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Avaliação 2 - Unidade 2 - Variáveis complexas - 2022.

2 Atualizada em 14 de março de 2023


Data de entrega dia 21/03/23 (terça-feira) até as 23:59 hs

1. Considere a função complexa f (z) definida em uma região aberta R do plano complexo possuindo derivada
complexa em todos esses pontos. Nesse caso, diz-se que f é analı́tica sobre R. Escrevendo f (z) = f (x + jy) e
desenvolvendo essa expressão sempre podemos colocar f (z) na forma f (x + jy) = u(x, y) + jv(x, y), onde u(x.y) =
Re{f (z)} é a parte real de f (z), e v(x, y) = Im{f (z)} é parte imaginária de f (z). A teoria da derivação complexa
nos diz que f (z) é analı́tica em R se e somente se u(x, y) e v(x, y) satisfizerem as condições de Cauchy-Riemann
(CR) em R: ux (x, y) ≡ vy (x, y) e uy (x, y) ≡ −vx (x, y) para todo (x, y) ∈ R. E, em caso afirmativo, a derivada
complexa de f (z), será dada por
df
(x + jy) = ux (x, y) + j vx (x, y) (1)
dz
Assumindo que f (z) seja analı́tica na região R, resolva os seguintes itens:

(a) Mostre que nesse caso o produto interno dos gradientes se anula em todos os pontos (x, y) ∈ R, ou seja, vale

∇u(x, ⃗
y) · ∇v(x, ⃗ = (ux , uy ) é o vetor gradiente.
y) = 0 para todo (x, y) ∈ R. Aqui ∇u

(b) Mostre que nesse caso – usando o fato de que para uxy ≡ uyx e vxy ≡ vyx (derivadas mistas são iguais) – tanto
u(x, y) como v(x, y) irão satisfazer a equação de Laplace na região R, ou seja, uxx + uyy ≡ 0 e vxx + vyy ≡ 0
para todo (x, y) ∈ R. Nesse caso, diz-se que tanto u(x, y) como v(x, y) são funções harmônicas e que nesse
caso v é a harmônica conjugada de u e vice-versa. Sugestão: Lembre-se de que uxx ≡ (ux )x .

2. [A função exponencial ez e suas combinações: cos z, sen z, cosh z, senh z] Dada um número complexo z = x + jy,
def.
define-se ez por ex ejy , ou seja ex+jy = ex cos y + jex sen y. Ou seja, para ez , temos u(x, y) = ex cos y e v(x, y) =
ex sen y Resolva os seguintes itens:

(a) Usando as fórmulas de adição de arcos cos(y1 +y2 ) = cos y1 cos y2 −sen y1 sen y2 e sen(y1 +y2 ) = sen y1 cos y2 +
cos y1 sen y2 , mostre que ez1 +z2 = ez1 ez2 para quaisquer números complexos z1 = x1 + jy1 e z2 = x2 + jy2 ;

(b) Verifique que u(x, y) e v(x, y) satisfazem as condições de Cauchy-Riemann para quaisquer (x, y) ∈ R2 ;

d z
(c) Usando a fórmula (1) mostre que dz e = ez ;

(d) Define-se cos z = 1


2 ejz + 1
2 e−jz e senz = 1
2j ejz − 1
2j e−jz . Mostre que d
dz cos(z) = −sen z usando para isso
essas definições e o fato de que (ecz )′ = cecz onde c é um número complexo qualquer (constante).

(e) Define-se cosh z = 21 ez + 12 e−z e senhz = 21 ez − 12 e−z Mostre que d


dz cosh = +senhz e depois que
sen(jt) = j senh(t) para t ∈ R, e em particular mostre que sen(jπ) ≈ j11, 549.

3. [Quando se trata de números complexos há muitas funções logaritimo; escolhendo o Logaritimo Principal] Resolva
os seguintes itens:

(a) Explique porque todas as soluções w (usando a sua fase em radianos) da equação ew = −1 + j são da forma

ln 2 + j 3π 4 + j k 2π com {k = 0, ±1, ±2, . . . }. Ou seja, existem tantas soluções distintas como o números
formapolar √ 3π √ 3π √ 3π
inteiros Sugestão: Para isso escreva w = α+jβ e −1+j = 2 ej 4 = 2 ej 4 × 1 = 2 ej 4 ejk2π =
√ j ( 3π +k2π)
2e 4 pois vale para todo k inteiro que ejk2π = cos(k 2π) + j sen(k 2π) = 1 + j0 = 1.
Como duas soluções w de ew = z para um dado número complexo z ̸= 0, possuem partes imaginárias que diferem por
um múltiplo inteiro de j 2π, costuma-se escolher w, dentre todas as soluções, aquela dada por w0 = ln |z| + j θ0 (z),
onde θ0 (z) é a fase (em radianos) do número complexo z que é escolhida de modo que −π < θ0 (z) ≤ π (chamado
k=0
de ramo principal). Tal solução w0 é denotada por Log z, ou simplesmente por Log z, e é chamada de Logaritimo
Principal. Portanto, temos a definição

def.
Log z = ln |z| + j fase de z de modo que a fase de z esteja no intervalo (−π, π]

Coloca-se k = 0 sobre o ’Log’ para dizer que não se adiciona múltiplo de jk2π algum a jθ0 (z). Desta forma o
ramo principal corresponde a escolha de k = 0; Um ramo secundário (k = 1) significaria que o logaritmo teria parte
k=0 k=1 k=0
imaginária no intervalo (π, 3π]. Desta forma, por exemplo, Log (−1) = jπ e Log (−1) =Log (−1) + j2π = j3π.
k=0 k=1 k=0 k=0 k=1 k=0
Outro exemplo: Log (1) = 0 e Log (1) =Log (1) + j2π = j2π. Outro exemplo: Log (j) = j π2 e Log (j) =Log
(j) + j2π = j 5π
2 .

(b) Qual é o 
critério geométrico
  no plano
 complexo para que dois números complexos z1 e z2 deve ter para que
k=0 k=0
valha Re Log z1 = Re Log z2 ? Faça um desenho explicando.

(c) Qual
 é o critério
 geométrico
 no plano complexo para que dois números complexos z1 e z2 para que valha
k=0 k=0
Im Log z1 = Im Log z2 ? Faça um desenho explicando.

(d) Quando se tratam de números reais é bem conhecida a propriedade operatorial ln x2 − ln x1 = ln(x2 /x1 ), para
k=0
x2 , x1 > 0. Mas para o logaritmo principal Log de números complexos, isso não ocorre em geral. Verifique
que para os números complexos z1 = −1 − j e z2 = −1 + j vale
 
k=0 k=0 k=0 z2
Log z2 − Log z1 ̸= Log
z1
mas vale  
k=0 k=0 k=0 z2
Log z2 − Log z1 = Log + j 2π
z1

e também vale
 
k=−1 k=0 k=0 z2
Log z2 − Log z1 = Log
z1
4. [Função ângulo(x, y) como um potencial eletrostático] Considere um capacitor com placas condutoras semi-
infinitas que se encontram na origem (ponto isolante) formando um ângulo de 45 graus. A primeira placa, placa
da base (y = 0, x > 0) – semieixo x positivo no plano xy, está com 0 volts de tensão e a segunda placa, placa da
diagonal (y = x, x > 0) do plano xy está com 45 volts. Para cada ponto (x, y) que se encontra a x centı́metros à
direita da origem e a y centı́metros de altura, considere a função potencial elétrico V (x, y) ≡ θ(x, y) ≡ arctg◦ (y/x),
onde arctg◦ : (−∞, +∞) → (−90◦ , +90◦ ) é a função inversa da tangente medida em graus; ou seja, arctg◦ (α) ≡
180 rad
π arctg (α), onde esta última é a função inversa da tangente dada em radianos; Exemplos arctgrad (1) = π/4;
d rad 1
Lembrete dα arctg (α) = 1+α2 . Resolva os seguintes itens:


(a) Mostre que o campo elétrico E(x, y) com intensidade em volts/cm para cada ponto (x, y) na região interna
entre as placas é dado por  
180 y 180 −x
π , π .
x2 + y 2 x2 + y 2

2

Sugestão: Lembrete E(x, ⃗ (x, y); ou seja E (1) (x, y) ≡ − ∂ V (x, y) e E (2) (x, y) ≡ − ∂ V (x, y);
y) ≡ −∇V ∂x ∂y


(b) Mostre que a intensidade do campo elétrico cai com o inverso da distancia a origem; ou seja, ∥E(x, y)∥ =
180 1 180 √ 1
π ∥(x,y)∥ = π .
x2 +y 2

(c) Mostre que a função potencial V (x, y) satisfaz a Equação de Laplace (ou equivalentemente, o campo elétrico

E(x, y) satisfaz a Lei de Gauss na ausência de cargas):
2 2
⃗ (x, y) ≡ ∂ V (x, y) + ∂ V (x, y) ≡ 0
⃗ · ∇V

∂x2 ∂y 2

na região entre as placas (ausência de cargas), com condições de contorno V (x, 0) = 0 volts para todo
x ∈ (0, ∞) (placa no semi-eixo x > 0); e V (x, x) = 45 volts para todo x ∈ (0, ∞) (placa na diagonal).

(d) Explique porque as linhas equipotenciais são da forma Lm = {(x, y) ∈ R2 : y = m x} onde a constante (em
relação a x) m – coeficiente angular – varia entre 0 e 1, e faça um esboço sobre a região interna do capacitor
das suas linhas equipotênciais e dos vetores campos elétricos destacando direção sentido e intensidade.

k=0
5. [A função Log z é analı́tica no plano complexo com corte e sua derivada complexa é 1/z] Considera a função
complexa f : R → C definida como
p
f (x + jy) = ln x2 + y 2 + j θ0 (x, y), (2)

onde R = C \ {(x + jy : x ≤ 0 e y = 0 }. Ou seja, extrai-se de C o eixo real não positivo (corte); já os valores da
função ângulo – em radianos – θ0 (x, y) são escolhidos entre (−π, π] (ramo principal). Ou seja,

arctg xy ,



 se x > 0 (primeiro ou quarto quadrante)


−π/2,



 se x = 0 e y < 0 (eixo y < 0)



 +π/2, se x = 0 e y > 0 (eixo y > 0)
θ0 (x, y) = (3)
arctg xy + π,



 se x < 0 e y > 0 (segundo quadrante)





 +π, se x < 0 e y = 0 (eixo x < 0)


 arctg y  − π,

se x < 0 e y < 0 (terceiro quadrante)
x

Como vimos na Questão 3 que tal função (2) – (3) é chamada de logaritimo principal. Resolva os seguintes itens:
p
(a) Mostre que u(x, y) = ln x2 + y 2 e v(x, y) = θ0 (x, y) satisfazem as condições de Cauchy Riemann sobre a
Região R. Sugestão: na hora de verificar que θ0 (x, y) satisfaz as condições CR basta usar θ(x, y) = arctg xy


uma vez que a adição das constantes ±π em (3)não altera a sua derivada.

df x y
(b) Usando a fórmula (1) conclua que dz (x + jy) ≡ x2 +y 2 − j x2 +y 2

z z
(c) Escreva 1/z = zz = |z|2 colocando no lugar de z a expressão x + jy e ao comparar o resultado com o item b,
k=0 k=qualquer
d 1 d 1
conclua que dz Log z ≡ z para z ∈ R. Observe que também teremos dz Log z ≡ z pois os diferentes
logaritimos diferem por uma constante e a derivada da constante é zero.

Obs.: O fato de θ0 (x, y) ser a parte imaginária de uma função analı́tica (no caso Log z) tem-se pela Questão 1 (b) que
tal θ0 (x, y) é harmônica, ou seja satisfaz a equação de Laplace. Assim, o capacitor na Questão 4 foi confeccionado
180
para que π θ0 (x, y) fosse o potencial solução. Perceba também que o intervalo [0, π/4] ⊂ (−π, π]. De modo geral,

3
para cada função harmônica podemos confeccionar um capacitor de modo que ela seja a função potencial na região
p
entre as placas; Por exemplo, o caso de u(x, y) = ln x2 + y 2 corresponde a um capacitor de placas cilı́ndricas
concêntricas.
k=0
6. [Teorema fundamental do Cálculo para a função Log z não pode ser usado se o caminho C interceptar o corte;
caso a interseção ocorra deve-se usar o logaritmo principal (k = 0) e um logaritmo secundário (k = ±1)] Considere
os números complexos z1 = −1 − j e z2 = −1 + j e os seguintes três caminhos que partem de z1 e chegam a z2 :

(i) arco de circunferência de raio 2 no sentido anti-horário:

√ √ 3π 3π
C+ = {z(t) = x(t) + jy(t) : x(t) = 2 cos(t); y(t) = 2 sen(t) , com − 4 ≤t≤ 4 } (arco-maior)


(ii) arco de circunferência de raio 2 no sentido horário:
√ √
C− = {z(t) = x(t) + jy(t) : x(t) = 2 cos(−t); y(t) = 2 sen(−t) , com 3π
4 ≤t≤

4 } (arco-menor)

(iii) caminho retilı́neo ligando z1 a z2 diretamente.

L = {z(t) = x(t) + jy(t) : x(t) = −1, y(t) = t , com − 1 ≤ t ≤ 1}

Após desenhar os três caminhos acima e indicar os que não interceptam o corte e os que interceptam o corte definido
na questão anterior, resolva os seguintes itens:

1

dz = j 3π 2 ej t e que
R
(a) Mostre que C+ z 2 ; Sugestão: para este caminho C+ use a parametrização z(t) =

(ejt )′ = j ejt , com − 3π


4 ≤t≤

4

k=0 k=0
(b) Depois mostre que j 3π
2 = Log z2 − Log z1 ;

1

dz = −j π2 ; Sugestão: para este caminho C− use a parametrização z(t) = 2 ej (−t) e que
R
(c) Mostre que C− z

(ej(−t) )′ = − j e−jt , com 3π


4 ≤t≤ 5π
4 .

k=−1 k=0
(d) Depois mostre que −j π2 = Log z2 − Log z1 ;

1
R1
dz = −j π2 . Sugstão: use que 1
R R
(e) Mostre que L z 1+t2 dt = arctg(t) e −1
f (t) impar dt = 0
k=−1 k=0
(f) Depois mostre que −j π2 = Log z2 − Log z1 ;

7. [Polo simples (de ordem 1) de uma função complexa] Considere a função f (z) = z1 . Escrevendo f (z) = N (z)/D(z)
– polinômio numerador/ polinômio denominador – com N (z) = 1 e D(z) = z. Devido a D(0) = 0 mas N (0) ̸= 0
dizemos que f (z) possui um polo em z = 0.

(a) Para um dado R > 0 desenhe no plano complexo o caminho CR = {z(t) = R cos t + j R sen t = Rejt t ∈
[0, 2π]} (circunferência de raio R com centro em (0, 0); Ou seja, trata-se de um caminho circular de raio R
partindo do ponto (R, 0) = R + j0 e chegando a ele mesmo (R, 0) = R + j0 após uma volta no sentido
antihorário.

4
R 2π
f (z(t)) jR ejt dt a
R
(b) Faça a integral de caminho CR
f (z) dz calculando a seguinte integral de Cálculo 1: 0

qual deverá dar igual j2π e portanto não depende do raio R da circunferência.

(c) Como o caminho CR intersepta o corte (ou seja, sai fora do ramo principal) o teorema fundamental do Cálculo
k=1 k=0
precisa ser adaptado. Mas precisamente, mostre que j2π =Log (R + j0) − Log (R + j0). Por outro lado,
k=0 k=0
como é de se esperar, caso não fizermos a adaptação j2π ̸= 0 =Log (R + j0) − Log (R + j0).

1
8. [Polo de ordem dois de uma função complexa] Considere a função f (z) = z2 . Escrevendo f (z) = N (z)/D(z) –
polinômio numerador/ polinômio denominador – com N (z) = 1 e D(z) = z 2 . Devido a D(0) = 0 mas N (0) ̸= 0
dizemos que f (z) possui um polo em z = 0 e como z aparece na potência dois dizemos que a função 1/z 2 possui em
z = 0 um polo de ordem 2.

(a) Para um dado R > 0 desenhe no plano complexo o caminho CR = {z(t) = R cos t+j R sen t = R ejt t ∈ [0, 2π]}
(circunferência de raio R com centro em (0, 0); Ou seja, trata-se de um caminho circular de raio R partindo
do ponto (R, 0) = R + j0 e chegando a ele mesmo (R, 0) = R + j0 após uma volta no sentido anti-horário.
R 2π
f (z) dz calculando a seguinte integral de Cálculo 1: 0 f (z(t)) j Rejt dt a
R
(b) Faça a integral de caminho C
R 2πR e−jt R 2π R 2π
qual deverá dar igual 0 pois 0 R dt = 0 cos(−t)
R dt + j 0 senR(−t) dt = 0 + j0 = 0. E portanto como na
questão anterior o valor da integral não depende do raio R da circunferência.

9. [Caminhos diferentes podem dar valores diferentes quando f não é analı́tica] Considere a função complexa
f (z) = z; ou seja f (x + jy) = x − jy chamada de z conjugado.

(a) Mostre que f (z) = z não é analı́tica em ponto algum do plano complexo através das equações de Cauchy-
Riemann.

(b) Considere a seguinte integral de caminho Z


z dz (4)
C
para os seguintes dois caminhos (Desenhe cada um deles):

(b1) Considere C1 o caminho retilı́neo partindo do ponto zinicial = −5j e chegando no ponto zfinal = 5j
R
contido no eixo imaginário. Mostre que C1 z dz = 0. Sugestão: use a parametrização x(t) = 0, y(t) = t,
t ∈ [−5, 5];

(b2) Mostre que a integral (4)com os mesmos zinicial e zf inal , mas agora sobre o caminho C2 que é a semi-
circunferência à direita de centro em (0, 0) e raio 5, tem o valor j 25 π. Sugestão: use a parametrização:
z(t) = 5 ejt com t ∈ [−π/2, π/2] e note que nessa parametrização vale z(t) = 5 e−jt .

10. Considere a integral complexa Z


z dz
C
sobre o caminho retilı́neo que parte do ponto zinicial = 1 + j2 e chega no ponto zf inal = 6 + j7.

(a) fazendo a integral sobre esse caminho mostre que está será igual a − 5 + j40. Use para isso a parametrização
h i
x(t)
y(t) = (1 − t) [ 12 ] + t [ 67 ], com t ∈ [0, 1].

(b) Depois confirme o resultado do item anterior usando o Teorema Fundamental do Cálculo, o qual pode ser
d 1 2
usado pois a função f (z) = z é analı́tica em todo o plano complexo (=função inteira), e nesse caso dz 2 z ≡ z.

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