pois a cada caminho C de tamanho i podemos Como f (p) ∈ J2 e J1 ∩ J2 = ∅, segue que p tem
associar um caminho de tamanho i + 1, adjuntando perı́odo 2.
o laço I1 −→ I1 ao inı́cio de C. Suponha que f possua um ponto de perı́odo ı́mpar. Em quais condições Vi 6= Vi+1 , isto é, em quais Sejam n o menor desses valores e p ∈ Pern (f ). O condições existe Ik ∈ Vi+1 \Vi ? Se existir Ij ∈ Vi tal grafo de Markov associado a p, que contém n − 1 que f (∂Ij ) 6⊆ Ui , isso ocorre. De fato, existirá um vértices, tem algumas particularidades. intervalo Ik ∈ / Vi tal que f (Ij ) ⊇ Ik . Adjuntando a aresta Ij −→ Ik ao caminho de tamanho i ligando I1 Lema 5. Nas condições acima, G satisfaz simultanea- a Ij , concluı́mos que Ik ∈ Vi+1 . mente:
(a) Existe um ciclo de tamanho n − 1
Com isso, quando a seqüência (Vi ) se estabiliza, digamos Vi = Vi+1 = · · · , temos I1 −→ I2 −→ · · · −→ In−1 −→ I1 .
f (Ui ∩ O) ⊆ Ui =⇒ f (Ui ∩ O) = Ui ∩ O. (b) Nenhuma aresta Ij −→ Ij+k , j ≥ 1 e k > 1, está
em G. Como o único subconjunto de O estável por f é ele mesmo, obtemos a igualdade (c) Toda aresta In−1 −→ Ij , j < n ı́mpar, está em G. Ui ∩ O = O =⇒ Ui = [p1 , pn ]. Prova. (a) Sabemos que se G possui um ciclo, então ele possui ciclos de tamanho arbitrariamente grande, devido ao loop I1 −→ I1 . Em princı́pio, esperarı́amos criar o ciclo de tamanho n − 1 provando alguma Lema 4. Suponha que não exista um caminho em G propriedade maximal, mas a observação acima diz ligando Ij a I1 , para todo j > 1. Então n é par, f que isso não é possı́vel. Considere, então, o ciclo possui um ponto de perı́odo 2 e leva os elementos de de menor tamanho contendo I e pelo menos outro 1 O à esquerda de I1 nos elementos de O à direita de vértice diferente de I , digamos 1 I1 bijetivamente. I1 −→ I2 −→ · · · −→ Ik −→ I1 , k ≤ n − 1. Prova. Vamos mostrar a última afirmação. As outras seguirão dessa. Sabemos, pelo Lema 2, que Tal ciclo existe, pois, como n é ı́mpar, o Lema I1 = [pa , pa+1 ], onde pa = max{pi | f (pi ) > pi }. 4 garante a existência de um caminho ligando Suponha, por absurdo, que exista i tal que algum vértice Ij , j 6= 1, a I1 e, pelo Lema 3, I1 f (pi ) ≤ pa , 1 ≤ i < a. Seja i o maior desses ı́ndices. também se liga a Ij . Por absurdo, suponha k < n−1. Temos f (pi ) ≤ pa e f (pi+1 ) ≥ pa+1 e portanto a aresta [pi , pi+1 ] −→ I1 está em G, contradizendo a Note que k não é ı́mpar, pois senão f possuiria um hipótese. Isso prova a primeira e terceira afirmações. ponto de perı́odo ı́mpar k < n. Por outro lado, k também não é par, pois o ciclo Para o que falta, sejam J1 = [p1 , pa ] e J2 = [pa+1 , pn ]. Temos I1 −→ I1 −→ I2 −→ · · · −→ Ik −→ I1
f (J1 ) = J2 e f (J2 ) = J1 =⇒ f 2 (J1 ) = J1 , garantiria a existência de um ponto de perı́odo ı́mpar
k + 1 < n, novamente um absurdo. Assim, k = n − 1. implicando que existe p ∈ J1 tal que (b) Decorre de (a), pois o ciclo tem tamanho mı́nimo. f 2 (p) = p.