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SOLUÇÕES PARA HW1

Stein e Shakarchi, Capítulo 1

Exercício 1.(a) Poderíamos escrever isso em partes reais e imaginárias, mas é mais fácil pensar no que
isso significa: é o conjunto de pontos z em C tais que z é equidistante de z e z . Se os pontos z e z
1 2 1 2

forem iguais, então esta condição é vazia e z pode ser qualquer coisa (então obtemos C inteiro). Caso
contrário, assumimos z 1 6= z 2 , e obtemos uma reta (passando pelo ponto médio do segmento de reta
que une z 1 e z 2 ).
(b) É mais conveniente usar coordenadas polares, então vamos escrever z = re . Podemos assumir r iθ

> 0, pois claramente z = 0 não satisfaz a igualdade desejada. Portanto, obtemos

r e = 1 = z = re ,
-1 -iθ -iθ

e vemos que r deve ser igual a 1. Portanto, o conjunto é simplesmente o círculo unitário (ou seja, o
conjunto de pontos z tais que | z | = 1).
(c) Escrevendo z = x + iy , a condição <( z ) = 3 implica que x = 3 e, portanto, o conjunto de todos z =
3 + iy é uma linha vertical.
(d) Da mesma forma, a condição <( z ) > c (resp. <( z ) ≥ c ) é o conjunto de todos os pontos z com x >
c (resp. x ≥ c ), que é o conjunto de pontos em C situados à direita da linha c + iy (resp. situada à direita e
incluindo a linha c + iy ).
(e) Observe que <( z 1 + z 2 ) = <( z 1 ) +<( z 2 ). Portanto, a equação <( az + b ) > 0 é equivalente a <(
az ) > -<( b ). Agora escreva a = a 1 + i 2 e z = x + iy , de modo que az = a 1 x - a 2 y + i ( a 1 y + a 2 x ). A
partir disso, obtemos a equação

a x - a y = <( az ) > -<( b ) ,


1 2

que é a equação para um semiplano (n) (aberto) em C (compare com a parte (d)).
(f) Escrevendo z = x + iy , a equação | z | = <( z ) + 1 é equivalente a

x + y = | z | = (<( z ) + 1) = x + 2 x + 1 .
2 2 2 2 2

Simplificando, obtemos y = 2 x + 1, que é a equação de uma parábola.


2

(g) Analogamente a (c), a equação =( z ) = c é a equação de uma reta horizontal na altura c .

Exercício 3. Seja ω = se e z = re , e seja n um número natural. Então a equação z = ω é equivalente a


iϕ iθ n

r n e inθ = se iϕ .

Para resolver z , definimos r = s 1/n


(o que faz sentido e tem apenas um valor, já que r e s são positivos).
Para encontrar θ , podemos definir θ = ϕ/n , mas observe que tomar θ = ϕ/n + 2 πk/n também funcionará
como uma solução, já que e 2πi
= 1. Pode-se facilmente verificar que tomando k no conjunto 1
2 SOLUÇÕES PARA HW2

{0 , 1 ,. . . , n - 1} fornece todas as soluções possíveis sem repetição, então todas as soluções são dadas
por z 0 = s 1 /n e euϕ/n

z = s 1 /n e iϕ/n +2 πi/n
...
z = s 1 /n e iϕ/n +2 πi ( n -1) /n .

Exercício 5. (a) Suponha que podemos escrever Ω = Ω 1 ∪ Ω 2 com cada Ω i aberto, não vazio, e Ω 1 ∩ Ω 2
= ∅. Fixe w 1 ∈ Ω 1 , w 2 ∈ Ω 2 , e seja γ = z ( t ) , t ∈ [0 , 1], uma curva em Ω unindo w 1 e w 2 (o que
podemos fazer já que Ω foi assumido para ser conectado por caminho), com z (0) = w 1 e z (1) = w 2 .
Vamos definir
t = sup { t : z ( s ) ∈ Ω para todos 0 ≤ s < t } .

1

0≤ t ≤1

Agora considere o ponto z ( t ∗


). Afirmamos que z ( t ∗
) não pode estar em Ω . Se assim fosse, então
1

existiria alguma pequena vizinhança do ponto z ( t ) situada completamente em Ω , já que Ω é aberto. ∗


1 1

Portanto, existiria algum ε > 0 tal que z ( t + ε ) ∈ Ω , contradizendo a definição de t . Portanto, vemos

1

que z ( t ∗
) deve estar em Ω 2 (já que Ω é uma união disjunta de Ω 1 eΩ 2 ). Usando a abertura de Ω 2 ,
existe algum ε > 0 tal que z ( t - ε ) esteja em Ω 2 , mas isso novamente contradiz a definição de t !
∗ ∗

Portanto, a decomposição Ω = Ω 1 ∪ Ω 2 não pode existir. (Ajuda fazer um desenho para esse problema).
(b) Suponha que Ω seja aberto e conectado, seja w um ponto de Ω, e seja Ω ⊂ Ω o conjunto de todos 1

os pontos de Ω que podem ser unidos a Ω por uma curva suave por partes contida em Ω. Da mesma
forma, seja Ω o conjunto de pontos de Ω que não podem ser unidos a w desta forma. É claro que a união
2

de Ω e Ω é toda Ω e que sua interseção é vazia. Devemos mostrar que ambos estão abertos. Seja w
1 2
0

um ponto de Ω 1 . Devemos mostrar que existe um pequeno disco aberto D r ( w ) que está inteiramente 0

contido dentro de Ω 1 . Como Ω é aberto, podemos escolher r de modo que D r ( w ) esteja inteiramente 0

contido dentro de Ω. Agora, o conjunto D r ( w ) está conectado e conectado por caminho (verifique isso!).
0

Seja w 00
qualquer ponto de Dr ( w 0 ), seja ( t ) , t ∈ [0 , 1] um caminho que une w a w , e seja z e( t ) , t
z 0

∈ [1 , 2 ] seja um caminho unindo w a w . Então o caminho 0 00

e
z e( t ) z ( t ) t ∈ [0 , 1]
= z e ( t ) t ∈ [1 , 2]
define uma curva que une w a w . Isto mostra que w ∈ Ω 1 para cada ponto de D r ( w ) e, portanto, Ω
00 00 0

1 é aberto. Uma prova semelhante funciona para Ω 2 . (Desenhe uma imagem!)

Agora, temos claramente Ω 1 6= ∅, já que w está contido em Ω 1 . Portanto, pela definição de


conexidade de Ω, devemos ter Ω 1 = Ω.

Exercício 6. (a) A prova de que C é aberto segue exatamente como a prova que mostra que Ω era aberta
z 1

no Problema 5(b). Como C é aberto e conectado por caminhos, a parte (a) do Problema 5 mostra que ele
z

está conectado. Agora, para mostrar que w ∈ C define uma relação de equivalência, provamos 3 coisas: z

(i) z ∈ C : o caminho constante define um caminho de z até ele mesmo.


z

(ii) Se w ∈ C , então z ∈ C : se γ é um caminho que une w a z , então γ percorrido na direção oposta


z w

dá um caminho que une z a w .


(iii) Se w ∈ C z ez∈C ζ , então w ∈ C ζ : se γ 1 une w a z e γ 2 une z a ζ , então o caminho dado
3 SOLUÇÕES PARA HW2

percorrendo primeiro γ 1 e depois atravessando γ 2 une w a ζ .


SOLUÇÕES PARA HW1 3

(b) Seja C z um componente conexo. Agora, o conjunto Q + Q i = { z = x + iy ∈ C : x, y ∈ Q} é um


subconjunto denso de C (já que Q é um subconjunto denso de R). Isso significa que a interseção de Q + Q
i e qualquer conjunto aberto não vazio é ele próprio não vazio. Portanto, temos Q + Q i ∩ C 6= ∅, e z

deixamos w denotar um ponto na intersecção. Se associarmos a um componente conexo C o número


z z

complexo w , vemos que o número de componentes conexos deve ser menor que a cardinalidade do
z

conjunto Q + Q i , que é contável.


(c) Seja K ⊂ C o conjunto compacto tal que Ω = C r K , e seja D algum grande disco fechado que
contém K . Isto é possível porque K é compacto e, portanto, limitado. Por definição, obtemos que C r D ⊂
Ω, e o conjunto C r D é conexo. Portanto, se Ω tivesse mais de um componente ilimitado, então a
interseção desses componentes com C r D daria uma decomposição de C r D em mais de um componente
conectado, o que é uma contradição.

Exercício 9. Isto resultará de uma simples aplicação da regra da cadeia. Vamos escrever z = x + iy em
termos de coordenadas polares; isto dá
z = x + iy = x ( r, θ ) + iy ( r, θ ) = re = r cos( θ ) + ir sin( θ ) .

Portanto, se f ( z ) = u ( x, y ) + iv ( x, y ) é uma função holomórfica, obtemos (usando a regra da cadeia e


as equações de Cauchy-Riemann)
∂u + ∂u ∂y
∂r ∂x ∂r ∂y ∂r

cos( θ ) + pecado (
θ)
CR eqs. ∂x ∂y
∂v ∂v
cos( θ ) ∂y -sin( θ ) ∂x

1 ∂v ∂y ∂v ∂x
r ∂y ∂θ ∂x ∂θ
1 ∂v
∂v r∂θ
∂r ∂v ∂x ∂v ∂y
∂v ∂v
cos( θ ) + pecado (
θ)
CR eqs.
cos( θ ) ∂y +sin( θ ) ∂x

1 ∂u ∂y r ∂você
∂y ∂θ ∂x
1 ∂você ∂x ∂θ
r∂θ .
Aplicando isso a log( z ) = log( re ) = log( r ) + iθ com - π < θ < π , obtemos

1 ∂v 1
r∂θ R
1
= 0.
r∂θ
∂u 1,
∂rr
∂v
=0,
∂r
4 SOLUÇÕES PARA HW2

Portanto, log( z ) é de fato holomórfico no domínio dado.

Exercício 12. Deixar f ( x + eu ) = | x || e |, para que você ( x, e ) = | x || você | e v


( x, y ) = 0. Em 0, nós
ter
∂você você ( h, 0) - você ∂v (0 , 0)= lim v ( h, 0) - v (0 , 0)
(0 , 0) = 0, = 0,
∂x h ∈ R ,h →0 h
∂x (0 , 0)= l i m
h∈ R , h→0 h

= 0, ∂v (0 , 0)= lim v (0 , h ) - v (0 , 0) = 0,
∂você (0 , 0)= lim você (0 , h ) - você (0 , 0) ∂y h ∈ R ,h →0 h
então f satisfaz as equações de Cauchy-Riemann
onde escrevemos h = h + ih : 1 2

às 0. Agora calculamos o quociente de diferença,

lim f ( h ) - f (0) = lim | h 1 || h2 |


h ∈ C ,h →0 h h ∈ C ,h →0 h 1 + ih 2

( h 1 - ih 2 ) p | h 1 || h2 |
=lim
h +h h ∈ C ,h →0 2
1
2
2

Agora, seja α ≥ 0 e suponha que h se aproxima de 0 ao longo da reta y = αx . Então escrevemos h 1 = t, h 2


= αt (com t > 0), e o limite se torna
t (1 - euα ) √ α 2

( t - iαt ) p | α || t2 | limão
limão t ∈ R ,t →0 t (1 + α ) + 2 2

t ∈ R ,t t +α t 2
(1 - euα ) √ α .
2 2

→0 + 1+α 2

Como obtemos valores diferentes para diferentes escolhas de α , vemos que f não é holomórfica em 0.
SOLUÇÕES PARA HW2

Stein e Shakarchi, Capítulo 1

Exercício 13. Seja f uma função holomórfica em um conjunto aberto Ω, e escreva f ( z ) = u ( x, y ) + iv ( x,


y ) como de costume, com u e v diferenciáveis.
(a) Suponha que <( f ) = u ( x, y ) seja constante, de modo que

∂você ∂u
= 0 e ∂x
∂y

Como f é holomórfica, ela satisfaz as equações de Cauchy-Riemann, e assim também obtemos


∂v ∂v
= 0 e ∂y = 0,

o que implica que v ( x, y ) é constante e, portanto, f é constante.


(b) A prova é a mesma de (a).
(c) Suponha | f | é constante, então | f ( z )| = u ( x, y ) + v ( x, y ) também é constante.
2 2 2

Diferenciamos esta relação em relação a xey e usamos a regra da cadeia e as equações de Cauchy-
Riemann para obter as seguintes equações:

v ( x,y ) ∂ ∂ u y = CR eqs.
2 você ( x,y ) ∂ ∂ você x + v ( x,y ) ∂ ∂ x v
=0

∂u CR eqs. ∂você ∂v
2 você ( x, y ) + v ( x,y ) ∂x = equações. 2
∂y você ( x,y ) ∂y + v ( x,y ) ∂y =0
Multiplicando a primeira equação por u(x
2
,y)
e a segunda equação por v(x
2
,y)
e somando, obtemos

( você ( x, y ) + v ( x, y ) ) você
2 2

=0.

Se u ( x, y ) + v ( x, y ) = 0, então cada um de u ( x, y ) e v ( x, y ) são 0, então a afirmação segue. Caso


2 2

contrário, u ( x, y ) + v ( x, y ) 6= 0, e vemos que


2
= 0. Um argumento semelhante mostra que
2 ∂

u
= x


u
y

0, de modo que u ( x, y ) é constante, e concluímos usando a parte (a).


Observação. A parte (c) pode ser feita de forma mais elegante da seguinte maneira. As duas equações
acima são equivalentes à equação matricial

você - v ( x, y ) 0
( x, y ) você ( x, 0.
v ( x, y y)
A matriz à esquerda tem determinante u ( x, y ) + v ( x, y ) . Portanto, se u ( x, y ) + v ( x, y ) = 0,
2 2 2 2

procedemos como antes, e se u ( x, y ) + v ( x, y ) 6= 0, então podemos inverta a matriz para concluir


2 2

que ∂

u
x = ∂

u
y = 0.

1
2 SOLUÇÕES PARA HW2

Exercício 14. Sejam { a n } n


N
=1 e{bn} n
N
=1 duas sequências de números complexos, e defina B k = P k
n=1 b
n . Observe que B n - B n -1 = b n . Temos então (reindexando a soma na terceira linha)

N N

um n uma ( B - Bn n n- 1 )n=M
bn
um n
Bn

a n B n -1
n=M

NN

N -1 N

aNBN aMB M -1 + um n a n B n -1
Bn n = M +1

N -1
a B N N
aMB M -1 + ( a n - a n +1 ) B n .
n=M

Exercício 15. Grosso modo, a ideia é aplicar o exercício anterior com a n = r e b n = a n . Seja { a n } n
n

=1

uma sequência tal que P na n converge, e defina A k = P



=1 a n para k ≥ 1, A 0 = 0, e A = lim n →∞ A n = k
n=1 n

a n . Então temos, para r < 1,


=1

N N -1
X
r a n = r A N - rA 0 - X ( r
n N n+1
- r ) A nn =1
n
n =1

N -1
=
r A N +(1 - r ) X r A n
N n

n =1
3 SOLUÇÕES PARA HW2

N -1
=
r A N + (1 - r ) X r A n ,
N n

n =0

onde a última linha é válida desde A = 0. Como estamos interessados no limite quando r tende a 1 pela
0

esquerda, podemos assumir que 0 < r < 1. Sob esta suposição, tomando o limite quando N vai para o
infinito na equação acima, obtemos

∞∞
=
r a n = (1 - r ) X r A n .
n n

n =1 n =0
SOLUÇÕES PARA HW2 4

Agora seja dado ε > 0 e escolha N 0 para que | A - A n | ≤ ε


2 para n > N 0 . Então nós temos
∞ ∞
X
r an-A
n
(1- r ) X r A n - A n

n =1 n =0

(1 - r ) X r n ( A n - A )
n=0
N 0 ∞
Xrn
| A n - A |+ ε 2 X r
_ n
n =0 N 0 +1

N0
εr N 0 +1

≤ (1 - r ) r n
21- r
N0
= ( 1- r ) X | A n - A |+ 2 ε r
rn N 0 +1

n =0
N0
≤ ( 1- r ) X | Uma n - UMA |+ 2 ε
rn

n =0

onde a igualdade ( ? ) segue da identidade r = (1 - r ) quando | r | < 1. Agora, a expressão (1 - r ) P


n

=0
n -1
n
N

= r | Um n - Um | é um polinômio em r com coeficientes reais, que assume o valor 0 quando r = 1.


0
0
n

Portanto, por continuidade de polinômios, existe um δ > 0 tal que, se 1 - r < δ for válido, temos

N0
(1- r ) X rn Um n - Um | ≤ 2 ε . n
|

=0

Portanto, tomando r no intervalo 1 - δ < r < 1, obtemos


∞ N0
X
r an-A
n ≤ ( 1- r ) X | A n - A |+ ε 2 ≤ ε, n =0
rn

n =1

o que mostra que lim r→1 - n



=1 r an=A.
n

Exercício 16. (a) Quando n ≥ 3, temos as desigualdades 1 ≤

(log( n )) ≤ n , 2 2

que implica
1 = lim sup 1 ≤ lim sup(log( n )) 2/n
≤ lim sup( n 1/n
) = 1 , n →∞
2

n →∞ n →∞

e, portanto, o raio de convergência é 1.


(b) Prosseguimos usando o Teste da Razão. Nós temos

limite = lim n + 1 = ∞ , n →∞

Cn+1
e, portanto, o raio de convergência é 0. (c) Quando n ≥ 1, temos
4 ≤4 +3n≤2·4 ,
n n n
SOLUÇÕES PARA HW2 5

que implica
nº 2
nº 2
nº 2

.
2·4 ≤4 +3n≤4 n n n

Isto dá
1
4 = lim sup ( 2 n 1/n
)
· 4 ≤ lim sup ( ,n--------------) <estou pronto (n,) 1
1 /n n
4 n →∞ 2 ·4 n →∞ 4 + 3n n →∞ 4 4,

o que implica que o raio de convergência é 4.


(d) Uma afirmação mais precisa da fórmula de Stirling diz que existem duas constantes c e d tais que 0
< c < d e, para todo n ≥ 1, temos
cn n +1/2 e - n ≤ n ! ≤ dn n +1/2 e - n .

Portanto, temos as desigualdades


c 3 n 3 n +3/2 e -3 n ≤ ( n !) 3 ≤ d 3 n 3 n +3/2 e -3 n

e
c 3 3 n +1/2 n 3 n +1/2 e -3 n ≤ (3n ) ! ≤ d 3 3 n +1/2 n 3 n +1/2 e -3 n

ou equivalente,
1
d -1 3 -3 n -1/2 n -3 n -1 / 2 e 3 n ≤ c -1 3 -3 n -1/2 n -3 n -1/2 e 3 n
( 3n )
Nós !
deduzimos c n 3
( n !) 3 d3n

d3 3n √
3 ( 3n )! c3 3n √
3,
que dá
1 /n n 1 /n ((n!)3 \'/" 1 /n n 1 /n
≤ lim sup n ( 3n )!
→∞
3 √3 3 1/n

1 1
=lim sup ≤ lim sup n .
27 n →∞ →∞ 3 √3
3 1/n
27

Portanto, o raio de convergência é 27.


(e) Observe primeiro que se α ou β for um número inteiro negativo, então a série tem apenas um
número finito de termos diferentes de zero e, portanto, converge para todo C. Suponha agora que α, β 6∈
{0 , -1 , -2 , . . . }. Novamente usamos o teste da razão. Deixar
α ( α + 1) · · · ( α + n - 1) β ( β + 1) · · · ( β + n - 1)
u
m não ! γ ( γ + 1) · · · ( γ + n - 1)
temos então
uma n +1 = ( α + n )( β + n )
um n ( n + 1)( γ + n ) .
Agora escolha n ≥ | γ |; a igualdade triangular e a desigualdade triangular reversa nos dão
(n—a)(n-l8) < (ligado)(B+n) < (n+a)(n+/)
(n +1)(n + | Y |) - (n + 1)( Y + n) - (n + 1)( n - | Y EU ) .
Portanto, obtemos
6 SOLUÇÕES PARA HW2

( n - | α |)( n - | β |) ( α + n )( β + n ) ( ( n + | α |)( n + | β |)
1 = limão sup ≤lim sup ≤ lim sup n =1,
n→∞ ( n + 1)( n + | γ |) n→∞
n + 1)( γ + n ) →∞ ( n +1)( n - | γ |)
e o raio de convergência é 1.
SOLUÇÕES PARA HW2 7

(f) Se deixarmos a n = n!(


(
n
-
+
1
r
)
)
n
!4 n , obtemos
uma n +1 = - 1
um n ( n + 1)( n + r + 1)4 ;
por
isso, 1
limão
= 0,
( n + 1)( n + r + 1)4 n →∞
e o raio de convergência é ∞ (ou seja, a função converge em todo o plano complexo).

Exercício 23. Uma função é infinitamente diferenciável se tiver derivadas de todas as ordens. Seja f ( x )
definido por
0 se x ≤ 0 ,
f ( x )=
e -1/x 2
se x > 0 .
É claro que se x 6= 0, então f tem derivadas de todas as ordens em x e é contínua na vizinhança de x ;
resta, portanto, examinar a situação em x = 0. Observe primeiro que podemos calcular as derivadas de 0
usando a regra da cadeia, e obtemos

f (x)= (n) 0
2 se x < 0 ,
e -1 /x P ( x )
se x > 0 ,
n

onde P n ( x ) é um polinômio em x
1
(ou seja, P n ( x ) = P n
N
= variáveis t = n1 /h
). Ao fazer a mudança de
a
x n

, obtemos
an
1/x 2
P n ( x ) = lim P nN=1
2 não

lim e h t →∞ et .
→0 +
k
A expressão dentro do limite é uma combinação linear de
funções da forma 2 ; aplicando
t
t

Regra de L'Hˆopital várias vezes, obtemos


tk
ok !
lim 2 = lim 2 = 0,
t →∞ e t t →∞ e t Q k ( t )

onde Q k ( t ) é algum polinômio em t . Portanto, concluímos que lim e -1/x 2


Pn(x)=0.
h →0 +

Devemos agora calcular a derivada em 0. Usamos a definição de derivada da esquerda e da direita:


limão- f ( h ) - f (0) =lim
0-
h →0
h h →0
-

= 0,
f ( h ) - f (0) e -1 /h 2

limão =lim
h →0 h +
h →0 +
h
= lim 2 t →∞ e t

= lim 2 t →∞ 2 te
? t

=0,
8 SOLUÇÕES PARA HW2

onde usamos a regra de L'Hˆopital em ( ? ).


Portanto, f (0) = 0, f é diferenciável e tem uma
0

primeira derivada contínua.


Suponha agora por indução que f (n-1)
(0) = 0. Temos uma expressão para f distante de 0, e em 0 (n)

usamos novamente as definições:

limão-
f ( n -1) ( h ) - f ( n -1) (0) limão- 0-0
h →0 h →0

0,
f ( n -1) ( h ) - f ( n -1) (0) e -1/h 2
P n -1 ( h )
limão limão
h →0 +
h →0 +

tP n -1 ( t ) -1

limã
o e t 2

t →∞
0,

onde a última linha segue de um cálculo semelhante ao acima. Portanto, concluímos que f (0) = 0 para (n)

todo n ≥ 1 e, portanto, f é infinitamente diferenciável. Além disso, f não tem uma expansão convergente
em série de potências em 0, pois se tivesse, teríamos necessariamente

f (0) x n =0 (n)

f(x)=X
não !
n =0

o que é um absurdo.

Exercício 25. (a) Podemos calcular esta integral diretamente. Seja γ parametrizado por z ( t ) = Re , t ∈ [0 it

, 2 π ]. Se n 6= -1, temos

z dz n
R n e int iRe it dt
0

euR n+1
e eu ( n +1) dt
0 t

1
euR n e eu ( n +1)
+1 t
eu ( n +
= 0;

se n = -1, temos

z -1 dz R -1 e - é isso dt
γ
0

dt
0

2πi .

(Se você ainda está inseguro com esses cálculos, divida isso em partes reais e imaginárias).
(b) Podemos usar o Corolário 3.3: se γ não encerra a origem, então f ( z ) = z n
tem uma primitiva
definida no interior de γ . Para n 6= -1, então
z é um primitivo, definido dentro de γ (observe que isso
n+
1
1
n+1

também funciona para expoentes negativos). Se n = -1, então F ( re ) = log ( r ) + iθ iθ


SOLUÇÕES PARA HW2 9

é uma primitiva para f ( z ) = z (desde que restrinjamos o domínio de θ ). Por exemplo, se γ está
-1

inteiramente no semiplano direito, tomamos θ ∈ [- π, π ]. O corolário 3.3 agora implica


z dz = 0 . n

(c) Usando frações parciais, temos


1 11 11
( z - uma )( z - b ) a - bz - ab - az - b .

Portanto, se usarmos a parte (b) e uma ligeira generalização da parte (a), obteremos
1
1 2πi
( z - uma )( z - b ) dz = dz + dz =
γ

- z- uma -
um b.
Capítulo 2

Exercício 1. Seja f ( z ) = e -z 2
, e seja γ = γ 1 ∪ γ 2 ∪ γ 3 , onde γ 1 é a linha reta de 0 a R , γ 2 é o arco z ( t )
= Re it
, t ∈ [0 , π
4 ], e γ 3 é a linha reta de R √ 1
2 + i √ 1
2 a 0. Observe primeiro que, como f ( z ) é
holomórfico, o teorema de Cauchy dá

e -z 2
dz + e -z 2
dz + e -z 2
dz = e -z 2
dz = 0 .
γ1 γ2 γ3 γ
Considere primeiro a integral sobre γ 2 . Devemos mostrar rigorosamente que esta integral vai para 0
assim como R vai para ∞. Dividimos o caminho em uma parte superior e inferior: fixe um número real
positivo h e deixe γ L denotar a parte inferior de γ 2 com coordenada y menor que √ R
2 - h e deixe γ U

denotar a parte superior de γ 2 com coordenada y maior que √ R


2 - h (faça um desenho para ver como fica).
Faremos uso da fórmula da Proposição 3.1 (iii) que afirma

f( dz ≤ sup(| f ( z )|) · comprimento( γ ) . z ∈ γ


z) γ

Nós temos | f ( z )| = | e - z2
|=e -<(z 2 )
=e -x 2 +y 2
, e em γ , temos 2

x≥√ R
2 , e portanto | e - z2
|≤e -R 2 /2
e y 2
em γ . Agora, em γ , a função | e L
- z2
| é limitado por e -R 2 /2
e (R/√2-h) 2
=e -Rh

2+h 2
, e o comprimento é limitado por R π
4 (o comprimento total de γ ). Em γ 2 você ,|e - z2
| é limitado por e -R 2 /2
e
R 2 /2
h (observe que o comprimento de γ
= 1, e o comprimento é limitado por π
2 U é limitado pelo
comprimento do arco do quarto de círculo de raio h ).
Combinando tudo, obtemos
J.
γL
e -z 2dz -z2
dz + eu -z2
dz
γ2 J YU
≤ π Re - Rh √
2+ h 2

Se deixarmos h = √ 1
R , isso dá
ee -z
2 dz < TRe-V2n11/n + T_,
J. "4 2 RV
que tende a 0 quando R vai para o infinito.
10 SOLUÇÕES PARA HW2

Examinamos agora a integral sobre γ 3 . O caminho inverso - γ 3 pode ser parametrizado por z ( t ) = t √ 1

2 +i√ 1
2 , t ∈ [0 , R ], e portanto
J.
γ3
e - z dz 2 -z2
dz
γ3
R
dt

- eu peco ( t
2
) dt
Para completar o cálculo, deixamos R tender ao infinito, o que mostra
Z
cos( t ) 0 ∞ 2

eu peco ( t
) dt
2

Isso implica

1
cos( t ) - eu sin( t ) dt = 0
2 2

2-
comparando partes reais e imaginárias
mostra

cos( t ) dt = 2 ∞
sin( t ) dt = 2

00

Exercício 2. Considere a função f ( z ) = iz


, e observe que, como f ( z ) = P 2
1
, esta função é
i
e
z
-1 1
2 n

=1
(iz)
n!

holomórfica em todo C. Deixamos γ ε denotar o contorno para o qual - γ ε é parametrizado por z ( t ) = εe , it

t ∈ [0 , π ], e deixamos γ R denotar o contorno z ( t ) = Re , t ∈ [0 , π ]. Então o teorema de Cauchy dá it

Z1 e + Z
dz + iz -1
dz 1
e - 1 dz + Z 1 e
iz iz -1
dz = 0 .
γ 2 eu z [ε,R] 2iz γ 2 eu z

E
ε R

1e -1
iz

Avaliamos cada uma dessas integrais separadamente. Considere primeiro a


2 eu z integral sobre γ ε . Como f ( z ) é holomórfico, a quantidade | f ( z )| é limitado por
algum M em algum pequeno disco de raio ε . Tomando ε < ε , obtemos 0 0

1e -1 iz

γ ε 2 eu z
dz ≤ M · comprimento( γ ) = ε

Mεπ.
Observe que enquanto ε < ε , o limite em sup 0 z∈γ ε (| f ( z )|) é independente de ε . Portanto, deixando ε
tendendo para 0, obtemos
Z 1 e iz -1
dz -→0 .
γ ε 2 eu z
Consideramos agora a integral sobre γ , novamente dividindo γ em uma parte inferior e uma parte R R

superior. Fixamos novamente um número real positivo h , e deixamos γ denotar a parte de γ com L R

coordenada y menor que h , e deixarmos γ denotar a parte de γ com coordenada y maior que h . Nós U R

temos | e | = e = e e, portanto, em γ L o máximo desta função é 1, e em γ U o máximo é e . O


iz <(iz) -y -h

comprimento de γ L é limitado por πh (já que o comprimento dos dois pequenos arcos
SOLUÇÕES PARA HW2 11

é certamente limitado acima pelo comprimento do semicírculo de raio h ), e o comprimento de γ U é


limitado por Rπ . Portanto, obtemos
J.
1e iz Z
1e γU 1 e iz iz

dz + dz
γ 2 iz
R
z
γ 2 iz 2 de L

Z
1e iz
1 e dz + , 212
iz

dz
γ L 2 iz
-h
1 1e
2 Rπh + 2 R Rπ
πh πe -h

2R + 2
Portanto, tomando h = R , obtemos
πe -√R

1e iz
γ π
+ 2
R 2 iz 2R
que tende a 0 quando R vai para o infinito. Por outro lado, usando a parametrização z ( t ) = Re , obtemos it

- 1 dz 2 1 γ π

iz
R

dt
20

Portanto, à medida que R vai para o infinito, obtemos


Z
1e -1 iz
dz -→ - π .
γ R 2 eu z

Z
∞1 eix

-∞ 2 eu
Ao combinar tudo e deixar R tender ao infinito e ε tender a 0, obtemos
1dx
=π;
2

Z ∞
sen( x ) 1 Z sen( x ) ∞

dx =
0x _ 2 -∞ x

pegando a parte real de ambos os lados mostra


dx = π

Observação. Sejam P ( z ) e Q ( z ) dois polinômios tais que deg ( P ( z )) + 1 ≤ deg ( Q ( z )). Então a prova
acima realmente mostra que temos
Z P ( z )
e dz -→0
iz

γ R Q(z)
como R tende ao infinito.

Exercício 3. Sejam a, b dois números reais positivos (podemos sempre assumir que b é positivo), seja A =
12 SOLUÇÕES PARA HW2

a + b e seja 0 ≤ ω ≤ o único ângulo para o qual cos( ω ) =


2 2 π
2 A
a
. Observe que isso implica sin( ω ) = A
b
.
Seja γ = γ ∪ γ ∪ γ , onde γ é a linha reta de 0 a R , γ é o
1 2 3 1 2
SOLUÇÕES PARA HW2 13

curva parametrizada por z ( t ) = Re , t ∈ [0 , ω ], e γ 3 é a linha reta de Re a 0. Por


it iω

Teorema de Cauchy, temos

e -Az
dz + -Az
dz + -Az
dz = -Az
dz = 0 .
γ1 γ2 γ3 γ

Primeiro avaliamos a integral ao longo de γ 2 . Nós temos



J. Az z = Re
γ2
e - Az dz
z=R
-AR euω
São

- AR - R ( uma +
ib )

J. -AR
γ2
-Az
dz <

portanto
-Rá
+e

que tende a 0 enquanto R tende ao infinito.


Assim, deixando R tender ao infinito, obtemos
J.
γ3
e - Az dz (cos ( ω ) + i sin ( e - A (cos( ω )+ i sin( ω )) t dt
ω )) 0
- em - ibt
dt

- Em
dt
Em ∞

t =0

Uma .

Igualando partes reais e imaginárias (e usando as relações cos( ω ) = A


a
e sin( ω ) = A
b
),
obtemos o par de equações
a
e cos( bt ) dt +
-at b ∞

Um e pecado (
-at
0
Um 0 bt ) dt
b ∞
um ∞

e cos( bt ) dt
-at
e pecado (
-at

Um 0 Um 0 bt ) dt
Escrevendo isso em forma matricial, obtemos

A a
A b R
0 e cos( bt ) dt = A
∞ -at 1

A
b
- A
a
0

e sin( bt ) dt 0 .
-at
14 SOLUÇÕES PARA HW2

Invertendo isso,
obtemos
ah
e cos ( bt ) dt =
em
= ,
0 Um 2
a +b
2 2

∞ bb
e pecado ( bt ) dt =
-at
= .
0 Um 2
a +b
2 2

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