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Q2
Q3
2a Prova de Cálculo I, 30/05/2019 Q4
TOTAL
Nome: RA:
1. (2,0 pts) Calcule a derivada das funções abaixo e justifique as passagens indicando as regras
que foram utilizadas (regra do produto, regra do quociente, regra da cadeia etc).
(a) f 0 (x) = (12x3 + 2)ex + (3x4 + 2x)ex = ex [(12x3 + 2) + (3x4 + 2x)] = ex (3x4 + 12x3 + 2x + 2).
Utilizamos a regra do produto e derivada da soma.
(b)
Solução
Sabemos que a equação da reta tangente à curva no ponto (1, 1) é dada pela equação y − y0 =
dy dy
m(x − x0 ), onde x0 = 1, y0 = y(x0 ) = 1 e m = . Vamos encontrar , temos:
dx x=1 dx
d 2 d d 2 d d dy dy
[x + xy + y 2 ] = 3⇒ x + xy + y 2 = 0 ⇒ 2x + y + x + 2y =0
dx dx dx dx dx dx dx
dy dy
⇒ x + 2y = −2x − y
dx dx
dy
⇒ [x + 2y] = −2x − y
dx
dy −2x − y
⇒ = .
dx x + 2y
dy −2 − y(1) −2 − 1
Dessa forma, m = = = = −1.
dx x=1 1 + 2y(1) 1+2
Portanto, a equação da reta tangente à curva no ponto (1, 1) é dada pela equação y − 1 =
−1(x − 1), ou seja, y = −x + 2.
Note que quando x = 0 a reta tangente passa pelo ponto (0, 2) e, então, obtemos a reta no
gráfico abaixo:
3. (3,0 pts) O objetivo deste exercı́cio é encontrar o volume do maior cilindro circular reto que
cabe dentro de uma esfera de raio 1, para isso resolva os itens a seguir:
(a) Escreva a fórmula do volume V de um cilindro de raio da base r e altura h, use a figura
da seção transversal do cilindro dentro da esfera para obter uma relação entre r e h, em
seguida substitua a expressão de r2 na fórmula de V para obter uma função V (h).
(b) Encontre o valor máximo de V (h) no intervalo 0 6 h 6 2.
2r
h 2
Seção transversal
Solução
(a) O volume de um cilindro de raio da base r e altura h é dado por V = πr2 h. Usando a
seção transversal do cilindro dentro da esfera, obtemos, por Pitágoras,
4 − h2
22 = h2 + (2r)2 ⇒ 4r2 = 4 − h2 ⇒ r2 = .
4
(4 − h2 ) 4πh − πh3 π
V (h) = π h= = πh − h3 .
4 4 4
h V (h)
0 0 Mı́nimo
√ √
2 2 4π 3
Máximo
3 9
2 0 Mı́nimo
√
2 3
Portanto, h = é ponto de máximo de V e o volume máximo é dado por
3
√ √ √ √
2 3 (4 − ( 2 3 3 )2 ) 2 3 (4 − 43 ) 2 3
V =π =π
3 4 3 4 3
√
2π 3(4 − 43 )
=
√ 128
2π 3( 3 )
=
12
√
16π 3
=
36
√
4π 3
= .
9
−x2
4. (3,0 pts) Considere a função f (x) = .
x2 − 1
(a) Determine o domı́nio de f e as assı́ntotas verticais e horizontais do gráfico.
Solução: O domı́nio da função f é o conjunto
Df = {x ∈ R; x2 − 1 6= 0} = {x ∈ R; x 6= −1 e x 6= 1}
Vamos determinar as assı́ntotas verticais da função f.
−x2 −x2 −x 2
1
= = · =⇒ lim + f (x) = +∞
x2 − 1 (x − 1)(x + 1) (x − 1) (x + 1) x→−1
| {z } | {z }
tende a 12 tende a +∞
quando x→−1+ quando x→−1+
−x2 −x2 −x 2
1
= = · =⇒ lim− f (x) = +∞
x2 − 1 (x + 1)(x − 1) (x + 1) (x − 1) x→1
| {z } | {z }
tende a − 12 tende a −∞
quando x→1− quando x→1−
−x2 −x2 −x 2
1
= = · =⇒ lim+ f (x) = −∞
x2 − 1 (x + 1)(x − 1) (x + 1) (x − 1) x→1
| {z } | {z }
tende a − 21 tende a +∞
quando x→1+ quando x→1+
Agora, vamos determinar os pontos criticos da função f, isto é, encontrar x ∈ Df tal que
f 0 (x) = 0.
Observe que
2x
f 0 (x) = 0 ⇔ = 0 ⇔ 2x = 0 ⇔ x = 0.
(x2 − 1)2
Logo, x = 0 é o único ponto crı́tico da função f.
Agora, vamos estudar o sinal de f 0 .
Observe que (x2 − 1)2 > 0, ∀x ∈ Df , assim o sinal de f 0 é o mesmo que o de 2x.
Desse modo, f 0 (x) 6 0, ∀x ∈ (−∞, −1) ∪ (−1, 0] e f 0 (x) > 0 ∀x ∈ [0, 1) ∪ (1, +∞).
− − + +
f0 ◦ • ◦
−1 0 1
e, portando a função f é decrescente em (−∞, −1) ∪ (−1, 0] e crescente em [0, 1) ∪ (1, +∞).
& & % %
f ◦ • ◦
−1 0 1
(c) Calcule f 00 (x) e determine os intervalos onde o gráfico de f tem concavidade para cima e
aqueles onde a concavidade é para baixo.
Solução:
2(x2 − 1)2 − 2x[2(x2 − 1)2x] 2(x2 − 1)2 − 8x2 (x2 − 1)
f 00 (x) = =
(x2 − 1)4 (x2 − 1)4
(x2 − 1)[2(x2 − 1) − 8x2 ]
=
(x2 − 1)4
2(x − 1) − 8x2
2
=
(x2 − 1)3
2x2 − 2 − 8x2
=
(x2 − 1)3
−6x2 − 2
= 2
(x − 1)3
Agora, vamos estudar o sinal da função f 00 . Note que −6x2 − 2 6 0, ∀x ∈ Df , logo o sinal
de f 00 é o contrário do sinal de (x2 − 1)3 .
Por outro lado, o sinal de (x2 − 1)3 é o mesmo que de (x2 − 1), assim, o sinal de f 00 é
oposto ao sinal de (x2 − 1).
Logo, f 00 (x) < 0, ∀x ∈ (−∞, −1) ∪ (1, +∞) e f 00 (x) > 0, ∀x ∈ (−1, 1).
− + −
f 00 ◦ ◦
−1 1
e, assim, a função tem concavidade para baixo em (−∞, −1) ∪ (1, +∞) e concavidade
para cima em (−1, 1).
∩ ∪ ∩
f ◦ ◦
−1 1
(d) Faça um esboço do gráfico de f .
Solução: