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Identidades trigonométricas

Quando estudamos as funções trigonométricas que pertencem a um mesmo arco, devemos usar algumas
relações trigonométricas fundamentais. Estas configuram-se como igualdades de funções trigonométricas,
desde que ambos os lados da igualdade sejam válidos no domínio das funções que são envolvidas.

Como resolver identidades trigonométricas?

Considere duas funções trigonométricas f (x) e g( x ) e uma igualdade de forma f ( x )=g (x).

Se a igualdade é válida para qualquer valor de x , para os quais os valores de f e g existem, dizemos que
f ( x )=g (x) é uma identidade trigonométrica.

 A igualdade cos 2 x=1−sen 2 x é válida para todo x logo é uma identidade trigonométrica
1 kπ
 A igualdade tgx= é válida para todo, excepto para x=¿ ϵ Z logo é uma
cotgx 2
identidade trigonométrica.

Para provarmos as identidades trigonométricas, comummente empregamos os seguintes processos:

1o processo: Partimos de um membro da igualdade e chegamos a outro membro.

2o processo: Transformamos a expressão do primeiro membro e a expressão do segundo membro em


uma mesma expressão.

{f ( x )=g ( x ) ⟹ f ( x ) =g (x)
h ( x ) =g ( x )
.

O quadro abaixo tem todas as transformações que precisaremos executar nesse tipo de problema

01) sen2x + cos2x = 1 02) 1 + tg2x = sec2x = 1/cos2x

03) 1 + cotg2x = cosec2x = 1/sen2x 04) sen (-x) = -sen x

05) cos (-x) = cos x 06) tg (-x) = -tg x= -senx/cosx


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07) cosecx = 1/senx 08) secx = 1/cosx

09) cotgx = cosx/senx 10) tgx = senx/cosx

11)  sen(a±b) = sena.cosb±cosa.senb 12) cos(a-b) = cosa.cosb+sena.senb

13) tg(a+b) = (tga+tgb)/(1+tga.tgb) 14) tg(a-b) = (tga-tgb)/(1+tga.tgb)

15) 1-cos2x= sen2x 16) 1-sen2x= cos2x

17) sen 2x = 2 sen x.cos x 18) cos 2x = cos2x – sen2x = 1- 2 sen2x

19) cos2x = (1+cos2x)/2 20) sen2x= (1-cos2x)/2

21) tg2x = 2tgx/(1-tg2x) 22) tgx/2 = (1-cosx)/senx = senx/(1+cosx)

A partir das relações fundamentais, podemos gerar novas relações de que serão fundamentais para o
nosso estudo de identidades trigonométricas.

Vamos a elas:

1ª relação decorrente:

Seja a relação fundamental sen² (x) + cos² (x) = 1.

Quando dividimos a função inteira por cos² (x) temos:

sen2 ( x ) cos2 ( x ) 1
+ =
cos ²( x ) cos ² (x) cos ² ( x)

Logo:   tg( x)2 +1=sec 2 ( x)   


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2ª relação decorrente:

Com a mesma relação fundamental da trigonometria sen²(x) + cos²(x) = 1, dividimos toda relação


por sen²(x).

2 2
sen ( x ) cos ( x ) 1
+ =
sen ² (x) sen ²( x) sen ² (x)

Logo:   cotg( x )2+1=cos sec 2( x) .

Com o objectivo de aprofundar os nossos conhecimentos inerentes as identidades trigonométricas, iremos


resolver alguns exercícios:

Demonstre que:

tg² (x) . (cos (x) – sen (x)) = sen (x) . (tg(x) – tg² (x))

A primeira expressão, tg² (x) . (cos (x) – sen (x)), será chamada de f(x), enquanto a segunda sen (x) . (tg
(x) – tg² (x)) será chamada de g(x).

f(x) = tg² (x) . (cos (x) – sen (x))

f(x) = tg² (x). cos (x) – tg² (x). sen (x)

A partir disso, podemos substituir tg² (x) pelo quociente sen² (x) : cos² (x).

Com a simplificação, chegamos:

Chegamos, finalmente, à: f(x) = sen (x) . tg (x) – tg² (x) . sen (x) que, quando colocado o termo sen (x) em
evidência, fica: f(x) = sen (x) . (tg(x) – tg² (x))
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Aí, finalmente, chegamos ao que dissemos no início. g(x) = sen (x) . (tg(x) – tg² (x)) e, portanto, podemos
concluir que f(x) = g(x).

2-Demonstre que: (1+ tg 2 x )¿)¿ 1

Exercícios resolvidos:

Prove que:

4 4 2 2
a) sen x -cos x= sen x -cos x

1 1
b) + =2+2 tg 2 θ
1+ senθ 1−senθ

1 1 2
c) + =2+ 2
1+ cosθ 1−cosθ tg θ

tgx−sen(− x)
d) =tgx
1+cosx

Resolução:

a) sen4 x -cos 4x= sen2 x -cos 2 x

(sen2 x)2−(cos2 x)2= sen2 x -cos 2 x

( sen2 x +cos 2 x )( sen2 x -cos 2 x )= sen2 x -cos 2 x


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Da relação fundamental sabemos que: sen2 x +cos 2 x=1, então:


1*( sen2 x -cos 2 x )= sen2 x -cos 2 x

1 1
b) + =2+2 tg 2 θ , buscando o mesmo denominador, temos:
1+ senθ 1−senθ

1−senθ+1+ senθ
=2+2tg 2 θ
(1+ senθ)(1−senθ)

2 2
2 =2+2tg θ
1−sen θ

1
Com base a tabela acima, temos as seguintes relações: 1−sen2 θ❑=cos2 θ ; 2 2
2 = sec θ=1+tg θ . Então
cos θ
temos:

2 2 2 2 2
2 =2+2tg θ → 2 sec θ =2(1+tg θ )=2+2tg θ .
cos θ

1 1 2
c) + =2+ 2
1+ cos θ 1−cosθ tg θ

1−cosθ+ 1+ cosθ 2
=2+ 2
( 1+ cosθ ) (1−cosθ) tg θ

2 2
2
=¿ 2+ 2
1−cos θ tg θ

2.Expresse √ a2−x 2 em termos de uma função trigonométrica de θ , sem radical , fazendo a substituição
−π π
x=asenθ para ≤θ e a>0
2 θ

Solução:

Substituindo x por asenθ temos: √ a2−(asenθ )2 =√ a2−a2 sen 2 θ=√ a2 (1−sen2 θ)=√ a2 cos2 θ =acosθ .

Outros exercícios resolvidos:


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1.Prove que (1+cotg 2 x ¿ ( 1−cos2 x ) =1 para todo x real, x ≠ kπ

1 1 kπ
2. Prove que 2 secxtgx= + para todo x real, x ≠
cossecx−1 cossecx +1 2

1−senx 1−cosx kπ
3. Prove que + senx = + tgx para todo para todo x real, x ≠
senx∗cosx tgx 2

Exercícios:
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Demonstre as identidades:
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Funções trigonométricas

Introdução:

Na tabela abaixo, constam as previsões para a maré alta e para a maré baixa durante três dias consecutivos
de Maio de 2015, numa certa cidade .

Observe que:

• As marés altas ocorrem de 12 em 12 horas, aproximadamente, como mostram os destaques na cor


vermelha da tabela.

• As marés baixas ocorrem, também, de 12 em 12 horas, aproximadamente, como mostra a tabela.

• As alturas da maré alta praticamente se repetem de 12 em 12 horas: com apenas uma excepção, todas as
alturas previstas para a maré alta medem 2,0 m.

• As alturas da maré baixa praticamente se repetem de 12 em 12 horas: com apenas uma excepção, todas
as alturas previstas para a maré baixa medem 0,2 m=20 cm. Neste capítulo, veremos outros fenómenos
como o descrito: que se repetem em intervalos de tempo iguais. São os chamados fenómenos ou
movimentos periódicos. Vamos definir aqui as funções trigonométricas, a partir de uma ampliação na
circunferência trigonométrica, em que associaremos a qualquer número real um ponto da circunferência.
Os fenómenos periódicos podem ser descritos, de maneira aproximada, por modelos matemáticos que
envolvem, geralmente, funções trigonométricas.
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As demais voltas na circunferência trigonométrica

Quando definimos a circunferência trigonométrica, associamos a cada ponto da circunferência um


número real pertencente ao intervalo [0, 2 π [. Essa associação possui carácter biunívoco, ou seja, além de
a cada ponto da circunferência estar relacionado um único número real x, x ∈ [0, 2 π [, também,
reciprocamente, a cada número real desse intervalo associa-se um ponto sobre a circunferência
trigonométrica. Vamos estender o intervalo dessa associação:

Seja x ∈ R. Como podemos determinar o ponto P, imagem de x?

 Se x >0 , partimos do ponto P(1 , 0) e percorremos, no sentido anti-horário, um arco de


comprimento x (e medida x rad) , cujas extremidades são A e P.
 Se x <0 , partimos do ponto P(1 , 0) e percorremos, no sentido horário, um arco de comprimento
|x| (e medida x rad) , cujas extremidades são A e P.
 Se x =0, a imagem P é o próprio ponto A. Veja os exemplos a seguir.

π
x=
3
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Não é difícil perceber que um determinado ponto da circunferência trigonométrica é imagem de


infinitos números reais. Veja, por exemplo, o ponto P nesta figura:

Sabemos que P é imagem de π . Para obter outros números reais cuja


2

imagem também seja P, podemos fazer:


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Exercício resolvido:

Exercícios propostos
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Funções periódicas

No dia-a-dia, é comum encontrarmos diversos fenómenos que se repetem após o mesmo intervalo de
tempo:

• Os dias da semana repetem-se de 7 em 7 dias, de 14 em 14 dias, de 21 em 21 dias etc.; • os meses do


ano repetem-se de 12 em 12 meses, de 24 em 24 meses, de 36 em 36 meses etc.;

• As horas cheias, em um relógio analógico, repetem-se de 12 em 12 horas, de 24 em 24 horas, de 36


em 36 horas etc. O menor intervalo de tempo em que ocorre a repetição de um determinado fato ou
fenómeno é chamado de período. Outros exemplos de fenómenos periódicos são as fases da Lua; a
altura das marés; o movimento dos braços (para frente e para trás) dos praticantes de cooper em uma
corrida; o fluxo de ar através da traqueia, durante a inspiração ou expiração, no processo de respiração
humana etc. Na Matemática também existem funções que apresentam um comportamento periódico.
Vejamos os exemplos a seguir.
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Função seno :Seja x um número real e P sua imagem na circunferência trigonométrica. Denominamos de
função seno a função f: R → R que associa a cada número real x o seu seno, isto é, f(x)= sen x.

Observe que f associa a cada número real x a ordenada do ponto correspondente à


sua imagem P na circunferência trigonométrica. É importante lembrar que a ordenada de qualquer ponto
pertencente à circunferência trigonométrica varia entre -1 e 1, isto é, -1 ≤ sen x ≤ 1.Utilizando valores já
conhecidos representados na circunferência trigonométrica ao lado, podemos identificar algumas
propriedades da função seno:

 O sinal da função f dada por f ( x )=sen( x) é positivo se x pertence ao 1 o ou ao 2o quadrantes; e é


negativo se x pertence ao 3o ou ao 4o quadrantes.
 No 1o quadrante, a função f é crescente, pois, à medida que x aumenta, os valores de sen x
aumentam de 0 até 1; no 2o e no 3o quadrantes, f é decrescente: à medida que x aumenta, os
valores de y=sen x diminuem de 1 (valor máximo) até -1 (valor mínimo); no 4 o quadrante, a
função retoma o crescimento e seus valores aumentam de -1 a 0. Em resumo, no 1 o e no 4o
quadrantes f é crescente e no 2o e no 3o quadrantes f é decrescente.
 A função seno é periódica e seu período é 2 π . De facto, os números reais x e x + k 2 π , para k
inteiro, têm a mesma imagem na circunferência trigonométrica e, portanto, sen x= sen(x+2k
π ¿ , kϵ Z . Assim, f é periódica e seu período p corresponde ao menor valor positivo de k 2 π , que é
2π.
 O domínio e o contradomínio de f são iguais a R . No entanto, o conjunto imagem da função seno
é o intervalo real [-1, 1], pois ∀ x ϵ R, temos que: -1 ≤ sen x ≤ 1.
 f é uma função ímpar, pois ∀ x ϵ R,, sen (-x) =-sen x. Levando em consideração todas as
propriedades anteriores, construímos o gráfico de f, dado por f(x) 5=sen x, que recebe o nome de
senoide.
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Para construir o gráfico de um período da função f : R ⟼ R dada por f ( x )=3 senx , podemos fazer uma
tabela em três etapas:

 Atribuímos valores convenientes a x .


 Associamos x os correspondentes valores de senx.
 Multiplicamos sen x por 3 a fim de obter a imagem correspondente a cada x.

Vamos construir o gráfico de um período da função f : R ⟼ R dada por f ( x )=sen 2 x , podemos fazer uma
tabela em três etapas:

 Atribuímos valores convenientes t= 2 x .


 Associamos a cada t ( t =2 x )os correspondentes valores de sent (sen2x).
t
 Calculamos os valores sen x a partir dos valores de t (x= )
2
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Exercícios resolvidos:
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Exercícios propostos
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Função co-seno: Seja x um número real e P sua imagem na circunferência trigonométrica. Chama-se
função co-seno a função f : R ⟶ R que associa a cada número real x o seu co-seno, ou seja, f ( x )=cosx .

O gráfico da função co-seno chama-se cosenoide e está representado abaixo:

Gráfico da função f : R ⟶ R y=3 cosx+ 1

Vamos construir o gráfico da função f : R ⟶ R definida por y=1+ cos ⁡(2 x)


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Exercícios resolvidos:
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Exercícios propostos:
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23. Um satélite de telecomunicações, t minutos após ter atingido sua órbita, está a r quilómetros de
distância do centro da Terra. Quando r assume seus valores máximos e mínimo, diz-se que o satélite
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atingiu o apogeu e o perigeu, respectivamente. Suponha que, para esse satélite, o valor de r em função de t
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seja dado por r ( t )= . Um cientista monitora o movimento desse satélite para
1++ 0.15cos ⁡(0,006t )
controlar o seu afastamento do centro da Terra. Para isso, ele precisa calcular a soma dos valores de r, no
apogeu e no perigeu, representada por S.

O cientista deveria concluir que, periodicamente, S atinge o valor de?

Equações trigonométricas

Nesta aula, vamos examinar algumas equações trigonométricas. As equações trigonométricas aparecem
naturalmente na solução dos problemas de geometria quando a incógnita escolhida é um ângulo.

Equações fundamentais

As equações fundamentais são : senx =sen α , cos x=cos α , tgx=tgα .


Examinemos cada uma delas.

Equação do tipo senx =sen α .


Para que senx=senα é necessário que as extremidades dos arcos x e α coincidam ou sejam simétricas em
relação aos eixos das ordenadas (figura 1). No primeiro caso, x será côngruo a α e no segundo caso, x será
côngruo a π−α .Portanto, senx=senα equivale a x=α +2 kπ ou x=π−α +2 kπ .
Por exemplo, os valores x para os quais sen 3 x =senx são os valores para os quais 3 x=x +2 kπ ou
π kπ
3 x=π−x +2 kπ , isto é, x=kπ ou x = + .
4 2
Em resumo temos:

senα=senβ⇒¿{α=β+2kπ¿ {ou¿¿¿
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Resolva as seguintes equações, todas do tipo sen=senα


a) senx=0
b) sen 4 x=sen 2 x
c) sen ()
x 1
2 2
=

d) 2 sen 2 x= √ 3 senx
Resolução:

a)

senx=0⇒senx=sen(0)⇒¿ { x=0+2kπ ¿ ¿¿ ¿
¿
b)
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sen 4x=sen2x⇒¿ {4 x=2x+2kπ ¿¿¿¿


¿
c)

x1 x π xπ
{
sen( )= ⇒sen( )=sen( )⇒¿ = +2kπ ¿ ¿¿ ¿
2 2 2 6 26
¿
d)

2sen 2 x= √3 senx⇒ 2sen 2 x−√ 3senx=0


senx(2 senx−√ 3)=0
senx=0, 2senx− √3=0 ⇒ ¿
{ senx=0 ¿¿¿
¿
Equação do tipo cosx =cosα
Para que cosx =cosα é e suficiente que as extremidades dos arcos x e α coincidam ou sejam simétricas
em relação ao eixo das abcissas (figura 2). Teremos portanto x=α +2 kπ ou x=−α +2 kπ .

Em resumo temos:
cosα=cosβ⇒¿ {α=β+2kπ ¿ {ou¿¿¿
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Resolva as seguintes equações, todas do tipo cosx =cosα .


2 3 2
a) cos 3 x=cos 2 x b ¿ cos x ( x +π )= c ¿2 cos x−cosx=0
4
Resolução:
a)

cos3x=cos2x⇒¿ {3 x=2x+2kπ¿¿¿ ¿
¿
b)
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2 π 3 π
cos (x+ )= ⇒cos(x+ )=±
6 4
π √3
6
3
4 √
cos(x+ )=±
6 2

{ π π π 5π ¿
cos(x+ )=cos( ) e cos(x+ )=cos( )
6 6 6 6

{ π π
6 6
π π
6 6 { π 5π
x + == +2kπ ¿ x + ==− +2kπ ¿ x + = +2kπ ¿ ¿¿
6 6 {
¿

Equação do tipo t gx=tgα

Para que tgx=tgα com x≠ π + kπ é necessário e suficiente que as extremidades dos arcos x e α coincidam
ou sejam simétricas em relação à origem. Temos portanto x=α +kπ .
Em resumo temos:

tg α=tg β⇒¿ {α =β+2kπ¿ {ou¿¿¿


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Resolva as seguintes trigonométricas todas do tipo tgx=tgα


a) tgx=1
b) tgx=−√ 3
c) tg 2 x=tgx
d) cotg 2 x=cotg ¿ )

π π
tgx=1 ⇒tgx=tg( )⇒ x= +kπ
4 4

a)
{ π
S= x ∈ ℜ : x= +kπ
4 }
2π 2π
tgx=−√3 ⇒ tgx=tg( )⇒ x= +kπ
3 3

b)
{
S= x ∈ ℜ :

3
+kπ }

tg2 x=tgx ⇒2 x=x +kπ ⇒ x=kπ


S= { x ∈ ℜ: x =kπ }
c)
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π π
cot g 2 x=cot g( x + )⇒2 x=x + +kπ
6 6

{ π
S= x ∈ ℜ : x= +kπ
6 }
d)

Exercícios resolvidos:

a) sen2 x =1+ cosx


b) 2 senx −cossecx=1
c) sen2 x =cos2 x

Resolução:
a)

2
sen x=1+cosx.
2 2
Sabemos que sen x=1−cos x, portanto vem:
1−cos2 x=1+cosx
2
cos x+cosx=0 ¿
cosx(cosx+1)=0
{cosx=0¿¿¿
¿

b)
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2 senx−cossec x=1
1
Sabemos que cossec x = , então vem :
senx
1
2 senx− =1
senx
2 sen 2 x−1=senx . Supondo senx=z :
2 z 2 −z−1=0 . Pela fórmula resolvente, vem:
−(−1)± √(−1 )2−4 (2)(−1)
z 12=
2∗2
1±√ 9
z 12=
4
1+3
z 1= =1
4
1−3 1
z 2= =−
4 2
Como senx=z , vem:
π
senx=1⇒ senx=sen( )
2
1 7π
senx=− ⇒ senx=sen( )
2 6

{ π
2

S= x ∈ IR : x= +2 kπ ou x= +2 kπ
6 }
c)

sen2 x=cos2 x. Dividindo ambos os membros por cos2 x, vem:


2
tg x=1⇒tgx=±1 ¿
{tgx=1¿¿¿
¿
1.Uma equipa de agrónomos recolheu dados de temperatura (em ° C ) do solo em uma determinada região,
durante três dias, a intervalos de 1 hora. A medição da temperatura começou a ser feita às 3 horas da
manhã do primeiro dia (t=0) e terminou 72 horas depois (t=72).Os dados foram aproximados pela função:
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H(t)=15+5 sen ([ 12π ) t+ 32π ], onde t indica o tempo (em horas) decorrido após o início da observação de
H(t) a temperatura (em ° C ) no instante t=1.

a) Resolva a equação sen [( ) ]


π
12
t+

2
=1 , para tϵ [ 0 ,24 ] .

b) Determine a temperatura máxima atingida e o horário em que essa temperatura ocorreu no primeiro
dia de observação.

Solução:
a)

[
sen (
π
12 2
)t+
]

=1


sen ( )t+
12 2 ]

=sen( )
π
2
π 3π π
( )t+ =
12 2 2
π π 3π
( )t= − +2 kπ
12 2 2
π 12
( )t=−π +2 kπ⇒ t= (−π +2 kπ )
12 π
t=−12+24 k . Como t ∈ [ 0 , 24 ] e k é um número inteiro, temos:
Para k=1, t=-12+24=12
Para k =2 , t=−12+48=36
36 ∉ [ 0 , 24 ] , por tanto :
S={ 12 }

b)

A temperatura é máxima quando a função sen (


π
[
)t+
12 2

]
atinge o seu valor máximo .


Sabemos que a função seno é limitada, isto é, -1≤senx≤1, logo:-1≤sen ( )t + ≤1
12 2

]
π
[ 3π
]
Então para algum t que verifica a equação sen ( )t + =1 , a temperatura é máxima .
12 2
A partir da questão anterior sabemos que t=12, porém a medicão é feita a partir das 3 horas então:
t=15 e H (t )=20.
0
A temperatura máxima atingida é 20 C e a mesma ocorre as 15 horas.
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Exercícios propostos

Resolva as seguintes equações:


a) cos 5 x=cos ⁡¿)
3
b) ¿)(4- 2 )=0
cos x
1
c) tgx+ cotgx=2 ( Dica: Use a identidade cotgx = )
tgx
d) senx−√ 3 cosx=0

2-A temperatura média diária, T, para um determinado ano, em uma cidade próxima ao Pólo Norte é
expressa pela função abaixo.

[
T=50 sen (

365 ]
)(t−101) +7.

Nesta função, t é dado em dias, t=0 corresponde ao primeiro dia de Janeiro e T é medida na escala
Fahrenheit.
A relação entre as temperaturas medidas na escala Fahrenheit (F) e as temperaturas medidas na escala
Celsius (C), obedece, por sua vez, à seguinte equação:
5
C=( )(F-32).
9
Em relação a este determinado ano, estabeleça:
a) O dia na qual a temperatura será menor possível.
b) O número total de dias em que se esperam temperaturas abaixo de 0° C
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Sucessões

Sequência: Chamaremos de sequência ou sucessão, a qualquer conjunto ordenado. Assim, por exemplo, o
conjunto ordenado ( 3, 5, 7, 9, 11,..., 35) é uma sequência cujo primeiro termo é 3, o segundo termo é 5, é
7 e assim sucessivamente. Repare que a sequência acima ela é finita, mas poderíamos o terceiro termo
apresentar sequências que não são finitas.

Exemplos:

A sequência (0, -2, -4, - 6, - 8,... ) é infinita.

Uma sequência numérica pode ser representada da seguinte forma:


(a1, a2, a3, ... , ... , an, ...) onde a1 é o primeiro termo, a2 é o segundo termo, ... , an é o n-ésimo termo.

Por exemplo, na sequência ( 2, 6, 18, 54, 162, 486, ... ) podemos dizer que a2 = 6,  a6 = 486, etc.

São de particular interesse, as sequências cujos termos obedecem a uma lei de formação, ou seja é
possível escrever uma relação matemática entre eles. Assim, na sequência acima, podemos observar que
cada termo a partir do segundo é igual ao anterior multiplicado por 3. A lei de formação ou seja a
expressão matemática que relaciona entre si os termos da sequência, é denominada termo geral.

Considere por exemplo à sequência S cujo termo geral seja dado por an = 2n + 15, onde n é um número
natural não nulo. 
Observe que se atribuindo valores para n, obteremos o termo an (n - ésimo termo) correspondente. 
Assim por exemplo, para n = 10, teremos an = 2.10 + 15 =35, e portanto o vigésimo termo dessa
sequência (a20) é igual a 65. Prosseguindo com esse raciocínio, podemos escrever toda a sequência S que
seria:
S = (8, 11, 14, 17, 20,... ). Dado o termo geral de uma sequência, é sempre fácil determiná-la. Seja por
exemplo à sequência de termo geral an = n2 + 4n, para n inteiro e positivo. Nestas condições, podemos
concluir que a sequência poderá ser escrita como: (5,12,21,32,...). Por exemplo: a 6=60 porque
2
a 6=6 + 4∗6=36+24=60.
Conceito de progressão aritmética (pa)
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Chama-se Progressão Aritmética a toda sequência numérica cujos termos a partir do segundo, são iguais
ao anterior somado com um valor constante denominado razão (r).

Exemplos:
A=(1, 6, 11, 16…) razão=5 (PA crescente)

B=(-2, -2, -2, -2,…) razão=0 (PA constante)

C=(100, 80, 60, 40…) razão=-20 ( PA decrescente).

TERMO GERAL DE UMA PA

Seja a PA genérica (a1, a2, a3, ... , an, ...) de razão r. De acordo com a definição podemos escrever:
a2 = a1 + 1.r
a3 = a2 + r = (a1 + r) + r = a1 + 2r
a4 = a3 + r = (a1 + 2r) + r = a1 + 3r
.....................................................

Podemos inferir (deduzir) das igualdades acima que:

an = a1 + (n – 1) .r

( Essa expressão é denominada termo geral da PA ).


Nesta fórmula, temos que an é o termo de ordem n (n-ésimo termo), r é a razão e a1 é o primeiro termo da
Progressão.

SOMA DOS N PRIMEIROS TERMOS DE UMA PA

Seja a PA (a1, a2, a3,..., an-1, an). A soma dos n primeiros termos S n = a1 + a2 + a3 +... + an-1 + an , pode ser
deduzida facilmente, da aplicação da segunda propriedade acima.

Temos:
Sn = a1 + a2 + a3 + ... + an-1 + an

É claro que também poderemos escrever a igualdade acima como:


Sn = an + an-1 + ... + a3 + a2 + a1
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Somando membro a membro estas duas igualdades, vem:


2. Sn = (a1 + an) + (a2 + an-1) + ... + (an + a1)

Logo, ( são iguais à soma dos termos extremos a 1 + an ) , de onde concluímos inevitavelmente que:
2.Sn = (a1 + an).n , onde n é o número de termos da PA.

Daí então, vem finalmente que:

n (a ¿ ¿ 1+a n)
Sn = ¿.
2

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1) Qual o milésimo número ímpar positivo?


Temos a PA: ( 1, 3, 5, 7, 9, ... ) onde o primeiro termo a1= 1, a razão r = 2 e queremos calcular o milésimo
termo a1000. Nestas condições, n = 1000 e poderemos escrever:
a1000 = a1 + (1000 - 1).2 = 1 + 999.2 = 1 + 1998 = 1999.
Portanto, 1999 é o milésimo número ímpar.

2) Qual o número de termos da PA: (100, 98, 96, ... , 22) ?


Temos a1 = 100, r = 98 -100 = - 2 e an = 22 e desejamos calcular n.
Substituindo na fórmula do termo geral, fica: 22 = 100 + (n - 1). (- 2) ;
logo, 22 - 100 = - 2n + 2 e, 22 - 100 - 2 = - 2n de onde se conclui que - 80 = - 2n , 
de onde vem n = 40.
Portanto, a PA possui 40 termos.

3) Se numa PA o quinto termo é 30 e o vigésimo termo é 60, qual a razão?


Temos a5 = 30 e a20 = 60.
Pela fórmula anterior, poderemos escrever:
a20 = a5 + (20 - 5) . r e substituindo fica: 60 = 30 + (20 - 5).r ;
60 - 30 = 15r ; logo, r = 2.

4) Numa PA de razão 5, o vigésimo termo vale 8. Qual o terceiro termo?


Temos r = 5, a20 = 8.
Logo, o termo procurado será: a3 = a20 + (3 – 20).5
a3 = 8 –17.5 = 8 – 85 = - 77.

5) A soma dos múltiplos positivos de 8 formados por 3 algarismos é?


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Números com 3 algarismos: de 100 a 999.


Primeiro múltiplo de 8 maior do que 100 = 104 (que é igual a 8x13)
Maior múltiplo de 8 menor do que 999 = 992 (que é igual a 8x124)

Temos então a PA: (104, 112, 120, 128, 136, ... , 992).
Da fórmula do termo geral: an = a1 + (n – 1) . r, podemos escrever:
992 = 104 + (n – 1).8, já que a razão da PA é 8.
Daí vem: n = 112

Aplicando a fórmula da soma dos n primeiros termos de uma PA, teremos finalmente:
Sn = S112 = (104 + 992).(112/2) = 61376.

6). Numa P.A. de razão 5, o primeiro termo é 4. Qual é a posição do termo igual a 44?

Solução. A posição será encontrada quando for calculado o número de termos. Aplicando a fórmula do
termo geral com as informações, temos:

{ a 1= 4 ¿ { r=5 ¿ ¿ ¿ ¿ ¿
¿ .

7). Considere a sequência dos números positivos ímpares, colocados em ordem crescente. Calcule 95º
elemento.

Solução: Os números ímpares positivos são 1, 3, 5,..., com razão 2 (aumentam 2 unidades entre si). O
primeiro elemento é 1 e nesta sequência há 95 números.

{a 1=1 ¿ { r=2 ¿ {a95=? ¿ ¿¿¿ .

8). Numa P.A., cujo 2º termo é igual a 5 e o 6º termo é igual a 13 o 20º termo é igual a:
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a) 13 b) 40 c) 41 d) 42 e) nda.

Solução. Repare que numa progressão aritmética, qualquer elemento pode ser escrito em função da razão
e do primeiro termo: a2 = a1 + r; a10 = a1 + 9r;...etc. Desta forma escrevemos o 2º e o 6º termo da PA
encontrando um sistema de equações com a1 e r como incógnitas.

{ a 2= a1 + r ¿ ¿¿¿¿
¿ .

10
9. Os números x , x−3 e x+ 3 são os 3 primeiros termos de uma P.A., de termos positivos, sendo x0.
O décimo termo desta P.A. é igual a:

a) 50 b) 53 c) 54 d) 57
e) 55

Solução. O termo central de uma progressão aritmética é a média aritmética dos termos equidistantes a
ele. No caso de uma de três termos a, b, c em PA, b = (a + c)/2. Aplicando essa propriedade nos termos da
questão, temos:

10
+(x+3)
x 10
(x−3)= ⇒2x−6= +(x+3)⇒2 x ²−6 x=10+x²+3 x⇒ x²−9 x−10=0⇒
2 x ¿
⇒ x=
−(−9)±√(−9)²−4(1)(−10) 9±√ 121 9±11
2(1)
=
2
9+11 20
= ⇒¿ x1= = =10→ok ¿ ¿¿
2 2 2 {
¿ .

OBS: O valor x = -1 foi descartado devido à informação que os termos eram positivos. Neste caso 10/-1 =
-10. O primeiro termo já seria negativo.

2
10. A soma dos termos de uma P.A. é dada por S n =n −n , n = 1, 2, 3,... Então o 10o termo da P.A. vale:

a) 18 b) 90 c) 8 d) 100 e) 9
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Solução. Embora a fórmula utilizada da PA seja outra, essa expressão é usada para esta PA
especificamente. Em qualquer caso, entretanto a soma do 1º termo e a1 são os mesmos pela característica
da posição. Logo, S1 = a1. Utilizando a fórmula para S2 e assim encontrarmos a razão, temos:

{ S1 =(1 )²−(1 )=0 ⇒ a1 =0 ¿ ¿ ¿ ¿ ¿


¿ .

11. A soma dos 11 primeiros termos da progressão aritmética (a1 ,a 2 ,. . ., a n , ...) é 176. Se a11=a1 +30
então, para qualquer n  IN temos:

a) an =3 n−2 b) an =2 n−3 c) an =n+ 3 d) an =2 n+3 e) an =3 n+ 2

Solução. Pela definição de PA, a11 = a1 + 10r. Logo, 10r = 30  r = 30/10 = 3. Utilizando a fórmula da
soma, temos:

{S 11=
(a1 +a11 ).11 ( a1+a 1 +30).11 (2a 1 +30).11
2
=
2
=
2
¿ ¿¿¿ ¿
¿ .

7. Numa P.A. de n termos, a soma do primeiro com o de ordem n é 120. A soma do sexto termo com o de
ordem n – 5 é:

a) 120 b) 60n c) 90 d) [120(n+1)]/n e) 120n

Solução. Aplicando a propriedade da PA para os termos equidistantes, temos:

{a1+an=120 ¿ {a2+an−1=120 ¿ {.. . ¿¿¿¿ .

12. Se f(n), n  Ν é uma sequência definida por


{ f (0)=1¿ ¿¿¿ , então f(200) é:
a) 597 b) 600 c) 601 d) 604 e) 607

Solução. Encontrando alguns valores, temos:


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i) f(1) = f(0 + 1) = f(0) + 3 = 1 + 3 = 4; ii) f(2) = f(1 + 1) = f(1) + 3 = 4 + 3 = 7;

iii) f(3) = f(2 + 1) = f(2) + 3 = 7 + 3 = 10.

Observamos que esta sequência é de um PA de razão 3. Para calcular f(200) utilizando a fórmula do
termo geral, começamos com a1 = 4 e n = 200, ou a0 = 1 e n = 201:

{f (200)=4+(200−1).3=4+199.3=4+597=601¿ {ou¿¿¿¿ .

13. Sejam a, b, c três números estritamente positivos em progressão aritmética. Se a área do triângulo
ABC, cujos vértices são A(-a,0), B(0, b) e C(c, 0), é igual a b, então o valor de b é:

a) 5 b) 4 c) 3 d) 2
e) 1

Solução. Repare que as coordenadas estão sobre os eixos. A altura possui medida igual ao valor absoluto
de “b”. A base mede (c – (-a)) = (c + a). Aplicando a propriedade da PA onde b = (a + c)/2, temos:

{ A=
( base ) . ( altura )
2
¿ { A=b ¿ ¿ ¿ ¿
.

14. Ache a1 numa P.A., sabendo que r = 1/4 e a17 = 21.


Solução. Escrevendo a17 em função de a1 e r, temos: a17 = a1 + 6r.

a17 =a1 +16 r ⇒ 21=a1 +16 ( 14 ) ⇒21=a + 4 ⇒ a =21−4 ⇒ a =17 .


1 1 1

15. Os ângulos internos de um triângulo estão em progressão aritmética e o menor deles é a metade do
maior. O maior ângulo do triângulo mede:

a) 60o b) 75o c) 80o d) 90o e) 120o

Solução. Três temos em PA podem ser escritos como: x – r, x, x + r, onde r é a razão. Como são ângulos
de um triângulo, a soma vale 180º. Logo, (x + r ) + x + (x + r) = 180º  3x = 180º  x = 60º.
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Usando a informação de que o menor é a metade do maior, temos:


(60+r )
60 º−r = ⇒120 º−2 r=60+ r ⇒ 120 º−60 º=2 r +r ⇒3 r =60 º ⇒ r=20 º
2 .

Logo, os ângulos são: 40º, 60º e 80º. O maior mede, portanto, 80º.

12. Se em uma P. A. de razão positiva o produto dos três primeiros termos é 384 e a soma é 24, então o
quarto termo é:

a) 0 b) 4 c) 8 d) 12 e) 16

Solução. Considerando os termos como (x – r), x, (x + r) e utilizando as informações, temos:

24
i) ( x−r )+ x+( x+r )=24 ⇒3 x=24 ⇒ x= =8
3
384
ii) (8−r ).(8 ) .( 8+r )=384 ⇒ 8.(64−r ² )=384 ⇒ 64−r ²= ⇒64−r ²=48⇒ r ²=64−48 ⇒r =√16=4
8
iii ) a4 =a3 +r=(8+4 )+ 4=16 .

17.Quantos números inteiros existem, de 1000 a 10000, que não são divisíveis nem por 5 nem por 7 ?

Solução. O total de números entre 1000 e 10000 é T = (10000 – 1000) + 1 = 9000 + 1 = 9001. Temos:

i) Múltiplos de 5:
{a 1=1000 ¿ {a n=10000 ¿ ¿ ¿ ¿ .

1000÷7=142; resto=6⇒ a1=1001; 10000÷7=1428 ; resto=4⇒ an=9996


{a 1=1001 ¿ {an=9996 ¿ ¿¿ ¿
ii) Múltiplos de 7: ¿ .

1000÷35=28; resto=20⇒ a1=1015; 10000÷35=285 ; resto=25⇒ an =9975


{a 1=1015 ¿ {a n=9975 ¿ ¿¿ ¿
ii) Múltiplos de 5 e 7: ¿ .

Logo, não são múltiplos nem de 5, nem de 7: 9001 – (1801 + 1286 – 257) = 9001 – 2830 = 6171.

19. Considere a sequência (1, 2, 4, 5, 7, 8, 10,11,...), cujos termos são os números inteiros positivos que
não são múltiplos de 3. A soma dos quarenta primeiros termos dessa sequência é:
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a) 600 b) 900 c) 1200 d) 1400 e) 1800

Solução. Repare que há duas sequências com razão 3: (1, 4, 7, 10, ...) e (2, 5, 8, 11,..), Como são quarenta
termos, encontramos a soma dos vinte termos para a 1ª sequência e dos vinte da 2ª sequência:

1ª Seq¿ {a1=1 ¿ {a20=? ¿ {r =3¿¿¿


¿
¿ .

20. As medidas do lado, da diagonal e da área de um quadrado estão em P.A., nessa ordem. O lado do
quadrado mede:

a) √2 b) 2 √2−1 c) 1+ √ 2 d) 4 e) 2 √2

Solução. Expressando na ordem os valores indicados e aplicando a propriedade da média aritmética,


temos:

L+L ²
PA :( L ,d, A )=( L , L √ 2,L ² )⇒ L √2= ⇒ L ²+ L−2 L √ 2=0⇒ L ²−L. (−1+2 √ 2 )=0⇒ L ( L− (−1+2 √ 2 ) ) =0
2 ¿
⇒¿ { L=0¿ ¿ ¿
¿ .

21. (FUVEST) Seja A o conjunto dos 1993 primeiros números inteiros estritamente positivos.
a) Quantos múltiplos inteiros de 15 pertencem ao conjunto A? (R: 132)

Solução. O 1º múltiplo é 15. Encontrando o último múltiplo e utilizando a razão 15, temos:
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1993÷15=132 ; resto=13⇒ a15= 1980


{a 1=15 ¿ {a n=1980 ¿ ¿ ¿ ¿
¿ .

b) Quantos números de A não são múltiplos inteiros nem de 3 nem de 5? (R:1063)

Solução. Calculando os múltiplos de 3 e de 5, retirando depois os de 15, que são as intersecções, temos:

M (3):¿ {a1 =3 ¿ {a n=1992 ¿ ¿¿


¿
¿ .

Logo, números que não são múltiplos de 3, nem 5: 1993 – (664 + 398 – 132) = 1063.

22. A soma de 3 números em P.A. é 15 e a soma de seus quadrados é 107. O menor desses números é:

a) -4 b) 1 c) 5 d) 9 e)10

Solução. Considerando os termos como (x – r), x, (x + r) e utilizando as informações, temos:

15
i) ( x−r )+ x+( x+ r )=15 ⇒ 3 x=15⇒ x= =5
3
32
ii) (5−r )² +(5 )²+(5+r )²=107 ⇒25−10 r +r ²+25+ 25+10 r +r ²=107 ⇒ 2r ²=107−75⇒ r ²= ⇒ r= √ 16=4
2
PA : ( 5−4 , 5 , 5+4 )=( 1 , 5 , 9 ) → Menor=1 .

23. Numa estrada existem dois telefones instalados no acostamento: um no quilómetro 3 e outro no
quilómetro 88. Entre eles serão colocados mais 16 telefones, mantendo-se entre dois telefones
consecutivos sempre a mesma distância. Determine em quais marcos quilométricos deverão ficar esses
novos telefones.

Solução. É um problema de interpolação de 16 meios aritméticos entre 3 e 88. Logo, n = 18. Os marcos
serão os termos da PA:

{a 1=3 ¿ {a n=88 ¿ { r =? ¿ ¿ ¿¿ .
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Progressão geométrica (PG)

1-Conceito: Progressão Geométrica é a sequência de números não nulos, onde qualquer termo (a partir do
segundo), é igual ao antecedente multiplicado por uma constante. Essa constante é denominada razão da
progressão, sendo indicada por q.

As progressões geométricas possuem este nome graças à seguinte característica de sua formação:
Tomando-se 3 termos consecutivos de uma P.G. , o termo do meio é a média geométrica dos outros dois
termos

Exemplos simples

(3, 9,27, 81, ...) → é uma P.G. Crescente de razão q = 3

(90, 30, 10, ...) → é uma P.G. Decrescente de razão q = 1/3

(-7, 14, -28, 56, ...) → é uma P.G. Oscilante de razão q = - 2

(3, 3, 3, 3, ...) → é uma P.G. Constante de razão q = 1

A razão de uma P.G. pode ser calculada pela igualdade abaixo: q = an / an - 1 ou seja: q = a2 / a1 = a3 / a2 =
a4 / a3 = an / an-1.

3- Termo Geral da P.G.

Como em uma P.A. pode se achar todos os seus termos a partir de qualquer termo e da razão, em uma
P.G., isso também é possível, sendo a fórmula denominada termo geral da P.G.. Veja:

a2 / a1 = q → a2 = a1 . q a3 / a2 = q → a3 = a2 . q → a3 = a1 . q . q → a3 = a1 . q2

a4 / a3 = q → a4 = a3 . q → a4 = a1 . q2 . q → a4 = a1 . q3 ( e assim por diante)

Uma PG de razão q pode ser escrita assim:


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PG( a1, a2, a3, a4, ...., an-1 an)

Aplicando a definição de PG, podemos escrevê-la de uma outra forma:

PG( a1, a1. q, a1. 2q, a1. 3q, a1. 4q, ..., a1.q(n-1)  )

Portanto, o termo geral será:

 
an = a1 .q(n-1), para n N *

 Assim, concluímos que an = a1 . qn - 1 é a fórmula que rege a demonstração acima, lembrando que, se não
tivéssemos o primeiro termo da P.G., mas tivéssemos outro como o terceiro, usaríamos a seguinte
fórmula:

an = ak .q(n-k)

Exemplo 1-- Dada a PG (2,4,8,... ), pede-se calcular o décimo termo.


Temos: a1 = 2, q = 4/2 = 8/4 = ... = 2. Para calcular o décimo termo ou seja a10, vem pela fórmula: dados
a1= 2 q=2 n =10 a10 = ?
an = a1 . qn – 1 => a10 = a1 . q10-1 => a10 = 2 . 29 => a10 = 2. 512 => a10 = 1024

Exemplo 2- Sabe-se que o quarto termo de uma PG é igual a 20 e o oitavo termo é igual a 320. Qual a
razão desta PG?
Temos a4 = 20 e a8 = 320. Logo, podemos escrever: a8 = a4 . q8-4 . Daí, vem: 320 = 20.q4
Então 16 = q4 = 24 e portanto q = 2.

Exemplo 3 Na PG onde a5=1/32 e razão ¼ , calcule a1

Dados a1= ? q = ¼ n=5 a5=1/32

an = a1 . qn – 1 => 1/32= a1.(1/4)5-1 => 1/32 = a1.(1/4)4 => 1/32 =a1.(1/256)

a1 = 1/32 : 1/256 a1 = 1/32 . 256/1 => a1 = 8

Exemplo 4 Quantos termos tem na PG (3,6,.....,48)

Dados a1= 3 q = 2 n=? an= 48


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an = a1 . qn – 1 => 48 = 3.2(n-1) => 48/3 =2(n-1) 16 = 2(n-1) factorizando 16 temos 16 = 24 => 24 = 2(n-1) da
igualdade de expoente temos 4 = n-1 => n=4+1 => n=5

Exemplo 5: Interpolar três termos geométricos entre 3 e 48

(3, ____ , ____ , ____ , 48) Dados a1= 3 q = ? n=5 an= 48

4
an = a1 . qn – 1 => 48 = 3.q(5-1) 48/3 = q4 => q4 = =± √16 16 q q = +/- 2

escrevendo a PG temos (3,6,12,24,48) ou (3,-6,12,-24,48)

Por exemplo: Dada a P.G. ( x, y, 12, 24, 48, ...) determine o seu oitavo termo (a 8):

Primeiramente achamos a razão: q = a4 / a3 q = 24 / 12 => q = 2

Agora resolvemos a partir do terceiro termo:

an = ak . qn - k an → é o último termo especificamente pedido


a8 = a3 . q8 – 3 a8 = 12 . 25 ak → é o primeiro termo escolhido
a8 = 12 . 32 k → é a posição do termo ak
a8 = 384 n → é a posição do termo na

Esta fórmula, an = a1 . q (n - 1) permite que se calcule qualquer termo de uma P.G.

Para três termos em P.G. (a1, a2, a3 ) vale a propriedade: “o termo do meio é a média geométrica dos
outros dois”. ou, com outras palavras, o quadrado do termo do meio é igual ao produto dos outros dois
termos. Ou seja (a2)2 = a1 . a3

Exemplo 1: Escreva a PG onde ( 2, x+1, 8)

(a2)2 = a1 . a3 => (x+1)2 2. 8 => (x+1)2 = 16 => (x+1) = ±√ 16 => x =+4-1 => x =3 ou x=- 4-1
=> x = -5 Escrevendo a PG ( 2, 4, 8) ou ( 2, -4, 8)

Exemplo2 : Escreva a PG e determine valor de x em (x, x+9, x+45)


(x+9)2 = x . (x+45) => x2+18x+81 = x2+45x resolvendo temos -27x = -81 => x= 3

PG (3, 12, 48)


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Exercício Escreva a PG e determine valor de x em (3x+2, x+2, x ) resposta (8,4,2)

Na P.G.(a1,a2,a3) podemos escrever os seus três termos na forma de (x, xq, xq2) ou (x/q ,x , x.q)

Exemplo Calcule três números em PG tais que sua soma seja 7 e seu produto 8

x/q . x . x.q = 8 => x3 = 8 => x = 2 e 2/q + 2 + 2.q = 7 => tirando mmc temos 2q 2+2q+2=7q ,
resolvendo essa equação do 2° grau encontramos q =2 ou q = ½ logo PG (1,2,4) ou (4,2,1)

6- Soma dos n primeiros termos de uma PG

  Seja a PG (a1, a2, a3, a4, ... , an , ...) . Para o cálculo da soma dos n primeiros termos Sn, vamos considerar
o que segue: Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an-1 + an

Multiplicando ambos os membros pela razão q vem: Sn.q = a1 . q + a2 .q + .... + an-1 . q + an .q

Conforme a definição de PG, podemos reescrever a expressão como:


Sn . q = a2 + a3 + ... + an + an . q

Observe que a2 + a3 + ... + an é igual a Sn - a1 . Logo, substituindo, vem:


Sn . q = Sn - a1 + an . q Sn.q-Sn = an.q-a1 => Sn.(q-1)= an.q-a1 => Sn = (an.q-a1)/q-1

soma dos n primeiros termos de uma P.G. é dada pelas seguintes relações:

an . q−a1 .q n−1
Sn= Sn=a1.
q−1 ou q−1

Exemplo: Calcule a soma dos 10 primeiros termos da PG (1,2,4,8,...) resposta S10 = 1023

Exemplo: Calcule a soma dos termos da PG (1,2,4,8,...,256) resp 511

Exemplo Em uma PG a soma de 8 termos vale 1530, sua razão é 2. Calcule a1 e a5 resposta 6 e 96

6-Soma dos termos de uma PG decrescente e ilimitada (infinita)

Considere uma PG ILIMITADA (infinitos termos) e decrescente. Nestas condições, podemos considerar
a1
que no limite teremos an = 0. Substituindo na fórmula anterior, encontraremos Sn=
1−q
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Exemplo: Determine a soma dos termos da PG a) (8,4,2,1,...) b) (4, -2, 1, -1/2,...) resp a)16 b)-32/3

Exemplo: Resolva a equação: x + x/2 + x/4 + x/8 + x/16 + ... =100


O primeiro membro é uma PG de primeiro termo x e razão 1/2. Logo, substituindo na fórmula, vem:

Dessa equação encontramos como resposta  x = 50.

Obtenha a fracção geratriz da dízima 0,232323232323.....

Que pode ser representada por 0,23 + 0,0023 + 0,000023 ...= 23/100 + 23/10000+ 23/1000000+... cuja
razão q = 1/100 , aplicando a fórmula da soma dos infinitos termos encontramos 23/99

PG EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1) Escreva o termo seguinte de cada uma das progressões geométricas:

a) (1, 2, 4, ...)

(
b) 5
3
, 3 , 15 , . . .)

c) ( 2 √2, 4, 4 √2, ... )

d) (–3, 18, –108, ...)

Solução.

a) Calculando q = 2 ÷ 1 = 4 ÷ 2 = 2. O termo seguinte será: 4 x 2 = 8.

3
3÷ =15÷3=5 .
b) Calculando q = 5 O termos seguinte será: 15 x 3 = 45.

c) Calculando q = 4÷2 √ 2=4 √ 2÷4= √ 2 . O termo seguinte será: 4 √ 2×√ 2 .=4×2=8 .

d) Calculando q = 18 ÷ - 3= - 108 ÷ 18 = - 6. O termo seguinte será: - 108 x - 6 = 648.

2) Escreva uma P.G. de quatro termos, dados a1 = 3 e q = 2.


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Solução. Para encontrar os termos basta multiplicar cada um termo pela razão. Logo temos:

a1 = 3

a2 = 3 x 2 = 6
PG = (3, 6, 12, 24)
a3 = 3 x 2 = 12

a4 = 3 x 2 = 24

3) Sabendo-se que x – 4, 2x + 4 e 10x – 4 são termos consecutivos de uma P.G., calcule x de modo que
eles sejam positivos.
2 x +4 10 x−4
=
Solução. Aplicando a propriedade para encontrar a razão, temos: x−4 2 x +4 . Multiplicando os
termos, (2x + 4)2 = (x - 4).(10x - 4). Resolvendo o quadrado no 1º membro e o produto no 2º, temos a
equação: 4x2 + 16x + 16 = 10x2 - 4x – 40x + 16. Eliminando os simétricos e simplificando, vem: - 6x 2 –
60x = 0 dividindo por (-6) e colocando “x” em evidência, temos: x (x – 10) = 0.

Logo x = 0 ou x = 10. Se x = 0, o termo x – 4 será negativo. O problema pede termos positivos. Logo x =
10.

4) Sabendo-se que a sucessão (x – 1, x + 2, 3x, ...) é uma P.G. crescente, determine x.

x+2 3 x
=
Solução. Aplicando a propriedade para encontrar a razão, temos: x−1 x +2 . Multiplicando os
termos, (x + 2)2 = (x - 1).(3x). Resolvendo o quadrado no 1º membro e o produto no 2º, temos a equação:
x2 + 4x + 4 = 3x2 - 3x. Simplificando, vem: 2x2 – 7x - 4 = 0. Resolvendo a equação, temos x = 4 ou x = -
0,5.

i) Para x = - 0,5 temos a PG = -1,5 ; 1.5 ; -1,5 que não é crescente.

ii) Para x = 4 temos a PG = = 3 ; 6 ; 12 que é crescente. Logo a resposta é x = 4.

5) A soma de três termos consecutivos de uma P.G. é 21 e o produto, 216. Sabendo-se que a razão é um
número inteiro, calcule esses números.
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Solução. Sejam os termos: x , x.q , x.q 2. Temos pela informação do problema que a soma dos termos x +
xq + x.q2 = 21 e o produto (x. xq . xq 2) = 216. Logo x3q3 = 216 ou (xq)3 = 216. Calculando a raiz cúbica,
temos que xq = 6. Como x não é zero, pois o produto dos termos seria zero também, podemos escrever: q
= 6/x.

6 6 36
x+ x +x ( )2=x +6 + =21
Substituindo na expressão da soma, temos: x x x . Multiplicando a equação por
x, temos: x2 + 6x + 36 = 21x ou x2 – 15x + 36 = 0. Factorizando, temos: (x – 12).(x – 3) = 0.

i) Para x = 12 temos q = 6/12 = 1/2. Nesse caso a razão não é um número inteiro.

ii) Para x = 3 temos q = 6/3 = 2. Nesse caso a razão é um número inteiro. Os termos da PG são: 3, 6, 12.
A soma (3 + 6 + 12) = 21 e o produto (3 x 6 x 12) = 216.

6) Classifique em crescente, decrescente ou oscilante as progressões geométricas:

a)
( 1 .000 , 100 , 10 , 1 ,
10 )
1

b)
( 16
, , 1 , 4 , 16 )
1 1
4

c) (2, –4, 8, –16)

Solução.

a) Calculando q = 100 ÷ 1000 = 10 ÷ 100 = 1/10. Como q < 1 PG decrescente.

b) Calculando q = (1/4) ÷ (1/16) = (1) ÷ (1/4) = 4. Como q > 1 PG crescente.

c) Calculando q = (-4) ÷ (2) = (8) ÷ (- 4) = - 2. Como q < 0 PG oscilante.

7) Numa P.G. tem-se a1 = 3 e a8 = 384. Calcule:

a) A razão;

b) O terceiro termo.
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Solução.

a) Utilizando a expressão do termo geral com 8 termos, temos: a 8 = a1q7. Logo 384 = 3.q7. Implicando em
q7 = 384/3 ou q7 = 128. Logo q é raiz sétima de 128 = 27. Logo q = 2.

b) O termo a3 = a1.q2 = 3.22 = 3 x 4 = 12.

8) O primeiro termo de uma P.G. é 5 √ 2 , a razão é √2 e o último termo é 80. Calcule:

a) Quantos termos têm essa P.G.;

b) O seu quinto termo.

Solução.

a) Utilizando a expressão do termo geral com n termos, temos: an = a1qn-1.

Logo 80 = 5 √ 2 .( √ 2 )n-1. Implicando em 80 = 5.( √ 2 )n ou ( √ 2 )n = 16. Expressando a raiz como potência


fraccionária, temos (2)n/2 = 16 = 24. Igualando os expoentes já que a base 2 é a mesma, temos: n/2 = 4 ou n
= 8.

b) O termo a5 = a1.q4 = 5 √ 2 .( √ 2 )4 = 5 √ 2 .4 = 20 √ 2 .

9) Considere esta sequência de figuras.


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Na figura 1, há 1 triângulo.

Na figura 2, o número de triângulos menores é 4.

Na figura 3, o número de triângulos menores é 16 e assim por diante.

Prosseguindo essa construção de figuras, teremos quantos triângulos menores na figura 7?

Solução.

Repare que as quantidades crescem na razão q = 4. A figura 7 pode ser representada pelo termo a 7 = a1.qn-1
= 1.46 = 4096 triângulos.

10) O oitavo e o décimo termos de uma sequência numérica são, respectivamente, 640 e 2.560.
Determine o nono termo, no caso de:

a) a sequência ser uma progressão aritmética;

b) a sequência ser uma progressão geométrica;

Solução.

Pela informação do problema, a8 = 640 e a10 = 2560. As propriedades para o termo situado entre esses
citados são:

a) Progressão aritmética: a9 = (640 + 2560) /2 = 3200/2 = 1600.

b) Progressão geométrica: (a9)2 = (640 x 2560). Logo a9 = √ 640x 2560 = 8.10.16 = 1280.

9 1
11) O segundo termo de uma P.G. decrescente é 8 e o quarto é 2 . Calcule o oitavo termo.

Solução.
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9 1
Pela informação do problema, a2 = 8 e a4 = 2 . Pela fórmula do termo geral, a8 = a1q7. Temos que a2 =
9 1 9 1 1 8 4 2
x = . .
a1q = 8 e a4 = a1q3 = a1q.q2 = 2 . Logo q2. 8 = 2 ou q2 = 2 9 9 Então q = 3 Substituindo em a2,
9 2 9 3 27 27 2 7 8
. x .= . x( ) = .
temos: 8 =a1q = a1. 3 . Logo a1 = 8 2 16 Finalizando, a8 = a1.q7 = 16 3 81

12) Em uma P.G. de razão positiva sabe-se que:

{a4+a6=−320 ¿ ¿¿¿
Determine o quinto termo dessa P.G.

Solução. Resolvendo o sistema pelo método de adição, eliminamos os termos a 6 que são simétricos e
temos: 2.a4 = - 320 + 192 = -128. Logo a4 = - 64. Substituindo na 2ª equação, calculamos o resultado - 64
– a6 = 192 e a6 = - 256.

O quinto termo obedece a propriedade:


a5 =√(−64 ).(−256 )=128 .

13) Sabendo-se que em uma P.G. a2 + a4 = 60 e a3 + a5 = 180 calcule a6.

Solução. Escrevendo a3 = a2q e a5 = a4q, podemos equacionar a3 + a5 = 180 como a2q + a4q = 180.
Colocando q em evidência, vem: q x (a2 + a4) = 180. Usando a informação do problema expressamos q x
(60) = 180 ou ainda q = 3. O termo a 1 é calculado usando: a1q + a1q3 = 60. Substituindo q = 3 nessa
expressão, vem: 3a1 + 27a1 = 60 ou a1 = (60/30) = 2. O termo a6 pode ser calculado como: a6 = a1q5 = 2.35
= 2 x 243 = 486.

14) Calcule:

a) a soma dos cinco primeiros termos da P.G. (2, –6, 18, ...);

b) a soma dos seis primeiros termos da P.G. ( 3 √3 , 9, 9 √ 3, ... ) ;

c) a soma dos 10 primeiros termos da P.G. (2, 4, 8, 16, ...).

Fica a cargo do aluno.


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1
15) Determine a soma dos 6 termos da P.G. crescente em que os extremos são 9 e 27.
1
Solução. Pelas informações do problema, a1 = 9 e a6 = 27. Logo n = 6. Para encontrar q, utilizamos a
1
fórmula do termo geral: 27 = 9 .q5 o que implica em q5 = 27 x 9 = 33 x 32 = 35. Comparando as bases e
expoentes conclui-se que q = 3. Aplicando na fórmula da soma:
6
1 3 −1 1 729−1 1 728 1 364
S 6= x = x = x = x 364= .
9 3−1 9 3−1 9 2 9 9

16) Calcule a soma dos termos da P.G.

( 2, 2 √ 5, 10, 10 √ 5, 50, 50 √5, 250 )


Solução. Pelas informações do problema, a1 = 2 e a7 = 250. Logo n = 7. Para encontrar q, utilizamos a

fórmula: q = 2 √5 / 2 = √ 5 .

( √ 5)7 −1
S 6 =2 x =62 √ 5+ 312
Aplicando na fórmula da soma: √5−1
3
17) Escreva a P.G. cuja razão é 2 e a soma dos cinco primeiros termos é 422.
3
Solução. Pelas informações do problema, q = 2 e n = 7. Como S5 = 422 utilizamos a fórmula:

5 5
3 3 −2
( )5 −1
2 25 243−32 2 211 x 2 422
S 5 =a1 x =a 1 x =a1 x x =a1 x =a1 x =422 .
3 3−2 32 1 32 32
−1
2 2 Logo, a1 = 32.

Os termos da PG serão: (32, 48, 72, 108, 162).

18) Uma moça seria contratada como balconista para trabalhar de segunda a sábado nas duas últimas
semanas que antecederiam o Natal. O patrão ofereceu 100 kz pelo primeiro dia de trabalho e nos dias
seguintes o dobro do que ela recebera no dia anterior. A moça recusou o trabalho. Se ela tivesse aceitado
a oferta, quanto teria recebido pelos 12 dias de trabalho?

Solução. Pelas informações do problema, a1 = 1, q = 2 e n = 12. Utilizamos a fórmula:


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12
(2) −1 212−1
S 12=1 x =1 x =4096−1=4095.
2−1 1 Logo, ela receberia 4096,00.

19) Uma praga atacou uma criação de aves. No primeiro dia, uma ave adoeceu; no segundo dia, duas
outras aves adoeceram; no terceiro dia, adoeceram mais quatro e assim por diante, até o oitavo dia.
Nenhuma das aves morreu. Sabendo-se que ao fim do oitavo dia não havia nenhuma ave sem a doença,
qual é o total de aves dessa criação?

Solução. Pelas informações do problema, a1 = 1, q = 2 e n = 8. Utilizamos a fórmula:

8
( 2) −1 28 −1
S 8 =1 x =1 x =256−1=255.
2−1 1 Logo, o total de aves é 255.

20) Determine a soma dos termos das seguintes progressões geométricas infinitas:

a1
S ∞=
Solução. A fórmula da PG decrescente infinita é: 1−q .

a)
( 10 , 4 , , . . .)
8
5

10 10 5 50
S ∞= ==10 x = .
2 3 3 3
1−
Calculando q = 4/10 = 2/5. Logo 5 5

( 3 3
, ,
b) 5 10 20
3
, .. . )

3
5 3 2 6
S ∞= = x = .
1 5 1 5
1−
Calculando q = (3/10)/(3/5) = 1/2. Logo 2

c) (100, –10, 1, ...)

100 100 10 1000


S ∞= = =100 x = .
1 1 11 11
1−(− ) 1+
Calculando q = (-10)/(100) = -1/10. Logo 10 10
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d)
( 2
10
,
2
100
,
1.
2
000
, . .. )

2
2
10
10 2 10 2
S ∞= = = x = .
1 9 10 9 9
1−( )
Calculando q = (2/100)/(2/10) = 1/10. Logo 10 10

1
21) A soma dos termos de uma P.G. decrescente infinita é 128 e a razão é 4 . Calcule o segundo termo.
a1 a1 4 a1
S ∞= = = =128.
1 3 3
1−( )
Solução. Usando a fórmula e igualando 4 4 Logo, 4a1 = 3 x 128.
1
Simplificando, temos a1 = 96. Então, a2 = 96.( 4 ) = 24.

22) Uma forte chuva começa a cair na UFRRJ formando uma goteira no teto de uma das salas de aula.
Uma primeira gota cai e 30 segundos depois cai uma segunda gota. A chuva se intensifica de tal forma
que uma terceira gota cai 15 segundos após a queda da segunda gota. Assim, o intervalo de tempo entre as
quedas de duas gotas consecutivas reduz-se à metade na medida em que a chuva piora. Se a situação
assim se mantiver, em quanto tempo, aproximadamente, desde a queda da primeira gota, a goteira se
transformará em um fio contínuo de água?

Solução. Repare que o primeiro pingo não possui um número que o represente. A primeira informação
numérica virá 30s e será o segundo pingo. A sequência dos momentos da goteira seria: 30, 15, 15/2,
15/4,... Isolando o termo 30 e colocando 15 em evidência formamos uma PG decrescente ilimitada: 30 +
15(1 + 1/2 + 1/4 + 1/8 +...). Usando a fórmula dentro dos parênteses, temos:

1 1
S ∞= = =2 .
1 1
1−( )
2 2 Logo, a goteira será um fio em 30 + 15(2) = 60 segundos ou 1 minuto.

23) O primeiro termo e a soma dos termos de uma P.G. decrescente infinita são, respectivamente,
4 e 12. Escrever essa P.G.

Solução. Pelas informações do problema, a1 = 4 e S = 12. Aplicando a fórmula, temos:


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4 4 8 2
12= ⇒ 12= ⇒12(1−q )=4 ⇒12−12 q=4 ⇒ 12 q=8⇒ q= ~ .
1−( q) 1−q 12 3

Logo, a progressão será: (4, 8/3, 16/9, 32/27, ...)

24) Resolva as equações em IR:


x x
+
a) x + 3 9 + ... = 9
1
Solução. Pelas informações do problema, a1 = x, q = 3 e S = 12. Usando a fórmula, temos:
x x 3x
S ∞= = = =9⇒ 3 x=18⇒ x=6 .
1 2 2
1−( )
3 3 Logo x = 6.

4 x 16 x
+
b) x + 5 25 + ... = 20
4
Solução. Pelas informações do problema, a 1 = x, q = 5 e S = 20. Usando a fórmula, temos:
x x 5x
S ∞= = = =20 ⇒5 x=20 ⇒ x=4 .
4 1 1
1−( )
5 5 Logo x = 4.

24) Determine a fracção geratriz de cada uma das dízimas periódicas:

a) 0,4141...

Solução. A dízima pode ser escrita como uma soma infinita: 0,41 + 0,0041 + 0,000041 + ... que equivale
41 41 41 1 1
+ + +.. .=41.[( )2 +( )4 +. .. ].
a escrever na forma de fração: 100 10000 1000000 10 10 Observando o termo
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1 1
nos colchetes, vemos que a1 = 100 e q = 100 . Aplicando a fórmula da PG infinita, temos:
1 1
100 100 1 100 1
S ∞= = = x = .
1 99 100 99 99 1 41
1−( ) 0 , 4141 .. .=41 x = .
100 100 Logo 99 99

b) 2,333...
Solução. A dízima pode ser escrita como uma soma infinita: 2 + 0,3 + 0,03 + ... que equivale a escrever
3 3 3 1 1
2+ + + +.. .=2+3 [( )+( )2 +. . .].
na forma de fracção: 10 100 1000 10 10 Observando o termo nos
1 1
colchetes, vemos que a1 = 10 e q = 10 . Aplicando a fórmula da PG infinita, temos:
1 1
10 10 1 10 1
S ∞= = = x = .
1 9 10 9 9 1 3 21 7
1−( ) 2 ,333 . ..=2+ 3 x =2+ = ~ .
10 10 Logo 9 9 9 3

c) 1,4333...

Solução. A dízima pode ser escrita como uma soma infinita: 1 + 0,4 + 0,03 + 0,003 + 0,0003... que
equivale a escrever na forma de fração:

4 3 3 3 4 1 1
1+ + + + +.. .=1+ +3[( )2 +( )3 +. . .].
10 100 1000 10000 10 10 10 Observando o termo nos colchetes,
1 1
vemos que a1 = 100 e q = 10 . Aplicando a fórmula da PG infinita, temos:
1 1
100 100 1 10 1
S ∞= = = x = .
1 9 100 9 90 4 1 90 36 3 129 43
1−( ) 1 , 4333. . .=1+ +3 x = + + = ~ .
10 10 Logo 10 90 90 90 90 90 30

1
25) Um cachorro persegue um coelho. A velocidade do coelho é 10 da velocidade do cachorro.
A distância que os separa é de 100 metros. Nessas condições, quando o cachorro vencer os 100 metros, o
1
coelho terá corrido 10 do que percorreu o cachorro e ficará 10 metros a sua frente. Quando o cachorro
1
correr esses 10 metros, o coelho terá percorrido 10 dessa distância e estará 1 metro a sua frente. Quando
o cachorro correr esse metro, o coelho terá corrido 10 centímetros, e assim por diante. Esse raciocínio
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pode levar muita gente a pensar que o cachorro nunca alcançará o coelho. Assim também pensou o
coelho. Azar dele.

Com os recursos estudados é possível determinar em que ponto o cachorro alcançará o coelho. E,
então, quantos metros ele deverá correr para alcançar o coelho?

Solução. Repare que precisamos calcular a soma infinita das distâncias percorridas pelo coelho. Assim,
após essa distância, que será um número real, o cachorro o alcançará. O coelho começa a correr a partir
de 100m e suas distâncias subsequentes do cachorro serão:

Logo, a PG infinita possui: e . Utilizando a fórmula da PG


infinita, temos:
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Anexos
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