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2)
Prove que para um inteiro n, n3+5 é ímpar se somente se n é par:
a) por contraposição (a parte ‘se’)
Temos que provar que Se n é par então n3+5 é ímpar por contraposição, ou seja:
. Temos que provar que Se n3+5 é par então n é ímpar
Se n3+5 é par então n3+5 = 2k logo n3 +2.2 + 1 = 2k, logo n3 tem que ser ímpar pois se fosse par daria
2m+2.2 + 1= 2(m+2) + 1 o que é ímpar.
Mas, se n3 é ímpar, n não pode ser par pois nesse caso n3=2r.2r.2r = 2(4r2) que é par.
Logo n tem que ser ímpar. c.q.d.
Temos que provar que Se n não é par então n3+5 não é ímpar.
Como, por hipótese n é ímpar, será da forma n= 2k+1 para algum k. Então
n3 +5= (2k+1)3 +5= (4k2 + 4k+1)(2k+1)+5 = 8k3+8k+2k+4k2+4k+1+5 =
8k3+4k2+14k+6= 2 (4k3+2k714k+3), logo r= 4k3+2k714k+3 é um inteiro e temos que
n3 +5= 2r, portanto é par. C.Q.D.
b) por absurdo ( a parte ‘somente se’)
Temos que provar que Se n3+5 é ímpar então n é par por absurdo.
Suponhamos que n3+5 é ímpar mas n também é ímpar.
Mas, se n é ímpar, é da forma 2k+1, nesse caso teríamos
n3 +5 = (2k+1)3 = (2k+1) (2k+1) (2k+1) + 5 = (4k2+ 4k+3)(2k+1) + 5 =
8k3 + 4k2 + 8k2 + 4k + 6k + 3 + 5 = 8k3 + 12k2 + 8k + 8 = 2(4k3 + 6k2 + 4k + 4)
Que é para, em contradição de que n3+5 é ímpar. c.q.d.
4) (a) Mostre, por contradição, que a função inversa de uma função bijetiva f(x), é única.
Suponhamos que f(x) tem duas inversas f1-1(y) e f2-1(y). Como as duas funções são diferentes existe um
y tal que f1-1(y) f2-1(y). Neste caso, se x1= f1-1(y) e x2 = f2-1(y) temos que, f(x1)=y e f(x2)=y, já que as
duas são inversas de f(x). Mas neste caso f(x) não é injetiva e, portanto, não é bijetiva!
CONTRADIÇÃO.
(b) Prove, por indução, que para todo inteiro positivo n vale que 7n-2n é divisível por 5.
Para n=1 temos 7-2=5 OK
Supondo que 7n-2n é divisível por 5 existe um k tal que 7n-2n=5k.
Agora 7(n+1) – 2(n+1)= 7n+7-(2n+2)= 7n-2n +7-2 = 5k +7-2=5(k+1). CONFIRMADO
1 3 6
Encontre a relação de recorrência e a fórmula fechada desta seqüência. Para encontrar a fórmula fechada
use o princípio expandir, supor, verificar.
A sequência será 1, 3(=1+2), 6(=3+3), 10(=6+4), 15(=10+5), 21(=15+6),.., logo a
relação de recorrência será: S(1) = 1 e S(n) = S(n-1) + n.
Fórmula fechada:
Expandir: S(1) = 1; S(2) = 1 + 2; S(3) = 1 + 2 + 3; S(4) = 1 + 2 + 3 + 4
Supor: S(n) = i=1,..,n i
Verificar: S(1)=1 = i=1,..,1 i
Supondo verdadeiro que S(n) = i=1,..,n i temos que
S(n+1) = S(n) + n+1 = i=1,..,n i + n+1 = i=1,..,n+1 i C.Q.D.O
F(n) < 2n
10) Demonstre quais das afirmações a seguir são verdadeiras ou mostre quais são falsas:
a) O cubo de um número par x é par
Verdadeiro. Prova por absurdo: Suponhamos que existe um ímpar n = p3, em que p é um par. Logo n =
p.p.p = p2.p Como p é par existe um inteiro q tal que p=2.q. Mas então temos que = p2.q.2 e fazendo
p2.q = m temos n = 2.m, contradizendo a suposição de que n é ímpar.
b) |x+y| |x| + |y|
Verdadeiro: Temos 3 casos principais: (1) x e y positivos, (2) um deles é negativo e (3) ambos
negativos.
(1) Neste caso, |x| = x e |y| = y, logo |x+y| = |x| + |y| = x+y
(2) Seja x< 0 e y 0, neste caso x+y < |x| + y = |x| + |y| e, como para todo número n|n| temos que
|x+y| < ||x| + |y|| = |x| + |y|
(3) para x e y negativos teremos |x+y| |-(-x + -y)| = |(-x + -y)| |-x| + |-y| = |x| + |y|
(4) Os casos em que um deles é 0 podem ser enquadrados nos casos anteriores.
c) 1+5+9+ ... + (4n-3) = n(2n-1) {prove por indução que vale para todo inteiro positivo n}
Prova:
Para n=1 temos 4n-3=1 a sequência terá um só termo como 1=1(2.1-1)= 1. OK
Supondo que vale para n, para n+1 sería:
1+5+9+ ... + (4n-3)+(4(n+1)-3) = (n+1)(2(n+1)-1)
n(2n-1) + 4n+4-3 = 2n2-n + 4n +1= 2n2 + 3n +1
A outra parte fica sendo
(n+1)(2n+2-1) = (n+1)(2n+1) = 2n2+n+ 2n+1=2n2+3n+1 C.Q.D.
11)
Sabemos que para uma relação de recorrência do tipo S(n) = c.S(n-1) + g(n), podemos
encontrar a fórmula fechada pela equação S(n) = cn-1 S(1) + (k=0..n-2) ck g(n-k). Aplique esta equação à
relação de recorrência a S(1) = 2; S(n) = 2.S(n-1) + n2 + 1
a) Determine sua fórmula fechada
A equação S(n) = cn-1 S(1) + (k=0..n-2) ck g(n-k), aplicada à relação S(1) = 2 e S(n) = 2.S(n-1) + n2 + 1
Temos que c= 2, S(1)=2 e g(n) = n2+1, logo a fórmula será
S(n) = 2n-1 2 + (k=0..n-2) [2k ((n-k)2+1)] = 2n + (k=0..n-2) [2k ((n-k)2+1)]
b) Calcule S(4)
Para n=4, temos que S(4) = 24-1 2 + (k=0..4-2) [2k ((4-k)2+1)] = 23 2 + (k=0..2) [2k ((4-k)2+1)] = 16 + 20 (42+1) + 21.(32+1) +
22.(22+1) = 16 + 16+1 + 2(9+1) + 4(4+1) = 33 + 20 + 20 = 73
Conferindo: S(1) = 2; S(2) = 4+4+1=9; S(3) = 2.9+9+1= 28; S(4) = 2.28+16+1= 73
Parte II: Conjuntos e Gramáticas
1) Sejam A = {p,q,r,s}; B = {r,t,v} e C = {p,s,t,u}. subconjuntos de S={p,q,r,s,t,u,v,w} Encontre (Obs. A’ é
o complemento de A):
1) (A B)’
2) A’ – (B C)
3) (B-A) A
4) R ={(x,y) B A tal que x precede y no alfabeto}
5) R ={(x,y) B S tal que x divide y}
1) (A B) = {r}, logo (A B)’ = {p,q,s,t,u,v,w}
2) {t,u,v,w} – {p,r,s,t,u,v} = {w}
3) {t,v} {p,q,r,s} = {(t,p), (t,q), (t,r), (t,s), (v,p), (v,q), (v,r), (v,s)}
4) {(r,s)}
5) {(1,1),...,(1,10),(3,3),(3,6),(3,9),(5,5),(5,10)}
b) Seja l1 = {das duas primeiras letras de teu primeiro nome} e l2 = {das duas primeira letras de teu
último nome}. Encontre (A B)(l1 l2).
l1={U,L} , L2 = {S,C} logo li X l2 = {<U,S>, <U,C> ,<L,S>, <L,C>}. Nesse caso teremos
A X B – (l1 X l2) todos os pares de letras de {U,L,R,I,C,H} e {S,C,H,I,E,L} exceto os 4 acima.
2) Seja a gramática G = < , L, P>, com = tnt , t = {0,1}, nt= {S }, L= t*
e as produções P = { S 0S, S 1}
a) Quais sentenças válidas são produzidas por esta gramática?
b) E se acrescentarmos a produção S S0?
(a) As sentenças válidas são 1, 01, 001, 0001, 00001, ...
(b) Agora temos 1, 01, 001, 0001, ...
e 10, 100, 1000, ...
e 010, 0010, 00010, ...
Ou seja, todas cadeias com um ‘1’ e restante ‘0’s.
3)
a) Qual a diferença entre ,{}, {}? Dê a cardinalidade de cada um e as possíveis relações {, ,
ou =} entre eles.
RESP: ||=|{}|=0 e |{}| = 1. = {}, {}, {}, e {} {}.
b) Dados os conjuntos A={a, {a}, {{a}}}, B={a} e C={, {a,{a}}}, dê a cardinalidade de cada um e
mostre quais afirmações são verdadeiras: CA; BA; BC; {a, {a}}A; A-BC.
RESP: |A| = 3, |B| = 1, |C| = 2.
CA - falsa; BA - verdadeira; BC - falsa; {a, {a}}A - falsa; A-BC - falsa.
4)
Dados 3 conjuntos A, B e C, mostre que
a) A X (B C) = (A X B) (A X C).
Parte 1: A X (B C) (A X B) (A X C)
Se <x,y> A X (B C) então x A e y (B C). Nesse caso y B e y C). Mas, com x A e y B
temos que <x, y> (A X B) e com x A e y C temos que <x, y> (A X C). Destes dois fatos deduzimos
que < x,y> (A X B) (A X C).
Parte 2: O inverso se mostra invertendo todos os argumentos anteriores.
b) (A B) C) = A (BC)
Parte 1: (A B) C) A (BC)
Se <x,y> (A B) C) então <x,y> A X B e <x,y> (A X C). Pela primeira pertinência
sabemos que x A e y B. Logo, para valer a relação só é possível se y C.
Nesse caso temos x A, y B e y C o que caracteriza a situação <x,y> (A X (B-C)). c.q.d.
Parte 2: similar a anterior
5) Considere a gramática: G = <∑, L, R >. Onde:
= {+, -, .,1, 2, 3, 4, 5, 6,7, 8, 9 ,0} U {B, S, I, P, F}, sendo B o símbolo inicial.
R = {B SIPF,
S +|-| λ
I ID | D
P.
F DD
D 0|1| 2| 3| 4| 5| 6|7| 8| 9 }
1) Qual a linguagem que esta gramática define?
RESP: esta gramática reconhece números com duas casas decimais podendo ter um sinal na frente
ou não. Os números poderão começar com um ou mais dígitos ‘0’. Em outras palavras, reconhece
sequencias da forma +nn...n.nn ou –n...n.nn ou nn...n.nn.
2) Mostre como ela reconhece o número -459.33
RESP: para testar, basta seguir, em ordem inversa, as regras até chegar a B. Ou seja, temos:
-459.33 -459.DD -459.F -459PF -45DPF -4DDPF -DDDPF SDDDPF
SIDDPF SIDPF SIPF B (N.B. também pode-se percorrer o caminho inverso)
3) Modifique a gramática para que ela reconheça números inteiros, sem frações.
RESP:Para reconhecer só números inteiros, deve-se alterar a primeira regra para BSI e excluir as
regras P . e F DD
Para reconhecer também números inteiros, a primeira regra fica sendo BSIPF | SI
5)
Considere a gramática: G = <∑, L, R >. Onde:
= nt t sendo t = {+, -, ., /, 1, 2, 3, 4, 5, 6,7, 8, 9 ,0} e nt = {B, EXP, OP, N, D}, com as
regras de produção:
R = { 1: B EXP; 2: EXP ( EXP ) OP N; 3: EXP N OP N;
4: OP + | - | . | / ; 5: N D | ND; 6: D 0 | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 |7 | 8 | 9}
a) Qual a linguagem que esta gramática define?
Define expressões aritméticas da forma op1 op op2 em que op é um dos operadores +, -, . ou /, op2 é
um número inteiro positivo e op1 é ou também um inteiro ou outra expressão da mesma forma entre
parêntesis.
b) Mostre como ela reconhece a expressão (30-5)+025. Indique qual regra foi aplicada em cada
passo.
-(1)-: B EXP -(2)-: ( EXP ) OP N -(4)-: ( EXP ) + N -(5)-: ( EXP ) + ND -(5)-: ( EXP ) + NDD -(5)-: (
EXP ) + DDD -(6*)-: ( EXP ) + 025 -(3)-: ( N OP N ) + 025 -(5)-: ( N OP D ) + 025 -(6)-: ( N OP 5 ) + 025
-(5)-: ( ND OP 5 ) + 025 -(5)-: ( DD OP 5 ) + 025 -(5*)-: ( 30 OP 5 ) + 025 -(4)-: ( 30 - 5 ) + 025
c) Modifique a gramática para que ela:
1. também reconheça expressões entre parêntesis à direita e
Alterar a regra (2) para: 2: EXP N OP (EXP) | ( EXP ) OP N;
2. um número não comece com 0 (zero).
Substituir as regras 5: e 6: por 5: N P | PD; 6: D DF | F; 7: P 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 |7 | 8 | 9; 8: F
P | 0 |
E acrescentar aos não-terminais os símbolos P e F.
d) Altere a gramática para produzir o nome na forma inversa sendo que só o último sobrenome aparece
antes da vírgula.
Basta alterar as regras (1) e (3). Ficarão sendo:
1: NC Sobrenome ´, ´ Nome;
3: Sobrenome N;
8)
a) Uma mulher tem 7 blusas, 5 saias e 9 vestidos. De quantas maneiras diferentes ela pode se vestir?
(princípios da adição e multiplicação)
Existem duas formas de se vestir: (1) blusa e saia ou (2) vestido
(1) Para combinar 7 blusas com 5 saias, pelo princípio da multiplicação, há 35 combinações possíveis
(2) Aqui há 9 vestidos diferentes que podem ser vestidos
Pelo princípio da adição haverá, ao todo, 35 + 9 = 44 possibilidades
b) Queremos criar uma codificação binária para um conjunto de k caracteres. Determine quantas casas
binárias são necessárias para codificar todos caracteres (princípio das casas de pombos).
Para k=2 bastaria uma posição binária. Para k=3 ou 4, precisaríamos 2 casas, que dão 4
combinações. Para k entre 5 e 8 seriam 3. No geral, em n posições cabem 2n
combinações. Logo, para codificar k caracteres o número de posições n será tal que 2n-1
< k < 2n.
9) Uma pesquisa dentre 150 estudantes revelou que 83 são proprietários de carros, 97 possuem bicicletas,
28 têm motocicletas, 53 são donos de carros e bicicletas, 14 têm carros e motocicletas, sete possuem
bicicletas e motocicletas, e dois têm todos os três.
Resp.: Seja E o conjunto dos Estudantes, C os que têm carro, B os que têm bicicleta e M os que têm
motocicleta. Teremos:
|E| = 150 |C| = 83 |B| = 97 e |M| = 28; |CCM| = 14 ,
|BM| = 7 e |CBM| = 2
1) Quantos estudantes possuem apenas bicicletas?
Resp.: Os que só têm bicicletas são dados por
|B| - |C | - |B| + |C | =
= 97 - 53 - 7 + 2 = 41
2) Quantos estudantes não têm qualquer dos três?
Resp.: Todos que tê algum veículo são dados por
|C | = |C| + |B| + |M| - |C | - |C | - |B| + |C | =
= 83 + 97 + 28 - 53 - 14 - 7 + 2 = 136
Logo, os que não têm nada, são 150 – 136 = 14
10) Você está desenvolvendo um novo sabonete e contratou uma empresa de pesquisa de opinião pública
para realizar uma pesquisa de mercado para você. A empresa constatou que, em sua pesquisa de 450
consumidores, os fatores a seguir foram considerados relevantes na decisão de compra de um sabonete:
Perfume 425
Fácil produção de espuma 397
Ingredientes naturais 340
Perfume e fácil produção de espuma 284
Perfume e ingredientes naturais 315
Fácil produção de espuma e ingredientes naturais 219
Todos os três fatores 147
Você confiaria nesses resultados? Justifique.
10)Quantas vezes dois dados precisam ser lançados para termos certeza que obtivemos algum par duas
vezes? (Sugestão: divida as soluções em dois casos:
1.Quando os dados tiverem o mesmo valor
2.Quando os valores forem diferentes)
Resp. Como os resultados dos dois dados são independentes e cada dado tem 6 faces há, pelo princípio da
multiplicação 6x6=36 possibilidades.
Seguindo a sugestão, consideramos dois casos:
a) Quando os dois dados têm o mesmo valor, há 6 possibilidades;
b) Fora (a) sobraram 30 possibilidades. Para cada par (dado1=n,dado2=m) existe outro lançamento
(dado1=m,dado2=n) idêntico. Assim, haverá 15 lançamentos diferentes.
Pelo princípio da adição haverá 6+15 = 21 possibilidades de pares diferentes. Logo, pelo princípio da casa
do pombo, após 22 lançamentos, um par terá que se repetir.
OUTRA SOLUÇÃO: Há 6 casos aditivos, dependentes:
1. se para o dado-1 cair 1, haverá 6 combinações possíveis com o dado-2
2. se para o dado-1 cair 2, além de (2,1)., haverá mais 5 combinações possíveis
3. se cair 3, haverá mais 4 combinações novas
4. para o 4, haverá mais 3 combinações novas
5. para o 5 há mais 2 combinações
6. para o 6 há mais uma combinação, o (6,6).
Assim, pelo princípio da adição temos, ao todo, 6+5+4+3+2+1 = 21 combinações distintas.
{a,b} {a,c}
{a} {b} {c}
4) Seja P o conjunto dos habitantes de uma cidade. Considerando as relações a seguir mostre, para cada
uma delas, quais propriedades básicas (reflexiva, simétrica, anti-simétrica e transitiva) ela satisfaz e se
ela é uma relação de ordem (parcial ou total) ou uma relação de equivalência.
a. perto(x,y) = x mora a menos de 500m de y
é reflexiva pois todo habitante mora perto dele mesmo
é simétrica pois a distância de x para y é a mesma que a de y para x
não é anti-simétrica pois se dois habitantes moram perto um do outro, não significa que são a
mesma pessoa
não é transitiva pois se x mora a 400m de y e y mora a 400m de z a distância de x para z pode ser de
800m, logo não estão mais perto
não é relação de ordem nem de equivalência pois não é transitiva
b. longe(x,y) = x mora a mais de 500m de y
não é reflexiva pois ninguém mora longe dele mesmo
é simétrica pois se x mora longe de y o mesmo acontece entre y e x
não é anti-simétrica pois se x mora longe de y temos longe(x,y) e longe(y,x) mas xy
não é transitiva pois posso ter longe(x,y) e longe(y,z) mas z ser vizinho de x, ou seja, vale perto(x,z)
não é relação de ordem nem de equivalência pois não é reflexiva nem transitiva
c. mesmo-bairro(x,y) = x mora no mesmo bairro de y
é reflexiva pois todo habitante mora no mesmo bairro dele mesmo
é simétrica pois sempre vale mesmo-bairro(x,y) sss mesmo-bairro(y,x)
não é anti-simétrica pois basta ter mais de um habitante em um bairro
é transitiva pois x, y e z irão morar no mesmo bairro
é uma relação de equivalência pois valem as propriedades reflexiva, simétrica e transitiva.
d. mesmo-perto(x,y) = perto(x,y) mesmo-bairro(x,y)
é reflexiva pois tanto perto(x,y) e mesmo-bairro(x,y) são reflexivas
é simétrica pelo mesmo motivo
não é anti-simétrica pois ambas não o são
não é transitiva pois posso ter x, y e z no mesmo bairro mas contradizendo a propriedade transitiva
para perto(x,z)
não é relação de ordem nem de equivalência pois não é transitiva
8) Sejam o conjunto S = {a, b, c, d} e a relação = {(a,a), (a,b), (b,d), (b,a), (b,b), (c,a)}.
1) Determine se a relação é reflexiva, simétrica, transitiva, anti-simétrica, irreflexiva ou assimétrica e
justifique para cada caso.
Não é reflexiva pois faltam (c,c) e (d,d). Não é simétrica pois tem (b,d) mas falta (d,b). Não é transitiva
pois tem (a,b) e (b,d) mas falta (a,d). Não é anti-simétrica pois tem (a,b) e (b,a) mas ab. Não é
irreflexiva pois tem (a,a) e (b,b). Não é assimétrica pois tem (a,a) e (a,b) e não deveria ter (a,a) e (b,a).
2) Encontre ’ o fecho reflexivo de , e “ o fecho transitivo de ’.
’ = {(c,c), (d,d)}
’’ = '{(a,d), (c,b), (c,d)}
3) Encontre as reduções anti-simétrica e irreflexivas de . Um redução significa retirar elementos da
relação até que ela satisfaça a condição.
Redução anti-simétrica: {(b,a)} ou então {(a,b)}
Redução irreflexiva: {(a,a), (b,b)}
filho-de(F,P), filha-de(F,P).
a) Obtenha uma relação filho-ou-filha-de(F,P), que contém todos os filhos de cada pessoa;
b) A partir da relação de a), obtenha a relação unária filhos-de-joão(F) que contém todos os filhos da
pessoa ‘João’.
c) Ilustre tudo com um pequeno exemplo
OBS: lembre-se que sobre estas relações podem ser aplicadas as operações convencionais sobre
conjuntos, como união, intersecção, diferença, assim como as operações relacionais:
R’=restrição(R, condição), que elimina de R todas tuplas que não satisfazem a condição, e
R’=projeção(R(A, A’)) na qual A’ A, o conjunto dos atributos de R, e as tuplas de R são truncadas
para os atributos em A’
(a) filho-ou-filha-de(F,P) = filho-de(F,P) filha-de(F,P)
(b) R = restrição(filho-ou-filha-de, P=’João’)
filhos-de-joão(F) = projeção(R(F))
(c)
2) Seja o banco de dados
CURSO(Cur, Disc); EST(MatE, NomeE); MON(MatE, Disc); MAT(MatE, Disc);
PROF(NomeP, Disc);
Obtenha os dados:
1) Os nomes dos professores do curso de ‘Ciência da Computação’
R1 = CURSO[Cur=’Ciência da Computação’] uma relação com a estrutura R1(Cur, Disc)
R2 = PROF.P[P.Disc=R1.Disc]R1 uma relação com a estrutura R2(NomeP, Disc, Cur)
RESPOSTA = R2[NomeP]
2) Os nomes de todos monitores existentes
R1 = EST.E[E.MatE=M.MatE]MON.M uma relação com a estrutura R1(MatE, NomeE, Disc)
RESPOSTA = R1[NomeE]
3) Os nomes dos monitores matriculados em ‘Matematica Discreta’
R2 = MAT[Disc=’Matematica Discreta’] [MatE] nesta operação combinada, selecionamos os alunos
matriculados em ‘Matematica Discreta’ e projetamos para definir só os números de matricula.
A partir do resultado R1 da questão anterior, que contém uma relação de todos monitores,
determinamos os monitores de ‘Matematica Discreta’ pela junção com R2:
R3 = R1[R1.MatE=R2.MatE]R2 uma relação com a estrutura R3(MatE, NomeE, Disc), e
finalmente
3) RESPOSTA = R3[NomeE].
3)
Crie um banco de dados de produtos, clientes e vendas. Para o cliente temos um número, o nome e o ano desde quan
está cadastrado. Dos produtos temos um código, nome e total em estoque e das vendas é registrado a data, nr. do clie
e código do produto, quantidade e preço unitário.
Crie operações relacionais para responder às perguntas:
a) Quais os clientes que efetuaram compras em um valor superior a R$ 1000,00.
b) Dado uma relação R a função count(R) determina o número de tuplas contidas em uma relação. Determine
quantos produtos não foram vendidos no ano corrente. Sugestão: calcule quantos produtos já foram vendidos
Contando todos produtos existentes, da para determinar quantos não foram vendidos.
Temos CLIENTE(NR, NOME, ANO), PROD(CÓD, NOME, ESTOQUE) e
VENDAS(DATA, CLIENTE, CÓD, QUANT, PREÇO).
a) RESP = VENDAS[QUANT*PREÇO > 1000)[CLIENTE]
b) PV = VENDAS V[V.COD=PROD.P]PROD
VENDIDOS = PV[COD]
RESP = count(PROD) - count(PV)
x + x+y
+
/ res
y
* y*z
sen z2 +
y
/ res
+
sen
x
2x
4)..Quais das funções a seguir são bem definidas, injetivas e/ou sobrejetivas? Para as que não são bijetivas
reduza o domínio ou o contradomínio para se tornar bijetiva e defina a função inversa.
a) f:Z N dada por f(x) = x2 + 1
f não é injetiva pois para todo xZ, f(x)=f(-x);
f não é sobrejetiva pois para todo x, f(x) será o quadrado de um número mais um. Logo, p.ex. 3, 7 e 8
não estão em f(Z);
Para tornar a função injetiva, basta reduzir o domínio aos números positivos e o zero, o N. Para torná-la
sobrejetiva, analisemos f(x). Em N, teremos;f(0)=1, f(1)=1; f(2)=5; f(3)=10, f(4)=17 e assim por diante.
Então, para tornar f(x) uma bijeção consideramos N* o conjunto dos naturais com o zero e D={x/x=n2 +
1, para algum nN*} e f:N* D será uma bijeção. A inversa será f-1:DN tal que f-1(y)= (y-1)
b) f:Z Q dada por f(x) = 1/x
f não é bem definida, pois para 0Z, f(0) não está definida. Reduzindo o domínio para Z-{0}, teremos
que
f é injetiva, pois para quaisquer inteiros x e y, se xy certamente 1/x 1/y
f não é sobrejetiva pois a imagem de qualquer xZ-{0} f(x) será um número entre -1 e 1, logo todos
número maiores que 1 ou menores que -1 não estão na imagem de f. Para tornar a função bijetiva
notamos que a imagem de f(Z-{0}) = {y/ y é um racional que pode ser escrito da forma 1/x com xZ-
{0}}. Se chamarmos esse conjunto de D, teremos uma bijeção f: Z-{0} D. Nesse caso f-1(x)=f(x)=1/x.
c) f:N N N dada por f(x) = (x,x2)
f será injetiva pois se xy, é claro que (x,x2) (y,y2).
f não é sobrejetiva, pois do contradomínio NN, o primeiro N será todo coberto por f mas no segundo
só os quadrados perfeitos serão imagem de f. Logo, para tornar a função uma bijeção definimos
DNN como D={(y,z)/ z=y2}. Temos, então, f:N D, com f(x)=(x,x2) e f-1: D N, com f-1(x,x2)=x
d)
f: N N N dada por f(x,y) = (x+y)2
Esta função está bem definida mas não é injetiva (p.ex. f(1,2)=f(2,1)) e não é sobrejetiva (p.ex. 3
não é imagem de nenhum par (x,y) N N. Para torná-la injetiva pode-se reduzir o primeiro
domínio a um único número, p.ex. 0 (zero) e o contradomínio aos quadrados perfeitos
P={0,1,2,4,8,16,..}. Assim teríamos f: {0} N P e a inversa f-1:P {0} N tal que f-1(z) = (0, z)
Parte V: Estruturas algébricas
1) Em cada caso abaixo, mostre se as funções definidas são bijeções, homomorfismos ou
isomorfismos. Se for isomorfismo, mostre o homomorfismo inverso.
f: <R-{0}, + > <R-{0}, + > dada por f(x) = 1/x
É bem definida pois todo real diferente de zero tem um inverso.
É injetiva pois se xy também temos 1/x 1/y
É sobrejetiva pois todo real diferente de zero x tem um inverso 1/x. Nesse caso f(1/x) = x, logo x
pertence à imagem f(R-{0}).
Para ser um homomorfismo tem que valer f(x) + f(y) = f(x+y) já que dos dois lados a operação é a
soma. A primeira parte é 1/x + 1/y = (y+x)/(x.y) e a segunda será 1/(x+y), logos são
diferentes. P.ex. para x=1 e y=2 teríamos
(y+x)/(x.y) = 3/2 e 1/(x+y) = 1/3. Concluímos que é bijetora mas não é homomorfismo.
f: <Z, + > <P, + > dada por f(x) = 2x (P é o conjunto de números pares)
É bem definida pois para todo inteiro n, 2n é um número par.
É injetiva pois para inteiros n e m diferentes, teremos 2n2m.
É sobrejetiva, pois para todo par p existe o inteiro p/2 tal que f(p/2) = p.
Para ser homomorfismo deve valer f(x) + f(y) = f(x+y).
Temos f(x) + f(y) = 2x + 2y = 2(x+y) = f(x+y).
Também f-1(x)+ f-1(y)= x/2 + y/2 = (x+y)/2 = f-1(x+y)
Logo é bijeção e ambos são homomorfismos, portanto é um isomorfismo.
f: <Z, +> <P, . > dada por f(x) = 2x (P é o conjunto de números pares)
Pelos mesmos argumentos acima é uma bijeção.
Para ser homomorfismo deve valer f(x) . f(y) = f(x+y).
Temos f(x) . f(y) = 2x . 2y = 4xy, mas f(x+y) = 2(x+y). Logo não é homomorfismo nem
isomorfismo
2) Dadas as álgebras de Boole B1 = <{0,1}, +, ·, ‘, 0, 1>, com x+y = max(x,y) e x · y = min(x,y), e B4 =
<{F,V}, , , , F, V>, então existe um isomorfismo natural h: B1B4, com h(0) = F e h(1) = V.
Resolva, cada expressão a seguir de duas formas: (1) diretamente em B1 e (2) aplicando h(e),
resolvendo em B4 e aplicando h-1 ao resultado:
a) (0+(1+1)’)’ · ((0’’+1)· 0)
Forma direta: (0+(1+1)’)’ · ((0’’+1)· 0) = (0+1’)’. ((0+1).0) =(0)’ . (1 . 0) = 1 . 0 = 0
Forma indireta: h(0+(1+1)’)’ · ((0’’+1)· 0) =
(F (V V) ((FV) F) = (FV) ((FV) F)= F(VF) =VF=F
finalmente h-1(F) = 0
b) 1’ · 0’ + (1+1+(1· 0))’
Forma direta: 1’ · 0’ + (1+1+(1· 0))’ = 0 · 1 + (1+(0))’= 0+(1)’ = 0+ 0 = 0
Forma indireta: h(1’ · 0’ + (1+1+(1· 0))’ =
V F (VV(VF)) = F V (VF) = F V = F F = F, logo h-1(F) = 0
x = 1 2 3 5
h(x)= {1} {2} {1,2}
E h(sup) = ; h(inf) =
Para ser isomorfismo deve valer:
1. h é uma bijeção entre A e B. Isto está claro na tabela da função.
2. h(inf(x,y)) = h(x) h(y)
3. h(sup(x,y)) = h(x) h(y)
4. h(x’) = h(x)”
Podemos mostrar as propriedades 2, 3 e 4 pela tabela:
5)
Dada uma álgebra de Boole B = <B, +, ·, ‘, 0, 1> podemos definir um novo operador (ou
exclusivo) como sendo x y = x . y’ + y . x’ .
1. Analise as propriedades de <B, > e determine sua estrutura algébrica.
Associativa: x (y z) = x (y.z’ + z.y’) = x. (y.z’ + z.y’)’ + (y.z’ + z.y’).x’= x.((y.z’)’.(z.y’)’) +
(y.z’.x’+z.y’.x’) = x.(y’+z).(z’+y) + (y.z’.x’+z.y’.x’) =
(x.y’+x.z).(z’+y) + (y.z’.x’+z.y’.x’) = x.y’(z’+y)+x.z.(z’+y) + (y.z’.x’+z.y’.x’) =
x.y’.z’+ x.y’.y + x.z.z’+x.z.y + (y.z’.x’+z.y’.x’) = x.y’.z’ + x.z.y + (y.z’.x’+z.y’.x’) =
x.y’.z’+y.x.z’ + z.x.y+z.x’.y’ = (x.y’+y.x’).z’ + z. (x.y+x’.y’) =
(x.y’+y.x’).z’ + z.(x’.y’+y.y’ + x’.x+y.x) = (x.y’+y.x’).z’ + z.((x’+y).y’+(x’+y).x)) = (x.y’+y.x’).z’ +
z.(x’+y).(y’+x) = (x.y’+y.x’).z’ + z.(x.y’)’.(y.x’)’=
(x.y’+y.x’).z’+z. (x.y’+y.x’)’=(x.y’+y.x’) z = (x y) z
Solução tabelar:
x y z yz x (y z) x y (x y) z
0 0 0 0 0 0 0
0 1 0 1 1 1 1
1 0 0 0 1 1 1
1 1 0 1 0 0 0
0 0 1 1 1 0 1
0 1 1 0 0 1 0
1 0 1 1 0 1 0
1 1 1 0 1 0 1
y
x
7) Assim como existe um isomorfismo entre álgebras (que preserva as operações) pode-se definir
isomorfismos entre conjuntos parcialmente ordenados <S,> e <S’,’> como uma bijeção f:SS’ que
preserva as ordens, ou seja, se xy então f(x)’f(y).
1. Se S=S’={a,b,c, d} defina 3 ordens parciais em S que são isomorfas entre si.
a
a b a b
c b
c d c d
d
2. Se S tem 4 elementos {a,b,c,d} mostre quantos reticulados distintos (não isomorfos) podem ser
formados. (SUGESTÃO: use os Diagramas de Hasse para POSETS para resolver os dois itens.)
a
b
c b
c
d
d
11) Dado uma álgebra <Z, >, sendo Z os inteiros, defina operações tal que:
a. Comutativa mas não associativa
(x,y) = (x+y)2 é comutativa, pois (x+y)2 = (y+x)2 e
não é associativa pois, p.ex.
((1+2)2 +3)2 = (32 +3)2 = (9 +3)2 = 122
((1+(2 +3)2)2 = (1+ 52)2 = 262
b. Forma só um semi grupo
(n,m)=n.
É associativa pois
((x,y),z) = (x,z) = x e (x, (y,z)) = (x,y) = x
Mas não é comutativa, pois (x,y) = x e (y,x) = y.
Não tem neutro, pois deveria valer (x,i) = (i,x) = x mas, para xi teremos (i,x)=i x!
c. <Z, > forma só um monóide
(x,y) = x.y é claramente associativa e tem neutro, o 1 (um). Mas, como o domínio é Z os
inteiros não têm inverso tal que n.n-1 = 1
12) Dado uma álgebra <S, *>, determine para cada caso se temos um semi-grupo, monóide, grupo ou
nenhum desses:
a.
S = R (os reais) e x*y = (x+y)2
Associativo: contra-exemplo 1*(2*3)=(1+(2+3)2)2=(1+25)2 = 262
(1*2)*3=(1+2)2+3)2=(9+3)2 =122
Logo não é semi-grupo, portanto não é monóide nem grupo.
b. S = {1,2,4} e x*y é o produto módulo 6
Assoc: x*(y*z)=x.q1, sendo q1 (= o resto da divisão de y.z por 6)
= q2 (= o resto da divisão de x.q1 por 6)
Observe que se y*z está fora de S só pode ser 8, que daria q1=1 ou pode ser 16 dando q1 = 4.
Em ambos os casos pode-se mostrar, por exaustão, que x*(y*z)=x.y.z mod 6. Analogamente
pode-se mostrar que (x.y).z também coincide com x.y.z. Logo x.(y.z) = x.y.z = (x.y).z
Neutro: é o 1, pois x*1=x=1*x para todo x em S
Inverso: nem o 2 nem o 4 possuem inverso, pois 2.x=2 para todo x e 4.1=4, 4.2+2 e 4.4=4,
logo nunca 4.x=1.
Concluindo, é um monóide.
c. S = N (os naturais) e x*y = min(x,y)
min(x,min(y,z)) = min (x,y,z) = min(min(x,y),z) – logo é associativa
min(x,y) = min(y,x) – logo é comutativa
não existe um natural n tal que min(x,n) = x para todo x, pois basta tomar x=n+1 e teremos
min(n+1,n) = n e não n+1. – logo não tem neutro
Conclusão: é um semi-grupo comutativo
d. S = N N e (x1,y1)* (x2,y2) = (x1,y2)
((x1,y1)* (x2,y2))*( x3,y3) = (x1,y2)*( x3,y3) = ( x1,y3) e
(x1,y1)* ((x2,y2)*( x3,y3)) = (x1,y1)*( x2,y3) = ( x1,y3), logo é associativa
(x1,y1)* (x2,y2) = (x1,y2) mas (x2,y2)* (x1,y1) = (x2,y1), logo não é comutativa
Como o resultado da operação sempre terá um componente do segundo operando, não é
possível haver um (i2,i2) tal que (x1,y1)* (i2,i2) = (x1,y1), logo não tem identidade e,
consequentemente, não tem inverso.
Conclusão: é um semi-grupo não comutativo
e. S = {f/ f:NN} (conjunto das funções naturais} e f*g(x) = f(x)+g(x)
Associativa: (f*g)*h(x) = (f(x)+g(x))+h(x) = f(x)+g(x)+h(x) = f(x) + (g(x) + h(x)) =
f*(g*h)(x)
Identidade: seja i(x)=0, teremos f*i(x) = f(x) + i(x) = f(x) + 0 = f(x)
Neutro: seja g(x) = –f(x) então f*g(x) = f(x) + -f(x) = 0 = i(x)
Comutativa: como f(x)+g(x) = g(x) + f(x) será comutativa.
Logo é um grupo comutativo
14) Em cada caso abaixo, mostre quais das funções definidas são bem definidas, bijeções,
homomorfismos e quais são isomorfismos. Para o isomorfismo, mostre o isomorfismo inverso.
a) f: <Z, + > <Z, + > dada por f(x) = 0
é um homomorfismo pois se x+y=z, temos f(x)+f(y)=0+0=0=f(z). Não é isomorfismo pois não é
injetiva nem sobrejetiva.
b) f: <Z, + > <Z, + > dada por f(x) = x + 1
Não é homomorfismo, pois se x+y=z, temos f(x)+f(y)=x+1 + y+1 = x+y+2 enquanto
f(x+y)=x+y+1x+y+2. Se não é homomorfismo também não pode ser isomorfismo.
c) f: <Z, +> <Z, . > dada por f(x) = x
Não é homomorfismo pois se x+y=z deveríamos ter f(x).f(y)=f(z) ou seja x.y=z Logo também não é
isomorfismo.
d) f: <R-{0}, + > <R-{0}, + > dada por f(x) = 1/x
É bem definida pois todo real diferente de zero tem um inverso.
É injetiva pois se xy também temos 1/x 1/y
É sobrejetiva pois todo real diferente de zero x tem um inverso 1/x. Nesse caso f(1/x) = x, logo x
pertence à imagem f(R-{0}).
Para ser um homomorfismo tem que valer f(x) + f(y) = f(x+y) já que dos dois lados a operação é a
soma. A primeira parte é 1/x + 1/y = (y+x)/(x.y) e a segunda será 1/(x+y), logos são diferentes. P.ex.
para x=1 e y=2 teríamos
(y+x)/(x.y) = 3/2 e 1/(x+y) = 1/3. Concluímos que é bijetora mas não é homomorfismo.
e) f: <Z, + > <P, + > dada por f(x) = 2x (P é o conjunto de números pares)
É bem definida pois para todo inteiro n, 2n é um número par.
É injetiva pois para inteiros n e m diferentes, teremos 2n2m.
É sobrejetiva, pois para todo par p existe o inteiro p/2 tal que f(p/2) = p.
Para ser homomorfismo deve valer f(x) + f(y) = f(x+y).
Temos f(x) + f(y) = 2x + 2y = 2(x+y) = f(x+y).
Também f-1(x)+ f-1(y)= x/2 + y/2 = (x+y)/2 = f-1(x+y)
Logo é bijeção e ambos são homomorfismos, portanto é um isomorfismo.
f) f: <Z, +> <P, . > dada por f(x) = 2x (P é o conjunto de números pares)
Pelos mesmos argumentos acima é uma bijeção.
Para ser homomorfismo deve valer f(x) . f(y) = f(x+y).
Temos f(x) . f(y) = 2x . 2y = 4xy, mas f(x+y) = 2(x+y). Logo não é homomorfismo nem
isomorfismo.
4) < C, sup, inf> com: C um reticulado finito ordenado por uma relação £ e inf(x,y) é o ínfimo de x e
y e sup(x,y) é o supremo de x e y.
Associativa: dados 3 elementos de um reticulado podemos definir inf3(x,y,z) como o ínfimo de x,y e z.
Agora deve valer inf(x,inf(y,z)) = inf3(x,y,z) assim como inf(inf(x,y),z). Pode ser provado por absurdo.
Analogamente vale para sup(x,y);
Neutro: Já que C é reticulado finito terá um elemento máximo MAX e um mínimo MIN. Nesse caso
teremos inf(x,MAX) = x e sup(x<MIN) = x. Logo MAX é o neutro de inf() e MIN é o neutro de sup().
Inverso: se x MAX, para todo y, teremos inf(x,y) x, logo não haverá y tal que inf(x,y) MAX. Logo não
tem inverso.
Comutativa: é claro que inf(x,y) = inf(y,x) assim como sup(x,y) = sup(y,x)
Concluimos que ambas estruturas são monoides comutativos, logo <C,sup,inf> não é anel.
14) . Seja B={0,1,a,b}. Defina uma álgebra de Boole <B,+,*,’,0,1> sendo que ‘ é definido como: 0’=1,
1’=0, a’=b e b’=a. Defina as operações + e * por duas tabelas.
+ 0 1 a b * 0 1 a b
0 0 1 a b 0 0 0 0 0
1 1 1 1 1 1 0 1 a b
a a 1 a 1 a 0 a a 0
b b 1 1 b b 0 b 0 b
E h(sup) = ; h(inf) =
Para ser isomorfismo deve valer:
1. h é uma bijeção entre A e B. Isto está claro na tabela da função.
2. h(inf(x,y)) = h(x) h(y)
3. h(sup(x,y)) = h(x) h(y)
4. h(x’) = h(x)”
Podemos deduzir as propriedades 2, 3 e 4 pela tabela:
x y inf(x,y) h(inf(x,y)) h(x) h(y) sup(x,y) h(x) h(y) x’ h(x’) h(x)”
1 2 1 2 {1} 5 [1,2} {1,2}
1 3 1 3 {2}
1 5 1 5 {1,2}
2 3 1 5 {1,2} 3 {2} {2}
2 5 2 {1} {1} 5 {1,2}
3 5 3 {2} {2} 5 {1,2} 2 {1} {1}
Não mostrei os valores triviais quando x=y e os inversos.
16) Dado uma álgebra <S, >, para cada operação mostre quais das propriedades ANIC ela satisfaz e
que tipo de álgebra é:
1. S = {inteiros} e (x,y) = (x+y)2
Não é associativa, pois, p.ex. ((1+1)2+3)2 = (4+3)2 = 49 e ((1+(1+3)2) 2= (1+16)2 =172= 289
Não tem neutro pois, p.ex. com x=2 o neutro sería y tal que (2+y)2= 2 teríamos y = 2 – 2 o que não é um
número inteiro.
É comutativa pois (x+y)2= (y+x)2
Logo a estrutura é só comutativa e nada mais.
2. S = {cadeias de caracteres} e (x,y) = x || y a concatenação de cadeias
É associativa pois ((x || y) || z) = (xy || z) = xyz = ((x || (yz)) (x || (y || z))
Tem neutro, a cadeia vazia , pois x || = x
Não tem inverso pois nenhuma cadeia reduz o tamanho de uma cadeia para , e tamanho 0.
Não é comutativa, pois p.ex. “a“||”b” = “ab” e “b” || “a” = “ba”
Logo é um monoide não-comutativo
17) Uma extensão da lógica proposicional considera 3 valores possíveis: Verdade(V), Falso(F) ou Nulo(N).
Nesta lógica os operadores , e são definidos como
p V V V F F F N N N
q V F N V F N V F N
pq V F N F F F N F N
p V V V F F F N N N
q V F N V F N V F N
pq V V V V F N V N N
p V F N
p F V N
Mostre que a lógica de 3 valores <{F,V,N}, , , , F, V>. não é uma álgebra de Boole. Analise, para o ,
as propriedades comutativa, neutro e inverso; e a distributiva x(y z) =(xy) (xz). Sugestão: para
analisar o faça a matriz da operação.
Observando a matriz
pq V F N
Vê-se que pq é comutativo pois a matriz é simétrica. V F N
V
O elemento neutro é V, observando a primeira linha ou F F F
primeira coluna. F
N N F N
Não tem inverso, pois não há nenhuma linha que leva todos
valores em V.
Distributiva: um exemplo
V(N F) = VN = N e (VN) (VF)= N F = N
Completo (as combinações de V e F são as clássicas. Mostramos as combinações de V com pelo menos um
valor N):
x y z y z x(y z) xy xz (xy) (xy)
V V N V V V N V
V N V V V N V V
N V V V N N N N
V N N N N N N N
N N V V N N N N
N N N N N N N N
Não é álgebra de Boole pois, como V é o neutro de , deve valer x x = V. Mas, pela tabela temos que
N N = N N = N V!
c) Calcule o valor da expressão para x=1, y=0 e z=0. Use primeiro a expressão original e depois a só
com NAND e a só com NOR
Para x=1, y=0 e z = 0, teremos
Original: (x.y’).(y’+z) = (1.0’).(0’+0) = 1.(1+0) = 1.1 = 1
NAND: (((x ’. (y ’. 1)) ’. (y ‘. 1)) ‘. y) ‘. (((x ‘. (y ‘. 1)) ‘. 1) ‘. z) ‘. 1 =
(((1 ’. (0 ’. 1)) ’. (0 ‘. 1)) ‘. 0) ‘. (((1 ‘. (0 ‘. 1)) ‘. 1) ‘. 0) ‘. 1=
(((1 ’. 1) ’. 1) ‘. 0) ‘. (((1 ‘. 1) ‘. 1) ‘. 0) ‘. 1 =
((0 ’. 1) ‘. 0) ‘. ((0 ‘. 1) ‘. 0) ‘. 1= (1 ‘. 0) ‘. (1 ‘. 0) ‘. 1 = (1 ‘. 1) ‘. 1 = 0 ‘. 1 = 1
NOR: (((x ‘+ 0) ‘+ y) ‘+ 0) ‘+ ((y ‘+ 0) ‘+ z) = (((1 ‘+ 0) ‘+ 0) ‘+ 0) ‘+ ((0 ‘+ 0) ‘+ 0) =
((0 ‘+ 0) ‘+ 0) ‘+ (1 ‘+ 0) = (1 ‘+ 0) ‘+ 0 = 0 ‘+ 0 = 1