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line Je la V i e i l i e - Mo n n a i e , n° j2.
DE
’■ M CASA DE P. A I L L A Ü D
<*0At ’ » « * 1 « , NO lt
M ’ MCCC, x x x iv
desejo de ser util aos meus
Compatriotas, me impelliu a lan
çai mao das tres melhores pro-
ducções heroi-comico-satjricas,
que existem na litteratura na
tional, e a uiiil-as em uin so vo
lume. Ellas tornam - se recom-
mendaveis, tanto pela pureza do
estylo, como pela habilidade com
a qual seus Auctores souberam
tractar os assumptos, que esco-
1heram Vào, a’êm d ’isso, expur-
VI A QUEM LER.
O EDITOR.
o HYSSOPE,
POEMA
51 E R O I - C O M I C O
JD E
D O PO E M A .
CANTO PRIMEIRO.
E:lü canto o B 'sp o , e a espantosa guerra
2 "® ° IjSS°I,e exd,ou na igreja d ’EIvas.
Musa, tu , que nas margens aprazíveis
V>« o Sena hordam de arvores viçosas
Do famoso Bo.leau ( i) a fértil mente
J" lia ri miaste Benigna , tu m’ inflamma;
Tu me lembra o motivo ; tu , as causas
nr que a tanto furor, a tanta raiva
Chegaram o Prelado , e o seu Cahido.
e soeegado.
Assim do alto do throno o Genio lalla .-
« illu stre s moradores d’este excelso
Magnifico palacio, hem sahido
J a ha muito tereis o quanto deve
O meu augusto genio, a nossa corte
Ao gran’ Prelado , que as ovelhas pasce
Dos Elvenses redis : notorio a todos
Sem duvida vos é , como pospondo
Das luncçoes mais piedosas o cuidado
s nossas hagatellas, so se emprega
m cousas vãs, ridiculas e futeis.
COrrup ta, mas real genealogia
roixo-tercio-pêllo dos sapatos,
As p ed ras, que lhe esmaltam as fivelas
A preciosa saphira, a linda caixa,
Onde ( sobre A m phitrite, que tirada
D escamosos D elphins, n’unia aurea conch
Os verdes campos de Neptuno undoso,
Cercada de Tritões, nua passeia)
Do famoso Martin (8) o verniz brilha •
Seu emprego so são, e seu estudo.
f minha
A m íh a divindade
T * °i "I0rtaeS’nâo ha
maior culto. remi
Agradecido pois ao grande empenho
8 O HYSSOPE.
Que m ostra em nos honrar, tenho disposta
D ar á sua vaidade um novo pasto :
Que a um a escusa porta o Deão saia,
Co'o H yssope, a esperal-o, determ ino,
D’este meu parecer quiz dar-vos parte ,
Não so para escutar os vossos votos;
Mas para que saibais, e fiqueis, certos
Que a corte não fazeis a um Nume ingrato. »
° "der má
CLel 0 a um Bispo ? m orte»
Outros dizem : ~ Parece cousa incrível
Que a principal figura do Cabido,
' Ue tm ‘ loLa fle sêda, e trouxe ás costas
22 O H YSSO PE.
La da famosa Italia, a Senhoria ,
Tanto de si se esqueça , e do seu cargo? —
E vossa Senhoria, ao ócio entregue,
Dorme profundamente? Acorde, acorde
D ’esse molle lethargo, que é ja tempo :
"Veja o que deve a si, a seus Maiores,
A grande Dignidade que, brilhando
Com seus raios , o cerca magestosa ;
E deixe a vil Lisonja, que o arrastra. »
**~i—
CANTO III. 2~
Este obsequio devido ao real sangue,
Que nas veias me pulsa heroicamente;
Mas, na sua cadeira empantufado,
Os psalmos entoava, em mim fitando
A carrancuda vista ; de tal sorte ,
Que mostrava insultar-m e, com desprezo.
Araiva, cogran furor, que a alma meoccupam^
Mc tem fúra de mim : não sei que faca
Para vingar tam grande e atroz delicto.
Vos conselho , vós artes, vós maneira
(P ois a vós também chega a grande aífronta )
e dai, para punir este atrevido. »
^ .- * .• 5 5 5
CANTO I I I . 3 *
Que no communi celleiro se guardava,
Algum celeste arBitrio se encontrara»
Mas o famoso Bastos, d'outra sorte
Comsigo discorria : « Certamente,
Para nos distinguir da Baixa pleBe
Dos vis Beneficiados, Testa feita,
( E como se ufanava ! ) Se nos m anda,
Que de verde forremos as Batinas;
E que cBapeo azul, com Borlas Brancas
Tragamos na caBeca. » N’este ponto ,
Em si proprio, de gosto, não caBendo,
Pulava para o ar, Batia as palmas.
Náo d1 outra sorte o misero mendigo,
Que sonha achar thesouros soterrados,
Se alegra, salta, e íolga , e s1 imagina
Igual ao gran1Sophi da rica Persia;
Que o vão Capitular, que ja se pinta
Na sua extravagante phantasia
A par do grau Lama, no fausto, e pompa.
Ou do ler o Muphti dos Musulmanos.
T u , sancta-quarentena, tu o dize;
Pois viste a importantissima reforma,
Que em nossas grandes capas fez zeloso
E s te jra n d e Prelado, não soífrendo,
3
34 o HYSSOPE*
De seus Capitulares em desdoura,
Os antiguos franjados alam ares,
Que a moda ja ridiculos tornara.
Deixo por ora de fazer memória
D 'outras grandes acções em que seu zêlo
Por nós, brilhar se viu; e so não pósso
Em silencio passar aquella ra ra ,
Grande e quasi real lib ralidade ,
Com que sua Excellenda foi servido
A muitos membros doeste grave Corpo
Uns capitães fazer, outros tenentes,
Alguns alferes, adjudantes outros,
Este major, sargento , e cabo aquelles ;
Quando a Furia infernal da voraz Guieira,
Rompendo as portas do espantoso Averno,
Desboccada saiu, o ferro, o fogo
JSfas garras sacudindo; e furibunda,
Depois de ter corrido largo tem po,
Com sanguinosa p lan ta, toda a E uropa,
Em Portugal entrou, ameaçando
D ’ura estrago fatal nossas prebendas :
Jíem o raro valor, com que seguindo
De seus Avós as inclytas façanhas,
Ao som da caixa e piíaros , na frente
Da brava ecclesiastica phalange ,
Coronel-general dignou chamar-se :
Acção, por certo , digna de ser lida
Com lettras-de-ouro, na Gazeta da Haya,,
CANTO III. 35
Ou nas folhas-volantes, que em Lisboa
Os cegos apregoam pelas ruas,
Estas razões, Senhores, nos obrigam
A olhar, como propria, a honra sua.
Ella ultrajada se acha indignamente
Pelo altivo Deão ; pois costumando
(Nós testim unhas somos, nós o vimos! )
Yir humilde esperar, c o ^ sancto Asperges
À porta doeste Alcacar, derepente
Mudando de systema , hoje refusa
Este obsequio render, este tributo
De tam altas virtudes merecido;
Turbando injustam ente em sua posse
O grandioso Prelado. Este desprezo,
Esta pois tam atroz e negra injuria,
Q ue, em menoscabo seu , nas nossas barbas,
Se fez ao seu character, nos releva
Promptamente vingar. Sim, consultemos
Os canones sagrados, e vejamos
Afórma, o modo. » — Então o Ram alhete,
Theologo chapado e canonista,
Que o dialectico-Pharo de cór sabe,
Que de sancto Thomaz ha lido a S u m m a ,
O G enet, Busembaum, Lacroix, G uim enio;
Que sabe decidir magistralmente
A íamosa questão, — se um Burro pode
O baptismo beber, ardendo em sede ; —
Que argumenta nas theses dos Capuchos,
*
x.
36 O H Y S S O P E.
E inchando do pescoço as cordoveias*
Infere, grita, prova, e nada colhe;
A voz alçando grave e magestosa,
NYsta forma votou . « Lavrar-se deve
TJm terrihil Àccordão, que de exemplo,
t)a historia nos annaes, a todos sirva :
O farfante Deão seja obrigado,
D'elle em virtude, a desistir da força
Que ao bom Prelado faz na sua posse,
Fulm inando-lhe m uletas, e outras penas ?
Este Cabido tem auctoridade
Para o lazer : em muito bons auctores
Assim o lenho lido : este é meu voto. »
-A
CANTO QUARTO.
« W casa-de-cam po, descuidado,
Entretanto passava, alegremente,
O farfante Deão os longos dias
Em que Phebo insofírido, unindo as fúrias
As que raivoso vibra o Cão celeste,
Abrasa as calvas terras Transtaganas :
Quando o Monstro veloz , que per cem olhos
Todas as cousas ve, e as cousas todas
Per cem bôccas, cem lin guas p a lra , e conta ;
Gom cem azas fendendo os largos ares,
Aos ouvidos lhe leva a cruel nova
Do barbaro decreto. Em paz serena
Então jogando sua Senhoria,
(ranhava um real-róber : mas apenas
Às orelhas lhe fere o infausto aviso,
Quando subitam ente lhe caíram
Das mãos as cartas. IJallido e suspenso,
Largo espaço, ficou. — Tíão de outra sorte
4o O HYSSOPE.
I mm obii jaz , qual o mancebo hardido.
Que seguindo no campo, com seus galgos
O fugace anim al, subitam ente
Ante os pes do cavallo, Ye a terra
Em profundos abysmos despenbar-se; _
Mas das potências recobrando o uso,
Que o subito desgosto lhe embargara,
Escumando de raiva, entre si disse :
« Pois não querem a paz, haverá guerra.
Vós, sanctos Ceos, e tu , astro brilhante,
Que o dia trazes, e que o dia levas,
E que eu nascer não vejo, ha longos annos ;
Vós testimunhas sois, se eu pretendia
Mais que em paz desfructar m inhaprebenda,
Comer, jogar, dormir, e divertir-m e.
Mas ja que tu , o Bispo revoltoso!
E tu , infame adulador Cabido,
A mudar me obrigaes, com vis cabalas.
De tam sancto proposito, — ate onde
Chegam dos Laras o valor, e o b rio ,
D’esta vez provareis. » Isto dizendo ,
Levanta-se furioso, e sem respeito
Ao real-róber, que ganhado tinha,
( Tanto pode a paixão no peito hum ano! )
Assim mesmo, e sem ver quanto indecente
Foi sempre a Senhoria andar á p a ta ,
A caminho se poz, aos ilhaes dando,
Suado e melancólico entra cm casa.
CANTO IV. 4s
Alii, sem socegar, ora passeia
Pela comprida sala, ora se assenta,
Ora comsigo falia. Em vão a meza
Os criados lhe p oem ; em vão os gordos
E tenros Perdigotos, a salada ,
À fructa, o vinho, os doces o convidam;
Que , sem ceia, esta noite foi deitar-se.
Alii a molle pluma se lhe tom a
Em duro campo de cruel batalha.
Mil cuidados o investem ; seu decoro
Atrozmente offendido , a todo o instante,
Á memória lhe vem : ora d’nm lado
Os lassos membros volve, ora do outro :
Suspira, tosse, escarra, e abrindo a caixa
Toma o insulso ra p é , e não socega.
■
— « Isso agora (cohrando novo alento.
Diz o Deão farfante) é outra cousa.
Por experto, não tenha , D octor, m edo,
Que me haja de vencer o gordo Bispo;
Que aqui, onde me ve, sou gran laverco :
Muitas vezes no W h is t, estando a nove,
.Na segunda partida, os meus Contrários,
De taes artes me valho, taes m aranhas,
Que, não tendo mais qu um, lhes ganho o róher
~ O r T - ° de V° SSa V e n c i a ? , ,
O Guardiao então todo enfunado •
„ í r í t f l Ctand0' llle A ponde :
1 que pode Iiaver. que os nllm* »
D » v „ , „ Senhor,„ i '« i »
e^casa*-*0 ’
° « p e s S n s a i t 0 ^ ; 1 ;,ütario’
Alêm d ’isso, cursado T l ? 7 ° nlesmo :
d .. S
ma profunda erudição, behida
“ , f “ !
Nos Autos de Reina Mr» -\r i í
' > 0 Infante Dom Pedro 1 ' al‘JevÍ" os-
E
Floris el d e IV; S Partldas,
Da andanteante, 7da ^immortal
’ ° ° ul,os ^ r o •s
nvníl
Ao qual o Deão disse ■< r ' na;
De ti fiar pretendo d ’ • J° Um ne8°cio
M a sa n te s ^ r Í L Í ; mlmp0rtatICÍa’-
n*u T - u , í <!' , , cz : z z z d' B° ccb°
/
94 o HYSSOPE.
Que não fiq u e, na grande capoeira,
F ólego vivo em tam festivo dia.
Não contente com isto, maior prova
De seu immenso gozo dar p re te n d e ;
Que bizarro concêrto, de prelúdio
Sirva ao farto banquete, determina,
Da musica melhor, que ba na cidade :
E por dar mais prazer aos Convidados ,
De cavallinhos-fuscos, depois d’ella,
Na vaga sala, com suberba pom pa,
O galante spectaculo prepara.
Então a convidar, saltando, envia
Do clero, c da milicia cem pessoas.
»
f°8 O H Y S S O P E.
Quem as primícias colhe; todogf Brindam
A teu grande valor, á tua astúcia;
Em quanto tu , no collo recostado
Da prezada Consorte , entre os seus mimos,
Do Bispo, e do Deão te estavas rindo.
N A superior-instancia introduzida
A grande Appella cão, ardia a guerra,
Dous Rabulas famosos trabalhavam
Em oíFuscar das Partes o direito.
Quantos rançosos livros, que jaziam
Sepultados em po, meio-comidos
Da cruel e voraz maligna Traça,
Tornaram outra vez a ver o dia!
» > « £
(6) Anticyra. —- Ilha famosa antiguamente , por
dar o helleboro, o qual (segundo era fama ) resti'
tuia o siso ás pessoas , que o perdiam.
CANTO I
^> °< «
j £ ^ .^e,* s r x r j K
ai articuladas; agitando-se horrivelmente
avocava (quando lhe hem • s e’
Mortos P “ 13 ) 05 manes dos
CANTO I I I .
CANTO IY .
( i ) B ó s p h ó r o - C i m m e r i o . — E str eito s i t u a d o na
costa d o R e i n o d e N á p o l e s j u u c t o a B a y a s .
CANTO Y.
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venção da polvora , e outros productos chymicos.
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século, e morreu era Colonia no anno de i 3 o8 ,
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132 NOTAS.
( 5) C e rta M a d a m a , v e n d o este g r a n d e p l e i t o
d a s tres D e u s a s r e p r e s e n t a d o n ’urri p a i n e l , p e r
g u n t o u a u m P a d r e - p r é g a d o r « o q u e si g n ifica v a m
a q u e lla s tres figuras n u a s , e o tal M a r m a n j o co ’a
m a ça na m ã o ? » — S u a R e v e r e n c i a ( d e p o i s d e ter
parafusado u m p o u c o ) r e s p o n d e u : — « qu e o P a s t o r
e r a o D r a g ã o , que c o m o p o m o e n g a n a r a E v a no
P a ra íso , q u e . . . » « — M a s ( r e p l i c o u a D a m a ) E v a
era u m a s o , e nã o t i e s . » — O Padre em b atucou;
p o r e m logo , c o m cara de F r a d e r et o r q u iu : — « O
P in t o r figurou n’esse ratabulo E v a antes d o p e c -
c a d o , E v a no p e c c a d o , e E v a d e p o is do p e c c a d o ;
e ass im as tres E v a s fo rm a m so u m a . S ã o p o n t o s da
Escriptura , q u e M u l h e r e s n ã o devem esquadri
nhar. »
(6) O p h i l o s o p h o A p u l e i o v i v e u sob o i m p é r i o
do s A n t o n i n o s ; era A f r i c a n o , C o m p o z a f a b u l a , ou
m e t a m o r p h o s e , a q u e d e u n o m e d e A sno-de-ouro .
(^) P e r a l v i l h o , o u o A m a n te desgraciãdo é
a s s u m p t o d ’u m a e n g r a ç a d is s i m a n o v e l l a , q u e se
a c h a ( s e nã o m e e n g a n o ) e m u m d o s t o m o s da
Constante F lorin da.
» > o « £ -
(8) P o t o s í . — C i d a d e , e P r o v i n c i a a ss im c h a -
NOT AS . i33
m a d a no Reino d o P e r ú . A b u n d a e m inina.s d ç
praia.
CANTO V I.
CANTO V IÍ.
rr Z K : : --
* « . w f
0 0 O o m F é l i x , e o Caturra, Bobos m u i c e ie
w a d os n o s e u t e m p o .
»>c«£
( 3) G a g e .— P a l a v r a , que d e n o t a unia M e n i n -
* " S e n b o ''a « M u e d ’airoso m e n e i o .
CANTO V i u
1■') P""r pessoalisoii n >,)•
*“ • M-Sico, o« Bruxo A;
Sma"
'A ll,c*a Palavra (ses„n,le
N O TA S. i37
os embusteiros) lem a virtude de curar febres, e tc.,
e d^obstar á mesma morte.
DA. ESTUPIDEZ,
POEMA HERO I-COMI CO-SAT YRICO
EM QUATRO CANTOS;
©E ***
ff(CC m i s c e r e n e f a s .
P ersi o.
flJwlaflo,
10
CANTO PRIMEIRO.
W
L ' áo canto aquelle Heroe pio e valente,
One depois de ter visto a cara Patria
A cinzas reduzida, e campo vasto ,
<?il p rigos contrastando nm clima Lusca,
Aonde com os sens, ditoso seja.
A molle Estupidez cantar pretendo,
One distante da Europa desterrada
Aa Lusitania vem fundar seu Reino.
Dicta-me , o M usa! que eu não posso tanto,
Os nobres feito s, e diversos casos,
O n e a esta grande empresa acompanharam.
Um feio Monstro de cruel íigura,
iDesgrenhados cahellos, olhos vesgos,
Disforme ventre, circular sem blante'
»48 O REIN O DA. E STU PID E Z,
Da lugubre caverna, aonde jazia,
Bocejando saiu, e longo tempo
Nas visinhas.montanhas reparando,
Estas vozes soltou de mágoa cheia :
« E possibil, que sendo venerada
Em outro tempo pela Europa to d a ,
Hoje aqui viva sem dom ínio, ou mando,
F e s ta s brenhas incultas desterrada?
E possibil, qifia D eusa, que usurpara
Be Sábia o nom e, e ser de Jove filha,
Dos meus vastos dominios m’expellisse
E haja sobre o meu, pôsto o seu th ro n o !
(D eixar esta inacção, um dia, q u ero )
Nao ha-de ser assim! essa tyranna
lla -d e ver uma vez, o quanto posso. »
A fria Estupidez accesa em ira,
Tanto jamais se v iu ; ao reino escuro,
Aonde mora a macilenta In v e ja ,
Co1 a furiosa e vingadora Raiva,
Quanto lhe soífre a natural inércia,
Ligeiramente m archa.— « Ó fortes Deusa*
(Soluçando lhes diz) se tantas vezes
Em taes empresas ja me soccorrestes
Não podereis deixar também agora
De dar-m e a mão em tam afflicto caso.
A suberba Minerva injustam ente
Depois de meus dominios ter roubado
(D om inios, que na Europa tanto prezo?
C A N T O I. l4 9
CANTO I I .
(i) U m d’estes E s p i r i t u s - c o r n i c a b r a s , s e n d o e x
pu lso p e l o P a d r e - E x o r c i s t a d o c o r p o d ’tima das
taes M u l h e r e s , caiu , p e r e n g a n o , na pia d ’á g u a -
b e n l a , e c o m os b a l d o e s das â n c i a s , q u e o a t o r
m e n t a v a m , despejou toda a água ; v e r d a d e é q u e
o b t e v e e s c a p a r ; m a s p e l l a d o para s e m p r e c o m o u m
L eitão.
O u t r o Diabr ete (^ao sair do corp o da P o s s e s s a )
foi o b r ig a d o , p o r p r e c e it o do F r a d e - E x o r c i s t a , a
t a n g e r o sino do C o n v e n t o ; a f i m de t e s t i m u n b a r ,
c o m esse zã o -zã o , aos o utros P a d r e s do m e s m o
C o n v e n t o , e aos C i r c u m s t a n t e s , que realm ente
d e ix a r a d e a t o r m e n t a r a su a V i c t i m a .
CANTO I I I .
( i ) P b o r o n o m i a s , e t c . — Os c o m p o sit e ir o s de
livros d e M e d e c i n a , d’Historia- N a t u r a l , d e G h y -
196 N O TA S.
mica , etc. , teem cie lai modo abarrotado a lingua
gem scienti fica franceza, etc. , de termos barbaro-
inintelligiveis, que um. pobre Diccionarista, que
se ve forçado a traduzil-os em portuguez, dá-se a
perros , não digo ja para atinar-lhes co’o vero signi
ficado, mas para escrevel-os correctamente. Quem
pronunciará sem custo arylhenoepigloLlico, gyni
no leLraspermo , e milhares d’outros da mesma ca-
thegoria? A. verdade e que os nossos bons Maiores,
sem estes palavrões anatomico-botanicos , curavam
os doentes , e conheciam perfeitamente as plantas.
Hoje não ha senão charlatanismo em tudo ! 1 í
CANTO IV .
DE J OS É A G O S T I N H O B E M A C E D O ,
1 A E? ta n te- d o - Coro ,
:2io P R E F A C IO .
incognitos em tanta distancia de logares,
ç tempos \ Para obviar d’alguma maneira
a este inconveniente, vai acompanhado
de breves notas, que conservem aos pos
teros, e aos presentes a memória das Per
sonagens , e das suas acções. Desejo que
todos se persuadam , que apezar da m or
dacidade dominante em todo o Poema ,
não ha n’ellc hyperholes, que excedam a
medida; pois é tal a dose da parvoíce,
e maldade dos Varões cantados, que as
taes hyperboles parecerão mui civil
mente comedidas aos que de perto os co
nhecerem. Poía maior parte é um enxame
de malvados invejosos, e d’infamissimos
intrigantes , ou frascarios : outros são
uns bêbados , uns renegados, e uns revo
lucionários, ou Mações pestilentissimos r
outros uns conspiradores ( quaes os Me-
o REINADO DA SANDICE
CANTO PRIMEIRO.
!W teao .
ÍY
w Zanga! o Numen, que em minha alma entornas
^ em torrentes , que me inspiras versos,
Que são do Crime, e cia Im postura açoute,
Bafeja-me; aqui stou, que canto os Burros,
Em que de Lysia Heroes se transm udaram ,
Dignos d alto Cantor, dignos da Forca,
Se mais azada a satyra não fora
À conserval-os em perpétua infamia.
2 16 OS B U R R O S ,
H om ens, homens de hem não tenhais su sto ,
Q ue eu vil quadrilha de Pedreiros zurzo,
E Im postores hypocritas, e Aulicos,
Que as le ttra s, a razão, e a Patria aviltam :
Somente è esta a hurrical Caterva.
0 REINADO DA SANDICE,
CA INTO SEGUNDO.
O REINADO DA SANDICE.
CANTO TERCEIRO.
*-— « K grande
^ o volo do Communi ( grilava
O Silvestre P in h e iro ) mas eu vejo
canto ill. 2„7
O Povo luso n ’outro estado agora.
E P ra vos instruir, que a Mãe Sandice
Cm Inglaterra, e Franca ha 'viajado.
Foi sempre tal em Franca o amor is lettras
v lle e mui raro em Paris o logar hoje
Aonde se não leia , e até cague.
Os de cus Inspectores, e de cloacas
j , “ ' ° eS.tao üs Jo rn aesi e'u quanto os outros
Vao a tripa vasando; porém logo,
Para o scsso alimpar, os Jornaes tomam.
D urante que o Francez a qualquer canto
Engraxar íaz a Lota, ou o sapato ,
Le o Jornal. No açougue o Carniceiro
Len.lo o Constit'cional a carne corta.
Was Praças os Saloios Jornaes lêem-
E tal esta mania em Paris reina
Q itede carga os Jumentos, que atràz se acham,
Ler todos sabem; stando assi’ ao alcance
Das tenções, e política dos Donos :
Lis a causa porque os fraucezes Burros
oe destinguiram sempre em toda Europa -
ftlas sem lallar-mos nos albinos Asnos,
( Queacima um furo aos outros seavantajam
Co os seus longos Jornaes de duas varas )
Dizemos , que o progresso d’esta raça
le m ja civilisado o Mundo inteiro,
A couces, e a zurrar os Réis matando.
Do Constancio(4)eBeiUhâm,alvares Burros,
i8*
278 OS B U R R O S .
Àssás lições aqui se nos mandaram.
O velho Burro V erdier (5) ja temos;
N’habitacao do qual os Socios todos
Em P aris, á porfia, se ajunctavam,
(Qual em Delphos um Burro) a consultal-o :
E u mesmo a conferir ia com elle.
Nós tivemos Jornaes, ó feliz epoca!
0 chefe-ctobra{Q) do talento humano!
A não ser o Rapaz excommungado
Que não houvéramos nós té-aqui leito?
M ascorajem , Amigos meus, corajem.
Agora um gran 1 Jum ento nos protege :
Palmella é ja dos nossos, trabalhemos»
0 REINADO DA SANDICE*
CANTO QUARTO,
i S É '
C A N T O IV . 287
(Às mesmasMoscas, seaquipousam , dormem!)
Não sabes de quem são? Olba este Busto
33e cabecioba leve , e venta larga.
Capitão (Talabardas, e d'archeiros,
As obras todas são do Palmellinha;
São do Camões a traducçdo famosa ;
São as Cartas ao Times dirigidas,
E assignadas— Um Brasileiro em Londres._
( Cartas que ao Times muito bem renderam .) .
São Memorias escriptas na M inerva,
No Investigador peças differentes,
E no Sovela , ou Campeão insertas:
Tudo quanto aqui vês, elíe o escreveu!
o REINADO DA SANDICE.
CANTO QUINTO.
______ ...
A Marselha trazer canella a rodo;
Conquistar o Indostão; tomar Bengala;
E a marítima Paz firmar d ’esta arte!
O que projectos meus ! Que asneiras minhas!
E u ia trium phar, destino avesso
Fez voar a Abukir Nelson n’um sopro;
Eis a cambada dos Barbeiros toda,
Os Chym icos-de-tram pa, os Im pressores,
Tudo em vaza-barriz dentro em tres dias !
Ficaram por medir cornos de Jove;
Foram -se os lenços
o de Surrate,' e foram
Oitenta mil Francezes pelos ares !
Com minhas azas o cobri; na praia
De França o p u z ; e merecendo a Forca,
Consul ficou ; deu cabo dos Quinhentos,
3o 4 o s b u r r o s .
*
3o6 US B U R R O S .
E desenrolba cle Constaiica o vinhoc
Vé nleste cagalhao-petrifícado
Com arte-mestra retratado ao vivo
Dos tres bons Principaes o Consistorio,
Co o braço alçado fulminando raios
D excommunhão-maior, se alguém nas ventas
Desse cu m corno, dos H eroes-de-Jena !
Monumento immortal, qu1é meu, que è d’elles !
Se demandados a desculpa embutem,
Disfarçados em si fugissem antes,
3 í2 o s BURROS.
Que quer dizer, s1 escamugissem Burros.
0 REINADO d a s a n d ic e .
CANTO SEXTO,
jH
M quanto os Asneirões a pança enchiam
e vinho-carrascão, ile podres-ostras
Nunca os deixara a Mãe, bemque o Javardo
“ seus Pass°s levou : d ’ella foi obra
o gran’ Palmella o traçadinho plano.
Que ella, ha m uito, realizar cuidava,
A todos dando o merecido prémio,
U.guo d altos Heroes, columnas suas.
3?4 o s BURROS.
E de seu throno íirmes alicerces.
Vai agora ajünctar profundos Genios ,
Que espalhados mandou correr Lisboa,
Qual foi de Bonaparte antigua usança,
( Quando empolgar queria algum Estado )
In tro d u zir o enxame de farrapos,
Que nos veio trazer miseria, e íome;
Encaixar d 1 antemão Pedreiros-altos ,
Que os mais honrados animos corrompam
Que futuros Brilhantes prom ettendo ,
Os pulsos vão dispondo a duros ferros;
Tal Sandice comsigo os Genios trouxe,
Que ao despenho fatal levaram F ra n ç a ,
Dando em vasa-Barriz co 1 as Artes todas,
F. que o fulgor da antigua A c a d e m ia ;
Na trampa do Instituto converteram.
Os Sahios em Farcistas se m u d aram ;
E os Paes-da-Poesia , os Paes-da-Scena ,
Boileau, Corneille, CréBillon , R acine,
E m If afire dVÉglantine se transformam;
E do Liceu-Central Picard o Mestre!
r
CANTO I.
(1) Puro d e p o is te a c h a r a m , e tc . — P a m p e l o n a
publicou um a M emoria ju stifica tiva , c m qu e p r o
vava q u e tudo q u a n t o fizera a n t e r i o r m e n t e fora a
b e m d a Patria ! ! !
(2) O M a rq u e z de Y a l e n ç a .
( 3) D u l í n . — C o m m a n d a n t e - d a - p r a ç a 4
(4) De q u e t r o u x e s t e a p e r n a e scalavrada.
O C a n d id o J o s é X a v i e r , era t a m o d ia d o d e s s o l
dados p o r t u g u e z e s , qu e esses p r o jec ta ra m m a t a i -0
a t i r a n d o - l h e alg un s tiros 11a b a t a l h a d e W a g r â m
e m A l l e m a n l i a ; mas so 0 f e r i r a m n ’uma pe r na .
Pile, j a d e v o l t a a F ra n ça , m ostrava a perna aos o u
tros Officiaes seus C a m a r a d a s , e d i z i a - l h e s voz e m
356 NOTAS.
grito : — - Olhem, meus Senhores, a bala, que
me feriu nào foi austriaca, foi portuguesa !! !
Este mesmo Guerreiro-lilterato , costumava (nos
artigos d ’ arrombe, que compunha para os Annaes
das Sciencias , das Artes , e das Lettras) assign a r
se C. X. : se lhe acrecentasse o signal algébrico m
poderia íicar C. X. z n O.
CANTO I I .
(1) Esse livreiro é o baboso e soez Key, 0 qual
comprou ao Pampelona a casa-de-campo , que este
possuía em P antiny perto de Paris, quando partiu,
a primeira vez, para Portugal.
IN7 OTA S
(2) 0 Brito , e tc . — F r a n c i s c o J o s é M a r i s
B r ito , e n t ã o E n c a r r e g a d o - d o s ~ n e g o c i o s de P o rtu gal
em H o l l a n d a . E i s o r e t r a t o , qu e d ’e l l e nos d e i x o u
Francisco M a n u e l :
« S e g u i a - o Mouio era trajes d e G e r u n d i o ,
Q u e , com duas r o d ela s-d e-v id ra ça s ,
E s p r e i t a v a as p a la vra s q u e p a r t i a m ,
P a r a as frecliar c o m d a r d o s d e C a p u c h o . »
(3) N o la sc o e x t r a c t a , e tc . — O P o e t a teve em
vista n’e^le verso , o d o c t o r V i c e n t e P e d r o Nolasc o s
o qual ( q u a n d o r e s i d iu e m P a r i s ) foi visitar o i n i
m itável F r a n c i s c o M a n u e l , para m ostrar-lh e
c erta obra p o e t i c o - p r o s a i c a - a f r a n c e z a d a , q u e a n
dava c o m p o n d o . E s s e V a t e , depois d e ter lido a l g u
mas paginas da d i e t a obra , a c o n s e l h o u - l h e q u e a
n ã o pu blicas se ; v isto ser e l l a ( p a l a v r a s suas) « um a
borracheira. » -— O s e n h o r N o la s c o , a zoado c o m este
s i n c e r o c o n s e l h o de P h i l i n t o , v o m i t a v a d e p o i s con
tra o m e s m o P h i l i n t o ( p e r a n t e outras caheças
iguaes ás d V l l e N o l a s c o ) m i l a b s u r d o s , d izen do
- q u e F r a n c i s c o M a n u e l era u m rançoso quinhen
ti s ta , q u e sua d i c ç ã o m a is era latina p que por-
tu g u eza , e t c , 7 etc. ** E pa r a v i n g a r - s e do sobre-
dicto Francisco M anuel , arrojou-se também a
NOTAS. 361
traduzira O de , que M. Raynouard, secretário-per
pétuo d1 Academia franceza, tinlia composto em
louvor de Camões (afirmando, a quem o queria
ouvir, « que Pliilinto, não intendera o original
francez !!!»*) Porém a tal versão saiu como s’espe-
rava da doctoral cabeca
» do senhor Nolasco, e con-
íirmou plenamente o verso horaciano
« P a r tu r ie n t m on ies , n a s c e tu r rid ic u lu s m u s. »
A verdade é que a translação de Francisco Manuel,
foi avaliada pelos Doctos , como excellente , e a do
seu myrrhado Antagonista mais parece cantiga de
Trovador, ou decimas-d’outeiro , do que estylo de
Ode. Pondere agora o Leilorse 7 quem d’este modo
traduz , estava em circumstaucias de ser escolhido
para ampliar o diccionario do Capitão Manuel de
Sousa , e de merecer os grandes encomios, que lhe
prodigalizou o Edictor, no prologo da mesma obra,
chamando-lhe : —- H o m e m s u m m a m e n t e v e r s a d o ,
e i n s t r u í d o e m a m b a s a s l i n g u a s , etc. —Quam longe
estamos ainda de possuir um bom diccionario
Francez-Portuguez ! ! !4
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CANTO I I I .
(2} Tal o M a c a c o v e m o s do G a m e i r o
( Q u e q u i n q u i l h e i r o n o B ra sil ja f o r a )
F e ito hoje embaixador.
N ’u m f o l h e t o im p r e s s o e m P a r i s , n o a n n o de
1 8 2 8 , v e m u m a b r e v e n o tíc ia sobre a vicia d ’este
H e r o e ; eis e m s o m n i a 0 q u e ella c o n t e m
« A p r i m e i r a e p o c a b i o g r a p h ic a d o ill u s t r i s s i m o
senh o r V i s c o n d e d ’l t a b a y a n a data d e q u a n d o 0 d i c t o
senh o r aprendia a pesar m a n t e i g a , e açúcar n ’u m a
ten da d e Lisb oa , nao lon ge d o C a e s - d o - S o d r é . E
364 N O TA S.
ora como S. Ex. era Americano de origem , dese
jando vollar á sua querida Patria , deixou Portu
gal, e chegando ao Brasil, conseguiu y a força de
zumba ias , e baixezas ser admittido copista na se
cretaria d’um Ministro-d’estado. O Governo , entào
existente, procurava, mui afanosa e circums-
pectamenle um Sujeito a^sás liabil para confiar-lhe
encargo de machucha importância , e foi ao dilecto
Gameiro Banana a quem a sorte o conferiu. Trac-
tava-se de levar são e salvo a Vienna d’Austria um
Papagaio para certa personagem. O nosso Heroe
preencheu tam sollicita e bizarramente essa hon
rosa commissão, que d’ella lhe proveio, não so o
Viscondado, e o ficar addido á Legação portugueza
em Paris ; mas até ser ultimamente nomeiado Em
baixador em Londres. » «— A1 vista d’este facto, e
d’outros similhantes , ja ninguem se deve admirar
que os Camões, os Pachecos, etc., morram nos
hospitaes! 1 !
CANTO IV .
>■04
CANTO V.
CA.INTO V I.
(1 3 ) A Carta do Canning.
(1 4 ) O actual Rei d1 Inglaterra nunca pôde sof-
frer Jorge Canning* principalmente depois queelle
quiz fazer de Consellieiro da Princeza Carolina sua
esposa : no emtanto mais tarde (p e r intrigas e
terrores) veio a ser seu primeiro Ministro ! e diziam
osfalladores : — « Que D. João VI era um fraco. W
E que teem sido os outros ?
ERROS. \ EMENDAS.
7 v - ■ ' a" ’ g . * *
PAG. VERS. . S
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