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Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA

Curso: Ciência da Computação


Disciplina: Matemática Discreta
Professor: Hudson Costa

Lista de Exercícios:

Aluno(a): Pedro Onayquem Araújo Tomé


Aluno(a): Vanessa Vitória Silva Magalhães

1. [Funções] Sejam f : X → Y e g : Y → Z funções tal que h = g ◦ f é uma bijeção.


a) f é injetiva. Se assumirmos que f não é injetiva, então existem x1 e x2 em X tal que
x1 ̸= x2 mas f (x1 ) = f (x2 ). Portanto, g(f (x1 )) = g(f (x2 )), o que contradiz h sendo bijetiva.
Logo, f deve ser injetiva.
b) g é sobrejetiva. Para todo z em Z , existe um x em X tal que h(x) = z (porque h é
bijetiva). Isso implica que g(f (x)) = z , o que signica que g é sobrejetiva.

2. [Funções] Suponha que f : X → Y e g : Y → Z são ambas sobrejetivas. Prova: Para


qualquer elemento z em Z , já que g é sobrejetiva, existe um y em Y tal que g(y) = z .
E porque f é sobrejetiva, para esse y , existe um x em X tal que f (x) = y . Portanto,
(g ◦ f )(x) = g(f (x)) = g(y) = z . Logo, g ◦ f é sobrejetiva.

3. [Relações e Equivalências]
a) Múltiplos de [3] em Z/9: Para k = 0: k[x] = 0[3] = [0] Para k = 1: k[x] = 1[3] = [3]
Para k = 2: k[x] = 2[3] = [6] Para k = 3: k[x] = 3[3] = [9] ≡ [0] em Z/9 Para k = 4:
k[x] = 4[3] = [12] ≡ [3] em Z/9 Como estamos em Z/9, e 3[3] já nos trouxe de volta a [0],
múltiplos subsequentes serão repetições dos mesmos valores que já listamos. Múltiplos de
[3] em Z/9 são: [0], [3], [6]
b) Múltiplos de [3] em Z/8: Para k = 0: k[x] = 0[3] = [0] Para k = 1: k[x] = 1[3] = [3]
Para k = 2: k[x] = 2[3] = [6] Para k = 3: k[x] = 3[3] = [9] ≡ [1] em Z/8 Para k = 4:
k[x] = 4[3] = [12] ≡ [4] em Z/8 Para k = 5: k[x] = 5[3] = [15] ≡ [7] em Z/8 Para k = 6:
k[x] = 6[3] = [18] ≡ [2] em Z/8 Para k = 7: k[x] = 7[3] = [21] ≡ [5] em Z/8 E assim por
diante... Múltiplos de [3] em Z/8 são: [0], [3], [6], [1], [4], [7], [2], [5]

4. [Relações e Equivalências]
Para provar que R é uma relação de equivalência, precisamos mostrar que R é reexiva,
simétrica e transitiva:
a) Reexiva: Para qualquer vértice a, há um caminho de a para a com 0 arestas (o caminho
trivial), que é um número par. Portanto, aRa.
b) Simétrica: Se aRb, então há um caminho de a para b com um número par de arestas. O
caminho inverso, de b para a, também terá um número par de arestas. Portanto, bRa.
c) Transitiva: Se aRb e bRc, então há um caminho de a para b e um caminho de b para c,
ambos com números pares de arestas. A concatenação desses caminhos ainda resultará em
um caminho com um número par de arestas (a soma de dois números pares ainda é par).
Portanto, aRc.
Como R é reexiva, simétrica e transitiva, R é uma relação de equivalência.

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5. 5. [Ordem Parcial]
Vamos resolver as partes da questão:
a) O diagrama de Hasse é uma representação gráca de uma relação de ordem parcial. Nele,
colocamos os elementos do conjunto como pontos e desenhamos uma linha entre os pontos
sempre que um elemento é menor do que o outro de acordo com a relação de ordem. Não
desenhamos linhas para elementos relacionados por transitividade. Em um diagrama de
Hasse, um elemento x é desenhado abaixo de y se x < y .
Infelizmente, não sei como criar grácos diretamente aqui no LaTex, mas vou descrever o
diagrama:
1. "alface"no topo, com linhas apontando para "brócolis"e "cenoura".
2. Abaixo de "brócolis", tem o "repolho", com linhas apontando para "cenoura"e "tomate".
3. À esquerda de "repolho", tem "aspargos".
4. Abaixo de "tomate", cogumelo"e "milho".
5. À esquerda de "cogumelo, "cebola".
6. Abaixo de "milho", "cenoura"e "berinjela".
7. Abaixo de "cenoura", "berinjela"e à esquerda de "berinjela", "aspargos".

b) O(s) vegetal(is) favorito(s) do cliente são aqueles que não têm nenhuma linha apontando
para eles, ou seja, os elementos no topo do diagrama de Hasse. Neste caso, é o "alface".
O(s) vegetal(is) menos apreciado(s) são aqueles do fundo do diagrama, que não apontam
para outros vegetais. No caso, são "cebola", "berinjela"e "aspargos".

6. Níveis do diagrama: 1: j, k, l 2: f, g, h, i 3: c, d, e 4: a, b
Com base nisso:
a) "j"e "k", Seu encontro é "g", mas não têm uma junção comum, pois ambos apontam para
diferentes conjuntos de elementos no nível 2 e não têm um antecessor comum no nível 1.
b) "c"e "e", A junção é "f", pois "f"é o menor elemento que é maior que ambos "c"e "e".
No entanto, eles não têm um encontro comum, pois não têm um sucessor comum no nível 4.
c) "f"e "h", Eles não têm uma junção comum no nível 1 e não têm um encontro comum no
nível 3.

7. Seja T (n) o número de círculos necessários para formar um triângulo com base em n círculos.
Para formar um triângulo, precisamos de n círculos no fundo, n − 1 no nível acima, n − 2
no próximo nível e assim por diante até chegar a 1. Assim, a relação é:

T (n) = n + T (n − 1)

Com a condição inicial: T (1) = 1

8. a) Cada quadrado tem o dobro de grãos do quadrado anterior. Portanto, a relação de


recorrência é:
R(n) = 2 × R(n − 1)
Com a condição inicial: R(1) = 1
b) R(64) é o resultado de dobrar 63 vezes o valor inicial. Portanto:

R(64) = 263

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Dado que um grão de arroz pesa 25 miligramas, o peso em quilogramas no 64º quadrado é:

Peso = 25 × 263 mg = 25 × 263 × 10−6 kg

9. Precisamos provar que B(n) = 3n − 1 usando indução.


Base da indução:
B(1) = 2 = 31 − 1

Passo da indução: Assuma que a fórmula vale para n = k , ou seja, B(k) = 3k − 1. Então:

B(k + 1) = 3 × B(k) + 2

B(k + 1) = 3 × (3k − 1) + 2
B(k + 1) = 3k+1 − 3 + 2 = 3k+1 − 1

10. A relação de recorrência é:


P (n) = P (n − 1) + 3
Com a condição inicial: P (0) = 5
Palpite para solução em forma fechada:

P (n) = 3n + 5

Vamos vericar este palpite:


Base: P (0) = 5
Para n > 0:
P (n) = P (n − 1) + 3
Substituindo o palpite:
3n + 5 = 3(n − 1) + 5 + 3
3n + 5 = 3n + 2

O palpite está incorreto, pois a equação acima não é verdadeira. Uma solução correta seria
P (n) = 3n + 2.

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