Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Vibrações Mecânicas
Aula : Vibrações em sistemas com N
graus de liberdade
1
Escolher coordenadas generalizadas adequadas, a partir da
posição de equilíbrio estático, considerando uma posição
instantânea para o sistema, tal que os deslocamentos, velocidades
e acelerações sejam positivos. Desenhar o diagrama de corpo
livre para todas as massas ou para uma delas que seja
representativa das demais
xi +1 > xi > xi −1
∑F j
ij xi (para a massa mi )
= mi
∑M j
ij = J iθi (para o corpo rígido de momento de inércia J i )
d ∂T ∂L
− = Q (j n ) , j = 1, 2,..., n
dt ∂q j ∂q j
q j é a j -ésima coordenada generalizada
q j é a j -ésima velocidade generalizada
T é a energia cinética total do sistema
L = T − V é o Lagrangiano do sistema, onde
V é a energia potencial total do sistema
Q (j n ) são as forças externas e/ou dissipativas correspondente
à coordenada generalizada q j
As energias cinética e potencial são:
1 T 1 T
T = {q} [ m]{q} V = {q} [ k ]{q}
2 2
d ∂T ∂L ∂D
− + = Q (j n ) , j = 1, 2,..., n
dt ∂q j ∂q j ∂q j
onde D é o termo dissipativo de Rayleigh. 1 T
D = {q} [ c ]{q}
2
Q (j n ) , neste caso, representa as forças externas correspondente
à coordenada generalizada q j
Exemplo: Encontre a equação de movimento utilizando Lagrange:
1
T=
2
( )
m1 x12 + m2 x2 2 + m3 x32 ⇒ energia cinética
1 2
V = k1 x1 + k2 ( x2 − x1 ) + k3 ( x3 − x2 ) ⇒ energia potencial
2 2
2
1 2
c1 x1 + c2 ( x2 − x1 ) + c3 ( x3 − x2 ) + c4 x2 2 + c5 ( x3 − x1 ) ⇒ função dissipação de Rayleigh
2 2 2
D=
2
Utilizando Lagrange:
d ∂T ∂L ∂D
− + = Q (j n ) , j = 1, 2,3
dt ∂x j ∂x j ∂x j
d ∂T ∂L ∂D
− + = Q (j n ) , j = 1, 2,3
dt ∂x j ∂x j ∂x j
1
T=
2
( )
m1 x12 + m2 x2 2 + m3 x32 ⇒ energia cinética
∂T 1 d ∂T d
= 2 ( m1 x1 ) = m1 x1 = ( m1 x1 ) = m1
x1
∂x1 2
dt ∂x1 dt
∂T 1 d ∂T d
= 2 ( m2 x2 ) = m2 x2 = ( m2 x2 ) = m2
x2
∂x2 2 dt ∂x2 dt
∂T 1 d ∂T d
= 2 ( m3 x3 ) = m3 x3 = ( m3 x3 ) = m3
x3
∂x3 2 dt ∂x3 dt
d ∂T ∂L ∂D
− + = Q (j n ) , j = 1, 2,3
dt ∂x j ∂x j ∂x j
1
T=
2
( )
m1 x12 + m2 x2 2 + m3 x32 ⇒ energia cinética
1
V = k1 x12 + k2 ( x2 − x1 ) + k3 ( x3 − x2 ) ⇒ energia potencial
2 2
2
1 1
L = T − V = ( m1 x12 + m2 x2 2 + m3 x32 ) − k1 x12 + k2 ( x2 − x1 ) + k3 ( x3 − x2 )
2 2
2 2
1 1
= ( m1 x12 + m2 x2 2 + m3 x32 ) − k1 x12 + k2 ( x2 2 − 2 x2 x1 + x12 ) + k3 ( x32 − 2 x3 x2 + x2 2 )
2 2
∂L 1
= − [ 2k1 x1 − 2k2 x2 + 2k2 x1 ]
∂x1 2
∂L 1
= − [ 2k2 x2 − 2k2 x1 − 2k3 x3 + 2k3 x2 ]
∂x2 2
∂L 1
= − [ 2k3 x3 − 2k3 x2 ]
∂x3 2
d ∂T ∂L ∂D
− + = Q (j n ) , j = 1, 2,3
dt ∂x j ∂x j ∂x j
1 2
c1 x1 + c2 ( x2 − x1 ) + c3 ( x3 − x2 ) + c4 x2 2 + c5 ( x3 − x1 ) ⇒ função dissipação de Rayleigh
2 2 2
D=
2
∂D 1
= [ 2c1 x1 − 2c2 x2 + 2c2 x1 − 2c5 x3 + 2c5 x1 ]
∂x1 2
∂D 1
= [ 2c2 x2 − 2c2 x1 − 2c3 x3 + 2c3 x2 + 2c4 x2 ]
∂x2 2
∂D 1
= [ 2c3 x3 − 2c3 x2 + 2c5 x3 − 2c5 x1 ]
∂x3 2
d ∂T ∂L ∂D
− + = Q (j n ) , j = 1, 2,3
dt ∂x j ∂x j ∂x j
Q1 = F1 Q2 = F2 Q3 = F3
d ∂T ∂L ∂D
− + = Q (j n ) , j = 1, 2,3
dt ∂x j ∂x j ∂x j
x1 + k1 x1 − k2 x2 + k2 x1 + c1 x1 − c2 x2 + c2 x1 − c5 x3 + c5 x1 = F1 ⇒
m1
x1 + (c1 + c2 + c5 ) x1 − c2 x2 − c5 x3 + (k1 + k2 ) x1 − k2 x2 = F1
m1
Encontra-se:
m1 0 0 x1 c1 + c2 + c5 −c2 −c5 x1 k1 + k2 −k2 0 x1 F1
0
m2 0 x2 + −c2 c2 + c3 + c4 −c3 x2 + −k2 k 2 + k3 −k3 x2 = F2
0 0 m3
x3 −c5 −c3 c3 + c5 x3 0 − k3 k3 x3 F3
3. Vibração livre não-amortecida
O modelo matemático de um sistema mecânico, em sua forma mais
geral, em vibração livre sem amortecimento, é obtido fazendo a
matriz de amortecimento e o vetor de força nulos na equação
abaixo:
→ →
[m] x + [c]x + [ k ] x = F (t ) [ m] x + [ k ] x = 0
Solução
2k −k 0 2 −1 0 m 0 0 1 0 0
[ k ] = −k 2k −k = k −1 2 −1 [ m] = 0 m 0 = m 0 1 0
0 −k k 0 −1 1 0 0 m 0 0 1
→ →
[k ] − ω [m] X = 0
2
m 0 0 2k − ω m 0
2
2k −k 0 −k
[k ] − ω 2 [m] = − k 2k −k − ω 2 0 m 0 = −k 2k − ω 2 m −k = 0
0 −k k 0 0 m 0 −k k − ω 2 m
Resolvendo o determinante, chega-se a uma equação cúbica em
ω2, a qual fornece os seguintes autovalores:
k
ω12 = 0,19806
m
k
ω22 = 1,5553
m
2 k
ω3 = 3, 2490
m
cujas raízes quadradas são as frequências naturais:
k
ω1 = 0, 44504
m
k
ω2 = 1, 2471
m
k
ω3 = 1,8025
m
Após obter as frequências naturais, pode-se encontrar os autovetores
(modos naturais de vibração):
→ →
[k ] − ω [m] X = 0
2
2k − mω 2 −k 0 X 1 0
−k 2k − mω 2 − k X 2 = 0
0 −k k − mω 2 X 3 0
Substituindo os autovalores obtidos, tem-se:
2 k
1o modo Para ω = 0,19806 :
1
m
k
2 k − m (0,19806 ) − k 0
m
1 0
(1)
X
−k
k
2k − m(0,19806 ) −k X (1) = 0
2
m
X 3(1) 0
k
0 −k k − m(0,19806 )
m
X 1 0
(1)
2k − 0,19806k −k 0
(1)
−k 2k − 0,19806k −k X 2 = 0
0 −k k − 0,19806k X 3(1) 0
1, 0
→ (1)
X = X 1(1) 1,8019
2, 2470
Analogamente, para o segundo e o terceiro modo de vibração, tem-se:
1, 0
k → (2)
= X 1(2) 0, 4450
2
2o modo Para ω2 = 1,5553 : X
m
−0,8020
1, 0
k → (3)
= X 1(3) −1, 2468
2
3o modo Para ω = 3, 2490 :
3 X
m
0,5544
(i ) → (i ) → (i )
[k ] - ω [ m] X = 0
i
2
ωi2 [m] X = [k ] X
→ ( i )T → ( j) → ( j )T → (i ) → ( i )T → ( j)
ω 2j X [ m] X ≡ ω 2j X [ m] X =X [k ] X
Simetria de [m]
→ ( j )T → (i )
(ωi2 − ω 2j ) X [ m] X =0
Como, em geral, ωi ≠ ωj, pode-se escrever:
→ ( j )T → (i )
X [ m] X = 0, i≠ j
→ ( j )T → (i )
X [k ] X = 0, i≠ j
→ ( i )T → (i ) → ( i )T → (i )
Sendo: X [ m] X = M ii e X [k ] X = K ii
→ ( i )T → (i )
2 X [k ] X K ii
ω =i → ( i )T → (i )
=
M ii
X [ m] X
E, na forma matricial:
→ ( i )T → (i ) → ( i )T → (i )
X [ m] X = M ii , i = 1, 2,..., N X [k ] X = K ii , i = 1, 2,..., N
M 11 0 K11 0
M
K
[ M ] = 22 = [ X ]T [ m ][ X ]
[ K ] = 22 = [ X ]T [ k ][ X ]
... ...
0 M NN 0 K NN
→ ( i )T → (i ) → ( i )T → (i ) → ( i )T → (i ) 1
Φ [k ] Φ = γi X [k ]γ i X = γ i2 X [k ] X = K ii
M ii
→ ( i )T → (i )
Φ [k ] Φ = ωi2
As propriedades de ortogonalidade ponderada dos autovetores
normalizados pela matriz de massa pode ser escrita, na forma
matricial, como:
T
[Φ ] [ k ][ Φ ] = ωi2 T
d [ Φ ] [ m] [ Φ ] = [ I ]
diagonal
Exemplo
Ortonormalizar os autovetores do exemplo anterior em relação à
matriz massa.
Solução
1 0 0
Matriz massa: [ m] = m 0 1 0
0 0 1
Autovetores:
1, 0 1, 0 1, 0
→ (1) → (2) → (3)
X = X 1(1) 1,8019 X = X 1(2) 0, 4450 X = X 1(3) −1, 2468
2, 2470 −0,8020 0,5544
→ ( i )T → (i )
Φ [ m] Φ =1
1 0 0 1, 0
i=1 γ 1 X 1(1) [1, 0 1,8019 2, 2470] m 0 1 0 γ 1 X 1(1) 1,8019 = 1
0 0 1 2, 2470
{ x ( t )} = [Φ ]{ p ( t )}
Substituindo {x(t)} e sua derivada segunda na equação diferencial de
movimento, obtém-se:
[ m][Φ ]{ p ( t )} + [ k ][Φ ]{ p ( t )} = {0}
Pré-multiplicando-se a expressão anterior por [Φ]T, tem-se
[c ] = α [ k ] + β [ m]
constantes de proporcionalidades:
[ m][Φ ]{ p ( t )} + α [ m] + β [ k ] [Φ ]{ p ( t )} + [ k ][Φ ]{ p ( t )} = {0}
Tem-se:
[ I ]{ p ( t )} + α [ I ] + β ω 2 [Φ ]{ p ( t )} + ω 2 { p ( t )} = {0}
Neste caso as equações diferenciais ordinárias lineares desacopladas
são dadas por:
pi + 2ζ iωi p i + ωi2 pi = 0,
i = 1, 2,3,..., N
Onde:
1 β
ζ i = αωi +
2 ωi
Assim, a solução na coordenada principal para ζi < 1 é da mesma
forma que foi desenvolvida para sistemas com 1GDL, basta fazer as
devidas adaptações de coordenadas e termos, chegando-se a:
pi ( t ) = Pe
i
−ζ iωi t
(
sen ωi 1 − ζ 2
)
i t + φi , i = 1, 2,3,..., N