no.- di -
r ecta ou in cli 1·eela-
l'af]UClc a l':tra n (5.:!00 ton ·l ada ~) .
m e nt e , c om os
gTande.- cc llti'OS l e ci vi li <;ar ão m oderna.
Em '1903, por ex empl o, só mc nle no prim ci1·o sc mest1·e,
tiYe1·am m ovimento el e entra 1 :~ e sa hicla no· 52 portos bt:a-
zil eil'os, 'I .877 embarcações á v éla ou a v apor , p l·in cipal-
m ente inn·Jeza · (8'l 8) e all emi'í (3NS).
Em H)U5, só na bó.hi n el e G rHt nabü r·n , porl.o ela l'ol'mosa
*
"' *
R clatin lmen lc a r . l radn,..: d e !er ro, já co nqui l ám os, é
ce l'lo, o nono log·a r no r ói lns r .. ra nd e · na ~Õc<;, ·co m cêrca
de ·JS. OOOkil om lt·osc ll11t·ül' go;e tamos,cntrelanto,ainda
muito di LanciRclos do gTá u de XJ an :'to fet'I'O-Yi a ri a 1ue
no o terrilo r io e n os. a. ri JU za r ci Hmam.
O. E:la los em qu e ha maiot' Lr áfen·o são os el e S. Paulo
e 1\oJina. G ra e. , co m ·err-a de lL OOO 1\il omcLt·o. (2) , cada
um.
ob o pon to d e vi ·La ela co n. tt·u çüo, po t· ' m, possue o
Bt·azil arr oj ad o· tr·a~.acl os , m ar av ilhosac; obra d 'c.u te.
Já vos l'nl lám os em c;q i tu lo an leri Ot' el a l'ei·ro-v ia quE;
ircula o Cot'r.:ooado, no Ri o el e JaneÍI'O; ap i·eciae an·o r a
na crr avu r a, qu e nqui Yécl -s, um trecho da esti'acla de
farTo, qu e va do E lad o d P at·an á ao cl - . Paul o,
lom cancl o em gTandc pat·l e impon ente ·eiTa .
(I) Nüo só pa t·a ·ta linha como para ontm que c t:i projcclada para
a E uro pa. o L loyd conta com 'vapores de 6.000 t.o ncladas : Rio de . Ja-
lleiro, 'ã o P aLLlo c Minas Get·ac .
(2) Aos Est:~elo · elo . Paulo c Mina Gcracs g ucm-se os elo Hio
dú Janeiro (2.500 k .) ; Hio Gt·andc d" ui (1. 500 k.); Bal1ia (1.400 k .) ; Pa-
mná (000 k.); P erna m buco ( 00 I<.) ; Ceará (600 k.); os demais têm
linhas em LrMego a inda infe rior a 500 kilomctro .
1\ 0.· ' A PA'I'n i A
(1 ) A en~ rg i~ electr·ir.a \':l C tcndn, ago ra, g 1·:t ndes :tppli.::at:õcs no Br•az il.
Ht po ·. ucm a \'iaç;·,o ur·b~na por lra ..:cJto cluctrica. .1 s c i dad e~ de Ma n:'10 ,
B ·lém , ·. ';llvado r·, Rio de J:tncirJ e S. P aulo; e e m Yi :t de r·ca li s ar:i10:
Bec i fc c P o no-A ieg r·c. :'<io i ll u m ina d a ~ :1 lu z clcclJ'ica : i\lan:lo ' , 13el6m,
i\l a ceili , . P a ul o c pane de . Salvador· c Ri o de Jancir·o.
(2) A cs u·ad:~ de fer r o do E · tado d • S . Paul o a que e> tà em cons-
tru cc;;"•o, de Linada 11 l i~>ar a linha Mogya na á c id:tdc d Nupo t·rr~t.?a se-
g uindo d';dJi a lé ;\ margem do apuca fl y , affl ue ntc do Gt·cutde.
236 ;\Q.·. A PATHL\
<<Tiradas a ame ncl oa.- , o pilão erve para e n c li e1' cl'ag ua e lava r
-no dia seg uin te o ,·os to, q ue f-i ca com tl eta mente livre d e qual-
quer man c l1 a , e ·p inha , s:ncln, e tc. Golpe ado o LI'Onco, corre uma
seiva de c61· do vin ho do Porto. muito ap,·ecia.cla pelos d e r,·uba-
do,·es e caçado r·c , qu e a tomam á vontade, sentindo um palada1·
agradave l. "
" Tendo lido a e xpos ic: ã o dos t•es ulla dos c xpe o·im e ntac s , e vi;:;to
Bem ' 'éde , poi., cat·o.- compa tri ota , dcn nle do que
ahi Hcn , o qu e pód cxislil' ainda occullo no conhecimento
da CiY ilisaçno, na va ·tas fl ore. Ln vit·g·en do nos o que-
l'i do Brazi l, con ideradas por H um.boldt, Agas i , Saint-.
Hilaire e tantos ouLI'O scienlislas exll'un geil'o cc n: mais
t·ica ·e exubcmn te. el e lodo o mund o. »
* .
* *
Já vos Lendo dncl o n co nhecer·, na · pnginns nn lerioresr
(1) Mcnsngcm aprcscntnda pelo Dr. Ni lo Pcç.nn lw, cni[LO Prc idcnte do
Estado do Hio de Janeiro, à rc,pecti va Assembléa. Legis lativa.
Lemos, a proposito, que casns curopéas, tendo cxam inndo as fibras
a experimentado seus procl ucros de tecelagem e ·ordoai'Ía, offcrccernm
're~os que l'ariam entre 25 c 30 li bra s esterlinas por tonelada da pre-
, planta.
A RI CU LTURA, I NDU "fRI A E ARTES 243
dim aprop r iado para a~ di1·crsõcs das Ct'canças e para oxi <>e nar
o lat•go amlJi ntc da Vdla.
Não me devo c~ que cc r de dizer qu e tod a. as ca inhas lém seu
m inu~ ·ulo jarditn c : ua ho n a pequenina, ce rca do .
A e. có las s~ o quatro , divididas pot• - ex os, duas pa t·a o en i no
p t·imario , d ua pat·a o secu ndaria. 'ão magnifico · ·alõcs, e plen-
didam n te illuminad o · p la l a r· ,.a~ ,·idt·aça da jan e lla s e pe las
tampada s d a luz I c tri c a. O c n ino é dad o p r profe so t·as.
Cada escó la tem um piano pat'a xe rci c ios d e Ganto do a lumn os.
Nenhum an tipathi co unifot' me es co lat' . Cada rapazinho, eada
m eni no, lt'aja á vontad e , n'uma vat' iedade e n cantadora.
Al é m elos e le m e n tos principacs, que são indispensavei s para
futuro · bon s tt·aballtadot·es e futut'as boas màes de familia, en-
sina m-lh es um pouco d e ft•a ncez. e de in g lez, c ujo. apt·ove ita-
mento erá resultante do ulte riu t' es forço vo luntat' io do alumno.
Na Biblioth eca t•eina um espit·ito de lat·ga to leran c ia, a pat' de
um justo conceito moml.
H.
2·16 1\0 SA PATH IA
Sob r e as Yasta s mes as, lo dos os jol'nncs dia 1·io. da Ba hia, <i o is
o.u t1·es d os prii1cipa es da capital do paiz, alrrumas pub li cações
h eb d o m adal' ias be m escolh idas e, e m vol ta, na c ta n tes, livros '
d e litte1·a tut·a a m e na , hi sto t·ia, m nnu u.cs tec hn1Cos, e tc. , para o
gosto autô no mo de cada u m.
A Biblio the ca e t~t abe r ta lod o o dia c, d e noite , a té ás d e z,
para os o perarios qu e q ue il'am dcscan<;:.l t' lendo as no ticia s do dia .
. A Vi ll a Ope rari a te m a ua ba n da de mu~ica.
Aos do mingos, a pop u laf;ã o en l r ct!"a-:« a ' 'a1·iada d iversões.
nas qua es se distingu e o es p í r ito imaé:ÍllO!iO do in te lli g ente e
viva z po,·o hali inno, tão sy mpa-
t h i ~o tão ori gi nnl.
As d ez I,o;·as da no ite apaga-se
a luz 11 0 patC'O ce n t ral c todo o ·
III UII d t' ·oil 1c-sc e ntão ás s ua s
·a inh as . Fecl 1am- ·c c n tiio ascan-
ce lla . A ning ue m é ,·edado a hi1'.
Ape nas ob,· iga m ·aos CJIIC o q ue t·e m
faz r a p1 'CVC' ni 1· porte iro. N e-
n h um co nst1'a ng imento, ma toda
a di s ·ipli na. Se m o qu , e m quinze
dias a tabc 1·na invadi1·ia a Vill a e
todos os e ·f'orços ·c r cl uzi riam a
Ze i' O.
l'vla: a inda n;j o d isse o q ue de
111:1i. impo r ta n te ao o l hat' do vi-
s itado t' o ll'c r cce a orga nização da
Vill a Ope ra ria de Búa V iage m :
cada c l1 e fc el e fa míli a operari a,
d cco1'r idos c inco annos da e ntt·a-
ela na casin ha , ten d o pago co m
Esl atua de Luiz Tarquinio po ntua! id ade e us a l ug ue is men-
manda<la erigi r f)OI' f!o libcrn~,:áo dos ;;ae , to •·na- e dono e proprie tat·io
accioni ·tas <lo Empol'io <lo i\ r t<;.
ela m es m a e r ece be titulo t•e la-
ti vo, fi ca nd o para todo e sc m pr e di s pe nsado de q u :~lqu e t' onus
para com o Em porio .
T e ndo . id o fundada e m 1808 a Vi ll a, es te an no ja si'io varios os
operat•ios que v:.o. r ecc be 1· esses ti tulos .
Si levar m os em conta a l'e lativa baixa de salal'ios, que a con-
CO t' t'e n ciu im põe aos dono s da fab t·ica, e a e xce ll en te co n Lt·ucç üo
em tijolos da. casinha : , a economia a nnual d e 168 S que cada
famíli a faz co m a ise 11çiio do pagamerito d o a lu g uel, ve l'-se-á
que o Empot·io e ncaminh o u com l'es ul tados pl'aticos e im!l1en-
A C H I CU L.T HA , I N D USTHIA E A H.TES 247
samente va ntnj so: pa r·a se us opc r·a r ios a so lução do p r·o blema
das casns o pcr a 1·in .
No ce n t ro d o patco, uma c:s la t ua de ma rm o r e perpe tú a a e ffl-
gi e .do ve n e r ando exempl tll' ru nd a d o r· d o E m pori o Indu s tr ial
do No1·te c da an ne xa \'il la Ope ra1·ia. A e s tatua é bo n,ita, ma s
o é ma i a no lJr id · a de q uem r co u e .. c m il ag re de pr·oducção,
d fl tra ba ll1 0, d o rd •1 n e de ::;ú bia e in te llig 111 ph ila ntl'o pia . O
Snr·. Lu iz T:.l l'•JUinio ~:1bc, co mo nó todo s . aue m o , que o pr·o-
ble m a social nã o poded ~cr t'e!>o lvido pe la phi la n l.1'o pi:1 e cla r e -
c id a . 1\·l a s, tc 1· lev a do a te1· mo tiio p rodig ioso tra ba lh o d e r iq ueza
e de a 1no r , n 'u111 pai z o11 dc to d o de e r é m - e es te um d os
males 1na io1·es do Bra zil - é u m fac to q ue m e r ece - e r· co nhecid o
e ad mirad o eomu uma bel la p1·o va de e ne r g ia na cio n a l e , so bre -
tud o, u m feeund o e xem plo a im ita r ( 1). •
* * *
Como a Indu tl'ia, a :\ J'le, em suas va1·iadas manifes ta-
ções do de a ca1·pin l:ll'Ía até tis mnis delicadas m·tes libe-
raes, vae encontl'a ndo um g,·and e ca mpo de acçào ent1·e
nós: é certo qu o sem o cl ese rwolvim enlo ai11 cla ele [UO somos
capazes, mas co m cleflnicla perl'oiçi:io em :-; u produclos .
Sem clúvi la algum a, porém, no ramo da. beLlas -artes
não pod ia deixar cl c:er· gr·an el iosa a nJtl idào na ional, er·-
vi cla pela ar·clont imagina\;ÜO lm!zil,·ir·a em iJa lacla nas
mar·av ilhas do nossa nalur·cz;l , man it' '::'! and o-. o mesmo,
muita" Yeze , em Ya r·iados ram o::;, an me::.rno L mpo, em
um só individuo.
G: um brilha nte exempl o J11w wel r/e .·í. r·r11~jo Porto-
ALeure, Bnrtio el o . ·anlo Ange lo, 11 lrt YL l poda IJ razil ir·o,
fali t:iclo em 2\) el o Dez mbro el o l ~ / ! l , aos 73 a nno. ele
dad o, 11 1! al t G<t rg·o d onsul
( . ,:;._~~
- o • •\
(3 ral do Urazil . em Li..,lHia . O ele
ct·ca nça , 1 a tenloti ra a nw i:-; viva in-
..'r :,.'\ "
clirla ç<'to pelo clu:-;c'nh o o pP ias Gien-
- '
cia<; nalura cs, « p<Lsanclo a , horas
..· .
~
ya r··a a pint a r· c colh 1· proclu ctos
ela nalu l'(.: Zfl , elo q uae Li nha no eu
'
qu a rto um nruz 1rsinho preparado
por oiI >>. P obre, se m pne aos
cin co ann os ele cclad , in iciou, 'ua
i\lanocl de Ar:wj o Porto·AI g-rc.
vida co 1no a pt· ndiz ele relojoeiro,
em Pol'lo-A legt·o, ele ond e era lill ro. Attt·ahicl o pelo genio,
eguiu p<ll'a o Rio el e J an ir·o, ond e enco ntrou apoio, con-
cluindo os estud o. na Eul'Opa .
Das nola Yoi aptid ões a r'lislica cl' o · e gr·anel · brazileit·o,
basta dizer-vos, em resum o, que , ainda nl 11 mno , no Rio
ele J a neiro, concot·r·eu á E x p o içao rl r tistica, em '1830
« obterulo tre premias ao nw srno tempo : wn ele pintura,
outr o de at•clútectw ·a e outro de escuLptara . »
Jü no: Lemo elevado tanto na musica , na escuLptura,
nn arclúteetu.t·a, na arte dramatica, no can to, na pin-
tura, pot· exemp lo, que nosso qu er·icl o Brazil é mesm o
admirado lá fóra .
. enclo corto qu e o e tt·o 1 oo tico pa r·ece faze I' pai'Le do
organi:mo lwazileit·o, não o faz menos a inspil'ação mu-
,\ G HI . ' J.T H .\ , I~ D STIU .-\ E ARTES 219
r
I
- Ve nci I Venci a bata lira! - i bi lava ell e, po r baix o da tri nchei r'<L
No dia seguinte, r·eceb u Ca rl os Gorn es o se,;uinte bilhe te :
" Meu caro discipulo, já .\tJae lt·o. D i ~ e ,·- te o orynlho de que
me sinto poss uiclo e impossivel e é inulil. Po e-le afiançar
ape nas uma cai a : até l!oje, não me co ns ta que }Jacstro
alyum, nas tuas cir cumslanc ias, ganha. e vieto,·ia egual á do
,, Guar an!J "· l!.'nch0-me de ylorta e aperto -te em meus braços,
.fcli;; por consider a r- me teu collCfJCL. - Lauro R ossi. "
Al ém das ovuçõe · e sig naes de apreço po pula r·, sem inlel'-
rupç:iio , do juizo dos jor' n::re itai ia no,;, r·e trato · e ca r·i caturas
allusiva · no. sem anar·ios i !lu. tr·ndos de Mil ão, co ub e a . Carlos
Gomes a sati;· facção el e dua s outras vi c to1·ias niio nr e no · ex pr•es-
sivas . A princeza Ma thilcl c, qu e o a ppl a udiu e nthu sin s ti camente,
foi a primci1' a a encom rnc nd a r um ·xe nrpl ar· da pa r·titur·a, quand o
Lucca a imprin risse. O l\'lini s tr·o da In s t• ·ucç~w a pr•ese ntou ao
Hei o cl~· Cl'e to da nom caçfw de Carl os Go mes par•a ca ,•all e iro da
Or·dem ela Cor ôa da ltal•a "·
mo·clo a 111 rnOI'ia d' e. .-c gra nde c gloi·ioso !)J'az il eiro ('! ).
~< -y
• ·.:::s-
·c;-,~"·;; ~:<õ·,,s,-~±..
Clo tilde Mar.1:;Jia no . A111clia ll'accm a.
N icotina ""'"is.
gr·and e · al lcs lados ela
per·t cia de Hocl olpho
Bern a rcl elli (1 ), po r ex-
e mplo, na csculplul'a?
.Ma.·, ahi lcndcs. lam-
bem, um novo bt·i lho,
um a nova fa ce elo ta-
le nto ela mul her bl·a-
zil eii·a, Nicolina de
A s i., enLI'C oull'as . a
in pit·ada a uclora dn - a A Gl o ri~ coroando o Genio. •
(I) R odo lpho 13et·na n lclli na sceu no ~lexi co, mas est:\ desde c reança i10
B t·azil , onde se dcsdobmu c u ta l nto de csculp tot• no tavol.
256 l\ 0 . ·.·A PA'I'I\ I A
Capitulo XIV
(1) O lltctngall e~, d<.: vat·iados uso industt·iaes e mcdi c inacs, co mo <t
prcpara ç[LO do c hlor o c dos c hl orurcto~, a c xtt·acçúo do oxygenco, o
branqueamento do vidro e do c rys ta l, a fab t·ic:tçüo do esmaltes, j á vae
sendo objüeiO de la r·ga e xplomç:'to no Bt·a;r.i l, no Es tado da. Ba hia e no
de l\11inas Geracs prin c ipa lme nte, onde ex is te em c;ons ideraveis dcpositos
naturaes. De um a intet· Bant.c estatisticn, q ue s e lê no aprcc ia.vc ltrabalho
do Dr. ;'1/el ·on S enna, já c itado , consta a re peito da expol'la<;ftO do· man·
[tane~ de Minas Gcraes : no anno de 1()03, du.:<l' ll lO e d e:,esete milhões
P. aeiscentos mil kilogretm m.as; de 1()00 a. 1903, qui!lltcntos e quarenta
e, nooe mtlltões c cüca de &r!iscentos m il lrilog ,•ammas. A expot·tação
d .~sse producto minei>nl no B•·azi l s ubiu a cerca de seis mil contos de
·- rlurnntc os annos de 1 90~ a 1905.
CO MMEH 10 . RENDA · I~ UBLI CA. ·. EXPOSIÇÕES 261
*
* *
Não bn ~ t n m , enlrel;t nl o, qu eri do compuLrioLas, pat·a
o desenvolv im nL dn s rendas publicas , fed eracs e esLa-
duaes, qu e cli spon h::tlll ns de YG <;l::ts riqu ezas naLumes,
nece -=;aria ao ommerciu uniYcr: t'll.
É in di. pcn a v ' l qu cs:n · riqu eza·, o producLos de
nossas fl ore ltls, de no-so sub-=;ólo, el e nos a agricu!Lura,
de -nos a · in du ·Lri < a t·L sej atn mos L1·ados, conhecidos
c bem reJ ulacl o : de Eo;L ado a E lado nt'l or·dem econo-
mica inler na, pa ra qu e mai co n uma entre nós os
no -o · p rop rio: prod u Lo ; e no e xLrangeit·o, na ot·dcm
economi ·a exlcr na , pa ra qu e se sa iba lü fó1·a o que pos-
suí mo , nLLra hindo, m mo, emp1' za e capi taes exLrat t-
gei t'O , el s jo ·os ele luct·o na exploração ele no sa: imme11- .
suravci riqu eza . \in da n' e Le ·enLido, um a novo e eleli-
niLiYa ori nl<:H~ã o c va lJroduzindo no Brazil moderno.
a ord m inle1'11a, YCmos, por exerryplo, a acçiio p<t-
Lt·ioLi cn do Esla lo elo Hi o ~rnn le elo Sul, um do · mnis
ri cos e inelttsLriae ·, lottWt' a deanlei 1·a na p1·opaganda de
seus producto . Em 1907, fez na nt ilal ela Hepu blica
uma explcnelida expo ·ição de seu vinho , que lhe gl·an-
gea J·am alla reput ação. ]• m seguida, com missionou um
agenle e pecial, que pet·cotTeu o Brazil, el e norte a sul,
fazendo Expo ições n·era es, com CÔI'Ca de qua tro mil
' Yolum e<;. E a nova ori entação continúa, intensa, a COII-
qui lar o. es1 irilo e clarecielos e pnL1·ioLa .
O· !\'lini Lro da Indu Lria , Mi guel Calmon, de lar.;a itli-
ciativa, emprehencle aLt1·ahit· não ó as vi Las de Lodos os
Estado , ao me mo tempo, pa1·a um ponto commum, no
intuito el e « realizar wn verdadeú·o inquerito sob1·e os
r ecw·sos e desenvol.vimento economico do pai:; », e
ainda as vi La · exlrangeiras, natu ralmen te de<;pe t·Laclas
pelo progTe ·sos elo Bt·azi l moelem o. ·
Pa1·a i so levantou a idéa de uma grande Exposição
NaCional no Rio ele Janeiro, em '1908, onde flgura1·ão os
26·1
procl uctos de lod os O!': E:;.; l ~tdos lmtzil ci rus, qt tCjêi annui r·nm
á p::üri oli ·;' ini cint iYn , Lanl o lll<ti, I' l iz <tu:t tllo é des ti nada
a co mm cmorar· o cc nlenar·io de um grand e :ll.:nnLccim enlo
1\ oo-;r \' ~'' l l c ... ua tllh a. phuto:.{raplladu.., t lfJ l':l\ il b[II J]do Br;tn l ao I rui•) d o ('I) I'Onúl Aguiar,
ptv~ idc ntc ela Cnu1mj-,... ;jo ll r:tzilci rn , de ontt'th C•JIIll11 i ...... :\l·ioSC S('nho r:l-.. hr;lli lc iras.
,I'
l
.,I
I
t•a villlüo d o E ·tado d e êoo I' aut o. - Expo iJoo nacio nal do 1DOS .
Capitulo XV
migo insuperG\' L que não póde ser allin rrido 1ela ba las;
poder·oso e aud:<z , que não treme ao ri bornba r do ca nhão;
formid avel e té tri co, qu nüo se ,·e, nfi . e sente, não se
lo ·a ? ClrarnG-sc : - ignorancia ! ·
'ó trrnG !'o rça e!Ticaz c irre._isti ,·el podc r·á vencei-o : -
a IN. Tn c( í.o.
Sem esta , in,..lituiçõcs na iona s, riquezas pt·odigio as,
agricultura, artes, indu. Iria , co mm rcio . .. lodos e. cs
elementos ·apGzes de Ngucr m uma naciona li dade ao
a po;>·cu lo hrillr c elo pronTcsso .. . mio pi1 . sa rão, j á mais,
d IJa:- : rud im nla r ·' · inu tl ap ta \·c i ~ C:';:; s ffeilo. .
Qu e é nossa amada Palria, so b es. e ponto de Yi lG?
Dcfi ci nl c, mui to d •fi ei nle ain da , em l'ace dava lid ào
cl nosso ri qu is,..i nr o lcrrilorio; defici nl , nr ui lo defi ciente
<; mp rc, p rqu a [n. li'Ll cçào nüo tem limi tes, no o e ti'e-
mecicl o Brnzil, nlrela nlo, já a po.. ue, relal.iY amcnle
Ya ln, ; bra ng ndo ym·iacl o ram o ·, c 1 arcccll dO, mesmo,
toma r um ru m dccisi\'O no Brazil modcr·no.
Qu e assiru . j a, ca 1·o: compatri otas : Deus abençôe e .
illu minc pa.·so. e a a ç:áo cl quem lral alh ar co m ener-
gia c palrioli. m n' e . a g ranel cn rzacl a nacional •. cond u-
zin do-no: á silu aç:üo da ui _: a , ond e nüo se cnconLI·a um
analpha l elo.
nd n n ma1. 1mpo r -
llistor ico:;: B ibli (J ih ccnf; I uhli crtf;, .
,,
I
I
mai de duzentos
lante a da Cap ital ela Jicpu bli ca , com
27-l :-IOSSA PATI1IA
(1) Eugene Parrot. - Société de Cons tru ctions des Batignolles, it. Paris.
- Dezembro de l90:!.
...
27G 1\Q . ·.'i\ Pi\'J'HI.-\
(1 ) D'c ·se bcllo ediflc io de assistcnc i:J. pub lica , onde c achn m r eco-
lhida: 2~0 orph ãs, que a hi recebem in. tr·ucç;io pr· imar ia c a rti ·tico-profis-
sional, disse o ~ l ini tro no rtc·••m crica 11o que : ha cinco annos f ôrn.
Ministro ela Jnstrtwção Prtblica n.o sctL pa.iz, tendo pcrcorT·ido n'essa
occasião os melhores colle!Jios, mas em nenlwm •·ecebér a imp reuão
mai• a!JNtclaoel ele conforto, ele asseio, de disciplina, c, JlOI'Q!LC não
confessa.r, de luxo, como n'aqucllc qrtc acábára de oisitcu· . ·
li\: . ' TR CÇÃO P ULI 'A E PARTL ULA H. ~77
''
A BANDE I RA ( 1)
E assim tod a~, ouvi :de de c s:·a nob •·e 1-I e lvecia
até a g•·ande, a antiga e vc ne •·a11d a G1·ecia .
Po1·é m a qu e LI ' m l! la.
e o ve n to do B •·azi l o.:o n s tan tP-m c n le o~cú l a
é o symbo lo d o Bem, é o pall io bo m da G lo ria!
Não te m mancha, a fi na l, qu o Ih e nn udüc a hi s toria l
O verde- symbolisa a cü •· t! o • •o~so,; ma •·c:::,
e reco •·da, lambem, a co•· d a •:,;p e • ·an~;ts !
O a.::ul é a. có•· d o céo , e m qu o o 1.!:\pan d 111 l uares,
em noites d i1·in aes de fina - l l'an ,;pa •·e n cias,
no itr.s c h e i a~ de a mo t· t•·a ns lnci d as c 111a n ·a .' !
O amare/lo t•·a duz a 111a g i c a ~ rul:;c ncias
do oiro que a nossa te •·•·a c:sco ndc no seu ~ei o ,
fa rto co llo de nüc ub e •·rimo e alta n ei•·o,
onde palpita o a m o t· e m d cli•·an te a nccio,
-capaz de a li me n la t• a o prop •·io m u ndo inlc i •·o.
Sabe i, ella é a mai s bc lla , a m ai: purn , ;t mais >:a nta
de todas as que véj o em lod os este,; ma. t r·os .
O cmri-ve r cle pendão, te m lu z, te m so l, te m as tros !
e n e nhum, eu vos digo, o e u val o t• s u pp la nl a!
Não tem n odoa que mancl• e os fi o: da u•·d idura,
e pot· isso é a ba nd e i•·a a mais sa nta e a mais pu •·a!
Semp•·e se rviu de pa ll io ::1 de usa - L• be •·dad e !
Semp•·e serviu d e manto ;i Ju st ic:;a e ü Bo nd a de !
Sob a forc; a a u•·oral da ln z d e s ua ess encia
se fe z o g rand e so l de n ossa ln d e pe nd c ncia !
E após te •· s ido um so l, fu nd iu-se e fe z-se um •·aio
qu e passou pe lo céo e fo i T•·eze d e Maio!
E de po is ainda fez co m a luz qu e o so l di ma na
d'uma pat•·ia de •·e i pa tJ· ia r epu bli cana !...
Po1· isso e lla é a maior, po•· isso el la é a IH' imeira,
d es de q ue o Bem t•·ad uz e po •·qu e , sobt·etu do,
em p le no ma•· infindo, e m p le no céo desnud o,
•·ep•·esc nta o va lo•· da
Pa.l!·ia Bra:.ileit·a.! .. .
l'a villltao oudc .1;)0 lllCni na c rd ual'~tl n '' hymnu tl<.1 l'at ria em 1 90~.
r.
(I) Já temos assis tido, ou lido, de envolv ida n oti ci:~ d' es1 crau.,:osos
fc~ tivacs, princi palmente no. Estados do Par~i. Ba hia, ·. Pau lo c no
Districto Federal. Ainda em IQOG, em S . Paul o, mil ha rc de crcnn<;a
tomaram parte em uma d'e sa gr andiosas fes tas civi cas. D'entre as que
temo prcsenceaclo, núo mais se a pa gar:.l de nossa mente a sobed>a
passc:tta infantil, em 7 de etcmbro d 1905, promovida, em Belém, pelo
Governad or do Estad o do Par:i. DI·. Augusto !\l ontenegr·o. Ahi tomaram
pnr·tc mais de quatro mil creança s dos grupos escolares do E tndo, na
capital, c da s cscólas municipacs de Belém, trajadas de branco, de fral-
dando pequenas ba ndeiras nac ionaes, intcrmeiadas de bandas de musicn
e de soberbos carros allegorico. , erg uendo oioas enthusinsticos <I Patrin
adorada , n'uma a lacridadc encantadora e fortifieatf~e. D'cssa inesquecivel
fes ta. hn um Album que o Govcr11o do Estado mandou organizar. ·
I:"< ~TH (.\ 0 P IJLI C.-\ E PA I TI [.; L AH. 285
" ... Re lig ião do patriotism o ! R tig iüo que manda I'espeiLar
e quere r a te rra e m q ue se n a ce u! He ligião, cujo c ulto é o amo r
aos grande· fe ito.· patt·iotieos, aos acontecim e ntos maxin1 os da
vida naci o na l ! -
Re lig ião, que tem po 1· templo o va to amphitheaLl'o do mundo;
por ídolo, a iina <fem pu1·issima da PaLI' ia, e por pallio, a cobri1•
o viati co sag rado da li bet·dadt~ , a bande ira .que se desdob1•a aos
ve u tos, no t0 po dos mas ti'Os das forta lezas, e m tei'J'a, e na pópa
dos n avios, em ple na imme nsidade dos mat·es!
Prepa1·a t' a mocid ade por meio da· li cções do passado é ab t•o-
quelal'-lhe o pe ito, blinda n do-o com a co ui·a .:;a 1·igida elo civismo,
fazend o-a di g na do n o me de seu paiz.
Po1· isso, nfto s e passou um dia que I'eCoi·dasse u m feito nacional, ' '
durante o ann o que~e finda, sem que o Institut o o olemnisasse,
já t'ea~izando sessõ.!'s na séde do . Gremi o L i tterario lfirginio
286 NOSSA PATRLA
(ll O g1·emio alludido é como uma in ~ titui ç iio d"c!>se c tabc lcci men~o.
(2) A P alaol'a , Rcvi~ta E colar do I n~ti t u lo I crnambucano , Dezembro
de 1906. Como u m bello cx~ mpl o da~ pa eala promov ida , vnmos trans-
crever uma noticia, que le mos , . o bre a de Se te de S etembro de 1906 :
« O Ins tituto P ernambuc nno deu a no ta das fe~ ta s do dia, disse a
imp1·ensa di aria do Hccife, dis eram-no todo . O prog ramma da passeata
c ívica publicad o com antecedencia fo i r ig ro amcnl c cumprido, e tis
4 hon1 s da tarde a be llissima c , longa arteri a pu bli ca, onde e acha
situado o edifl cio do collegio, compoi·tava uma mu ltid rtO ava liada em
c inco mil pc óas, perto de qua renta ca rros de pa seio, conduzindo com-
missões das diversas ocicdades da capi1a l c al g umas do interior, bandas
de mu ica, etc. Em frente de tudo il>lo, acha1•am- c miliwrmcnte uni for·
misados cento c tan o · al u mno do collcgio, o b o com mando de Holmes
obrinho e dirccçioo do illu s !J·c 1• T enente engenheiro lbpha cl Arohanjo.
Bclli imo P. emocin11ante o quadro que se de enro lou depoi , aos olho"
das famílias e d o publo co. Co n cjo immenso de, fil ou pelas r uas princi-
)>aes em demanda da praça Arthur Oscar, lindamente decora da, e aonde
se e1·guc o m odesto, porém sig nificativo, monumento no her óes de 1822.
Multidáo compac ta! O_ceano immenso de cabeças que ~e moviam! Oito
mil p s óas ouviram, após as continencias do collcgio :~o monumento, a
palavra imaginativa e fe cu nd:~ de Arthur Müniz, o moço illu tre e que-
rido, túo admirado pelo talento como e limado pelo coraçüo. Oradores
ergue1·am sua palavra de adhesfoo :l. festa que se fazia. E foi depois de
um triumpho a im , que toda a multidiio voltou ao collegio, ouvindo
após momentos , a palavra de t-.Janoel Duarte, que lhe r ec itou a sua pro-
dll:cçfo o Canto Cir>ico, an tes dis tl'ibuida em avulso, profusamente. Ter-
minaram as festas do g randioso dia com a costumada r etreta em f1·enttJ
rio cdificio e expos içáo de todo o Ins tituto. •
!:\ TR CÇÀO P BLICA E PARTICULAR 287
Carta do Bra zil dcscnh:acl a na p3t'C<I elo « S:l l<'l o Br.uil » pelo alumno Francisco
ele .' loracs Vieira soh a dirccç;i.o dQ Profess or Joaquim Nogueira.
H.e Lt·injalll 0- 11 0~, 11'e~ 1 e liHo d ·<li G< td(J '' lll ncida cle lmJ-
zileil'a, á n s~i ~ l c n cin pub li ·n elll :--lia .'-l'l 'l:i\o <'~p eGinl ti in-
fanci:=~ , qu er ~ob o ponl o de ,·isl;t ~<lll i Ltri•l, q 11 ei· co m r ela-
ção ao ampnro pr upr iam r nll' !I n-. d e~,· ;llid!l", C' IIYnlvencl o,
ao m e~ m o ic11Ipu. um ~e rY ic:o de Íl l ~ l ru L·c _.;u , .
Pa t·a um exempl o, d 't•n ln.) r1<.: 1 11ai~ noiJ,.,.,._ ,. m erilori o.· ,
ci tem os o H ospic-f() 1Va ciona/ de rt/ienrulos, n o 1\io el e
Janeiro, oncl f' ha u1n<l ~rT<,Jt o r·~p ria lr i' '-C'I' \· a d<~ ;Í'-' c 1·ean çn~
,
o
.
.,I
!
llosp icio Nacional de al ienad os lltJ Bio de Jan eiro.
icliolas. N oiJi li s<; ÍIII n icl éa! D e cr evam ol-::1 , por ém , 110 b1·i lho
ela pa l av1·a el e Ol avo Bi l ac, qu e a vi i lo u , com o j ornali sta,
em '1905, em ·ua r ece nte in slal l ação :
d oe nte a ·ab e l' qu e poss ue s e ntid os, pat·a d e po is e duc a l-o s. Algu-
ma s, a s mai s atr aza das, n e m sabe m o uvir ; o utl'as nã a be m vé 1· ;
es ta s não po s u e m ta c to , a que ll a s nii o po s uem olfac to ; algumas
inge r e m indifTe t·e n te m e 11 te qua ss ia o u a ssu cat·, ··ai amargo o u
me l, em disting ui,. um aosto d e o utt·o . I at'a c o t•t•ig it· e ssa inco ns-
cie nc ia qua s i ab o luta , é pre c iso te ntai' a resurreiç üo lenta dos
sentido s annu lad o pelo id io ti s m o; e ó mente um tl'abalho de
pa c ie n c ia , d e pcrtinacia e d e doç ura pód e t'e alizat• esse milagt·e . .,
{>t•imeit·o, o e nt'c t·mo apprende a and ::u·, a coo t'dC' nat' os mov i-
mentos da p,e t•nu s, e m ca tT inhos, com pontos de a poio para a
ax illa, pedeiLatne nto eguaes aos q u e ,.: • u."am para a mpat·at' os
primeit·os pa-sos da c re an ça s de um ann o ; d po i-- , e pt·eciso
tit·ar-llt e o n udo do m ov im e nto , c pr evc nit•-lh c a~ ,-e t•tige ns, - e
essa educação é g radual , ind o Jo emprego das escadas s imples
e das barras pa ral le las , a té o do a sce nso t' me('ani co , do balan-
ços e de o utros appare l l.os d e gym na ~L i c a. Em egu ida, o medico
(an tes prof'esso t' do qu e me d ico) pa -a a i ns Lr ut'çiio do tacto, po t·
me io da ·c n açií o da ag ua ft·ia e qu n t(•, e do manei o de super-
fi cies a peras o u po lida , lixa , ecl a, \' CIIudo , oiJjccto · c l ~<tlos, es-
ph e ricos, c ubi co. , cy lind ricos. E ,·ê m d c puts a duc<~çào do ou -
Yido e da vis t a , por meio de lympa ttO d va rio - ti mb r es c de
pedaços de tec id o d e Y;'t t·ias t:C:. res .
Ao com pletat• e e c u r:so el e m e n tar, ,i;( o pequeno o nfe t·mo não
é u ma cr ea tura m isc r ll\- I, apen a nn im a da de vida vegetativa:
já galgou u m deg r i tt
na e cala inte ll ec-
tual, jü. u~ m m ais ou
menos a con sc ie nc ia
da Vida, a pe t·cepção
, . do mund o e xte t·i o t' .
Agor n, j <'t e lle pód e
I se r ut il a si m esmo :
i
I
appren de a co m e r, a
segút•at· a colh é t', a.
! le va i-a â bocca, - c
apprend e a v e;; t i t'· ·e.
Es te ponto esp P.cial
de educa ção é intc -
t•essanti ssi m o; não
se póde imag in a t· o
que é necessat·io e m-
pt·ega t·de lo ngo e pa-
c ie nte esfo rço pal'a
obte r que a creança
doe nte exec ute esta
operação, pa t'a nus A E cóln.
tão simpl es, de abo-
toar fJUalqu e t· peça J o vestuario . A mit o in exp erie n te tacteia
longo tempo, appre he nde a fó r ma do bo tão e a fó rma da abe t·tu t'U
. I
da casa, ad ea nta- se, t·ecúa, desiste da e mpt•eza, vo lta ao t r·abalho,
r.u, ató que, de poi · d e innume t·ave i!!' licç:ües e de in cootave is
•as, co nsegue le va t· a. ca bo o feito que pat·ecia. i m possivel.
I N. ·n t ÇÃ O PUHI.I A E PARTI LAR ~93
ti ' r "i c;. Dos La bel cim · nlo de in. ll'liL'f:ÜO, que mantém,
d edi ca dos no r eco lhim ento de o rphil o~, é o mais impo1·La nlc
o Coller;io Q,jJ!w"olo.fJú:o S. Joa-
quim , Y<b l r 1 i 11lernalu JKU'a cé t·ca ele.
Lrcze.nlns m enino;:; orph<io. , de pro-
lcg-i cl o:-.da orl ,qucal lic ncontr·am,
nl e 111 d ' '"c;.; 111 a r i o , n1i m c nlos e cu i -
dad o. nwrlieo-;, l<tmhe m a inslt·uc-
r;ii o l ill ' l'<lria o nl'lislico -p rolls io-
nnl, cmdi ffcr· nl s of'flcinn de mar-
('('JieiJ·o, ((potei,·o, aUaiote,Jwú-
José Mal'i3 de .o\ ndraUc. /PÚ'o , .Irr.,·,·eil'u
( ped,·ei,·o pltoto-
1 t
NO i\·I AR
i\ IAE
inf<~n ·i a: c:-.t.: tll' ~ id o o fll ltt t·o, ,.; .,,, ler a illum inal-o o ·or-
I'i. o c o.-; ·ari11 il oo:; ma lc t·nacs ! . '6 l e . empre ca 1·id osos :
onde quPt· qu i' vcjac. um a l õr , pr cu rne allivi al-a; onde
d e- cobrirdc:-; unw l agTim<~ , I vne o co nforto de vossa pro-
Le ·ç:'w . L emlmte-Y O. .· 111pr c d o quant o d eve ofTrei· uma
Jll <'i e i nl' ,liz, ,·ond o . ITt·ct· lllll filhin ho a <JII Om não pód e
,·alc r .. .
Emqu alliO na ca,.:a el o a ba 'l<td o, CJ'OHII :a - roJrram, SOI'-
ri ü c n lcs feliz . , cer ·nela · d allracti vos c brinquedos,
lend o a m e. a app clilo a · icrua ri ns, qu o a aba lan ça lho ·
gnntn l ... rc fl ccl i em que, a pou · pa so ·, talvez, oul1·a:,
coil nd i nha ·, CI'0811ç:a: ·o mo 8q uc llns, chor am , desco nso -
ladas, no h u mid o chü o da choupana da mi se1·ia, sem o
111 ai. in: i g ni fi a11lc br in que l in ho, upplicn ndo, muita vez
ú pobr mJ , d o:;;" n tur acla , u1n p claç:o de pào que j ~i
não exi. lo.
G1·avae bem na memori a e no yo··so co ,·ação .esle bello
c locanlo :0 11 Lo, fi rm ado por El'l1 o. lo. ih a :
I 1\ L.O ORPI-IA S
Capitulo XVI
D esco bci'Lo Brazi l po1· IW\'CFHII rm• -, d(' POI'I ug·al , naçúo
~ cnci nlm enlc calh oli ca, ni\o pode 1·i; t d<'ix ar cl r ,:c1' cs ln
A r clig·i:'\o implnnln la no pai z .
.\ : . im , o pr im ci J'O ponl o a,·isladn por .\ h-é-t re CabJ·o l
I'CCebetJ , co mo já ,·islr•s . ;< cl eJIO tninar:üod(· - .\fonte 1 1a. -
Gt'upo el o m 1dn os indi:;cnas · ..,cus 1'\!S pcr l l \lh p:t••.... lr a zitl11s ;'1
rivi lisaçtw por Fr('Í Gil el e V i ll an1) \' 0 ,
(! ) F rei Gil ncon trou grande npoiv no l'a r:"r, ~end o pode ro amcnte
a uxiliado pelo ent:"ro • ,·erna dor O r. J osé Paes de Ca n ·alho. Dem.,L.
a iniciativa particular lam bem se manife tou, formando· c, e m Belém,
a Liga ela imp,.ensa pela c"techc e. de que é p re· idcnte o cnador
Antoni o Lemos , redac lor -e he fe e proprictario da , \ P t•ooi11 cia do Pará.
A mo r·te de Frei Gil, e m 5 de l\•la rç·o de 1!10\ g rand s fúram a s manifcs·
tações · de pezar e m Belé m. E entre a s lr om ·na g ens tr ib uta das, ú su~
memor·ia, des tacnrno :a den minaç[ro ·ateio F,.ei Gil, no principal com-
pa rtimento <lo Colleg io N . . · . do Rozari o, da di r ·cçüo do Pro rc sor Luiz
Dcjard ; c a denom ina c:;fro de E.<côla Cinco de Mru•ço dada a. uma das
cscólas municipnes de Uelém , onde, corno n'a quella, se acha o retrato
do vcnet·aov mi s. iona ri .
12) Es tas palavrati, vcr·dadcira s, fóra m lr·a n c r·ipta de uma obra
cscripta na Fran ça, em 1906, obr·e ssc mi iona r io, ao te mpo de sua
m orte: Um klissionario entt·e 0 1 seloagens do · lraguaya . no· Bra;il.
RELT G T;\U - A TE llE ' E DO · 1:'\DI GE :\iA. . 305
o
nu! da Afri ca c a co ·tu cln ll cspunha, III<Iis approximad
ento passag ei-
d 'e la. Condu zia o paq uete cerca cl nOYCC
- e
ros, entre o · qu<l es, no niOmenl o el o desesp ero, deram
scenas ind eserip liYeis, di ·pulan l o-se n poss de alva-v i-
das n punh;II adn s...
De eccles instico : , al ém de D . Jo,·é Ma rco nue , vinha o
pere-
Bispo de .. Paulo, D. José ama 1·go Bai't·os, que
o JWi ot· do: bened iclinos de um dos Co nvento s de
ceu,
HA ÇA : C,\HA CT E ll E · M OR AE. E 1:\'TEI.LE T U AES 309
Capitulo XVII
" A l'e i~· üo d'elle ·é - e t·e m pat·do , ttiJi tCi t•a d a v t•rn el had os, de
bons ro~ tos e bo ns n at·i zes , b 111 fei tos; an Iam nús, . em nenhuma
cob et•lu t·a .. . t t·azi am ambo- o boi•;o cl bai xo f'u t•ado, e mellido
pot' el lc sonh os o sos br·an cos, do t:ot n p t•i m c n to de uma müo
tr ave ·sa, e el a g t·os ·ut·a de um l'uzo d'algod iio , c ag udo n a ponta,
co mo l'u t·ados. :\[eltem - o.· pela par·te d dcntco do be iço, e o
que lh e fi ca 'entr e o bei<,:o e os den te · é fei to com o r oque c n xa-
cl•·cz ; e em tal manei r·a o Lt'azem a lri c n aixado qu e l h es n ão dá
paixão, nem lhe toma a fal ia, n em o co rner , n em bebe1·. Os
cabcl los n em ·ão co•·•·ecli os, n andavam tosqu iados de u·osquia
al ta, mai s que de sob 1·epen te de bôa g rand ura , e •·apados a té po •·
c im a da Ol'e lha ·. E u• n d'e l les tr azia pot' baixo da sulapu, de
fonte a fon te, pa•·a clet •·ás, u •na manei•·a de ca bel leit·a de pennas
d'av e ama,·cl las, que se1·ia do com pr i tn ento de um ce n to mui
basta s e m ui cer radas que lh e cob •·ia o tou t iço e as o•·elhas, o.
qual an dava pc15ada nos cabellos pe'nna e pen na com u ma con -
l'cição bt·nnda com o cét·a, e n ão no et·n ! ... "
lJUC Jh s s ·n ·ia 111 ti ' <t lit tt Ctt lo , assc n la ,·atn sua nll ei<l:
denomin <lcl ll s taba., onrk ú per JJl am•ciam , vivend o C' tll
f~mili<1 , cm quan lo ,._ l he=- <1!l g ur a \":'1 v;ut taj o. <1 <1 silu açãrJ ,
ou' a ·~·u c iTa co ntin u:1 s 11 i1 0 os oiJ r i~·;\Y; tlll n p r o urar·
I IO~'a J~Miçi:í o. l\ a taba, o llcdcGinll t a ,·,mchc f •, o ntot·/1-
bix aúrt , c :cguia 111 ccg·a ll l c· nl c• o· co n::;elhus ri o pagé, pt c·
Ih ::; GLJJ'av, a: cn fc rtn icl<lcl c pr ed i zia o 1"11 l uro . A cr ecl i -
litvam na cxi s t ( 'I H~i a rl c 11 111 ente ~ 1q •r ior ao, hom ns -
I'
I A1·mns c adornos dos in cl ios. 1. lgaçaba - :2. escudo. - 3 . ma ra á. - .~ . machado.
de r• <Ira - 5. ta c~ pc. - G. a•·cos, flt'chas.
- 1::. I i vre ; pa n r. !
Ü t•a niio pat·tit•ei: q u I'O p1·ovat·- te
Que um fi lh o dos Tup is ,·iv e com 11o n1'<l,
E c9m honra m aio 1·, · e a c a. o ve 11ce m
Da mor te o passo glot•ioso a fl'I'Onta.
. I .
\li
.. V lll
•
,
320
d o i' , ~ m rcc u 1 ·~o -qu e lh e p I'IHi t ti s" 111 , 11r1 Eul' pn , uma
exi ·tcn in 11a ;dltti'C I In fun cç·õc.· 111a;..:·e ·tati cn que a aba va
de exel' '('I' 110 nl·az il , o G 0 \'('1'11 0 1 1'0 \'Í OI'Í O cl I' tou a
e nl1·~g-n dL· f'tll ·o 111 il conto de l'éis a ) l . P ' d i'O ll, LfU não
o qui z n 'CCÍ I;I J', oh o [un dn menlo ele qu ' núo ll'a lava
·aind a, pl'upritun<.: nt , de uma 11Gn·i l'c· La çJi o d il' clnm enle
l en·a li ~ad: t ]wla ·nr,tio . E ta, ]'OI'ém, vem qun.: i m ~ g uida.
Ül'f\'Di tizarla a llqllll di ·n co nsti lucional ll1C!l l a p t·Opl' i n
\. ·cml>k·a c· rJJl~l ilu i n t , ll'nd uzind o u._sim (i 1!11 nt c . o pen-
. nm enlo 11acionnl em . un Lei J1a;;na , i n · ' l'c vcu no a l'l. 7
elas Dispo. içrJe' TI'OIIcitorio da Cou. tituiçao:
" E co1u.:edirla a IJ. fJ erlro de A lcan tcu·a, e:rJ-fmpei'Ct-
dol' rio f], ·o-~il , uma p en âo, que, a contw· de 15 de
'N ove111Út'O de 1 89 , gw'OIIta-1/ie, p o1· lodo o tempo r/e
uo v ido, , uúsi tencia decente . O Cong1·e o Ol'dina,·io, ·
en1 , ua fJ I'imei,·ct t•ewliao , ji:r:c11·á o quantum d' e ta p en-
âo. >>
li: a Constiltt i nle, ll'an fOI'Ill êl da , nl ão, em Conn·1·e ·-o
Nacionnl , Lend o mal'cad o em cento e vinte con tos de l'éis
o ub~ i d i o el o sup1·cmo i\ln aisll'acl o l a :'-lação, o P l'c::: icl nle
da H. pu blicn, fix ou n' ssa m smn i mpol'tan cin a p n ão
na ci onal ao vell1 0 ex-lmpel'acl ol' ( I ).
Infclizm nle, po1· ' m , D. P ecl i'O de .\ kanlal'a não che-
n·ou a ulilisal·-sc cl'cssc nob!'e aclo el e munifl ·encin bJ·azi-
l eiJ·a , j)Ol' lei' fall ccicl o, na Europa, em 5 de zembt'O,n
pouco ma i-- cl um mcz a pó · n Yotação cln l ei .
'\!
332 :\ O., " A 1'.\THI .\
PETHI OX DE Vn.u n ( 1} .
- A MORTE :-.t
(ll P~cud o nymo do Dr. Eg~" i\luni7. B:~n·c tto de A1·agüo, professor dtt
Cnculdnde de :\lec;l.icina da Bahia.
·,
I c
" l·:u .. . ,;o u a ~l o r·Lo .. . t'' ' l o nd ' tH no. - Agora,
Tt•aze t·-t · v nh o o d e ,-rad ei r-o in.·La n l :"
- " .\lo tTc t· ! ul1, ni'tO; in[;, tii o cedo ! " " Embot•a
'11pp li'l u c ~, lo uco. :se"uit·ei u·iu mpltante. ••
ALEXANDRE FERNANDES.
(1) A nnila foi ca: nd:t com o ,·alente noeneral il~ l ian o .J o~ ·. Gn1·ibaldi,
all ecendo j:l na I Lnl i~ , onde ent i'OU em nova s lu ctn s ao . l :~do de seu
espo o.
A s sen hora s itali anas, pOl' meio de subscripçúo popu la1· , el'igiram-lhc
um mouu mento de mar morc.
(2) fl.oza da Fon. cca foi a mü de ;vr anoel De dor o d:1 Fo n :ec~ , 1-lel'-
"llC ' Em c. to da Fo nsec:1, . eYCI'inno ;\lart ins da Fon ccn, Pedro Paulino
I ! AI ... \ ; C,\1{ ;\ T I-:1\E:-; ~1 01! .\ 1 ·: :-; 1·: 1:\TEL LI·:CTC.\ E:-; ~37
se u poema é o se u nome !
N er·y, qu e mulh er· da hi slol'ia,
H oje te ex ·ecle na ·~lnr·ia,
Que tanto br·illta e seduz'!
Jud i th, no plau · tr·o da fam a
Tra nspõe as ér·a louvada;
:\las Judith Lr'a,·ou ela espa da .. .
Tua al'm a. qual foi ? - A Cl'uz 1
Jlt fÓra CO ilii ;1fi <t C Ü. fr ir;\ -: lj iiC' fiiri ~i <i , ah.r i11do CtS bt·n-
\:0- , n;~ pori a prin ci pal :
- P (II 'Ct t, ·o .~ , úowliclo ·.' t•xcl;UJI<I. Hesj,eitoe a casa
de Deu · .. \ tu dr> <:ou.~~'.'fll;,,fe, cu , sn< in(êune pl'O-
jecto , possa,·ei pur cima de lil('ll c,r/arel' .
E: a lurbn " nnd a nl ic'IHir• . ..
- P ot' Deu i ex ·l;ti iW a ,.,.,,~1" ; 1.
\l aia I \];~1 ;1! I"L' ]'Ci <'lll ti ,; ,.,, i i ii;J,: It··· . . . v 11111fl 0':--]HlUH
p nclrn no co r;r üo d'aqut·IJ:, 11 l11·,• 111<11'1~ r do ti .,·c1·.
j.
' No,.; dn 111i ni o,.; d:1 iJ ii<'i l i~t ·Jic·l:r, 1Jt'<'I1J':'IIH1" Ul11 Jon·al' sn-
lil'llli,..-..iiiHI : c•nl l'l' nulrus j}I'O-
,.;, ... ri;~ ~<'llt'l·; lilcla tlc• "" lnl enlo
l'l ti l'l' IIIIS, tl 1'"'11" jiOC ii CO, j)Ol'
t'Xt' ll ljdo, J':l l"f'C(' f:IZCI' JlUI:le do
or~<lll i" n w elo br:1zi l iro, encon-
11·:u11in-.-..r fi"C'Ijii Ciii C' ll1 CIII C, me-
mo 11m- 111:1 i.-. i 11,·in::; ::::crl õ . , in-
tli,·itlll r,s, 111 1" de apnucncln in -
ll 'llt'<:iln , oulrn,.; cnmpic lnmenle
:1n alpk1heln,.; , ,·erd ndci1·o: poe-
. 1:1. nnluJ·:H'"'• ~· 11j:1,.; prod ucçõc..
l'il (' i<l dr cl o~ ll l"<~ siln, em gct·al,
, .,,,,,~."""cl" s d • del ica do senli-
l ll CIJio, (' 11iu ilas Yt'Zl'S im proYi-
"<ld;~ s 111J. conh ec id o,.: · nclm it·a-
cl r'" rlesojio .
li: n;io é . úm 'lllc' IH >InYel n
~·e n c r ali ];\el e do l;ti 11 ln no Bl'n-
zil ; é 1<~111bc m adm i r;l\· I sua
prec.;ocidacl . \lént r.i ' alg-u ns
cn. o." qu ' jü vos 1 mn UJJJ'e. cn-
la do, d • ou11·o · qu e pocle rin-
mo: cilar, desln c::l r r·mo - um mui-
lo t· cc nlc. - Q.-;,ya Jd o Cn 11li1d10 ci Fnrin, j ow• n brnzi leit·o
J{ A ( .\ : CA HJ\ T EHE. · tvi O HA E!-; E 1:'\TELL ECT L'.\ E=-' 3·11
J:í no dccui·so d' cs lc li\'l'o, "n" ram ili <~I· i asle. com os
n omes cl r muitos c n o l :nc i ~· hr<1%i l i1·o , G propo. it o de di-
YCI' · ~ :1 ssumpLo . De pa ~-ap;t'lll . f:u· •mo:; ainda uma li-
gei ra nomencl alurn, se m o c;w:trlt'I' de e.-:collw , nbsolula-
rn ente, en tre o. m 1·iLos d 11osso ).:T:IIHI<•s hom ns, mas
n simpl c titulo el e C'XC'lllJll ns .
A ~~ im , YO.~ lcml)l';lr<' lnos 11;\ poesi;t : r·,·cg-o r io el e Matlos,
nolavel 1 O I' , ua.- sn i~T<~ s ; 8 :1 si lin ti:\ .;ama, que nos l egou
o poemG UT·uguay ; nnla n il;\ I liil'ÚO, l) l'il lli Ot' de um
l ('~<' l ldario t'pi. ocl io do 'dcsco-
ill·i,ll<'nl o do Brn%i l, em seu
prwn1a Cru•(tlltw· ü, " t'Lido pa-·
,.
l'i\ '' l inf.\·ua l'rall ce za po r Mo'n-
f.\·la w; ( ;on ç-;d "<.:S Dia. c Gon-
(;nh <•..; ~ l af.\·alhúc. (\'isconde
ele , \ rn g-ua~·a), j ó. citado , nm-
IJn · l:lln iJem d rama lu t·go , que
co m .\rauj o P ort o- \J cn·,·e (Ba-
,·ão d :1nl o An g·cl ), lambem
pintor c orador , cx ci·cet·am
!;) o ,,.,·nndc inl'lu cncia na lille-
ralura patri a : cnll·e outras
procln cçõc , l eram-nos , o pri·
(.1) l'urlO·Aic;;rc. mci ro - 1 ,·imeil'o Cantos,
G o n~·a l \' Ui.1.- . - G. ~'l ag-:d h ã ~ .
ULtimas Cantos, Tym.bir·as,
•j
0 ri ' qu' razC III j!<II"I C. d' 11[1" l<-1 11[0." 0 lani OS cJ
JlO [;),; ,
eg-ual m ' r ' ·i rlll ' llln, .\l be r lo de Oli,·,,i 1·n,
Olavo Bil ac. \l ucin T •ixei 1·a , H. ;t~·rnuntl o
Co r rên , L 11iz \l11r:tl , \1 •d i ro:-;e.\ l buq 1 r-
qu , auclor da l!'l l ra do ll ~· mn o dn l t 'pu-
hli cn, ·lc.
S i 11 úo t:olilll'CL:J~, jü n trYi :-;lcs , pel m -
11 0 , J"all ilr llO~ JIOJI UI;\1'1'.-:: I' lll(lll ' .~ el e
J o .~l; de .\ lc ncn r , ao m .-.- L ui~. C.u imnr.:t cs.
11111 ll' rnp o orad or , c la-
d isl:t, dramatu r go ' jorn nli · i a , o u n o " le
J oaquim ,\ In no I de \l ;l ccdo, la mbem .
~eo;..;- r ·aplr o, nu 101' d rama Lico e lri Lorin-
dCir: d c r a 1n -n o :-;,
pnr· excm pl n, o p ri-
111<'iro - G tUU'OIL!J,
q u ' i n:-pi I' O ll n t:nr l o .~
(iom cs a opc r;1 d J
·m c:-;m o 11111nc, .\linns d e P l'{tlrt , .'-)e-
nlwl'a , l ,rl('inla, !t·ct ·er11 a , l ·iuuin/w
·anho d 'oir·o, 1tdcle;
o . cgt1n lo, l1ol'e-
n inh a, lt1or;o L o i-
J'O , V icentina R o-
-~o, F anta ma B l'(tn co, T o1'1'e em. Con-
cl ·
~ I S,
lnmhcm po La plri lo-
, oph o, 1· pulado u m
dos l1 cfcs da lill 1':1-
Coelho :\'cttu.
lura mod t·n a, Prc i-
lcnl cln \ c::1cl mia Br;\z il ira ele I Liras,
( V em ol'ia. 1 o. thwna · ele B1•rr= Cu-
ba . Qainca B ol'bo , te.) ; el e (.ocll1 o
N ell o , o r l' llll dO 1'0111::111 ·isln. c npt· - Visconde de Tnunny.
ACADEMIA BRAZ I LE I RA
(L) Esc1•ip ta em francez e ve1·tida para no a Jing ua pelo iflu s trc escrip-
lot· bmzilciro Ramiz Galviio.
3~ G :\ 0 . ·::;,\ 1' .-\TRI.\
(L) T hcophilo de Andrade - " Le Goull"rc " na " ui - ~ a . He~u m o da. opi-
nião da i mp r~:n sa et:t'opéa sobre o drama " Le Co rL,Oi·e » 1001.
Flo1 'CL Flun?iw' ll ·e, 1:3n i'ÜO I ' Capa neJJHI , LndiE:Ici u i\'ello,
AI'J'uda Calll<IJ';I. D<~ I'IJosa lüHII'ig·ucs, na:-. .T i n ia ' nn lu-
J'ne. ; I ci Lil o l•'l'r•Jl iÍJl c \ m ll'é l'..cbouças .
na m di cinn, l Jon1 ingos P l' ·il' , T ol'-
r e llomcJJt , :'ll t)J JJ'<I l:.: razi l , P l'n nei:co
de Cas l J'O, I;IJniJl'lll li ll cJ'al o, \l an ocl
\i ·lol'i no, <lO llll'~ll1fl IP mpo orndol'
j ol'l1 akla ; . lnJtCt:J'YO, dcscoil r ido l' da
papaina, di' IJIIC jn \'( ·" cl émo:; nol i-
cin; L H'Nda, dn a ppl ica ~· üo elo pcr-
man ::·an;ilo tl1• pol<l'-'sa o n lr;~ o
Yencno d;~-.. !'nlJra"; l•:d ua rei Chapo l
I r ' yo;,;l , nolalJili-;.o.; imn ope rador b1·n-
zi l iro, de nonH..:aua m mn na Euro-
pa , 1 ck !'o i mu i lo ·omJn cnlada , n o~ gTanrles cen lros
ci nlifi ·o~, n nola v I op ração r cnl iznela, no H io el e Jan eiro,
da : · p n ra~;ão , ·o ~11 ucc s , el as .ciplwpaga lm 'IZilei ra .
N a :ci ncia do D i rei lo, a ' alamo o aber cl um Mac elo •
XL' lll JliO, na mai leva la magi::;lrnlu ra judi-
t·iari n JJ acional, co mo i\ I inis11·o d o u-
pr mo Tribunal I• ccl ral , qu - foi ; ela
me mn man ir·n que en lr·e e. ri p lor·es
c jur·i -co n ullos , co nlnm os n p r·o!i-
eie neia cl um Au -
_..;·u ·lo T ixeirn I
Fr·ci las, I e um F c-
li io elo - nnlo ,
el e tt rn Nnbuco lc
ClO\'iS nc,·ilaqna .
\muj o, ele um Co -
lh o H o lri n·u e~, ele um CloY is Bcvila-
qua, lodo au ' lOI'C el e pr·oj elo el e
Cocli g-o Civ il, lend o m . m o o l rn balho
do p r im eiro cn ·ido d ba ao Codi n·o Nal.HICO de Al'auj o.
·-
....
( L) . "ú em Helé m . •Jmk rc~ tdim os , temo as~ i~tido n"c ·tcs do i· ullimos
an n s a d ·zenas de bel los conccl'los c mu ita · cxpos i('ões dc pmtura ,
cn tJ'C :t · qu ac:s :t :s de ;11·1o de A zc,·cdo c Th odo1·o Bra ga. pa1·a cn ·cs,
Au relio d • I'i ;..:t~ ui 1 ·cd o, p::t l'a hybano , n cncdicto ';d ix to c Fo.: r na 1tclcs i\ la-
c ha do , paul i · ta~ . An ton i P a tTCit·as , flu minc n c .
. \ I \ m da a (' qui ~ i (';ío d'cs cs q uadros pel os g overnos , o utros m ui tos
fu ram a dqu ir · id n~ pu1· am;1d rc · de nota, o D' Ferna ndo de Ca s tJ·o
Pa c,; 13arTc llO, p r· e x m plo. e m 13c lém, q ue possu u rna g;1'a nd c va -
li Ó. a "ai •r ia , o nde fi ;..:ura mesm o o cele bre q uadt'O Leclcr , ~do T i ian o,
o notavc l pi ntor qu ,; fl orc:;ccu n:\ lla lia em 1500, e c uja authen tic idade
.foi obj ·elO d u pr ·o fundos cs'l udos na Eur·o pa , pa r·a o nde o 1rnu 1 o r·1ou o
D' Fe r·nando de astr·o, par:.t o s ubmc llcr a irt vcsl i" ::tções; pos. uindo
g ra nde nu mero de documen tos va li o os, f'irmad o · po r· afamado · per·itos
c ut·o pcu , n trc os q uacs 1\ic ·iolo Can udo, :\•l;w c L g1·a.nd , \ "i ·to r ' a.·
!a c ha , C uil ia Pr 1 t, l) icl icJ· .. . nada me nos ele tr inta .:: cinco, cm lim . Ha
a t'C pc it dos notavcis c fo r·<:o~ do D' Ca:stro u m bt•ilha nti:> ·imo artigo
bi o<>raphi fir macl po r J o~ê Bal'l)OS:.t R odrig ues Jun io r·, na U CJlf<SCCII \ 'a,
Ma r<:o de 1\107, c do qual tran cre ,·c o seguint.:: ' xprc~s i vo trecho sobre
a au thc n tic idadc d;t téla ma ra v i l ho~a:
" Um a ve ~. d •c lal':.tda a.u then tica de Ti c iano . na sc ido em l li7 , é
clesap pa rccid em l~>i6 , q ua ndo se sa bc: que ellc se c;Lsou em I;) l:J, c
pi ntou s ua l.cda em 15 ll , e ati t·ada a "Ta ndc nov:.t :'t I oza el o.· \'cnto:s,
le va nt am a I''im:r ia dl! s ua pu blicacão a s Ill'inc ipn e: t'C,: i~ w~ do m )lndo
a r·ti ti co : Lc '/u·on iqHccu· de Pa r is, L'.\rt et l es A l'liste . La Rcrnc
il!t /Jicn, Ricista di l?oma, La ta mpa , de Turim , Occiden /e . .l!alct do
Rw·opa, eculo, 8 /'(t Ji l- PorlHfiCLl, Correio da En,·opa. 11/wstt•açú.o P ot··
t ng u c~a. c dezena s de r ev is ta d e lodo o mundo, u quan ta · o utra s que
nCio co nhel'o.
N:.t Euro.pa n;io ,:c uida ma i · de verifiuar ~c ·, de Tic ia no.' O que c
l1' a la. a got·a. é du divu lg ai-o pelo rbc inte iro como ua obra prima. »
Ja a im prcn a no ti cio u c a ffirmam-nos que o . ·r. D' Fernando de
· :~ Iro tem recebido, de i\ Iuscu da Euro pa , oll'ci'Ia;; dl! milhõ ~ de fr ·an·
·o · por esse qua dro .. . O a.m or da At·tc,' e ntrC!<ln to, prufcrc \el- o clcantc
dos o lhos ...
20 .
3!1 I i\"(1~:-'A P .\Till.\
Au" us lo. ·e ,·c t'O IOt tlOU lo·•a t· 11 :1 pat ·t o• d •antc ira' da b:u·q uin l1a,
o nd e ::;c :w ha,·a co llocado o mo to t' de lf j c av:dlo:-: ; S ac l1 é, na
pa1·t 'Ot lll':lt'ia . .\ h·nru tin ha ,.,ido ni>1·i;.:;tdo n dc· ~i:- t ir da ,·iagc m
;( u lti ma l1 o ra . C · I"C<l · da~ :) l1o1 "" l! :21.1 !ll in ulu..;, o~ lllOlo t·es
puzc ram- sc e m ma 1· ·lta: .\ u;.:u"l\l St'' <' t'ú pt·o iiUti Ciou o " lal·-
o-uc m tud o ! "· c lc nt:llll 11tu, 11111ito 1.. nta111 11 tC , ac 1ona'll l:t
e le Yo u- ·e . A qua 1·c nta melro: olo· aillll"a, app1'ox itnnd1nnc nte , o
a e 1·o nauta fe z ci nco ou st·i~ e' oln•;Üt'' c111 fu l"!ll a d , co m o dia·
m Lr·o carl a ,·cz 111 ais l'l'<lttzldu, ali111 rlc t''\I'CI'i m n ta r be m a
es ta bilidad c doci lidad e dt• "L'll ''i'l':tt·dlio.
- Ago 1'a - g 1·ito u l' lic, la tlu :dl11 - """ ~ lo u li n ea ux !
Ante:· de. e nt1·a t' pa t'<t a b;tt quinlt:t, .\ 11gustn . ·c vCI'O tin l·ta -nos
dado u m bi llt c te d e ,·i..;ita <·nnl l':<ta-; linl1a::; esct·ipta..; e a ·ig nadas
n o ve t' ·o: . ·
Enl!·acla n o c:amfJO d mrrnof,ra. p(lt a /r s <'.t'fH! r ien cia ·elo cli ri-
[J i cel " J>a x " · - A UGt;.-; ro ' E \ E R O .
Ob d ·ce nd u <L <ll' <;iio d ;- un IH•il,·t• propu! o1·:1, o P a.J' d iri ~iu
:e itnm cdi ata lll tllC pn ra a cg r<·ja. de S. P ed ro de i\l on tt·ouge
clit•e ito , faz e nd o lln Luat· na púpa n. b:tlid c irn h1·azil ·ira. Nós
e"itim ol-o 0 111 a ,.;st:l, ali m de r·onlt ·e t· be m a d i rc cç iio qu e
c llc to ma,·a, c c u .i<'L me pt·e pa!' a ,·a pat·a pü t• em tna n ·lta ·meu
automov I, quand o, de rc pc, n te, u1 n cla1·áo m ui to vi,·o, uma labat·e-
da Cll OI'll lC, I'OIIlpeu
dn p:ll'l posle l'iOI' do
l,;t!Cl o! De po is, um
rumo c ·pesso s ubsti-
tu iu o nl· t·os lato; de-
pois a inda, uma de-
t na ·üo l'ot•mida,·el,
q ue c hego u a nos::;os
ou,·iclo..; .. . Todos nós
nos filümo ·, se m ou-
s at' ·om p1'c i1 c nde l' ...
E ·tanl tn os estupi-
do ·, pal'a lys <td os,
quand o um g rilo, um
g l'ilo lCt'I'I\'CI, nos
a l' t·a n co u cl'l'sse toi'-
Jlúl' ... Et'il a esposa
l'"'· do ne t·onaula que
acab;wa de o Jançat',
ca ltindo s e 11l :; ·n tido · no ·l~:i o . .Nii o g a · t~Ltno c iw·o minutos e m
c ltegal' ao logat' da catu:ll'o plt e ; mas ali i, ai de tt ó · ! a la t·t·ivel
lU (.\ : C.\ HMTEI F · :\I O nA E.· E li\TJ-:LLE 'T U AE:'' 357
Capihdo XVHI
.·\t' t. 87. - O Exc t' i to F ed c t·::tl co tn pú t'- ~ -:i de comin " entes que
o Estados e o Di ·tt•i cto F c det'<ll !'iiO o bt·ig ados a fot·n ecet·, con s-
tituídos de con fot·mi Iael om a lei an nu al d lix::tÇ'ÜO de fot·ças.
§ 1 . - Unia l ei f d et·al ti Le t· minat'<'t a Ot'"::tnizaçüo ge t·al do
0
Exercito .
§ 2.• - A Uniã o :>e en cat'l'egara da in · u·uc«:<i o m i l i tat• supe-
t•iot' .
s 3.• - Fi ca abol ido o t'üt:t't iUUllC II IO mi lit::t l' fo i'Ç'::tdo.
§ 4.• - O Jo:x I'Ci to c a ".\ r 1n<Jda compc)r-~c-à o pelo volunta-
t'i::tdo, sem premio , c 111 !'a l ta d' ·sLc pelo ::<O I'l io , pl'éviamen te
organ izado. onCOI'I' 111 pa t'a o pc~::;oal da .\l'll1<1 tla a E có l a Na-
val, a de A prendit. :\i a1·i n ltei1'tr e a marinha mei'Ca n.te, me-
d iante so t'l c io.
l ~x t-:1\ C: ITo .
_\ IUIADA ACIO:"'AI ..
(I) f·: a s~ i m que um a ::w ~ori dn dc in,;lcza e m tacs ~ ssun.lpt os, \\". H .
\\'h ite, cscrc l'ia. ainda r"cet <es o ccho da l>a'alha n~ v:1 l de T uc bi ma.
cntt' o Jap;'to c a ll u ··ia , a pt·o po ito do no'I' O Ol'r;am cn to na vn l da lng la-
tcn ·a : " i\ ~ c irc um s tan c ias do mo me nto siLO ex cc pciona c . . Na Franr;n.,
na i\llcm nn ha , na Ru ·~ i.a, no E · tado · - nidos . a d i cu ·.·õe pu llul:lm
pat·a o inic io de novos p t'O"Tamm as. É .d e s uprem a impor ta nc ia q ue a
acc:[•o tln Almi t·antado · ba seie s o bre comp letas in forma ções a rc.-
peito do nu met·o c d o ' poder de navi o ac wa lmcntc la nr;ad s a o mar no ,
cxtrangci ro. »
_DEF I·:;-; .\ :\ .\ CI( I:'\t\1. : 1-:XER lT O E AIUIADA 3G9
i\ ma 1·i nl,n d ' ~·u c iTa brnzil ei1·a na ·. ·cu ao prim eiro
"a '··ido cl r no.· a In lep n I ncia, au1· ol acla de ro·Joria clcsdq
o berço nns lu cla el e I ' 22 I n28 (2). ' i possuíamo j tí,
~W
I lQIIJ-r-:~
.........
:;..:
c
lj)
U!
>
v
>
~
>
~ .J~-- . ~ .. . . . ,,
{ :l:l'Z.\D.) J:t,;; , -
l'rlill(ll! fitll 'i;
.?r'f'u/;/ir·rt (:n il
(Ir
BOI ' /'0
cimenta ),
mil);
o
I
·I Ti1 11rlent1'S (oiloccn la ·);
\J o. ITOI:Es FL U\'1.\ E • . -
f JI' I ' II (fllliJW.;O C \IÜII'allhào ,'
Gncz.AD O II E~ TOnl EDE I Ro.· . - Tamoyo . ]únbyl 'a, Tupy,-
ScouT~ (Yapo rc. de XJ JIOI':lÇ;io , _ lllii i'Ch a mui Lo rnpida) . •
- Rio GNtnde do Sul , B olu'o , Ceol'ú ,·
T o RPED E inos . - Goya::;, J'r>rli'O -~VTo11so, P Niro Ivo,
B ento Gon r;al ue., s·ilcodo,
Sabino 1'iei 1· a , C l6SLauo
Sam.po io ,-
\ YI SOs . - F a nanrlc. l 'ici-
l 'a , Vido / de 'l e[J''eil·o ,
Tejje, T ocrmtill , Ju tohy, -::-·.
Cano néa, Co 1'ioca, C'amoc int, . ·... ._.....
i n iciodoro ; C1Ç3-torpcdciro • T íalllO)'O n.
• I
378 NO "A P .\THI.\
m ente, el e ignarlo - jlOI" 11 0lll C' dr C< llljl:i tt·iol tl illu tr·es, OU
po1· d enom inn ç:õe qu rcl\'m lmtn t g l"an I s ncontccimentos
de no. a hi storitl . .\! ;.;·un s ~·-w, 111 sm o, d e t;t! si::;·nificação
e import ancin parn t1 .\ t·tn<lfl;\, qtte fi cnra rn g-t·a Yndos em
mai de Um nUYÍO d e g"\I C'J':·n l' p;t,;S;llll <I OUII"O nOYOS,
quand o, por qunlqn r tt to!ÍY< •, us nntig-os e inutilisnm .
E' a ·sim que, po t· c• xrmi'l <, , lcllln" uttt enco u raçado Ria-
ch uelo; e Lend o nau l'l"a1;·a d o, enttll' Yo .~ d i s s '•m o~ , o cru-
zaclot· Almirante Ho t·t·oso, 11111 nr•Yo cruza lo t· r cebeu a
me ma clen o mina ~ J o . .\ t·az:-tu L' que H.irt dw elo B ar1'oso
rcl cmbram in esqu e ·i y •is t'l•iln.;; t•tn llll'-"'' :11"ll1:1cl n : aba-
taLha de R iaC/wr>lo, :10 lt' lltpll da f.!.tll' tTa do P ara guny
em H de Ju n ho d I ~GG , a tll;tio r hn tal ltn n;wal travada
em agua · da .\ mc ri ca do ~ ui r o nd e ~t·i n lotnn ram pal'le
encourn ç::tdo: , mns. tlJ• tta s. ttn Yios de mncl irn c a bt·:-t -
vura das guarni ·ô s dos cn mtll<lt tdnnlcs qu e ,·ed es na
,_,.,·n.vut·n , gu ind o · pelo cltdr d • diYisiio h ·an ·i sco Mnnoel
Barro o ( 1).
N oti ciando o lt·ilh anle fcil o no \"i cc - .\ l mirante ·\"i sconde
d e Tnmnnclar · , d izia BntTO. o : « N aoji:.emo tu lo quanto
desejaoamos, n 1((S JL~r>mo tudo qua11to podiamo . >>
E, descr evend o n· acçüo, a:sim e r el"er c ti cl -ci: iYa e
n uclnciosa i lltet·Y ençüo cln t'rn ~··n La A ma~~ona :
" ... N'esta desci da con LI'a o inimigo e n call. ou, infe li1.m e nte, o
Jequitinhonha , ond e o Ch e fe S c un d in o Go men so r o tinha sua
insig nia. .
A pouca la,·g ut'a do c a n al 11'aqu c ll e ponto nií o me pet·.mitLia
" A a b01' d age m da J>a,.nah!Júa po 1' t1·es 1·a po ,·cs pa rag uayos , a
I'Cs i ten t:iá intre pida el o J equitinh o nhn , encall ,aclo d e baixo da
b ate r ia in imiga I'cpe ll indo I'Ú J' i ;~ .· a bo1·dagcn ·, a impass ibilidade
h ,.·o ic:l d o o m mandant e A hl't•n , ah·anclo a JJelmonle de fogo
n a cobe rta c d e i 1· a fu n d o p01' cau~a d o: l'o mbos na linha de
flu c tu ac;i:io, o d e nodo co m q u • lodo s os 1W1·io, c suas g ua l'lli ções
·o m bate m n· se m moJ'a l· •I di a , >'ÜO outros ta n tos (,it ulos de
gloria i11JI11 0I' I'ed o u1'a pa1'a o" .\ n:w ·~ J c n os:;a :\[a r inha ."
F:1ll cmos dn l )ar nrtf,y/;(1, cujo lom bnrli lll o foi sce nn1·io
d e vci·dncl ei rn rn sg·os d ltcrnismn .
En ~alh:1n cl o, depois d e l·1· lu clnrlo Glta1wira , é nbordadn
pel oi': va por s pn1·aguayos Trrquw'!I P ru ·arpwy e alto.
T1·n Y:l -~ c en l<'i o u1 nn I u cl:l ri c gi ga n Lc: ·o ,n a forças
inimi g-:1!', qu e a i nY::ld cm JH'ln p!·,pa .
M OI'J' Jm , .enlr oulrns , g·lori n:n mcnle, d efend end o a
bRn clcirn nn ·ion:<l que os pa r;1 gu:1yos in lcnlavam fnze1·
cl c ·c r d o re i'CC'-
Ii,·o mn ·L,·o, os
brn ,·o. ( :apil <'i o el e
i n fa n I a r i a L edro
:\ ff'on. o Gua ,·cl'l.-
~ l ::lrin kl. 1J·ee n-
h;d g·lt , qu · u ~.;-
cumbc a LeJTivci.·
culil ndn · .em a-
r.,., .,·u h:d;..-11 band onar a ad ri- .\1 ~~ rci li o Dias.
çn .
\l:tJ· ·i lio Vin s, o lrioso mari nh eiro qu e lin ha ob sua
;:)Ut11'cln 11m el o. canhõe · do nav io, co mbaLe he1·oi ca mente
CO JJlrn qua11·o inimigo , ·on · ;:;·uind embo1·a d e fazei·-
se d doi s, cóe mod o, lin almenle, crivado el e feJ·i clas, no
po lo el e honra junLo :i peça qu e_gunr laYa!
\ n·uarni ção da PW'!Whyba , a de I cilo de Lanta' bl·a-
\'Ui'U , nü o podci·ia ccrlam enle, exlenuada , I' sisLi1· n onda
inimi g-n , que se avol um;nn .
0
1·oj eda en lão o vnle11Le Co mmandnnle \Í.tl'elio Ga l'-
DE I'E. A !'\A l UN Ar~ : EXER CITO E ARMAD A 3$ [
•. (I) Coronel J osé Bet·n:.rd ino Rorm:1nn- I-listo ,•ict da g ttel'l'(t-do Pw·a-
quay.
3 2 NOS. "A PATI'l.IA
' .
(1) As for<;::t 1 ara .,.ua,, ·a · con tav:un de \l \'a pores , 7 batcr ~as fluctuan-
tcs, um a, ba teria de torra, corpo de fusil cit'O do oroncl Brug ucz c dua
eslati\'a de foguetes a cong ré,·c, com pt·chclidendo tudo 67 boccas de fogo
e 5.000 homcn ; ao pa so que o B1·azil di~ punha du 9 yaporcs c0m
59 bocca de fogo c 2.287 homen
3'I NOS::;A P .\TI {I.\
Le111 e, ;Hptt'i la tll l',., llla qu e t'oi tnrtn cj ada no. ttlú tn ctllo,
Erycourat.'illl•t rru:mdn ai nda (•J\1 ('!JI IS tl'll f'l;ft . faz ndo c x pcl'it~IICia .
ll tllfl" ( ; t'l'nt'S,
na l nr;l.at t•lrtt. d· · -..ua p ü d t•ro~ a artllll.H'I.L
(1) Até Hl07 o maiot· e mais poderoso na vio de guerra que exis tia e m o
IJEFE ~. \ ~A IO~AI. : EXEH !TO E ARMADA. 3 7
I, Cont•·'.ll mi •·r•nlc llucl n arcll a~·. - '2. ca 1)i l<io de .\l ar c Guc n·a Cn,·alcan ti de
OliYcil·a. - a, CapilÜfJ cl' )l ar c Gu 1'1'3 PCI' ·ira Lei te. - .~ , Capi t;_\ de
fragata Alt ino Co nCa.
J)' cnlt·c a mais l o n ~·a .~, rxiC'n clrncl o-s ao c:dra ngeiro,
<1 de ·1886, por exempl o, o l'oi ai11cla no a ntigo TuzadOJ'
llnÚJ'ante }3( 11' 1' 0 o. CommnndaYa -o, então,
o Capitão cl Frag·a ta Luiz Fil ippe ~lda~1hn
da Ga ma, 11m do. ma is notaYCJ, ma rmhe11·os
f brrtziJciro.·, I'CUI1 indO ao ~ LI jJI' ç;[i gio lech-
~- ni co, ]LW lidacles ele brilhante La lenlo c es-
~·~ meracla ecl ucn0üo inl lleclual c · ocial , fallan-
~atdanhadaGama . el o cliff J'Cnlcs lin o·ua s européa , grangeando
no extt·a ng iro leYado de Laqu c impondo-
se no . cio de nossa marinha de guerra a unw· justifica-
da Ycneração, principalmente no ·eio da mocidade naYal
brnzil cira, de quem era mestre ('1).
*
* *
T end o cl cscri plo n ot·gnn izn ção d · no :o Exerci to e de
nossa \rmacl;t , clcvemo, np;ora , clizcr- vo: qu c nprc lo bel-
li co · el o Benzi! ni'í o vi sa m , ai :olul amcnl c, expanuii' seu
pod er·i o pela l'ot·ç[! , co1no nin la h oj e prnlici:l m m11ilas na-
ções ela culta E11t:opn , ·ubju g·nnd o o. l'rncos c . upprimindo
alé naci onalielnel s mono · el csc nYoh·ida ·.
No ·a e ·LI·emecidn Pnt.rin nüo p1· ci ·a el e uLili .. ar- ·e
d'c se: I'eCUI':o · J'epi'OYaYci ·, cl'c. c meios m enos di -no :
não lhe l'alla LCITilori o, cultiva co m n1·dor o enl.im enlo da
Ju tiçn c do Direilo, e so bejam-lh e riqueza para ·cr cm
' e.'ITID j)OI' OUII'O.' cob i ~ndas .
UEFE .. ,\ :'\ A 10:'\AL : EXEH ITO E AH:\IAOA 30i
I
Vêde mai uma l) razilt' ira, mii pa lriola, envolvendo
e se dois s nlimcnlo ~ u b l im cs n' urnn o cpopéa .
Era ao lempo d'aqu clla cruel li s. ima pagina de nossa
hisloi·ia --a reli1·acla el a f J'fJUIIC' , ti ttu c vo démos noti-
cia no cap. \I.
Quasi famintos, h m >ns, Jnu lhc rcs, <.: rcanças, aquelles
nwrlyt·e brazi leiro. qu e bu sca ,·am um ponlo de apoio e
de seO'ur·an ça fiz J'::lm uJnn p<Hadn. para a ma tan ça ele um
boi, que lhes a lim nla .. r 11m po11co ...
App!'O xi ma- c um troço de ca v::llla ri n pa rao·uaya, que
os su rpr·ehend , r tnr'rlac.J o,;, travando- c uma lucla dese-
gual, áfaca, apáo , r' p r'dras c l dPntc . >>
\.p1·eciae, por·ém. o lnncc inau di to :
- Viva ...
Ell e ap l'(ou-J J, c tnai . a gn r·o-a nt<l.
- .. . o l:l l'azil, concluiu n ,.;p um :ll'.
U m tombo fe l-a cal1 ir.
- P o i ,·a c,.; lll OI't'C: I' ! T eu fil lt l am be m.
E a panh ou a Cl'l~a n ~ a no lr ~LO c d e~e rnl JainJ , o u a es pada.
A d e ~ g r·a~ada at·t ·c n tc~~o u- · -JJ, e ao p eito.
- La 1·r.ra , p e~tc, l:ll'ga!
E os ·t·u · ollto::, fu;.iJa ,·a ,n , f'ot ·midavc lm ' tll e.
O pa ra guayo $ll " l' o nd c u o p qu c ni to pel<t. pema s e, de e. pada
•m punh o, a t ,·oça t·, fe z :
-Um, d oi , c ...
A m u lh .,. "ibl'ou n'u ma d e c a r·ga. :\rt'c bato u-lh c furiosamen te
' das mãos a e,.;pad a, c d u m go lpe ra ·hou-l he a c abeça ao m e io .
Apanh o u a C t'can~· a na r•c lvn , c , c om n c pada c n sa n g u e ntnda,
sa h iu p e lo Ca ll l JlO a --ri tn r , n ' um a ,· ic t o t·ia :
- Viva o Dt·azil! Viva o Braz i l! ( I) . "
(I) T recho final de um emocio nante co nto hi ·tõnco e p:t tl'i,>tico publi-
cndo pelo nosso litlet·nto \'iri:tto Cot't'éa .
:'\ OSS .-\ P.-\Til!A
at•nczef' •J ua •::;q li CI' 011 (1'0-< :il) t'igo C o n Ll'U-a I vos ITI OYei e\·0-
Juçõ e · m i l i unes, i n. tt· uc<;i"i o tnd i vid tl al sem a1·ma: c co m at·ma,
da c •JII <Hi ra Ctll 01·d c 111 unid a e cxt nsa, i n tru cc;iio d co mbate
da csquad 1'a, div i<w <' :ub di ,·is~to da om pan lt ia c Jog ares do
g t·aduad o · na" di n~ r :<a.~ r 1·maç<i e. c d e pel otüo em ord em unida
e di~pet ·~n L' e:~;,.:tl llla do ha _YOIICta .
i\rL. 3. 0 O d i 1'ectut' de cada in~ t ituto ond e fúr obri<>atoria a in::;-
l t' u ·çt1 o m ilit ai'. l'f'<JI Ii~ita l';i do in ,.: pcctor pet·m an c n te da rec. i ~-to
.\l umnn~ du ll l "' l ! ltlt•J Gymna ... i:-t l 1\ •rnam hu c:ln O ('lll r~\l'lll :l llll':t pat':l. ' XCI'd t'IUS.
cor' r·en c ia s e o:; 110111(':; dG :rlu m rlo' 'ir ' '' faltai'é lll : I'C<jUi ' itar do
c:om m a nd a n t • da l'o rt; a do l ~"''r·,·ito a!'\ i1·o 11:1 lo~.: ali d ad e ou na
1nai.- pr·oxima o ar' m am!'lllo e :t tnulli<Jto rl<'t'<'SS<ti'IOs • as cadCI'-
netas a qu e se 1'el'e1'e o ai 'L. li.": l't'•iui,,t.,l'dtJ IIIC-mo co n1mandan te
um a Jl''aça par<~. c uidar' do a1·mallll'lllú ,. li" a1'l1go- 1•ar a l impeza
c co nse rvação; req ui sitar· du i""J"'L'tor· i"'l'llla ll t' lll!' um aspirante
a o f flclal par'a au, i lial -o, qu"u"l" "lltllli<'I'O ti,• alu 1n nos fór supe-
I' ÍOI' a 30.
A ct. i) o O arm aiiH'II IO ll <'C<'""'ll'iu ;, lll'li'llt'•··-," rnilita t· ser ú fo i'-
n ecido JlOI' empi' es timo , 11 ~1 0 sen do, pol'é m, o num ero d e fuzis
!:i Upei'ÍOI ' ao suffl ci n le para al'm al' um pel olüo.
A I' t . 6. 0 O alumn o qu e ti ver 1·ecebido a i nst,·ucr; ::io militar e
f1·eq uentado co m ap ,·o veita m e 11 Lo pelo m enos GU ex er cí cios d e
ev olu çõe.· mili tai·es c 24 de tiro ao alvo co m ca r tu cho de g u ei' J'a,
J'ecebeJ'á q uando co n ·lu i r· o ur: o do e:label ecim en LO uma cader-
n eta COJ'I' es pondenle á sua el a ·se.
A in sti·ucção 111ili ta l' tei·minni·:·I por dous exercícios, um de tÍI'O.
d • guerra e outr de evol n çõe ·.
AI' t . 7. 0 O al umn o de e: có la ·npcrioi' qu e antes tiv e1· cursado
es tal? el ecimento onde a in :;tl 'ucçiio Inili ta i' sejn obrig al oi'Ía e pos-
Df.I'I'>;.\ .\' i\("J0:-1 ,\L EXEH CITO E ARM .·\DA 40.)
Tiro Urazil c iro L'lll Hcl ' m do Parft fnr m:u lo c u1 \in ha 1 em co ntin r nf•ia :i. bandei ra que
lhe otTcrccia uma ,·o mmi s-,~io ele m ça da m el hor ~oc i ('dacl ' do Bc \(;m 0 l he fazia
a cntrrgrt urficia l o Ex mo. d1'. :\ ugusto .\lonl negro , gon .: ruadvr ri Est;t<lo.
23.
406 l\ O ~ SA P .\T HI.\
;::,,a 2 cader·n eta co r re~po ~JCi ent(' ;, r la--;:;oa que pe r·te nce r· o u deva
perten ce r· ficar•;i obri.-.ado ;;úme rr le a faze r· m e n ·a lm e nte um
exe r·cic io d e ti r·o ao ail•o. qu r . r:·, at tr.- t:ldo na r es pectiva cade i'·
ne ta pe lo inslructo r·.
Ar·t. 8. 0 A in s trucc:~ o rnili ta r· ,,.,.,., rnini - t r a d a se rn pr eju izo dos
tr·abalh os esco lares.
A r·t. 9 . 0 Ao - alurn n os q u' ,; r'l'it'<'lll •·orliO 1•olu nt:u·io · de mano-
bras o u r e se t·vista s m1 s man o br·as annuaes , :-<e r·i:io abonados nas
au las e m cada ann o lectivo, ta n tas fJUOnlo o. d i::t . e m que ~e
t'ealize m a s a llud ida :; man o l)ra" . ..
O despertar do Brazil.
If a ord e111 inlc l'lln ·ionnl , por ' n, s ua f'un c~ ão er·a tão
circum ~c ripla , qu e n:1o é oxn ggerado oiTirnH\1' Ler· o Br·a-
zil vi\'ido, por mu ito· an nos, telaliYamenle, ignorad o. Mui-
Los vozo<;, nos. ns ene1·gins, blenl os, clespcrl n\'nm, oltes-
lnndo-n o · a l'apacidn !c nn cionnl clen nle do exlrnn gei1·o.
Adom1ecinmos, 1n n·uicln , pcrcl cnclo pouco G pouco o Ler-
reno con q1 1Ísiado . Qu !e \'Ozes nomes e facto l.wazilei-
ros, i o l nclrJ~, t·irL"uln ram nos grand e centros cln civili a -
ção mu nd ial. ·
N ão pa :,sa r;~m, nlr tanto, el e " rdnd eiro J'eLam.paguea-
menlo ele nnlMiednde ...
Fallovn-no.s uma e nergia ci\'ica PEIHIANENTE, qu e, com-
binando locln. a f'o r(;a nncionnc , ph~r icos e morues,
con Liluiss , de uma l'eila , qu e r nu ord em in terna, quer na
extern a, um co njunclo hnr·mon ico elo foclo , CI'Oando uma
almosph e ra propi ·in ao definitivo nppo l·ecimenlo do Bra-
zil em f'n ·c do m11nd o, tomando, iiTevo;:;·a velmenle, o posto
de hon1·n que n nnlureza lh e de. tin ou. ·
Um di a .. . ora jü em "H395, co nfiada Ln lvez em nos~ a
som noLell<:ia, n ln gla Ler ra npocl OI'O u-.se, dosas ombrada-
mente, da ilha da 1'1·inclade, inhabilada ; fa cto de que só
Li vemo· ·onh cimento um mez depoi ·...
Como !e costume, o palrioli ' 1110 , re,·ido prol'undamenle,
vil)l'ou . A · enern·ias de: pel'larnm n'um ifnpul o vigoroso,
e a ln glalcrra , . onlind o- o em m<i po içfto, recuou deanle
de no :a b1·illwnti ima cliscus. üo cl iplomalica ('1).
(D• Bruno Gonçalvc lw.ves); nissa (0 ' Olyntho de i\'I agalháe ·); J apão
(D•. Manoel Carlos Gonçalve Pereira ).
Como auxiliares do Chefes da Legações Brazileiras sen·em Conse-
lheiros de Legação e ecrctari os.
Como ;...ncudi la pol' uma l'o t·ça ~ up J'tO I', a cnct·..·ia na-
cional de. p l'l a.
I a fóz cl o A 111a .~o11a , a na ka nd o-se p lo eio do
Occnn o, alú :i hoc~,;a do Clwy; ela f'l'onl il'a occiclenlal alé
á co ·la , pCI'COI'I'e um i'l'cmi lo ele deci ão espel'anço n!
n ·d o mnYio ·o ca nl cln · aYe , nn palmei1·a , nlé no
manlll wl' el as yno·ns clo Oceano, beija nd o as pl'aias, per·cc-
b -.· algum n coi a novn: l'ep I'C ulinclo nos valle · e na·
e n ~,;o ·lns clns monl nnh as os cchos d uma exlea nha voz :
O fl t•o.:;it e :paa que cada wn cwnp1'a seu dever.
;:...
.. '
r?-? •
r('Ó~llh,
r)
,..,..,
<P
Inda po t· Juxu o-a.; ; c c xl c n ~a " :\Yen itLis, rcp lc: la · de: pa lacios,
t·ad ica lme nt s:111 •ada os l ·nlantl o lllllLl Yitla ab olulamenle
noYa, um moYim enLo asso1nl>1'0sll dv cnt lllll Crcio e de vida
social, pr pamda pura ~T:tllfi c.•.-; ck,.; tillu · na ciYi lisução
mundia l.
Niío ha aqui, n· ' la p:ila\1':1-:, t•x-:1g-ii·ero d e , cnlimenlo
pnlri olico. Lócl c:, pnrém, l' lll absoluta in ·us pci çào alguns
.i uizos de cxtran gc iro.· ill u.-.: t1 ·e::- que' nos têm vi ilado : « O
Braz i! e m Lu do (; gra11d c . " - ,, ( :tlll hcc r n Hi o el e J a neiro
fni . c111prc um do- mvus JIJ :Iifll't•sdcst'j<lS; :lg·o t·n leria von-
tade de viYCt' mp 1·(• aqu i. ,> - " E-: tou •ncan lado com
e:le grand c pa iz, lt nllJ'<I d:t .\ mcric:1, · adtttiro acncq;iade
se u filh os . " - " O. rc ·ur, o., n gTand zn e bcll cza do
l.:lt·nzi l fazem 00 111 qu r te pniz . cjn a . rcle dc uma civilisa-
ç·üo ct·esccntc. O Hio d • Jan eiro, pOI" , Lw Ycz, possue um
sce nari o de que nunL:a m t•:qu • · ' rei. » - « . in eramenle
a !miro c te paiz qu e ' o mais heli o do mund o. » - cc O
Hi o el e J an eiro(; ·cmo um gigan te qu e nc01·da d um longo
somn o. >> - " f:on ·o rl o ·nm qu em j :í e -c,·cycu que o Hio
el e J aneit·o (; a cidad e qn reYcln mn i. progt·c o do que
qu alquer oulm no mun do. >> - cc A· A venida B eil'a-Maré
o mais bello pnssc io que xi. te no mund o. >>
Lcel c, em rim, talvez o ma i cloqu cnt.e j uizo, lançado pelo
illu Lrc jot·nalisln nt·gcnlino, B emarde:, que Yeiu ao Rio
el e Jnneit·o especia lm ente com mi sionaclo pelo j ot·n al Et
Diw·io, el e Bueno - .\~' t·es e que alli escreveu, de . volla,
brilhnnlissimo ai'Lin·o ·obre tud o que ob ervát-a - cc r\.
Avenida CentJ•al e seus palacios , a A venida Be if'(t-~t/aJ',
seus j a1'dins e estatua , de.:eseis nutl'as avenida , oitenta
J'uas modificadas, ele. " :
r:1
>
;:;;;
o
o
;:;:;
;:;:;
>
:-..;
:-
C:qJi ta l f cdf'r;tl . - .l ri'nirln t:~·n l rfll (~ . 000 rn c tro.s de cxtcnsrw por· 3:{ d t~ 1:\rgur.'l), comuwniclr,do-s e ,·nu1 a .'\ n,·nitln /l l'irfl·
q rrc mede: ~ .~00 mdr,,s ch: exl cn:-.;i'' c :~~ cl•: l argll r3.
.11ar
-·
\.Ões s ubstantiYa s be m e ffi ca zc:; pa 1·a pô t· em r e a lce a magnitude
d'es ta. galha rda m c tamo 1' ph o~c - e 11i'to o q uize 1·a por mim , que
jú enti, ;\ ua vista, a ·in ce ra a rlmi t·a ·~LO d o que n üo s e c. pera :
- quiz e :·a·o pa1':1 vó , le ito t• s do Pt·a ta: q u izc 1'a-o pam enviar-
vos o mais effic ie nte t es te m u n lt o do a lt ap t'CÇ'O m que deve ser
tido o povo qu e d e tanto e capa z. - porq ue, -e be m que este.>
m yste t•iosos ímp e to co ll cct i1·o pal 'CÇ'am ob r·a exclu s iva de um
o u de poucos tempe r am e ntos des wrad o. c ·u pCl' ÍOI'C , a coope-
l'a çüo ambi e nte é -d ada pelo povo q ue, po1· out r·a pa1·te , tambem
leva da s ua s e nt1·anh a . o t c mpet•a m ento, o ca r·acte1; construc-
tor, e n ce 1' J'~ nd o-o n' um o u m a. i · ltotn e n!;, co m o e xpt·essões e
ynthes es da r aç a - po i- • " J'ato aj un la. t• qu todos o facto 1'es
em in e nte· e sec und a r ias d' c. la ;tlcn t.a cl a. em pre za de at·te, de
saúde, d e vida e c ivil i a ção , for am os b ra ~. i lci t·o s , el e mod o que
o B1·azil , se lh e pe rgu ntasse m qua l fo i a par te q ue te ve n'esta
o bra, pode 1'Ía I'Cspo nd ci' com o Al exnnd t•e Dum a~, n a noite da.
es tre ia da Dama tia Cameliá. , a u m r u t·io. o ~ce p t i c o que lhe
di .·e : - Vamos, m e:; tre ! Con fe c qu e l'ez alguma co isa para
este triumpho!- Ac r·ed i to. t'e pond e u o ,·o lho lei"t o, co m OJ'g u-
iho : eu fi z o au c tor! ••
Não foi , pot·ém, ómenle :1 lrnn.· fut·mG ção elo l.io de Ja-
neiro a grand e obrn dn J re. id encin Rod ri gues .\h·e , nn
Ol'd em inle1'11n : todn s ns . ecçõe dn v idn nncionnl recebe-
l'::tm nolavel impu! ·o.
De lud o, por·ém , ~ c cui clü r a ao me mo lcmpo.
Que bmço poder oso c n me.<:lt·nclo deYerin er guet· ; em mo-
mento oppoi'Lun o, o Brazil Moderno, pnra leYal-o, lrillm -
phnnle ao eio dn civi li nçõo uniYet·sal , a p::~ r la s mais
lwilhnnl es p o ~eh cia s do mund o? Em pMnllelo ao pens::l-
menl.o nrgulo e clnrivicl enlc do GoYcrno, o . cntim enlo bt·a-
zi l ei I'O se Lt·acl uzi r·n em echos : em uma i ncl i caç-ão nacio-
nal, - o D t·. Jo é i\ fat·in ela :·ilY::t I aranh a Hio Bran co,
n.., l'ào do I.io B t·anco, enl ão M in islt'O elo Brnzil ;H\ \lle-
() OE.' PEHTAR D O Bn ,\í'.IL ·l i\}
(1) i>o1· lacs s erviço , a · 'l':~tiol ;õ o na c iona l c corp01·ifi üra. por u b · CI'ip-
~:ão popu la r l:~ n çada pelo J 0/'11(1/ do Commercio, do Hio de .J a neiro, em
precioso b1·indc que lhe fJ ra o flú r ta do, a l lu ~ ivo c em prata ma ~ iça, no
va lor dc' muitos ' con to de r '•i ·, uma r erdad c ira obra d'artc.
o Bar;-LO do nio Bra nco l'Ccolheu cs c prccio o brinde UI) P;llacio -
ltama mty , o nde fun cciona o 11 linis tcri do Extori or .
N O :"A P AT I11 A
(I) . ·.-, :1 em preza Li_qhi cntd p,J,OCI ' (Lu z c Força) tem a c tual mc nlc n
Braz il cc•·ca lc t,•e::<ell lOS m il contos de l'éi .
(2) Como um req uinte de a mabi lidad , o Embaixa do1· Amc rictlno
Cri co n tentou c con ·cg uiu fa ll:tr COI' I'CI1!em nt ' a lin g ua ponuNueza
·d cn ü·o de doi mczcs, a (h •nl'' de p0dcr faze•· Lll n bello b•·indc, n'uu t
hanq uc lc, em sauda çüo ao B•·nil.
2-1
-122
Ch t·gad.t clt• j t):tl(llilll X .ti HI I'I ) ;HJ .\ l'~ t · ll al de .\( ;u ·it l hil l h l l'a!lll al
t h.l ci) I'J)H r ·d e·
r;ll, para S,t•gu ir p.ar ,l o HL•crr(•. DI... Clll :-tiJ alt· l il ·.. pPdt·h .
'\ 'nlhe:sc el oq uc 11lC do .·e11 ,·:tlr >r , na.' ~T<lltcl e" riU 1110I I:S l ra-
~:6 · d p •za1· qu e " 11iúo \' o rlc-.\ 111 81'Í C<llla lril1ul ou ti
11a m em o1·in, o n v ia 1lfl o ao 1-:r<t zi l , ' ln lim , e l nb;il.' :tnw cl o ,. c u
co l'po, D bo r do el e um d os 1na i · pod er o..::o;; Yn ;;o,.; ela \r-
mncln Am e ri cn na. ~~~ l e !'oi ·o11tho iado at é ao ltio de Ja nei ro
p l o n o...:. o nOYO n co tll ':i ~:nd o l1úw s GPt·oe. , '111 p r irn eil'n
Yia:··e m pnrn o Brazi l , :eg·11Índ r1 p;t l'<l esse l'i1n , ela ln gla-
l•ITa, oncl fó l'n co n ll'tlid o, pn ra o· E slncl os-Unid o,; cln \ m e-
r·i ·a da N ol'le. N o Hio d Jan eiro, n enll'acla do col'pO de
U DE ' I I·: HTA lt OU 13H AZI L
~ I.
426 2\ 0 SA P A T H fA
umn ,·cz ,·i u os sç• 11 csfo rç·o. CO I'Oncl o ele co mpl eto exilo.
A \ll clr t< tnlra deu-no · pl ena._ . nl.i. f;r çõcs , pelo cl es 1·esp eilo
el o no;..,;o lcr r itnri o . Pouco u epoi , qua ~ i em eguida á afl'il·-
maç-üo J e ll u--~a C'll(' rgia no lc•ITeno cl i plomali co, o B1·azil, !ti
no p1·opr·io ('ll r;rC'üo da .\11 ·manh;r , m Bel·lim , conqu islaYa
uma n1li la 11le Yi cl orin d e paz m leiTeno scienlifi co, no Con-
!J''es o ln tf'rncwionrd de 1-Jygiene. O \\':tid o Cl'uz, aquelle
me. mo sa l riu, . 11('1 1 • mc~ ril o qu e . nn i rr·a o Ri o d e J an eir·o, l'e-
prese nl ti r·;r alli o Lir:tzil , ol'fi ciulm e11Le ·onviclado. Tal bl'ilho
imp1·imi u :i su:t 11 1i.·,;úo , 11 0 se io d e lanln. capacidad es sci en-
lifi ·as: l:tc•s rl l'lil n. lrnç·ões p1·<ilicn :lJ)I'e enlou do. ])1'0-
''I'C' .'OS (' da Yil:ili dacl • d e ll OS.'O·~ . el'\'i ÇOS de h Jrgiene,
qu e ao B r:tzil l'oi c1 nferid o o p1·cmi o el e honrn: umn m e-
dalll a d e oi m, enlrc:g·ue ao IIO' SO 1·epr· enlanle peln pr·o-
pr·in l mpc r:tlriz da .\11 ·manha. E o Cong t·e o, mat·avilhad o
d eanl c dos Lrahaii1 0 · hrnzil c i1·os, YO!ou, pol' unanimidad e,
qu e se 'I'Ca,;s 11a Europn um a I'CJX1l'Liç-ão cenl.r·al de infor·-
. nra çõcs .-o bre o.- c Luclos feito · 11 0 · paizc Lr·op icaes ácél'Ca
cln fcbr ' anwr lia c pcsl c mnlarin.
O B r:~zil c r::1 urna \' reinei ira r· v la çii o sci cnlifi ca pat·a
a _ E uropa , q ue p ro ·lam ára n cxpos i~·úo hrnzil eii·a - a
prrm ei m n Co tr gTe:,so .
b . o, na Eu1·opa, c no lct'I'Cno da alta ci · ncia.
D ·outro lad o, na OI'Ci em polili ca, nü o ccs<:avam , na Amc-
I'ica, as Ir nr n ::~g n ao Brnzil: a claln ela prodamaç-ão da
R publica ·hoaYa , ' 111 '1907, no s- i o d e clif'l'el·cnlcs naçõ
am c t·i cann ·, com cl c mon trações ofl'i ciac e popula1·cs , leYa-
dn aos 11 0~ ·os ~'lini l1·os, 11a séd e ela t'C pc~;liYa s L ega-
da . cmp r za
'
co lossaes do mcllt o1·amllnt.os dos portos de Bel<'m , S. Snl-
oculn,• Recl}'e, conccss üo feita a cmj)l' za · xlrangoirn s ; ~odificaçüo da ;;
agnas brazileiras; notayel regulamcnwç:·to da no,·a reparttç<io de povoa-
m onto do úlo c d o pt·opaga nda no cxtrangciro c que j:\ Yae produzindo
e ffieaz ro ·ultados de immigra \~1 0 pontanca.
D ll 15 do Novembt·o ele J90ii a 15 do Noremb1·o de 1907, por exemplo,
furam re:di ~ ados e ·tu dos n o Yo~ . c modificações em t1·açado:; já exis tentes ,
tudo jú em andamento, sonrnwndo mab de ci11cO ntil loilomet,•os de linha
ferr ca .
-W! :\OSSA PATHL\
c;ões. O <[U ' u lll<ll ", prim eira vez <[U ú . recebia mo:; uma
h om c na!..:-Cm cl'es ' ::l. natureza : cm' [LWnlo na Capital da
R epubli ca dn Un1g-ua~·, em \l on ll'Yid ··o, o \l ini ·tro Bra-
zil eiro I'CC IJin l"el icila ç-õc:;; L'l l lh u;- i<t:;l ica ·, nmn co mmissúú
d e nol abiliclacl es mu gua ~· a,.;, j ;i no l -t io de Jan eiro, apr·e. cn-
Lava Clli11j)I"ÍI1l nlos o!Ti ciac.s ;j (l l ' r<·~ i I nlc ua H epubliCH,
Lendo ü l"rcnlc o propri o ~i iJIÍsl ro da Gu CJ"J"a c Marinha
d'aqu ell a na çüo, scguidu c!,, j oJ"<J;\li,.; la., cl iplom ala , ju-
riscon u!Los o c: ladislas.
Tra tad os d e co m m c rGio c n J:lizadu sii.o <·cnoYado:; com
diffci·enlu · na ç·ões euJ·npéa: e <li11 Cri ·nna>: .
Ch egál"a, Lamb em, ::1. \·cz cl ;l .\ :;;i<t ! O Tm peri o do Japáo
entra em J"C.:la çõe · ciTc<.; li va Wl ll o lJJ·azil, em eo nvenções,
p1·omovencl o a immi grn c::úo jnponcza . O proprio co mm eecio
Jnponez extcncl c-se, pula pri1n cira VC'Z, ao Brazil, em -uma
gn1nd e cmp1·eza co m ócl c nn liio do ,Jan eiro.
Cada vez mais num cros;\s, succccl cm-.-;c as Yisitas espe-
cia es d e extrangeiro::; illu strc::; , allrnl<icl os pelo r enome
bJ•azileii·o, r elii·anclo- ·c vcr·daclt:iramunl.c captivo e en-
l.hu siasmados de no. sas bclleza · o grandezas, sobretudo
de nos a pi'OYerbial h ospiLa l idncl c, <lll CI' no lci·reno ofl'i-
cial, qu e1· na propria d oçura do lar brazi leiro ('1).
Emquanl.o os r ece bemos po1· cs a l'órma , I·ealçando
nossa ecluca\;ào ~ocia l , Hod1·ig·ucs :\h·cs, por ·exemplo,
ex-PI·csid enl e da H cpublica, Yiajancl o na Eu1·opa , em
cai·acl.el" pni"Lit;u lar·, é cuqw lad o el e honras, I·ccebido ol'fi-
cialm cnl.e em Poi"Lug;ll, Fl"a..n~;a (2), Ilalia e ln g-la lcl'I'G.
•• Com de ·t:~ rado llli lhantismo, rea lizou-se no hotel Continental o ban -
que te ofl'c rccido pd •> Co" •r·no ao O r. Hod l'i g ucs Alves , ex-presidente d.a
H cpublica br ·azil o · ir~ e no qua l tomaram pa r· tc r·cpr·esellta ntes de todas as
e la es sociae. , a ~al,e r : mini:tros, diplo ma tas, a ltas patentes, banquei-
ro , co mmc rc i a n tc~ , ind u. triacs, etc.
I r e idiu á fc!>l:r o s r·. l' ic hon, min i ·tro das relações exteriores , sendo
o mdor o ffi cia l o ~ r· .. \ . l' ica r·d , minis tr·o das obra · publi cas , que offcre- ·
ccu o b~nquc t c.
Fallaram os ~ r~ . l'isa e ,\ lmeida, m inis tl'O plcnipotcnciario do Brazil,
na Fran ça , c 1\ od r i:;ucs ,\l,•es q ue ngl'adcccu a 0Ta11de prova de con-
s idernçüo que lhe dava o g ovcmu franccz, sendo m uito appla udido ao
terminar.
Estivcr~am pre. entes os s r · . drs. Pereira P a ··os, Lauro Mullei', Paula
Ramos c outros m ·rnbros proemi nen te · da co lonia br·azileir·a : o r·cpre-
scntante do s r. Al'lnando Fallii!l'CS , presidente da Rcpublica ; Muzet, pre-
sidente do Syndicato de Commer cio c Jndust!'ia.; Molla rd, direciOI' da
secçào do protocollo na secretaria do exterior·; senado res L outicrs , Du-
pont, Bczançon, Ouyo t e Dec ra is; deputados Vizcl' , Delpech e Dubai I,
almi1·antc Genai .. , Thors, presidente do Banco dos P a izes Baixos, .
Princc Soulé, pre: idc ntc das camam. sy ndicacs de consti'U C\<ÍO; Mar-
g uery, do comité de a l imcnta ~·ão; Doncklc, pt·csidcnlc da associaçiio de
tecidos; Bcvüral, membro do sy ndi ca to da bolsa e todo o pessoal da
legac:ão e consulado br·az ileiro .
A imprcssüo deix ada pela brilhante e s~·m pa thi ca festa é mag nific_a c
a cs pectat.iva gera l é que a mesma l!·a!':l bons resultados para G max1ma
approxima çüo cnll'c o Brazil e a França. ,
(LJ A idéa d'cssc Con"'resso fo i lcmntada pelo Imperador da HussiG,
funccionGndo pela prim~ira vez em 1899. O Brazil, unico paiz sul-ame-
ricano convidado, entiio cxcusou- ·c de compai·ecci', a bsorvido que estava
na rcconstrucçüo fi nan~cira in terna. A segunda I'euniüo, em 1907, foi
promovida pelo Pres idente dos Estados-Unidos ela Amer·ica do Norte
sob os auspici9s do ImperadO!' da Rus ·ia.
430 NO ·. 'A PATRIA
(1) Gc rnlmcnte, no seio d~t Co nferencia foi considemd o " UI•l indiscu-
ive l jurista in ternacional. ,,
Nc lidojj, Presidente dit Confer encia e L • Delegado da Russ ia , disse,
por exemplo , q ue " quando a Co nferencia nada fizesse de util c real,
teria ao m enos scn·ido pn ra mostrar· á Europa a nHu·nyilhosa revclaçiio
do' adea nta m cnto politico dn Am cr ica do S ul , em c ujo conj unc to de
bri lhantes c;;tad i ·tas paira,·a a figura s uper·ior· do Emba ixador· Brazi-
lciro.,
- Bernadet, um ve rdadeiro nom e europeu de jurisconsulto no tavel,
admirado , pr·oclama que o posto de Ruy Bar·bosa • dc,·cri a ser constan-
temente nos g r·and cs t.ribunacs arbitraes resolvendo os coriOic tos entre as
nações "• a ccrescentando q ue suas decisões, bn seadas n'um c xtraordina-
rio saber c n' um pleno conhecimento dos tratados e codigos cxll·angeii'Os,
podem ser s ubscr·iptas c adoptada. como Yerdadeiras pa ginas de Direito
internacional.
vVt:llia.m Stca.cl, jomalista uni,·c r~almc nte conhec ido, escr eve na rcyis ta
ingloza, ele circul açiio mundiaí, Rcoiew oj Reoiews: - 1:: um homem
de co!lst.ituição jt·anz illa. e pequena estatiu·ct, mas um pt·odigio de
estudo, de info rmação e de exposição . Sna (tnicct falt a é o defeito de
suas pt•opt•ias qualidades. Elle tem tanto a clizer que pc~t·ece pt·ecisat•
da eternidade pat•a ea:go/a.r o t•eseroatorio de sua erudição.
432
lucla nci a c leirn osía , a ~~ mpa Lhi a universal, que atLrahira ...
Transigira a Ali manha; ceder-a a Inglaterra; mostrára-
se cor·dala a n cpub li ca Noi"Lc- Amer·icana ... Er·a difficil a
po-ição elo Urnzi l !
Levada a pt·opos la franceza no co nhecimen~o do Governo
Brazileiro, no o Embaixador declara, em b•·ilhanLissimo
discur o, J ante da Commissâo de exame, que não op-
por·ia emba r·aços :í organização do Tribunal P ermanente;
resn lva ria, porém, a idéa brazi lei ras e a respo nsabilidade
do Brazil, não tomando pa l"le em sua organização.
J á in corpo rado ás grand es polencias - não pelo peso
da · ar mas, r as pela eloquencia da Palavra - o Brazil
não podia dei xat· de ser ouvido, acon elhando.
A Com111 is. ao ele exame retl ecliu , pois, ainda mais,
e surgiu , então, uma propo la in gleza , adoplada, nccei-·
!a ndo a id ' a do 1't-ibwwl Pel'ma.nente, mas adiando a
composição do me mo; appellando, assim, tacitamente,
para um a tentati va futura de nccôr·do completo de vistas
no domíni o do Direilo.
Nã o fõrn , pois, ab. oluta, mas muito expr·essiva e de
gr·ande alcan ·e a viclor·ia do Br·azi l, chefiando a \merica
do ui e a Central e a lgun. pequenos Estados emopeus!
Victor·ia do ft·acos co ntra os for·lcs ! Sublime 'iclor·ia do
\rgumento : o ca nhão t·ecua ndo dea nte do Di rci.to ; a es-
pada r·espeito-a em face da P::rlavra . É a mais bt·ilhantc
pagina qu e jü se tem esc1·ipto, a té aq ui , na Hi toria Uni-
ver ai, em a umplo de paz intern acional.
Foi n'essa...inesq uecivel sessão plena da Co,~faencia ,
em 9 de Ou tubro de ·1907, que Huj' B<ll'bosa pronunciou
o mai.· notavel ele seu · di scurso e o mais notavel dis-
cu rso ouvido pela Conferencia.
Não nos podemo fut·ta1· á aLisfação pa tt·i otica de des-
tacar· doi s po nto , dos mais vilmm tes.
Enf1·entando a insinua ~ão , ci1·culada em um jom a l
despe i lado de que as 91'ancles potew:ias j ámais poderiam.
con entir em que suas penclencias f ossem. julgadas em
i\'() ... A P .\T H.I A
(1 ) O Cor•r•eio da Cortfer·encicc .
(2) O Temps, de Paris, o Jndépendccnce Bcl,ryc, de Bruxcllas, o Tim es
c o Daily Tclegr•aph, de Londres, o Fr·anclifurt Zeitung, da. Allcma nltu,
traçaram bello · a.r·tigos de fundo . ob re o Embaixador Brazileiro, dizendo ,
por exemplo, que &cus disc ursos eram cheios de oa ta erudiçcío e des-
enooloiclos com uma logt:ca injle.-r:iocl .
II. Lommccsalt, notavcl estadista. a ustríaco, affirmára que ~:1·a pasmoso o
I
4~0 ~O SA PA'I'RI ,\
que Rtt!J Barbosa mostrava sabe,· ; que cada dele!Jação havia levado
á Conjer encict um certo numero de e pecialistas n'esta e n'aquella
mflterw, mas que elle er ct especiatistet em t11do. uma encyclopedict,
valendo por um a delegação .
A Tr ilmne, de Londres, comm entava que, a pri ncipio, o Barão Mar·s-
hall , 1• Delegado da Alle'm anha, era considerado o prim eiro homem na
( 'o ,~ferencia; suct estrella, po1•ém , empalüdeceu. O SI'. Ruy subiu I'CL-
J•ida m ente 110 m eridiano. Sett discurso de hoj e f oi a mais bella, a
lllftt$ ejjlca;:;_ peça o,·atorict ouvidct no Ridderzaal e uma magnijlca
dejesct da ;\merica Latina, em geNtl, e elo Brozil particrtlw·mente.
O correspondente do jornal inglez Standart, em 1-'l:tya., telegraphou ao
so.:u jornal que R uy lJw·bosa supe,•ott os demais delegados.
O Daily Ne1o11 affirmou que o Embaixador· Brazilei ro co,·oou tri~tm
pholmente n est reia da J\meriea do Sul 110 concerto mu11diol.
O DESPJ;;HTAR DO BHAZIL
C: o ir1 ~.: id 'n cin IJ utavcl! No seio d'e ·;;a 111e. ma H aya, que
j;í o ]JaYia dom inado -tr·inLa annos -pela força, em .Lem-
po- c.olorJi ac ·, o Brazil , li v1·e e civilisad o, preenche r·a seu·
gra ele. fins , in ·or·po l'a ndo- sc definitivamente ás grandes
polcncias lo mund o, pelo l)l'ilho do Talen to.
E ussc dos f cho magn ifico, inle1·ca lad o c perfumado
pelo. wim ore el e no. sa educação social, 1
ond e a Mulhe1·
IJr·azil ci rn reprc cnlou, ain da , co mo ._empi·e, uma nota'
d ·.·ta ·ac.l a .
Hu y Uarbosa , que pa1·Lii·a pam a mi ·ão diploma ti ca
seguid o de s u amanLi simo la1·, a familia, como para Le1·,
a~ .- im. ma i. YiYn e pcnn an enle a sensação daPatria, não
.- · limitou ;í l'un cçào poli ti ca no Parlamea to rlas Naçoes,
mas c.l esclob rou lambem, em acção pa ra llela , o espi1·ito
naciona l m ua expansões de sociabiliclncl c apu1·acla , de
culLiYo c de fin o cspirito. ·e, na ph1·a e de um gm ncle jol'l1a-
li. ta uropcu, no· o Embaixador << e1·a o mais pequeno
em e ·Latw·a, mas o maior em talento » , ell c so ube él-o,
cgualmcnlc, na. mani l'e lações de co1·tczia social , allJ•a-
hind o 1a ra a D legação Brazileira c pa ra o B1·azil o mais
enlhu.- ia Li co. ju izo .. nbr o numero, a müui·cza e o valOI'
elas g)'[lnclc fe.- ta. e l'au lo o banquetes offe1·ecido aos
·Dcleo·ados cxl1·angeiro e 1·especliva · familias.
A pnlav1·a do. coá cspond nlcs ele j oma cs brazileii·os,
em 1-faya, inform ou-nos, po1· diversa yeze :que se jal-
lava na paLestra · e no j ornaes da wnptuosidade e
distincção dos banquetes , accentuando-se não só o gosto
I' thetico como a rique:;o e fidalguia demonstradas; que
se commentava a refinada cuLtura nos gostos da civiLisa-
çrlo aprimorada , considerados os bra:;ileii'OS. um povo
25.
442 NO A PATRIA
( L) Nouoccw Pt•écw·seur Public. O jomal fl' ancez L' Eclctit•, pot· exem-
plo, fazendo comm cn ta rios especiacs aos ditos grandes b;lllq üetcs bmzi-
leil·os, em que só de fl órcs para cada um a Dc lcgaç;ío de pülHic ra cer ca
de quatro contos de réis, l'efcrc, em confronto com o banqu etes offere-
cidos por outras nações: J\ carta mais cctt•a -quarenta J t•wwos pot•
talhét· - não co mpre/tendidos o oinho , .foi combinada com o
D' Barbosa, t• Delcrwcln Bt:az ileit•o. Foi quem /coe r1 primasia : ca-
be-lhe esta (/lorirt .
O DE. ' PERTAR DO' BRAZIL H3
(l ) Vide re ret cncias nos capitu las X\ 11 e X VI! I, a proposito da. a"ó
do actuu l Marechal 1:-ferm es da Fonsccn, cognomina.da. \fãe de flet•óes. ·
(2) Como eloquento illustl'açáo da previsão que ahi fica lançada, para
444 · NO SA PATHIA
2.
0
- No ri 9 Jaf]uat'do. n pn l'lc do tciTi to r·io fluvial
(t) De a ccórdo com o c.itado ar t. 3•. c o i•.J são este os actuacs limiles
entre o Bra zil e o Uruguay :
" P1· incipiando na f'úz do a •Toio de . :\I igucl, onde se acha o Quarlo
Marco Grande, a hi collocado pela Commi ão i\•lixla. demarcadora de
1853, a nova fronteira alravessa rà longi tudinal men te a lagóa Mirim até a
altura da ponta Ra bot.icso, na margem urugua .va, por meio de uma linha
quebrada, definid a po•· tantos alinham ntos rceto qua ntos seja m necc. ·
sarios para con ·crvnr a meia dis tancia entre os pontos p1·incipaes da -
duas margens ou, e o fundo fúr escasso, por tantos alinhamcutos rectos
quantos ejam nccc ari os pa ra acompanhar o cana l principal da refe-
rida lagúa.
Da a!Lura da. c itada ponta Raboticso, a linha di visoria se inclinará na
dirccçüo do noroé te o que fór preciso para va sm· entre as ilhas cha·-
madas do Taqua ry, deixa ndo do lado do Brazil a ilha mais oriental e os
dois ilhotes que lhe ficam juntos ; c d'abi inl a lca nça r , nas proximidades
da ponta Parobé, lambem s ituada na margem urug uaya , o cana l mais pro·
O DE PERTAH. DO 13HAZIL
Arl. 2. 0
- \ cessão dos direitos de so berania do Brazil,
basead o , a principio, na posse que elle ad quit·iu c man-
teve, desde 180 1, das aguas e navegação da lagôa 1\ll iriw
e rio Jaguarao, c, depois, stab ~l ecidos ·e confi r·mado::;
olemn 111 •nte n fa cto de •185·1, '1852 e '1853, e feita
o
fundo, continun.ndo pot· elle at6 d<:frontar n. puntn. i\luniz, nn. marge m
urugu ay~, c a ponta dos Latinos, ou do Fanfa, nri. margem brazileira.
D'cs c ponto inte r m dio, e pa ando entre a ponta Muniz c a ilha bra-
zilcira do Junca l, irà buscar a f6z do J agua t·ào em q ue se acham, á mar-
gem esquerda , ou brazilcira , o Quinto Marco Grande, de 1853, e, à mnt·-
gem direita , o u urug ua ya, o S exto Marco intcnnédio.
AtlT IGO ·1.•
Da fóz do J ~g uar<io subit·á a fronteira pelo thalvcguc d 'cs~c rio até u
altura da confluencia do arroio Lognõe , na margem esquerda. .
D'esse ponto para c ima , a linha diri ·oria ·cguira a mc iá dis tancia ~a s
margens do Jaguariio, depois. a meia distanc ia da s do Jaguarão Chtco
ou Guabijt't. e m cuja conflucncia está o Sexto Marco Grande, de 1!!53,
c finalm ente, ubir:\ pelo alveo elo arroio da i\lina, ass ignalado pelos Mar-
; c~s intct·médios Setim o c Oitáro. •
-HS :'\ 0 ~ :-;A P .\THIA
CONCLUSÃO
1
r
l
Pró Patria.
=@t ~w r Jll JJ
ded icada <I Mâ e de Fam ilia
1 fl,·az i /eira
por
:\IARI A CtZELINA BAIIIA
FI
11
(I) Para n letlm da can çüo qu~ a hi fica. se presta lambem a musica,
da mesma auctora, ú pagina lll do nosso livrinho Mosa~eo Infa ntil.
-156 NO ' A I 'ATH I A
26
NOSSA PATRIA
F vós, ó mes tre brazi leir·o., rcll ccli bem obre a missão'
que vos compele, recebendo - da l<'ttmilia - a creança, que
tem de ser iniciada - na E cóla. E ·ta é uma continuação
J 'aq uella, (( um prolono·am nto lo b rro • ' na phr·a'se de
nolavel escr·iplor·. e no regaço t.lo La r, o paes não dei-
xam de ser mestre ; no s io da Escóla, o mes tr·es são
ver·dadeir·os pa . E' pr·nciso que o espirito do menino não
lenha transições, pr·opriarn cntc. E ' ncc:.:c ·sario qu e o ele-
mento educativo n·i o soffra unn1 soluç-ão d co nti nuidade. -
A base da educação na Família - amor e doçur·a - .•
deve er· pr·olongada na E cóla, pela do~~ura c pelo amor·.
Compe neLrae - vos de qu e é jü de vos as mito que o br·a-
zileiro parte para a ocieclad c, no de empenho de melin-
dr·o os devere c no exe r ·icio de imporl anl ' di reitos.
\. E cóla ·. o ber· o do cidaduo : baloiçando- o, com con-
vi cção e civi in o, o me-Lrc ele cmp nha uma l'un cçuo hon-
r·osissima.
Não YO illuclae ·, porém : co mo o form a rde , elle erá;
vo_ssa responsabi li dade ~ tremenda em fa ce da ociedade ('1).
E i a e cóla é co mo uma off i cina ociaL, onde os es-
colar-es se pr·eparam operaria da g1·and eza da PaLria, por
..
461
r L• ·nd•J por·
HYM:\0 }.._ PATRI A
th cm~
Or.rvr;11u,
os pr-imeiros comp<rssos do Hym no Nacional.
I'r
. /1
,)
l
INDICE
l'lll)'S.
E. ·plicando . . . . . . . . . . . . VII
' A P l TU L O I. - Patria, l•arnilict e Escóla . . 1
ll. - Terrilo1·io e população . 13
I II . - Lim ites e (ronteú·as . : 17
I V. - NacioiW lidacle b1·a:-ileira. 25
V. - O Estado e ct F edel'Ctçcio B1·azi/eira. 52
VI. - Rios. . . . . . . . . . . 69
VII. - Lagos, por tos c bahia · . t26
Vlll. - Cabos , pontas e ilhas . t 37
IX.- Planicies c m.ontcmhas . 159
X. - Clinw e salttbl·iclacle . 170
XI. - Prodttcções e 1·iqtwzos natlt1·aes . 178
XII. - Viàs de co mrnunicaçcio, fltwiaes,
maritimas c teJ'l'CStl·es . . . 224
XIII. - ; l griculíunt, Indust1·in e fb·tes 237
..·..
464 • NO . SA P A TI11A
Pa g .. .
. . r; .
',)