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Q2
Q3
2a Prova de Cálculo I, 30/05/2019 Q4
TOTAL

Nome: RA:

1. (2,0 pts) Calcule a derivada das funções abaixo e justifique as passagens indicando as regras
que foram utilizadas (regra do produto, regra do quociente, regra da cadeia etc).

(a) f (x) = (3x4 + 2x)ex √


(c) g(x) = 1 + 2e3x
t sen(t)
(d) y = tan x10

(b) y =
1+t
Solução

(a) f 0 (x) = (12x3 + 2)ex + (3x4 + 2x)ex = ex [(12x3 + 2) + (3x4 + 2x)] = ex (3x4 + 12x3 + 2x + 2).
Utilizamos a regra do produto e derivada da soma.
(b)

(sen t + t cos t)(1 + t) − (tsen t) sen t + tsen t + t cos t + t2 cos t − tsen t


y0 = =
(1 + t)2 (1 + t)2
sen t + cos t(t + t2 )
= .
(1 + t)2

Utilizamos as regras do quociente, produto e derivada da soma.


√ 1
3x 2 0 1 1 3x 3e3x
3x
(c) g(x) = 1 + 2e = (1 + 2e ) portanto g (x) = · · 6e = √ .
2 (1 + 2e3x ) 21 1 + 2e3x
Utilizamos a regra da cadeia e derivada da soma.

(d) y 0 = sec2 (x10 )10x9 . Utilizamos a regra da cadeia.


Quem não se lembrava da derivada da tangente poderia usar a regra do quociente

d d sen(θ) cos2 (θ) − sen(θ) (− sen(θ)) cos2 (θ) + sen2 (θ) 1


tan(θ) = = 2
= 2
= = sec2 (θ)
dθ dθ cos(θ) cos (θ) cos (θ) cos2 (θ)
2. (2,0 pts) A figura ao lado mostra o
gráfico de uma elipse definida pela equação
x2 + xy + y 2 = 3 . Use derivação implı́cita
para encontrar uma equação da reta tangente
à curva no ponto (1, 1). Em seguida desenhe
a reta tangente no gráfico ao lado.

Solução
Sabemos que a equação da reta tangente à curva no ponto (1, 1) é dada pela equação y − y0 =
dy dy
m(x − x0 ), onde x0 = 1, y0 = y(x0 ) = 1 e m = . Vamos encontrar , temos:
dx x=1 dx
d 2 d d 2 d d dy dy
[x + xy + y 2 ] = 3⇒ x + xy + y 2 = 0 ⇒ 2x + y + x + 2y =0
dx dx dx dx dx dx dx
dy dy
⇒ x + 2y = −2x − y
dx dx
dy
⇒ [x + 2y] = −2x − y
dx
dy −2x − y
⇒ = .
dx x + 2y
dy −2 − y(1) −2 − 1
Dessa forma, m = = = = −1.
dx x=1 1 + 2y(1) 1+2
Portanto, a equação da reta tangente à curva no ponto (1, 1) é dada pela equação y − 1 =
−1(x − 1), ou seja, y = −x + 2.
Note que quando x = 0 a reta tangente passa pelo ponto (0, 2) e, então, obtemos a reta no
gráfico abaixo:
3. (3,0 pts) O objetivo deste exercı́cio é encontrar o volume do maior cilindro circular reto que
cabe dentro de uma esfera de raio 1, para isso resolva os itens a seguir:

(a) Escreva a fórmula do volume V de um cilindro de raio da base r e altura h, use a figura
da seção transversal do cilindro dentro da esfera para obter uma relação entre r e h, em
seguida substitua a expressão de r2 na fórmula de V para obter uma função V (h).
(b) Encontre o valor máximo de V (h) no intervalo 0 6 h 6 2.

2r

h 2

Seção transversal
Solução

(a) O volume de um cilindro de raio da base r e altura h é dado por V = πr2 h. Usando a
seção transversal do cilindro dentro da esfera, obtemos, por Pitágoras,

4 − h2
22 = h2 + (2r)2 ⇒ 4r2 = 4 − h2 ⇒ r2 = .
4

Substituindo r2 na fórmula que encontramos para o volume concluı́mos que

(4 − h2 ) 4πh − πh3 π
V (h) = π h= = πh − h3 .
4 4 4

(b) Para encontrarmos o valor máximo de V (h), no intervalo 0 6 h 6 2, devemos encontrar


3π 2
os pontos crı́ticos de V . Para isso, calculamos V 0 (h). Temos V 0 (h) = π − h e então
r 4
3π 2 3π 2 4π 4
V 0 (h) = 0 ⇒ π − h =0⇒ h = π ⇒ h2 = ⇒h=± .
4 4 3π 3
Como h é uma altura logo não pode ser negativa, além disso como o cilindro está dentro
0
de umar esfera√de raio 1 (diâmetro 2) devemos ter 0 6 h 6 2, logo V (h) = 0 somente para
4 2 3
h= = .
3 3
Analisando os valores da função nos extremos do domı́nio e no ponto crı́tico encontramos
os pontos de máximo e mı́nimo.

h V (h)

0 0 Mı́nimo
√ √
2 2 4π 3
Máximo
3 9

2 0 Mı́nimo

2 3
Portanto, h = é ponto de máximo de V e o volume máximo é dado por
3
 √  √  √   √ 
2 3 (4 − ( 2 3 3 )2 ) 2 3 (4 − 43 ) 2 3
V =π =π
3 4 3 4 3

2π 3(4 − 43 )
=
√ 128
2π 3( 3 )
=
12

16π 3
=
36

4π 3
= .
9
−x2
4. (3,0 pts) Considere a função f (x) = .
x2 − 1
(a) Determine o domı́nio de f e as assı́ntotas verticais e horizontais do gráfico.
Solução: O domı́nio da função f é o conjunto
Df = {x ∈ R; x2 − 1 6= 0} = {x ∈ R; x 6= −1 e x 6= 1}
Vamos determinar as assı́ntotas verticais da função f.

−x2 −x2 −x2 1


= = · =⇒ lim − f (x) = −∞
x2 − 1 (x − 1)(x + 1) (x − 1) (x + 1) x→−1
| {z } | {z }
tende a 12 tende a −∞
quando x→−1− quando x→−1−

−x2 −x2 −x 2
1
= = · =⇒ lim + f (x) = +∞
x2 − 1 (x − 1)(x + 1) (x − 1) (x + 1) x→−1
| {z } | {z }
tende a 12 tende a +∞
quando x→−1+ quando x→−1+

−x2 −x2 −x 2
1
= = · =⇒ lim− f (x) = +∞
x2 − 1 (x + 1)(x − 1) (x + 1) (x − 1) x→1
| {z } | {z }
tende a − 12 tende a −∞
quando x→1− quando x→1−

−x2 −x2 −x 2
1
= = · =⇒ lim+ f (x) = −∞
x2 − 1 (x + 1)(x − 1) (x + 1) (x − 1) x→1
| {z } | {z }
tende a − 21 tende a +∞
quando x→1+ quando x→1+

Portanto, x = −1 e x = 1 são assı́ntotas verticais.


Agora, vamos determinar as assı́ntotas horizontais da função f.
Para tanto, note que
−x2 x2 (−1) (−1) −1
lim f (x) = lim 2 = lim 2 = lim = = −1 ;
x→+∞ x→+∞ x − 1 x→+∞ x (1 − 12 ) x→+∞ (1 − 12 ) 1
x x
−x2 x2 (−1) (−1) −1
lim f (x) = lim 2 = lim 2 1 = lim 1 = = −1.
x→−∞ x→−∞ x − 1 x→−∞ x (1 − 2 ) x→−∞ (1 − 2 ) 1
x x
Portanto, y = −1 é a assı́ntota horizontal da função f.
(b) Calcule f 0 (x), determine os pontos crı́ticos e os intervalos de crescimento e decrescimento.
Solução:
−2x(x2 − 1) − (−x2 )(2x) −2x3 + 2x + 2x3 2x
f 0 (x) = = =
(x2 − 1)2 (x2 − 1)2 (x2 − 1)2

Agora, vamos determinar os pontos criticos da função f, isto é, encontrar x ∈ Df tal que
f 0 (x) = 0.
Observe que
2x
f 0 (x) = 0 ⇔ = 0 ⇔ 2x = 0 ⇔ x = 0.
(x2 − 1)2
Logo, x = 0 é o único ponto crı́tico da função f.
Agora, vamos estudar o sinal de f 0 .
Observe que (x2 − 1)2 > 0, ∀x ∈ Df , assim o sinal de f 0 é o mesmo que o de 2x.
Desse modo, f 0 (x) 6 0, ∀x ∈ (−∞, −1) ∪ (−1, 0] e f 0 (x) > 0 ∀x ∈ [0, 1) ∪ (1, +∞).

− − + +
f0 ◦ • ◦
−1 0 1
e, portando a função f é decrescente em (−∞, −1) ∪ (−1, 0] e crescente em [0, 1) ∪ (1, +∞).

& & % %
f ◦ • ◦
−1 0 1
(c) Calcule f 00 (x) e determine os intervalos onde o gráfico de f tem concavidade para cima e
aqueles onde a concavidade é para baixo.
Solução:
2(x2 − 1)2 − 2x[2(x2 − 1)2x] 2(x2 − 1)2 − 8x2 (x2 − 1)
f 00 (x) = =
(x2 − 1)4 (x2 − 1)4
(x2 − 1)[2(x2 − 1) − 8x2 ]
=
(x2 − 1)4
2(x − 1) − 8x2
2
=
(x2 − 1)3
2x2 − 2 − 8x2
=
(x2 − 1)3
−6x2 − 2
= 2
(x − 1)3

Agora, vamos estudar o sinal da função f 00 . Note que −6x2 − 2 6 0, ∀x ∈ Df , logo o sinal
de f 00 é o contrário do sinal de (x2 − 1)3 .
Por outro lado, o sinal de (x2 − 1)3 é o mesmo que de (x2 − 1), assim, o sinal de f 00 é
oposto ao sinal de (x2 − 1).
Logo, f 00 (x) < 0, ∀x ∈ (−∞, −1) ∪ (1, +∞) e f 00 (x) > 0, ∀x ∈ (−1, 1).
− + −
f 00 ◦ ◦
−1 1
e, assim, a função tem concavidade para baixo em (−∞, −1) ∪ (1, +∞) e concavidade
para cima em (−1, 1).

∩ ∪ ∩
f ◦ ◦
−1 1
(d) Faça um esboço do gráfico de f .

Solução:

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