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UFRGS  Instituto de Matemática MAT01057 - Análise Matemática A

Departamento de Matemática Pura e Aplicada


Prof. Jean Carlo Moraes Lista 1

1. Mostre por indução que

a) 1 + 3 + 5 + ... + (2n − 1) = n2 , ∀ n ∈ N.
n(n+1)(2n+1)
b) 12 + 22 + 32 + ... + n2 = 6
, ∀ n ∈ N.
n(n+1)(n+5)
c) 1.4 + 2.5 + 3.6 + ... + n(n + 3) = 3
, ∀ n ∈ N.

d) n2 ≤ 2n , ∀ n ∈ N, n ≥ 4.

2. Mostre que
3n + n2 ≤ n!, ∀ n ∈ N, n ≥ 7.

3. Mostre que, ∀n ∈ N,
1 1 1 n
+ + ... + =
1·3 3·5 (2n − 1)(2n + 1) 2n + 1
4. Mostre que, ∀n ∈ N\{1},
n
X 1 1
=1−
k=2
(k − 1)k n

5. Suponha que num determinado país existam dois tipos de selos, um de 4 e outro de 7 centavos. Prove que
é possível ter qualquer valor de postagem de 18 centavos ou mais usando somente esses selos.

6. Considere uma função f : N → N, onde

f (1) = 2
f (k) = 3f (k − 1) ∀ k ≥ 2.

Prove que f (k) = 2.3k−1 .

7. Considere uma função f : N → N, onde

f (k) = 5f (k − 1) − 6f (k − 2) ∀ k ≥ 3
f (1) = 12, f (2) = 29.

Prove que f (k) = 5.3k−1 + 7.2k−1 .

8. Mostre que 3n − 2 é impar ∀ n ∈ N.

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Prof. Jean Carlo Moraes Lista 2

1. Mostre que a união de dois conjuntos nitos e não vazios X e Y quaisquer é um conjunto nito e que
i) se X e Y forem disjuntos, então #(X ∪ Y ) = #X + #Y ;
ii) se Y ⊂ X , então #X = #Y + #(X − Y );
iii) em geral, #(X ∪ Y ) + #(X ∩ Y ) = #X + #Y.
2. Sejam X um conjunto não vazio e Y um conjunto enumerável quaisquer. Mostre que
i) se X for enumerável, então #(X ∪ Y ) será enumerável, mas X − Y será nito ou enumerável;
ii) se X for não enumerável, então X ∪ Y e X − Y serão não enumeráveis;
3. Mostre que o conjunto das funções de N em {0, 1} não é enumerável.
4. Mostre que se A é enumerável então a coleção de todos os subconjuntos nitos de A, {X ⊂ A, X é nito},
é enumerável.
5. Mostre que o conjunto dos subconjuntos innitos de N é não enumerável.
6. Mostre que o produto cartesiano de X × Y de dois conjuntos nitos não vazios X e Y é nito e que
#(X × Y ) = #X.#Y . Mostre que o produto cartesiano de um número nito de conjuntos nitos não vazios
é nito e seu cardinal é o produto dos cardinais.
7. (Teorema de Cantor-Berstein-Schröder) Dados os conjuntos A e B , suponha que existam funções injetivas
f : A → B e g : B → A. Prove que existe uma bijeção h : A → B .
8. Mostre que o conjunto dos números complexos que é solução de uma equação polinomial com coecientes
inteiros (conjunto dos números algébricos) é enumerável.

9. Prove que o conjunto de todas as séries de potências an xn é não enumerável.
X

n=1

10. Seja (an ) uma sequência de números naturais, i.e.,


an := a(n), onde a : N → N.
Determine se os conjuntos abaixo são enumeráveis ou não. Justique sua resposta.
i) J = {(an ) : ∀ n ∈ N an+1 ≤ an }
ii) G = {(an ) : ∀ n ∈ N an ≤ an+1 }
11. Seja (an ) uma sequência de números inteiros, i.e.,
an := a(n), onde a : N → Z.
Determine se os conjuntos abaixo são enumeráveis ou não. Justique sua resposta.
i) D = {(an ) : an = 0 exceto para um número nito de n's}
ii) L = {(an ) : ∀ n ∈ N |an − an+1 | = 1}.

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1. Escreva a denição de supremo e ínmo de um conjunto não vazio A.


2. Seja X = {1/n : n ∈ N}. Prove que inf X = 0.
3. Fixado 0 < a < 1, mostre que inf{an : n ∈ N} = 0.

4. Mostre que inf{ n n : n ∈ N, n ≥ 2} = 1.
5. Fixado 0 < a < 1, mostre que inf{nan : n ∈ N} = 0.
6. Mostre que, dado qualquer x ∈ R, vale que
x = sup{r ∈ Q : r < x} = inf{z ∈ Q : z > x} = sup(−∞, x).

7. Sejam A ⊂ B conjuntos não vazios e limitados de números reais. Prove que


inf B ≤ inf A ≤ sup A ≤ sup B.

8. Sejam A, B conjuntos não vazios de números reais, tais que x ∈ A, y ∈ B ⇒ x ≤ y . Prove que
sup A ≤ inf B . Prove que a igualdade vale se, e somente se, para todo  > 0, existem x ∈ A e y ∈ B tais que
y − x < .

9. Sejam A, B conjuntos não vazios e limitados, seja A + B = {x + y; : x ∈ A, y ∈ B}. Prove:


a) A + B é limitado
b) sup(A + B) = sup A + sup B
c) inf(A + B) = inf A + inf B
10. Dados A, B ⊂ R limitados e não vazios, seja C = {x − y : x ∈ A, y ∈ B}. Prove que
sup C = sup A − inf B.

11. Dado X ⊂ R, denote |X| = {|x| : x ∈ X}. Mostre que X é limitado se, e somente se, |X| é limitado e
que, nesse caso,
0 ≤ sup |X| = max{sup X, − inf X}.

12. Seja X ⊂ R. Uma função f : X → R é dita limitada superiormente se sua imagem f (X) = {f (x) :
x ∈ X}, for um subconjunto limitado superiormente. Neste caso dene-se o supremo de f (e denota-se por
sup f ) como sendo o supemo do conjunto f (X). Dadas duas funções, f, g : X → R, a soma f + g é a função
f + g : X → R denida por
(f + g)(x) = f (x) + g(x).
Prove que se f, g : X → R são limitadas superiormente, então f + g também é limitada superiormente com

sup(f + g) ≤ sup f + sup g.

A desigualdade pode ser estrita? Justique sua resposta.

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1 (Exe 1 de 1). Prove que se (sn ) converge, então (|sn |) converge. A recíproca é verdadeira? Justique sua
resposta.
2. Determine se as seguintes sequências convergem ou divergem, caso convirjam, encontre seu limite, justi-
cando sua resposta:
√ √
a) sn = n2 + n − n f) sn = 3sn−1 , s1 = 1

b) sn = cos n
n
g) sn = 3sn−1 , s1 = 4
√ √
c) sn = 7n+4
h) sn = 1 + 1 + sn−1 , s1 = 1 + 2
p p
3n−1

d) sn = 4n4 −7
2n−3
i) sn = 1
1+sn−1
, s1 = 1

e) sn = 3n2 −2
n3 +4
j) sn = 7n
n!

3. Seja (xn ) uma sequência de números reais e x ∈ R. Considere as seguintes armações:


i) ∀  > 0, ∃ N ∈ N tal que n > N ⇒ |xn − x| < 
ii) ∃ N ∈ N tal que ∀  > 0, n > N ⇒ |xn − x| < 
Prove que (ii) ⇒ (i) e construa um exemplo de sequência (xn ) e um número real x qua satisfaça (i) mas não
satisfaça (ii).
4. Prove que se a > 0 então lim a n
1

n→∞

5. Dados dois números a e b, com 0 < a < b, dena recursivamente duas sequências (an ) e (bn ) por
p an−1 + bn−1
a1 = a , b1 = b , an = an−1 bn−1 e bn = .
2
Prove que estas duas sequências são limitadas e convergentes com o mesmo limite.

6. Dado um número positivo α, dena x1 > α e xn , para n ≥ 2, recursivamente pela fórmula:
 
1 α
xn+1 = xn + .
2 xn

a) Prove que (xn ) é decrescente e que lim xn = α.

b) Prove que εn = xn − α, e mostre que
ε2n ε2
εn+1 = < √n .
2xn 2 α

e, colocando β = 2 α,
 2n
ε1
εn+1 =β . n = 1, 2, 3, 4, ...
β

1
c) Esse é bom algoritmo para se calcular raízes quadradas, pois a fórmula de recursão é simples e a
convergência
√ é extremamente rápida. Por exemplo, se α = 3 e x1 = 2, calcule x5 e mostre que
|x5 − 3| < 10−15 .
7. Sejam (an ) e (bn ) duas sequências, então
lim sup(an + bn ) ≤ lim sup an + lim sup bn .
8. Mostre que se an > A, ∀n ∈ N, então lim inf an ≥ A.
9. Mostre que toda sequência não decrescente de innitos termos, ou seja a sequência possui innitos termos
distintos, possui alguma subsequência crescente. Dê um exemplo de uma sequência não decrescente de innitos
termos que não seja crescente.
10. Mostre que toda sequência possui alguma subsequência crescente, constante, ou decrescente.
11. Mostre os itens abaixo:
i) Prove que se lim sup an < lim inf bn , então existe n0 tal que ∀ n, m, an < bm .
ii) Prove que se existe n0 tal que ∀ n, m, an < bm , então lim sup an ≤ lim inf bn . Vale a implicação com as
desigualdades estritas? Prove ou dê contraexemplo.
iii) Se an < bn , ∀n, pode-se armar que lim sup an ≤ lim inf bn ? Justique. Pode-se armar que lim sup an ≤
lim sup bn ? Justique.
12. Sejam (an ) e (bn ) sequências limitadas de números positivos, então
lim sup an bn ≤ lim sup an lim sup bn .
Dê um exemplo onde ocorra a desigualdade estrita.
13. Seja (an ) uma sequência tal que exista δ > 0 e M > 0 tal que δ < an < M , ∀n. Mostre que
1 1
lim sup = .
an lim inf an
n
1X
14. Seja (an ) uma sequência limitada, e seja (bn ) uma sequência denida por bn = ak .Mostre que
n k=1
lim inf an ≤ lim inf bn ≤ lim sup bn ≤ lim sup an .
15. Prove que se (an ) é monótona e contém uma subsequência convergente para a então an → a.
16. Seja (an ) uma sequência que converge para a e seja (bn ) uma sequência limitada com lim sup bn = b.
Prove ou disprove a seguinte armação:
lim sup an bn = ab.
17 (Teorema da Convergência de Cauchy). Sejam (an ) e (bn ) sequências t.q. 0 < b1 < b2 < b3 < ... < bn ↑ ∞.
a − an an
Se lim n+1 = K < ∞, então lim = K . Este Teorema pode ser visto como uma versão discreta da
bn+1 − bn bn
Regra de L'Hôpital.
Pn Pn
1/k kk
18. Mostre que: (i) k=1
=1 (ii) k=1
=1
ln n nn
an+1 − an an
19. Mostre que se an → 0 e bn ↓ 0 (estritamente decrescente) e se lim = K , então lim = K.
bn+1 − bn bn
20. Suponha que (an ) é uma sequência contrativa, isto é, existe r ∈ (0, 1) tal que
|an+1 − an | < r|an − an−1 |, ∀ n ≥ 2.
Prove que (an ) é convergente.

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1. Prove o Lema de Condesação:


∞ ∞
Sejam a1 ≥ a2 ≥ a3 ≥ ... ≥ 0. Então: an converge ⇐⇒ 2n a2n converge.
X X

n=1 n=1

2. Determine se as séries abaixo são condicionalmente convergentes, absolutamente convergentes ou divergen-


tes, justicando sua resposta:
∞   n
n 1 r 1 r
a)
X
d) 1 + r + + + + + ...
n=1
2n + 1 4 4 9 9


(−1)n log n 1
e)
X
b)
X
n2 n=2
n log(n)
n=1


(−1)n n + 1 1
f) , para  > 0.
X
c)
X
√ n(log(n))1+
n=1
n
n n=2

3. Seja (sn )n≥1 uma sequência de números reais. Considere a sequência de suas médias aritméticas, denida
para cada n ≥ 1 como
s1 + s2 + s3 + ... + sn
τn = .
n
Mostre que se (sn )n≥1 converge para s, então (τn )n≥1 também converge para s.
A convergência de (τn )n≥1 implica na convergência da sequência (sn )n≥1 ? Explique.
4. Prove que se ∞ i=1 ai = S converge, então
P

1 1 1
(a1 + a2 ) + (a2 + a3 ) + (a3 + a4 ) + ...
2 2 2
também converge.
∞ ∞
5. Prove que an converge se, e somente se, ∀k ∈ N, an converge.
X X

n=1 n=k

Estabelecido o resultado acima, nós vamos, sempre que quisermos estudar somente a convergência da série,
denotá-la apenas por an , já que onde ela começa não inui na sua convergência.
P

6. Prove que se an converge e an > 0 ∀n ∈ N, então (an )2 e convergem.


P P P an
1+an

7. Prove que se an → 0 então (an − an+1 ) converge.


P

8. Sejam dn uma série divergente e an tal que 0 ≤ dn < an para algum  > 0. Prove que a série também
P
an também diverge.
P

9. Seja dn ≥ 0 ∀n ∈ N com dn divergente. Mostre que existe uma seqeuência (an ), an → 0 tal que (an dn )
P P
diverge.
10. Sejam a1 ≥ a2 ≥ a3 ≥ ... ≥ 0 e sn = a1 − a2 + ... + (−1)n an . Prove que a sequência é limitada e que
lim an = lim sup sn − lim inf sn .

1
11. Seja p(x) um polinômio de grau maior que 1 que não tem raízes em N. Mostre que 1
converge.
P
p(n)

12. Mostre que se a2n converge então an /n converge. Dê um exemplo onde a2n mas an diverge.
P P P P

13. Dizemos que uma sequência (xn ) é de variação limitada se a sequência de suas variações (vn ), onde
k+1 − xk | é limitada. Prove que se (xn ) é de variação limitada então (vn ) e (xn ) convergem.
Pn
vn := k=1 |x

14. Suponha que xn ) seja uma sequência contrativa, i.e., existe 0 ≤ λ < 1 tal que
|xn+2 − xn+1 | < λ|xn+1 − xn | ∀n ∈ N.

Prove que (xn ) é de variação limitada.


15. Seja an uma série condicionalmente convergente. Dado x ∈ R, mostre que existe um rearranjo φ,
P∞
n=1

ou seja, uma função bijetora φ : N → N, tal que
X
aφ(n) = x.
n=1

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