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Sistemas de Tempo Discreto: Introdução
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Sistemas de Tempo Discreto: Introdução
Os sinais de tempo discreto podem ser originalmente discretos ou resultantes
da amostragem de sinais analógicos. Considere, por exemplo, o registro das
variações da temperatura atmosférica ao longo de um dia. No gráfico da Fi-
gura 10.1 (a) pode-se notar que a temperatura f (t) assume valores em qualquer
instante ao longo das 24 horas de um dia, formando um gráfico de linha contı́nua
ao longo do tempo t. Por outro lado, se a temperatura for anotada de hora em
hora, em um processo de amostragem, o sinal f (t) converte-se no sinal discreto
f (kT ) mostrado na Figura 10.1 (b).
O sinal discreto da Figura 10.1 (b) pode, por sua vez, ser convertido num sinal
digital. Os sinais digitais são resultantes da conversão da amplitude dos sinais
de tempo discreto por meio de algum tipo de código binário, ou seja, usando
apenas elementos 0 e 1.
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Sistemas de Tempo Discreto: Introdução
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Exemplo
k 0 1 2 3 4 5 6 • • •
f (k) 0 1 2 3 0 0 0 • • •
Solução
Aplicando a definição de transformada Z,
∞
X
F (z) = f (k)z −k = f (1)z −1 + f (2)z −2 + f (3)z −3 + . . .
k=0
1 2 3 z 2 + 2z + 3
= + 2+ 3 = .
z z z z3
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Transformada Z de algumas funções
Impulso unitário
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Transformada Z de algumas funções
Propriedade: P
Soma Geométrica
m k
Quanto vale: k=0 b =?
m m
X X ((
bk − b bk = 1 + (
b+( b
( 2(((( m
+ · · · + b
k=0 k=0
((((
− (b+
((b 2(
+(· · · + b m + b m+1
m
X
(1 − b) b k = 1 − b m+1
k=0
m
X 1 − b m+1
bk =
1−b
k=0
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Transformada Z de algumas funções
Propriedade: P
Soma Geométrica (continuação)
∞ k
Quanto vale: k=0 b =?
∞ m
X X 1 − b m+1
b k = lim b k = lim
m→∞ m→∞ 1−b
k=0 k=0
1 − lim b m+1
m→∞
=
1−b
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Transformada Z de algumas funções
Degrau unitário
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Transformada Z de algumas funções
Degrau unitário
Para |z| > 1, a série (5) representa a soma dos termos de uma
progressão geométrica com razão z −1 e primeiro termo igual a 1.
Logo,
1 z
F (z) = −1
= . (6)
1−z z −1
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Transformada Z de algumas funções
Rampa unitária
A função rampa unitária é definida como
(
kT k ≥ 0,
f (kT ) = (7)
0 k < 0.
O gráfico desta sequência é apresentado na Figura 10.4.
z −1 z −2 z −3 z −4
= + + + + ···
1 − z −1 1 − z −1 1 − z −1 1 − z −1
1
−1 −2 −3 −4
1 −1
−1 −2 −3
= z +z +z +z + ··· = z 1+z +z +z ···
1 − z −1 1 − z −1
1 z −1
= . (9)
1 − z −1 1 − z −1
Logo,
Tz −1 Tz −1 z2 Tz Tz
F (z) = −1 2
= −1 −2
· 2 = 2 ⇒ F(z) = . (10)
(1 − z ) 1 − 2z +z z z − 2z + 1 (z − 1)2
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Transformada Z de algumas funções
Função exponencial
Para t = kT e k ≥ 0,
∞
X
F (z) = f (kT )z −k = 1 + e −aT z −1 + e −2aT z −2 + e −3aT z −3 + · · ·
k=0
1 z
= = . (12)
1 − e −aT z −1 z − e −aT
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Transformada Z de algumas funções
Sequência ak
∞
X
F (z) = f (k)z −k = 1 + az −1 + a2 z −2 + a3 z −3 + · · ·
k=0
1 z
= −1
= . (14)
1 − az z −a
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Transformada Z de algumas funções (seno e cosseno)
Antes de apresentar a transformada Z das funções seno e cosseno, preci-
samos reescrevê-las usando a fórmula de Euler:
Fórmulas de Euler
e jωt = cos(ωt) + jsen(ωt);
e −jωt = cos(ωt) − jsen(ωt)
Somando as 2 equações e dividindo por 2 temos a fórmula do cosseno:
cos(ωt)
e jωt + e −jωt
cos(ωt) =
2
Subtraindo as 2 equações de Euler e dividindo por 2j temos a fórmula do
seno:
sen(ωt)
e jωt − e −jωt
sen(ωt) =
2j
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Transformada Z de algumas funções (Função seno)
A função seno é dada por
(
sen(ωt) t ≥ 0,
f (t) = (15)
0 t < 0.
e jωt − e −jωt
F (z) = Z [sen(ωt)] = Z . (16)
2j
Para t = kT e k ≥ 0, de (12) tem-se que
1 h i
F (z) = Z e jωkT − e −jωkT
2j
1 z z
= −
2j z − e jωT z − e −jωT
jωT − e −jωT )z
1 (e
=
2j z 2 − (e jωT + e −jωT )z + 1
zsen(ωT )
= 2 . (17)
z − 2z cos(ωT ) + 1
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Transformada Z de algumas funções (Função cosseno)
A função cosseno é dada por
(
cos(ωT ) t ≥ 0,
f (t) = (18)
0 t < 0.
e jωt + e −jωt
F (z) = Z [cos(ωT )] = Z . (19)
2
Para t = kT e k ≥ 0, de (12) tem-se que
1 z z
F (z) = +
2 z − e jωT z − e −jωT
2z 2 − (e jωT + e −jωT )z
1
=
2 z 2 − (e jωT + e −jωT )z + 1
z 2 − z cos(ωT )
= 2 . (20)
z − 2z cos(ωT ) + 1
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Algumas propriedades e teoremas da transformada Z
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Exemplo 10.1
Deseja-se obter a transformada Z da função cuja transformada de
Laplace é
a
F (s) = . (22)
s(s + a)
Expandindo a Equação (22) em frações parciais, obtém-se
a A B As + A · a + Bs
F (s) = = + = ⇒ A = 1,B = −1;
s(s + a) s s +a s(s + a)
1 1
F (s) = − . (23)
s s +a
cuja transformada inversa é dada por
L−1 [F (s)] = f (t) = 1 − e −at , para t ≥ 0. (24)
Logo, a transformada Z de f (t), amostrada com perı́odo T , é dada
por
h i z z (1 − e −aT )z
F (z) = Z 1 − e −akT = − = .
z − 1 z − e −aT (z − 1)(z − e −aT )
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Algumas propriedades e teoremas da transformada Z
Propriedade 10.2 Atraso
Dadas as sequências f (k) e g (k), sendo a última obtida por translação da
primeira para depois (Figura 10.5 (a) e 10.5 (b)), isto é,
(
f (k − n) k ≥ n,
g (k) = (26)
0 k < n.
Então,
∞
X ∞
X
G (z) = g (k)z −k = f (k − n)z −k . (27)
k=0 k=0
Definindo m = k − n e dado que g (k) = 0 para k < n, obtém-se
∞
X ∞
X
G (z) = f (m)z −(m+n) = z −n f (m)z −m = z −n F (z). (28)
m=0 m=0
Portanto,
G (z) = z −n F (z). (29)
A propriedade (29) permite considerar a variável complexa z −n como um
operador de atraso n, aplicável às sequências temporais, que será muito
útil na representação de sistemas dinâmicos. 21 / 32
Exemplo 10.2
Considere a sequência
(
e −k k ≥ 0,
f (k) = (30)
0 k < 0.
Então,
z
F (z) = Z [f (k)] = . (32)
z − e −1
Logo,
z 1
G (z) = z −2 F (z) = z −2 = . (33)
z − e −1 z(z − e −1 )
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Algumas propriedades e teoremas da transformada Z
Propriedade 10.3 Avanço
Definindo m = k + n, então
∞ ∞ n−1
!
X X X
H(z) = f (m)z −(m−n) = z n f (m)z −m − f (m)z −m .
m=n m=0 m=0
(36)
Portanto,
n−1
!
X
H(z) = z n F (z) − f (m)z −m . (37)
m=0
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Exemplo 10.3
Logo,
1
!
X
H(z) = z 2 F (z) − mz −m
m=0
2 z −1
=z −z
(z − 1)2
z3 2z 2 − z
= −z = . (39)
(z − 1)2 (z − 1)2
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Algumas propriedades e teoremas da transformada Z
De fato,
∞
X
F (z) = f (k)z −k = f (0) + f (1)z −1 + f (2)z −2 + · · · (41)
k=0
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Exemplo 10.4
De fato,
h i
F (z) = Z ak ⇒ f (k) = ak ⇒ f (0) = 1. (44)
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Algumas propriedades e teoremas da transformada Z
10.2.4 Teorema do valor final
lim 1 − z −1 F (z),
z→1
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Algumas propriedades e teoremas da transformada Z
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Exemplo 10.5
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Atividade
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Atividade (Resposta)
a) Aplicando a propriedade (37) do avanço na Equação (52), obtém-se
z 2 Y (z) − y (0) − y (1)z −1 − z (Y (z) − y (0)) + 0,09Y (z) = U(z). (53)
z
Como u(k) é um degrau unitário, então Z [u(k)] = , logo,
z −1
z
Y (z) = . (55)
(z − 1) (z 2 − z + 0,09)
b) Aplicando o teorema do valor final na Equação (55), obtém-se
lim y (k) = lim 1 − z −1 Y (z)
k→∞ z→1
(z − 1) z
= lim (56)
z→1 z (z − 1) (z 2 − z + 0,09)
1
= ≊ 11,111.
0,09
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